Um dos clubes mais vitoriosos do esporte do Maranhão, o Balsas Futsal confirmou a sua presença na LNF Silver, nova competição promovida pela Liga Nacional de Futsal (LNF), que contará com a participação de 16 equipes na temporada de 2026 e servirá de acesso para a divisão principal da LNF, uma das maiores ligas de futsal do mundo e principal torneio da modalidade no Brasil. Maior campeão maranhense de futsal na categoria Adulto Masculino, com 10 títulos, o Balsas atendeu a uma série de requisitos da LNF e recebeu a aprovação para a disputa da divisão de acesso.
O Balsas Futsal recebeu o convite da Liga Nacional de Futsal para a LNF Silver por causa de sua enorme tradição no cenário estadual, regional e nacional da modalidade. Além do decacampeonato do Maranhense de Futsal Adulto Masculino, o Balsas tem um trabalho sólido nas categorias de base e participações de destaque em torneios por todo o Brasil.
Além de garantir a vaga na LNF Silver, o Balsas Futsal está confirmado em outras duas competições da Liga Nacional de Futsal: a Copa LNF, que reunirá times das duas divisões, e o Talentos LNF, torneio com jogadores de até 20 anos. De acordo com o planejamento da diretoria, que já está trabalhando na montagem do elenco para a temporada de 2026, a equipe vai treinar em Balsas e disputar as partidas da LNF Silver em São Luís.
"O Balsas Futsal recebeu, com muita alegria, o convite para a participação na LNF Silver, a nova competição da Liga Nacional de Futsal. Após enviar todas as documentações necessárias, além das conversas com apoiadores e patrocinadores, garantimos a nossa participação. Hoje, o Balsas é o Maranhão na Liga Futsal. Vamos mandar os nossos jogos em São Luís, contra grandes equipes de todo o Brasil, e realizar os nossos treinamentos em Balsas. Contamos com a torcida de todos nessa competição tão importante e histórica, não só para Balsas, mas para todo o futsal maranhense", destaca Hallysson Dias, presidente e técnico do Balsas Futsal.
O Balsas Futsal conta com os patrocínios da Prefeitura de Balsas, da Casa Sertaneja, da Agromina, da Evolução Contabilidade, além dos apoios da Cultivar Agro, Motoca Honda, New Agro e de Tulio Rezende.
A Academia Monte Branco de Judô conquistou o título do Campeonato Maranhense de Judô, competição que encerrou o calendário da Federação Maranhense de Judô na temporada de 2025 e foi realizada no último sábado (13), no Ginásio Paulo Leite, em São Luís. Com 53 medalhas, sendo 33 ouros, 14 pratas e seis bronzes, a Academia Monte Branco superou a Academia Shiai, que ficou em segundo lugar com 18 ouros, 12 pratas e quatro bronzes, e a Associação Desportiva Mazzili, dona da terceira posição geral após faturar 16 ouros, três pratas e dois bronzes.
Na disputa masculina do Campeonato Maranhense de Judô, a Academia Monte Branco garantiu 22 medalhas de ouro, além de 11 pratas e quatro bronzes. A segunda posição ficou com a Academia Shiai, que levou 11 ouros, 9 pratas e dois bronzes, enquanto a Academia Tiradentes garantiu o terceiro lugar após conquistar 10 ouros, três pratas e dois bronzes.
O domínio da Academia Monte Branco também se estabeleceu na categoria feminina, onde garantiu o primeiro lugar com 11 ouros, três pratas e dois bronzes, levando a melhor na disputa contra a Academia Shiai, que ficou na segunda posição após levar sete ouros, três pratas e dois bronzes. Fechando o pódio, a Associação Desportiva Mazzili conquistou a terceira posição com seis ouros e uma prata.
Além das disputas do Campeonato Maranhense, a FMJ promoveu o Festival Maranhense de Judô, atividade voltada para crianças de 4 a 10 anos de idade com o objetivo de atrair e incentivar a prática da modalidade a jovens judocas. Ao todo, 400 atletas participaram dos dois eventos, reforçando o desenvolvimento da modalidade em todo o Estado.
