Aline de Lima, cantora e compositora caxiense, já se apresentou na Alemanha, Argélia, Brasil, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Luxemburgo, Marrocos, Noruega, República Tcheca, Suíça, entre outros países.
Aline de Lima completou 47 anos nessa quinta-feira, 23 de outubro de 2025.
Ela nasceu em Caxias em 23 de outubro de 1978. Aos 18 anos, quis estudar Design e foi para a Suécia, mais precisamente para capital do país, Estocolmo, cidade de pouco mais de 800 mil habitantes, cuja história remonta aos anos 1200. Aline, que já conhecia a Veneza de Caxias, no norte do Maranhão, foi para a capital sueca, cidade sobre ilhas, chamada de “Veneza do Norte”.
Ficou três anos na Suécia. Queria ser cantora. Fazer “design” com a voz. Desenhar tons e semitons... musicais. Assim, trocando a paleta pela partitura, mudou-se para a França, fixando moradia em Paris. Cantou em bares, em lares e em outros ares parisienses. Com uma série de composições que fez, encantou olhares, ouvires, pensares. Pronto! Garantiu-se o primeiro contrato profissional, com a gravadora/editora Naïve.
E como a repetir que a boa filha sai da cidade mas a cidade não sai dela, Aline de Lima, já em seu primeiro disco, o CD “Arrebol”, de 2006, faz homenagem a um conterrâneo, igualmente maranhense, talqualmente caxiense – Gonçalves Dias, cuja “Canção do Exílio” é citada/declamada na composição ricamente e teluricamente intitulada “Terra”. Era o primeiro CD, que saía não apenas com a marca da beleza regional mas também com o marco do talento internacional: a participação de profissionais de renome, como o compositor e violoncelista norte-americano Erik Friedlander, o baterista brasileiro Paulo Braga (que trabalhou com Elis Regina, Ivan Lins, Mílton Nascimento e Tom Jobim) e o guitarrista norte-americano Marc Ribot, além do norte-americano Arto Lindsay, cantor, compositor e produtor, já que assinou trabalhos (álbuns) para diversos artistas brasileiros, entre os quais Caetano Veloso, Carlinhos Brown, Gal Costa, Marisa Monte e Tom Zé). O CD foi produzido pelo nortista-amazonense Vinicius Cantuária, ex-integrante do conjunto “O Terço” e respeitado músico brasileiro.
A presença mundial em seus trabalhos se amplia. Já no segundo CD, de 2008, tão brasileiramente, tão nortistamente chamado “Açaí”, tem a participação do arranjador, compositor e músico japonês Jun Miyake e uma música em sueco, além de, desta vez, fazer ponte com Portugal e citar, em sua música “Adeus, solidão”, o poema “Horizontes”, de Fernando Pessoa.
Seu terceiro CD foi “Marítima”, lançado em 2011. O trabalho de Aline de Lima, seja o que canta, seja o que toca, seja o que compõe, é ressaltado por críticos na França e no Canadá. O prestigioso jornal “Le Monde” deu-lhe destaque. Em entrevista a esse diário francês, Aline disse que a receita para seu trabalho é dirigi-lo “como um pintor” faz/faria. Para quem tinha vocação para o desenho, ela sabe muito bem o que está dizendo – e fazendo.
Observando e absorvendo, inspirando-se e expirando, transudando, transpirando e transparecendo brasilidades, maranhensidades e caxiensidades, Aline de Lima junta à sua beleza pessoal-vocal-musical o ritmo, o jeito, o dengo, as sonoridades em “B” maior de nossa Bossa, de nosso Batuque, de nosso Baião, do nosso samBa, e nisso ela é BamBa.
Com o tema “Bora se ver no Cinema”, a 5ª edição do Festival Mate com Angu de Cinema começou nessa quinta-feira (23), na cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O evento promovido pelo Cineclube Mate com Angu busca fortalecer a produção audiovisual local e democratizar o acesso à sétima arte.
O festival ocorre em espaços públicos de valorização cultural, como o Gomeia Galpão Criativo e o Casarão da Cultura, além de ter na programação uma sessão ao ar livre na Praça da Estação de Trem de Imbariê. A programação é gratuita e vai até 1º de novembro.
