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Morreu nessa quinta-feira (27), aos 93 anos, a ialorixá baiana Mãe Stella de Oxóssi, considerada uma das referências do candomblé no país. Ela estava internada desde o início do mês no Hospital Incar, em Santo Antônio de Jesus (BA), por causa de uma infecção.

Em comunicado, o hospital informa que a ialorixá teve sepse urinária, insuficiência renal crônica e hipertensão arterial sistêmica, morrendo às 16h.

Nascida em 2 de maio de 1925, em Salvador, Maria Stella de Azevedo Santos, Mãe Stella de Oxóssi, Odé Kayode, era a quinta ialorixá do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, um dos mais tradicionais da Bahia. Foi levada a um terreiro e conheceu o candomblé por meio de uma tia quando era adolescente. Trabalhou como enfermeira ajudando, principalmente, os mais pobres. Escreveu vários livros, entre eles, “Meu tempo é agora”, “Òsósi – O Caçador de Alegrias”, “Epé Laiyé – terra viva” e “Ófun”, sendo uma das primeiras mulheres a escrever sobre candomblé no país.

Defensora da cultura negra, foi agraciada com diversos títulos, como o de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia (2005) e da Universidade do Estado da Bahia (2009). Em 2013, foi eleita para a Academia de Letras da Bahia, onde tomou posse da cadeira número 33 – já havia sido ocupada pelos escritores Castro Alves e Ubiratan Castro de Araújo.

(Fonte: Agência Brasil)

Morreu, no fim da tarde desta quinta-feira (27/12), a cantora e compositora Miúcha, aos 81 anos, em decorrência do tratamento de um câncer. Ela foi internada às pressas e teve uma parada respiratória.

Filha do historiador e jornalista Sérgio Buarque de Holanda e da pintora e pianista Maria Amélia Cesário Alvim, Miúcha lançou 14 álbuns ao longo de sua carreira de mais de 40 anos.

Ela é mãe da também cantora Bebel Gilberto, fruto de seu casamento com o músico João Gilberto, e irmã de Chico Buarque.

Heloísa Maria Buarque de Hollanda nasceu no Rio de Janeiro em 30 de novembro de 1937, e mudou-se para São Paulo com a família quando tinha 8 anos. Começou a cantar ainda criança, vindo a formar um grupo com seus irmãos — Chico, inclusive. Suas primeiras noções de violão foram dadas por um amigo da família, o poeta Vinicius de Moraes. "Depois, eu ensinava pro Chico o pouco de violão que tinha aprendido com Vinicius. E Chico logo começou a brincar de fazer música", contou Miúcha em entrevista ao “Globo” em 2016.

Nos anos 1960, ela estudou História da Arte em Paris, na École du Louvre. Em Roma, foi apresentada pela cantora chilena Violeta Parra a João Gilberto, com quem viria a casar, tempos depois, em Nova York.

"Não sabia nem falar inglês, mas arrumei um emprego de datilógrafa. Eu era desenhista, tinha feito publicidade. Uma das perguntas que me fizeram, na entrevista, foi se eu era boa com ‘figures’ (cálculos, números, em português). Eu disse 'oh, yes', pensando que era desenhar figuras (risos)", revelou Miúcha na entrevista ao “Globo” de 2016. "Casei com João em 1965. Na época, viajávamos muito, nos mudamos muito. Uma vez peguei um ônibus errado, fui parar em New Jersey, gostei e voltei com uma casa alugada.

Miúcha inicou a carreira artística de fato em 1975, cantando no disco "The best of two worlds", de João Gilberto e Stan Getz. Ainda naquele ano, apresentou-se no Newport Jazz Festival, fez “shows” com Stan Getz e participou da faixa "Boto", do LP "Urubu", de Tom Jobim.