"Finalizamos a temporada do judô maranhense com o Campeonato Maranhense de Judô e o Festival Maranhense de Judô. Sempre é uma satisfação muito grande poder reunir toda a comunidade do judô do Estado, trazer as famílias, professores, atletas e toda a equipe da Federação, que trabalha com esse objetivo de fomentar a modalidade e trazer resultados de alto rendimento para o Estado nos eventos nacionais e internacionais. O ano de 2025 teve um saldo muito positivo para a FMJ, com a grande participação dos atletas de todo o Maranhão nas competições. Pudemos levar atletas para eventos interestaduais e até internacionais, onde conquistaram grandes resultados", afirma Rodolfo Leite, presidente da FMJ.
RESULTADOS DO CAMPEONATO MARANHENSE DE JUDÔ 2025
CLASSIFICAÇÃO GERAL
1º - Academia Monte Branco (33 ouros, 14 pratas e 6 bronzes)
2º - Academia Shiai de Judô (18 ouros, 12 pratas e 4 bronzes)
O acesso à internet na primeira infância mais que dobrou em menos de uma década no Brasil, passando de 11%, em 2015, para 23%, em 2024. Isso inclui quase metade (44%) dos bebês de até 2 anos e 71% das crianças de 3 a 5 anos.
Os dados fazem parte do estudo Proteção à primeira infância entre telas e mídias digitais, publicado pelo Núcleo Ciência pela Infância (NCPI) e divulgado nesta quarta-feira (17).
A publicação lembra que a Sociedade Brasileira de Pediatria não recomenda o uso de telas para menores de 2 anos.
Já a orientação para crianças entre 2 e 5 anos é que o tempo seja limitado a até uma hora por dia, sempre com supervisão de um adulto responsável.
Desigualdade social
A pesquisa mostra que desigualdades sociais têm impacto direto nos números. Segundo o levantamento, 69% das crianças de famílias de baixa renda são expostas a tempo excessivo de tela.
Quanto menor a renda, maiores os riscos de as telas substituírem o convívio e o brincar, elementos considerados essenciais para o desenvolvimento infantil.
Uma das coordenadoras da publicação, a professora associada sênior da Universidade de São Paulo (USP), de Ribeirão Preto, Maria Beatriz Linhares afirma que “o tempo excessivo de tela na primeira infância, especialmente entre crianças de famílias de baixa renda, revela um contexto de sobrecarga e falta de apoio às famílias”.
“A ciência é clara: sem interação humana, sem brincar e sem presença, as crianças perdem oportunidades essenciais para desenvolver linguagem, vínculos afetivos, regulação emocional e habilidades sociais”, complementa.
Os resultados dialogam com a pesquisa Panorama da Primeira Infância: O que o Brasil sabe, vive e pensa sobre os primeiros seis anos de vida, da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.
O estudo ouviu 822 cuidadores de crianças de 0 a 6 anos e revelou que 78% das crianças de 0 a 3 anos estão expostas às telas diariamente, apesar de os responsáveis reconhecerem a importância de impor limites.
Impactos no cérebro
De acordo com o material divulgado, nesta quarta-feira, pelo NCPI, o uso intenso de mídias digitais está associado a alterações na anatomia do cérebro, com possíveis prejuízos ao processamento visual e a funções cognitivas como atenção voluntária, reconhecimento de letras e cognição social.
A professora Maria Thereza Souza, do Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade da Universidade de São Paulo (USP), diz que a qualidade do conteúdo e o uso passivo e excessivo das telas afetam áreas cerebrais relacionadas à linguagem, à regulação das emoções e ao controle de impulsos.
“A exposição a conteúdos inapropriados, assim como o uso passivo de telas sem linguagem adequada, podem acarretar prejuízos ao desenvolvimento. Até mesmo desenhos animados podem estar associados a problemas de atenção em crianças entre 3 e 6 anos”, diz a professora.
