A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Secretaria Nacional de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), lançou o Projeto Defensoras Populares, voltado para mulheres em situação de vulnerabilidade que atuam como lideranças comunitárias. As inscrições ficarão abertas até 18 de janeiro.
O foco está na formação de mulheres em áreas dos direitos humanos, visando fortalecer trabalhos já existentes nessas comunidades e promover o acesso à Justiça aos territórios.
"Nós sabemos que as mulheres, em especial as que residem nas periferias, além de serem comumente as chefes da família, também estão nos movimentos sociais lutando por melhores condições de vida numa sociedade que se estrutura a partir do patriarcado, racismo, capacitismo e de classe.”, declarou o coordenador de Cooperação Social da Fiocruz, Leonídio Santos.
O Projeto Defensoras Populares pretende alcançar dez estados em 2026, cinco no primeiro semestre do ano: São Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Bahia e Rio Grande do Norte. E os demais no segundo semestre.
A inscrição é feita exclusivamente online e está disponível no edital, que pode ser acessado através do link. Para se inscrever, é necessário que a candidata:
. Se e identifique como mulher (cis ou trans);
. Seja maior de 18 anos;
. Resida no estado onde fará o curso;
. Tenha acesso à internet (mesmo que no celular) e um endereço de e-mail;
. Tenha disponibilidade para participar de encontros online e presenciais durante oito meses;
. Realize ações de multiplicação de conhecimento na comunidade;
. Tenha vivido situações de violência, ou more em territórios de vulnerabilidade social e/ou econômica, ou atue em movimentos sociais ou grupos culturais de sua comunidade.
Curso
O edital vai priorizar mulheres negras, indígenas, quilombolas, do campo, da periferia, mulheres trans e outras em situação de vulnerabilidade social. O resultado será divulgado em fevereiro do próximo ano, quando o curso terá início, e o programa oferece bolsa auxílio no valor de R$ 700 durante os oito meses de processo formativo.
Cada turma contará com mulheres que já atuam como lideranças em suas comunidades e que, ao longo da formação, serão capacitadas para atuar como multiplicadoras de direitos, identificando violações, orientando outras mulheres e aproximando suas comunidades dos mecanismos de justiça.
“Essas mulheres, sujeitas históricas e de direitos, precisam estar investidas de conhecimento e amparo para exercerem esses papéis tão fundamentais em suas comunidades e essa é a principal contribuição do projeto, do nosso ponto de vista”, completa Leonídio Santos.
Prêmio Inovare 2025
A edição piloto do projeto foi realizada esse ano no Ceará, em parceria com a Defensoria Pública do estado e a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Cerca de 100 mulheres das regiões de Fortaleza, Sobral e Cariri foram certificadas como defensoras populares do estado.
A edição foi vencedora do Prêmio Innovare 2025, uma das distinções mais relevantes do sistema de justiça brasileiro, que reconhece práticas transformadoras e inovadoras.
“O projeto quer mostrar, na prática, que quando mulheres têm acesso ao conhecimento e ao Estado, a mudança acontece de verdade. Nosso compromisso é simples e poderoso: mulheres organizadas mudam realidades”, diz a secretária nacional de Acesso à Justiça, Sheila de Carvalho.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta terça-feira (23), decreto que reconhece a cultura gospel como manifestação cultural nacional. A falta desse ato, segundo ele, dificultava a sua inclusão no planejamento das políticas públicas e na preservação de suas manifestações.
Em cerimônia no Palácio do Planalto, Lula afirmou que o reconhecimento é um passo importante “de acolhimento e respeito à comunidade e ao povo evangélico do Brasil” e para o apoio aos artistas, agentes culturais e espaços comunitários envolvidos na cena cultural gospel.
“Com esse decreto o Estado brasileiro confirma que a fé também se expressa como cultura, como identidade, como história viva do nosso povo. Abre portas para valorização, promoção e proteção não só da música, mas de todas as manifestações da cultura gospel no âmbito das nossas políticas públicas”, disse.
