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O ministro da Educação, Mendonça Filho, assinou, nesta quinta-feira (28), a portaria que estabelece um aumento de 6,81% para o piso salarial dos professores para 2018. O reajuste anunciado segue a Lei do Piso, que estabelece a atualização anual do piso nacional do magistério, sempre a partir de janeiro.

Segundo o MEC, por estar acima do índice de inflação previsto para este ano, o piso nacional do magistério terá um ganho real de 3,9% e um salário de R$ 2.455,35, para jornada de 40 horas semanais. Nos últimos dois anos, os professores tiveram um ganho real de 5,22%, o que corresponde a R$ 124,96, de acordo com a pasta.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, o percentual está dentro do esperado, pois foi calculado de acordo com o mecanismo já utilizado nos últimos anos.

No entanto, ele alerta para o fato de que faltam dois anos para o cumprimento da meta 17 do Plano Nacional de Educação, que estabelece que até 2020 o salário médio dos professores deve ser equiparado com o salário médio de outras profissões. “Vai precisar de um esforço maior do MEC, junto com Estados e municípios para que essa meta seja alcançada até 2020”, disse Araújo à Agência Brasil.

O piso salarial dos docentes é reajustado anualmente, seguindo as regras da Lei 11.738/2008, a chamada Lei do Piso, que define o mínimo a ser pago a profissionais em início de carreira, com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais. O critério adotado para o reajuste desde 2009 tem como referência o índice de crescimento do valor mínimo por aluno ao ano do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

(Fonte: Agência Brasil)

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O principal acontecimento de 2017 na área de educação ocorreu no último mês do ano: a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O documento que servirá como referência para a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares estaduais e municipais foi cercado de polêmicas durante todo o ano.

A terceira versão da BNCC foi entregue em abril pelo Ministério da Educação (MEC) ao Conselho Nacional da Educação (CNE) e passou por diversas modificações, após o recebimento de propostas e a realização de audiências públicas. Questões como identidade de gênero, ensino religioso e antecipação do prazo para a alfabetização das crianças foram os principais pontos debatidos pela sociedade.

Ao homologar a nova Base, o governo decidiu que ainda vai esperar a publicação da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a oferta de ensino religioso nas escolas para definir como ficará essa questão. Em setembro, o STF autorizou o ensino religioso de natureza confessional nas escolas públicas, ou seja, as aulas podem seguir os ensinamentos de uma religião específica.

O MEC também anunciou que irá destinar R$ 100 milhões no orçamento do ano que vem para apoio técnico e financeiro para o início das ações de criação da BNCC, em parcerias com Estados e municípios.

Fies

Em julho, as regras do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) foram alteradas e começam a valer em 2018. Após passar pela aprovação do Congresso Nacional, o Novo Fies, como foi chamado, foi sancionado pelo presidente Michel Temer em dezembro.

Uma das principais mudanças é a oferta de 100 mil vagas a juro zero para estudantes de baixa renda. As demais vagas terão juros variáveis de acordo com o banco onde for fechado o financiamento. Ficou estabelecido também o fim do prazo de carência de 18 meses, após a conclusão do curso, para que o estudante comece a pagar o financiamento.

O Novo Fies apresenta três modalidades. Na primeira, serão ofertadas 100 mil vagas a juro zero para estudantes com renda familiar per capita mensal de até três salários mínimos. Os recursos para esse financiamento virão da União. As outras duas modalidades serão destinadas a estudantes com renda per capita mensal de até cinco salários mínimos.

Enem

Em 2017, pela primeira vez, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi realizado em dois domingos seguidos. Antes, a prova era aplicada em um único fim de semana, sábado e domingo, o que prejudicava a aplicação para seguidores de religiões que guardam o sábado. As provas também foram organizadas por áreas de conhecimento.

O índice de candidatos que faltaram às provas foi de 29,8% no primeiro dia e de 32% no segundo dia. O ministro da Educação, Mendonça Filho, classificou esta edição como a mais tranquila aplicação do Enem nos últimos anos, com pouquíssimas ocorrências. O Boletim de Desempenho, que traz as notas individuais dos participantes, deverá ser disponibilizado só em 19 de janeiro de 2018.

Antes da aplicação do Enem, uma decisão da Justiça impediu a anulação de provas de candidatos que desrespeitassem os direitos humanos na redação.

O caso foi parar no Supremo Tribunal Federal, e a presidente Cármen Lúcia decidiu manter a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

O tema da redação deste ano foi os desafios para formação educacional de surdos no Brasil.

