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I – O FIM, A PARTIR DO COMEÇO

Como se escreve sobre o fim de uma pessoa?

Do começo.

Do começo do fim.

A morte não é uma ocorrência isolada  –  é uma soma delas.

O caxiense Arthur Almada Lima Filho faleceu neste 27 de outubro, em 2021, em São Luís (MA), onde há dias estava internado no Hospital São Domingos.

Ao longo de sua longa vida, de ricos 92 anos e 10 dias, ele superou momentos difíceis, de traumático acidente automobilístico em Caxias a até ameaças e possibilidade de iminente prisão em (des)razão de um Inquérito Policial-Militar, quando juiz de Direito na capital maranhense.

Logo após sair de visita e almoço em casa de uma grande amiga dele e de sua Família, Arthur Almada sofre uma queda em uma calçada. Era 07 de outubro de 2021, quinta-feira, exatos 20 dias antes de falecer.

No mesmo dia, naquela mesma quinta-feira outubrina, Arthur Almada foi atendido por profissional de saúde, que recomendou São Luís, como centro próximo mais avançado nessa área de atendimento médico especializado, pois acreditava haver lesões na bacia (quadril).

Arthur foi transportado de UTI aérea e, já na capital maranhense, foi realizada uma série de exames, que confirmou fraturas no quadril, as quais depois se revelaram de menor gravidade, mas exigindo de dois a três meses em casa, com os devidos acompanhamento e cuidados, para reconsolidação. Um alívio. 

Em seguida, ainda no hospital, surge ou reaparece uma bronquite, inflamação nos canais que, como prolongadores da traqueia, conduzem ar para os pulmões. Submetido a tratamento, Arthur Almada apresenta melhoras e tem alta. Vai para sua residência, em apartamento em São Luís. Em um ou dois dias surgem outros problemas, como sangramento interno e falta de apetite. Inicialmente de difícil localização, descobre-se que a origem do sangramento era no duodeno, parte inicial do intestino. Surgem ou agravam-se dificuldades respiratórias. Aí vem uma conexão com o passado: o grave acidente de carro em Caxias, ainda quando jovem adulto, teria deixado, entre as sequelas, problema em um dos lados do diafragma, músculo que separa o abdômen do tórax. E Arthur viveu os tempos mais ricos e produtivos de sua vida sem maior ou nenhum problema, sem que tivesse oportunidade de ser alertado disso, pois, como o diafragma é o principal responsável pela respiração nos seres humanos, nestes últimos dias ele estava sendo mais necessário ou exigido em sua integridade.

O certo é que a indesejável (a Morte) batia à porta. Como maior autoridade do que sentia em seu próprio corpo, e senhor de suas emoções, o grande caxiense ainda expressou seu temor ou certeza: “ – Mira, eu vou morrer” ou “– Mira, estou morrendo”, exclamava Arthur para a esposa, professora Miramar. A conjunção de órgãos, músculos e o que mais se interliga para o adequado processo respiratório se foi enfraquecendo, a frequência cardíaca cai  – 115... 76...  sobe um pouco para 80... cai novamente –, chamamentos aflitos, urgente intervenção médica naquele paciente...

O inevitável estampa-se no rosto dos profissionais de saúde e Arthur Almada Lima Filho, respirando como um pássaro  – leve e pouco –, morre com a cabeça aninhada entre as mãos de uma sua neta querida, médica, filha do primeiro filho, que lhe herdou o nome como ele, Arthur Filho, havia herdado do pai igualmente grande magistrado.

Na solidão de uma UTI, os primeiros raios de sol saudavam de lá de fora o último fôlego do dedicado homem do Direito e da Justiça, da Educação e da Cultura, da Administração e da História, filho com grande Amor e Orgulho pelas coisas e causas da terra em que nasceu e para qual, em sentimento, palavras e trabalho, tanto se doou  –  Caxias.

*

Arthur foi para o Alto.

Arthur agora voa.

Ave, Arthur!

*

II – CINZAS & MÚSICA

Há muitos anos que Arthur Almada Lima Filho dizia para a Família que, após sua morte, queria ser cremado  –  como, aliás, ocorreu com sua irmã Consuelo.

Extensivamente, Arthur dizia também que queria que suas cinzas fossem espargidas, lançadas no/do Morro do Araim, que fica em Caxias, ao lado da BR-316. É o morro de sua infância, onde, partindo ali do bairro Ponte, costumava brincar com os irmãos.

Ele complementava, brincando e falando sério, que as cinzas eram para ser lançadas por uma neta cavalgando um cavalo, ao som da “Cavalgada das Valquírias”, famosa composição musical que é o prelúdio (início) do 3º ato de “A Valquíria”, a segunda das quatro óperas que integram “O Anel do Nibelungo” (“Der Ring des Nibelungen”), do maestro, compositor, ensaísta e diretor de teatro alemão Wilhelm Richard Wagner (1813-1883).

Curiosidades:

1) As “valquírias” do título da música sugerida bem-humoradamente pelo Arthur são personagens da mitologia escandinava (Suécia, Noruega, Dinamarca, Islândia, no norte Europa). São mulheres mensageiras do deus Odin, encarregadas de escolher, entre os guerreiros mortos, aqueles mais heroicos, que seriam conduzidos para o Walhalla, um paraíso em forma de palácio onde os heróis eleitos passariam a ter uma vida de prazeres. Pois é, a seu modo, Arthur foi um guerreiro...

2) Do nome do ciclo operístico (tetralogia) “O Anel do Nibelungo”, destaque-se a palavra “nibelungo”, que tem várias etimologias, o maior número delas ligando “nibel” ao alemão “nebel” (névoa). Coincidentemente, a formação “lungo”, tomada isoladamente, tem em alemão uma palavra assemelhada: “lunge” (em inglês, “lung”), ambas significando “pulmão”. E, curiosamente, tem a ver com o pulmão a morte do desembargador Arthur Almada Lima Filho, que tanto gostava da composição wagneriana “O Anel do Nibelungo”, onde assoma o trecho “Cavalgada das Valquírias”.

*

III – FILHOS DE CELULOSE E TINTA

Naquele mês de outubro de 2021, no dia 1º, convidado pelo Arthur, fomos jantar em um hotel de Caxias, onde ele aqui r acolá se hospedava e onde costumava mandar lavar e passar os paletós que quase sempre vestia.

À mesa, conversa vai, conversa vem, relembro-lhe seus livros “Efemérides Caxienses” e “Perfis” (onde ele juntou um texto biográfico que ele escreveu sobre mim). Depois, fiz referência a outros dois livros deles, que têm os títulos “Algumas Palavras” e “Outras Palavras”. Perguntei-lhe qual seria, nesta linha, o próximo título. E o Arthur, rindo: “ – Últimas Palavras”.

Arthur Almada Lima Filho deixa outros filhos de celulose, tinta e talento, algumas obras inéditas, para a Família, quem sabe, no devido tempo, autorizar a organização:

a) “Breve Graça” (livro de pequenos textos, dos quais alguns se encontram publicados com esse título no jornal “Folha do IHGC”;

b) uma coletânea de textos esparsos, publicados em vários jornais; e

c) uma nova grande obra de referência, após “Efemérides Caxienses”: o “Dicionário Bibliográfico de Autores e Artistas Caxienses”, de que tenho, entregues a mim pelo Arthur, cerca de 150 (cento e cinquenta) páginas em arquivo Word  –- o que, só aí, já chegaria a um livro de mais ou menos 250 a 300 páginas, formato 14cm X 21cm.