O presidente lembrou que, em 2024, sancionou a lei que criou o Dia Nacional da Música Gospel, em 9 de junho. Outros atos nesse sentido, segundo Lula, foram a criação da Marcha para Jesus como manifestação de fé e cultura popular, em 2009, e a assinatura de lei da liberdade religiosa, em 2003.
“A Constituição garante que o Estado é laico, mas isso não significa um Estado indiferente à fé do seu povo. Significa um Estado que respeita todas as crenças, que não discrimina, que não hierarquiza e que entende a espiritualidade como parte da experiência humana e da formação cultural do nosso Brasil”, disse o presidente.
Lula contou que o reconhecimento da cultura gospel como manifestação cultural veio de um pedido da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). “A tua reivindicação está sendo atendida porque é fazer justiça ao povo evangélico e a música gospel”, disse o presidente à senadora, presente na cerimônia.
Aceno
O decreto assinado por Lula estabelece que a cultura gospel será compreendida como o conjunto de expressões artísticas, culturais e sociais que se vinculam à manifestação da fé no Brasil, tendo em vista a valorização, promoção e proteção da cultura gospel no âmbito das politicas públicas de cultura. Com isso, poderão ser promovidas a formação de profissionais, de agentes culturais e gestores e a articulação federativa para a inclusão da cultura gospel nas políticas locais e no sistema nacional de cultura.
O pastor da Nossa Igreja Brasileira, Marco Davi de Oliveira, destacou que a cultura gospel é diversa e representa cerca de 30% da população brasileira. Para ele, o decreto assinado hoje é mais um aceno do governo ao povo evangélico.
“Este aceno nos dá a certeza de que ele ratifica a democracia neste país, que há de continuar democrata, porque essa, sim, é a vontade de Deus. E nós olhamos a cultura e vemos a cultura gospel sendo respeitada e sendo valorizada através desse decreto”, disse o pastor.
Para a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o decreto fortalece os direitos culturais de todos os brasileiros. Segundo ela, a cultura gospel é uma das expressões da diversidade cultural, traduzida, entre outros, em música, literatura, em teatro, artesanato, em economia criativa e em formas do convívio comunitário.
“[O reconhecimento] significa afirmar que seus repertórios, seus saberes, suas linguagens, suas estéticas são partes construtivas da vida cultural brasileira e devem ser objeto de políticas de proteção, promoção e fomento em pé de igualdade com todas as outras tradições culturais do povo brasileiro”, defendeu a ministra.
“Estamos aproximando o cotidiano das comunidades de fé e a institucionalidade cultural, garantindo que conselhos, conferências e planos de cultura considerem, escutem e integrem essa presença viva e capilarizada nos nossos territórios”, acrescentou Margareth, ao citar outras ações já em desenvolvimento, de apoio à cultura gospel.
A exposição O Pequeno Príncipe, aberta no último sábado (20), no MIS Experience, em São Paulo, apresenta os contextos históricos que levaram o francês Antoine de Saint-Exupéry a escrever o livro. A entrada é gratuita às terças-feiras.,.
A mostra conduz o público por uma jornada cronológica sobre a criação do livro, que tem mais de 600 traduções e milhares de exemplares vendidos. Os visitantes podem conhecer momentos marcantes da vida de Saint-Exupéry, como o seu exílio nos Estados Unidos durante a guerra.
De acordo com a curadora da exposição, Mônica Cristina Corrêa, é importante conhecer a história do criador do livro para compreender as mensagens presentes na obra.
“Ao conhecer mais o autor, a gente entende melhor O Pequeno Príncipe. Por exemplo, o livro tem um tema que é universal e inerente a qualquer ser humano: a morte”, disse Mônica. O autor fala da morte como um ponto de reflexão sobre o sentido da vida. “O essencial da vida não é aquilo que você compra, não é aquilo que você consome, é aquilo que você faz como legado, com as relações humanas”.
