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O Sítio Roberto Burle Marx (SRBM) passa pelos últimos preparativos para a candidatura a Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O dossiê da candidatura, preparado durante todo o ano passado, com 602 páginas, foi encaminhado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) à representação brasileira na Unesco em janeiro e será analisado na reunião do Comitê do Patrimônio Mundial prevista para junho em Baku, no Azerbaijão.

A diretora do sítio, Cláudia Storino, diz que o processo passa por um rito predeterminado, iniciado em 2015 com a inscrição do local em uma lista provisória de candidatos. Caso o dossiê seja aprovado, uma missão da Unesco visitará o sítio no segundo semestre.

“Uma vez que eles considerem o dossiê adequado, a Unesco envia, na segunda metade do ano, um consultor ou dois em missão de avaliação. Esses especialistas vão ao local para verificar se o que está posto no dossiê corresponde à realidade, se falta alguma informação, se há alguma dúvida. Depois, esse consultor prepara um relatório, que é enviado ao Comitê do Patrimônio Mundial”.

Segundo Cláudia, como o comitê se reúne apenas uma vez por ano, o encontro que avaliará o SRBM será a de 2020, quando poderá ser anunciada a inscrição na lista de Patrimônio Mundial. Anualmente, cada país-membro da Unesco pode indicar apenas um bem para concorrer. O que está em processo de avaliação este ano, e pode ter a inscrição anunciada na reunião de junho, é a cidade histórica de Paraty, no litoral sul fluminense.

A diretora destaca que o sítio está em boas condições, mas necessita de alguns reparos e obras de conservação, além de uma exposição prevista para o ano que vem. Ela afirma que o orçamento necessário fica na faixa de R$ 1 milhão.

“Temos uma série de serviços colocados no nosso plano de ação, mas depende de orçamento suficiente. O sítio vem sendo requalificado desde que entrou para a lista dos candidatos. Já reformamos dois lagos, vários espaços foram restaurados, estamos finalizando a impermeabilização da cobertura do ateliê. Pretendemos restaurar o piso e o altar da capela”.

Para Cláudia, a inscrição na lista de patrimônio mundial é uma chancela importante para dar continuidade ao trabalho de preservação do local, apesar de não envolver nenhum recurso monetário.

“[A inscrição] destaca o sítio como um bem que importa para todo o mundo. Então, a preservação ganha argumento muito mais forte. O sítio já é bem cultural federal, já é importante para o Brasil e para o Estado do Rio. Esse é o último degrau que um bem pode subir em termos de importância no mundo. Isso estabelece determinadas regras de preservação para o bem e para o seu entorno, uma área em que certos cuidados devem ser mantidos”.

Patrimônio cultural

Tombado como patrimônio cultural brasileiro desde 2000, o sítio é uma unidade do próprio Iphan, após a doação feita em vida por Roberto Burle Marx em 1985, que viveu ali até a sua morte, em 1994. Em janeiro do ano passado, o local recebeu a visita de especialistas do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), órgão assessor da Unesco, dentro do processo de candidatura.

Com 405 mil metros quadrados, em que cerca de dois terços se confundem com o Parque Estadual da Pedra Branca, na zona oeste do Rio, a área aberta à visitação percorre um caminho de 1.800 metros, transformada de fazenda de café, banana e mandioca em um complexo e revolucionário jardim de plantas tropicais pelo paisagista mais importante do século XX.

Além da coleção botânica, com mais de 3 mil espécies de diversas partes do mundo, as visitas guiadas incluem a Capela Santo Antônio da Bica, construída em 1681; a Casa Principal, preservada como na época em que ali residiu Burle Marx; a Cozinha de Pedra, construção modernista onde o paisagista oferecia festas e recepções; e o Ateliê, para onde Burle Marx se mudaria no fim da vida, após doar o local ao governo federal. Ele, porém, morreu antes de a construção ser concluída.