Universidades

Durante todo o ano, as universidades federais enfrentaram problemas de falta de verbas e do contingenciamento de recursos feito pelo governo federal. Em agosto, o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Emmanuel Tourinho, chegou a dizer que os valores de custeio previstos para este ano não seriam suficientes para as despesas regulares com energia, vigilância, limpeza, bolsas para os alunos de baixa renda e serviços de manutenção das instalações.

Por causa das dificuldades, o MEC anunciou um aumento no limite de empenho para custeio e investimento de todas as universidades e institutos federais e, no final do ano, a pasta garantiu a liberação de 100% do custeio para a rede federal de ensino.

(Fonte: Agência Brasil)

O número de alunos matriculados em escolas públicas no ensino fundamental e no ensino médio em 2017 caiu, mas houve aumento nas matrículas de creches e pré-escola, bem como na educação especial. Os dados são do Censo Escolar da Educação Básica 2017, divulgado nesta terça-feira (26) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Este ano, segundo o levantamento, o total de alunos matriculados no ensino fundamental em escolas públicas foi de 22,05 milhões, o que representa uma queda de 1,62% em relação a 2016. No ensino médio, foram 6,68 milhões em 2017, queda foi de 2,85% na comparação com o ano passado.

O número de alunos matriculados em creches da rede pública subiu 6,8%, chegando a 2,2 milhões. Na pré-escola, também houve aumento no número de alunos matriculados, com um total de 3,87 milhões e crescimento de 2,64% em relação a 2016. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) registrou um aumento de 4,1%, com 2,92 milhões estudantes matriculados em 2017.

Em todas as etapas, o total de matrículas na rede pública este ano chegou a 37,75 milhões, leve redução de 0,5% na comparação com 2016. Na educação especial, voltada para o atendimento de alunos com necessidades especiais, foi registrado aumento no número de matriculas em todos os segmentos.

Censo

O levantamento do Inep detalha o número de matrículas iniciais na educação básica das redes públicas municipal e estadual de ensino, que abrangem a creche, pré-escola, os ensinos fundamental e médio, a EJA e a educação especial. Os dados incluem as áreas urbana e rural e a educação em tempo parcial e integral.

A segunda etapa do Censo Escolar 2017 terá início no próximo mês, quando serão coletados os dados sobre o rendimento e o movimento escolar dos alunos.

O Censo Escolar é feito anualmente, sob coordenação do Inep. Segundo o órgão, a ferramenta é indispensável para que os atores educacionais possam compreender a situação educacional do país, das unidades federativas, dos municípios e do Distrito Federal, bem como das escolas e, com isso, acompanhar a efetividade das políticas públicas.

(Fonte: Agência Brasil)

Manual de Redação e Estilo – jornal O Estado de S.Paulo
Papai Noel
Tem plural: Havia dois Papais Noéis na loja.

Dicas da Dad: português com humor – Dad Squarisi
Dois jeitinhos
O Natal vem aí. Faltam poucos dias para a festança. O corre-corre já começou. A lista de presentes, visitas, cartões não tem fim. É um deus nos acuda. Nada pode faltar. Ninguém deve ficar de fora. (...) atenta às apreensões dos leitores, dá duas sugestões. Uma: caia fora. Fuja do estresse. Só volte quando o último pisca-pisca estiver apagado.
A outra: entre na onda. Distribua sorrisos, dê lembrancinhas, telefone aos amigos, deseje Natal aos conhecidos e desconhecidos. Sobretudo, esteja atento aos requintes da língua. Nada de deslizes. O menino Jesus é bonzinho. Mas é filho de Deus. Perfeição é seu vício. Valem algumas dicas.
[...]

Dica 2
(Papai Noel x papai-noel)
Papai Noel é o bom velhinho. O nome vem do francês Père Noël. Significa Pai Natal. Generoso, o gordinho de barbas brancas e roupas vermelhas distribui brinquedos pra garotada e presentes para todos. Ele tem um filhote. É papai-noel. Assim, com hífen e letra minúscula. Quer dizer presente de Natal: O que você quer de papai-noel? Ainda não comprei seu papai-noel. Para completar minha lista, preciso de mais três papais-noéis.
[...]

Tirando dúvidas de português – Odilon Soares Leme
[...]
o papai-noel: os papais-noéis; os papais-noel

Tirando dúvidas de português de A a Z – Alpheu Tersariol
[...]
172. Qual o plural de Papai Noel?
Resposta: É Papais Noéis. Exemplo: Havia dois Papais Noéis na noite de Natal.

