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Em cerimônia hoje (28), no Palácio do Planalto, foi anunciada a implementação do Programa Mais Alfabetização com investimentos de R$ 523 milhões nos próximos dois anos. O programa do Ministério da Educação (MEC) busca fortalecer e apoiar escolas no processo de alfabetização dos estudantes no 1º e 2º anos do ensino fundamental.

Neste ano, serão liberados R$ 253 milhões, sendo R$ 124 milhões de forma imediata para escolas de Estados e municípios de todo o país, de acordo com o MEC. A segunda parcela dos recursos será liberada no segundo semestre deste ano, de acordo com o monitoramento e avaliação da execução do programa.

Um dos destaques do programa é a garantia de um assistente de alfabetização ao professor em sala de aula. O professor regente contará com o apoio do assistente para o desenvolvimento das atividades pedagógicas.

No evento, o ministro da Educação, Mendonça Filho, destacou a importância de reforçar a alfabetização no país para garantir o avanço das crianças no processo educativo. “Infelizmente, o desempenho da alfabetização no país é muito precário, distante do que seria razoável, o que compromete a vida educacional de milhões de crianças. Sabemos que uma criança mal alfabetizada acumulará dificuldades ao longo de todas as etapas de sua vida educacional. E uma criança bem alfabetizada terá outro desempenho”, disse.

O presidente Michel Temer disse que o governo tem feito grandes esforços para ampliar a qualidade da educação no país. “O Brasil é um país que tem povo talentoso, trabalhador e pode muito bem atingir um nível de justiça e bem-estar dos países desenvolvidos. E, para tudo isso, a chave fundamental é educação para todos e educação de qualidade”, disse.

O Ministério da Educação aponta que a adesão de Estados e municípios ao programa foi de 49 mil escolas atendendo, assim, 3,6 milhões de estudantes em 156 mil turmas dos dois primeiros anos do ensino fundamental.

O Mais Alfabetização foi lançado para mudar a estagnação na aprendizagem constatada pela Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) em 2016. Os resultados mostraram que 54,73% dos estudantes acima de 8 anos – faixa etária de 90% dos avaliados - permanece em níveis insuficientes de leitura.

Reajuste no repasse para transporte escolar

Durante o discurso, o ministro da Educação anunciou reajuste de 20% no repasse da União para o transporte escolar. “É um item relevante pelo custo de manutenção a Estados e municípios”, disse Mendonça.

Discurso de despedida

Mendonça Filho, que vai deixar a pasta da Educação para se candidatar nas eleições de outubro, terminou o discurso em tom de despedida. Após dizer que esse deve ter sido seu último discurso no Palácio do Planalto, ele agradeceu a confiança do presidente Temer e disse que exercer o cargo de ministro da Educação foi um dos períodos mais instigantes e desafiadores de sua carreira pública.

“De todas as funções que ocupei, e já fui governador do meu Estado, essa me tocou em profundidade” disse.

Temer desejou sorte a Mendonça Filho em sua vida pública e política e acrescentou que, pela “vida pública extraordinária” que tem no momento, ele continuará discursando por todo o Brasil nos cargos que venha ocupar.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta segunda-feira (26), o resultado da pré-seleção do P-Fies, uma das modalidades do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os estudantes já podem consultar o “status” do pedido na página do Fies Seleção.

O P-Fies é destinado a candidatos com renda mensal de até cinco salários mínimos por pessoa da família.

No primeiro semestre deste ano, serão oferecidas 75 mil vagas na modalidade. Nesta versão, o agente financeiro do empréstimo será um banco privado.

O P-Fies concede financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos, com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC. As condições para concessão do financiamento ao estudante serão definidas entre o banco, a instituição de ensino superior e o estudante.

(Fonte: Agência Brasil)

A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) está com inscrições abertas até o próximo sábado (31). Escolas interessadas em inscrever alunos, públicas ou privadas, devem cadastrar-se pela “internet”. O evento, que ocorre em 18 de maio, é dividIDo em quatro níveis: três para alunos do ensino fundamental e um para estudantes do ensino médio.