A primeira publicação do livro ocorreu durante o exílio do autor nos Estados Unidos, em 1943. A obra foi lançada na França, somente em 1945.
“Só no fim da guerra, quando ele já tinha morrido, o livro foi publicado na França. E isso é muito significativo. O Pequeno Príncipe é o último livro da sua vida. Uma síntese de tudo que ele sentiu, pensou, desenhou e escreveu,” completou Mônica.
Segundo a curadora, muitos leitores separam a narrativa do livro do contexto em que foi escrito. Para Mônica Corrêa, isso causa uma banalização das mensagens contidas na obra. “Nossa proposta é convidar as pessoas para refletir junto de Saint-Exupéry e viajar com O Pequeno Príncipe,” conclui.
Os espaços da exposição
A exposição é dividida em quatro espaços distintos, que dialogam com diferentes aspectos da vida e da obra de Saint-Exupéry. Na entrada, o público encontra um ambiente com pisos de pedra e vitrines que remetem às ruas parisienses. Os elementos da cidade de Paris fazem parte da infância do autor.
Em seguida, a mostra parte para um hangar com a linha do tempo da vida de Saint-Exupéry. Na seção, um enorme avião está à mostra, elemento marcante de O Pequeno Príncipe e paixão pessoal de Saint-Exupéry. Mônica Corrêa contou que foi desafiador representar o avião porque a obra original não descreve a aparência do veículo.
Adiante, há três salas que propõem a imersão do público com a obra. Os espaços apresentam elementos como a Rosa, a Raposa, os planetas e as enormes árvores baobás. A trilha sonora, criada exclusivamente para a exposição, amplia a sensação de presença na obra.
Por fim, a exposição apresenta a sala de imersão 360º. A experiência recria, em grande escala, as passagens mais marcantes do livro, combinando aquarelas originais, animações e trilha sonora.
O MIS Experience está localizado na Rua Cenno Sbrighi, no Bairro Água Branca, em São Paulo.
O museu está aberto de terça a domingo, das 10h às 19h. De quarta a sexta, a entrada custa R$ 40 a inteira, e R$ 20, a meia. Aos sábados, domingos e feriados os ingressos saem por R$ 60 a inteira e R$ 30, a meia. As terças, a entrada é gratuita.
Estudantes que cursam o ensino médio na rede pública e estão inscritos no Cadastro Nacional de Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) começam a receber, nesta segunda-feira (22), a décima parcela de 2025 do Programa Pé-de-Meia. O valor de R$ 200 será pago somente aos beneficiários que atingiram frequência igual ou maior que 80% nas aulas.
O pagamento será realizado por meio da conta poupança Caixa Tem, até o dia 30 de dezembro, conforme o mês de nascimento dos estudantes.
Confira o calendário de pagamentos:
Nascidos em janeiro e fevereiro: 22/12
Março e abril: 23/12
Maio e junho: 24/12
Julho e agosto: 26/12
Setembro e outubro: 29/12
Novembro e dezembro: 30/12
De acordo com nota divulgada pela Caixa Econômica Federal, serão contemplados cerca de 3,1 milhões de estudantes no país. São jovens com idade entre 14 e 24 anos matriculados no ensino médio, ou de 19 a 24 anos que estejam na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA). Também é necessário estar com o Cadastro de Pessoa Física (CPF) regular.
O Programa Pé-de-Meia tem o objetivo de incentivar estudantes de baixa renda da rede pública a apresentarem frequência escolar adequada, por meio de apoio financeiro que considera a matrícula, frequência, conclusão e realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A iniciativa funciona como uma poupança, e o valor total do incentivo financeiro-educacional pode alcançar R$ 9,2 mil, caso todos os requisitos sejam cumpridos.
Os valores podem ser movimentados diretamente pelo aplicativo Caixa Tem ou por meio de saque nas lotéricas e terminais de autoatendimento, com o uso do cartão Pé-de-Meia fornecido gratuitamente. Estudantes menores de 18 anos precisam de autorização do responsável legal para desbloquear a movimentação do valor recebido.
