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Começa, nesta sexta-feira (22), o prazo de matrícula para os estudantes selecionados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O resultado está disponível na página do programa. Aqueles que foram aprovados devem ficar atentos aos dias, horários e locais definidos pela instituição de ensino.

Nesta edição, o Sisu oferece 57.271 vagas em 68 instituições públicas de ensino superior em todo o país. O prazo para os selecionados se matricularem vai até o dia 28.

Lista de espera

Aqueles que não foram selecionados poderão participar da lista de espera. O prazo para que isso seja feito começa também hoje e vai até o dia 27. A convocação dos candidatos em lista de espera será de 3 de julho a 21 de agosto. Para participar, basta acessar o sistema na “internet” e confirmar o interesse.

A lista de espera vale apenas para a primeira opção de curso feita na hora da inscrição. Além dos candidatos que não foram selecionados em nenhuma das opções, podem participar aqueles que foram selecionados para a segunda opção de curso, feita também na hora da inscrição.

Sisu

O Sisu oferece vagas no ensino superior, em instituições públicas. Nesta edição, puderam concorrer os estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2017 e obtiveram nota acima de zero na redação.

As vagas serão oferecidas em oito instituições públicas estaduais, uma faculdade pública municipal e 59 instituições públicas federais, com dois centros de Educação Tecnológica, 27 institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia e 30 universidades.

(Fonte: Agência Brasil)

O deputado federal Juscelino Filho (DEM) cumpriu extensa e proveitosa agenda política pelo interior do Maranhão durante esse fim de semana. O parlamentar esteve nos municípios de Grajaú, Imperatriz e Santa Inês, com o objetivo de fortalecer sua pré-candidatura à reeleição na Câmara Federal.

O primeiro compromisso do deputado Juscelino Filho foi na cidade de Grajaú, na noite da última sexta-feira (15). O presidente do Democratas no Maranhão se reuniu na Câmara Municipal com lideranças políticas e comunitárias da região e defendeu a necessidade de renovar a política “com políticos comprometidos e que, de fato, possam vir a fazer a diferença”. Segundo Juscelino Filho, a sua ida a Grajaú teve o objetivo de colocar seu nome à disposição dos grajauenses como pré-candidato a deputado federal.

“Sempre enxerguei, na política, um mecanismo de fazer o bem para as pessoas, fazer com que as coisas mudem para melhor na vida delas. Temos caminhado pelo Maranhão inteiro como pré-candidato à reeleição para deputado federal e viemos novamente a Grajaú com este intuito: de colocar o nosso nome como pré-candidato, de organizar um grupo político aqui em Grajaú para que trabalhemos juntos pela nossa reeleição para poder, de fato, representar mais ativamente, mais fortemente esse município, que é um dos municípios mais importantes do Estado do Maranhão”, afirmou o parlamentar.

Sobre o encontro em Grajaú, o deputado mostrou-se satisfeito com a aceitação do seu nome por parte das lideranças políticas. “Tenho certeza de que daqui sairá um grupo forte, um grupo que irá fazer um trabalho com humildade, mostrando o nosso trabalho e mostrando o que ainda podemos fazer por essa cidade e pelo nosso Estado”, analisou.

Já no sábado (16), o deputado Juscelino Filho concluiu sua agenda política nas cidades de Imperatriz e de Santa Inês. Na Região Tocantina, o parlamentar prestigiou o aniversário do vereador Pimentel, uma das principais lideranças de Imperatriz, que declarou apoio à reeleição do deputado federal por acreditar na necessidade da continuidade do trabalho que Juscelino Filho vem desenvolvendo em Brasília em prol dos municípios maranhenses.

De Imperatriz, Juscelino Filho foi até Santa Inês, onde participou da abertura oficial do “Arraiá da Alegria”, festejo junino promovido pela prefeitura. Além do deputado federal, a prefeita Vianey Bringel, o ex-prefeito Roberth Bringel, o deputado estadual Stênio Rezende, vereadores e autoridades locais marcaram, também, presença na festa.