Há, também, um alerta para riscos associados à exposição a conteúdos violentos. Esse tipo de material pode reduzir a atividade de estruturas cerebrais responsáveis pela regulação do comportamento hostil e aumentar a ativação de áreas envolvidas na execução de planos agressivos.
Videogames violentos e outros conteúdos desse tipo estão associados a maior risco de comportamentos hostis, dessensibilização à violência, ansiedade, depressão, pesadelos e maior aceitação da violência como forma de resolução de conflitos.
Diante desse cenário, o NCPI destaca a necessidade de políticas públicas intersetoriais que integrem saúde, educação, assistência social e proteção de direitos. Entre as recomendações, estão campanhas de sensibilização sobre o uso responsável das tecnologias, formação qualificada de profissionais, fiscalização da classificação indicativa e proteção contra conteúdos inadequados e publicidade abusiva.
O estudo também reforça a importância de fortalecer redes de apoio às famílias, garantir espaços públicos para brincar e promover a educação digital desde os primeiros anos de vida, de modo que as crianças cresçam em ambientes equilibrados, com vínculos reais e experiências fundamentais para o desenvolvimento.
As pesquisadoras ressaltam o papel central de pais e cuidadores na mediação ativa do uso de dispositivos digitais. Entre as práticas recomendadas, estão:
estabelecer limites de tempo adequados à idade;
evitar telas antes de dormir ou durante refeições;
priorizar brincadeiras e interação presencial;
acompanhar o conteúdo consumido e optar por materiais educativos apropriados à faixa etária;
manter zonas livres de tela em casa;
pais e cuidadores devem ser também um exemplo de uso consciente da tecnologia.
O estudo reúne evidências de fontes nacionais e internacionais, como a pesquisa TIC Kids Online Brasil, diretrizes da Organização Mundial da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria, além de estudos revisados por pares sobre os efeitos da exposição às telas no desenvolvimento infantil.
As disputas do torneio Adulto Masculino do Campeonato Maranhense de Futsal 2025, competição promovida pela Federação de Futsal do Maranhão (Fefusma), chegaram ao fim no último domingo (14), no Ginásio Costa Rodrigues, em São Luís. Em quadra, Iape Futsal e Araioses Futsal fizeram uma partida equilibrada e com fortes emoções para decidir o campeão da temporada. E, após empate por 2 a 2 no tempo normal e na prorrogação, o Iape Futsal levou a melhor nos pênaltis para conquistar o inédito título estadual de futsal.
Um dos destaques do Iape Futsal foi o goleiro Inaldo, que fez grandes defesas na decisão. O goleiro ainda pegou dois pênaltis e garantiu ao Canário da Ilha o direito de soltar o grito de campeão.
A campanha do Iape Futsal para chegar ao título foi quase perfeita. Na fase de grupos, o Canário da Ilha venceu o Viana (3 a 2), o School Alemanha (7 a 2) e o 2 de Julho (4 a 1), mas acabou sendo derrotado pelo Araioses Futsal por 3 a 2, em uma prévia da grande final.
Nas quartas de final, Iape Futsal eliminou o AAGB Uema nos pênaltis após empate sem gols no tempo normal. Classificado para as semifinais, o time da capital fez 2 a 0 sobre o Real 7 Futsal, da cidade de Imperatriz, confirmando sua vaga para a final diante do Araioses Futsal.
Com a conquista do Campeonato Maranhense de Futsal, o Iape Futsal garantiu classificação para a Taça Brasil de Clubes de 2026 - Divisão Especial.
Estadual 2025
Apesar da definição do campeão do torneio Adulto Masculino, as demais categorias do Campeonato Maranhense de Futsal 2025 seguem sendo disputadas. A Fefusma divulgou a tabelas dos próximos jogos da competição, que vão ocorrer nesta quarta e quinta-feira (17 e 18), no Ginásio Costa Rodrigues, em São Luís.