De acordo com o Iphan, a inscrição do SRBM na lista de Patrimônio Mundial se justifica por ser obra-prima do gênio criador humano; ser testemunho de um intercâmbio de influências considerável sobre o desenvolvimento da arquitetura, das artes monumentais, do planejamento urbano ou da criação de paisagens; ser exemplo excepcional de um tipo de construção ou de conjunto arquitetônico ou de paisagem; e ser direto ou materialmente associado a acontecimentos e tradições vivas, ideias, crenças ou obras artísticas e literárias que têm um significado universal excepcional.

A diretora do sítio lembra que o trabalho feito por Burle Marx nos jardins do sítio revolucionou o paisagismo mundial. “Foram lugares de experimentação, ali nasceu o jardim tropical moderno, foi uma criação do Burle Marx, ele foi a pessoa que se deu conta de que as plantas tropicais poderiam ser utilizadas em jardim, fez grande transformação no paisagismo. A contribuição do artista para a humanidade é muito importante”.

Ela explica que está sendo feita a catalogação do acervo botânico, georreferenciado e informatizado. “Não é só preservar o acervo, é preciso dar condições de que ele seja divulgado, estudado e colocado à disposição da comunidade científica”.

Ainda dentro do processo de candidatura a patrimônio mundial, o sítio está preparando o plano de gestão, com projetos executivos de reforma do prédio da administração, um estudo sobre os espaços e recursos existentes para traçar a diretriz de uso e intervenção nos espaços tombado pelo Iphan, o desenvolvimento do plano estratégico museológico e o estudo da região do entorno. “O objetivo é verificar de que modo a gente pode atender melhor a comunidade do entorno, como isso pode dar um retorno à sociedade”, acrescenta Cláudia.

Além disso, estão em andamento um estudo de sustentabilidade econômica, a criação de um banco de dados virtual, com o acervo de autoria de Burle Marx, e a constituição do comitê gestor.

(Fonte: Agência Brasil)

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá uma nova diagramação na edição deste ano. O exame não terá mais folha de rascunho. Agora, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os cadernos de questões do Enem terão um espaço em branco para apoio na elaboração de cálculos e da redação.

A medida produzirá "uma significativa economia com papel e impressão", de acordo com o Inep. Além da mudança na diagramação, os dados biométricos dos estudantes passarão a ser coletados com uma pequena esponja que permite a coleta da digital e pode ser utilizada mais de três mil vezes. Até o ano passado, a coleta da digital era feita com uma lâmina de grafite, individual.

A capacitação dos colaboradores envolvidos na aplicação do Enem será feita principalmente a distância, reduzindo a capacitação presencial. Ao todo, cerca de 500 mil pessoas trabalham na aplicação das provas. Segundo o Inep, essa medida eliminará gastos com passagem aérea e terrestre, hospedagem, aluguel de salas e auditórios em diversas partes do país.

Neste ano, o Enem será aplicado nos dias 3 e 10 de novembro. As inscrições estarão abertas de 6 a 17 de maio. Entre 1º e 10 de abril, os estudantes poderão pedir isenção da taxa de inscrição. Nesse mesmo período, o Inep vai receber as justificativas dos que faltaram às provas em 2018.

Economia

As medidas que serão adotadas no Enem fazem parte do Programa de Redução de Custos e Otimização dos Recursos Logísticos, um dos seis pilares do Programa de Modernização do Inep. O Programa recorre a um modelo de tutoria, no qual consultores externos atuam em conjunto com as equipes internas.

Ao todo, o Inep estima uma economia de R$ 42 milhões nos exames e avaliações de 2019 que estão a cargo da autarquia. Economia que, ao longo do ano, pode ser ainda maior do que a esperada. "Com a contribuição de consultores contratados, pretendemos diminuir ainda mais os custos a partir da redução de despesas adicionais. Todas as medidas de economia estão sendo adotadas de forma a manter a qualidade na impressão, distribuição, monitoramento, segurança e aplicação dos exames do Inep”, diz o presidente da autarquia, Marcus Vinicius Rodrigues, em nota divulgada pelo Inep.

Além do Enem, o Inep é responsável por avaliações como a Prova Brasil, o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) e o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação (MEC) divulga, hoje (11), a relação dos candidatos participantes da lista de espera. A lista será disponibilizada para consulta pelas instituições de ensino superior.

