Skip to content

Termina, nesta quinta-feira (28), o prazo de matrícula dos estudantes que foram selecionados na chamada regular do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O resultado está disponível na página do programa. Aqueles que foram aprovados devem ficar atentos aos dias, horários e locais definidos pela instituição de ensino.

O Sisu oferece vagas no ensino superior, em instituições públicas. Nesta edição, o programa oferece 57.271 vagas, em 68 instituições públicas de ensino superior em todo o país. Puderam se inscrever os estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2017 e obtiveram nota acima de zero na redação.

As vagas serão oferecidas no segundo semestre deste ano em oito instituições públicas estaduais, uma faculdade pública municipal e 59 instituições públicas federais, com dois centros de Educação Tecnológica, 27 institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia e 30 universidades.

Ontem (27), terminou o prazo para que os estudantes que não foram selecionados na chamada regular participassem da lista de espera. A convocação desses candidatos será de 3 de julho a 21 de agosto.

(Fonte: Agência Brasil)

Termina, nesta quarta-feira (27), o prazo para que os estudantes que não foram selecionados na chamada regular do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) participem da lista de espera. A convocação desses candidatos será de 3 de julho a 21 de agosto. Para participar, basta acessar o sistema na “internet” e confirmar o interesse.

A lista de espera vale apenas para a primeira opção de curso, feita na hora da inscrição. Além dos candidatos que não foram selecionados em nenhuma das opções, podem participar aqueles que foram selecionados para a segunda opção de curso, feita também na hora da inscrição.

Matrículas

Termina, amanhã (28), o prazo de matrícula dos estudantes que foram selecionados na chamada regular. O resultado está disponível na página do programa. Aqueles que foram aprovados devem ficar atentos aos dias, horários e locais definidos pela instituição de ensino.

Sisu

O Sisu oferece vagas no ensino superior, em instituições públicas. Nesta edição, o programa oferece 57.271 vagas, em 68 instituições públicas de ensino superior em todo o país. Puderam se inscrever os estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2017 e obtiveram nota acima de zero na redação.

As vagas serão oferecidas no segundo semestre deste ano em oito instituições públicas estaduais, uma faculdade pública municipal e 59 instituições públicas federais, com dois centros de Educação Tecnológica, 27 institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia e 30 universidades.

(Fonte: Agência Brasil)

O prazo para concorrer ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) termina nesta terça-feira (26). As inscrições são para as vagas que não foram preenchidas no processo regular do primeiro semestre. As inscrições para as bolsas remanescentes estão abertas desde o dia 28 de maio. Os prazos variaram de acordo com o perfil dos candidatos.

Hoje, termina o último prazo, para estudantes que querem concorrer a vaga em instituição de ensino na qual já estão matriculados. Podem se inscrever tanto aqueles estudantes que ainda não têm diploma de ensino superior, quanto aqueles que já concluíram uma graduação e estão fazendo novo curso. Os estudantes podem também já ter sido beneficiados pelo financiamento estudantil e o quitado.

Para concorrer, é necessário ter 450 pontos de média e nota acima de zero na redação em qualquer edição, desde 2010, do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além disso, a renda familiar mensal bruta “per capita” não pode ultrapassar três salários mínimos, ou seja, R$ 2.862.

As inscrições são feitas pela “internet”. Após concluir a inscrição, o candidato deverá validar suas informações na Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) da instituição de ensino onde estuda. O prazo para que isso seja feito é de três dias úteis após a conclusão da inscrição.

O Fies concede financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos, com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação (MEC). O número de vagas totais para este ano poderá chegar a 310 mil. Dessas, 100 mil terão juro zero para os estudantes que comprovarem renda “per capita” mensal familiar de até três salários mínimos.

(Fonte: Agência Brasil)

O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) discutiu, em uma reunião na capital paulista nessa segunda-feira (25), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a aplicação do novo projeto de ensino médio nas escolas. Além dos secretários estaduais, esteve presente o ministro da Educação, Rossieli Soares, que abriu o encontro defendendo o projeto que flexibiliza o currículo das escolas.