Segundo a organização, trata-se da maior olimpíada científica do Brasil. Desde que surgiu, há 21 anos, contabiliza 8,5 milhões de participantes. Anualmente, 40 mil medalhas são distribuídas para estudantes de todo o país.

“O objetivo é levar a maior quantidade de informações sobre as ciências espaciais para a sala de aula, despertando o interesse nos jovens”, diz João Batista Garcia Canalle, professor de astronomia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e coordenador nacional do evento.

A prova é composta por dez questões, sendo sete de astronomia e três de astronáutica, a maioria delas de raciocínio lógico. Os melhores classificados na OBA vão representar o país, no próximo ano, na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica e na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica.

(Fonte: Agência Brasil)

O anúncio do Ministério da Educação de que os candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano terão 30 minutos a mais para fazer a prova de exatas agradou a professores e a estudantes. De acordo com o edital divulgado na quarta-feira (21), o primeiro dia da prova, que reúne redação e questões de linguagens e ciências humanas, terá cinco horas e meia de duração.

O segundo dia, com questões de ciências da natureza e matemática, terá cinco horas. Até o ano passado, o segundo dia tinha duração de quatro horas e meia.

Para o professor Eduardo Valladares, coordenador pedagógico do curso “on-line” Descomplica, a medida será positiva, porque a prova de exatas exige dos alunos muito raciocínio de cálculo. “Ter mais 30 minutos é bastante considerável, pois aumenta em cerca de 20 segundos o tempo para cada questão. Parece pouco, mas isso dá mais conforto para os alunos na hora de passar as respostas para o cartão”, disse Valladares, que, também, destacou o fato de o edital ter sido divulgado mais cedo neste ano. “Assim o estudante terá mais tempo para se preparar”.

Coordenador pedagógico do Colégio Mopi, do Rio de Janeiro, Luiz Rafael Silva também considera o aumento do tempo positivo. Segundo ele, essa mudança já deveria ter sido feita em 2017, quando o MEC decidiu agrupar as provas de exatas em um mesmo dia. “Muitos estudantes saíram da prova no ano passado falando que não tiveram tempo de resolver todas as questões”, acrescentou o professor.

Para ele, o aumento do tempo não significa que será uma prova mais difícil, pois o Enem vem mantendo a mesma modelagem e o mesmo nível desde 2009. Luiz Rafael disse acreditar que a ampliação vai beneficiar, principalmente, os alunos que não sabem gerenciar bem o tempo durante a prova.

Nas redes sociais, muitos estudantes comemoraram as alterações no Enem deste ano. “Que notícia melhor do que ter 30 minutos a mais na prova de Matemática desse ano?”, declarou uma estudante no Twitter.

No entanto, alguns levantaram dúvidas sobre a mudança. “30 minutos a mais na prova de exatas do Enem? Não sei se fico alegre ou triste. Será que a prova vem cabulosa?”, questionou um candidato no Facebook. “Tinha de diminuir o número de questões ao invés de aumentar o tempo. Depois de 3 horas de prova, a gente já sai dela sem saber o próprio nome”, disse outro aluno no Twitter.

Estrutura

Assim como em 2017, as provas do Enem deste ano serão realizadas em dois domingos seguidos: nos dias 4 e 11 de novembro. A estrutura também não mudou: no primeiro dia, serão aplicadas as provas de redação, linguagens e ciências humanas e, no segundo dia, as de ciências da natureza e matemática.

As inscrições no Enem deverão ser feitas das 10h do dia 7 de maio às 23h59 de 18 de maio deste ano. A taxa de inscrição foi mantida em R$ 82. O pagamento deve ser feito entre os dias 7 e 23 de maio.

Outra mudança anunciada no Enem foi para a isenção da taxa de inscrição. A solicitação de isenção será feita antes do período de inscrição, entre os dias 2 e 11 de abril. Além disso, os participantes que tiveram isenção da taxa de inscrição no ano passado e que faltaram às provas terão de justificar a ausência para fazer o Enem de 2018 sem pagar a taxa.

