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O Ministério da Educação reuniu nesta sexta-feira (19), em Brasília, gestores e técnicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao MEC, e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para tirar as dúvidas e falar sobre o funcionamento do novo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Para o diretor do Fies, Pedro Pedrosa, o encontro, que teve a participação de cerca de 100 pessoas, tem como objetivo discutir as mudanças que começam neste ano para que todos os canais de atendimento fiquem atentos às novas regras e garantam o bom funcionamento do programa. “Reunimos o pessoal que está lá na ponta todos os dias, operacionalizando o Fies, atendendo os nossos alunos, as mantenedoras”, explicou Pedro Pedrosa. “Pedimos para eles reunirem as dúvidas e a gente foi tirando com bastante calma para garantir uma boa prestação de serviço”, completou o diretor do Fies.

O coordenador-geral de Programas de Ensino Superior do MEC, Fernando Bueno, participou da reunião e enumerou quais foram as principais dúvidas trazidas pelos participantes. “Uma das questões foi a diferença entre o antigo Fies e o novo modelo, assim como a forma de pagamento”, disse Fernando Bueno, lembrando que o novo modelo traz maior segurança para os estudantes.

O coordenador-geral do MEC disse ainda que muitos participantes achavam que o Fies era uma bolsa estudantil e não um financiamento. “Com o novo Fies, as famílias vão poder se planejar melhor para obter o financiamento”, afirmou Fernando Bueno.

As mantenedoras também terão um papel de destaque no novo Fies, participando da gestão do fundo, assim como no incremento de recursos para o fundo. Fernando Bueno lembrou que esse tipo de encontro vai se estender para outros atores importantes no processo do Fies. “Temos uma nova reunião marcada, mas agora não com as nossas equipes, mas sim com as associações e as federações de ensino superior para esclarecer e tirar dúvidas sobre processo de inscrição”, finalizou.

(Fonte: MEC)

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Depois de 24 horas da divulgação dos resultados do Enem 2017, mais de 3,2 milhões de participantes já conferiram suas notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017. Os números foram apurados às 12h (Horário Oficial de Brasília) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Para verificar os resultados das provas, é necessário acessar a página do Participante ou o aplicativo do Enem 2017, informar o número do CPF e a senha cadastrada na inscrição. Um passo a passo para recuperação da senha está disponível para aqueles que a esqueceram.

Os resultados do Enem 2017 foram divulgados nessa quinta-feira (18), durante coletiva de imprensa realizada pelo Ministério da Educação (MEC) em parceria com Inep. A edição de 2017 teve 6.731.203 de inscrições confirmadas. Desse total, 29,9% dos inscritos não compareceram para fazer as provas.

(Fonte: MEC)

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A Universidade de Coimbra, Portugal, encerra, na próxima quarta-feira (24), o prazo para que estudantes brasileiros se candidatem a seu processo seletivo. A instituição portuguesa aceita notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como critério de aprovação. Os candidatos devem ter feito um dos três últimos exames (2017, 2016, 2015) e possuir diploma do ensino médio.

As notas do Enem têm pesos diferentes para cada curso na instituição portuguesa. A nota mínima de candidatura para curso de graduação é de 120 valores na escala portuguesa de 0-200, que equivale a 600 na escala do Enem. “Cada curso tem um peso. Alguns valorizam mais a redação ou outras matérias, conforme a opção do curso pelo aluno”, explica a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini. Esses valores podem ser consultados na página da universidade na internet.

Maria Inês informa que todos os critérios de inscrição são estabelecidos pela universidade portuguesa. Pelo protocolo firmado, o Inep faculta o acesso da universidade à base de dados do Enem, para efeitos de validação de resultados dos candidatos ao processo seletivo. A Universidade de Coimbra divulga em 2 de fevereiro os resultados.

A Universidade de Coimbra é uma instituição pública. Diferente do Brasil, onde os cursos públicos são gratuitos, em Portugal há uma taxa de frequência devida pelo estudante à instituição como forma de contrapartida nos custos do ensino.

“Há vagas para brasileiros em cada curso da universidade sem necessidade de vestibular. E mesmo que o aluno se candidate a bolsa, vai passar pelo mesmo critério de seleção dos demais”, explica a presidente do Inep.