Ela seguiu a parceria com o maestro no LP "Miúcha e Antônio Carlos Jobim" (de 1977), que se destacou pelas faixas "Maninha" (composta especialmente para ela por Chico), "Pela luz dos olhos teus" e "Vai levando". Ainda em 77, entrou no “show” "Tom, Vinicius, Toquinho e Miúcha", que ficou quase um ano em cartaz no Canecão antes de percorrer América do Sul e Europa. O espetáculo foi gravado ao vivo e lançado em disco. No mesmo ano, Miucha participou do musical "Os Saltimbancos", adaptado para o Brasil por Chico, interpretando a Galinha, com a filha Bebel no coro infantil.

Em 1979, a cantora gravou com Tom o LP "Miúcha & Tom Jobim", que trouxe as faixas "Triste alegria", de sua autoria, "Falando de amor" (de Tom) e "Dinheiro em penca", única parceria de Tom Jobim com o poeta Cacaso. No ano seguinte, ela lançou o disco "Miúcha", com arranjos de João Donato e com a participações da filha Bebel (cantando na faixa "Joujoux et Balangandans"), e de João Gilberto (violão em "All of me" e "O que é, o que é").

(Fonte: Portal Globo.com)

A Seleção de João Lisboa conquistou o título da sétima etapa do Campeonato Maranhense de Beach Soccer, competição promovida pela Federação Maranhense de Beach Soccer (FMBS) com o patrocínio do governo do Estado e da Cerveja Glacial por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Na decisão, a equipe joão-lisboense não teve dificuldades para derrotar Cidelândia por 8 a 1. O torneio foi realizado na cidade de Imperatriz.

Com o título, João Lisboa se classificou para a fase final do Campeonato Maranhense. Apesar da goleada sofrida na decisão, Cidelândia também se garantiu na fase decisiva do Estadual.

Para chegar ao título, João Lisboa não teve vida fácil. Após estrear com vitória por 3 a 2 sobre Itinga, a equipe foi goleada por Governador Edson Lobão: 6 a 2. Mesmo com o revés na fase de grupos, os joão-lisboenses conseguiram avançar às semifinais, onde reencontraram a Seleção de Governador Edson Lobão.

Desta vez, a história do confronto foi bastante diferente, e João Lisboa venceu por 4 a 3 para chegar à decisão contra Cidelândia, que havia eliminado a Seleção de Imperatriz nas semifinais: 5 a 4.

Com a definição desta etapa, 14 seleções estão classificadas na fase final do Campeonato Maranhense de Beach Soccer. São elas: São Luís, Paço do Lumiar, Pinheiro, Santa Helena, Parnarama, Matões, Trizidela do Vale, Lima Campos, Barreirinhas, Santo Amaro, Tutoia, Paulino Neves, João Lisboa e Cidelândia.

No site da FMBS (www.beachsoccerma.com.br) e em suas redes sociais oficiais (@beachsoccerma), estão disponíveis todas as informações da competição estadual. O Campeonato Maranhense de Beach Soccer de Seleções Municipais é uma realização da Federação Maranhense de Beach Soccer (FMBS) e conta com o patrocínio do governo do Estado e da Cerveja Glacial por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.

Guido Schäffer, seminarista e surfista

Florianópolis, 18 de outubro de 1991. O papa João Paulo II cumpria uma maratona no país — em dez dias, visitou dez capitais. Na capital catarinense, aproveitou a celebração da beatificação de Madre Paulina para encaixar uma opinião pessoal: “O Brasil precisa de santos, de muitos santos!”.

Foi a senha para o início de uma força-tarefa que está inserindo cada vez mais compatriotas na fila pelo título mais prestigiado da Igreja Católica. Por enquanto, poucos conquistaram a canonização.

Até o ano passado, o único brasileiro a ser declarado santo, com decreto assinado em 2007 pelo papa Bento XVI, havia sido o Frei Galvão. O jejum acabou quando Francisco deu a mesma honraria a 30 mártires do Rio Grande do Norte.

