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A Base Nacional Comum Curricular do ensino médio (BNCC) foi entregue, nesta terça-feira (3), pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, ao Conselho Nacional de Educação (CNE). O documento vai orientar os currículos dessa etapa e estabelecer as habilidades e competências que devem ser desenvolvidas pelos alunos ao longo do ensino médio em cada uma das áreas.

O texto entregue pelo MEC organiza a BNCC do ensino médio por áreas do conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. Apenas as disciplinas de língua portuguesa e matemática aparecem como componentes curriculares, ou seja, disciplinas obrigatórias para os três anos do ensino médio.

Os alunos deverão cobrir toda a BNCC em, no máximo, 1,8 mil horas-aula. As 1,2 mil horas restantes devem ser dedicadas ao aprofundamento no itinerário formativo de escolha do estudante. Esses itinerários serão desenvolvidos pelos Estados e pelas escolas, e o MEC vai disponibilizar, nos próximos meses, um guia de orientação para apoiar a elaboração desses itinerários.

As escolas poderão oferecer itinerários formativos em cada uma das áreas do conhecimento ou combinando diferentes áreas. Outra opção é a oferta de itinerários formativos focados em algum aspecto específico de uma área. Os alunos poderão também optar por uma formação técnico-profissionalizante, que poderá ser cursada dentro da carga horária regular do ensino médio. O documento completo já está disponível no “site” do MEC.

Autonomia

De acordo com o MEC, a organização da base por áreas de conhecimento atendeu a uma solicitação dos secretários estaduais de Educação e a recomendações de especialistas e está alinhada à reforma do ensino médio sancionada no ano passado. Segundo Mendonça Filho, os Estados terão a responsabilidade tanto na oferta de itinerários formativos adicionais como na aplicação e definição dos currículos das redes estaduais de educação.

“O espírito da Base respeita o propósito maior da reforma do ensino médio, que tem total casamento com a autonomia dos jovens, com a definição dos seus projetos de vida e, para isso, você precisa ter currículos mais flexíveis, garantindo o mínimo de autonomia dos Estados e dos estudantes”, disse.

A secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, disse que o objetivo das mudanças é melhorar a educação no ensino médio. “Esse modelo que nós temos hoje está em funcionamento há muito tempo, e os resultados são tristes. Temos um ensino médio que não está melhorando e, agora, chegou o momento de trabalharmos uma proposta curricular inovadora que realmente possa reter o aluno na escola”, disse.

A BNCC, para a educação infantil e o ensino fundamental, foi aprovada e homologada no fim do ano passado.

Enem

Os reflexos da nova base curricular para o ensino médio só devem chegar ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2020, pois a estrutura da prova só pode ser alterada depois da homologação do documento.

“O Enem não muda para 2018 e nem provavelmente para 2019. O processo de adaptação do Enem respeitando toda essa concepção estabelecida pela Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio será gradual e, certamente, só a partir de 2020 em diante”, disse o ministro.

Aperfeiçoamentos

O Conselho Nacional de Educação deve analisar e aprovar a BNCC antes de o documento começar a valer. O CNE irá fazer uma consulta pública em plataforma digital e audiências para colher sugestões da sociedade antes de submeter o texto à avaliação dos conselheiros.

O conselheiro do CNE Cesar Callegari, presidente da comissão que vai analisar a BNCC, disse que os conselheiros têm agora um desafio “gigante” de aperfeiçoar o documento para garantir os direitos de aprendizagem dos jovens.

“O MEC confirma uma proposta reducionista dos direitos de aprendizagem dos jovens brasileiros. As escolas tendem a fazer o que couber, o que puderem em 1,8 mil horas, não o que é necessário. Então, o nosso papel aqui será fazer muito debate, inclusive ouvindo os jovens para que possamos ampliar a visão dos direitos de aprendizagem, que é ó âmago da BNCC”, diz.

A expectativa do MEC é que a Base seja homologada ainda este ano. O CNE ainda vai definir os prazos de implementação do documento nos estados.