O diploma de curso superior da universidade portuguesa é revalidado pelo MEC, informa Maria Inês. Ou seja, é reconhecido pelo Brasil.

(Fonte: MEC)

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A abertura das inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) foi antecipada para 23 de janeiro, conforme anunciou, nesta quinta-feira (18), o ministro da Educação, Mendonça Filho. Segundo ele, estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 e que queiram tentar uma vaga em instituições públicas de ensino superior têm entre 23 e 26 de janeiro para se inscrever.

O anúncio foi feito durante entrevista coletiva para divulgar os resultados do Enem 2017, liberados pouco antes das 12h de hoje. O prazo inicial para registrar a nota da prova e se candidatar a uma instituição pública de ensino superior era de 29 de janeiro a 1º de fevereiro. De acordo com o ministro da Educação, o motivo da antecipação seria apenas “saciar a ansiedade” dos candidatos.

O cronograma das demais seleções da pasta, como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Programa de Financiamento Estudantil (Fies), segundo ele, permanece inalterado.

(Fonte: Agência Brasil)

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O Ministério de Educação divulgou, nesta quinta-feira (18), os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017. Das 4.725.330 redações corrigidas, 309.157 tiveram nota zero e apenas 53 registraram nota 1.000. Na edição anterior, foram 291.806 notas zero e 77 notas mil entre 6.034.672 redações corrigidas.

Os resultados da prova foram liberados pouco antes das 12h no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e só podem ser consultados individualmente. Os candidatos devem acessar a Página do Participante e fazer login por meio do CPF e senha anteriormente cadastrada.

“Recomendo calma, cautela e controle da ansiedade. Sei que é um momento importante para milhões de jovens de todo o Brasil, mas é preciso ter a clareza de que o exame é seguro, as notas estarão disponíveis e cada um terá a oportunidade de acessar justamente a informação relativa à sua nota”, disse o ministro da Educação, Mendonça Filho.

Pela primeira vez, de acordo com o Inep, a divulgação das notas considerou a proficiência média geral e a proficiência média dos concluintes, além das proficiências médias dos treineiros, dos egressos e das pessoas privadas de liberdade.

A previsão do instituto é que o resultado dos treineiros seja divulgado no dia 19 de março, assim como as vistas pedagógicas dos espelhos da redação. O Enem 2017 foi aplicado pelo Inep em 5 e 12 de novembro. Confira, abaixo, os resultados por área de conhecimento:

Linguagens, códigos e suas tecnologias
Proficiência Mínima – 299,6
Proficiência Máxima – 788,8
Proficiência Média Geral – 510,2
Proficiência Média Concluintes – 506,5
Proficiência Média Egressos – 513,84
Proficiência Média Treineiros – 516,86
Proficiência Média dos Participantes Privados de Liberdade – 427,4

Redação
Redações Nota Zero – 309.157
Redações Nota Mil – 53
Proficiência Média Geral – 558,0
Proficiência Média Concluintes – 560,6
Proficiência Média Egressos – 556,9
Proficiência Média Treineiros – 570,6
Proficiência Média Participantes Privados de Liberdade – 423,0

Apenas 6,5% das redações receberam nota zero. Os motivos foram fuga ao tema (5,01%), prova em branco (0,80%), texto insuficiente (0,33%), parte desconectada (0,17%), não atendimento ao tipo textual (0,11%), cópia do texto motivador (0,09%) e outros motivos (0,03%).

Ciências Humanas e suas tecnologias
Proficiência Mínima – 307,7
Proficiência Máxima – 868,3
Proficiência Média Geral – 519,3
Proficiência Média Concluintes – 517,4
Proficiência Média Egressos – 522,24
Proficiência Média Treineiros – 526,68
Proficiência Média Participantes Privados de Liberdade – 433,7

Matemática e suas tecnologias
Proficiência Mínima – 310,4
Proficiência Máxima – 993,9
Proficiência Média Geral – 518,5
Proficiência Média Concluintes – 522,3
Proficiência Média Egressos – 516,62
Proficiência Média Treineiros – 538,77
Proficiência Média Participantes Privados de Liberdade – 447,4