Na quarta, a programação de jogos terá início às 18h: School Alemanha x AFC Madri FC (Sub-11), AAGB Aurora Futebol x Araioses Futsal (Sub-15), Balsas Futsal x Apcef Athenas (Adulto Feminino) e AFC IBP x Araioses Futsal (Adulto Feminino).
Já na quinta-feira, a bola rola a partir das 17h30 para as seguintes partidas: Iape São Luís Academy x Apcef Cruzeiro (Sub-8), Apcef Cruzeiro x AAGB Aurora Futebol (Sub-10), AFC Madri FC x AAGB Aurora Futebol (Sub-11), AAGB Uema x Balsas Futsal (Adulto Feminino) e AFC IBP x IVB+Fênix FC (Adulto Feminino).
Próximos jogos
Quarta-feira (17/12) / Ginásio Costa Rodrigues
18h – School Alemanha x AFC Madri FC (Sub-11)
19h – AAGB Aurora Futebol x Araioses Futsal (Sub-15)
19h50 – Balsas Futsal x Apcef Athenas (Adulto Feminino)
21h – AFC IBP x Araioses Futsal (Adulto Feminino)
Quinta-feira (18/12) / Ginásio Costa Rodrigues
17h30 – Iape São Luís Academy x Apcef Cruzeiro (Sub-8)
18h30 – Apcef Cruzeiro x AAGB Aurora Futebol (Sub-10)
19h15 – AFC Madri FC x AAGB Aurora Futebol (Sub-11)
Três filmes brasileiros avançaram mais uma etapa na seleção para serem indicados ao Oscar 2026: O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, está entre os concorrentes a Melhor Filme Internacional; Apocalipse nos Trópicos, de Petra Costa, foi incluído entre os 15 selecionados para Melhor Documentário de Longa-Metragem; e Amarela, de André Hayato Saito, permanece na categoria de Curta-Metragem em Live Action.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos anunciou, nessa terça-feira (16), as listas de finalistas em 12 categorias para a 98ª edição do Oscar, cuja cerimônia de premiação será exibida no dia 15 de março de 2026.
Brasileiros concorrem ainda ainda na categoria de Melhor Direção de Elenco (Casting), com Kleber Mendonça Filho, por seu trabalho em O Agente Secreto, e em Cinematografia, com Adolpho Veloso, diretor de fotografia que está em Train Dreams (Sonhos de Trem).
Foram divulgadas, nessa terça-feira, listas de finalistas em 12 categorias:
Curta-metragem de animação;
Casting;
Cinematografia;
Documentário;
Documentário Curta-Metragem;
Melhor Filme Internacional;
Curta-Metragem Live Action;
Maquiagem e Penteado;
Música (Trilha Sonora Original);
Música (Canção Original);
Som;
Efeitos Visuais.
No caso da categoria de Melhor Filme Internacional, em que concorre O Agente Secreto, 15 candidatos avançaram para a próxima rodada, selecionados a partir de filmes de 86 países ou regiões elegíveis na categoria.
Os integrantes da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas votarão, no período de 12 a 16 de janeiro de 2026, para determinar os indicados oficiais ao Oscar. Nessa rodada, eles deverão assistir a todos os 15 filmes pré-selecionados.
A lista completa dos nomeados para a 98ª edição do Oscar será divulgada em 22 de janeiro.
Conheça os 15 candidatos, em ordem alfabética por país:
Argentina, Belén;
Brasil, O Agente Secreto;
França, Foi apenas um acidente;
Alemanha, Som de Cair;
Índia, Homebound;
Iraque, O Bolo do Presidente;
Japão, Kokuho;
Jordan, Tudo o que resta de você;
Noruega, Valor sentimental;
Palestina, Palestina 36;
Coreia do Sul, Nenhuma outra escolha;
Espanha, Sirât;
Suíça, Turno Tardio;
Taiwan, Menina de Esquerda;
Tunísia, A Voz de Hind Rajab.
No Brasil, o filme O Agente Secreto foi lançado no dia 6 de novembro passado. Ele narra a história de Marcelo, um especialista em tecnologia acusado de atividades subversivas que se muda de São Paulo para Recife em 1977, na tentativa de escapar dos agentes do governo.