Também são considerados santos nacionais a Madre Paulina, nascida na Itália, e o espanhol São José de Anchieta, mas o país corre atrás de mais reconhecimentos. Por isso, hoje, estima-se que cerca de 90 comissões postuladoras da causa dos santos estejam montando processos de quase cem candidatos à canonização.

Odete Vidal de Oliveira, a Odetinha

Os passos para a santidade

É um caminho complexo e demorado. Normalmente, o postulante se torna um “servo de Deus”, com a abertura do procedimento. Se ele apresentar as virtudes necessárias, é proclamado “venerável”. Caso se prove um milagre por sua graça, é beatificado. A canonização acontece com a comprovação de um segundo milagre.

Hoje, mais de 130 brasileiros são considerados pela Igreja servos de Deus, veneráveis ou beatos.

— O Brasil, um imenso país católico, olha para o exterior e ignora que também abriga santos — avalia o português Miguel de Salis Amaral, consultor da Congregação da Causa dos Santos do Vaticano. — a Igreja e a população devem assumir o desafio de identificá-los. E não se deve procurá-los apenas entre padres e freiras. Até crianças podem inspirar devoção.

É o caso de Odete Vidal de Oliveira, a Odetinha, uma menina que viveu na década de 1930, em Botafogo, na zona sul do Rio. A menina, morta aos 9 anos de paratifo, uma doença de origem bacteriana, impressionou os católicos por suas obras de caridade. Organizava refeições beneficentes, fazia doações para mendigos e convenceu os pais a começar uma obra social para meninas órfãs. Hoje, ela é considerada serva de Deus.

Odetinha chegou ao Vaticano graças à dedicação do padre João Cláudio, que passou quatro anos montando sua biografia, baseado em entrevistas com testemunhas, pesquisas de campo e análise de documentos. E assegura que está pronto para levar o caso a um tribunal eclesiástico, que investigará a santidade da menina.

— Uma pessoa só pode ser canonizada se for comprovado que ela cumpriu dois milagres. Vi centenas de relatos interessantes, como pessoas que, após orarem por ela, curaram-se de câncer terminal e sobreviveram a acidentes e a atos de violência, como tentativas de assassinato — explica.

João Cláudio integra a Comissão da Arquidiocese do Rio de Janeiro para a Causa dos Santos, presidida por dom Roberto Lopes. A equipe, formada em 2011, também conseguiu o título de servo de Deus para Guido Vidal França Schäffer. O médico e seminarista atendia, gratuitamente, a moradores de rua. Ele morreu afogado aos 34 anos, enquanto surfava, em 2009.

— Entrevistamos mais de 30 pessoas para mostrar o caso de Guido ao Vaticano e, depois, será montada sua biografia oficial. E estamos recebendo milagres que serão apurados por uma equipe científica. Esperamos que ele e Odetinha sejam os primeiros beatos do Rio, o último passo antes da canonização — diz dom Roberto. — Nossa equipe conversa praticamente todos os dias e, uma vez ao ano, há a reunião nacional das comissões postuladoras de santos.

Dom Roberto assinala que as dioceses estão, cada vez mais, organizadas, formando padres e trazendo leigos especificamente para organizar os trabalhos de canonização.

Princesa Isabel em 2019

No ano que vem, a comissão pode iniciar a candidatura à canonização da Princesa Isabel, que assinou a abolição da escravatura no país, em 1888. Mas o processo já provoca controvérsias, porque uma corrente de historiadores defende que outras pessoas, que não tiveram uma posição privilegiada na sociedade, foram mais combativas na libertação dos escravos. Desta forma, seriam mais dignos de reconhecimento.

(Fonte: Portal Globo.com)

Em 24 de dezembro de 1818, o padre austríaco Joseph Mohr pediu ao amigo organista Franz Xaver Gruber que compusesse a melodia para um poema escrito por ele dois anos antes. Nascia assim “Stille Nacht, heilige Nacht”, uma das mais famosas canções natalinas, traduzida para mais de 300 idiomas e conhecida em português como “Noite Feliz”.