Todos os candidatos participantes da lista terão de comparecer às instituições nas quais estão pleiteando uma vaga, para apresentar a documentação que comprove as informações prestadas na inscrição. O prazo para que isso seja feito é de 12 a 13 de março.

A lista de espera será usada pelas próprias instituições, que irão convocar candidatos para o preenchimento das bolsas remanescentes.

Os estudantes que não garantiram uma bolsa de estudos puderam manifestar interesse em participar da lista na semana passada, até sexta-feira (8).

ProUni

Ao todo, 946.979 candidatos se inscreveram na primeira edição do ProUni deste ano, de acordo com o MEC. Como cada candidato podia escolher até duas opções de curso, o número de inscrições chegou a 1.820.446.

Nesta edição são ofertadas 243.888 bolsas de estudo em 1.239 instituições particulares de ensino. Do total de bolsas, 116.813 são integrais e 127.075, parciais, de 50% do valor das mensalidades.

O ProUni concede bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior. Em contrapartida, o programa oferece isenção de tributos às instituições que aderem ao programa.

Os estudantes selecionados podem pleitear Bolsa Permanência, para ajudar nos custos dos estudos, e usar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para garantir parte da mensalidade não coberta pela bolsa do programa.

(Fonte: Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro informou, hoje (10), por meio da rede social Twitter, que o Ministério de Meio Ambiente usará uma armação de metal em formato de tubarão-baleia como símbolo de uma campanha de combate à poluição marinha. O tubarão, com 15 metros de comprimento, será preenchido com lixo retirado do mar.

A ação será realizada no Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em Santos, no litoral paulista. De acordo com o presidente, a campanha é a primeira etapa de uma agenda ambiental urbana.

“No Dia Mundial da Água, 22 de Março, o ministro do Meio Ambiente @rsallesmma [Ricardo Salles] lançará a primeira etapa da Agenda Ambiental Urbana: Combate ao Lixo no Mar, em Santos e em Ilhabela. Este Tubarão-Baleia será um símbolo de 15 metros que será preenchido com o lixo retirado do mar”, tuitou Bolsonaro.

Relatório

Na semana passada, um relatório da organização World Wide Fund for Nature (WWF) mostrou que o Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo. Segundo a organização, o país fica atrás apenas de Estados Unidos, China e Índia.

Segundo o estudo da WWF, mais de 104 milhões de toneladas de plástico vão poluir os ecossistemas até 2030 se nenhuma mudança acontecer na nossa relação com o material. O relatório mostra ainda que o volume de plástico que vaza para os oceanos todos os anos é de, aproximadamente, 10 milhões de toneladas.

A organização defende a adoção de um acordo global para conter a poluição por plásticos. A proposta será debatida na Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente que começa amanhã (11), em Nairóbi, no Quênia, e vai até 15 de março.

O tubarão-baleia é considerado a maior espécie de peixe do mundo, podendo atingir mais de 12 metros de comprimento. Ele se alimenta filtrando plâncton e pequenos peixes como anchovas e sardinhas. A espécie, ao lado de outros filtradores como arraias e baleias, é apontada como uma das mais afetadas pela ingestão de plástico e microplástico no processo de alimentação.

(Fonte: Agência Brasil)

A partir desta terça-feira (12/3), a cidade de São Luís se tornará a capital do beach-soccer. A Arena Domingos Leal, localizada na Lagoa da Jansen, receberá a etapa final do Campeonato Maranhense de Beach-Soccer de Seleções Municipais, competição promovida pela Federação Maranhense de Beach-Soccer (FMBS) com o patrocínio do governo do Estado e da Cerveja Glacial por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.

A fase final ocorre após a realização de sete etapas regionais, que serviram como seletiva para esta etapa decisiva com a participação das melhores seleções do Estado. Ao todo, a fase final do Campeonato Maranhense de Beach-Soccer de Seleções Municipais contará com 10 equipes.