O personagem chega à capital pernambucana e, em pouco tempo, começa a desconfiar que está sendo espionado por seus vizinhos. A película tem como ator principal Wagner Moura.
Prêmios de O Agente Secreto até agora:
Festival de Cannes (Melhor Ator e Melhor Direção)
Festival de Cinema de Jerusalém (Melhor Filme Internacional)
Festival de Cinema de Lima (Prêmio do Júri de Melhor Filme, Prêmio do Júri da Crítica Internacional de Melhor Filme e Melhor Filme na Competição Latino-Americana de Ficção)
Festival Biarritz Amérique Latine (Abrazo d’Honneur)
Festival de Cinema de Zurique (Golden Eye Award)
Film Festival Cologne (Prêmio The Hollywood Reporter)
Festival de Cinema de Hamburgo (Arthouse Cinema Award)
Festival Internacional de Cinema de Chicago (Melhor Ator)
Festival de Cinema de Virgínia (Prêmio Craft por Realização em Fotografia)
Festival Internacional de Cinema de Gáldar (Melhor Filme)
Newport Beach Film Festival (Melhor Performance)
Festival Internacional de Cinema de Estocolmo (Melhor Fotografia)
Festival de Cinema de Key West (Prêmio da Crítica)
New York Film Critics Circle Awards (Melhor Ator e Melhor Filme Internacional)
Atlanta Film Critics Circle Awards (Top 10 Melhores Filmes)
IndieWire Honors (Melhor Performance)
Los Angeles Film Critics Association Awards (Melhor Filme Internacional).
O lançamento do foguete Hanbit-Nano, desenvolvido pela empresa sul-coreana Innospace, que ocorrerá a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, está programado para esta quarta-feira (17), às 15h45, no horário de Brasília.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), que conduzirá a operação, a janela de lançamento se estende de 16 a 22 de dezembro. Trata-se do primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional.
“Será um voo inaugural a partir do Brasil, simbolizando a entrada do país no mercado global de lançamentos espaciais”, destacou o diretor do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), coronel Aviador Clóvis Martins de Souza.
A missão, denominada Operação Spaceward, conta com cerca de 400 profissionais, entre brasileiros – militares e civis – e sul-coreanos. De acordo com a FAB, a ação significa um avanço inédito e estratégico para Programa Espacial Brasileiro.
“É um marco que demonstra nossa maturidade técnica e insere o Brasil no mercado global de lançamentos comerciais. Alcântara se firma como um polo estratégico espacial, atraindo investimentos, empresas e inovação. É um passo significativo para o futuro do Brasil no espaço”, disse o chefe da Divisão de Operações do CLA, major Engenheiro Robson Coelho de Oliveira.
O veículo espacial – que tem 21,8 metros de comprimento, 1,4 metro de diâmetro, e 20 toneladas – levará satélites para a órbita baixa da Terra (LEO), a uma altitude de, aproximadamente, 300km e inclinação de 40 graus.
Oito cargas úteis estão dentro da coifa na parte superior do veículo de lançamento: cinco pequenos satélites para colocação em órbita e três dispositivos experimentais. A propulsão do equipamento é híbrida, com combustível sólido e líquido.
O setor editorial e livreiro no Brasil registrou, em 2025, mais de 54 mil empresas e estabelecimentos ativos em todas as etapas da cadeia, como editoras de livros, livreiros, distribuidores e gráficas e empresas de edição integrada. O número representa uma expansão em relação ao ano anterior, quando eram 51 mil empresas e estabelecimentos ativos.
Além disso, o segmento cria 70 mil empregos diretos. Os dados são de levantamento divulgado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), produzido em parceria com a Analytics Valuation Reporting Insights (AVRI).
Entre 2023 e 2025, houve um crescimento de 13% no número total de empresas, com destaque para o avanço das editoras e do comércio varejista de livros. E de 2024 para 2025, o aumento foi consistente em todos os segmentos mapeados, ressaltou a CBL.