(Fonte: Agência Brasil)

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"A última campanha de Martin Luther King Jr. foi a Campanha dos Pobres. Isso é muito importante, eliminar a pobreza. Isso ainda não foi alcançado". A afirmação é de Tom Houck, ativista que trabalhou na juventude como assistente pessoal de Martin Luther King Jr. e motorista da família dele. Cinquenta anos após a morte de Martin Luther King Jr., completados amanhã (4), Houck conversou com nossa reportagem sobre como conheceu um dos principais líderes dos direitos civis nos Estados Unidos e detalhes sobre a vida dele.

Filho e neto de pastores protestantes batistas, Martin Luther King Jr. formou-se em teologia e foi como pastor em Montgomery, capital do Alabama, que iniciou sua luta pela igualdade de direitos para negros e brancos nos Estados Unidos.

Liderou, em 1955, o boicote aos serviços de transportes na cidade após a costureira negra Rosa Parks ter se recusado a ceder o lugar no ônibus para um branco e foi presa. O boicote durou quase um ano e King foi preso.

Na década de 60, durante os boicotes aos transportes públicos, Tom Houck, ainda estudante do ensino médio, decidiu seguir o reverendo Martin Luther King em Montgomery e,, desde então, nunca mais abandonou a luta pela igualdade racial.

Houck conta que conheceu o líder norte-americano quando aguardava uma carona, sentado na entrada do Southern Christian Leadership Conference (SCLC), conferência de liderança cristã, que foi presidida por Martin Luther King Jr., organização que defende os direitos civis dos afro-americanos.

"Eu era um rapaz branco, de cabelos longos e castanhos, sentado na calçada esperando uma carona. Foi quando dr. King me viu e perguntou se eu queria almoçar na casa dele". Houck diz que ainda hoje recorda o cardápio: frango frito, pão de milho, couve, chá doce e pudim de creme de banana.

Mais tarde naquele dia, Coretta, esposa de King, comentou sobre a necessidade da família de ter um motorista. E nos nove meses seguintes, Houck levou as crianças de King para a escola e algumas vezes o casal.

Nascido em Massachusetts, Tom Houck relembra a histórica marcha de Selma a Montgomery, em 1965, quando 600 manifestantes saíram às ruas para cobrar o direito a voto para os negros no Estado. Aquele 7 de março ficou conhecido como Domingo Sangrento, pois os manifestantes foram, violentamente, reprimidos pela polícia. A transmissão ao vivo pela TV das imagens de violência chamou a atenção da população. Após duas semanas, King liderou uma nova marcha a partir de Selma. Meses depois, o presidente Lyndon Johnson assinou a lei que permitia o direito de voto para negros.

Houck conta que a participação na marcha de Selma lhe rendeu a expulsão da escola de ensino médio que frequentava. "Fui considerado um subversivo. Um rapaz branco marchando em defesa do movimento negro", diz, lembrando que, desde criança, ficava inquieto com a segregação racial. "Quando eu tinha seis anos de idade, eu ia para a escola e ficava perguntando por que motivo os banheiros de negros e brancos eram separados".

Após a marcha de Selma, Houck participou de várias manifestações de desobediência civil não violenta na luta por direitos civis e voto para todos os norte-americanos. Em 1966, chegou a Atlanta para participar do registro de eleitores e passou a trabalhar como assistente e motorista de Martin Luther King.

Passeio

Hoje, aos 70 anos, Houck criou um passeio turístico especializado em direitos civis em Atlanta, na Geórgia, onde conta histórias e experiências vividas com "dr. King", cidade em que o líder nasceu e viveu.

A Agência Brasil acompanhou o passeio de ônibus no último sábado, dia 31. De pé, na parte da frente do ônibus, Tom Houck conta detalhes da história, alguns pouco conhecidos, de Martin Luther King Jr., como que era bastante galanteador e fumava muitos cigarros por dia - hábito que irritava a mulher.

"Algumas vezes dr. King me dava os cigarros e eu escondia, porque dona Coretta saia procurando nos bolsos dele".