Naquela noite, Mohr e Gruber executaram a música pela primeira vez durante o serviço da igreja de São Nicolau em Oberndorf bei Salzburg, na Áustria. Hoje, a canção é quase onipresente no Natal, figurando desde 2011 na lista do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O poema foi criado em um período difícil para Salzburgo. O então principado eclesiástico independente sofreu diversas ocupações durante as Guerras Napoleônicas. Os conflitos trouxeram caos e fome – em especial no Ano Sem Verão de 1816, quando temperaturas extremamente baixas destruíram plantações na Europa e América do Norte.

Naquele mesmo ano, Salzburgo perdeu sua independência e foi incorporada à Áustria. "As palavras deste cântico foram escritas nestas circunstâncias. Elas expressam uma ânsia por redenção e paz", explica à BBC News Brasil Peter Husty, curador da exposição Silent Night 200 – The Story. The Message. The Present ("Noite Feliz 200 – A História. A Mensagem. O Presente", em tradução livre), no Museu de Salzburgo.
O contexto local não impediu que a canção se tornasse um sucesso em todo o mundo. Primeiro, a música se espalhou em um manuscrito na região dos autores. Depois, o construtor de órgão Carl Mauracher a levou para Zillertal, um vale em Tirol, onde era cantada por corais. Dali, alastrou-se pela Alemanha, Europa e Estados Unidos.

"O Cristianismo levou essa música para o mundo com missionários (protestantes e católicos). Ela virou acessível em muitas línguas e dialetos, tornando-se global", afirma Thomas Hochradner, chefe do Departamento de Musicologia da Universidade Mozarteum, na Áustria, e idealizador da exposição Silent Night 200.

A exibição traz informações detalhadas sobre a canção - como o fato de que ela é cantada por dois bilhões de pessoas no mundo –, além de objetos que ilustram o estilo de vida no tempo da composição, autógrafos de Mohr e Gruber, e o piano usado para tocar a música.

Uma infinidade de traduções e adaptações

A propagação de “Stille Nacht” em diversos idiomas resultou em traduções nada fiéis ao texto original. Muitas delas são, na verdade, adaptações. A versão em português, por exemplo, foi intitulada “Noite Feliz”, embora o título real seja algo como "Noite Silenciosa".

A primeira estrofe também abriga a frase "pobrezinho nasceu em Belém", inexistente no poema austríaco. "As chamadas traduções são novas poesias que tentam manter a mensagem do texto, mas precisam levar em conta o ritmo e as rimas (da língua)", diz Hochradner.

Segundo Husty, geralmente as traduções buscam manter o sentido central da canção: o Natal como festa da redenção e sinal de paz. Mas nem sempre é o caso, como prova a “Weihnachtsringsendung”, a versão nazista do cântico.

O regime de Hitler tinha um problema óbvio com Natal: Jesus era judeu. E o antissemitismo estava no centro da existência da ditadura nazista. Por isso, sua equipe tentou remover todo o contexto religioso da celebração. Isso incluía reescrever canções natalinas sem referências a Deus, Cristo ou fé.

Na Alemanha nazista, o primeiro verso de “Stille Nacht” transformou-se em um louvor a Hitler. A letra dizia: "Tudo é calmo, tudo é esplendido / Apenas o Chanceler fica em guarda / O futuro da Alemanha para vigiar e proteger / Guiando nossa nação certamente".

A música também não escapou do uso comercial em inúmeros filmes (a Forbes afirma que ela apareceu em 295 até 2015) e interpretações por cantores famosos, incluindo Sinead O'Connor, Elvis Presley, Etta James e Kelly Clarkson.

Os compositores

Padre austríaco Joseph Mohr

Mohr nasceu em 1792 em Salzburgo, onde estudou e foi ordenado padre. Em 1815, o religioso tornou-se curador na pequena municipalidade de Mariapfarr. No ano seguinte, escreveu o poema que o tornou conhecido.