Dimensão
Para a presidente da CBL, Sevani Matos, o estudo é fundamental para compreender a dimensão do setor do livro no Brasil. “Pela primeira vez, reunimos dados que mostram o tamanho do nosso setor. Esse diagnóstico nos dá base para avançar em políticas públicas, fortalecer nossos profissionais e ampliar o acesso ao livro em todo o país”, afirmou.
O levantamento fez, ainda, um mapeamento da estrutura do setor, com base nos dados de 2024. Do total de empreendimentos, 59% eram empresários individuais, 40% empresas privadas e 1% organizações sem fins lucrativos. Em relação ao porte, o setor é predominantemente formado por microempresas (83%), seguido por empresas médias e grandes (9%) e de pequeno porte (8%).
Criação de empregos
O comércio varejista de livros é o segmento que mais cria empregos no setor livreiro, com forte concentração na Região Sudeste, responsável por 56% dos postos de trabalho. O comércio atacadista tem estabelecimentos situados principalmente em centros regionais de distribuição, com destaque para as capitais das regiões Sudeste, Nordeste e Sul.
A edição de livros reúne o maior número de estabelecimentos do setor, marcada pela predominância de empresários individuais, que representam 77% do total. A impressão de livros é o segmento com maior média de empregos por empresa, alcançando nove postos de trabalho por estabelecimento, também com destaque para as regiões Sudeste e Sul.
Em 2025, o estudo aponta, ainda, uma forte presença territorial do setor: 2.495 municípios brasileiros contam com, pelo menos, uma empresa ligada ao livro, o que, segundo a CBL, evidencia a capilaridade do setor e sua relevância nacional.
O estudo também analisou a relação entre a presença do comércio varejista de livros e os indicadores de desenvolvimento das cidades. Entre os 1.830 municípios que têm livrarias, o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC) é 3% superior à média nacional. Segundo a CBL, o dado reforça que a existência de livrarias e pontos de circulação de livros está associada a melhores condições sociais, educacionais e culturais.
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a partir do laboratório Leetra, produziu e lançou um videogame pensado na introdução da cultura dos povos indígenas para estudantes do ensino fundamental 1.
O jogo de plataforma 2D se chama Eli e a Queda do Céu em Território Yanomami e tem como protagonista um menino que deve enfrentar seres malignos para salvar a Floresta Amazônica.
A obra foi inspirada no livro A Queda do Céu: Palavras de um Xamã Yanomami, de Davi Kopenawa e Bruce Albert, porém, apresenta diversos elementos originais, como o próprio protagonista.
O jogo faz parte de um projeto coordenado pela professora do Departamento de Letras da UFSCar, Maria Silvia Cintra Martins, que procura atender a uma antiga demanda de professores do ensino infantil por mais material educativo voltado à história indígena. Antes do lançamento do game, outros dois jogos foram publicados: Jeriguigui e O Jaguar na Terra dos Bororos e Kawã.
Ferramenta
Desde 2008, é obrigatório o estudo da história e cultura indígena nas redes de ensino fundamental e médio em todo o país, mas as ferramentas são limitadas.
“Como formadora de docentes de educação infantil, eu sei da demanda dos professores por material de subsídio para que eles possam, de fato, cumprir a lei”, aponta Maria Silvia.
A coordenadora do projeto fez uma extensa pesquisa bibliográfica para representar de forma respeitosa a cultura yanomami. “Eu fiz muita pesquisa on-line, em busca de elementos geográficos, históricos, políticos e culturais, a respeito do povo yanomami”.
Os personagens que aparecem no jogo foram criados com diversos elementos inspirados pela cultura yanomami. O protagonista da história, Eli, que não existe na história original, possui traços xamânicos e acessórios típicos da comunidade indígena representada.
Também foi criada uma menina xamã no jogo, após Martins sentir que faltava uma figura feminina na narrativa. Lia aparece nos momentos finais do game para apoiar Eli no confronto final.