Corrija-se! de A a Z – Luiz Antonio Sacconi
Papai Noel e papai-noel qual a diferença?
Papai Noel é a lendária personagem, representada por um velhinho de barbas brancas, que na noite de Natal traz num grande saco presentes para todas as crianças do mundo, principalmente as boazinhas e obedientes: Ela tem trinta anos e ainda acredita em Papai Noel! Em sentido figurado, é a figura fantasiada dessa personagem ou figura que representa esse velhinho: No Natal, abundam os Papais Noéis nos shopping centers da cidade. Ela bordou muitos Papais Noéis na toalha da filha.
papai-noel é presente de Natal: Ganhaste muitos papais-noéis ano passado?

Dicionário de dificuldades da língua portuguesa – Domingos Paschoal Cegalla
Papai Noel, papai noel
1. Papai Noel (com iniciais maiúsculas). Personagem lendário que, na noite de Natal, traz presentes para as crianças.
2. papai noel. Tratando-se do personagem fantasiado de Papai Noel, seria preferível grafar com iniciais minúsculas: Havia um papai noel na entrada da loja. (Pl.: papais noéis)

Não nos parece correto usar maiúsculas nesta acepção, como se costuma praticar.

Acrescentando...
DICIONÁRIO “AURÉLIO”
Papai Noel [Do fr. Père Noël; literalmente, ‘Pai Natal’.]
1. Personagem lendária, representada por um velho de barbas brancas e roupas vermelhas que, na noite de Natal, distribui brinquedos e presentes. 2. Indivíduo fantasiado de Papai Noel. [Cf., nessas acepç., papai-noel.]

papai-noel [De Papai Noel.]
Substantivo masculino.
1. Presente de Natal. [Cf. Papai Noel. Pl.: papais-noéis.]

DICIONÁRIO “HOUAISS”
PAPAI-NOEL
 substantivo masculino
presente natalino
Obs.: cf. Papai Noel
Ex.: não sei o que vou escolher de p.

Volp 5ª Edição 2009
papai-noel s.m.; pl. papais-noéis

O ministro da Educação, Mendonça Filho, assinou, nesta quarta-feira (20), a portaria que homologa a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que orientará os currículos da educação básica em escolas públicas e privadas em todo o país. A cerimônia contou com a presença do presidente Michel Temer.

Durante o evento, o ministro anunciou que o MEC alocará R$ 100 milhões no orçamento do ano que vem para apoio técnico e financeiro para o início das ações de implantação da base, em parcerias com Estados e municípios. A Base foi aprovada, na última sexta-feira (15), pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). As ações envolvem o apoio com consultores e técnicos especializados, workshops de formação continuada de professores e organização de material didático, principalmente guias de orientação para a implementação da base.

Segundo o ministro, a BNCC é plural, respeita as diferenças e os direitos humanos. “Ela é fruto de uma construção coletiva. É imperfeita, mas buscamos fazer com que ela pudesse ter a expressão de identidade de um Brasil que é amplo, diverso e que é vivo e que quer construir um novo caminho. O Brasil só será um país decente quando tiver a educação como um fator de transformação social”.

O presidente Michel Temer disse que a Base promove a igualdade entre os alunos. “A base curricular é a bússola de nossas escolas. E por isso mesmo agora temos mais clareza quanto às competências que as crianças devem desenvolver ao longo da vida escolar. Com a base curricular hoje anunciada estamos também promovendo um tema caro à Constituição brasileira, que é a igualdade. Portanto, estamos promovendo a igualdade de todos os alunos, seja no sistema público seja no sistema privado, que passam a ter direitos iguais de aprendizado”.
O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Aléssio Costa Lima, destacou que o grande desafio ainda está por vir, que é fazer a discussão chegar a cada uma das salas de aula do país. A vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Maria Cecilia da Motta, ressaltou a necessidade do fortalecimento do regime de colaboração entre estados e municípios para a implementação da Base.

Criação

A previsão é de que o processo de implantação da BNCC nas escolas esteja consolidado até 2020. Ao longo 2018, as escolas e redes de ensino deverão se adaptar e rever seus currículos para iniciarem a implementação da Base em 2019. Segundo o MEC, os professores receberão formação para conhecer em profundidade o documento e haverá a adequação necessária do material didático.

A criação de uma Base Nacional Comum Curricular está prevista na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A primeira versão foi divulgada pelo MEC em 2015 e a versão aprovada está em debate desde abril desse ano.

O documento homologado hoje não estabelece as diretrizes para os currículos das escolas de ensino médio. Segundo Mendonça Filho, a base para o ensino médio deverá ser enviada pelo Ministério da Educação ao CNE até o fim do primeiro trimestre do ano que vem.