A programação completa do “Arraiá da Alegria” está disponível no “site” da Prefeitura de Santa Inês. O endereço é o www.santaines.ma.gov.br. A festança prossegue até o próximo domingo (24).

(Fonte: Assessoria de comunicação do deputado Juscelino Filho)

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Um grupo de indígenas e quilombolas fez um protesto nessa terça-feira (19), em frente ao Palácio do Planalto, contra cortes à assistência estudantil e pela garantia permanente de liberação de bolsas universitárias. Classificando a demora na concessão da Bolsa-Permanência, que, para 2018, só foi autorizada na semana passada, cerca de 150 jovens de diferentes etnias se revezaram em danças típicas e cantos de protesto.

Durante pouco mais de uma hora, eles bloquearam uma das faixas da Esplanada dos Ministérios, avenida que fica entre o Planalto e o Congresso Nacional, a espera de uma resposta do governo sobre as reivindicações. Segundo eles, as negociações anteriores com o Ministério da Educação não surtiram o efeito desejado, apesar da autorização de 2,5 mil bolsas de estudos para o segundo semestre deste ano. Eles argumentam que a demanda anual é de 5 mil vagas e que as bolsas liberadas terão repasse somente no prazo de dois meses.

A estudante de química Roseli Batalha Braga, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), pertence à etnia Omágua/Kambeba, que fica no município São Paulo de Olivença (AM), no Alto Solimões. "Hoje em dia, tem 42 etnias estudando na Ufscar. Entraram 76 estudantes este ano, e o ministro, até agora, não tinha liberado as Bolsas-Permanências que auxiliam os estudantes nas universidades", afirmou.

Segundo ela, os estudantes protestam também contra a possibilidade de o Plano Nacional de Assistência Estudantil passar a ser administrado pelo Ministério da Educação, e não por um centro universitário. "Isso não pode acontecer. Lutamos para continuar essa gestão nas universidades", disse Roseli.

Para Joane Santos, estudante de Filosofia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, outra demanda dos estudantes é para que a forma de repasse das bolsas seja garantida por meio de uma legislação que não dependa de portarias periódicas. "A gente não quer ter que se deslocar até Brasília todos os semestres para se preocupar com nossa permanência na universidade. Estamos lutando para ter visibilidade e para que eles não esqueçam que estamos aqui não para pedir um favor, e sim reivindicando uma coisa que é nossa", disse.

Outro lado

O MEC enviou nota à Agência Brasil informando que está atualizando dados de matrícula de estudantes indígenas e quilombolas em instituições federais de ensino superior para refazer estimativas de necessidade de bolsas para esse público, atualmente fixada em 2,5 mil para 2018. No entanto, ressaltou que nem todos os índios e quilombolas atendem aos critérios de acesso à Bolsa-Permanência que incluem, entre outros, a existência de matrícula em curso de graduação presencial; a comprovação da condição de estudante indígena ou quilombola; e ter o cadastro aprovado e mensalmente homologado pela instituição de ensino superior.

O ministério informou ainda que a possibilidade de o Plano Nacional de Assistência Estudantil passar a ser administrado pelo Ministério da Educação, e não pelas instituições de ensino superior, não fere a autonomia universitária.

(Fonte: Agência Brasil)

Estudantes que quiserem concorrer a bolsas de estudo no ensino superior poderão se inscrever no Programa Universidade para Todos (Prouni) entre os dias 26 e 29. As bolsas são para o segundo semestre.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o programa vai ofertar 174.289 vagas, sendo 68.884 bolsas integrais e 105.405 parciais, em 1.460 instituições de ensino superior privadas. As inscrições devem ser feitas na página do Prouni, na “internet”.

Para se candidatar, é preciso ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2017, ter alcançado, no mínimo, 450 pontos e ter tido nota superior a zero na redação.