Para além da mostra de filmes de longa-metragem nacionais, estão inclusas competições de curtas-metragens, oficinas, debates e aulas abertas.
Uma das realizadoras do evento, Luisa Pitanga conta que o coletivo recebeu a inscrição de mais de 600 curtas e que ficou impressionada com a qualidade das produções que vieram de várias partes do país.
“A gente percebeu que muitos desses filmes só foram realizados por conta da Lei Paulo Gustavo. E ficou muito claro para a gente que, realmente, a política pública de audiovisual, essa territorialização, faz diferença, sim”.
Luiza Pitanga se refere à Lei Complementar nº 195/2022, batizada de Lei Paulo Gustavo, que destina cerca de R$3,862 bilhões para a execução de ações e projetos culturais em todo o território nacional.
Baixada na tela
A mostra abre com a estreia do documentário Amuleto, primeiro longa-metragem do Cineclube Mate com Angu. O projeto explora a história da produção do filme O amuleto de Ogum (1974), dirigido por Nelson Pereira dos Santos.
As histórias se passam em Duque de Caxias, local de origem do coletivo que atua desde 2002 e já produziu mais de 30 curtas e 100 oficinas voltadas ao audiovisual, com foco em produções locais.
Para Igor Barreira, membro do coletivo, o objetivo é descentralizar os cinemas de locais como shoppings e promover uma nova perspectiva sobre produções independentes. “Um Festival acolhedor e divertido, mas também crítico e provocador, como o cinema e arte devem ser", afirma.
O projeto é uma parceria entre o Cineclube Mate com Angu e a Circular Filmes, apresentado pelo Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Política Nacional Aldir Blanc..
Chega ao público, nesta quinta-feira (23), o documentário Herzog – O Crime que Abalou a Ditadura, que reconstitui o assassinato do jornalista Vladimir Herzog, que completa 50 anos no próximo sábado (25). Produzido pelo Instituto Conhecimento Liberta (ICL), o longa-metragem conta a trajetória do jornalista, professor e cineasta, que foi torturado e assassinado por agentes da ditadura militar. O filme traz depoimentos de amigos, colegas de redação e pessoas da família e estará disponível no canal do ICL no YouTube às 19h.
Para os produtores do filme, os relatos ajudam a entender por que a morte de Herzog causou comoção nacional e se transformou em marco na luta pela democracia no Brasil.
“A grande preocupação que a gente tinha era fazer isso de uma forma que criasse um interesse novo pela história, que já foi contada muitas vezes. A gente queria trazer um elemento novo”, comentou, em entrevista à Agência Brasil, o diretor e roteirista do filme, o jornalista e documentarista, Antônio Farinaci, cujo trabalho se destaca pela investigação de temas históricos, sociais e culturais.
Uma das vítimas da repressão, Vladimir Herzog nasceu na antiga Iugoslávia e, fugindo do nazismo, veio para o Brasil com a família quando ainda era criança. Sua morte foi informada pelos agentes da ditadura como suicídio, e essa farsa contribuiu para que o caso se tornasse um símbolo da resistência e da luta pela liberdade de imprensa.
A diretora executiva de conteúdo do Instituto Conhecimento Liberta, Márcia Cunha, disse que a história do jornalista vem sendo contada com diversos recortes em vários trabalhos, mas, nesta produção, a escolha foi mostrar um recorte muito específico, que foi o crime em si, desde uma semana antes até uma semana depois, contando porque ele foi morto, o que ocorreu com ele e as consequências do que aconteceu com o jornalista, com o país e com a história brasileira.
“Nesses 50 anos, têm muita coisa acontecendo, porque foi um marco histórico muito grande. A gente escolheu especificamente esse recorte do crime, exatamente para mostrar como a ditadura agia, o que era capaz de fazer e, inclusive, utilizando alguns comportamentos e estratégias que são repetidas até hoje. Por exemplo, eles tinham uma espécie de gabinete do ódio em que jornalistas de direita pregavam contra o Vlado e os jornalistas da TV Cultura. Chamavam a TV Cultura de VietCultura, porque fez uma matéria sobre o Vietnan, então, era comunista. Era a mesma coisa do que a gente vê hoje”, afirmou, lembrando de fatos recentes ocorridos no Brasil, com o reaparecimento de grupos defendendo o regime militar.