Em 1817, Mohr foi transferido para Oberndorf bei Salzburg. Na cidade, o padre conheceu Gruber, nascido em Hochburg, em 1787, e que tocava órgão na igreja local. Eles cultivaram uma amizade por toda a vida.

Os dois são tão famosos na Áustria que os locais onde nasceram, trabalharam e morreram possuem memoriais e museus em sua homenagem.

Para celebrar os 200 anos do “hit” natalino, Hochburg, Mariapfarr, Arnsdorf, Hallein, Oberndorf, Hintersee, Wagrain, Fügen e Salzburgo fizeram uma parceria para uma exposição nacional. "Os austríacos gostam e cantam a canção, principalmente em sua versão original, que difere um pouco daquela mais comum no mundo. É mais uma tradição do que orgulho", afirma Hochradner.

Para Husty, Stille Nacht transcende a religião. "Ela conta a história do nascimento de Jesus. Então, é um cântico religioso ao mesmo tempo em que é para a paz no mundo".

(Fonte: Portal Globo.com)

Pesquisadores do Museu Nacional, que pegou fogo no dia 2 de setembro, estimam que o trabalho de reconstrução de Luzia, o fóssil humano mais antigo das Américas, pode “renascer” já em 2020. A reconstituição de um dos itens mais preciosos da instituição bicentenária começará no segundo semestre de 2019. Não será uma tarefa simples: dividido em três etapas (diagnóstico, uma reconstituição virtual e, enfim, a remontagem física), o procedimento deverá levar cerca de um ano.

Novo laboratório

Para o trabalho de reconstrução do fóssil daquela que é chamada de “a primeira brasileira”, será montado um laboratório. O investimento poderá chegar a R$ 3 milhões.

— Teremos uma sala próxima ao local onde é coordenado o trabalho de resgate do acervo. Está sendo preparada com o dinheiro doado pelo governo alemão e com recursos que estamos adquirindo lentamente. O laboratório deverá receber equipamentos especiais, como um grande microscópio. Mas precisamos de outros itens, como um software de reconstrução virtual. Ainda não temos verba para todo o material necessário — diz a arqueóloga Cláudia Carvalho, que, ao lado de outros três pesquisadores do Museu Nacional, cuida da recuperação de Luzia.

Nos dias seguintes ao incêndio que destruiu a maior parte dos 20 milhões de itens do acervo do Museu Nacional, cientistas consideravam praticamente nula a chance de o fóssil humano de 11.500 anos ter resistido ao fogo. Contudo, no dia 19 de outubro, arqueólogos do mundo inteiro vibraram quando uma equipe de resgate das peças encontrou, dentro de um armário semidestruído, uma caixa de ferro parcialmente derretida. O crânio de Luzia estava ali, fragmentado.

(Fonte: Portal Globo.com)

O Ministério da Educação realizou na última segunda-feira (17), audiência pública para apresentar proposta para o novo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) para o ensino médio. A proposta para o PNLD 2021 – Ensino Médio está ancorada nas competências e habilidades elencadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada em 14 de dezembro, bem como nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino médio.

Os novos livros devem chegar às escolas em 2021. “O processo é complexo. Os escritores precisam de tempo para elaborar o material. Depois, as obras devem ser avaliadas pelo MEC para, então, entrar na fase de compra e distribuição às escolas da rede pública”, disse o ministro da Educação, Rossieli Soares.

De acordo com o Censo Escolar de 2017, o Brasil tem 7.930.384 estudantes no ensino médio, em 24.542 escolas que ofertam essa etapa. Do total de estudantes, 84,8% estão em escolas estaduais.

PNLD

O programa é destinado a avaliar e a oferecer obras didáticas, pedagógicas e literárias, entre outras ferramentas de apoio à prática educativa. São beneficiadas as escolas públicas de educação básica das redes federal, estaduais, municipais e do Distrito Federal, além das instituições de educação infantil comunitárias, confessionais ou filantrópicas conveniadas com o Poder Público.