Além disso, só podem participar alunos brasileiros sem curso superior e que tenham cursado o ensino médio completo na rede pública ou como bolsista integral na rede privada. Alunos que fizeram parte do ensino médio na rede pública e a outra parte na rede privada na condição de bolsista ou que sejam deficientes físicos ou professores da rede pública também podem solicitar uma bolsa.

O candidato que quiser uma bolsa integral deve ter uma renda familiar “per capita” de até um salário mínimo e meio. As bolsas parciais de 50% são destinadas aos alunos que têm uma renda familiar “per capita” de até três salários mínimos. Quem conseguir uma bolsa parcial, e não tiver condições financeiras de arcar com a outra metade do valor da mensalidade, pode utilizar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os resultados com a lista dos candidatos pré-selecionados estarão disponíveis na página do Prouni na “internet”, a partir do dia 2 de julho para a primeira chamada, e 16 de julho para a segunda.

(Fonte: Agência Brasil)

Uma das joias arquitetônicas do Brasil, no coração do centro histórico do Rio, volta a ser exibida, após quatro anos escondida por tapumes, telas e andaimes. A restauração da fachada da Biblioteca Nacional (BN) foi concluída, uma obra que demorou a começar e durou 18 meses para ficar pronta, a um custo de R$ 10,7 milhões. A cerimônia de inauguração foi na noite dessa segunda-feira (18), com a presença do ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão.

O trabalho é considerado a obra de restauração mais abrangente, desde a construção do prédio, em 1910. Todas as 285 janelas foram restauradas, incluindo partes em madeira e ferragens originais. A obra contou com recursos do Fundo Nacional de Cultura, em ação conduzida pelo Ministério da Cultura (MinC), com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a BN.

Os trabalhos foram feitos por 120 operários e não provocaram a interrupção do atendimento aos cerca de 100 mil visitantes e 14 mil pesquisadores anuais. A próxima obra é a reforma de toda a parte elétrica da BN, orçada em R$ 4 milhões, para depois ocorrer a climatização de todo o prédio, o que deverá ocorrer ao longo dos próximos quatro anos.

O ministro disse que a obra levou tempo para ficar pronta pela complexidade do trabalho de restauro do prédio, que é tombado pelo Iphan.

“A Biblioteca Nacional ficou anos circundada por tapumes. Com muito esforço, conseguimos superar os obstáculos e viabilizar a entrega desta obra. Ela exigiu um rigor e uma qualidade muito acima da média, por conta da riqueza arquitetônica do edifício. Enfrentou problemas de ordem burocrática e tivemos de ter esforço e dedicação para superar os problemas”, disse Sá Leitão.

Relevância para conjunto histórico

A presidente da Biblioteca Nacional, Helena Severo, destacou que a reforma das fachadas tem uma enorme relevância para o conjunto histórico e arquitetônico do Rio de Janeiro.

“A reforma das fachadas é um fato da maior relevância, para a cidade e para o país. Este prédio compõe a reforma [do ex-prefeito] Pereira Passos [que revitalizou completamente o centro do Rio]. Demorou cinco anos para ser construído e foi inaugurado em 1910 para abrigar o acervo da Biblioteca Nacional. É um prédio icônico e de referência para a cidade do Rio, situado na Cinelândia, que também abriga outros prédios importantes”, disse Helena Severo.

Palácio Capanema

De acordo com o MinC, o próximo prédio a ser totalmente revitalizado no centro da cidade é o Palácio Gustavo Capanema, construído para abrigar o Ministério da Educação e Cultura, quando o Rio ainda era capital do país, entregue em 1947.

Segundo Sá Leitão, a obra está sendo feita em etapas e a previsão de entrega é 2019, com um investimento federal superior a R$ 70 milhões. O prédio foi um dos primeiros projetos dos então jovens arquitetos Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, entre outros, sob consultoria do arquiteto suíço Le Corbusier.