As definições dos grupos e da tabela dos jogos ocorrerão durante congresso técnico, que será realizado na terça-feira com a participação dos representantes das seleções. A expectativa da organização é que a arena receba um grande público durante toda a semana. As rodadas classificatórias terão início às 18h30.

“Estamos felizes com a chegada da fase final após meses de disputas por todas as regiões do Maranhão. Só temos a agradecer ao governo do Estado e à Cerveja Glacial por acreditar no beach-soccer maranhense. Essa etapa decisiva será bastante disputada, e o público que comparecer à arena vai acompanhar grandes jogos. Queremos ter casa cheia todos os dias. Fica aqui o convite para prestigiar o campeonato. A entrada é gratuita”, afirmou Eurico Pacífico, presidente da Federação Maranhense de Beach-Soccer.

No “site” da FMBS (www.beachsoccerma.com.br) e em suas redes sociais oficiais (@beachsoccerma), estão disponíveis todas as informações da competição estadual.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

 

 

O deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) acompanhou, nessa sexta-feira (8/3), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que veio a São Luís vistoriar as condições das obras de duplicação da BR-135, entre os quilômetros 24 e 60, no Bairro da Estiva. O democrata defendeu sanções contra as empresas que executaram e supervisionaram a obra na rodovia. Juscelino voltou a cobrar recuperação do pavimento asfáltico e a conclusão dos trabalhos o quanto antes.

De acordo com o parlamentar, existem vários problemas na obra de quase meio bilhão de reais, que puderam ser constatados pelo próprio ministro da Infraestrutura. A vinda do ministro à capital maranhense foi motivada pela atuação da bancada federal do Maranhão.

“O ministro veio ver a situação da duplicação da BR-135. Ele pediu desculpas ao povo do Estado do Maranhão com o que viu e reconheceu falhas do próprio Dnit e reconheceu que a empresa executora deve ter medidas duras contra ela, assim como a empresa que faz a supervisão dessa obra”, afirmou o deputado.

Medidas

O ministro Tarcísio Gomes de Freitas garantiu que tomará medidas para que o trecho da duplicação da BR-135 seja reparado. Ele reiterou o posicionamento do deputado Juscelino Filho e garantiu aplicar sanções às empresas envolvidas na obra da rodovia.

“Vamos cobrar da empresa a reparação do trecho e, também, aplicar sanções que estão previstas em contrato. Não podemos admitir que uma empresa ganhe um contrato e entregue um pavimento nas condições que vimos hoje”, disse o ministro.

Após reunião do ministro com deputados da bancada federal do Maranhão, na sede da Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), muitas medidas foram pensadas para que a obra comece a andar. Os compromissos firmados agradaram aos parlamentares maranhenses.

“Saímos daqui muito confiantes com as ações que o ministro se dispôs a tomar. De imediato, se a empresa não retomar a obra para concluir, ele irá dar sanções graves, inclusive de idoneidade e, aí, buscar um novo contrato para a conclusão. Confiamos na palavra do ministro na intenção de buscar a conclusão dessa que é a principal BR do nosso Estado”, concluiu Juscelino Filho.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

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Hoje (8) é o último dia para participar da lista de espera do Programa Universidade para Todos (ProUni). Aqueles que se inscreveram no programa, mas ainda não garantiram uma bolsa de estudo nas instituições particulares de ensino, podem manifestar interesse, na página do programa.

A lista de espera vale apenas para os cursos indicados na hora da inscrição. Cada participante pôde escolher até duas opções.

Podem participar da lista de espera, apenas para a primeira indicação de curso, aqueles estudantes que não foram selecionados nem na primeira, nem na segunda chamada regular do programa. Aqueles que foram selecionados na segunda opção, mas cuja turma não foi formada, podem também se inscrever apenas para a primeira opção.

Para a segunda indicação de curso, podem participar da lista de espera apenas aqueles cuja turma da primeira opção não foi formada, independentemente de terem sido selecionados nas chamadas regulares.

Próximos passos

No dia 11 de março, a relação dos candidatos participantes da lista de espera será disponibilizada para consulta pelas instituições de ensino superior.