Veja o cronograma do Enem 2018

Solicitação de isenção – Das 10h de 2/4/2018 às 23h59 de 11/4/2018

Justificativa de ausência – Das 10h de 2/4/2018 às 23h59 de 11/4/2018

Resultado da solicitação de isenção - 23/4/2018

Período de recursos relacionados à isenção – Das 10h de 23/4/2018 às 23h59 de 29/4/2018

Inscrições (para todos) – Das 10h de 7/5/2018 às 23h59 de 18/5/2018

Pagamento da taxa de inscrição – De 7 a 23/5/2018 (Horário Bancário)

Solicitação de atendimento pelo nome social – Das 10h de 28/5/2018 às 23h59 de 3/6/2018

Confirmação do local de prova – Outubro de 2018

Aplicação das provas – 4 e 11/11/2018

Divulgação dos resultados – Janeiro de 2019

* Horário de Brasília (DF)

(Fonte: Agência Brasil)

 

 Um encontro para debater a literatura maranhense. Com a proposta de manter viva a memória literária e discutir novos olhares para o tema, é que a “Fale Escritor Maranhense” (Fema) promove, neste sábado (24), a primeira edição do Encontro do Fema. O evento ocorrerá no Espaço Cultural Amei, no São Luís Shopping, a partir das 17h, e contará com a participação da mestra em Literatura e Crítica Literária (PUC-SP), Natércia Moraes Garrido. A entrada é gratuita.

Neste primeiro encontro, os destaques ficam para as análises das obras de dois importantes escritores maranhenses: Nascimento Moraes e José Nascimento Moraes Filho. De acordo com a professora Natércia Garrido, a escolha por trabalhar com esses dois autores foi motivada por suas respectivas trajetórias como pessoas e escritores.

“Para mim, que sou professora de Literatura, é sempre muito bom falar de literatura maranhense, assunto um tanto esquecido em nosso cenário cultural. O evento proporciona novos debates e novos olhares sobre a literatura maranhense. Escolhi esses dois autores, pois a trajetória deles como pessoas e escritores representam também a memória da literatura maranhense”, explicou a professora.

Pelo perfil dos escritores escolhidos, o 1º Encontro do Fema promete ser um excelente debate sobre questões sociais, além de ser um resgate de duas obras marcantes como “Vencidos e Degenerados”, de Nascimento Moraes, e “Poesia em Azulejos”, de José Nascimento Moraes Filho.

A professora Natércia Garrido explica que, ao abordar temas sociais, os dois escritores ganham um espaço de destaque na literatura maranhense.

“O Nascimento Moraes escreve um romance emblemático do início da primeira República no Maranhão. “Vencidos e Degenerados”, em 1915, trata sobre a sociedade ludovicense, seus preconceitos, ranços e a inserção do negro no pós-abolição da escravatura. Já o Nascimento Moraes Filho, foi poeta e iniciador do movimento modernista no Maranhão. Na década de 1940, ele funda o Centro Cultural Gonçalves Dias e propõe as rupturas necessárias, junto a outros poetas, para uma poesia mais combativa, mais livre, com temáticas voltadas para o social. Eles são escritores que pertencem à história literária maranhense e deram uma ampla contribuição para a cultura do Estado”, revela a professora.

Além do debate sobre as obras dos escritores Nascimento Moraes, e “Poesia em Azulejos”, de José Nascimento Moraes Filho, o 1º Encontro do Fema também abrirá espaço para um sarau de poemas e poesias dos autores maranhenses.

O quê: I Encontro do Fale Escritor Maranhense (Fema)

Quando: Neste sábado (24), às 17h

Onde: Espaço Cultural da Associação Maranhense dos Escritores Independentes (Amei) – Shopping São Luís.

Entrada Gratuita

SOBRE NATÉRCIA MORAES GARRIDO

Ela é mestra em Literatura e Crítica Literária (PUC-SP), professora efetiva do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) e da Universidade Estadual do Maranhão (Uema)

SOBRE O FEMA

O Fale Escritor Maranhense (Fema) é um grupo independente que busca conhecer e reunir escritores maranhenses e incentivar a escrita em todas as suas formas. O Fema pretende discutir a produção literária no Maranhão com o objetivo de influenciar escritores (iniciantes, amadores, entusiastas) de qualquer idade ou gênero literário.