Em especial, outra obra que o Arthur Almada iniciou e não pôde ver concluída é a que resultou de seu imenso esforço e competência de gestor: a inauguração da reforma completa, já concluída e entregue em 2025, da sede do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias e anexos. As obras, depois de muitas gestões do Arthur, foram executadas diretamente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e compreendem, além da sede, um amplo auditório com espaço para exposições e outros eventos culturais e, em um terceiro prédio, espaços com computadores e outros recursos e equipamentos para cursos de profissionalização e/ou qualificação etc., além de urbanização e revitalização de toda a área de influência do edifício-sede e demais prédios que compõem o complexo da antiga Estação Ferroviária de Caxias – certamente um legado que amplia o nome, a memória, o amor e o trabalho do Ilustre Caxiense por sua terra. Quem sabe em uma praça na área não se inaugure placa com o nome do caxiense, ou toda a estrutura não se batize com o nome “Complexo Ferroviário Histórico-Cultural Desembargador Arthur Almada Lima Filho”... Quem sabe...

*

IV – LUTAS, LIDES, LIDAS

Em geral, Caxias pouco sabe dos esforços e da história, das lutas, lides e lidas de Arthur Almada Lima Filho, caxiense que, à maneira de Bilac, amou com fé e orgulho a terra em que nasceu.

Juiz de Direito, desembargador, vice-presidente e presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, presidente da Federação das Escolas Superiores do Maranhão (FESM, nascente da Universidade Estadual maranhense - UEMA), que o colocou na galeria de ex-reitores), Arthur Almada Lima Filho é citado no prestigioso e internacional “Who’s Who”; seus votos como jurista são transcritos em obras de Direito; tem seu nome na testada de prédios públicos, seja em fórum seja em escola, Maranhão adentro, tais os méritos que a sociedade maranhense quis reconhecer e homenagear. Autor de livros, pesquisador infatigável, magistrado intimorato, honrou o nome e o ofício do pai e o conceito da família – família que, no passado e no presente (e, pelo visto, para o futuro também), legou tanta gente inteligente para Caxias, para o Maranhão e para o Brasil.

Arthur e eu somos conterrâneos, confrades, companheiros e amigos, pertencemos às sadias – e lutadoras – hostes do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias (IHGC), da Academia Caxiense de Letras (ACL), da Academia Sertaneja de Letras, Educação e Artes do Maranhão (ASLEAMA), da Academia Brasileira Rotária de Letras e do Rotary Club. E não estamos nisso apenas para estar ou ser, mas para fazer.

É preciso ter convivido ao menos um pouco com o Arthur para ver-lhe os esforços em nome de coisas e causas coletivas, caxienses. É preciso ter estado um pouco mais perto do Arthur para dele ter ouvido exemplos de inconteste entusiasmo e incontida satisfação quando da descoberta de um novo nome de caxiense de talento, ou nova informação sobre Caxias, dados que zanzavam por aí, escondidos sob a poeira da História ou maquiados, encobertos pelo pó do desinteresse humano.

No fim do ano 2013, Caxias e o Maranhão receberam de presente uma volumosa obra ("Efemérides Caxienses") em que Arthur Almada organizou, sistematizou e sintetizou eventos passados, com nomes e datas da História caxiense, mas com pontos de contato com a História maranhense e brasileira. Como diz o Arthur, ausente todo laivo de ufanismo: " –- Não há História do Brasil, sem a História de Caxias". E, com ardor e energia moças, organizava e escrevia novas obras de fôlego, como os “Perfis”, que foram publicados, e o "Dicionário Biobibliográfico de Autores e Artistas Caxienses" (previsto para sair em dois volumes).

Quando ele completou 88 anos, em 17/10/2017, escrevi que esse renovado Arthur sentava-se à sua távola quadrada e pequena em uma modesta sala no pavimento superior do remoçado prédio da Estação (sede do IHGC) e danava-se a ler, estudar, pesquisar, escrever, telefonar para outros membros e apoiadores do Instituto, sempre tendo em vista algum aspecto da gestão da Entidade ou, o mais das vezes, sobre fatos históricos de Caxias, cujos documentos ou livros a eles relacionados, existentes no Brasil ou no Exterior, Arthur pedia que fossem pesquisados ou conseguidos exemplares ou cópias, para o acervo do Instituto.

Para Arthur Almada Lima Filho o passado de Caxias não era aborrecimento nem tempo perdido, mas desafio e combustível; era mister de arqueólogo, mistério que ele, detetive d’antanho, ia descobrindo camada a camada, limpando as contaminações, rearrumando, pondo em ordem  –-  e dando ao conhecimento de seus conterrâneos e outros interessados, pelas vias da voz (em palestras) e das letras (em textos).

Caxias e os caxienses, o Maranhão e os maranhenses ainda terão tempo para aquilatar direito a imensa perda que é o falecimento de Arthur Almada Lima Filho, sobretudo a excepcional figura humana que não fugiu à luta do ver e do viver, do escrever e do fazer, do pesquisar, documentar e disseminar, do ser e do reconhecer.

Arthur deixa um grande legado.

Serão necessários muitos ombros, mãos e mentes para carregá-lo e dele cuidar...

Descanse em paz, Arthur.

Pois a Eternidade, enfim, lhe chegou.

*

V - SOBRE ARTHUR ALMADA LIMA FILHO

–- Caxiense; professor, historiador, promotor, magistrado (juiz de Direito e desembargador), gestor público, administrador, advogado, escritor.

ESCOLARIDADE: Curso primário: Grupo Escolar “Estêvão de Carvalho”, em Viana. Curso ginasial: Ginásio Caxiense, em Caxias. Curso clássico: Colégio do Estado, em São Luís. Curso de Direito: Faculdade de Direito de São Luís. Curso de mestrado: Administração Pública, Fundação Getúlio Vargas (FGV), Rio de Janeiro. Foi presidente do Diretório Acadêmico Clodomir Cardoso, da Faculdade de Direito de São Luís. Em 1955, foi eleito presidente da União Maranhense dos Estudantes e conselheiro da União Nacional dos Estudantes (UNE).

ATIVIDADES PROFISSIONAIS: Promotor Público nas Comarcas de Brejo e Chapadinha; Juiz de Direito nas Comarcas de Chapadinha, Viana, São José de Ribamar, Caxias e São Luís; Juiz Supervisor do 2º Juizado Informal de Pequenas Causas; Desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão; Juiz, Vice-presidente e Presidente do Tribunal Regional Eleitoral. Foi assessor administrativo dos Diários Associados no Maranhão (O Imparcial e Rádio Gurupi).