Referência

A BNCC servirá como referência para a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares estaduais e municipais e das propostas pedagógicas das instituições escolares. Seu papel será o de orientar a revisão e a elaboração dos currículos nos Estados e nos municípios.

O documento define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da educação infantil e do ensino fundamental. Também estabelece os conhecimentos, as competências e as habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica.

Segundo o CNE, o objetivo da BNCC é elevar a qualidade do ensino no país, indicando com clareza o que se espera que os estudantes aprendam na educação básica, além de promover equidade nos sistemas de ensino.

Uma das mudanças trazidas pela BNCC é a antecipação da alfabetização das crianças até o 2º ano do ensino fundamental. Atualmente, as diretrizes curriculares determinam que o período da alfabetização deve ser organizado pelas escolas até o 3º ano do ensino fundamental.

A mudança foi defendida pelo ministro Mendonça Filho. “Quando você admite que uma criança pode ser alfabetizada até o 3º ano do ensino fundamental, você está impondo às crianças mais pobres uma defasagem logo no início de sua vida educacional, porque as famílias de classe média garantem a alfabetização no máximo até o segundo ano, na sua grande maioria no primeiro ano”, disse.

(Fonte: Agência Brasil)
Edição: Fernando Fraga

Foram conhecidos, na última segunda-feira (18), os grandes vencedores da etapa nacional da décima edição do Prêmio Professores do Brasil. O concurso seleciona projetos que, aplicados em sala de aula, contribuem para a melhoria da educação básica. Entre os 30 ganhadores da etapa regional, foram escolhidos seis projetos – um em cada categoria da premiação.

O objetivo do prêmio é valorizar e estimular o papel dos educadores na formação das novas gerações. Ao todo, foram 3.494 projetos inscritos em todo o país. A cerimônia foi realizada na Praça das Artes, em São Paulo.

O valor do prêmio nacional é de R$ 5 mil, que se soma à premiação da etapa regional, no valor de R$ 7 mil. Os vencedores regionais também ganharam uma viagem à Irlanda, para participação em programa de capacitação apoiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), além de troféu e equipamentos de informática com conteúdo educativo para as escolas em que trabalham. Todos receberam troféus.

Para a secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, o prêmio estimula a criatividade e a inovação na educação. “É um estimulo para o professor colocar em prática uma ideia. Com todas as iniciativas do MEC, especialmente as plataformas, os recursos a distância, que estão sendo fortalecidos e valorizadíssimos pela atual gestão da SEB, acredito que todos vocês terão condições de replicar esses projetos pelo país afora”, destacou, ressaltando os bons resultados do compartilhamento de boas práticas entre professores.

A premiação nacional selecionou um projeto em cada uma das seguintes categorias: educação infantil/creche, educação infantil/pré-escola, ensino fundamental/ciclo de alfabetização, ensino fundamental/quarto ao quinto ano, ensino fundamental/sexto ao nono ano e ensino médio.

O secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares, destacou a importância dos excelentes professores e professoras que ensinam em todos os cantos do país. “Que esse prêmio possa ser uma parceria no processo de formação. Que vocês voltem para suas escolas contaminados cada vez por esse brilhantismo, e que possam levar aos colegas também o incentivo de participar desse momento”, afirmou. De acordo com ele, o prêmio é um “reconhecimento ao que temos de melhor no país”.

Professores e projetos vencedores por categoria:

Infantil / creche – Em São Paulo, a professora Alessandra Silva de Assis foi a vencedora na categoria educação infantil / creche com o projeto A escuta das vozes infantis: registro da busca pela prática, realizado com bebês de cinco a 18 meses do CCI Cips Secretaria dos Negócios Jurídicos.

O trabalho compreende quatro experiências: leitura com bebês e seus desdobramentos, momentos individualizados durante a higienização, protagonismo nas brincadeiras e experimentações com arte e natureza. O objetivo é dar visibilidade ao potencial das crianças pequenas, de forma a consolidar seu protagonismo e autoria na aprendizagem e, consequentemente, uma educação infantil pública de qualidade. “Para mim, é uma valorização, o reconhecimento do trabalho do professor e visibilidade para a educação infantil. E isso motiva demais”, resume.

Infantil / pré-escola – A professora Lidiane Pereira da Silva, da escola EMEF Gonçalves Dias de Canguçu, de Canguçu (RS), foi a vencedora da categoria educação infantil / pré-escola, com o projeto Como nossos pais e com jeito da nossa gente. O projeto tinha dois desafios: a relação de conflito entre os pais e a escola e a melhoria da alimentação dos alunos, que levavam lanches industrializados para a merenda.