Ciências da Natureza e suas tecnologias
Proficiência Mínima – 298,0
Proficiência Máxima – 885,6
Proficiência Média Geral – 510,6
Proficiência Média Concluintes – 508,4
Proficiência Média Egressos – 512,48
Proficiência Média Treineiros – 519,36
Proficiência Média Participantes Privados de Liberdade – 436,9

(Fonte: Agência Brasil)

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Resolução do Ministério da Educação (MEC), homologada nessa quarta-feira (17), autoriza o uso do nome social de travestis e transexuais nos registros escolares da educação básica. A norma busca propagar o respeito e diminuir estatísticas de violência e abandono da escola em razão de bullying, assédio, constrangimento e preconceitos. O nome social é aquele pelo qual as travestis, mulheres trans ou homens trans optam por ser chamados, de acordo com sua identidade de gênero.

“Essa era uma antiga reivindicação do movimento LGBTI [lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais] que, na verdade, representa um p0rincípio elementar do respeito às diferenças, do respeito à pessoa e, ao mesmo tempo, de um combate permanente do Ministério da Educação contra o preconceito, o bullying, que, muitas vezes, ocorre nas escolas de todo o país. É um passo relevante para o princípio do respeito às diferenças e o combate aos preconceitos”, enfatizou o ministro Mendonça Filho ao homologar o texto, que foi aprovado pelo Conselho Nacional de Educação em setembro do ano passado.

A resolução ainda será publicada no Diário Oficial da União. Com a edição da medida, o ministério atende à demanda de pessoas trans que querem ter sua identidade de gênero reconhecida. Em 2015, uma resolução do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoções dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (CNDC/LGBT) definiu parâmetros para acesso e permanência de pessoas trans em diferentes espaços sociais, entre eles o direito ao uso do nome social nas redes de ensino.

A realidade, no entanto, não está de acordo com essa recomendação do conselho, que não tem força de lei. Presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Keila Simpson afirma que a exclusão sofrida pelas pessoas trans no Brasil também é visível no ambiente escolar. “Quem mais está fora desse espaço da escola é a população trans, porque a escola não se preparou para nos receber”, critica.

No Ceará, essa situação foi vivenciada pela estudante Lara, de 13 anos. No ano passado, ela passou a se reconhecer como mulher e, por causa disso, a sofrer preconceitos no ambiente escolar, chegando a ser “convidada” a sair da Escola Educar Sesc. A mãe, Mara Beatriz, conta que a adolescente foi vítima de várias violências por causa de sua identidade de gênero. O nome civil dela, masculino, era utilizado em todos os registros escolares escritos, como em provas e boletins. A estudante não tinha acesso ao banheiro feminino e, para não usar o masculino, teve que se limitar a ir apenas ao banheiro da coordenação. Até o direito de ter o nome social garantido na carteirinha de estudante, que era assegurado pelo órgão emissor do documento, foi inviabilizado pela escola, que não confirmou a matrícula da estudante ao órgão.

“Era algo que causava muito sofrimento, porque antes aquele era um ambiente em que ela se sentia muito bem na escola, onde estudava desde os 2 anos de idade”, lembra a mãe, que decidiu usar as redes sociais para denunciar o preconceito contra a filha. Sete dias depois das denúncias e de o caso ter ganhado repercussão na mídia, o Sistema Fecomércio, que controla a escola, informou que havia ocorrido “uma falha pontual interna” e que o nome social da estudante havia sido regularizado em todos os documentos.

Além disso, a instituição se comprometeu a estimular o debate sobre questões de gênero com toda a comunidade escolar e a adotar ações permanentes de combate ao preconceito.

Para evitar que esse tipo de situação se repita, a nova resolução do MEC estimula que as escolas de educação básica estabeleçam diretrizes e práticas para o combate a quaisquer formas de discriminação em função de orientação sexual e identidade de gênero de estudantes, professores, gestores, funcionários e respectivos familiares na elaboração e implementação de suas propostas curriculares e projetos pedagógicos, além de estimular e respaldar quem já utiliza o nome social. A educação básica inclui a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio.

A falta de reconhecimento leva à ausência de dados sobre a situação. Não há estudos específicos ou informações oficiais sobre o número de pessoas trans nas escolas, algo que poderá a ser mensurado a partir da adoção da resolução do MEC. “A partir disso, a gente espera ter uma dimensão de quem são as pessoas trans que estão nas escolas”, disse Keila, da Associação Nacional de Travestis e Transexuais. Ela destaca que o acompanhamento das pessoas trans que fazem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) só se tornou possível em 2014, quando os candidatos passaram a poder usar o nome social. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apenas 303 pessoas optaram por usar nome social no Enem do ano passado.