O resultado da pré-seleção do P-Fies, uma das modalidades do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), será divulgado na próxima segunda-feira (26), de acordo com edital publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (23). O prazo foi ampliado para que os bancos conveniados entregassem as análises de crédito à Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) do Ministério da Educação.

Serão oferecidas 75 mil vagas, para o primeiro semestre de 2018, aos candidatos com renda mensal por pessoa da família de até cinco salários mínimos. Para atingir esse público, o Novo Fies terá recursos dos Fundos Constitucionais e dos Fundos Regionais de Desenvolvimento.

O P-Fies é o Programa de Financiamento Estudantil destinado à concessão de financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos, com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC. As condições para concessão do financiamento ao estudante serão definidas entre o agente financeiro operador do crédito (banco), a instituição de ensino superior e o estudante.

(Fonte: MEC)

Celebrado em 21 de março, o Dia Internacional da Síndrome de Down busca conscientizar a sociedade sobre a importância do respeito e da inclusão. Os desafios persistem, mas, a cada ano, esse apelo ganha mais força nas escolas.

Hoje, a presença nas escolas regulares de alunos com síndrome de Down é uma realidade e vem comprovar que a convivência com as diferenças, além de enriquecer o ambiente escolar, é um direito de todos.

Aluno do Centro de Ensino Especial nº 1 de Sobradinho, David Aquino de Oliveira, de 26 anos, tem síndrome de Down e faz da sua atuação uma forma de lutar contra o preconceito. Ele participa do projeto Fashion Inclusivo, uma ação que começou na escola onde estuda por iniciativa de uma professora. O projeto cresceu e a educadora que idealizou a proposta decidiu abrir uma associação. Mensalmente, crianças, adolescentes e adultos com síndrome de Down e outras deficiências se reúnem, juntamente com seus pais, para ensaiar e organizar os desfiles.

“As roupas são emprestadas pelas lojas ou a gente compra”, conta a mãe de David, Maria do Carmo Aquino. “A proposta do Fashion Inclusivo é mostrar que as pessoas que são especiais podem desenvolver qualquer coisa. ” Por conta do projeto, David já esteve duas vezes em Foz do Iguaçu (PR), em São Paulo, já foi para o Paraguai e para a Argentina”.

Maria do Carmo destaca o gosto do filho por atividades ligadas às artes. Na escola, David participa da oficina pedagógica onde aprende a fazer tapetes e outros artesanatos. Também na escola, já teve aulas de judô e, atualmente, faz natação, uma das disciplinas que mais aprecia. “Eu gosto de tudo, faço tudo aqui”, afirma o estudante.

Mobilização

A professora de David, Denirse Fonseca, tem especial carinho pelo jovem. “Ele é muito tranquilo e muito carinhoso e interage bem”, resume. “Na turma dele, tem mais duas meninas com Down. Para nós, professores, os desafios são muitos, mas, se a gente tem o apoio da família e da instituição, é um trabalho que pode ser bem realizado. Além da formação, é necessário ter boa vontade e amor pela profissão”.

Diretora de Políticas da Educação Especial do MEC, Patrícia Neves Raposo destaca que o 21 de março é uma data fundamental para mobilizar governos e sociedade em torno de uma reflexão sobre os direitos humanos. “O MEC, por meio dos seus programas e ações, tem apoiado sistemas de ensino para garantir o acesso à participação e aprendizagem de todos os alunos”, informa. “Nosso desafio, agora, é garantir a participação dos alunos, qualificando sistemas de ensino e professores e melhorando a acessibilidade para que todos os alunos tenham o seu processo escolar e de aprendizagem efetivos”.

(Fonte: MEC)

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Neste ano, os candidatos que participarão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terão 30 minutos a mais para fazer a prova do segundo dia, que reúne conteúdos de ciências da natureza e matemática. Segundo o edital da prova, publicado, nesta quarta-feira (21) no Diário Oficial da União, os estudantes terão cinco horas para fazer a prova no segundo dia e cinco horas e meia no primeiro dia.