“Estados [com governos] de todas as matrizes políticas apresentaram modelos de implementação, programação, o que fazer [para aplicar a BNCC]. Todos estão trabalhando, remando na mesma direção. A discussão faz parte, nós temos várias medidas, o Consed vai ouvir todas as suas redes, as secretarias estaduais e vão opinar para a base nacional comum”, disse o ministro. Segundo Soares, no momento certo, o CNE vai discutir a proposta. “O que a gente viu aqui é que governos da Bahia, do Distrito Federal, da Paraíba, entre tantos, têm feito um processo de discussão para construção [da BNCC] em conjunto com os professores”.

Os debates sobre as mudanças no ensino médio continuam hoje (26) com secretários estaduais e o Ministério da Educação (MEC), no entanto, a implementação da reforma do currículo depende de aprovação pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).

Proposta

A proposta do governo faz algumas mudanças profundas no currículo, como a autorização de cursos de ensino médio à distância, a permissão de contratar professores com base no notório saber e o fim da obrigatoriedade de várias disciplinas tradicionais, como história, física e biologia. Apenas português e matemática continuam sendo obrigatórias. As alterações são alvo de crítica de professores e estudantes.

No último dia 8, a audiência pública, organizada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), que discutiria a BNCC, também na capital paulista, teve que ser cancelada devido a manifestações contrárias à proposta do Ministério da Educação (MEC). professores e estudantes tomaram o palco com palavras de ordem e os organizadores da audiência decretaram que seria impossível continuar os trabalhos.

Na ocasião, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeosp), disse que as mudanças vão provocar um “apartheid educacional” no Brasil. Segundo a categoria, com exigências tão mínimas, o resultado pode ser escolas boas para quem pode pagar e ruins para alunos da rede pública.

Apresentada pelo MEC em abril, a proposta está explicada em um “site”, no qual se afirma que a construção do projeto é democrática e envolveu educadores e sociedade.

Mudanças em secretarias e ministério

Para Cesar Callegari, que integra o Conselho Nacional de Educação (CNE) e preside a comissão responsável pela elaboração da Base Nacional Comum Curricular, a reunião dessa segunda-feira deve ser vista com reservas, pois 20 dos 27 dos secretários de Educação estão em mandatos transitórios, substituindo os antigos titulares da pasta que se afastaram para disputar cargos eletivos em seus Estados. O próprio ministro da Educação está em situação semelhante.

“Um assunto tão importante como a reforma do ensino médio e a respectiva BNCC não pode ser tratado de forma açodada e subordinada ao calendário administrativo do MEC. Uma reforma e uma BNCC do ensino médio precisam nascer com a legitimidade de interlocutores que assumam compromissos com a sua implementação”, disse Callegari.

Para o ministro, a discussão não deve parar em função das eleições. “A gente tem que parar de querer parar o Brasil todo em ano de eleição. O Brasil continua, e a gente precisa continuar discutindo, se não a gente perde anos e anos e não chega a lugar nenhum. O calendário eleitoral é uma coisa, e o calendário técnico é outra. Todos estão querendo trabalhar nesse sentido”, disse Soares.

O CNE não tem prazo determinado para aprovar as mudanças no currículo. A audiência cancelada em São Paulo foi a segunda de uma série de cinco organizadas pelo conselho para discutir o currículo do ensino médio, uma em cada região do país. As próximas estão marcadas para ocorrer entre julho e agosto, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A primeira consulta pública ouviu representantes da Região Sul do país e ocorreu em maio, em Florianópolis.

(Fonte: Agência Brasil)

As inscrições para o Exame Nacional Desempenho de Estudantes (Enade), deste ano, começam no dia 2 de julho. O edital foi publicado hoje (25), no “Diário Oficial da União”. Os coordenadores de cursos deverão fazer as inscrições dos estudantes ingressantes regulares e dos concluintes regulares entre 2 de julho e 12 de agosto. Os estudantes concluintes regulares deverão também fazer o próprio cadastro, entre os dias 14 de agosto e 21 de novembro.