Longa-metragem pioneiro do cinema gaúcho, Vento Norte (1951), de Salomão Scliar, venceu o processo de seleção e curadoria e será um dos destaques da programação oficial da próxima edição do Festival Internacional de Cinema de Roterdã, na Holanda, que ocorrerá de 29 de janeiro a 8 de fevereiro de 2026.
O festival é considerado um dos cinco maiores do gênero na Europa e exibirá o filme na mostra Cinema Regained, que reúne obras clássicas restauradas, documentários e produções experimentais sobre a cultura cinematográfica. O anúncio da escolha de Vento Norte ocorreu no último dia 16.
O filme, que foi restaurado em 4K, terá duas exibições durante o festival, mas o calendário com as datas ainda não foi divulgado.
A restauração foi feita pela Cinemateca Capitólio, por meio da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre, em parceria com a Cinemateca Brasileira, de São Paulo. Em entrevista à Agência Brasil, a diretora da Cinemateca Capitólio, Daniela Mazzilli destaca a importância histórica do longa-metragem.
“Por ser o primeiro filme de ficção sonora realizado inteiramente no estado do Rio Grande do Sul, um dos principais objetivos era conseguir recuperar essa cinematografia gaúcha”.
Vento Norte teve uma primeira digitalização, em VHS, no início dos anos de 1990. Daniela explicou que, hoje em dia, com as projeções digitais de altíssima definição, esse tipo de material “já não dá mais conta".
"Então, a recuperação do filme, o restauro dele, a partir das cópias em película, e a restauração inclusive do próprio som, era extremamente importante”.
O projeto estava no radar da cinemateca há muito tempo, e a restauração foi concluída este ano, quando se comemora o centenário de nascimento do cineasta.
Situação de risco
O número de pessoas que solicitavam a exibição do filme era outro motivo que justificava a realização de sua restauração, conta Daniela. Ela explica que o fato de o filme ter, hoje, só duas cópias em 35 milímetros, uma delas no Rio Grande do Sul, cria uma situação de risco à projeção dessas cópias.
“Então, realmente, a digitalização também vem ao encontro dessa necessidade de existir uma cópia muito melhor para poder circular, porque 35 mm começa a ser, hoje, uma cópia de guarda. E, não mais, uma cópia de difusão”.
A diretora da cinemateca conta que talvez exista uma cópia do filme no Museu de Arte Moderna de Nova York (Moma). Segundo ela, essa possibilidade está sendo investigada.
A restauração que será exibida no festival holandês foi feita em 4K, que é um sistema mais moderno de projeção cinematográfica, de altíssima resolução. Tanto cinemas comerciais como cinemas de arte e festivais já exibem no formato DCP 2K e 4K.
O DCP (‘Digital Cinema Package’) é o formato padrão mundial para a exibição de filmes em salas de cinema digitais, funcionando como o equivalente digital das antigas bobinas de filme. Os termos 2K e 4K referem-se às diferentes opções de resolução de imagem dentro desse sistema.
Daniela Mazzilli afirmou que, além de sua questão histórica, de como foi realizado, em que local e momento, Vento Norte é um filme esteticamente muito lindo.
"É um filme brasileiro que precisa muito ser visto. É o elo entre o neorrealismo italiano e o cinema novo brasileiro, por conta da linguagem que é usada, pelo fato de serem não atores em boa parte do filme, pelas paisagens naturais, a forma como foi filmado”.
O filme
Primeiro longa-metragem de ficção com som inteiramente filmado no Rio Grande do Sul, no início da década de 1950, Vento Norte foi rodado em preto e branco na cidade de Torres, no litoral gaúcho. Muitos dos pescadores de Torres participaram do filme como atores.