Assim como em 2017, neste ano, as provas do Enem serão realizadas em dois domingos seguidos: nos dias 4 e 11 de novembro. A estrutura da prova também não mudou: no primeiro dia, serão aplicadas as provas de redação, linguagens e ciências humanas, com duração de cinco horas e meia e, no segundo dia, as provas de ciências da natureza e matemática, com cinco horas de duração.

As inscrições deverão ser feitas das 10h do dia 7 de maio às 23h59 de 18 de maio deste ano.

A taxa de inscrição foi mantida em R$ 82. O pagamento deve ser feito entre os dias 7 e 23 de maio.

Isenções

A solicitação de isenção da taxa de inscrição deve ser feita entre os dias 2 e 11 de abril. Serão isentos os estudantes que estejam cursando a última série do ensino médio neste ano em escola da rede pública, ou que tenha cursado todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada e tenha renda “per capita” igual ou inferior a um salário mínimo e meio.

Também tem isenção o participante que declarar estar em situação de vulnerabilidade socioeconômica, por ser integrante de família de baixa renda e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal . Neste ano, também são isentos os participantes do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) do ano passado.

Os participantes isentos da taxa de inscrição que não compareceram nos dias de prova no Enem do ano passado terão que justificar a ausência por meio de atestado médico, documento judicial ou boletim de ocorrência para fazer o Enem 2018 sem pagar a taxa. O prazo para justificar a ausência no Enem do ano passado vai de 2 a 11 de abril.

O participante que não apresentar justificativa de ausência no Enem 2017 ou tiver a justificativa reprovada após o recurso e desejar se inscrever no Enem 2018 deverá pagar o valor da taxa de inscrição.

Segurança

O edital do Enem continua prevendo a realização de revista eletrônica nos locais de prova, por meio do uso de detectores de metais. A novidade deste ano é que os alunos também deverão permitir que os artigos religiosos, como burca e quipá, sejam revistados pelo aplicador das provas. Quem não permitir a revista poderá ser eliminado.

Imprevistos

Segundo o edital deste ano, o participante afetado por problemas logísticos durante a aplicação poderá solicitar reaplicação do exame em até cinco dias úteis após o último dia de aplicação. Os casos serão julgados, individualmente, pela Comissão de Demandas.

No ano passado, cerca de 3,5 mil estudantes tiveram que refazer as provas em outra data por problemas como falta de energia nos locais do exame.

Direitos Humanos

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) retirou do edital o item que determinava que a redação que desrespeitasse os direitos humanos teria nota zero. No ano passado, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou a suspensão da regra que previa a anulação da redação que violasse os direitos humanos.

Os resultados do Enem poderão ser usados em processos seletivos para vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas de estudo em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

(Fonte: Agência Brasil)

A contadora de histórias Mariane Bigio, de Recife, tem 30 anos e começou na arte da contação com o de escritora de cordel, em 2007. Cinco anos depois, ao lado da irmã, a musicista Milla Bigio, montou o espetáculo infantil “Cordel Animado”. Em 2015, as histórias também passaram a ser contadas em um canal do YouTube, que hoje tem quase cinco mil inscritos. Para ela, ser uma contadora de histórias é mais que uma profissão. É uma missão de vida. O Dia Internacional do Contador de Histórias é comemorado em 20 de março.

“Sinto que tenho uma missão no mundo, de levar histórias, mensagens e emoções para o público como um todo, dos menores aos maiores, de zero a mais de 100 anos. Mas, principalmente, para crianças. Porque esse trabalho que faço é só de formação de leitores, mas também na formação do ser”, observa Mariane. “Eu me sinto realizada por ter sido escolhida pelas histórias. Acredito que a literatura é que escolhe a gente”.

A contadora leva suas histórias para crianças de creches e escolas, além de participar de festivais e apresentações em diversos locais, como livrarias. Ela comemora a existência de uma data que celebra sua profissão e ressalta a importância da data como uma importante oportunidade para refletir e discutir a profissionalização dos contadores de histórias.

“Temos várias pessoas ao redor do país discutindo a profissão, as diferenças que existem nos tipos de narração, nas formas e possibilidades de contar histórias, e se juntando, pois, o mais importante como segmento é andar juntos”, observa.