Mais direitos

A luta pela garantia dos direitos da população trans tem provocado mudanças em outras áreas. Desde 2013, o Ministério da Saúde possibilitou que travestis e transexuais passassem a usar o nome social no Cartão SUS. “Não é uma tarefa simples, a gente trabalha todo dia para que os espaços adotem iniciativas como essa e respeitem o que está posto”, afirma Keila. Em 2017, a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que transexuais têm direito à alteração do gênero no registro civil, mesmo sem realização de cirurgia de mudança de sexo.

No Supremo Tribunal Federal (STF), estão em debate o direito dessas pessoas usarem o banheiro condizente com a identidade de gênero que elas reivindicam, bem como a possibilidade de transexuais alterarem o nome no registro civil sem a realização de cirurgia de mudança de sexo.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação (MEC) escolheu o Ceará para começar a elaborar as estratégias de instalação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a educação infantil e o ensino fundamental. As diretrizes, que definem a aprendizagem essencial que todos os alunos, tanto na rede pública como particular, devem adquirir na escola, foram homologadas em dezembro e entram em vigor em janeiro de 2019.

O secretário da Educação Básica do MEC, Rossieli Silva, reuniu-se nessa terça-feira (16), em Fortaleza, com o secretário da Educação do Ceará, Idilvan Alencar, e com o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais (Undime), Aléssio Costa Lima, para debater o assunto e conhecer as experiências do Estado que podem auxiliar na construção e revisão dos currículos, material didático e formação de professores.

Silva destacou o modelo do Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic), criado há 10 anos, no Ceará, e que reduziu de 32% para 0,7% o número de crianças não alfabetizadas até o fim do segundo ano.

“A base trouxe essa decisão de, na alfabetização, seguir o exemplo do Ceará e ter a alfabetização feita até o segundo ano. O restante será feito respeitando o contexto local. O currículo não será definido por Brasília ou por gabinetes, mas pela participação dos professores num processo que já é feito aqui no Estado”, disse o representante do MEC.

Idilvan Alencar, que também preside o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), explicou que o programa cearense criou formas de cooperação entre o Estado e os municípios que podem facilitar a instalaação da BNCC e servir de exemplo para o Brasil.

“Implantar a base significa desenvolver currículos e materiais didáticos novos. É um grande desafio, pois o documento oportuniza direitos iguais para todos. Defendemos uma boa implantação, com a participação de professores e diretores e, aqui do Ceará, vamos ajudar nacionalmente”, acrescentou Idilvan.

A elaboração ou atualização dos currículos é um dos primeiros passos da instalação da Base Nacional Comum Curricular. Segundo Aléssio Costa Lima, da Undime, os currículos podem ser municipais, regionais ou estaduais e devem envolver todos os atores.

“Queremos uma discussão articulada, subsidiada pelo Ministério da Educação, que propicie aos municípios criar redes de colaboração para ter currículos que reflitam as realidades locais. É preciso ter uma formação intensa das equipes técnicas das secretarias de Educação e, a partir daí, traçar os passos para que esta discussão chegue na ponta, ao professor, e que ele participe de forma muito crítica para poder vivenciar a BNCC de forma prática”, enfatizou Rossieli.

Nesta quarta-feira (17), em Brasília, o MEC dá prosseguimento aos debates sobre a instalação da Base Comum Curricular, em reunião com representantes de outros Estados e de entidades da sociedade civil.

(Fonte: Agência Brasil)

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As inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni) do primeiro semestre de 2018 estarão abertas do dia 6 a 9 de fevereiro. A inscrição é feita, exclusivamente, pela internet, no site do ProUni.

O resultado da primeira chamada será divulgado no dia 14 de fevereiro, e o da segunda, no dia 2 de março. O ProUni seleciona estudantes para receber bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares de ensino superior com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Pode participar do programa o candidato que não tenha diploma de curso superior e tenha feito a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 e obtido, no mínimo, 450 pontos na média das notas do Exame. Outra condição é ter obtido nota na redação que não seja zero.