Os pais foram convidados a ir à escola para fazer pequenas intervenções nas aulas e ensinar brincadeiras que fizeram parte da sua infância, além de fazer lanches caseiros com seus filhos. O resultado foi a maior presença dos pais e o aumento de lanches caseiros. Durante o recreio, passaram a praticar os jogos ensinados pelos pais. “A importância desse prêmio é o reconhecimento e a valorização da escola pública. Apesar de toda a dificuldade que enfrentamos, o prêmio mostra que valeu a pena”, garante.

Ensino fundamental / ciclo alfabetização – Já a professora Katia Bomfiglio Espíndola, de Porto Alegre, desenvolveu seu projeto para os estudantes que utilizam a sala de integração e recursos da escola. Vencedora da categoria ensino fundamental / ciclo de alfabetização, criou o projeto Conta uma história?! Um projeto de pró-inclusão escolar, literatura e acessibilidade”, em que uniu inclusão escolar, literatura, leitura, vídeo e acessibilidade.

Participaram 25 alunos que frequentam a sala de recursos, e cada aluno convida uma pessoa da comunidade escolar para escolher um livro e lhe contar uma história. A leitura é gravada, editada e depois exibida para os alunos e suas turmas, assim como compartilhadas nas páginas do projeto e da escola nas redes sociais. A intenção é montar uma coletânea audiovisual de 25 títulos literários. “Isso significa o reconhecimento do MEC sobre a importância de projetos na área da inclusão escolar. Dar visibilidade a isso é algo extremamente importante, muito mais do que qualquer valor em dinheiro”, enfatiza. O projeto também foi um dos vencedores na categoria temáticas especiais.

Ensino Fundamental / quarto e quinto anos – Em Rolim de Moura (RO), o projeto Ler, escrever...crescer! foi o vencedor na categoria ensino fundamental / quarto e quinto anos. A professora Fernanda Nicolau Nogueira, do colégio EEEFM Nilson Lima, realizou o projeto a partir do desafio de atender a mais da metade dos alunos do quarto ano, que estão em processo de alfabetização e, ao mesmo tempo, garantir a todos a competência de ler e escrever.

Foram realizadas atividades diárias de leitura e escrita, análise textual e gramatical, que resultaram na produção de jornal escrito, livros de contos e autobiografia, filmagem de telejornal, de programa de culinária e blog educativo, entre outros. “Receber este prêmio representa a maior honra que um professor pode receber neste país. Estou muito feliz e sensibilizada. Chegando à escola, a primeira coisa que quero mostrar para meus colegas é que vale a pena registrar e mostrar o nosso trabalho porque todos nós crescemos com isso, inclusive o nosso país”, comemora.

Ensino médio – Rodrigo Nóbrega Martins, professor da Escola Estado da Bahia EEFM, em Crato (CE), venceu na categoria ensino médio com o projeto Revista Discentes: um sentido para a produção textual no ensino médio do estado do Ceará. Além dos textos produzidos pelos estudantes da turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA), a revista conta com a colaboração de alunos de diversas escolas do Estado. “É a coroação de um trabalho que é do dia a dia e que, às vezes, é tão desgastante. Mas que a gente permanece porque acredita muito”, destaca.

Ensino fundamental / anos finais do sexto ao nono ano – De Minas Novas (MG), o professor Adalgisio Gonçalves Soares, da escola EE presidente Costa e Silva, foi o vencedor na categoria ensino fundamental / anos finais sexto ao nono ano, com o projeto Festival de curtas, uma viagem às mil e uma noites de Malba Tahan. O projeto propõe o ensino da matemática de forma divertida e atraente, a partir da obra do matemático brasileiro Júlio Cesar de Melo e Sousa, mais conhecido como Malba Tahan. Ele publicou uma série de livros com esse espírito, como O homem que calculava e Matemática divertida.

“Ganhar esse prêmio é o maior reconhecimento para nós professores, uma classe muito sofrida e, às vezes, desvalorizada. Isso aqui é valorização profissional, reconhecimento. É uma forma de colocar a educação e o trabalho do professor de uma cidadezinha do interior de Minas Gerais em evidência”, conclui.

Especiais – Outros 15 professores de todo o país foram premiados na categoria temáticas especiais, de acordo com a área na qual foram inscritos. Entre as premiações, estão uma viagem de uma semana a Londres para participação em atividades educativas, palestras e visitas a museus; R$ 5 mil em dinheiro; e visita ao Núcleo de Alto Rendimento Esportivo de São Paulo.