Todos os candidatos da lista terão de comparecer às instituições nas quais estão pleiteando uma vaga, para apresentar a documentação que comprove as informações prestadas na inscrição. O prazo para que isso seja feito é de 12 a 13 de março.

ProUni

Ao todo, 946.979 candidatos se inscreveram na primeira edição do ProUni deste ano, de acordo com o Ministério da Educação. Como cada candidato podia escolher até duas opções de curso, o número de inscrições chegou a 1.820.446.

Nesta edição, são ofertadas 243.888 bolsas de estudo em 1.239 instituições particulares de ensino. Do total de bolsas, 116.813 são integrais e 127.075, parciais, de 50% do valor das mensalidades.

O ProUni concede bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior. Em contrapartida, o programa oferece isenção de tributos às instituições que aderem ao programa.

Os estudantes selecionados podem pleitear ainda Bolsa Permanência, para ajudar nos custos dos estudos, e usar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para garantir parte da mensalidade não coberta pela bolsa do programa.

(Fonte: Agência Brasil)

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A medida provisória a ser enviada ao Congresso Nacional para regulamentar a educação domiciliar no país vai definir ações de acompanhamento e fiscalização dessa modalidade de ensino. Em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse que as famílias que optarem pelo ensino domiciliar serão cadastradas, e as crianças vão passar por avaliações periódicas.

A intenção é que esses estudantes também possam ser inseridos em atividades culturais e esportivas, mesmo não frequentando a escola.

“Não vai ser uma coisa solta. As famílias que estão optando pelo ensino domiciliar serão cadastradas, a escola vai saber, o Ministério da Educação vai saber, o Ministério da Família vai saber. Vamos ter a fiscalização, o controle, as crianças serão visitadas e elas passarão por avaliações”, afirmou Damares.

Segundo a ministra, um grupo de trabalho ainda discute o modelo das avaliações que serão aplicadas às crianças do ensino domiciliar. “Estamos agora decidindo no grupo se essa avaliação será semestral, anual, se a criança deverá ir à escola uma vez a cada trimestre”, disse.

De acordo com a ministra, o ensino domiciliar é uma demanda de muitas famílias brasileiras, e a adesão a esse modelo deve crescer uma vez que for regulamentado. A proposta a ser envidada ao Legislativo foi construída pela pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e pelo Ministério da Educação.

A regulamentação do ensino domiciliar está entre as prioridades do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para os 100 primeiros dias do governo do presidente Jair Bolsonaro.

Prevenção ao suicídio e à automutilação

Outra prioridade da pasta, a prevenção à automutilação e ao suicídio, será alvo de uma campanha nacional com as famílias, escolas, mídia e redes sociais para dar orientações de como lidar com essas situações. Segundo a ministra, o Facebook foi convidado a integrar o grupo de trabalho sobre o tema. “Entendemos que não dá para falar com o adolescente, com o jovem, sem envolver as redes sociais”, disse.

Damares definiu a automutilação e o suicídio entre os jovens como um “fenômeno” crescente. Ela apresentou dados de especialistas apontando que, no Brasil, 14 milhões de jovens se cortam. “A frase que a gente escuta das crianças, jovens e adolescente é dor na alma. Então, precisa cortar o corpo para aliviar a dor da alma”.

Para a ministra, há “toda uma tragédia que traz a automutilação, que é a depressão, as marcas que ficam para sempre, a tristeza profunda, e precisamos lidar com esse fenômeno no Brasil”. Ela destacou que o suicídio é a segunda causa de morte entre jovens no país: “Vamos precisar enfrentar isso com muita delicadeza, seriedade, e trazendo a família para esse processo”.

As redes sociais serão parte fundamental na campanha para combater essas práticas. Ela lembrou que um jovem faz uma busca na “internet” e encontra instruções de como se cortar ou cometer suicídio. “Estamos conversando com as redes sociais até onde podemos ir juntos e até onde eles podem melhorar seus mecanismos de proteção da criança, jovem e adolescente no Brasil”, afirmou a ministra.