É preciso ainda que atenda a, pelo menos, uma das condições: ter cursado ensino médio completo em escola pública; ter cursado ensino médio na rede privada com bolsa integral; ter cursado ensino médio parcialmente da rede pública e privada, nesse caso como bolsista integral; ser pessoa com deficiência; ser professor da rede pública no efetivo exercício do magistério da educação básica.

Poderá concorrer a uma bolsa integral quem tem renda familiar bruta mensal per capta de até um salário mínimo e meio. Pode se inscrever para as bolsas parciais quem tem a renda familiar bruta mensal per capta de até três salários mínimos.

(Fonte: Agência Brasil)

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O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no centro do Rio de Janeiro, comemorou, nesse sábado (13), 81 anos de fundação com a inauguração de duas exposições: A reinvenção do Rio de Janeiro: Avenida Central e a Memória Arquitetônica do MNBA e O Espaço da Arte. A primeira traz pinturas, documentos, objetos, gravuras e fotografias que resgatam a história da instituição, que teve origem na Academia Imperial de Belas Artes, e a segunda é uma prévia do cenário da nova Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea do museu, que, em breve, será reformulada.

Os curadores dividiram a mostra A reinvenção do Rio de Janeiro: Avenida Central e a Memória Arquitetônica do MNBA em três eixos. No primeiro, são enfocados a Academia Imperial de Belas Artes, fonte da coleção do MNBA, e os desenhos do arquiteto que concebeu a academia, o francês Grandjean de Montigny.

O segundo eixo, intitulado Avenida Central, trafega pela modernização do Rio de Janeiro. Dele faz parte a inauguração, em 1904, da Avenida Central, atual Avenida Rio Branco. A terceira parte da exposição aborda a preservação do museu, mostrando a restauração do prédio, cuja inauguração completa 110 anos neste ano.

“A exposição coroa o final das comemorações dos 80 anos do museu e trata especificamente do prédio. A gente trata o prédio como se fosse a primeira obra de arte do museu”, disse uma das curadoras, Lúcia Ibrahim. “A gente conta a história dele inserida no contexto da criação da Avenida Central”.

O Espaço da Arte

A outra mostra aberta nesse sábado, O Espaço da Arte, constitui uma prévia do cenário da nova Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea do museu, que, em breve, será reformulada. A exposição reúne 51 obras da coleção do MNBA, incluindo nomes como Iberê Camargo, Guignard, Ivan Serpa, Cândido Portinari, Flávio de Carvalho, Djanira e Fayga Ostrower.

Segundo a diretora do MNBA, Monica Xexéu, a exposição busca refletir a noção do espaço e as transformações visuais na arte brasileira ao longo das últimas décadas.

“O objetivo foi trabalhar a espacialidade da obra de arte. A mostra foi dividida em três núcleos que mostram como o artista trabalhou o espaço da obra”, disse uma das curadoras, Laura Abreu. “No primeiro núcleo, a gente vê alguns artistas como Guignard, Portinari e Djanira. Nas obras selecionadas, ainda é possível identificarmos uma relação com a realidade”, ressaltou Laura.

No segundo núcleo, dizem os curadores, as obras assumem a postura investigativa de experimentar e entender as possibilidades e caminhos para a espacialidade num lugar entre a figuração e a abstração. É exemplo desse momento o quadro Cidade Iluminada, de Antonio Bandeira.

No terceiro núcleo, a abstração é assumida, informou o curador Daniel Barreto. “Em todas as salas, a gente colocou uma obra do Iberê Camargo, porque ele acompanha a transformação e vivencia todas essas espacialidades na sua obra. É muito didático porque você identifica todos esses momentos com muita clareza”.

(Fonte: Agência Brasil)

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O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, deu posse nessa sexta-feira (12), no Rio de Janeiro, à nova diretora do Centro Técnico Audiovisual (CTAv), Daniela Pfeiffer. Na cerimônia, ambos apresentaram um projeto para a realização de várias atividades previstas até o fim de 2018. O foco do órgão será a capacitação, mas também haverá preocupação com a preservação de acervo, a divulgação de conteúdo audiovisual e o estimulo à pesquisa.