(Fonte : MEC)

 

 

 

Entre as dúvidas de grafia mais frequentes está em saber distinguir “demais”, numa só palavra, da locução “de mais”.

Na maior parte das vezes, é o advérbio que se emprega, portanto “demais”. Trata-se de um sinônimo de “excessivamente” (comer demais, falar demais, dormir demais etc.) ou simplesmente de “muito” (“Você é linda, mais que demais”, para quem quiser relembrar o verso de uma bela canção de Caetano Veloso).

Menos usada, mas também correta, é a palavra “demais” como sinônimo de “ademais” (além disso). Assim: “Fala muito alto o tempo todo; ademais (demais), sua voz é estridente”.

Com o sentido de “os outros”, “os restantes”, portanto com valor de substantivo, usa-se também a grafia “demais”. Assim: “Os demais preferiram não opinar”.

Já a locução “de mais” pode aparecer com o valor aproximado de “a mais” (“Acertou o tempero: nem sal de mais, nem sal de menos”). Note-se que, nesse caso, “de mais” tem o valor de “demasiado”, “excessivo” e, portanto, tem valor de adjetivo (não de advérbio).

Também se usa “de mais” no sentido de “capaz de causar estranheza”, “anormal”. Assim: “Não vejo nada de mais nisso”.

Acrescentando...
Michaelis – Português Fácil: Tira-dúvidas de redação – Douglas Tufano
demais, de mais, de mais a mais
Em uma só palavra, significa: a) em excesso: Comeu demais e passou mal; b) além disso: Ele está mal: perdeu a namorada e ficou doente; demais, foi demitido do emprego; c) os restantes, os outros: Esses alunos farão o teste agora; os demais, só amanhã; d) extremamente, muitíssimo: Esse jogador é rápido demais. De mais, em duas palavras, é usado com sentido de “a mais” sendo o contrário de “de menos”: Ela errou no troco e me deu dinheiro de mais. De mais a mais quer dizer “além disso”, “ainda por cima”: Ele é um sujeito mal-educado e, de mais a mais, muito arrogante.

Dicas da Dad: português com humor – Dad Squarisi
Curtas – Pode?
Saiu na Veja: “O país tem município de mais e governo de menos”. Os leitores acharam esquisito. Existe de mais assim divorciado?
Existe. Demais e de mais têm uma semelhança. São formados pelas mesmas palavras (de + mais). Mas exprimem ideias deferentes. Demais significa demasiadamente. Pode ser substituído por “muito”: Comeu demais (muito). Falou demais (muito). Estava nervoso demais (muito nervoso).
De mais, separadinho, quer dizer a mais. É o contrário de “de menos”: Na confusão, recebi troco de mais (de menos). Até aí, nada de mais (de menos).
Não seja afetado no troca-troca. A substituição tem que ser natural. Nada de forçar a barra.

Dicionário de dificuldades da língua portuguesa – Domingos Paschoal Cegalla
Demais, de mais. 1. Escreve-se demais, numa palavra só, quando significa: a) excessivamente: Não convém comer demais; b) muitíssimo, extremamente: Ela é linda demais; c) além disso: O cargo não lhe interessa; demais (ou além disso), falta-lhe tempo para exercê-lo. / “Era inconveniente olhar aquela desconhecida como um basbaque. Demais, não havia nada interessante nela”. (Graciliano Ramos, Angústia, p. 29); d) os outros, os restantes: Entraram no banco três assaltantes; os demais ficaram esperando fora. 2. Grafa-se de mais, em duas palavras, quando equivale a a mais, oposto de de menos: Bom guisado, nem sal de mais, nem sal de menos. / “Limitou-se a dissuadi-la, dizendo que um homem de mais ou de menos não pesaria nada na balança do destino”. (Machado de Assis, Iaiá Garcia, p. 19) / “Não vejo nada de mais em sua resposta”. (Aurélio) / “Meu Deus, um aleijado! E se tiver dedos de mais?” (Aníbal Machado, apud Francisco Borba) / “O mal do Brasil é termos advogados de mais e médicos de menos”. (Érico Veríssimo, O retrato, p. 97).