Entre os depoimentos que auxiliaram a reconstituição na produção audiovisual, estão os dos jornalistas Dilea Frate, Paulo Markun, Rose Nogueira e Sérgio Gomes; do filho de Vlado, Ivo Herzog; e do diretor e produtor de cinema e televisão, roteirista e escritor brasileiro, João Batista de Andrade.
Márcia Cunha revelou que a produção enfrentou dificuldades com a falta de imagens, porque não existem acervos da época com o o jornalista trabalhando, a prisão e outros momentos da sua trajetória. Além disso, mesmo nos depoimentos, havia barreiras. Como é um crime que ocorreu há 50 anos, a maioria das pessoas que foi testemunha já morreu ou está muito idosa. Na reconstituição da história, a dificuldade foi usada como uma vantagem e fazer o documentário chegar mais perto das novas gerações do país.
“Para recriar situações que ele viveu, como os agentes da repressão chegando na TV Cultura, querendo levá-lo preso, o que os companheiros de cela viram, os detalhes dos gritos que ouviam, o que eles falavam, a gente recriou essas situações com storyboards, para ficar como histórias em quadrinhos. Os nossos recursos de arte foram para tentar criar, em imagem de quadrinhos, o que aconteceu, porque a gente acredita também que vai facilitar que as novas gerações se interessem pelo tema e compreendam a dimensão do que aconteceu”, relatou.
Memória em quadrinhos
“A gente optou por esta narrativa de recriar essa situação dramática de tensão, do enterro, da abordagem, da prisão e da tortura com essa linguagem de quadrinhos e entremeou isso com os depoimentos dos colegas dele de cela que estão vivos, dos amigos e com relatos de pessoas que já morreram, como Dom Paulo [Evaristo Arns]. A gente fez esse mix de filmes antigos, relatos atuais e, a partir dos relatos, a gente reconstituiu essa violência toda e esse drama que o Herzog viveu”, completou.
Os desenhos dos quadrinhos foram feitos pela artista ativista Paula Villar. Para a realização, o diretor passava as histórias de cada situação, para que ela pudesse elaborar a arte.
“A gente fez uma recriação das coisas que não tínhamos em imagem, porque muitas aconteceram nos porões da ditadura e em lugares que não tinham permissão para entrar. Aconteciam nos porões do DOI-Codi [Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna, órgão que praticou violações contra opositores da ditadura]. Não têm registros de imagem, iconografia disso e muitas não tinham iconografia porque não tinha ninguém fazendo foto, não tinha ninguém fazendo filmagens. A Paula fez uma interpretação desses episódios, mas tudo baseado em depoimentos e naquilo que a gente tem de iconografia disponível”, revelou o diretor.
Como é uma história que ainda tem testemunhas e colegas de trabalho de Herzog, o diretor e roteirista do filme disse que criou o roteiro em cima dos depoimentos.
“A gente fez tudo muito respeitoso e fiel com os depoimentos, que a gente conseguiu colher das pessoas que estavam lá e foram testemunhas em primeira mão dessa história. Não é alguém contando uma história que ouviu falar. São pessoas que viveram e estiveram presas com ele no DOI-Codi. É uma história muito contundente”, apontou.
“São pessoas que trabalharam, foram companheiras do Herzog e, algumas delas, estiveram presas no mesmo lugar. Alguns são depoimentos aterrorizantes, porque ouviram ele ser torturado na cela ao lado. É muito chocante o testemunho que elas têm a dar. Era importante que o documentário tivesse essa preocupação de trazer o que foi o terror dessa época, para que não tenha esse engano que a gente vive hoje em dia, de pessoas pedirem intervenção militar e a volta do que foi o regime militar”, acrescentou Farinaci.
Abalo na ditadura
A diretora do ICL lembra que o crime teve impacto tão grande na época que deixou evidente a divisão que havia no regime militar a respeito da continuidade da ditadura. Por isso, o nome do documentário: Herzog – O Crime que Abalou a Ditadura.