Segundo a diretora de apoio às redes de educação básica do MEC, Renilda Peres de Lima, “o PNLD 2021 está todo desenhado para atender às competências e as habilidades da BNCC”. Ela observa que, segundo a orientação do MEC, são produzidos quatro grupos diferentes, além da parte comum recomendada pela BNCC. “Há cadernos temáticos, contemplando a parte diversificada, há os itinerários formativos, as obras literárias e o guia de tecnologias, para cobrir alguma temática ainda não coberta”.

Com a edição do Decreto nº 9.099, de 18 de julho de 2017, todos os programas do livro foram unificados. Assim as ações de aquisição e distribuição de livros didáticos e literários, anteriormente beneficiadas pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e pelo Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE) foram consolidadas em um único Programa, chamado Programa Nacional do Livro e do Material Didático.

Para participar, basta que as redes de ensino e instituições federais façam a adesão ao programa. São atendidas apenas as entidades que tenham aderido, formalmente, ao PNLD. A adesão é realizada no sistema PDDE Interativo com a senha do secretário de Educação ou dirigente federal, tornando dispensável o envio de documentos ao FNDE.

Etapas

As obras são inscritas pelos detentores dos direitos autorais, de acordo com critérios estabelecidos em edital. Uma comissão técnica específica nomeada pelo ministro da Educação supervisiona a etapa de avaliação pedagógica, que é coordenada pelo MEC em consonância com o Decreto 9.099 de 18 de julho de 2017. Para a realização da avaliação pedagógica, são constituídas equipes de avaliação formadas por professores das redes públicas e privadas de ensino superior e da educação básica. Esses especialistas de diferentes áreas do conhecimento são selecionados a partir de Banco de Avaliadores do MEC.

Caso sejam aprovados, os livros passam a compor o Guia Digital do PNLD, que orienta professores e gestores da escola na escolha das coleções para as diferentes etapas de ensino. Compete às escolas e às redes de ensino garantir que o corpo docente da escola participe do processo de escolha de modo democrático. Para registrar a participação dos professores na escolha e dar transparência ao processo, a decisão sobre a escolha das coleções deve ser documentada por meio da Ata de Escolha de Livros Didáticos.

Distribuição

A compra e a distribuição dos livros são responsabilidade do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Os livros chegam às escolas antes do início do ano letivo. Nas áreas rurais, as obras são entregues nas prefeituras ou nas secretarias municipais de Educação.

(Fonte: MEC)

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Nas eleições de outubro, o povo do Maranhão reconheceu o trabalho feito pelo deputado federal Juscelino Filho nos últimos quatro anos e o reelegeu para um novo mandato na Câmara Federal. E, para agradecer os mais de 97 mil votos obtidos no pleito deste ano, o democrata mostrou ser de palavra e cumpriu a promessa de fazer uma grande festa na cidade onde obteve o maior percentual de votação. O município de Igarapé Grande, no Médio Mearim, “ganhou” a disputa e pôde festejar, nessa quarta-feira (19), a reeleição de Juscelino ao som do cantor Mano Walter, atração escolhida pela própria população.

A festa da vitória contou com a participação de milhares de pessoas que vieram de todas as regiões do Estado e lotaram a praça principal de Igarapé Grande. Ao chegar ao local, o deputado Juscelino Filho recebeu o carinho das pessoas, que faziam questão de cumprimentá-lo e desejar um segundo mandato ainda melhor.

Os prefeitos Erlânio Xavier (Igarapé Grande), Séliton Miranda (São Raimundo do Doca Bezerra), Eudina Costa (Bernardo do Mearim), Toinho Patioba (Gonçalves Dias), Dr. Júnior (São Luís Gonzaga), Aluisinho Carneiro (Esperantinópolis), Miltinho Aragão (São Mateus) e Idan Torres (Santa Filomena) também marcaram presença na festa da vitória do deputado Juscelino Filho, que agradeceu o apoio recebido dos gestores municipais.