Professor e Diretor Fundador do Ginásio Brejense, em Brejo; Professor e Diretor do Ginásio “Professor Mata Roma” e Fundador do Curso Normal “Anna Adelaide Bello”, em Chapadinha; Fundador do Centro de Cultura “Profª Maria do Amparo”, em Milagres do Maranhão; Professor do Colégio do Estado (Liceu Maranhense); Professor e Diretor da Escola de Administração Pública do Estado do Maranhão (EAPEM); Presidente da Federação das Escolas Superiores do Maranhão (FESM), atual Universidade Estadual do Maranhão (UEMA); Diretor da Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM); Coordenador do Curso de Direito da Faculdade do Vale do Itapecuru (FAI).

INSTITUIÇÕES A QUE PERTENCEU: Sócio efetivo do Centro Cultural “Coelho Neto”, de Caxias; Academia Caxiense de Letras; Academia Brejense de Artes e Letras; Academia Maranhense de Letras Jurídicas; Academia Sertaneja de Letras, Educação e Artes do Maranhão; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Instituto Histórico e Geográfico de Caxias; Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), Associação dos Magistrados do Maranhão (AMAM), Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG); Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – Maranhão).

CONDECORAÇÕES / DISTINÇÕES: Medalha do Mérito Judiciário “Antônio Luiz Velozo de Oliveira”; Medalha de Prata “Desembargador Bento Moreira Lima”; Medalha de Ouro “Desembargador Bento Moreira Lima”; Medalha “Ministro Carlos Madeira”; Medalha da Ordem do Mérito Cultural “Poeta Gonçalves Dias” no grau de Comendador; Medalha do Mérito Eleitoral” Ministro Arthur Quadros Collares Moreira”; Medalha do Mérito Universitário “Joaquim Gomes de Sousa”; Medalha do Mérito Acadêmico ESMAM; Medalha dos 200 Anos do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão; Medalha do Centenário da Loja Maçônica Renascença Maranhense; Medalha do Centenário de Nascimento de Santos Dumont; Medalha “Coelho Neto”; Medalha “César Marques”; Medalha “Teixeira Mendes”; Medalha da Academia Maranhense de Letras Jurídicas; Medalha do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Medalha “Acyr Marques”; Medalha do Mérito Distrital “Celso Nunes” do Distrito 4490 do Rotary International; Medalha “Paul Harris”, do Rotary International; Medalha do Bicentenário de Nascimento de João Lisboa. Diploma de Legionário da Legião Barão de Caxias.

Cidadão honorário dos municípios de Brejo, Chapadinha, São José de Ribamar, Milagres e São Luís.

* EDMILSON SANCHES

Imagens:

O caxiense Arthur Almada Lima Filho e quatro de seus livros.

O cartunista e escritor Mauricio de Sousa, acompanhado de personagens da Turma da Mônica, recebe homenagem do Senado Federal, pela inclusão social das pessoas com deficiência em sua obra.

Ao celebrar mais um aniversário nesta segunda-feira (27), o pai da turminha mais famosa do Brasil - A turma da Mônica - está sendo o personagem principal de uma série de homenagens. Com um filme sobre sua vida e um livro que reúne homenagens de 90 quadrinistas, o menino que nunca parou de desenhar chega aos 90 anos de idade.

Depois de contar tantas histórias para uma porção de crianças e adultos, agora é a história de Mauricio de Sousa que ganhará as telas e as bancas de revistas e livrarias de todo o país.

A primeira dessas histórias é uma cinebiografia, que foi apresentada em uma sessão especial na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo na semana passada e que contou com presença ilustre de seu retratado. Chamado de Mauricio de Sousa – O Filme, a cinebiografia mostra as origens do artista, seu processo criativo e o nascimento dos personagens mais queridos do Brasil como Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali. Nesse filme, Mauricio surge em tela grande interpretado por seu próprio filho, Mauro Sousa.

“No mês de aniversário de 90 anos do meu pai, não só ele, mas eu e todos os brasileiros vamos ter esse presente, que é um filme em sua homenagem, contando uma parte ali de sua história. Tive essa honra de interpretá-lo nos cinemas. É minha estreia nos cinemas, então esse é mais um motivo para ser realmente um momento bastante especial para a gente, principalmente para mim”, contou Mauro, em entrevista ao programa Caminhos da Reportagem, que será exibido nesta segunda-feira (27) pela TV Brasil.

“Eu diria que esta foi, com certeza, a experiência mais intensa, emocionante e inesquecível da minha vida. E desafiadora também, afinal de contas estou interpretando meu pai no cinema, que é um ícone, um patrimônio cultural brasileiro e, ao mesmo tempo, um pai, um artista e um empresário”, afirmou.

Além da exibição do novo filme, a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo concedeu a Mauricio de Sousa o prêmio Leon Cakoff, um reconhecimento ao seu trabalho e uma celebração de seu aniversário. A mostra também aproveitou para exibir três produções sobre o grupinho do Limoeiro, durante a segunda edição da sua programação infantil: Turma da Mônica: Laços, Turma da Mônica: Lições e Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa.

Além dessas homenagens, o jornalista Sidney Gusman, editor do site UniversoHQ e da MSP Estúdios, anunciou o lançamento de um livro-coletânea, que já está à venda e que reúne 90 quadrinistas de todo o Brasil para celebrar o autor. A obra recebeu o nome de MSP90.

“Resolvi fazer um livro com 90 autores. Saiu agora em outubro, para o aniversário dele. São 90 autores e autoras do Brasil inteiro, fazendo histórias, cada um, de três páginas”, explicou ele ao programa Caminhos da Reportagem. ”São autores de todos os gêneros que você imaginar e que fazem quadros de tira, de humor, de terror. Então, acho que esse é o troféu que ele vai carregar para sempre, o legado que ele trouxe não só no apoio à leitura, mas também para a formação de tantos quadrinistas no Brasil”.

Uma das quadrinistas e ilustradoras convidadas para participar desse especial MSP90 foi Helô D’Angelo. “Como sempre quis trabalhar com quadrinhos, eu acho que o Mauricio de Sousa era um horizonte para mim, que era a única pessoa que eu sabia que fazia quadrinhos que não eram de super-heróis”, disse ela ao programa da TV Brasil.

Para essa homenagem a Mauricio de Sousa, a quadrinista e ilustradora escolheu trabalhar com um personagem um tanto quanto inusitado: Dona Pedra.

“Se vocês lerem as historinhas do Bidu, muitas vezes vocês verão o Bidu conversando com uma pedra. É uma coisa meio filosófica. Mas, na minha história, a Dona Pedra, apesar de ser a protagonista, será mais um fio condutor. Coloquei a Pedra porque ela é uma das poucas coisas fixas na nossa vida. E aí pude desenhar vários personagens da Turma da Mônica interagindo com ela”, explicou. “Queria fazer uma coisa que não fosse tão confortável para mim, sabe, e que não fosse algo que as pessoas estivessem esperando no meu trabalho. Queria algo que desse para eu explorar o máximo de situações e personagens diferentes, brincar mesmo”, declarou.

Segundo Helô, participar do MSP90, que está ainda mais diverso nesta edição, é uma grande conquista. “A cena dos quadrinhos nacional é muito diversa e isso já vem de um tempo. Mas, historicamente, a gente teve um apagamento dessa diversidade, não só nos quadrinhos, mas em todas as áreas, principalmente dentro das artes. Por isso a importância dessa diversidade estar presente no MSP é imensa porque você vai trazer artistas de diversas origens geográficas, sociais, de gêneros diferentes, para trazer visões diferentes sobre os personagens [do Mauricio]”.