“O crime foi tão violento e teve uma repercussão tão grande, que as duas linhas, a da abertura, com Geisel [ex-presidente general Ernesto Geisel] e Golbery [ex-chefe da casa civil general Golbery do Couto e Silva], e a linha dura do exército estavam já se estranhando com ideias diferentes. O Geisel e o Golbery queriam a abertura, e a linha dura, não. Esse crime ajudou que a linha que queria a abertura vencesse. Esse crime teve um impacto muito grande para o fim da ditadura no Brasil”, disse.
Márcia Cunha acrescenta ainda mais uma parte da história de Herzog que precisa ficar na memória do país: os agentes foram até a TV Cultura, em São Paulo, onde o jornalista trabalhava, para fazer a prisão dele, mas Herzog argumentou que precisava botar o telejornal no ar e não poderia ir com eles. Ele se comprometeu a se apresentar no prédio do DOI-Codi, órgão de repressão e inteligência e do Exército. Lá foi preso, torturado e morto.
“Ele foi lá, se apresentou e, no mesmo dia, foi morto. Nunca mais saiu. Foi se apresentar espontaneamente. Ele foi torturado barbaramente, e o corpo dele não resistiu. A gente conta no DOC que, na semana que antecedeu a prisão e o crime, já tinham sido presos 11 jornalistas. Estava tendo uma caça aos jornalistas”, disse.
Outra memória da trajetória de Herzog abordada no filme é a foto em que aparece enforcado para reforçar a narrativa de que ele se suicidou.
“A gente quis contar a violência, o modus operandi, a desfaçatez, porque eles contavam com a impunidade a ponto de a foto com ele pendurado ter sido tirada por um perito da polícia técnica. Ele está enforcado com o pé e o joelho quase encostado no chão. A foto já era denúncia da fraude, da farsa.
Podcast
Márcia Cunha destacou que, junto ao documentário, o ICL lança o podcast Caso Herzog – A foto e a farsa, que conta como ela foi feita, o que também é mostrado no filme.
“O fotógrafo vai até o DOI-Codi. Ele era um menino recém-formado, que estava entrando na polícia técnica, e foi fazer a foto. Ele tinha 22 anos e tirou a foto que, no fim, foi um dos principais fatores [para desvendar o crime], além da luta da Clarice Herzog, de muita briga na Justiça, muitas provas e testemunhos”, analisou, concluindo que, também neste caso, é importante passar a história para os mais jovens. O episódio estará disponível no canal do ICL no YouTube e em todas as plataformas de áudio.
“Quando se falou que ele se suicidou, ninguém acreditou, porque não era o perfil dele. Não estava com nenhum problema, estava bem, assumindo a direção do canal. Aí, pediram uma autópsia, que foi feita pelo Harry Shibata, o legista da ditadura, e insistiu na versão do suicídio. Depois, ficou provado que não. Foi depois da luta de uma vida da Clarice Herzog para provar que foi montado e que a ditadura militar era responsável pela morte do Vlado”, indicou.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizou, nesta quinta-feira (23), o Cartão de Confirmação de Inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025. Nele, é possível consultar informações como o local de prova, número de inscrição e hora das provas.
Para acessar o cartão e saber o local onde fará a prova, o estudante deve acessar a Página do Participante, no site do Inep.
No cartão de confirmação é possível também registrar que o inscrito terá direito a atendimento especializado ou tratamento pelo nome social, se for o caso.
As provas serão aplicadas em 9 e 16 de novembro, em todo o país. A exceção está em Ananindeua e Marituba (PA), municípios onde o exame será aplicado em 30 de novembro e 7 de dezembro. Nessas cidades, o Cartão de Confirmação de Inscrição será disponibilizado posteriormente na Página do Participante.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a redefinição de data nesses dois locais ocorre devido à realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em Belém no período da aplicação regular do exame.
O Enem
O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, tornou-se a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).
Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Os resultados individuais do Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitar as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.
O festival Mulheres do Mundo – WOW – retorna para sua terceira edição no Rio de Janeiro entre os dias 24 e 26 próximos. O evento será no Complexo da Maré.
Cerca de 150 mulheres convidadas vão se dividir entre rodas de debate, shows, feiras de empreendedorismo e competições esportivas para discutir temas voltados à igualdade de gênero, justiça reprodutiva e questões climáticas.