“Agradeço, do fundo do coração, a cada um de vocês por terem me dado um voto de confiança, por terem me dado, mais uma vez, a responsabilidade de poder representá-los lá no Congresso Nacional. Na terça (18), fui diplomado deputado federal em São Luís. Quando recebi aquele diploma, me lembrei dos quatro cantos do Estado do Maranhão por onde andei carregando a nossa bandeira com cada um de vocês que estão aqui, pedindo o voto de confiança para poder continuar lá trabalhando e lutando pelo nosso povo. Neste momento, só posso agradecer os mais de 97 mil votos recebidos. Vou honrar cada voto recebido e trabalharei, ainda mais, pelo nosso Estado”, afirmou o deputado federal Juscelino Filho.

Em seu discurso, o prefeito de Igarapé Grande, Erlânio Xavier, destacou a importância do deputado Juscelino Filho para o Maranhão. Segundo ele, o democrata é um parlamentar que tem demonstrado querer ajudar cada município maranhense sem medir esforços para isso. “Essa festa não é apenas da vitória do Juscelino, mas é uma festa da vitória do povo maranhense”, disse.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

Passou de 64,7% para 69,8% o número de brasileiros com 10 anos ou mais (181 milhões da população) que acessaram a “internet” de 2016 para 2017. São quase 10 milhões de novos usuários na comparação entre o último trimestre de cada ano.

Os dados constam no suplemento Tecnologias da Informação e Comunicação da Pnad Contínua, divulgado, nesta quinta-feira (20), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A edição foi divulgada pela primeira vez trazendo informações relativas a 2016.

Em todas as regiões do país, houve variação positiva entre quatro e seis pontos percentuais. "Esse é um processo que vem ocorrendo de uma maneira relativamente rápida. Em um ano, houve um avanço de quase 10 milhões de usuários de “internet”. Isso está ocorrendo em diversos grupos etários, tanto entre os jovens quanto entre os mais velhos", explica a analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE Adriana Beringuy.

Idosos

Proporcionalmente, o maior crescimento aconteceu entre as pessoas com 60 anos ou mais, com alta de 25,9%. A pesquisa também mostra aumento de 7,4% no uso da “internet” entre adolescentes de 10 a 13 anos. Nesta faixa etária, 71,2% das pessoas já acessaram o ambiente virtual, e 41,8% têm telefone celular pessoal.

“Internet” na TV

De acordo com a pesquisa, no último trimestre de 2017, 16,3% da população brasileira com 10 anos ou mais fizeram uso da “internet” por meio da televisão. Em 2016, esse percentual foi de 11,3%. Esse aumento de 5 pontos percentuais foi o mais expressivo. "[Isso] é viabilizado pelas Smart TVs, que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado", diz Adriana.

No caso dos celulares, houve um salto de 2,4 pontos percentuais, saindo de 94,6% para 97%. De outro lado, em 2016, 63,7% dos usuários acessaram a “web” por um computador, percentual que caiu para 56,6% em 2017. A redução no “tablet” foi de 16,4% para 14,3%. A pesquisa também mostrou que, de 2016 para 2017, cerca de 835 mil casas deixaram de ter um computador.

Conexão

Em relação aos tipos de conexão, a banda larga móvel é mais usada, com presença em 78,5% dos domicílios. A banda larga fixa está em 73,5%. A “internet” discada se mostrou irrelevante: apenas 0,4% dos domicílios com acesso registraram esse tipo de conexão.

Os dados de banda larga não são uniformes para todo o país. "Em áreas mais afastadas, prevalece a banda larga móvel", explica Adriana. Em comunidades da floresta amazônica, por exemplo, há maior dificuldade de instalação de “internet” a cabo. Dessa forma, na Região Norte, em 88,7% dos domicílios com acesso à “internet”, as pessoas se conectam usando serviços de banda larga móvel, enquanto em apenas 48,8% das casas há banda larga fixa.