Regulamentação da Lei Brasileira de Inclusão

Nos primeiros 100 dias do governo Bolsonaro, a ministra espera ter regulamentado entre três e cinco artigos da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência. Para Damares, a lei é um avanço na proteção de direitos, mas tem muitos artigos que não foram regulamentados. “O que adianta ter uma lei no papel? Queremos que ela saia do papel e tenha efetividade”.

Segundo a ministra, foi criado um grupo de trabalho interministerial para propor a regulamentação da lei. A expectativa de Damares é que ao fim dos quatro anos de governo seja possível ter a totalidade da lei em condições de ser aplicada.

Violência contra a mulher

O reforço da rede de proteção à mulher terá atenção especial do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. “A violência contra a mulher é uma marca que essa nação tem que superar”, avaliou a ministra.

Ela destacou que não adianta ter uma lei “extraordinária” como a Lei Maria da Penha se não houver delegacia da mulher e os agentes de proteção não estiverem preparados.

“Precisamos rever no Brasil essa rede de proteção e fortalecer essa rede de proteção. Onde estamos errando? Temos uma boa legislação, temos um Brasil que quer superar isso. Onde está o problema? Vamos encontrar isso juntos. Estamos vindo com um olhar muito especial às ações protetivas da mulher”, destacou.

Damares disse ainda que os canais de denúncia de violência contra as mulheres devem ser ampliados também para as redes sociais. Atualmente, o principal canal de denúncia é o Ligue 180.

(Fonte: Agência Brasil)

O Programa Universidade para Todos (ProUni) abre, nesta quinta-feira (7/3), as inscrições para a lista de espera. Aqueles que se inscreveram no programa, mas ainda não garantiram uma bolsa de estudos nas instituições particulares de ensino, devem manifestar seu interesse, na página do programa, até sexta-feira (8/3).

A lista de espera vale apenas para os cursos escolhidos na hora da inscrição. Cada participante pôde escolher até duas opções.

Podem participar da lista de espera apenas para a primeira opção de curso os estudantes que não foram selecionados na primeira, nem na segunda chamada regular do programa. Aqueles que foram selecionados na segunda opção de curso, mas cuja turma não foi formada, podem também se inscrever apenas para a primeira opção de curso.

Para a segunda opção de curso, podem se inscrever na lista de espera apenas aqueles cuja turma da primeira opção não foi formada, independentemente de terem sido selecionados nas chamadas regulares.

A relação dos candidatos participantes da lista de espera estará disponível para consulta pelas instituições na próxima segunda-feira (11/3).

Todos os candidatos participantes da lista de espera terão que comparecer, nos dias 12 e 13 deste mês, às respectivas instituições de ensino nas quais estão pleiteando vaga, para apresentar a documentação para comprovação das informações prestadas na inscrição.

ProUni

De acordo com o Ministério da Educação, ao todo, 946.979 candidatos inscreveram-se na primeira edição do ProUni deste ano. Como cada candidato podia escolher até duas opções de curso, o número de inscrições chegou a 1.820.446.

Nesta edição, estão sendo ofertadas 243.888 bolsas de estudo em 1.239 instituições particulares de ensino. Do total de bolsas, 116.813 são integrais e 127.075, parciais (50% do valor das mensalidades).

O ProUni concede bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica em instituições privadas de educação superior. Em contrapartida, as instituições que aderem ao programa têm isenção de tributos.

Os estudantes selecionados podem pleitear ainda a bolsa permanência, para ajudar a custear os estudos, e também usar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para garantir parte da mensalidade não coberta pela bolsa do programa.

(Fonte: Agência Brasil)

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O Programa Myra tem incentivado a leitura entre estudantes de escolas públicas em São Paulo. Com a ajuda de voluntários, os jovens desenvolvem atividades em encontros semanais.

A professora de português Carmen Silvia Machado dos Santos Bueno, do quinto ano da Escola Estadual Alfredo Paulino, na zona oeste da capital paulista, conta que os alunos ficaram mais seguros e começaram a participar mais de atividades coletivas. Pelo segundo ano, a escola fará parte do programa.