Uma das paradas do passeio, por exemplo, é a casa onde o ativista viveu com a família os últimos anos de vida, no sudoeste de Atlanta, um dos bairros mais pobres e violentos da cidade, com maioria dos residentes negros.

No “tour”, Houck tenta mostrar que Martin Luther King Jr. era uma pessoa real. "Ele não era perfeito. Mas tinha o sonho e teve a visão que conhecemos e que seguimos".

Durante o passeio, de três horas, ele mostra contrastes da cidade de Atlanta, como uma estátua do general Gordon próxima a um monumento de Martin Luther King.

Ao ver a estátua, diz ao grupo: "Esta estátua ainda está aqui?". A reportagem pergunta: "Mas é parte da história, não?". Ele responde: "Sim, mas este general era muito racista".

Outra parada é o cemitério onde inicialmente foi levado o corpo de Martin Luther King Jr.

Em 1984, o corpo foi transferido para o parque nacional, que fica no centro de Atlanta. Segundo Houck, o motivo foram as tentativas sucessivas de saque ao jazigo da família.

Sobre a lição mais importante aprendida com o ícone da luta contra o racismo, Houck afirma que, sem dúvida, foi a resistência, a não violência e o amor.

"Eu tenho um sonho"

Em 28 de agosto de 1963, Martin Luther King Jr. fez seu discurso mais emblemático para mais de 200 mil que marcharam, em Washington, pelo fim da segregação racial. "Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo caráter, e não pela cor da pele. No ano seguinte, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Em 4 abril de 1968, foi assassinado a tiros em um hotel na cidade de Memphis.

A luta de King levou a criação da Lei dos Direitos Civis e dos Direitos de Voto, em 1964 e 1965, que colocaram fim às normas estaduais de segregação racial nos Estados Unidos.

King era casado com Coretta e teve quatro filhos.

(Fonte: Agência Brasil)

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Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada em parceria com o movimento Todos Pela Educação, aponta que 26% dos entrevistados consideram o ensino no nível médio do país como ruim ou péssimo. Em 2013, quando levantamento semelhante foi feito, o percentual era de 15%. No nível fundamental, o percentual passou de 18% para 27%.

O percentual dos que consideram o ensino médio como ótimo ou bom caiu de 48% para 31% e, no ensino fundamental, o percentual passou de 50% para 34%.

Segundo a pesquisa, 12% dos brasileiros acreditam que o aluno do ensino médio das escolas públicas está bem preparado para se inserir no mercado profissional, e 23% dizem que está despreparado. A pesquisa “Retratos da Sociedade Brasileira - Educação Básica” foi realizada pelo Ibope Inteligência e ouviu 2 mil pessoas entre 15 e 20 de setembro do ano passado em 126 municípios.

De acordo com os dados, aumentou de 61% para 74% o percentual dos que concordam totalmente que um ensino de baixa qualidade é prejudicial para o desenvolvimento do país. A pesquisa aponta também que 81% das pessoas concordam que o problema da educação no país pode ser atribuído à má utilização das verbas destinadas ao setor.

Notas

Os entrevistados deram notas para as condições gerais das escolas públicas de ensino fundamental e médio. Entre 10 fatores avaliados, em uma escala de 0 a 10, as notas médias variam de 3,7 a 6,3.

A segurança nas escolas obteve a pior média na avaliação da população sobre as condições gerais das escolas públicas (3,7). O material didático digital, o acesso a computador com internet e as atividades extracurriculares também estão entre os itens com notas mais baixas.

Soluções

Entre as principais ações apontadas para melhorar o desempenho dos alunos do ensino básico público foram apontadas as seguintes iniciativas: equipar melhor as escolas, ações para estimular a participação dos pais na cobrança por uma boa escola, ações para aumentar a segurança nas escolas e para melhorar o sistema de ensino.

Também foram citadas a necessidade de aumentar o salário dos professores e elevar o número de docentes, além de ações para melhorar a formação docente.

Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Educação informou que não costuma se posicionar sobre estudo que não seja oficial.