A iniciativa conta com a presença confirmada de nomes do ativismo político e cultural como a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, as escritoras Conceição Evaristo e Sueli Carneiro, a pajé Japira Pataxó, a ex-ministra da Justiça francesa Christiane Taubira.
Os shows terão Fat Family, Fafá de Belém, Priscila Senna, MC Luanna, Kaê Guajajara e a cantora LGBTQIAP+ BIAB. Os ingressos para o festival estão disponíveis no site oficial do WOW. As apresentações, como todas atrações do festival, são gratuitas.
Cidade sem fronteiras
O Festival Mulheres do Mundo foi criado em 2010 pela diretora e produtora britânica Jude Kelly. Nos últimos 15 anos, passou por 23 países em seis continentes, envolvendo mais de cinco milhões de pessoas em ações que elevam a potência feminina e pensam o futuro.
O Rio de Janeiro, que recebeu as edições de 2018 e 2023, ainda é a única cidade da América Latina a sediar o festival, realizado ambas as vezes na praça Mauá, no centro da cidade. Pela primeira vez, o Mulheres do Mundo acontece nas comunidades.
A promoção é liderada pela Organização Não Governamental (ONG) Redes da Maré, que atua desde 2007 na garantia de direitos e ações voltadas para a população de mais de 140 mil pessoas que residem entre as 15 favelas do Complexo da Maré.
“Realizar um festival do porte do WOW num território de favela é afirmar a importância de olhar para a cidade de uma forma igualitária, se apropriando dos espaços sem barreiras ou fronteiras”, afirma Eliana Sousa Silva, diretora fundadora da Redes da Maré, diretora geral e curadora do Festival Mulheres do Mundo no Brasil.
As inscrições para o processo seletivo das vagas remanescentes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), referentes ao segundo semestre de 2025, começam nesta quinta-feira (23). Os interessados deverão se inscrever exclusivamente pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, do Ministério da Educação (MEC).
O prazo vai até as 23h59 do dia 30 de outubro, no horário de Brasília. O edital com as regras foi publicado pelo MEC no último dia 15.
O resultado será divulgado no dia 4 de novembro. Nos dias 5 e 6 de novembro, os pré-selecionados deverão validar as informações na própria instituição de ensino superior para a qual se candidataram.
O Fies tem chamada única e lista de esperam. Os estudantes que não forem pré-selecionados estarão automaticamente na lista de espera para preenchimento das vagas não ocupadas, observada a ordem de classificação. A pré-seleção da lista de espera ocorrerá de 13 a 28 de novembro.
Critérios
Com o objetivo de promover a inclusão educacional, o programa federal financia, desde 2001, a graduação em instituições de educação superior privadas com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Neste ano, o MEC oferece 112.168 vagas para o Fies, sendo 67.301 no primeiro semestre e 44.867 na segunda metade do ano.
Os candidatos em obter o financiamento estudantil devem atender aos seguintes requisitos:
ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir da edição de 2010;
ter conquistado média aritmética das notas, nas cinco provas do exame, igual ou superior a 450 pontos e não ter zerado a prova de redação;
não ter participado no referido exame como treineiro;
ter renda bruta familiar mensal por pessoa de até três salários mínimos (R$ 4.554, em 2025).
O edital do processo seletivo reserva 50% das vagas para o Fies Social, lançado em 2024. Para concorrer, os candidatos devem ter inscrição ativa no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) e renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo ─ R$ 759.
A nova modalidade lançada pelo MEC permite financiamento de até 100% dos encargos educacionais cobrados pela instituição de ensino superior, além de reservar cotas para pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência.
A classificação no processo seletivo do Fies será feita de acordo com a ordem decrescente das notas obtidas pelos candidatos no Enem, por tipo de vaga, grupo de preferência e modalidade de concorrência.
A ordem de prioridades privilegia os candidatos que não concluíram o ensino superior e/ou não foram beneficiados pelo financiamento estudantil.
É vedada a concessão de novo financiamento do Fies a candidatos que não tenham quitado o financiamento anterior pelo Fies ou pelo Programa de Crédito Educacional ou que se encontrem em período de utilização do financiamento.