(Fonte: Agência Brasil)

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O Global Teacher Prize, principal premiação voltada ao reconhecimento de trabalhos realizados por professores em todo o mundo, está com as inscrições abertas. O prêmio, considerado o Nobel da Educação, oferece US$ 1 milhão ao vencedor. Professores podem se inscrever ou serem indicados até o dia 9 de setembro, no “site” www.globalteacherprize.org.

O prêmio é aberto a professores do ensino fundamental e médio, inclusive de cursos “on-line”. Os candidatos deverão, obrigatoriamente, cumprir carga horária mínima de 10 horas semanais e planejar se manter na profissão pelos próximos cinco anos.

No caso da indicação por terceiros, a pessoa deverá escrever uma breve explicação “on-line” com o motivo da recomendação. O professor indicado irá receber um “e-mail” sobre sua indicação acompanhado de um convite para a inscrição.

O Global Teacher Prize está na quinta edição e é organizado pela instituição de caridade Varkey Foundation, com o objetivo de valorizar boas práticas de educação, assim como promover a troca de ideias entre profissionais da área de pedagogia do mundo inteiro.

Em dezembro, serão anunciados 50 pré-selecionados e, em fevereiro de 2019, os dez finalistas. Eles serão levados a Dubai para a cerimônia de premiação no Global Education and Skills Forum, em março de 2019, onde o vencedor será anunciado durante o evento.

Finalistas brasileiros

Professores brasileiros já foram destaque no prêmio. Diego Mahfouz Faria Lima, diretor da escola municipal Darcy Ribeiro, em São José do Rio Preto, São Paulo, esteve entre os dez finalistas em 2018, tendo sido selecionado entre mais de 30 mil inscritos de 173 países. Rubens Ferronato, professor de matemática voluntário da escola Dom Pedro 2º, de Curitiba (PR), especialista no ensino de cegos e pessoas de visão reduzida, foi pré-selecionado no mesmo ano.

Wemerson da Silva Nogueira, professor de ciências na escola Antônio dos Santos Neves, Boa Esperança (ES), foi um dos dez finalistas em 2017, e Valter Pereira de Menezes, professor de ciências da escola Luiz Gonzaga, Parintins (AM), foi pré-selecionado. Marcio de Andrade Batista, professor da Universidade Federal do Mato Grosso, foi um dos pré-selecionados em 2016.

(Fonte: Agência Brasil)

Estudantes indígenas e quilombolas matriculados em cursos de graduação em instituições federais podem solicitar, a partir de hoje (18), a inclusão no Programa Bolsa-Permanência (PBP). Os candidatos devem fazer as inscrições pela página do Sistema de Gestão da Bolsa-Permanência (SISBP) na “internet”.
Ao todo, serão ofertadas 2,5 mil novas vagas no segundo semestre deste ano. As inscrições poderão ser feitas até o dia 31 de agosto. O valor da bolsa é de R$ 900. O recurso é pago diretamente ao estudante por meio de um cartão de benefício.

O Programa de Bolsa-Permanência é um auxílio financeiro pago para estudantes de instituições federais de ensino superior em situação de vulnerabilidade socioeconômica e para indígenas e quilombolas.

Para ter direito ao benefício, o aluno deve possuir uma renda familiar “per capita” de, no máximo, um salário mínimo e meio, não ultrapassar dois semestres do tempo regulamentar do curso de graduação em que estiver matriculado para se diplomar, ter assinado termo de compromisso e ter seu cadastro devidamente aprovado e mensalmente homologado pela instituição federal de ensino superior que faz parte.

(Fonte: Agência Brasil)

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O Ministério da Educação (MEC) liberou o resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Nesta edição, o programa oferece 57.271 vagas em 68 instituições públicas de ensino superior em todo o país. O resultado pode ser consultado na página do programa na internet.

Os estudantes selecionados deverão fazer a matrícula nas instituições de ensino entre 22 e 28 de junho. Aqueles que não foram selecionados poderão participar da lista de espera que estará aberta de 22 a 27 de junho. A convocação dos candidatos em lista de espera será de 3 de julho a 21 de agosto.