No Sudeste, de outro lado, os percentuais são mais próximos. A banda larga móvel está presente em 83,5% dos domicílios com conexão e a fixa em 72,5%. O Nordeste é a única região em que os índices se invertem: a banda larga fixa existe em 74,2% dos domicílios com “internet” e supera os 63,8% da banda larga móvel.

A Pnad Contínua também mostrou crescimento mais expressivo de conexão na área rural do que na urbana. De 2016 para 2017, a quantidade de casas na área rural com acesso subiu mais de sete pontos percentuais, de 33,6% para 41%. Em igual período, as residências com conexão nos centros urbanos tiveram alta de cinco pontos percentuais, de 75% para 80,1%.

Finalidade

Outro dado que consta na pesquisa diz respeito à finalidade de uso. O acesso para enviar “e-mails” foi relatado por 66,1% dos usuários, uma queda em relação aos 69,3% de 2016. De outro lado, houve aumentos expressivos na utilização da “internet” para fazer chamadas de voz ou de vídeo, que saltou de 73,3% para 83,8%, e para assistir a programas, séries e filmes, número que saiu de 74,6% e alcançou 81,8%.

Foi ainda observado crescimento do acesso para enviar mensagens de texto ou de voz por meio de aplicativos diferentes de “e-mail”, como o WhatsApp ou o Telegram. Essa finalidade foi mencionada por 95,5% dos usuários, representando aumento em relação aos 94,2% registrados em 2016.

Não uso

A falta de conhecimento é a principal causa para não acessar a rede mundial de computadores. O motivo foi citado por 38,5% dos entrevistados. "A população que afirma não saber usar a “internet” é maior na região urbana do que na região rural. Pode influenciar o fato de a região rural ter uma estrutura etária mais jovem. E apesar do acesso à “internet” entre a população mais velha ter crescido de forma mais expressiva, os idosos ainda são os que a utilizam em menor proporção", analisa Adriana.

A falta de interesse foi o segundo motivo mais alegado para o não uso da “internet”. Ele foi mencionado por 36,7%. Somadas, não saber usar a “internet” e a falta de interesse foram as razões apresentadas por 75,2% das pessoas que não acessam a “internet”. O preço, a indisponibilidade do serviço na região e o custo do equipamento necessário para o acesso estão entre as outras explicações.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua substituiu a Pnad e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Por meio da pesquisa, são publicados relatórios mensais e trimestrais com informações conjunturais relacionadas à força de trabalho. Também são divulgadas informações sobre educação e migração. Há, ainda, suplementos em que determinados assuntos são pesquisados com periodicidades diferentes.

(Fonte: Agência Brasil)

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizou, na “internet”, os dados detalhados do desempenho das escolas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2005 a 2015. Segundo o Inep, esta é a primeira vez que são divulgados os microdados do Enem por Escola.

Foram disponibilizadas a média total e as médias separadas de cada uma das provas objetivas do Enem e da prova de redação, além de dados da escola, como o nível socioeconômico, taxa de rendimento, porte do estabelecimento e adequação da formação dos professores.

Os microdados estão no formato “csv” e precisam dos programas SAS e SPSS para serem lidos. O Inep disponibilizou um dicionário da base de dados e notas técnicas de cada edição do Enem por Escola. O dicionário está disponibilizado em formato “ods” e as notas em formato “.doc”, para atender à política de dados abertos.

A primeira divulgação do Enem por Escola foi em 2005, oito anos após a criação do exame. De acordo com o Inep, as médias passaram a ser calculadas para auxiliar professores, diretores e demais gestores educacionais na identificação de deficiências e boas práticas.

A última edição do Enem por Escola foi em 2015. Em setembro de 2017, o Inep anunciou o encerramento. A justificativa foi que os dados estavam sendo usados por escolas e pela mídia para indicar qualidade do ensino, algo que não eram capazes de medir.

(Fonte: Agência Brasil)