Os candidatos que realizaram o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) têm até o dia 27 de outubro para apresentar recursos sobre a prova aplicada no último domingo (19). O gabarito preliminar foi divulgado, nesta quarta-feira (22), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A primeira edição do Enamed teve 96 mil inscritos e servirá para avaliar a formação médica no Brasil. A ser realizado anualmente, ele unifica as matrizes de referência e os instrumentos de avaliação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) para os cursos de medicina e da prova objetiva de acesso direto do Exame Nacional de Residência (Enare).
O resultado individual poderá ser usado como etapa de seleção para programas de residência médica e o desempenho dos candidatos servirá para orientar políticas públicas voltadas à formação médica.
O exame é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC), conduzida pelo Inep em colaboração com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Para ajudar os adolescentes a navegar com mais segurança na internet, o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), lançou, nessa terça-feira (21), o guia Internet com Responsa Só para Adolescentes: Proteção no Uso da Internet.
O guia foi produzido após conversas com adolescentes de todas as regiões do Brasil e foi apresentado na tarde de ontem (21) durante o 10º Simpósio de Crianças e Adolescentes na Internet, que termina hoje (22), na capital paulista.
O material está disponível gratuitamente na internet e fornece dicas para incentivar os jovens a navegarem de forma segura, crítica e equilibrada no ambiente on-line, tratando de assuntos importantes como privacidade, desinformação, saúde mental, inteligência artificial e cyberbullying.
“Esse é um projeto que representa para a gente esse avanço na conscientização e na proteção de adolescentes no ambiente digital e, também, uma ferramenta muito poderosa para educar, orientar e ponderar os próprios adolescentes para esse uso seguro responsável das tecnologias”, disse Mariana Venâncio, advogada do NIC.br.
Para a elaboração da cartilha, foram feitas escutas com crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos, explicou a diretora de Projetos da Rede Conhecimento Social, Harika Merisse Maia. “Foi muita coragem do NIC.br de se abrir para crianças e adolescentes falarem”, disse ela, durante o evento. “Geralmente fazemos poucas perguntas para as crianças. Mas foi muito legal escutá-las e trazer isso para o guia”, completou.
Durante essa conversa com as crianças e adolescentes, contou Harika, foi possível perceber dados interessantes como o fato de que meninos e meninas entre 9 e 11 anos costumam usar o celular por meio das contas dos pais para poderem jogar de forma off-line ou para assistirem a vídeos. Já os adolescentes de 12 a 17 anos usam o aparelho para fazerem compras, acessarem as redes sociais e até mesmo para fazerem apostas. “Os jogos são a principal porta de entrada para as redes sociais e para a internet como um todo. E, quando se fala de adolescentes, eles estão muito mais expostos a conteúdos que não são adequados como, por exemplo, jogos de azar”.
Segundo a diretora, durante essa escuta com crianças e adolescentes, os próprios entrevistados apontaram recomendações sobre como fazer o uso seguro da internet.
“Temos uma lista de sete recomendações para garantir um ambiente digital mais seguro para crianças e adolescentes, que vieram deles. Entre essas recomendações, está a definição de um tempo limite para uso da internet. Eles mesmos estão pedindo limite. E isso vem aparecendo em várias pesquisas que temos feito. Eles também não se importam de o pai e de a mãe saberem o que eles estão fazendo. O problema é eles sentirem que a privacidade foi, de alguma forma, ultrapassada”, explicou Harika.
As demais recomendações feitas por esses adolescentes citam a necessidade de acompanhamento e orientação conforme a faixa etária, o estabelecimento de regras de maneira dialogada, exemplos de uso inadequado e suas consequências, a garantia de um espaço seguro para que possam pedir ajuda e orientação e a proposição de mais atividades interativas fora das telas.
O uso de internet por crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos de idade nas escolas caiu em 2025, revelou o estudo Tic Kids On-line Brasil 2025, divulgado hoje (22), em São Paulo. Segundo a pesquisa, a proporção dos usuários dessa faixa etária que acessa a internet nas escolas recuou de 51% no ano passado para 37% este ano.
Para Luísa Adib, coordenadora da pesquisa Tic Kids, uma das explicações para esse recuo pode ser a lei que restringiu o uso de celulares nas escolas, aprovada no início deste ano.