O Dia Internacional do Contador de Histórias teve início na Suécia, em 1991. Celebrado mundialmente, é comemorado no início da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul. “É um dia emblemático para pensarmos sobre a nossa verdadeira missão de transformar o mundo e de pensar o nosso lugar na arte. É uma responsabilidade muito grande”, conclui Mariane.

(Fonte: MEC)

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“A Academia, nos seus bem vividos 120 anos, caracteriza-se por perdas e ganhos notáveis. Lamentamos o falecimento do crítico literário Eduardo Portella e saudamos a chegada do poeta Antonio Cicero. Conviver com seu talento e criatividade será, para nós, um privilégio que queremos ‘guardar’, no sentido dos seus versos: ‘Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la e mirá-la / admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado’”, ressaltou, em seu discurso de recepção, o acadêmico e professor Arnaldo Niskier.

O poeta, filósofo e compositor Antonio Cicero tomou posse na cadeira 27 da Academia Brasileira de Letras, na última sexta-feira, dia 16 de março, em solenidade no Salão Nobre do Petit Trianon. O novo acadêmico foi eleito no dia 10 de agosto do ano passado, na sucessão do acadêmico Eduardo Portella, falecido no dia 3 de maio de 2017. Em nome da ABL, o acadêmico e professor Arnaldo Niskier fez o discurso de recepção.

Antes, Antonio Cicero discursou na tribuna. Ao terminar, assinou o livro de posse. Logo após, o presidente Marco Lucchesi convidou o acadêmico Antonio Carlos Secchin para fazer a aposição do colar; o acadêmico Marcos Vinicios Vilaça para entregar a espada; e o acadêmico Candido Mendes de Almeida para entregar o diploma. O presidente, então, declarou empossado o novo acadêmico.

Os ocupantes anteriores da cadeira 27 foram: Joaquim Nabuco (fundador) – que escolheu como patrono Maciel Monteiro –, Dantas Barreto, Gregório da Fonseca, Levi Carneiro e Otávio de Faria.

Discurso de posse

“Há muitas razões pelas quais é uma honra pertencer a esta Casa. Para mim em particular, como poeta, é importante que haja uma instituição que, como diz seu primeiro estatuto, elaborado na época de Machado de Assis, tenha por fim ‘a cultura da língua e da literatura nacional’. Não ignoro que a Academia exerce outras funções, nem jamais me oporia a isso. Mas a meu ver, porém, é fundamental ‘a cultura da língua e da literatura nacional’ porque penso que a Academia Brasileira de Letras é, por sua própria natureza, uma instituição que deve ter uma participação ativa e importante na determinação do cânone literário”, disse em seu discurso o novo acadêmico.

“Contra o relativismo difuso que vigora em nossos dias, afirmo que existem obras boas e obras ruins, obras insignificantes e obras imortais. Um poeta que acredita que todos os poemas ou todos os textos se equivalem – por exemplo, que tudo é relativo ao gosto da pessoa que julga – não tem por que produzir uma obra nova. Pois bem, o cânone pretende ser o conjunto das obras modelares, exemplares, imortais. Ele é tanto mais perfeito quando mais perto disso chegar. Ao falar de obras imortais, lembramo-nos de que a própria ideia da imortalidade dos membros da Academia deriva da ideia de que se supõe que alguém seja acadêmico em virtude de já ser responsável por ao menos alguma obra ou feito imortal”, afirmou.

“Por último, quero fazer uma homenagem a um acadêmico que jamais ocupou a cadeira 27. Trata-se do grande poeta, ensaísta, professor e bibliófilo Antonio Carlos Secchin. Penso que é, em primeiro lugar, graças a ele que aqui me encontro. Secchin foi o primeiro acadêmico a incentivar minha candidatura. E seu firme apoio durou até minha eleição. Isso me deixou feliz, orgulhoso e confiante”, concluiu, antes de ler o poema “Autorretrato”, tirado do livro “Desdizer”, de Secchin, com o qual encerrou seu discurso.

Discurso de recepção

Arnaldo Niskier afirmou, em seu discurso de recepção, que, “Antonio Cicero é um apaixonado pelo Rio, mas não deixa de se preocupar com o Brasil, cujo mal maior, segundo o acadêmico e presidente da ABL, Marco Lucchesi, é a desigualdade. Ao proclamar essa verdade, na sua posse recente, foi entusiasticamente aplaudido. Com toda razão.