Daniela Pfeiffer é produtora cultural, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) e possui 17 anos de experiência no mercado audiovisual. Em seu discurso, o ministro Sá Leitão disse que ela terá o desafio de realizar quatro anos em um. "Identificamos que o CTAv pode ser o principal executor de uma política de formação e de capacitação no audiovisual e que tenha alcance nacional", avaliou.

Fundado em 1985, o CTAv é fruto de uma parceria entre a extinta Embrafilme e a canadense National Film Board (NFB). Na época, o acordo de cooperação tinha como objetivo o apoio ao desenvolvimento da produção cinematográfica brasileira, dando prioridade ao realizador independente de filmes de curta, média e, eventualmente, longa-metragem. De lá pra cá, o CTAv passou por diversas transformações, vinculou-se a distintos órgãos, mas permaneceu sendo um referência como polo de apoio à produção independente. Em 2003, foi incorporado à estrutura da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, na qual permanece desde então.

Entre as atividades previstas para 2018, estão cursos presenciais em diversos Estados e, também, virtuais por meio de ferramentas digitais, apoio técnico a produções audiovisuais incluindo o empréstimo de equipamentos e a disponibilização de estúdios para produções de baixo orçamento, além da oferta de suporte aos realizadores. Também faz parte do projeto uma interlocução com a população do entorno da sede do CTAv, em Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro, uma área cercada por comunidades.

“Hoje, um desafio que todos nós temos é dar um sentido e muitas vezes um sentido profissional aos nossos jovens, sobretudo nas periferias. Muitas vezes, os jovens não se sentem estimulados pelo tipo de emprego que lhes é ofertado. Sobretudo aqueles que já têm uma inserção no mundo digital ou que já têm uma tendência para a proatividade e não se interessam por atividades meramente mecânicas. E aí entra a atração da economia criativa”, disse Sá Leitão. Haverá cursos presenciais específicos para os jovens que vivem nas proximidades da sede de Benfica. O CTAv também planeja oferecer uma sala de cinema com programação regular e aberta à comunidade. Outra meta é abrir, em cidades diferentes, mais salas de cinema vinculadas ao órgão.

Mudanças

A chegada de Daniela Pfeiffer ao CTAv é parte das mudanças em curso no Ministério da Cultura. Recentemente, houve mudanças nas dinâmicas do comitê gestor do Fundo Setorial do Audiovisual e do Conselho Superior de Cinema. Além disso, na semana passada, foi nomeado Christian de Castro como novo diretor-presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine), substituindo Débora Ivanov.

“Acho que nós podemos nos desenvolver mais e obter mais resultados para o setor de audiovisual e para a própria sociedade. O CTAv tem um potencial imenso que não vinha sendo trabalhado. Talvez por ficar ali em Benfica e longe de Brasília, ele ficou esquecido pelo ministério”, disse o ministro. Segundo ele, o Ministério da Cultura precisa pensar grande e, por isso, será entregue, em breve, ao presidente Michel Temer uma minuta para um Projeto de Lei ou para uma Medida Provisória que determine o repasse de 3% da arrecadação das loterias federais para a pasta. "Esse repasse já é estabelecido pela legislação atual, mas não acontece porque os recursos vão para o Tesouro e acabam não cumprindo a sua finalidade legal”.

Para Sá Leitão, com estes recursos seria possível ter o maior programa de fomento direto à cultura já realizado no Brasil, com, aproximadamente, R$ 350 milhões, investimento que ajudaria a produzir renda e emprego no país. “O nosso desafio central é tornar o Ministério da Cultura relevante para a cultura e para a sociedade brasileira. Fazer com que ele retome a relevância. Ao longo do tempo, ele foi perdendo a sua importância e se apequenando de alguma maneira”, acrescentou.

A nova diretora do CTAv, Daniela Pfeiffer, disse ter ciência de que o orçamento do ministério não cobrirá todos os projetos, mas avaliou que eles são viáveis buscando recursos e parcerias fora da pasta. Ela também afirmou que as atividades de capacitação, sejam cursos, oficinas ou workshops, deverão levar em conta demandas do mercado. Segundo Pfeiffer, são quase 2 mil produtoras credenciadas na Ancine. “Não queremos só formar, queremos formar e ter interlocução com o mercado. E também para que esses formados possam ter uma fonte de renda e possam fazer disso uma carreira”.

(Fonte: Agência Brasil)