Segundo ela, essa diversidade o Mauricio de Sousa sempre buscou trazer para a sua turminha. “A Mônica é uma menina super forte, a mais forte do mundo, a mais forte da rua. Ela é a dona da rua, que batia nos meninos. Até a [criação da] Mônica, a gente não tinha uma representação de uma menina assim”, disse Helô D’Angelo. “Antes, a menina tinha que ser doce, delicada, bobinha, inocente. E a Mônica não é nada disso. Além da Mônica, tem muitas outras personagens que foram surgindo depois, como a Pipa, a amiga da Tina. Ela é uma das únicas personagens gorda dos quadrinhos e o fato de ela ser gorda não é o foco das HQs sobre ela. Isso é muito revolucionário”

Chamado de Mauricio 90: desenhando o Brasil, o programa Caminhos da Reportagem será exibido hoje (27), a partir das 23h, na TV Brasil.

(Fonte: Agência Brasil)

Rio de Janeiro(RJ), 10/11/2024 - Primeiros estudantes deixam o local de prova no segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, na universidade UNINASSAU, no Flamengo, zona sul da cidade.  Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

As provas objetivas e a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025 serão aplicadas nos dias 9 e 16 de novembro, em quase todo o país, com exceção das cidades de Belém, Ananindeua e Marituba, no Pará.

Devido à realização da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém, de 10 a 21 de novembro, nessas localidades as provas ocorrerão em 30 de novembro e 7 de dezembro.

Depois que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgar os resultados individuais dos participantes, com previsão para janeiro de 2026, os mais de 4,8 milhões de inscritos confirmados precisam saber como as notas obtidas poderão ser usadas.

Os resultados podem ser usados para acesso a universidades públicas, para concorrer a bolsas de estudo integrais e parciais em universidades privadas, para pleitear o crédito estudantil para o pagamento das mensalidades de faculdades privadas, para ingresso sem vestibular em faculdades, para estudar em Portugal, para autoavaliação e certificação de conclusão do ensino médio ou declaração parcial de proficiência nessa etapa do ensino básico.

Anualmente, o Enem é aplicado pelo Inep.

Acesso ao ensino superior

O Enem é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil. As notas do exame podem ser usadas para ingresso no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), no Programa Universidade para Todos (Prouni) e para obter o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

As inscrições para os três processos seletivos acontecem em períodos distintos, sendo um seguido do outro, nessa ordem cronológica: Sisu, Prouni e Fies. Veja a seguir.

1 – Sisu

A seleção é feita com base na média das notas obtidas no exame, dentro do limite de vagas disponíveis para cada curso e modalidade de concorrência. A maioria dos participantes do Sisu é formada por instituições públicas, como universidades e institutos federais.

A novidade é que a edição 2026 do Sisu permitirá o uso das notas das três últimas edições do Enem – 2023, 2024 e 2025 – para a inscrição e classificação dos candidatos. 

Para participar da seleção do Sisu, o candidato não pode ter zerado a redação. Também é preciso ter o ensino médio completo, ou seja, os treineiros não podem se inscrever no sistema.

O processo seletivo leva em consideração os perfis social e econômico dos candidatos, conforme determina a Lei de Cotas.

Na última edição, foram ofertadas 261.779 vagas para 6.863 cursos de graduação em 124 instituições de todas as regiões do país.

2 – Prouni

Para se inscrever nos processos seletivos do Prouni, o estudante poderá usar as notas do Enem das duas últimas edições do exame.

É preciso ter tirado nota média superior a 450 pontos nas cinco provas do Enem e ter tirado acima de zero na redação.

O Prouni oferece bolsas de estudo integrais (100% gratuitas) e parciais (50% do valor da mensalidade do curso) para graduação em instituições privadas.

O MEC realiza dois processos seletivos do programa a cada ano. O público-alvo é o estudante brasileiro sem diploma de nível superior.

Em todos os processos seletivos, o candidato pode optar por concorrer às bolsas destinadas à ampla concorrência ou às cotas para pessoas com deficiência (PCD) e autodeclaradas indígenas ou negras.

Para concorrer à bolsa integral, é preciso ter renda familiar bruta mensal de até um salário mínimo e meio por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa.

Veja aqui outras condições para os candidatos, como ter feito o ensino médio em escola pública ou ter sido bolsista em escola privada.

3 – Fies

As notas do Enem também podem ser usadas para concorrer a vagas ofertadas para o ensino superior pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que possibilita a estudantes de baixa renda cursar faculdades particulares por meio de financiamento, que começa a ser cobrado após a conclusão do curso.

Para participar, o estudante precisa ter feito o Enem, qualquer edição desde 2010, obtido nota média superior a 450 pontos e não ter zerado a redação.

Desde 2024, o Fies reserva vagas para candidatos autodeclarados negros, indígenas e quilombolas, assim como para pessoas com deficiência (PCDs).

Para participar, é preciso ter renda familiar mensal bruta por pessoa de até três salários mínimos. A nova modalidade do programa, o Fies Social, reserva metade das vagas para estudantes com renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico), em situação ativa.

Foram ofertadas mais de 112 mil vagas, em dois processos seletivos do Fies em 2025. O primeiro, para cursos com início das aulas no primeiro semestre, e o segundo, para aulas que tiveram início no segundo semestre.

4 – Enem Portugal

As notas dos estudantes brasileiros também podem ser aproveitadas em processos seletivos de instituições de ensino superior de Portugal que têm convênio com o Inep para aceitar as notas do exame.

Os acordos garantem acesso facilitado pelas universidades, institutos politécnicos e escolas superiores portuguesas às notas dos estudantes interessados em cursar a educação superior em Portugal. Porém, os convênios não envolvem transferência de recursos e não preveem financiamento estudantil pelo governo brasileiro.

Atualmente, 26 entidades de ensino em Portugal possuem convênio com o Instituto. Entre elas estão o Instituto Politécnico de Coimbra, a Universidade Nova de Lisboa e o Instituto Português de Administração de Marketing, em Porto. Confira aqui as instituições de educação superior portuguesas que aceitam notas do Enem e a vigência de cada convênio.

5 – Outras seleções

Os resultados individuais do Enem também podem ser empregados como critério único ou complementar de processos seletivos próprios realizados por cada instituição de ensino superior, seja pública ou privada do Brasil. A estratégia que possibilita o ingresso direto, substitui ou complementa o vestibular tradicional.

Certificação do ensino médio

A prova do Enem deste ano voltará a permitir que as provas sejam usadas para obter certificação de conclusão do ensino médio e declaração parcial de proficiência na etapa de ensino. Essa possibilidade a partir do Enem tinha sido descontinuada em 2017.

O participante deve atender aos seguintes requisitos específicos:

· ter, no mínimo, 18 anos completos na data da primeira prova de cada edição do exame;

· alcançar a pontuação mínima em cada área do conhecimento (igual ou maior a 450 pontos), conforme o padrão de desempenho básico definido pelo Inep;

· alcançar pelo menos 500 pontos na redação.