As vagas foram oferecidas em oito instituições públicas estaduais, uma faculdade pública municipal e 59 instituições públicas federais, com dois centros de Educação Tecnológica, 27 institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia e 30 universidades.

(Fonte: Agência Brasil)

Dentre os problemas gerados à natureza e à economia, podemos citar a competição com outras espécies, que pode causar prejuízos na pesca, e a floração de microalgas (popularmente conhecida como maré vermelha)”.

O fragmento reproduzido acima foi extraído de texto de divulgação científica relativo à invasão da costa brasileira por espécies marinhas exóticas.

Do ponto de vista gramatical, o que suscita o comentário de hoje é o emprego da palavra “dentre”, contração das preposições “de” e “entre”. O termo significa o mesmo que a locução “do meio de”. Assim: “Dentre a multidão, saiu em disparada uma criança”, ou seja, “Do meio da multidão, saiu em disparada uma criança”.

O dicionário “Aurélio” adverte o leitor de que não deve confundir “dentre” com “entre”. No trecho selecionado, a ideia do redator era dizer que a competição com outras espécies é um dos problemas existentes, isto é, está entre os problemas ocasionados pela invasão das chamadas “espécies marinhas exóticas”.

Estudiosos partidários da tradição gramatical tendem a substituir o verbo “gerar” por “causar”, “ocasionar”, ou “provocar”, por exemplo, partindo do fato de que, na origem, esse verbo quer dizer “propagar pela geração” (“gerar filhos”, por exemplo).

Na reformulação do texto proposta neste espaço, foi corrigido o emprego da preposição (“dentre” por “entre”) e sugerida, a título de ilustração, a substituição do verbo “gerar”.

Entre os problemas ocasionados à natureza e à economia, podemos citar a competição com outras espécies, que pode causar prejuízos na pesca, e a floração de microalgas (popularmente conhecida como maré vermelha).

Acrescentando...
Redação forense e elementos da gramática – Eduardo de Moraes Sabbag
Entre as x Dentre as
O termo “dentre” é bastante “atrevido”. Aparece com constância, sem “pedir licença”, poluindo os textos falados e escritos. Na verdade, “dentre” tem uso bem limitado, significando “do meio de”. Exemplos:
O animal saiu dentre duas árvores (=de entre duas árvores).
Os pássaros começaram a voar dentre os arbustos (=de entre os arbustos).

Nas formas restantes, e bem mais corriqueiras, utilize o “entre”. Portanto:
Entre os reféns, estava uma criança.
Entre os ensinamentos assimilados, está o de que devemos amar o próximo.
Entre as exceções, há uma que se destaca.

Manual de Redação e Estilo – jornal O Estado de S.Paulo
Dentre
Use dentre apenas quando puder substituí-lo por do “meio de”: Ressurgiu dentre os mortos. / Dentre todos, ele saiu vencedor. / Tirou uma dentre as cinco moças para dançar. / Era o cientista que, dentre todos os homens, sobrevivera milagrosamente. Nos demais casos, o correto é entre.

Dicionário de dificuldades da língua portuguesa – Domingos Paschoal Cegalla
Dentre
Contração das preposições de e entre. Equivale a do meio de.
1. Em geral, usa-se com verbos que indicam movimento, regidos de prep. de, como sair, surgir, retirar, etc.: Dentre as pedras, saíam formigas apressadas. / Cristo ressurgiu dentre os mortos. / Retirou uma carta dentre velhos papéis. / O rio rompia impetuoso dentre os morros.

2. Emprega-se também nas expressões dentre nós, dentre vocês, dentre vós: Alguns dentre nós se opõem ao projeto. / “Quanto dentre vós estudam conscienciosamente o passado?” (José de Alencar)

Em bons escritores, ocorre frequentemente dentre em vez de entre (no meio de), como neste passo de Eça de Queirós: “... não compreendendo dentre todos os rumores do Universo senão o rumor das saias de Elvira”. (Correspondência de Fradique Mendes, p. 6) O mesmo fato ocorre em Na volta da esquina p. 74, de Mário Quintana: “Dentre todo esse variado povo natatório, os golfinhos são os aqualoucos do mar”.