(Fonte: Agência Brasil)

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Até as 19h30 de hoje (2), 125.766 pessoas apresentaram requerimentos de isenção na taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano. Outros 6.781 candidatos acessaram o sistema para justificar a ausência no Enem do ano passado e, assim, garantir a gratuidade neste ano. O sistema para pedir a isenção e justificar a ausência foi aberto às 10h desta segunda-feira.

Neste ano, pela primeira vez, o pedido de isenção da taxa de inscrição será feito antes do período de inscrição. Até o ano passado, os dois atos eram simultâneos. Também pela primeira vez, os candidatos que tiveram a isenção no ano passado e faltaram aos dois dias de prova terão de justificar a ausência para ter a gratuidade novamente.

Tanto o pedido de isenção quanto a justificativa de ausência devem ser feitas na Página do Enem 2018. Todos os interessados em fazer o Enem 2018, isentos ou não, deverão fazer a inscrição entre 7 e 18 de maio.

O resultado da solicitação de isenção será divulgado no dia 23 de abril. Caso o pedido seja negado, a partir deste mesmo dia e até o dia 29 de abril, o interessado poderá apresentar novos documentos. O resultado do recurso será divulgado no dia 5 de maio e, se for negado, o interessado ainda terá a opção de fazer a inscrição e pagar a taxa de R$ 82.

Isenção

Serão isentos os estudantes que estejam cursando a última série do ensino médio neste ano em escola da rede pública, que tenha cursado todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada e tenha renda “per capita” igual ou inferior a um salário mínimo e meio.

Também poderá ficar isento o participante que declarar situação de vulnerabilidade socioeconômica, por ser integrante de família de baixa renda e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico).

Neste ano, também são isentos os participantes do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) do ano passado, que tenham atingido a nota mínima do exame.

(Fonte: Agência Brasil)

Os parônimos, aquelas palavras parecidas, mas de significados diversos, constantemente provocam confusão entre os redatores. Flagrante e fragrante, inflação e infração, moção e monção, posar e pousar etc. são alguns pares de parônimos.

A troca de um por outro leva a incongruências semânticas. Os termos têm significados diferentes.

“Renegar”, da mesma origem de “negar”, significa renunciar solenemente a algo (renegar a fé), abandonar convicções (renegar o socialismo), negar (renegar um crime), desprezar (renegar um filho), lançar maldição (“Eu te renego!”), abrir mão de algo (renegar o apoio de alguém), trair (renegar um amigo).

“Relegar”, por sua vez, quer dizer afastar, apartar (relegar adversários), pôr em segundo plano (relegar alguém ao esquecimento), “afastar com desdém” (relegar o parente do seio da família).

Note-se ainda que o verbo “relegar”, diferentemente do que ocorre com o verbo “renegar”, é bitransitivo, ou seja, constrói-se com dois objetos na estrutura “relegar algo a...”. Em outras palavras, não se diz “renegar algo a”, mas, sim, “relegar algo a...”. Vê-se que, ainda que se encontre alguma semelhança de sentido em alguma das acepções de um e de outro verbo, a sua sintaxe é diversa.

Acrescentando...
Dicionário de dificuldades da língua portuguesa – Domingos Paschoal Cegalla
Renegar. Abjurar, descrer.
1. Usa-se geralmente como objeto direto: renegar a fé, renegar a pátria, renegar o passado.
2. Por ênfase, pode-se construir renegar com objeto indireto (prep. de): “Sou um homem que ainda não renegou da cruz, nem da Espanha” (Alexandre Herculano, Eurico, o presbítero, p. 212).

Dicionário “Aurélio”
relegar
Verbo transitivo direto e circunstancial.
1. Desterrar, banir.

Verbo transitivo direto.
2. Pôr em segundo plano; desprezar.

renegar
Verbo transitivo direto.
1. V. abjurar (1).
2. Desmentir, negar.
3. Manifestar reprovação, horror, ódio etc. em relação a.
4. Prescindir de; rejeitar.