A trama retrata a rotina de uma pequena vila de pescadores, abalada pela chegada de um misterioso forasteiro. Sua presença desperta paixões e desencadeia uma série de ações violentas entre os habitantes locais, conduzindo a trama a um desfecho trágico.
Município litorâneo do Rio Grande do Sul, Torres revela no filme uma paisagem de dunas e ventos pouco conhecida pelo resto do Brasil. Para Daniela, essa é uma outra forma de mostrar a grandeza do país, com a diversidade de formas comum aos próprios estados brasileiros.
“A gente tem no imaginário um Rio Grande do Sul serrano ou de pampa e, de repente, tu tens esse primeiro longa que é feito na praia, com pescadores, onde tem toda uma cultura própria”, descreve. “Realmente, é um filme em que a beleza da fotografia vai chamar bastante atenção”.
O longa foi montado no Rio de Janeiro, onde foi exibido pela primeira vez no Círculo de Estudos Cinematográficos, em janeiro de 1951.
Em maio deste ano, Vento Norte teve sessões no Museu de Arte de São Paulo e no Clube de Cinema de Porto Alegre. Em julho, também entrou em cartaz no Cinema Imperial, na capital gaúcha.
Salomão Scliar
O cineasta Salomão Scliar (1925-1991) era fotógrafo e trabalhou nos principais veículos do país. Apesar disso, a diretora da Cinemateca Capitólio reconheceu que ele não é muito conhecido pelas novas gerações de cineastas brasileiros.
“Justamente porque o Salomão só fez, em termos de longa-metragem, esse único filme. Como era, em essência, fotógrafo, ele acabou se dedicando muito mais à fotografia. Até mesmo quem estuda cinema provavelmente não conhece ainda esse filme, embora ele seja muito trabalhado no Rio Grande do Sul, porque é o primeiro longa sonoro aqui do estado”.
Daniela contou que o pesquisador Glênio Póvoas fez uma pesquisa muito extensa sobre essa obra, que acabou sendo um farol no processo de restauração do filme.
Ainda que Scliar seja pouco trabalhado nas escolas de cinema, ela acredita que vai ter um impacto muito importante as pessoas conhecerem esse único longa que ele fez.
"Vai inspirar outros, com certeza. Assistindo ao trailer do filme, percebe-se uma conexão com o cinema novo brasileiro, com Glauber Rocha em especial. Por isso que existe essa conexão com o cinema novo brasileiro”.
Experiência surreal
Para Daniela Mazzilli, assistir Vento Norte no cinema é uma experiência surreal. Desde que a Cinemateca iniciou o trabalho de digitalização da película e seu restauro, Daniela começou a conversar com alguns programadores de festivais, “porque é um filme que circula no imaginário de muitos programadores”.
“A gente vinha construindo em que lugar seria o lançamento dessa cópia, justamente em espaços que priorizam e que tenham esse olhar para o cinema de arquivo e para a importância de trazer filmes até então desconhecidos, de conhecer outras cinematografias. E, aí, Rotterdã realmente foi um presente para o cinema gaúcho nesse sentido”.
Para ser escolhido, Vento Norte passou por um processo de seleção, de curadoria e de programação para o festival. “É um processo longo. São meses de espera, de mandar cópia, porque é um time de curadores que faz esse processo de seleção. Roterdã é um dos mais importantes festivais do mundo. O funil é muito grande”.
No ano passado, concorreram 43 filmes nessa seleção de filmes de arquivo. São quase 400 filmes na seleção geral do festival, que tem diversas mostras.
“Ser o único filme brasileiro nessa mostra em específico é muito significativo. É realmente um trabalho de formiguinha, de meses”, celebrou Daniela.
Além de Roterdã, outros festivais que têm esse olhar para filmes de arquivo são Berlim, Cannes, Veneza e Locarno. Para o Brasil, a participação de Vento Norte em Roterdã é especialmente importante porque vai ser a primeira exibição mundial, que poderá abrir novas portas para outros festivais.