“Conversando com um engenheiro, falei para ele: nossa, acho que estamos falhando. Neste momento, é tão importante a força feminina atuante. Afinal, existem mulheres xamãs também. Então, é por isso que criamos a Lia,” explica Martins.
Por se tratar de um jogo infantil, o design dos personagens e dos cenários foram idealizados de forma leve, com cores chamativas e vibrantes. O Ilustrador do game, Hugo Cestari, apontou que histórias indígenas muitas vezes contêm temas sinistros, por isso, procurou suavizar o visual.
“Os personagens ficaram com uma aparência amigável. Até os vilões têm uma aparência mais amigável. Então, a gente fez tudo pensando no público infantil e para representar a cultura indígena, mas sempre com ar de brincadeira, de aprendizado”, contou Cestari.
Artista de múltiplas facetas, o jornalista Haroldo Costa morreu no último sábado (13), no Rio de Janeiro, aos 95 anos. A morte foi confirmada pela família, no perfil oficial dele, nas redes sociais.
Costa é ex-funcionário da Rádio MEC e tem passagens pela antiga TVE, atual TV Brasil, veículos públicos administrados pela EBC, onde Costa desenvolveu diferentes projetos.
Jornalista, ator, compositor, produtor e diretor de rádio e televisão, Haroldo é mais conhecido por seu trabalho como comentarista dos desfiles das escolas de samba, no Carnaval. Mais recentemente, integrava o corpo de jurados da premiação Estandarte de Ouro, do jornal O Globo. Antes, ele fez parte do corpo de jurados da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), por ser um dos pesquisadores que valorizavam a cultura afro-brasileira no Carnaval.
O Salgueiro, escola de samba da qual era torcedor, declarou está de luto. A Estação Primeira de Mangueira também. Em nota, a escola verde e rosa disse que ele foi uma "figura única no Carnaval".
A trajetória de Haroldo Costa começa no Teatro Experimental do Negro (TEN), fundado por outro intelectual e artista, Abdias do Nascimento.
Depois, Haroldo se juntou a dançarinos e atores para formar o grupo que empreendeu a turnê Brasiliana e que, por cinco anos, divulgou a cultura popular brasileira por 25 países da Europa e da América.
Essa é uma das experiências destacadas na mostra Haroldo Costa – Samba & Outras Coisas, feita em homenagem ao artista, pelo Sesi, em 2011. Como o falecimento de Costa, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro postou nota pública em homenagem ao artista, destacando a trajetória do artista e comunicador negro como "fundamental". "Um gênio da arte e um ser humano maravilhoso, com quem convivemos em inúmeros projetos e a quem tivemos o prazer e a honra de homenagear com uma exposição que celebrou toda a sua rica história".
Como ator, Haroldo Costa conseguiu também o grande feito de ser o protagonista de Ofeu da Conceição, peça teatral musicada de Vinicius de Moraes, que inaugurou a parceria do poeta com o compositor Antonio Carlos Jobim. O convite fez de Haroldo o primeiro ator negro a pisar o palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em espetáculo em que os cenários eram de Oscar Niemeyer e o cartaz de autoria de Carlos Scliar.
A partir dos anos 60, Haroldo assumiu microfones e a direção de programas de rádios na MEC, na Mayrink Veiga e na TV. Na emissora radiofônica de música clássica, produziu e apresentou, por exemplo, o programa Balcão Nobre, que trazia registros de apresentações da cena lírica, entre as décadas de 1970 e 1980.
Ele também conduziu oEstampas Brasileiras, onde entrevistava artistas, e Mosaico Panamericano, programa de música latina, om o instrumentista Aloysio de Alencar Pinto.
Como historiador, é autor de quinze livros, dois deles dedicados à escola de coração – Salgueiro: Academia do Samba (1984) e Salgueiro: 50 anos de Glória (2003), que se tornaram as obras mais importantes sobre escolas de samba, além de Fala, crioulo – O que é ser negro no Brasil, entre outros livros.