Verbo transitivo indireto.
5. Não fazer caso; prescindir.

Dicionário “Caldas Aulete”
Relegar (re.le.gar)
v.
1. Pôr em segundo plano; abandonar. [tdr. + a: Relegar alguém ao esquecimento.]
2. Banir, exilar. [td.: Relegar inimigos.]
3. Manifestar desprezo a. [tdr. + de: Relegou a ex-mulher do respeito dos parentes.][F.: Do v.lat. relegare.]

Renegar (re.ne.gar)
v.
1. Renunciar a, deixar de lado (crença, religião, ideologia). [td. : Nunca renegou suas convicções.] [tr. + a: Renegar a Deus.]
2. Negar-se a reconhecer. [td.: Renegou a paternidade do suposto filho.]
3. Rejeitar, desdenhar. [td.: Renegava seu passado, seus pais, suas origens.]
4. Praticar ato de traição contra. [td.: Teve a coragem de renegar a melhor amiga.]
5. Lançar maldição a. [td.]
6. Opor desmentido a; negar. [td.: Renegou prontamente a acusação.]
7. Demonstrar execração por; detestar. [td.: Renega a própria sorte, a existência que tem.]
8. Demonstrar rejeição por; menosprezar. [td.: Gosta da família, mas renega o filho doente.]
9. Esconjurar, imprecar [td.] [F.: Do lat. vulg.*renegare. Ant. ger.: aceitar.]

Dicionário prático de regência verbal – Celso Pedro Luft
Relegar
VTI: relegá-lo a, para... Desterrar; exilar; expatriar: Ele foi relegado ao (ou para o) estrangeiro; à (ou para a) África. // Relegá-lo de, a, para... i Afastar com desprezo, repelir: Relegar alguém do convívio social. Relegar algo a (ou para) um plano inferior. O cavalheirismo foi relegado ao esquecimento.

Renegar
1. TD: renegá-lo ou TI: renegar de... Abjurar; descrer (de): Renegar a Deus (Renegá-lo) ou Renegar de Deus (Renegar dele). "Renego do amigo que cobre (ou encobre) o perigo”. (Prov.) . // Não fazer caso de; não querer saber de; dispensar; prescindir de: Renegar (de) conselhos. “Renego de contas com parentes e dívidas com ausentes” (Prov.). // 2. TD: renegá-lo. Detestar; odiar (o pecado, a falsidade etc.). // Trair; atraiçoar: Judas renegou (a) Cristo (renegou-o). // Desprezar, rejeitar (alguém). // Abandonar (um partido, uma religião) por outro(a).

Os estudantes que irão participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2018 e quiserem pedir isenção da taxa de inscrição devem ficar atentos. Neste ano, a solicitação de isenção será feita entre os dias 2 e 11 de abril, ou seja, antes do período de inscrição, que começa em maio. O pedido deve ser feito, exclusivamente, pelo endereço “site” do Enem.

Serão isentos os estudantes que estejam cursando a última série do ensino médio neste ano em escola da rede pública, ou que tenha cursado todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada e tenha renda “per capita” igual ou inferior a um salário mínimo e meio.

Também tem isenção o participante que declarar situação de vulnerabilidade socioeconômica, por ser integrante de família de baixa renda e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico). Neste ano, também são isentos os participantes do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) do ano passado, que tenham atingido a nota mínima do exame.

O estudante Emanuel Noronha, que mora em Belém (PA), vai fazer o Enem pela segunda vez neste ano e vai pedir a isenção da taxa de inscrição por se enquadrar no critério de baixa renda. Segundo ele, se fosse para pagar, teria que fazer uma “vaquinha” na família para conseguir os R$ 82 da taxa de inscrição.

O candidato diz que já está preparado para pedir o benefício logo nos primeiros dias, para evitar transtornos. “Vou pedir o mais cedo possível, porque mesmo que muitos ainda não saibam dessa mudança, quero evitar problemas, como o ‘site’ estar congestionado”, diz.