Durante o período em que o Enem não ofereceu essa função, o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) permaneceu como principal ferramenta de certificação para o ensino fundamental e médio.

Treineiros

O exame serve também para os os candidatos do tipo treineiro, que geralmente não concluíram o ensino médio ou não estão estudando, testarem seus conhecimentos

Nesse caso, como o exame tem como fim a autoavaliação, a nota do Enem não serve para ingresso no ensino superior no Brasil nem em Portugal.

Porém, pode ser útil para que o treineiro conheça o formato da prova, teste o gerenciamento de tempo, identifique as áreas do conhecimento que precisam ser aprimoradas nos estudos.

Vale ressaltar também que o resultado (as notas) dos treineiros é divulgado em data posterior à dos candidatos regulares (geralmente cerca de 60 dias depois).

Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi instituído em 1998.

Os participantes fazem provas de quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias que, ao todo, somam 180 questões objetivas.

Os participantes também são avaliados por meio de uma redação, que exige o desenvolvimento de um texto dissertativo-argumentativo, a partir de um problema.

Para saber mais sobre o exame, acesse o link criado pelo Inep com respostas às perguntas mais frequentes. 

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF) 16/08/2024 – Uso de internet avança no país entre idosos
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A questão discursiva da Prova Nacional Docente (PND), aplicada nesse domingo (26), abordou o idadismo como desafio social e educacional no Brasil.

O idadismo, também conhecido como etarismo, é um termo que define o preconceito, estereótipo e/ou discriminação contra indivíduos ou grupos com base na sua idade.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que o enunciado da questão destaca o conceito do idadismo, a importância de combater estereótipos e práticas discriminatórias baseadas na idade e de promover a integração entre diferentes gerações no ambiente escolar. O texto foi extraído do Relatório Mundial sobre o Idadismo de 2023, produzido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

O texto a ser elaborado pelo candidato deve abordar os efeitos das diferenças entre gerações no contexto escolar.

Como solução para o problema, o participante da PND deve apresentar, ao menos, uma atividade de combate ao idadismo e que promova a integração intergeracional nas unidades de ensino.

Textos motivadores

Para auxiliar na construção do texto discursivo, os mais de 1,08 milhão de inscritos na prova chamada de CNU dos Professores tiveram como suporte textos motivadores ou de apoio. O conjunto de materiais que acompanha a proposta da prova discursiva tem a principal função de fornecer o recorte temático e contextualizar o candidato sobre o assunto que ele precisa desenvolver.

Entre os texto disponibilizados neste domingo está o 22º artigo do Estatuto do Idoso, que propõe a inserção de conteúdos sobre envelhecimento e valorização da pessoa idosa nos currículos escolares.

Outro texto a que os participantes da PND tiveram acesso é um trecho da obra À Sombra Desta Mangueira, do pedagogo e educador Paulo Freire (1921-1997), publicado em 1995, a partir dos manuscritos de próprio punho do autor. O texto reflete sobre a juventude e a velhice como atitudes diante da vida e da aprendizagem.

Prova objetiva

Além da questão discursiva, os participantes também respondem a questões objetivas de formação geral docente e do componente específico das 17 áreas da licenciatura.

De acordo com o edital da PND 2025, a parte da prova com conteúdo de formação geral inclui 30 questões objetivas e uma discursiva, elaboradas a partir de temas ligados à formação de um professor.

A parte específica conta com 50 questões de múltipla escolha, voltadas ao conteúdo e às habilidades próprias de cada uma das licenciaturas. São elas: artes visuais; ciências biológicas; ciências sociais; computação; educação física; filosofia; física; geografia; história; letras (inglês); letras (português); letras (português e espanhol); letras (português e inglês); matemática; música; pedagogia e química.

A prova tem a mesma matriz da avaliação teórica do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) das Licenciaturas, que, desde a sua edição, em 2024, foca nos cursos de formação docente.

Com duração de cinco horas e 30 minutos, o término ocorreu às 19h, no horário de Brasília.

PND

A Prova Nacional Docente (PND) não é uma certificação pública para o ofício de professor, também não é um concurso.

O exame, criado pelo Ministério da Educação (MEC) para avaliar o nível de conhecimento e a formação dos futuros professores das licenciaturas, tem o objetivo de auxiliar estados e municípios a selecionarem professores para as suas redes de ensino.

O MEC quer, por meio da Prova Nacional Docente, estimular a realização de concursos públicos e aumentar o número de professores efetivos nas redes de ensino do Brasil.

A prova será realizada anualmente pelo Inep. A iniciativa faz parte do programa Mais Professores para o Brasil, que reúne ações de reconhecimento e qualificação do magistério da educação básica e de incentivo à docência no país.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 24/10/2025 - Imagem do filme Águas Quentes. Foto: Camila Dalossi, Juliana Deeke, Giulia Morales/Divulgação

Com a ideia de unir conhecimento e entretenimento, o Festival de Filmes de Ciência SFF Brasil traz de forma divertida, a ciência para todas as idades. Por meio do audiovisual criativo e da representação diversa nas telas, oferece a difusão científica. 

O Festival está à disposição do público até o dia 20 de dezembro, nas sessões em museus, cineclubes, universidades e escolas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Ceará, Rio Grande do Sul, Paraíba, entre outros.

Esta é a sétima vez que o Brasil recebe o Science Film Festival (SFF), nome do festival na versão em inglês, considerado o maior e mais relevante evento internacional de audiovisual voltado à ciência, tecnologia e meio ambiente para crianças, jovens e adultos.

Segundo a produtora e uma das curadoras do Festival, Giovana Botti, esse é o maior festival desse gênero no mundo e o Brasil é o único país da América a receber este festival. 

“Trazer para o público brasileiro produções que são inéditas aqui é importante para o acesso mais democrático e aberto para essas obras, para ver outras realidades, outras formas de lidar com a ciência e o meio ambiente pelo mundo e também países vizinhos, porque tem produções latino-americanas também. Olhar para a forma como essa realidade está sendo tratada em outros países, ajuda também a pensar a nossa realidade”, disse, em entrevista à Agência Brasil.

Giovana Botti disse que a curadoria foi feita pensando na perspectiva do público composto por crianças e adultos brasileiros. 

“Para valorizar tanto as produções latino-americanas que estão concorrendo no festival, quanto para trazer ao Brasil produções que são de fora, mas também retratam realidades e dialogam bastante com as realidades e problemas ambientais brasileiros, que têm sintonia com desafios na ciência, com temas da contemporaneidade como inteligência artificial, por exemplo. Essa curadoria pensou sempre no cenário brasileiro e latino-americano e ao mesmo tempo em diálogo com as produções de fora”, afirmou.

Nesta edição, as exibições têm 53 filmes de 22 países, 34 são voltados ao público infanto-juvenil. O acesso gratuito pode ser por meio de plataforma online ou em sessões presenciais por todo o Brasil.

“Tem uma parte dos filmes voltada para crianças e uma parte voltada para sessões de adultos também que tratam de ciência, tecnologia e meio ambiente. O festival é focado nesses três temas, mas fala dos temas além do que seria uma educação formal com o uso da linguagem do cinema para falar destes temas de maneira criativa e lúdica”, pontuou.