Manual de Redação e Estilo – Fundação Assis Chateaubriand (por Dad Squarisi)
Entre / dentre
Dentre é combinação* das preposições de e entre. Use-a só quando puder substituí-la por no meio de: O macaco saiu dentre duas árvores. Cristo ressurgiu dentre os mortos. Afora esse emprego, use a preposição entre

* Nota do "Blog": consideramos contração.

Corrija-se! de A a Z – Luiz Antonio Sacconi
Dentre que é exatamente?
Dentre é contração de duas preposições: de e entre. Usa-se para destacar, num universo, um elemento, uma classe, um grupo, equivalendo, grosso modo, a do meio de.: Dentre todas as mulheres, Maria foi escolhida por Deus. Dentre os pentacampeões de futebol, o mais aplaudido foi o goleiro. Dentre os destaques dos atletas que foram às Olimpíadas, está uma garotinha de dez anos.

Michecilis Português Fácil: Tira-dúvidas de português – Douglas Tufano
dentre, entre
A palavra dentre significa “do meio de” e só nesse sentido deve ser usada: O professor vai escolher um representante da classe dentre todos esses alunos / Dentre esses jogadores, nenhum se destaca. Nos outros casos, use entre: Entre nós, não há segredos / A encomenda deve chegar entre hoje e amanhã.

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Gina Vieira Ponte tinha 8 anos quando decidiu o que queria ser quando crescesse: professora. Foi pelo cuidado e atenção dados a ela, criança negra vítima de racismo na escola, pela professora Creusa Pereira, que Gina decidiu: queria também dar atenção e, quem sabe mudar a vida de crianças e adolescentes. Hoje, professora premiada e reconhecida em todo o país, ela faz parte de uma categoria profissional cada vez menor. Relatório divulgado esta semana pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostra que a porcentagem de estudantes que querem ser professores passou de 5,5% em 2006 para 4,2% em 2015.

O relatório Políticas Eficazes para Professores é baseado nas respostas de estudantes de 15 anos no questionário do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), avaliação da qual participaram 70 países. No Brasil, de acordo com o questionário do último Pisa, em 2015, a porcentagem dos que esperam ser professores é ainda menor que a média dos países da OCDE, 2,4%. Os números excluem aqueles que querem ser professores universitários e considera apenas os que desejam ser mestres em escolas do ensino básico e médio.

“Vivemos em um país que representações sobre o que é ser professor são muito ruins. É muito recorrente que se replique casos de professores agredidos, de enfrentamento com alunos, com pais. Tem greve de professores, que precisam organizar-se para garantir melhores salários. O aluno, dentro da escola, percebe o quão desafiador é para o professor realizar o trabalho dele”, diz Gina.

Após atuar como professora por 27 anos em escolas públicas, Gina hoje trabalha com formação de professores no Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação, da Secretaria de Educação do Distrito Federal. A educadora ganhou diversos prêmios pelo projeto Mulheres Inspiradoras, que busca incentivar a leitura de obras literárias escritas por mulheres e sobre mulheres.

Segundo Gina, o que a move é o contato com crianças e adolescentes. “Aprendo muito, me sinto renovada”, diz. Mas, com muitos professores, também passou por momentos difíceis e precisou reduzir o tempo em sala de aula. “Adoeci porque vi que os estudantes não se engajavam. Temos um modelo educacional esgotado, que não dialoga com a especificidade de uma geração de nativos digitais”.

Como formadora de professores, ela busca sempre levar o questionamento: "O que estou fazendo faz sentido? O que estou propondo gera engajamento, envolvimento?"