1001 dúvidas de português – José de Nicola e Ernane Terra
DEMAIS/DE MAIS
A palavra demais pode ser um advérbio equivalendo a “excessivamente”, “muito”, “em demasia”.
Ela está cansada porque trabalhou demais.
Pode ser um pronome indefinido equivalendo a “os mais”, “os restantes”, “os outros”. Como pronome indefinido, a palavra demais vem, quase sempre, precedida de artigo.
Só participaram da reunião os diretores da área econômica; os demais permaneceram no escritório.
A locução de mais sempre acompanha substantivos (ou palavras com valor de substantivo) com sentido contrário a de menos.
Colocou cadeiras de mais no salão.
A regra prática, para os dois casos, é a substituição por seus equivalentes ou pelos seus opostos.

Dicionário de Erros Correntes da Língua Portuguesa – João Bosco Medeiros e Adilson Gobbes
Demais / De mais / Ademais. Em excesso, em demasia; muitíssimo; além disso.

Tira-dúvidas de português de A a Z – Alpheu Tersariol
DEMAIS // DE MAIS
Qual a diferença entre demais e de mais?
Demais, numa palavra só, pode ser um advérbio e tem o sentido de “excessivamente” e “muito”, “em demasia”. Exemplos: Bebeu demais e ficou embriagado (= bebeu muito, em demasia). / Todos acharam que o conferencista falou demais (= muito, excessivamente).
Demais pode também ser um pronome indefinido e equivale a “além disso”, “os restantes”, “os outros”. Com o significado de “os restantes”, “os outros”, a palavra demais vem, geralmente, precedida de artigo. Assim: Tocou seguidas vezes a campainha; demais, estava atrasado. / Alguns alunos participaram do ensaio; os demais foram dispensados. / Os demais convidados chegaram atrasados.
De mais (separado) é uma locução e encerra a ideia de aumento. Equivale a a mais e a de menos. Sempre acompanha substantivos ou opõe-se a equivalentes. Assim: Havia gente de mais no pequeno salão de festas (poderia ser de menos). / O fato em si não tem nada de mais.

Manual de Redação e Estilo – jornal O Estado de S.Paulo
Demais, de mais. 1 – Numa palavra só, tem o sentido de “em excesso”, “muito”, “demasiadamente”: Fala demais. / Havia gente demais ali. Equivale ainda a “além disso”, “os restantes”: Chegou cansado; demais, estava doente. / Os demais convidados... 2 – De mais equivale a “a mais” (e opõe-se a “de menos”): Recebeu dinheiro de mais. / Isso não é nada de mais.

Nos dias 19 e 20 próximos, 63,7 mil presos farão o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos Privados de Liberdade (Encceja PPL). A avaliação é aplicada para permitir a pessoas em unidades prisionais que não completaram os ensinos fundamental e médio a possibilidade de obtenção do título. Entre os inscritos também há adolescentes em unidades de medidas socioeducativas.

Presos aprovados no exame do ensino médio podem pleitear a participação no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), mecanismo de seleção para entrada em universidades federais ou em outras formas de acesso ao ensino superior. O procedimento é coordenado pelo responsável pedagógico da unidade do candidato.

O exame para o ensino médio é composto de questões das áreas de Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Linguagens e Códigos e Matemática. Já o exame do ensino fundamental apresenta perguntas de disciplinas como Língua Portuguesa, Língua Inglesa, História, Geografia, Artes, Matemática, Ciências Naturais, Artes, Educação Física e Redação. Além das questões, os candidatos devem escrever uma redação.

Escolaridade

Segundo informações do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) - feito com 70% da população carcerária do país – 51% têm ensino fundamental incompleto, 29% não concluíram o ensino médio, 9% já terminaram essa fase, 6% são alfabetizados mas sem cursos regulares e 4% são analfabetos.

Interrupção

O Enceja será realizado este ano após dois anos de interrupção. Em 2016 e em 2015, a prova não foi aplicada por falta de orçamento. Em 2014, fizeram o exame 23 mil pessoas, total maior que o de 2013: 18 mil encarcerados.

(Fonte: Agência Brasil)

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A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada nesta sexta-feira (15), pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), servirá como referência para a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares estaduais e municipais e das propostas pedagógicas das instituições escolares. Seu papel será o de orientar a revisão e a elaboração dos currículos nos Estados e nos municípios.

A BNCC é um documento de caráter normativo, que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da educação infantil e do ensino fundamental, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, como determina o Plano Nacional de Educação (PNE).

A base nacional estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica. Segundo o CNE, o objetivo da base é elevar a qualidade do ensino no país, indicando com clareza o que se espera que os estudantes aprendam na educação básica, além de promover equidade nos sistemas de ensino.

O documento aprovado nesta sexta-feira não estabelece as diretrizes para os currículos das escolas de ensino médio. A base para o ensino médio deverá ser enviada pelo Ministério da Educação ao CNE só no início do ano que vem.