O candidato, previamente inscrito pela instituição de ensino superior, deverá criar “login” e senha para ter acesso ao Sistema Enade. Para fazer o cadastro, é necessário informar o CPF, um número de telefone com DDD e um endereço de “e-mail” válido.

O exame será aplicado em todo o Brasil, em 25 de novembro, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação e vai avaliar 27 áreas do conhecimento.

A prova é voltada para estudantes concluintes de cursos de graduação. O exame é obrigatório e a situação de regularidade do estudante no exame deve constar em seu histórico escolar. Os estudantes ingressantes terão que ser inscritos, mas serão dispensados, não precisarão fazer a prova.

De acordo com o Inep, a prova terá dez questões do componente de formação geral, comum a todos os estudantes, sendo duas discursivas e oito de múltipla escolha; e 30 questões nos componentes específicos de cada área, sendo três discursivas e 27 de múltipla escolha.

Enade

O Enade é o principal componente para o cálculo dos indicadores de qualidade dos cursos e das instituições de ensino superior. Os estudantes são obrigados a fazer o Enade para receber o diploma, mas não há desempenho obrigatório.

A cada ano, o exame avalia um grupo diferente de cursos superiores. A avaliação se repete a cada três anos.

Veja as áreas que serão avaliadas em 2018:
Grau de Bacharel

Administração

Administração Pública

Ciências Contábeis

Ciências Econômicas

Comunicação Social – Jornalismo

Comunicação Social - Publicidade e Propaganda

Design

Direito

Psicologia

Relações Internacionais

Secretariado Executivo

Serviço Social

Teologia

Turismo

Grau de Tecnólogo

Tecnologia em Comércio Exterior

Tecnologia em Design de Interiores

Tecnologia em Design de Moda

Tecnologia em Design Gráfico

Tecnologia em Gastronomia

Tecnologia em Gestão Comercial

Tecnologia em Gestão da Qualidade

Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos

Tecnologia em Gestão Financeira

Tecnologia em Gestão Pública

Tecnologia em Logística

Tecnologia em Marketing

Tecnologia em Processos Gerenciais

(Fonte: Agência Brasil)

Alunos que contrataram o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e estão inadimplentes poderão renegociar, a partir do segundo semestre deste ano, as dívidas na Caixa Econômica Federal, agente financiador do fundo. A Lei 13.682, que trata dos Fundos Constitucionais de Financiamento e que permite a renegociação, foi publicada na última semana, no “Diário Oficial da União”. O Comitê Gestor do Fies divulgará, oportunamente, as regras.

“Essa medida vai beneficiar, especialmente, os alunos que estão inadimplentes, e ela é importante para que eles se recoloquem, inclusive com a possibilidade de buscar outras modalidades de financiamentos, como o habitacional, por exemplo”, declarou o ministro Rossieli Soares. O ministro lembrou também que tem solicitado, cada vez mais, a participação dos parlamentares na discussão de temas da educação no Congresso Nacional.

A proposta de renegociação das dívidas do Fies pelos estudantes com as instituições financeiras já havia sido apresentada pelo MEC na reunião anual da Frente Parlamentar Mista da Educação, na Câmara dos Deputados, em maio, e estava prevista na Medida Provisória do Novo Fies. Mas a decisão oficial ocorreu somente com a publicação da lei.

Na avaliação do MEC, a permissão de renegociar os débitos é mais um importante passo para dar sustentabilidade ao Fies e fortalecer o fundo estudantil, que, atualmente, possui um total de 2,7 milhões de contratos e um elevado número de 453 mil estudantes inadimplentes, todos sem chances de negociar com a Caixa Econômica Federal. No momento, este índice de devedores equivale a um débito total de R$ 10 bilhões com o fundo.