Um ponto principal do festival, segundo Giovana Botti, é atrair o público infanto-juvenil, muito acostumado ao contato frequente com as telas de computadores, celulares e tablets com a participação nas sessões de audiovisual.

“É olhar a educação de forma ampla e complexa. Tudo educa e o cinema também pode ter um papel importante para as crianças. Levar produções criativas que falem da ciência e valorizem a ciência, da figura do pesquisador e das comprovações científicas, mas de forma lúdica, aproveitando a curiosidade das crianças, que é natural nas infâncias para olhar nos seus entornos, para os seus cotidianos e descobrir ciência no seu dia a dia também. Estimular que elas façam experimentações e olhem a ciência de outra forma”, avaliou.

Além das exibições gratuitas, o SFF Brasil promove atividades de formação para docentes e oficinas infantis em escolas parceiras para a promoção da difusão da ciência pelo audiovisual.

“As oficinas são em São Paulo com parceiros que a gente tem para fazer em ONGs, em centros culturais, sempre infantojuvenis, tem formatos para crianças menores e para adolescentes”, contou.

Semana de ciência

Ainda na programação, para marcar a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, iniciativa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que termina neste domingo (26), os organizadores prepararam uma seleção especial de filmes que tratam do Planeta Água, tema da semana em 2025 e que estão disponíveis gratuitamente na plataforma do festival. Conforme os seus interesses, escolas, educadores, institutos, ONGs, podem montar uma programação própria.

“No nosso catálogo a gente tem filmes tanto infantojuvenis, quanto adultos para olhar para o desafio de cuidar melhor da saúde do ecossistema das águas. A gente tem filmes que falam sobre a saúde dos corais, sobre a Antártida, sobre Abrolhos. Falam de meio ambiente e de ciência em forma de expedições, de aventuras, de investigação. Tem documentários que são verdadeiras peças investigativas desses problemas complexos que envolvem a gestão das águas hoje em dia”, revelou.

COP30

Durante a COP30, a edição nacional do SFF também terá uma programação especial no Sesc Doca, em Belém. Nos dias 14 e 15 de novembro, a partir das 16 horas, haverá oficinas e sessões temáticas de cinema sobre questões ambientais destinadas ao público infantojuvenil.

“Tem muita coisa voltada para o meio ambiente em diversos temas e que também dão esperança. Não é só uma abordagem com a problemática da crise climática, que é profunda, complexa e urgente, mas que também tem que chamar à ação. São filmes que semeiam esperança, também mostram a complexidade dos temas e incentivam a criança a fazer diferente no seu dia a dia, nos ambientes em que vive, que olha para os nossos modos de vida, que precisam ser mudados. Nossos padrões de consumo, que precisam ser revistos. São filmes que ajudam a gente a pensar, não só adultos, mas crianças também”, informou.

Entre os destaques dos filmes à disposição do público, que tratam da água, estão: Sou Água, Chuva, Antártica e Eu; Rodolitos - The Rolling Stones; Te Moana Ora - O Oceano Vivo; Coral, Abrolhos - Paraíso em Perigo; e Águas Quentes. Todos os filmes estão disponíveis gratuitamente na plataforma do festival e podem ser utilizados como recurso em sala de aula.

Para ampliar o alcance das sessões, o SFF Brasil realiza parcerias com escolas, centros culturais e instituições do país, que estejam interessados em realizar mostras gratuitas. 

Neste caso, é só entrar em contato pelo e-mail: [email protected]. O catálogo completo está disponível na plataforma de streaming do festival, com acesso gratuito por meio de inscrição via Instagram. Também é possível assistir aos filmes online.

“A gente pode levar uma sessão ou enviar os filmes para eles gratuitamente. A ideia é levar filmes de ciência, tecnologia e meio ambiente para o Brasil afora”, completou.

O SFF-Brasil é realizado com apoio do Programa de Ação Cultural - ProAC, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, e tem o patrocínio da SKY Brasil, Escola Plus e Fundação Norma y Leo Werthein; e o apoio da Spcine - Empresa de Cinema e Audiovisual da Cidade de São Paulo.

(Fonte: Agência Brasil)

São Paulo (SP), 10/11/2024 - Estudantes  no segundo dia de provas do ENEM na UNIP Vergueiro em São Paulo. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

A edição 2026 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) permitirá o uso das notas das três últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – 2023, 2024 e 2025 – para a inscrição e classificação dos candidatos. A novidade está prevista no Edital nº 22/2025, publicado no Diário Oficial da União de 20 de outubro e disponível também na página do Sisu.

Para fins de classificação, o Ministério da Educação (MEC) levará em conta a nota da edição do Enem que apresentar a melhor média ponderada, conforme a opção de curso, desde que o participante não tenha participado como treineiro - aqueles que se inscrevem na prova antes do 3 º ano do ensino médio.

A medida é inédita e foi incluída no edital de adesão das instituições de ensino superior ao Sisu 2026, que começa na segunda-feira (27) e vai até 28 de novembro, por meio da plataforma Sisu Gestão.

Para preencher o termo de adesão, as instituições precisam ter encerrado a ocupação de vagas referentes à última edição do processo seletivo da qual tenham participado. Durante o período de adesão, a instituição poderá reabrir o termo eventualmente assinado e alterar as condições de participação.

O que é o Sisu

O Sistema de Seleção Unificada permite que os candidatos escolham e concorram gratuitamente, com uma única inscrição, a vagas em diversas universidades públicas, a partir dos resultados obtidos pelo estudante no Enem. O objetivo é ampliar o acesso ao ensino superior. 

Desde o ano passado, o Sisu passou a ser realizado em edição única. No processo seletivo único anual, as instituições públicas de ensino superior podem disponibilizar vagas para cursos de graduação cujo início das aulas seja no primeiro ou segundo semestre do ano.

Em 2025, foram ofertadas 261.779 vagas para 6.851 cursos de graduação em 124 instituições públicas de ensino superior de todo o país. De acordo com o MEC, a edição do Sisu de 2025 teve 254,8 mil candidatos aprovados, sendo 128 mil na ampla concorrência, 111 mil na modalidade de cotas e 14 mil por meio de ações afirmativas das próprias instituições de ensino superior.

(Fonte: Agência Brasil)

A aguardada 6ª edição do Sonora – Festival Nacional de Compositoras em São Luís está chegando – e a programação completa do evento foi divulgada oficialmente, com oito compositoras maranhenses selecionadas, que irão celebrar a música autoral feminina feita no Maranhão nesta sexta (24) e sábado (25), no Casarão Laborarte (Rua Jansen Miller, 42), no Centro Histórico de São Luís, com entrada gratuita e aberta a todos os públicos e gêneros.

Entre as artistas, escolhidas pelas curadoras Isabella Bretz, Deyla Rabelo e Amanda Drumont, estão: ADH4RAA; Clara Madeira; Emanuele Paz; Klicia; Lidhia; OHANA; Paula Nordestina; e Rayssa Jamylle.