Comprovação

Para todos os casos de solicitação de isenção da taxa de inscrição, o participante deverá ter documentos que comprovem a condição declarada, sob pena de responder por crime contra a fé pública e de ser eliminado do exame.

O participante que solicitar isenção da taxa de inscrição por estar incluído no CadÚnico deverá informar o seu Número de Identificação Social (NIS) válido. O Inep poderá consultar o órgão gestor do CadÚnico para verificar a conformidade da condição indicada pelo participante no sistema de isenção.

Se a solicitação de isenção for negada, ainda é possível recorrer da decisão, na Página do Participante, entre os dias 23 e 29 de abril.

A aprovação da isenção da taxa de inscrição não significa que o participante já está inscrito no Enem. As inscrições deverão ser feitas das 10h do dia 7 de maio às 23h59 de 18 de maio deste ano, pelo “site” do Enem.

Justificativa

Os participantes que tiveram isenção da taxa de inscrição no Enem no ano passado e que faltaram aos dois dias de provas terão que justificar a ausência para fazer o Enem de 2018 sem pagar a taxa novamente. A ausência deve ser comprovada entre os dias 2 e 11 de abril, por meio de documentos como atestado médico, documento judicial, certidão pública ou boletim de ocorrência que comprove e justifique a ausência no exame.

Quem não apresentar justificativa de ausência no Enem 2017 ou tiver a justificativa reprovada após recurso e quiser se inscrever no Enem 2018 deverá pagar o valor da taxa de inscrição, que foi mantida neste ano em R$ 82. Da mesma forma, o participante que obtiver a isenção da taxa de inscrição do Enem deste ano e não comparecer às provas nos dois dias de aplicação deverá justificar sua ausência se desejar solicitar nova isenção para o exame em 2019.

A exigência foi adotada por causa dos prejuízos que o exame vem registrando nos últimos anos aos cofres públicos. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as últimas cinco edições do Enem representaram um prejuízo de R$ 962 milhões com participantes que se inscreveram e não compareceram às provas.

(Fonte: Agência Brasil)

Universitários de Manaus estão desenvolvendo um projeto social voluntário para levar astronomia e ciência a escolas públicas da cidade. A iniciativa conta com o apoio da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e foi selecionada para ser apresentada durante o 2º Simpósio em Atividades de Educação Espacial, que ocorrerá de 11 a 13 de abril, em Budapeste, na Hungria.

Os estudantes, que não têm recursos para a viagem, lançaram uma campanha virtual de financiamento colaborativo para arrecadar, ao menos, R$ 8 mil e garantir o envio de um representante.

O Projeto Cosmos, como foi intitulado, surgiu em 2015 e é desenvolvido por jovens universitários. O objetivo é promover a ciência de uma forma divertida e difundir a astronomia, assim como conhecimentos de matemática, física, química e outras disciplinas. Eles organizam aulas interativas, com o uso de recursos variados como oficinas, experimentos, vídeos e desafios. Os resultados da experiência e das metodologias de ensino testadas resultaram em um artigo científico que despertou o interesse dos organizadores do evento internacional.

"Astronomia é uma ciência que não está na grade curricular como disciplina. Ela aparece diluída em outras matérias como geografia e física. E nem sempre é abordada", diz Ingrid Celeste, coordenadora do projeto. Para ela, a astronomia é uma ciência base que permite entender melhor o mundo em nossa volta.

As atividades mobilizam 25 voluntários de diversos cursos como engenharia de computação, química, física, matemática e enfermagem. Os universitários também atuam na preparação de sete turmas para competirem na OBA. Trata-se da maior olimpíada científica do Brasil.

Ingrid relatou que foi participante e medalhista da OBA no ensino médio, assim como alguns outros voluntários. Na época, eles sentiram que havia uma lacuna nos conhecimentos adquiridos na escola. Foi dessa constatação que surgiu, mais tarde, o Projeto Cosmos.