“A gente começou a coleta da pesquisa em março, quando a medida de restrição de celular nas escolas já tinha sido implementada. Então, a gente pode ver uma relação entre a restrição do celular e a queda do acesso à internet na escola”, salientou ela, em entrevista à Agência Brasil.
No entanto, ela aponta outros fatores para essa queda no uso dentro das escolas. “Acho que elas são influenciadas também pelo debate político que está muito centrado e muito forte na agenda de proteção de crianças e adolescentes e o ambiente digital. Porque, por exemplo, já está ocorrendo uma queda [no uso] das redes sociais e o Estatuto da Criança e do Adolescente digital [que dispõe sobre a proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais] ainda não está em vigor. Então, acho que uma parte [dessa queda] pode ser explicada pela regulamentação, como no caso das escolas, que já aconteceu, mas também pelo debate político”, opinou.
Uso estável
O estudo Tic Kids On-line Brasil 2025 - conduzido pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), apontou, ainda, que o número de crianças e adolescentes com acesso à internet se manteve com certa estabilidade em relação aos dois anos anteriores.
Segundo o estudo, 92% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos de todo o país são usuárias de internet no Brasil, pouco abaixo do que a pesquisa apontou no ano passado (93%) e no ano retrasado (95%). Isso significa que quase 24,6 milhões de pessoas nessa faixa etária acessaram a internet nos últimos três meses no Brasil.
Embora haja uma certa estabilidade nesse número, a coordenadora do estudo apontou que houve mudanças nas formas de uso da rede.
“A gente começa a ver uma queda no acesso à internet na escola e uma queda no uso de rede social para as faixas etárias mais novas, retomando a um patamar parecido ao que a gente tinha antes da pandemia”, argumentou.
Segundo o estudo, o celular foi o principal dispositivo de acesso usado pela população de 9 a 17 anos, sendo citado por 96% dos entrevistados, seguido pela televisão (74%), computador (30%) e pelo videogame (16%).
Ainda de acordo com a pesquisa, 84% dos usuários dessa faixa etária fazem esse acesso à internet de suas casas, várias vezes ao dia. Nas escolas, 12% reportaram acesso à internet várias vezes ao dia, 13% uma vez por semana e 9% uma vez ao mês.
Entre as atividades mais desenvolvidas na internet estão o uso para pesquisas escolares (81%), pesquisas sobre temas que interessam (70%), leitura ou vídeos com notícias (48%) e informações sobre saúde (31%).
Cresce total dos que nunca acessam a internet
O número de crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos que afirmam nunca terem acessado a internet também cresceu este ano. Se no ano passado esse público somava 492.393 pessoas, agora em 2025 710.343 pessoas dessa faixa etária revelaram jamais ter acessado a rede.
“A gente já tinha o dado [em outras pesquisas] de que a atividade multimídia era das mais realizadas e que 80% declaravam ter assistido a vídeos. Mas, a gente queria saber que vídeos são esses. Fomos atrás de algumas opções e a que aparece em maior proporção e frequência são os influenciadores”, explicou a coordenadora do estudo. Outro dado da pesquisa é que quase metade (46%) das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos acessam a internet para ver vídeos feitos por influenciadores digitais. E isso ocorre várias vezes ao dia.
“Não perguntamos qual o conteúdo que foi produzido por esse influenciador, mas sabemos que tem o módulo de consumo, com pessoas divulgando produtos, pessoas indo a lojas pela primeira vez, pessoas divulgando jogos de apostas e proporções superiores a 50% para todos esses tipos de conteúdo vinculados. Claro que pode ter um outro tipo de conteúdo divulgado por esses influenciadores digitais que não seja potencialmente danoso, mas a gente sabe que tem uma parte que pode ser”, argumentou Luísa Adib.
Como o uso da internet sempre pode estar associado a riscos, a coordenadora do estudo alerta para que os pais estejam sempre atentos ao acesso feito por seus filhos. “A gente sabe, pela pesquisa, que a mediação ativa é mais eficiente. Então, quando há diálogo e um acompanhamento das práticas que a criança realiza, isso tende a ter resultados mais efetivos”, observou.