Homenagens
Intelectuais, artistas e políticos lamentaram o falecimento de Haroldo Costa. A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) disse que o carioca era referência absoluta do samba, do Carnaval e da intelectualidade negra. "Sua obra, sua voz e sua luta permanecem vivas entre nós", declarou.
Outro ícone do Carnaval carioca e griot, o jornalista e radialista Rubem Confete se solidarizou com familiares e destacou Haroldo como um "grande pensador, pesquisador, ator e roteirista que deixa um legado e enorme trabalho em prol da cultura afro brasileira".
A historiadora Lilia Schwarcz disse que o comunicador foi uma figura central na intelectualidade negra e brasileira.
O escritor Nei Lopes disse que Haroldo era uma das maiores referências e lembrou que o artista foi o primeiro negro, em 1958, a dirigir um filme de longa-metragem, o Pista de Grama ou Um desconhecido bate à sua porta. "A morada eterna dos negros elegantes, amigos insubstituíveis ganhou mais um membro do primeiro time".
O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, complementou que Haroldo Costa, "guardião do samba e do Carnaval", dedicou a vida ao samba e ao Carnaval "com dignidade e profundo amor pelo povo do samba. Seu legado é eterno", afirmou.
O governador do Rio, Cláudio Castro, enviou nota à imprensa chamando Haroldo de mestre, "que ajudou gerações a compreender a grandiosidade dos desfiles, dos sambas-enredo e da identidade do nosso povo".
Pelo menos, 45 comunidades de matriz africana no país participam na próxima quarta (17), do 1º Prêmio “Sabores e Saberes: Comida de Terreiro”. O evento, que ocorre na Casa Niemeyer, em Brasília (DF), é uma iniciativa da Fundação Cultural Palmares em parceria com o Ministério da Igualdade Racial e com a Universidade de Brasília (UnB). O evento é aberto ao público.
A ideia, segundo os organizadores, é garantir visibilidade e fortalecer a gastronomia de terreiro, a fim de promover o reconhecimento das práticas culinárias afro-brasileiras e suas profundas raízes culturais e espirituais.
Resistência
O presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues, defende que a gastronomia de terreiro, mais do que prática culinária, deve ser vista como um elemento cultural e de resistência religiosa.
“Cada prato tem um significado profundo e uma conexão com os orixás, sendo considerada uma refeição tanto para o corpo quanto para a alma”, considerou em nota divulgada pela Fundação Palmares. As 45 entidades participantes foram selecionadas por meio de um edital público.
Além do prêmio de R$ 13 mil para cada uma, as comunidades, também, receberam kits de cozinha industrial contendo nove itens incluindo freezer, fogão, bancada de inox, processador, exaustor, e forno micro-ondas, entre outros.
Emprego e renda
A coordenadora de projetos da Fundação Palmares, Cida Santos, diz que o prêmio promove a geração de empregos e renda, para fortalecer a economia criativa e valorizar a gastronomia afro-brasileira. Ela explica que o prêmio ajuda a divulgar as histórias e receitas dessas comunidades.
Os organizadores entendem que a iniciativa relaciona-se com a defesa do patrimônio cultural, a economia e a segurança alimentar. A culinária afro-brasileira é um dos maiores legados da cultura afro-brasileira e, com este prêmio, busca-se fortalecer ainda mais esse movimento, colocando-o em evidência.
A diretora de Políticas Públicas para os Povos de Matriz Africana e Povos de Terreiro do Ministério da Igualdade Racial (MIR), Luzineide Borges, entende que a gastronomia mantém vivas as práticas de cultivo, preparo e partilha de alimentos, que atravessam gerações.
Representante da Associação de Cultura e Tradições de Matriz Africana Ojinjé Ilê Alaketu Ijobá Bayó Àsé Nanã, de Navegantes (SC), Isabel Cristina Ribeiro Rosa, afirma que a cozinha é o “coração da casa” que alimenta toda a comunidade. Ela é uma das pessoas que participará do prêmio na quarta.