“Eram alunos que tinham um acúmulo de defasagem, principalmente relacionadas à habilidade de leitura e interpretação de texto. Por isso, eles também tinham baixa autoestima. Então, o comportamento era como se eles estivessem à margem do grupo”, contou. A Fundação SM, que promove o programa pelo terceiro ano na escola, seleciona alunos com dificuldade na leitura.

Após esse processo, há conversas para o envolvimento da família e do jovem com o objetivo de motivar essa participação no programa. Nenhum estudante é obrigado a participar. Carmen relatou que dificilmente aqueles alunos selecionados se engajavam em algum projeto e que eles não tinham segurança para opinar durante as aulas.

“Com a participação no Programa Myra, a autoestima deles foi sendo fortalecida, e eles começaram a ter uma participação mais efetiva no grupo. Então, eu fui vendo alunos que já levantavam a mão para ler respostas, que davam opiniões de uma maneira mais convicta, que pediam para ler pequenos trechos de texto. Isso ajudou no sentido de resgatar a autoestima. E, com esse resgate da autoestima, veio a confiança e, da confiança, veio a melhora da proficiência”, avalia a professora.

As atividades de leitura são feitas individualmente. “O atendimento individualizado facilita a construção e manutenção do vínculo afetivo e auxilia nessa questão [da autoestima], a criança vai criando uma certa intimidade e vai perdendo a vergonha e vai construindo a confiança que ela necessita para superar as dificuldades”.

Voluntários

Para participar, os voluntários podem se inscrever no “site” do programa até hoje (6). Neste ano, fazem parte do programa a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Coronel Ary Gomes (no Jardim Andaraí); EMEF Cacilda Becker (no Jabaquara); EMEF Desembargador Amorim Lima (na Vila Gomes); e EE Alfredo Paulino (no Alto da Lapa).

Segundo a voluntária Renata Augusta Ferreira, 42 anos – que participou no ano passado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Coronel Ary Gomes, no Bairro Jardim Andaraí, já se candidatou novamente –, o projeto é enriquecedor tanto para o estudante quanto para o voluntário.

“Comecei a imaginar que isso nunca foi feito comigo quando eu era criança e eu gostaria de que alguém tivesse esse olhar pra mim, de preparar um texto, um livro para ler pra mim. Fico imaginando quanto seria rico se eu, quando criança, tivesse tido isso. Eu só fui me interessar mais pelos livros a partir da adolescência por causa do teatro”, disse.

Ela relatou que pode acompanhar a evolução no interesse pela leitura em um aluno de dez anos. “[É uma satisfação] quando, em uma sessão, a criança traz um livro que ela pegou na biblioteca, e ela nunca tinha feito isso. Em um outro momento, quando ele pediu para levar o livro pra casa porque ele queria ler com a mãe dele, porque ele nunca tinha lido com a mãe dele”.

Ela lembrou, ainda, que o menino anotava, em um caderno, todas as palavras que ele passou a conhecer a partir das leituras que fizeram juntos. “A gente pesquisava a palavra juntos, e ele falou: 'Essa é a minha coleção de palavras'. É lindo esse interesse pela leitura”.

Modelo replicável

A diretora da Fundação SM, que promove o programa, Pilar Lacerda, contou que qualquer um pode ter acesso à tecnologia social do projeto e replicar em outras escolas, inclusive de outras regiões do país. “A gente cede o material, faz a formação dos voluntários, e essas pessoas tocam. Essa é a forma de chegar a mais escolas. A ideia é que o programa ganhe escala com iniciativas locais”.

Além de desenvolver a capacidade dos estudantes e ajudar na melhora do desempenho escolar, Pilar destaca a importância de envolver a comunidade. “Ao melhorar a capacidade leitora das crianças e dos adolescentes, a gente também tem um segundo ganho com o programa, que é envolver a comunidade, lembrando do ‘slogan’ da educação integral: é preciso toda uma aldeia para educar uma criança”, disse.

(Fonte: Agência Brasil)