Mediação
Também é importante, destacou ela, que as próprias plataformas façam um tipo de mediação sobre isso, o que já está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA Digital. “Mas é importante saber que nenhuma estratégia isolada vai ser efetiva. Então, a partir do momento que esse responsável faz o uso de um recurso técnico [das plataformas], isso vai funcionar se também estiver alinhado a uma mediação ativa, através de um diálogo, de um monitoramento e de um acompanhamento”, avaliou.
A pesquisa ouviu 2.370 crianças e adolescentes de todo o país, com idades entre 9 e 17 anos e 2.370 pais e responsáveis. O estudo foi realizado entre março e setembro deste ano. O Tic Kids On-line Brasil é uma pesquisa feita anualmente desde 2012 e só não foi realizada em 2020 por causa da pandemia de covid-19.
Depois de uma longa e intensa preparação, o Time Maranhão vive a expectativa para a disputa do 29º Campeonato Nacional de Karate Shotokan, um dos eventos mais importantes do calendário da Confederação Brasileira de Karate Shotokan (JKS Brasil), que começa nesta sexta-feira (24) e será realizado até domingo (26), no Ginásio Castelinho, em São Luís. Destaque nacional da modalidade, a seleção maranhense está focada na conquista de títulos e pódios no evento, que reunirá os 400 melhores atletas do país em diversas categorias e definirá classificados para o Campeonato Mundial da modalidade em 2026.
Além dos meses de ajustes físicos e técnicos, o Time Maranhão está com a confiança elevada para a disputa do Campeonato Nacional de Karate Shotokan por causa dos ótimos desempenhos recentes do Estado na modalidade. Em julho, sete atletas maranhenses da Academia Seiryükan integraram a Seleção Brasileira na disputa do Campeonato Pan-Americano, realizado em Vitória (ES), e conquistaram 21 medalhas, sendo oito de ouro, seis de prata e sete de bronze, números que ressaltam a força do Maranhão no Karate Shotokan.
Dono de três medalhas de bronze no Pan-Americano, Vítor Moraes é uma das principais esperanças de medalha do Time Maranhão no Campeonato Nacional de Karate Shotokan. Na competição de Kata por Equipes (17-19 anos) do Pan, Vítor subiu ao pódio com os também maranhenses Daniel Caripunas e Micael Silva, em um trio que está entrosado e determinado a garantir a tão sonhada vaga no Mundial.
"Estamos muito satisfeitos com a preparação para o Campeonato Nacional e confiantes na conquista de muitas medalhas. É uma grande responsabilidade competir em casa e defender um Estado com tradição no Karate Shotokan, mas a expectativa de conquistar grandes resultados é muito boa. Contamos com o apoio da torcida maranhense em busca desses objetivos", destaca o carateca Vítor Moraes.
Em meio às disputas do Campeonato Nacional de Karate Shotokan, outras atividades vão ocorrer em São Luís. Na quinta-feira (23), haverá um exame de faixa a partir das 20h. Já na sexta-feira (24), a programação começa às 8h30, com a realização de uma clínica de arbitragem. Na sequência, está confirmado um Master Camp com instrutores da JKS Brasil. As disputas por medalhas vão ter início às 15h
Maranhão coleciona medalhas no Nacional
Nas últimas duas edições do Campeonato Nacional de Karate Shotokan, o Time Maranhão foi destaque. Em 2023, a equipe maranhense garantiu 33 medalhas no evento e, em 2024, foram 22 medalhas conquistadas. Devido ao grande desempenho dos maranhenses, oito atletas da Academia Seiryükan acabaram sendo convocados para o Mundial de Karate Shotokan, realizado no Japão, no ano passado.
PROGRAMAÇÃO DO CAMPEONATO NACIONAL DE KARATE SHOTOKAN
Quinta-feira (23/10)
20h - Exame de faixa
Sexta-feira (24/10)
8h30 - Clínica de arbitragem
10h - Master Camp
11h30 - Pesagem oficial
15h - Início das competições
19h30 - Abertura oficial
Sábado (25/10)
8h30 - Reinício das competições
12h - Intervalo
13h - Retorno das competições
Domingo (26/10)
- Reserva de contingência, caso a competição não termine no sábado.