Carreira não atrai os melhores

O relatório mostra ainda que os estudantes que escolhem ser mestres têm, em geral médias menores no Pisa que os estudantes que escolhem outras carreiras formais como cientistas, engenheiros, profissionais da saúde, cientistas sociais, entre outras.

Segundo a OCDE, a diferença é maior entre países com pior desempenho no Pisa. O Brasil está entre eles. Dentre os 70 países, ficou 63ª posição em ciências; a 59ª posição em leitura e a 65ª posição em matemática - competências avaliadas no Pisa.

Enquanto os estudantes que querem ser professores no Brasil tiraram, em média, 354 pontos em matemática e 382 em leitura, aqueles que querem seguir outras profissões formais ficaram, em média, com 390 em matemática e 427 em leitura. De acordo com os critérios da OCDE, de 30 a 40 pontos no Pisa equivalem a um ano de estudos. Isso significa que os estudantes que querem ser professores estão cerca de um ano atrás dos demais.

Segundo o diretor do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), Ernesto Martins Faria, o que mostra a atratividade da carreira docente é "se os melhores alunos querem ser professores, se consegue atrair os alunos de alto índice de proficiência. Se um aluno que pode entrar em qualquer faculdade, diz que espera ser professor, então isso significa que deve haver valorização da sociedade por essa carreira", ressalta. "O Brasil precisa pensar em como tornar a carreira docente mais atrativa. Ter mecanismos de atração sem desvalorizar os professores que já estão atuando", acrescenta.

O problema não está restrito ao Brasil. As maiores diferenças de desempenho em matemática foram observadas na Bulgária, Geórgia, em Israel, na Letônia, no Líbano, Peru, em Portugal, na Turquia, nos Emirados Árabes Unidos e no Uruguai. Nesses países, os estudantes que querem ser professores tiraram pelo menos 40 pontos a menos que os demais que desejam seguir carreiras formais.

Na outra ponta, no Japão e na Coreia do Sul, estudantes que querem ser professores tiveram desempenho melhor em matemática que os demais e não houve diferença significativa entre os grupos em leitura. Na Áustria e na Eslovênia, estudantes que querem ser professores tiveram melhor desempenho em leitura e não houve diferença significativa em matemática.

Professores desvalorizados

O relatório da OCDE mostra, também, que o salário é uma das principais causas que levam os estudantes a não se interessar pela carreira de professor. “Em países onde os salários dos professores são mais altos, estudantes de 15 anos tendem a desejar mais seguir a profissão. O mesmo ocorre em países onde os professores acreditam que a profissão é valorizada pela sociedade”, diz o texto.

Em média, entre os países da OCDE, o salário dos professores dos anos iniciais do ensino fundamental, do 1º ao 5º ano, com formação superior, é o equivalente a 81% dos salários de outros profissionais com o mesmo nível de formação. Entre os professores do 6º ao 9º ano, o salário equivale a 85% e, entre os do ensino médio, a 89%, dos salários das demais carreiras.

No Brasil, professores de escolas públicas ganham, em média, 74,8% do que ganham profissionais assalariados de outras áreas, ou seja, cerca de 25% a menos, de acordo com o relatório do 2º Ciclo de Monitoramento das Metas do Plano Nacional de Educação (PNE), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Essa porcentagem era, em 2012, 65,2%.

“Acho que é consenso de todos os lados, de todos os campos políticos, que política educacional é caminho para o desenvolvimento do país”, diz o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo. “A educação muda a vida da pessoa e, para ter educação de qualidade, tem que ter pessoas animadas com autoestima elevada, com alegria e disposição para fazer o trabalho no dia a dia”.

A OCDE recomenda que os governantes “considerem melhorias nas condições de trabalho dos professores para tornar a carreira mais atrativa para os melhores estudantes. Ao mesmo tempo, poderiam aumentar o nível de autonomia e responsabilidade, as oportunidades de crescimento intelectual e possibilidades de progressão de carreira que agradem os professores”.

(Fonte: Agência Brasil)