“Cada uma delas traz uma trajetória única, marcada por identidade, força criativa e expressão musical plural. Seguimos celebrando o protagonismo feminino na música, conectando vozes, territórios e sonoridades”, analisa Deyla Rabelo, curadora e produtora executiva do festival em São Luís.

Realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão (Secma), do governo do Maranhão, o Sonora 2025 terá, também, espaço para outras atividades em sua programação no Laborarte, como oficina, bate-papo e o “Espaço Kids” – voltado para a criançada, que estará ativo nos dois dias de evento, durante as primeiras horas de shows.

No dia 24 (sexta-feira), a curadora Amanda Drumont realizará o bate-papo “Hackeando o sistema: falando de mercado musical”, das 16h às 18h. Na ação, serão abordadas questões importantes para o trabalho do artista local, tais como: estratégias de comunicação, curadoria musical contemporânea e como hackear o sistema do mercado musical estando fora do eixo econômico do país.

Já no sábado, dia 25, das 8h às 12h e das 14h às 18h, o Sonora São Luís terá uma atividade para profissionalização da carreira musical, com a oficina “Afina: ocorre”, que será ministrada pela produtora cultural Mariana Cronemberger, e focará na formação prática e intensiva focada em mulheres artistas, abordando desde a criação de materiais profissionais (release, portfólio, EPK) até a gestão de carreira, finanças e comunicação.

Ambas as atividades são gratuitas, com vagas limitadas, livres para todos os gêneros e sujeitas à lotação do espaço. Já os shows em cada dia iniciam-se a partir das 18h30 – a programação terá, também, discotecagem e performance especiais da cantora Camila Reis (no dia 24, com as convidadas especiais Luciana Pinheiro e Andréa Frazão) e do grupo Samba de Mina (no dia 25).

Para mais informações sobre o festival, acesse o site oficial: https://sonorasaoluis.wixsite.com/sonora-festival-inte.

Sonora – Festival Internacional de Compositoras

Considerado um dos maiores movimentos artísticos-culturais com foco em dar visibilidade e legitimar a presença da mulher compositora no cenário musical, rompendo com a lógica que a reconhece apenas como intérprete, o Sonora é realizado em São Luís desde 2016 e fortalece individualmente cada compositora por meio da coletividade, fomentando a criação e divulgação de trabalhos autorais por meio de shows 100% autorais e atividades complementares, por meio de diversas ações, como debates, oficinas e exposições.

Palco para celebração da música autoral feminina e nascido a partir da hashtag #mulherescriando, criada pela musicista Deh Mussulini, como um gesto simples e poderoso para mostrar ao mundo que há muitas mulheres criando música, o Sonora conquistou repercussão imediata - e inspirou compositoras, de diferentes lugares, a se unirem para colocar a mulher compositora no centro da cena.

Hoje, presente em mais de 60 cidades de 16 países, o Sonora conecta o Maranhão a uma rede internacional que celebra a diversidade de estilos, histórias e perspectivas femininas, reafirmando a música como território de liberdade, expressão e equidade.

Veja, abaixo, a programação completa da edição 2025 do Sonora – Festival Nacional de Compositoras em São Luís:

Sexta-feira, 24/10

Local: Casarão Laborarte;

Bate-papo | 16h às 18h – “Hackeando o sistema, falando de mercado musical”, com Amanda Drumont.

Programação artística | A partir das 18h30

Discotecagem Fê Marques e shows de Lidhia, ADH4RAA, Clara Madeira e Emanuele Paz;

Participação especial: Camila Reis, com as convidadas Luciana Pinheiro e Andréa Frazão;

*Espaço Kids – ativo durante boa parte das primeiras horas da programação noturna no Laborarte.

2º dia – Sábado, 25/10

Local: Casarão Laborarte;

Oficina | Das 8h às 12h e das 14h às 18h - “Afina o Corre – Gestão e Apresentação Profissional para Mulheres da Música”, com Mariana Cronemberger.

Programação artística | A partir das 18h30

Discotecagem com DJ Babi Botega e shows de Paula Nordestina, Ohana, Rayssa Jamylle e Klicia;

Participação especial: o grupo Samba de Mina;

*Espaço Kids - ativo durante boa parte das primeiras horas da programação noturna no Laborarte.

Serviço

O quê: 6ª edição do Sonora – Festival Nacional de Compositoras em São Luís;

Onde: no Casarão Laborarte (Rua Jansen Miller, 42), no Centro Histórico de São Luís;

Quando: nesta sexta-feira (24) e sábado (25) – com oficina, bate-papo e shows;

Site oficial: https://sonorasaoluis.wixsite.com/sonora-festival-inte

Redes sociais:

Instagram:

https://www.instagram.com/sonoraslz/

Facebook: https://www.facebook.com/sonorafestivalsaoluisma

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Revelação do esporte maranhense e destaque entre os jovens talentos da vela mundial, o kitesurfista Lucas Fonseca está em fase final de preparação para uma das competições mais importantes da temporada de 2025. Lucas, que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, vai participar do Campeonato Mundial de Fórmula Kite Sub-21 a partir deste domingo (26), em evento que reunirá as principais promessas da modalidade. A competição será realizada na Praia da Vitória, nos Açores, em Portugal, até o dia 1º de novembro.

Lucas Fonseca viajou para o Mundial Sub-21 de Fórmula Kite com a confiança elevada por excelentes resultados e conquistas históricas nos eventos disputados em 2025. Em agosto, o kitesurfista maranhense faturou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos Sub-23, realizados no Paraguai, e garantiu uma vaga no Pan 2027, em Lima, no Peru. Em seguida, Lucas foi o melhor kitesurfista das Américas e garantiu o 12º lugar na classificação geral do Campeonato Mundial de Fórmula Kite, que reuniu os principais atletas do mundo na modalidade e foi realizado entre setembro e outubro, em Cagliari, na Itália.

Além do ótimo retrospecto recente, Lucas Fonseca tem um histórico favorável nos principais eventos de base de Fórmula Kite nas últimas temporadas. Além de faturar a medalha de bronze no Mundial Sub-21 de 2024, que foi realizado em Gizzeria, na Itália, o jovem kitesurfista maranhense garantiu a quarta colocação no Mundial Sub-21 e Sub-19 em 2023. Agora, o objetivo de Lucas é conquistar o tão sonhado título mundial nas águas de Portugal.

"Estou muito otimista e confiante para a disputa do Mundial Sub-21 em Portugal, principalmente depois dos excelentes resultados no Pan Sub-21 e no Mundial de Fórmula Kite, onde pude mostrar toda a minha evolução nesta temporada. As expectativas são sempre as maiores, estou mais tranquilo e confiante em relação aos Mundiais anteriores. Espero fazer um ótimo Mundial, lutar pelas primeiras colocações e manter esse bom trabalho em busca do meu principal objetivo, que é a vaga olímpica para Los Angeles 2028. Agradeço a todos os meus patrocinadores e conto com a torcida de todo mundo em mais um grande desafio, representando o Maranhão e o Brasil da melhor forma possível", afirma Lucas Fonseca.