Alfabetização

Uma das mudanças trazidas pela BNCC é a antecipação da alfabetização das crianças até o 2º ano do ensino fundamental. Atualmente, as diretrizes curriculares determinam que o período da alfabetização deve ser organizado pelas escolas até o 3º ano do ensino fundamental.

“Nos dois primeiros anos do ensino fundamental, a ação pedagógica deve ter como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para que os alunos se apropriem do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita e ao seu envolvimento em práticas diversificadas de letramentos”, diz o texto da base nacional.

Religião

O texto aprovado pelo CNE incluiu novamente orientações sobre o ensino religioso nas escolas. O assunto estava nas versões anteriores da base, mas tinha sido excluído da terceira versão enviada pelo MEC em abril, e foi recolocado antes da votação.

Segundo o texto previsto na base nacional, o ensino religioso deve ser oferecido nas instituições públicas e privadas, mas como já ocorre e está previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a matrícula poderá ser optativa aos alunos do ensino fundamental. Entre as competências para esse ensino, estão a convivência com a diversidade de identidades, crenças, pensamentos, convicções, modos de ser e viver.

O CNE ainda deverá decidir se o ensino religioso terá tratamento como área do conhecimento ou como componente curricular da área de Ciências Humanas, no Ensino Fundamental.

Gênero

O CNE decidiu avaliar, posteriormente, a temática gênero, que foi objeto de muita polêmica durante as audiências públicas realizada para debater a BNCC. “O CNE deve, em resposta às demandas sociais, aprofundar os debates sobre esta temática, podendo emitir, posteriormente, orientações para o tratamento da questão, considerando as diretrizes curriculares nacionais vigentes”, diz a minuta de resolução divulgada pelo conselho.

Na versão encaminhada pelo MEC em abril, uma das competências gerais da BNCC era o exercício da empatia e o respeito aos indivíduos, “sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza”. Esse trecho foi modificado, e o texto aprovado hoje fala apenas “sem preconceitos de qualquer natureza”.

Competências

Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens essenciais definidas na BNCC devem concorrer para assegurar aos estudantes o desenvolvimento de dez competências gerais, que resumem, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos.

Conheça as 10 competências gerais da Base Nacional Comum Curricular:

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários

(Fonte: Agência Brasil)

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A nova diretoria da Academia Brasileira de Letras (ABL) tomou posse nessa quinta-feira (14) durante solenidade no Petit Trianon, como é chamada a sede da entidade. O novo presidente é o professor e escritor Marco Lucchesi, 54 anos, o mais jovem líder da academia dos últimos 70 anos. Antes dele, o mais novo da história da ABL foi Pedro Calmon, que assumiu em 1945, aos 43 anos.

No discurso, Lucchesi comparou o Brasil a um livro em construção, em razão das grandes desigualdades que marcam a sociedade. “Continuemos juntos. A tolerância é um bem que se constrói em rede, em torno de estatutos de emancipação”. Ainda comentando o que pensa para o desenvolvimento do país, destacou que sonha com um livro de muitas páginas, baseado em uma extensa vocação republicana pela qual lutaram tantos acadêmicos.

“Não sei dizer onde começam e terminam os grafites urbanos, os poemas que redimem a crispação de nossas almas e de nossas casas, os desenhos rupestres da Serra da Capivara, a liberdade esboçada nas paredes dos presídios, a leitura do mundo das crianças do asfalto e da favela, das terras quilombolas e das nações indígenas, com suas quase 300 línguas praticadas ainda hoje”, afirmou.

A secretária-geral, Nélida Piñon, apresentou o relatório do ano de 2017 e apontou que a ABL encarna a continuidade de valores e de espírito público, sem abdicar de seus compromissos com a cultura brasileira, a literatura e a língua portuguesa. Nélida Piñon, que foi substituída na nova diretoria pelo acadêmico Alberto da Costa e Silva, desejou felicidades ao presidente Marco Lucchesi, “cujo talento brasileiro e universal saúdo com a veemência que a admiração, a amizade e a esperança, conjugadas, exigem”.

“Prezados acadêmicos e amigos, o que mais lhes dizer para assegurar a todos que fomos felizes servindo a esta Casa de Machado de Assis?”, completou. A nova diretoria é composta ainda pela primeira-secretária, a escritora Ana Maria Machado; pelo segundo-secretário, o jornalista Merval Pereira; e pelo tesoureiro, o economista Edmar Bacha.

(Fonte: Agência Brasil)