O secretário-executivo-adjunto do MEC, Felipe Sartori Sigollo, presidente do Comitê Gestor do Fies (CG-Fies), destacou a importância da medida e explicou que muito em breve os estudantes inadimplentes poderão solicitar a revisão dos débitos. “Ninguém quer ficar inadimplente, devendo o curso que foi financiado. A partir de agosto, o CG-Fies fará toda a normatização das regras para que os alunos procurem as agências da Caixa, façam a renegociação e normalizem sua situação no Fies”, esclareceu.

Além de destacar o empenho do ministro Rossieli Soares para obter êxito com a medida, o secretário-executivo-adjunto afirmou que outros estudantes poderão ser beneficiados, uma vez que, no momento, 826 mil estão em situação de amortização e ainda começarão a quitar o empréstimo, respeitados os prazos definidos para o início do pagamento.

“O ministro Rossieli Soares trabalhou muito no Congresso Nacional, para conseguirmos esse avanço e o número de estudantes beneficiados pode ser muito maior, pois há contratos em amortização. Essa medida terá uma amplitude mais elevada à medida que os contratos forem vencendo e algumas famílias fiquem, por alguma razão, inadimplentes. Mas estamos otimistas, o programa está indo bem, com previsibilidade e sustentabilidade financeira”, completou Felipe Sigollo.

O diretor de gestão de fundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Pedro Pedrosa, avaliou que a medida, além de beneficiar os estudantes, será determinante para o governo federal angariar mais recursos e solidificar a sustentabilidade do Fies. “O próximo passo é regulamentar as condições definidas pelo Comitê Gestor para que estes descontos que serão oferecidos sejam atraentes. Além de ser boa para os estudantes, essa renegociação pode acarretar em mais recursos para o governo federal e, quem sabe, a criação de vagas para o financiamento estudantil”, pontuou.

Confira a íntegra da Lei 13.682

(Fonte: MEC)

9

As inscrições para o Programa Universidade para Todos (Prouni) começam amanhã (26). Os interessados podem consultar as vagas que serão ofertadas no segundo semestre na página do programa.

Ao todo, serão oferecidas 174.289 vagas, sendo 68.884 bolsas integrais e 105.405 parciais em 1.460 instituições de ensino superior privadas. As vagas podem ser consultadas por curso, por instituição ou por município.

Para se candidatar, é preciso ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2017, ter alcançado, no mínimo, 450 pontos e ter tido nota superior a zero na redação.

Além disso, só podem participar alunos brasileiros sem curso superior e que tenham cursado o ensino médio completo na rede pública ou como bolsista integral na rede privada.

Alunos que fizeram parte do ensino médio na rede pública e a outra parte na rede privada na condição de bolsista ou que sejam deficientes físicos ou professores da rede pública também podem solicitar uma bolsa.

Bolsa integral

O candidato que quiser uma bolsa integral deve ter uma renda familiar “per capita” de até um salário mínimo e meio. As bolsas parciais de 50% são destinadas aos alunos que têm uma renda familiar “per capita” de até três salários mínimos.

Quem conseguir uma bolsa parcial, e não tiver condições financeiras de arcar com a outra metade do valor da mensalidade, pode utilizar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

As inscrições poderão ser feitas de amanhã (26) até sexta-feira (29), na “internet”. Os resultados com a lista dos candidatos pré-selecionados estarão disponíveis também na página do Prouni, a partir do dia 2 de julho para a primeira chamada, e 16 de julho para a segunda.

Aplicativo

Os candidato podem baixar o aplicativo do Prouni, disponível na “Google Play” e “App Store”. A inscrição deve ser feita pela “internet”, mas pelo aplicativo o estudante pode acompanhar as divulgações das notas de corte dos cursos, pesquisar bolsas e acompanhar todo o calendário do processo seletivo.