Inicialmente, era apenas um preparatório para a olimpíada, mas ganhou outra dimensão na medida que os estudantes foram se mostrando seduzidos. "Os alunos se interessam pelo que falamos e se empolgam", diz a coordenadora. Ela explica também que as metodologias foram sendo aprimoradas com o tempo.

A iniciativa envolve, ainda, palestras, oficinas e eventos em comunidades, onde são organizadas "brincadeiras espaciais". Neste ano, o grupo planeja criar um canal na plataforma de vídeos Youtube, onde veicularão, gratuitamente, algumas aulas, e também darão sequência às pesquisas científicas sobre suas metodologias de ensino.

(Fonte: Agência Brasil)

Dicionário de erros correntes da língua portuguesa – João Bosco Medeiros e Adilson Gobbes
Via-sacra. Série de 14 quadros com a história de Paixão de Jesus Cristo. Com hífen. Plural: vias-sacras

Acrescentando...
DICIONÁRIO “AURÉLIO”
via-sacra [Do lat. via sacra, ‘caminho sagrado’.]
Substantivo feminino.
1. Série de 14 quadros que representam as principais cenas da paixão de Cristo; caminho da cruz. 2. As orações que se rezam em frente a esses quadros. [Pl.: vias-sacras.]

Fazer a via-sacra. 1. Contemplar os quadros da via-sacra (1) detendo-se ante cada um deles para rezar. 2. Visitar as igrejas na Semana Santa, principalmente na quinta e na sexta-feira. 3. Fig. Ir a vários lugares semelhantes, e com o mesmo fito: Fez a via-sacra das lojas, mas nada comprou.

DICIONÁRIO “CALDAS AULETE”
VIA-SACRA (vi.a-sa.cra)
sf.
1 Rel. Caminhada de Jesus do pretório de Pilatos até o Gólgota carregando a cruz; VIA-CRÚCIS. 2 Série de 14 quadros representando essa caminhada, colocados em sequência na igreja ou em vários pontos nas ruas, que os fiéis percorrem em oração 3 P.ext. Conjunto das orações que se recitam diante desses quadros 4 Fig. Padecimento, série longa de sofrimentos [Pl.: vias-sacras.] [F.: Do lat. via sacra.]

Fazer a via-sacra
1 Rel. Passar por quadros que a representam, parando para orar diante de cada um. 2 Rel. Visitar igrejas na Semana Santa. 3 Fig. Visitar pessoas conhecidas para delas obter algo.

DICIONÁRIO “HOUAISS”
VIA-SACRA
 substantivo feminino
1 série das 14 estações, constituídas de quadros ou esculturas que representam as principais cenas da Paixão de Cristo; caminho da cruz, via crucis, via dolorosa
Obs.: iniciais ger. maiúsc.
2 Derivação: por extensão de sentido.
conjunto das orações que se fazem diante dessas estações
3 Derivação: sentido figurado.
longo período de sofrimento
Ex.: o câncer foi a sua v.

Volp 5ª Edição 2009
via-sacra s.f.; pl. vias-sacras

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A Agência Nacional de Cinema (Ancine) anunciou hoje (29) que o edital do Concurso Produção para Cinema 2018 passará a incluir cotas para diretores negros e indígenas e, também, para cineastas mulheres. De acordo com o órgão, a decisão foi tomada pelo comitê gestor do Fundo Setorial do Audiovisual, após ouvir as demandas de entidades e associações do setor e levando em consideração um amplo diagnóstico feito sobre gênero e raça na produção cinematográfica brasileira.

O Concurso Produção para Cinema 2018 prevê a destinação de R$100 milhões a projetos de longas-metragens independentes de ficção, documentário ou animação. De acordo com a Ancine, pelo menos 35% desse total deverá ser destinado a propostas que tenham diretoras mulheres, incluindo mulheres transexuais e travestis. Além disso, no mínimo 10% do montante será reservado a projetos com diretores negros e indígenas.

O edital foi lançado no dia 19 de março sem essa novidade, mas, na última segunda-feira (26), as mudanças foram aprovadas. A versão retificada da chamada pública deve ser publicada na “internet” ainda hoje (29).