Com apenas 19 anos, sendo 10 deles dedicados à prática do kitesurf, Lucas Fonseca já tem uma carreira de muitas conquistas no cenário da vela nacional e internacional. Em 2024, Lucas foi medalha de ouro no Campeonato Mundial da Juventude, realizado na Itália, e terceiro colocado do Sertões Kitesurf, evento que é considerado o maior rali de kite do mundo. Na mesma temporada, o kitesurfista maranhense foi um dos atletas selecionados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) para o Programa de Vivência Olímpica nos Jogos de Paris 2024, em iniciativa cujo objetivo é preparar jovens promissores para futuras edições das Olimpíadas. Além disso, Lucas Fonseca faturou o bicampeonato brasileiro e pan-americano Sub-21 em 2022 e 2023.

O kitesurfista maranhense Lucas Fonseca conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, além dos apoios do Time Brasil, da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), da Energisa, da Icatu Vanguarda, da Ocean Kite Point e do Programa Bolsa Atleta.

(Fonte: Assessoria de imprensa) 

ALINE DE LIMA, (EN)CANTANDO O MUNDO

*

Aline de Lima, cantora e compositora caxiense, já se apresentou na Alemanha, Argélia, Brasil, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Luxemburgo, Marrocos, Noruega, República Tcheca, Suíça, entre outros países.

Aline de Lima completou 47 anos nessa quinta-feira, 23 de outubro de 2025.

Ela nasceu em Caxias em 23 de outubro de 1978. Aos 18 anos, quis estudar Design e foi para a Suécia, mais precisamente para capital do país, Estocolmo, cidade de pouco mais de 800 mil habitantes, cuja história remonta aos anos 1200. Aline, que já conhecia a Veneza de Caxias, no norte do Maranhão, foi para a capital sueca, cidade sobre ilhas, chamada de “Veneza do Norte”.

Ficou três anos na Suécia. Queria ser cantora. Fazer “design” com a voz. Desenhar tons e semitons... musicais. Assim, trocando a paleta pela partitura, mudou-se para a França, fixando moradia em Paris. Cantou em bares, em lares e em outros ares parisienses. Com uma série de composições que fez, encantou olhares, ouvires, pensares. Pronto! Garantiu-se o primeiro contrato profissional, com a gravadora/editora Naïve.

E como a repetir que a boa filha sai da cidade mas a cidade não sai dela, Aline de Lima, já em seu primeiro disco, o CD “Arrebol”, de 2006, faz homenagem a um conterrâneo, igualmente maranhense, talqualmente caxiense – Gonçalves Dias, cuja “Canção do Exílio” é citada/declamada na composição ricamente e teluricamente intitulada “Terra”. Era o primeiro CD, que saía não apenas com a marca da beleza regional mas também com o marco do talento internacional: a participação de profissionais de renome, como o compositor e violoncelista norte-americano Erik Friedlander, o baterista brasileiro Paulo Braga (que trabalhou com Elis Regina, Ivan Lins, Mílton Nascimento e Tom Jobim) e o guitarrista norte-americano Marc Ribot, além do norte-americano Arto Lindsay, cantor, compositor e produtor, já que assinou trabalhos (álbuns) para diversos artistas brasileiros, entre os quais Caetano Veloso, Carlinhos Brown, Gal Costa, Marisa Monte e Tom Zé). O CD foi produzido pelo nortista-amazonense Vinicius Cantuária, ex-integrante do conjunto “O Terço” e respeitado músico brasileiro.

A presença mundial em seus trabalhos se amplia. Já no segundo CD, de 2008, tão brasileiramente, tão nortistamente chamado “Açaí”, tem a participação do arranjador, compositor e músico japonês Jun Miyake e uma música em sueco, além de, desta vez, fazer ponte com Portugal e citar, em sua música “Adeus, solidão”, o poema “Horizontes”, de Fernando Pessoa.

Seu terceiro CD foi “Marítima”, lançado em 2011. O trabalho de Aline de Lima, seja o que canta, seja o que toca, seja o que compõe, é ressaltado por críticos na França e no Canadá. O prestigioso jornal “Le Monde” deu-lhe destaque. Em entrevista a esse diário francês, Aline disse que a receita para seu trabalho é dirigi-lo “como um pintor” faz/faria. Para quem tinha vocação para o desenho, ela sabe muito bem o que está dizendo  – e fazendo.

Observando e absorvendo, inspirando-se e expirando, transudando, transpirando e transparecendo brasilidades, maranhensidades e caxiensidades, Aline de Lima junta à sua beleza pessoal-vocal-musical o ritmo, o jeito, o dengo, as sonoridades em “B” maior de nossa Bossa, de nosso Batuque, de nosso Baião, do nosso samBa, e nisso ela é BamBa.

Parabéns, conterrânea.

Parabéns, Aline de Lima,

Aline de Caxias,

Aline do Maranhão,

Aline do Brasil e do mundo.

Com muito (en)canto.

* EDMILSON SANCHES

Imagem: Aline de Lima em cartaz (2012).

Rio de Janeiro (RJ), 23/10/2025 - Festival Mate com Angu de Cinema Popular. Foto: Festival Mate com Angu/Divulgação

Com o tema “Bora se ver no Cinema”, a 5ª edição do Festival Mate com Angu de Cinema começou nessa quinta-feira (23), na cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O evento promovido pelo Cineclube Mate com Angu busca fortalecer a produção audiovisual local e democratizar o acesso à sétima arte.

O festival ocorre em espaços públicos de valorização cultural, como o Gomeia Galpão Criativo e o Casarão da Cultura, além de ter na programação uma sessão ao ar livre na Praça da Estação de Trem de Imbariê. A programação é gratuita e vai até 1º de novembro. 

Para além da mostra de filmes de longa-metragem nacionais, estão inclusas competições de curtas-metragens, oficinas, debates e aulas abertas.

Uma das realizadoras do evento, Luisa Pitanga conta que o coletivo recebeu a inscrição de mais de 600 curtas e que ficou impressionada com a qualidade das produções que vieram de várias partes do país.

“A gente percebeu que muitos desses filmes só foram realizados por conta da Lei Paulo Gustavo. E ficou muito claro para a gente que, realmente, a política pública de audiovisual, essa territorialização, faz diferença, sim”.

Luiza Pitanga se refere à Lei Complementar nº 195/2022, batizada de Lei Paulo Gustavo, que destina cerca de R$3,862 bilhões para a execução de ações e projetos culturais em todo o território nacional.

Baixada na tela


A mostra abre com a estreia do documentário Amuleto, primeiro longa-metragem do Cineclube Mate com Angu. O projeto explora a história da produção do filme O amuleto de Ogum (1974), dirigido por Nelson Pereira dos Santos.

As histórias se passam em Duque de Caxias, local de origem do coletivo que atua desde 2002 e já produziu mais de 30 curtas e 100 oficinas voltadas ao audiovisual, com foco em produções locais.

Para Igor Barreira, membro do coletivo, o objetivo é descentralizar os cinemas de locais como shoppings e promover uma nova perspectiva sobre produções independentes. “Um Festival acolhedor e divertido, mas também crítico e provocador, como o cinema e arte devem ser", afirma.

O projeto é uma parceria entre o Cineclube Mate com Angu e a Circular Filmes, apresentado pelo Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Política Nacional Aldir Blanc..

(Fonte: Agência Brasil)