(Fonte: Agência Brasil)

A falta de segurança e de perspectivas profissionais somadas ao alto custo de vida e impostos elevados fazem com que 19 milhões de jovens brasileiros, na faixa etária de 16 a 24 anos, queiram deixar o Brasil em busca de oportunidades no exterior. Portugal é o segundo principal destino, depois dos Estados Unidos. Em seguida, estão Canadá, França, Espanha e Inglaterra.

Os dados são do Instituto DataFolha que ouviu 2.090 entrevistados. A pesquisa mostra que 50% dos que têm entre 25 e 34 anos gostariam de abandonar o Brasil. Esse percentual cai para 44%, na faixa de 35 a 44 anos e 32% para os que estão entre os 45 e os 59 anos. No grupo acima de 60 anos, o percentual é de 24%.

Vida mais simples

Formada em Letras pela Universidade de Brasília (UnB), Ana Carolina Viana, 36 anos, optou por deixar Brasília, onde sempre morou, e tentar vida nova em Lisboa.

"Lá em Brasília, mesmo trabalhando muito, no fim do mês só sobrava para pagar as contas, e eu não conseguia juntar dinheiro e fazer planos”, desabafou.

Para Ana Carolina, morar em Lisboa significa ter melhor qualidade de vida. “Consigo morar numa casa pequena, mas que tem tudo o que eu preciso. Posso colocar meu filho em uma escola pública, que aqui é muito boa. Não preciso pagar um plano de saúde. E, com isso, posso viajar e fazer cursos".

A vontade de "viver com menos" não é um desejo exclusivo de Ana Carolina. O cirurgião vascular Marcelo Ribeiro de Sousa Bezerra, 34 anos, natural de Teresina, compartilha essa busca de uma vida mais tranquila. Casado e com dois filhos pequenos de 8 e 2 anos de idade, ele contou à Agência Brasil que sempre teve vontade de viver fora.

"Eu tenho muita vontade de morar em um país onde eu possa criar meus filhos e que minha esposa viva de maneira mais tranquila. Um lugar onde não seja preciso trabalhar tanto, que se viva com menos, mas com mais qualidade de vida, que eu possa pagar um imposto de renda justo e que tenha um retorno mínimo para conseguir nos sustentar, dar uma boa educação para os filhos, conseguir uma saúde de qualidade e ter uma segurança mínima", afirmou Marcelo.

Valorização

Formada em Relações Internacionais, Tamira Romualdo, 27 anos, morou em vários locais do Brasil - Pará, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal - e também no exterior, em Washington (Estados Unidos). Ela disse que teve vontade de repetir a experiência e, atualmente, a maior motivação para tentar a vida no exterior é profissional.

"Na minha faixa etária, eu vejo que está todo mundo passando pelo mesmo problema: todos saem da faculdade cheios de esperança, mas trabalham muito e se empenham, correm atrás e não veem retorno”, afirmou Tamira.

Trabalhando atualmente na Embaixada de Botsuana no Brasil, Tamira conta que, se pudesse, moraria em Portugal. "Aqui no Brasil é tudo muito caro. O preço do mestrado aqui é mais alto do que em Lisboa ou no Porto. Ter um diploma de uma instituição internacional tem um peso muito maior no mercado."

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação (MEC) pediu o adiamento da implementação da resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) que amplia o tempo de formação dos professores.

A resolução, homologada em junho de 2015 pela própria pasta, estabelece que a formação dos professores será mais longa e mais voltada à prática em sala de aula. A carga horária dos cursos de licenciatura deverão passar de 2,8 mil, o equivalente a três anos de formação, para 3,2 mil ou quatro anos de formação.

Na época, foi estabelecido o prazo de dois anos, ou seja, até meados de 2017, para que os cursos em funcionamento se adequassem às novas regras. O prazo já havia sido estendido no ano passado e terminaria este mês.

Segundo o MEC, o pedido foi feito porque a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio ainda continua sob análise do CNE. Pela Lei de Diretrizes e Base da Educação e pela Lei do Novo Ensino Médio, os currículos dos cursos de formação de docentes são vinculados à BNCC.