Os R$100 milhões são provenientes do Fundo Setorial de Audiovisual, gerido por representantes da Ancine, do Ministério da Cultura, de agentes financeiros credenciados e da indústria audiovisual. A principal fonte de receita do fundo é a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine), que é cobrada sobre veiculação, produção, licenciamento e distribuição de obras cinematográficas e videofonográficas com fins comerciais.

Outra mudança aprovada pelo comitê gestor do fundo foi a alteração nos pesos dos quesitos de avaliação dos projetos na modalidade B, que beneficia longas-metragens de ficção, documentário e animação com ênfase em projetos de perfil autoral e propósitos artísticos evidentes. A pontuação do projeto será mais relevante para a classificação, do que outros critérios. A expectativa é que as mudanças permitam que produtoras pequenas e iniciantes tenham mais oportunidades de serem beneficiadas.

Pesquisas

Segundo a Ancine, uma pesquisa da Comissão de Gênero e Diversidade do órgão detectou que 75,4% dos filmes lançados em 2016 foram dirigidos por homens brancos. Daí a necessidade de se criar medidas voltadas para ampliar a representatividade de mulheres, negros e indígenas no setor. "A ideia é que o instrumento ajude a diversificar a produção audiovisual nacional, criando produtos que reflitam a imagem e a realidade da maioria da população brasileira", informou o órgão.

A defesa de medidas específicas para o financiamento de filmes dirigidos por mulheres, negros e indígenas é uma bandeira que vem sendo levantada nos últimos anos por atuantes no setor. Há dois anos, um levantamento divulgado pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (Gemaa), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), mostrou que nenhum dos 20 filmes nacionais com as maiores bilheterias entre 2002 e 2014 foi dirigido por uma mulher negra. Além disso, apenas 2% foram dirigidos por homens negros.

Durante a Mostra de Cinema de Tiradentes ocorrida em janeiro deste ano, evento que abre o calendário cinematográfico do país, o curador Cléber Eduardo defendeu editais específicos para diretores negros. Um ano antes, a mostra já havia chamado a atenção para a presença da mulher na produção de filmes brasileiros.

A questão de gênero no audiovisual também foi tema de outra pesquisa divulgada hoje (29) pela Ancine. Trata-se de um estudo inédito sobre os filmes exibidos nos canais de televisão por assinatura ao longo de 2017. O levantamento foi conduzido pelo Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual (OCA).

De acordo com o órgão, o cenário de desigualdade é similar ao observado nas salas de cinema. Embora as mulheres representem 53% do total de graduados em cursos de audiovisual e respondam por 52% dos empregos formais em empresas produtoras, assinaram apenas 15% das obras brasileiras veiculadas nos canais de televisão por assinatura no ano passado. Setenta e nove por cento dos filmes exibidos foram dirigidos por homens e 6% tiveram direção mista. Em 28 canais, não houve sequer uma produção com direção exclusivamente feminina.

(Fonte: Agência Brasil)

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, nesta quinta-feira (29), os resultados individuais dos estudantes que fizeram o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja Nacional) em 2017 para o ensino fundamental.

Somente o próprio participante pode acessar o boletim de desempenho, informando o CPF e a senha cadastrada durante a inscrição. Também foram disponibilizados, nesta quinta-feira, os resultados dos participantes do Encceja para pessoas privadas de liberdade. Segundo o Inep, as notas do Encceja Exterior (feito por brasileiros que moram no estrangeiro) serão divulgadas até o dia 6 de abril.

No ano passado, 301,5 mil pessoas se inscreveram para obter o certificado do ensino fundamental por meio do Encceja. Quem obteve a nota mínima exigida em todas as quatro áreas de conhecimento e na redação terá o certificado. Quem obteve a nota mínima apenas em uma área de conhecimento terá a declaração parcial de proficiência.

O Encceja é direcionado aos alunos que não concluíram os estudos na idade adequada e desejam obter a certificação no ensino fundamental ou no ensino médio.

(Fonte: Agência Brasil)