“Segundo o poeta e crítico Antonio Carlos Secchin, os poemas de Antonio Cícero incorporam duas tendências quase antagônicas da recente poesia brasileira: de um lado, o discurso da geração marginal, com seu verso mais despojado e pouco ‘literário’; de outro, a vertente culta, oriunda dos desdobramentos concretistas, que prima por sofisticados jogos metafóricos e intrincada rede de alusões. Cicero lança seu barco em meio às duas marés e seu primeiro livro ‘Guardar’, de 1966 (vencedor do Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira, na categoria estreante), testemunha um ouvido igualmente atento a ambas as chamadas. O poema ‘Guardar’ foi incluído na antologia ‘Os cem melhores poemas do século’, organizado por Ítalo Moriconi.

“Apesar da tonalidade coloquial e despojada de vários poemas, Antonio Cicero não escreve para leitores distraídos, ou refratários ao terreno da ‘alta cultura’. Tampouco descura do aparato técnico do texto, em particular no que tange à prática das formas fixas. Com grande apuro, elabora muitos versos (quase sempre brancos) em torno do decassílabo e do heptassílabo, e costuma recorrer a eventuais apoios rítmicos, toantes ou soantes, mais intensos nas partes finais dos poemas, como bem observou Antonio Carlos Secchin.

“Conviver com o talento e a criatividade do Antonio Cicero será, para nós, um privilégio que queremos ‘guardar’, no sentido dos seus versos. Seja bem-vindo a esta Casa, que abre, para você, os seus braços, caro poeta, filósofo e escritor Antonio Cicero”.

O novo acadêmico

Sétimo ocupante da cadeira 27 da ABL, fundada por Joaquim Nabuco, Antonio Cícero formou-se em Filosofia, em 1972, pelo University College London, da Universidade de Londres. É autor, entre outros trabalhos, dos livros de poemas “Guardar” (Rio: Record, 1996), “A cidade e os livros” (Rio: Record, 2002), “Porventura” (Rio: Record, 2012) e, em parceria com o artista plástico Luciano Figueiredo, de “O livro de sombras” (Rio: +2 Editora, 2010). Também publicou as obras de ensaios filosóficos “O mundo desde o fim” (Rio: Francisco Alves, 1995), “Finalidades sem fim” (São Paulo: Companhia das Letras, 2005) e “Poesia e filosofia” (Rio: Civilização Brasileira, 2012). Além disso, suas entrevistas foram reunidas no livro de Arthur Nogueira, intitulado “Encontros: Antonio Cícero” (Rio: Azougue, 2013).

Organizou o livro de ensaios “Forma e sentido contemporâneo: poesia” (Rio: EdUERJ, 2012) e, em parceria com Waly Salomão, o volume de ensaios “O relativismo enquanto visão do mundo” (Rio: Francisco Alves, 1994). Em parceria com Eucanaã Ferraz, produziu a “Nova antologia poética de Vinícius de Moraes” (São Paulo: Companhia das Letras, 2003).

Em 1993, concebeu o projeto intitulado “Banco Nacional de Ideias”, por meio do qual, nesse ano e nos dois subsequentes, promoveu, em colaboração com o poeta Waly Salomão e com o patrocínio do Banco Nacional, ciclos de conferências e discussões de artistas e intelectuais de importância mundial, como João Cabral de Melo Neto, Richard Rorty, Tzvetan Todorov, Hans Magnus Enzensberger, Peter Sloterdijk, Bento Prado Jr. e Darcy Ribeiro, entre outros. É também autor de inúmeras letras de canções, tendo como parceiros compositores como Marina Lima, Adriana Calcanhotto e João Bosco.

Antonio Cícero foi agraciado, em 2012, com o “Prêmio Alceu Amoroso Lima – Poesia e Liberdade”, concedido pela Universidade Candido Mendes e pelo Centro Alceu Amoroso Lima pela Liberdade, e eleito para a ABL no dia 10 de agosto de 1917.

(Fonte: ABL)