A BNCC estabelece os conteúdos mínimos que devem ser ensinados nas escolas de todo o país. A BNCC do ensino fundamental e infantil foi aprovada do fim do ano passado. A BNCC do ensino médio foi enviada ao CNE em abril deste ano.

O pedido de adiamento, segundo a pasta, foi feito também pelos reitores representados pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

A decisão final do novo prazo ou mesmo se haverá o adiamento será do CNE.

Lei

A resolução é parte do pacote de medidas adotadas pelo governo federal no fim do primeiro ano de vigência do Plano Nacional de Educação (PNE), na lei que estabelece metas e estratégias para melhorar a qualidade da educação até 2024. Entre as metas, está a inclusão de todas as crianças e adolescentes de 4 a 17 anos de idade na escola e o aumento do investimento no setor até o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB). Atualmente, são investidos 5,5% do PIB.

A lei estabelece, também, a valorização dos professores e a formação adequada. A resolução é o primeiro passo para a Política Nacional de Formação dos Profissionais da Educação Básica.

De acordo com dados do último monitoramento do PNE, lançado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), muitos professores não são formados na área que lecionam.

Em 2016, na educação infantil, 53,4% não tinham formação superior adequada à área que atuam. No ensino fundamental, o percentual chegava a 49,1% nos anos finais, do 6º ao 9º ano e 41% nos anos iniciais, do 1º ao 5º ano. No ensino médio, 39,6% não tinham formação adequada. Pelo PNE, até 2024, todos os professores têm que ter a formação adequada a área que lecionam.

(Fonte: Agência Brasil)

A invocação da energia dos orixás, uma cerimônia chamada de Xirê, em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia, abriu caminho para uma noite de discussão sobre o racismo e a intolerância religiosa e em defesa da cultura africana.

Ao som dos atabaques, integrantes de terreiros do Rio dançaram em homenagem a todos os orixás, observados por quem passava na praça e era atraído pela cerimônia.

No alto da escadaria, sentada em uma cadeira, dona Rosália Oliveira dos Santos, a mãe Rosinha de Odé, com seus 92 anos de vida e 62 anos de iniciação no candomblé, acompanhava tudo.

A religião tem papel importante no dia a dia dela. “Adoro e vou morrer nessa”, contou, antes da cerimônia, em entrevista à Agência Brasil, a baiana que só entrou para o candomblé depois de deixar Salvador e se mudar para o Rio.

Mãe Rosinha de Odé, tem 13 filhos biológicos, mas não faz conta de quantos são os seus filhos de santo. O número é muito grande. Quem já viu tantas coisas na vida não consegue entender porque não há respeito para a sua religião. Tem medo da intolerância e de atos violentos nos terreiros e contra seus companheiros de fé.

“Isso é abuso. Desfazer das coisas que Deus determina. Como pode queimar, querer jogar fora, arrebentar tudo, fazer um bocado de bagunça. Se nós estamos lá é porque Deus nos trouxe aqui. Fico chateada e triste quando vejo certas coisas. Já passei tanta coisa no santo. Tenho medo que acabe”, disse, completando que ainda incorpora orixás. “Recebo o santo, sou de Oxossi. Oxossi com Yansã”.

Respeito

Ao lado dela, mãe Mara de Yemanjá, da Casa Ilê axé Egbé Omó Eja, do Parque Anchieta, zona norte do Rio, contou que o respeito é um conceito passado para os mais novos desde os seus ancestrais, por isso uma pessoa como a mãe Rosinha é tratada com reverência.

“Mãe Rosinha é uma das nossas Abás, uma das nossas anciãs, uma das joias do candomblé, porque é uma história viva do candomblé, que nós ainda temos oportunidade de lidar com ela, usufruir do saber dela, de estar com ela, de recebermos dela o axé, a vivência dela nesses anos todos. Por isso, ela é uma pessoa respeitada por todos nós. O candomblé tem um sentido hierárquico e ela, como uma das pessoas mais velhas, é digna de todo nosso respeito e da nossa reverência. Mãe Rosinha é iniciada de Oxóssi, então, a presença de mãe Rosinha entre nós é a presença do orixá Oxóssi entre nós”, apontou.

Racismo é condenado

Mãe Mara também defendeu a cultura africana e lembrou que o Brasil não deveria ter racismo porque tem uma forte presença de negros desde a sua origem.

“Nós não podemos mais admitir que as nossas casas sejam vilipendiadas, não podemos mais ser desonrados, porque fazem da nossa população uma população marginal e nós não somos. Nós somos força de trabalho e força de saber. A maior construção nossa é a história da nossa ancestralidade. Tudo isso que pisamos e tudo que temos foi através de nossos ancestrais. Temos que honrar isso e fazer com que a sociedade entenda que somos parte dela. Não é favor nenhum nos aceitar. Estamos aqui porque aqui é nosso lugar. O Brasil é negro. Não existe branco puro no Brasil”, apontou.

Lavagem

Após o Xirê, mães e filhas de santo fizeram a lavagem da escadaria da Câmara Municipal. Depois, todos seguiram para o plenário e começarem o debate público sobre Racismo Religioso e Cultural, proposto pelo vereador Reimont (PT), após pedido do Movimento Não Mexa na Minha Ancestralidade.

Em sua página no Facebook, o movimento informa que é uma “comunidade voltada para a luta contra o desmonte das religiões de matrizes africanas e manifestações culturais que delas se originaram, assim como pela garantia de direitos ao povo preto”.

O coordenador-geral do Movimento Não Mexa na Minha Ancestralidade, João Paulo de Xangô, lembrou que as casas de candomblé têm enfrentado dificuldades com a liberação, pela Prefeitura do Rio, de alvarás temporários para manifestações culturais como rodas de samba e de capoeira e os definitivos para os templos religiosos de matriz africana, que estejam localizados em áreas residenciais ou em fundos de quintais de imóveis.

Segundo João Paulo, a maioria dos terreiros está em regiões deste tipo, o que representa uma dificuldade para as casas, com exceção dos templos ligados à Federação de Umbanda e Candomblé, que têm as permissões para funcionar.

“Como se vai falar que uma fé não pode funcionar? Que um templo religioso não pode funcionar? É muito complicado. A fé envolve muito o seu espírito, a sua essência, principalmente, o candomblé que fala de uma questão ancestral”, afirmou.

O vereador Reimont, presidente da Comissão de Cultura da Câmara Municipal, disse que atendeu o pedido do Movimento Não Mexa na Minha Ancestralidade porque era preciso discutir a preservação dessa cultura e os casos de ataques a integrantes de religiões de matriz africana.

Apoio ao debate

O deputado estadual Carlos Minc (PSB), presidente da Comissão contra o Racismo e a Intolerância Religiosa da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que, também, estava presente. Ele apoia o debate e disse que vai encaminhar o resultado do encontro para discussão dos seus colegas na casa. “Vamos levar [o resultado] para a Assembleia Legislativa e para o governo do Estado, porque as mesmas questões que existem na cidade existem no Estado e as linhas que esse debate avançar com prioridade serão também abraçadas pela Assembleia e encaminhadas não só para o governo estadual, como para o Ministério Público Estadual”, disse.

Mãe Marli de Xangô estava no grupo com integrantes de religião de matriz africana, do samba e da capoeira. Ela disse que não é “muito fã” de política, mas destacou que, diante das dificuldades que a cultura vem enfrentando atualmente com casos de violência e intolerância, é bom que o tema seja discutido pelos parlamentares.

“É o caminho para a gente conseguir algum objetivo. É um povo tão sofrido e corremos risco, hoje em dia, de acabar com a nossa fé. Acho que está sendo superlegal ter o debate e dou meu apoio”, afirmou.

(Fonte: Agência Brasil)