A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (SececRJ) vai relançar o projeto da Biblioteca Parque Digital, com a ampliação do seu acervo de mil obras para quase nove mil, entre audiolivros e livros.
“É uma ampliação não só de acervo, mas uma nova proposta, uma nova estrutura. É uma plataforma moderna, interativa, tanto para celular, quanto para computador”, disse, na última sexta-feira (19), à Agência Brasil o superintendente de Leitura e Conhecimento da SececRJ, Gabriel Salabert.
A iniciativa faz parte da campanha Literatura do Rio ao RJ, desenvolvida pela SececRJ, como parte das celebrações pelo título de Capital Mundial do Livro, concedido à capital do estado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
“A gente está com acervos totalmente atualizados”, disse Salabert ao afirmar que muitas pessoas procuram, na Biblioteca Parque física, títulos que não estão disponíveis, mas que a superintendência consegue colocar na Biblioteca Parque Digital.
“O objetivo é alcançar o estado todo. Muitas pessoas entram em contato conosco para perguntar como podem fazer, uma vez que não moram próximos da Biblioteca Parque ou de outra unidade nossa. Agora, a gente tem o estado todo podendo acessar a plataforma da Biblioteca Parque Digital. A gente está bem feliz com isso”.
Acessibilidade
A plataforma tem diversos mecanismos de acessibilidade, como converter texto em voz para pessoas com dislexia, que é a dificuldade para compreender a leitura após lesão do sistema nervoso central, apresentada por indivíduos que anteriormente sabiam ler.
“Você pode marcar onde parou [a leitura], você pode ler no seu tablet, pode ler no seu celular. O acervo é bem variado”.
O acervo da nova ferramenta reúne desde livros clássicos a livros contemporâneos. A plataforma oferece empréstimo de e-books (online e offline), além de ter uma seção exclusiva com audiolivros, reforçando o papel da SececRJ em facilitar a inclusão e o acesso ao conhecimento para todas as pessoas.
E-books on-line exigem conexão à internet para acesso e leitura, enquanto os off-line permitem baixar o arquivo para leitura sem internet. Ambos os formatos digitais são acessíveis em dispositivos como computadores, tablets, com a leitura off-line dependendo de aplicativos e plataformas que oferecem essa funcionalidade,
A secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, afirmou que uma das missões da secretaria é levar cultura e leitura de forma gratuita para toda a população.
“A Biblioteca Parque Digital foi um marco na democratização do acesso ao livro, especialmente na era tecnológica em que vivemos. Agora, com a ampliação do acervo e com novas funcionalidades, como o Módulo de Experiências, damos mais um passo importante rumo ao reconhecimento do Rio como Capital Mundial do Livro. É motivo de muito orgulho ver nossa política pública alcançar ainda mais pessoas e fortalecer a cultura leitora em todos os territórios fluminenses”, concluiu Danielle.
Módulo de experiências
O superintendente de Leitura e Conhecimento informou que através do Módulo de Experiências de Aprendizagem poderá ser feito contato com todas as bibliotecas públicas e as bibliotecas comunitárias do estado.
“A gente vai poder oferecer cursos para todo mundo que acesse a plataforma. Vai poder fazer um simpósio, encontros para falar de literatura, para o estímulo da leitura; pode dar formação, através do nosso sistema estadual das bibliotecas, para os agentes literários das bibliotecas comunitárias, bibliotecas públicas de todo o estado do Rio de Janeiro”.
O Módulo Experiências de Aprendizagem chega com nova versão do aplicativo e pode ser usado para Clubes do Livro, onde todos se reúnem e conversam sobre as obras selecionadas; em oficinas, para quem quer aprender a escrever histórias, poemas e roteiros.
Além disso, o espaço é perfeito para ajudar as pessoas que trabalham com cultura, auxiliando autores, conhecendo suas histórias e espalhando o conhecimento.
Clube de leitura
Gabriel Salabert adiantou que algumas atividades já estão sendo preparadas para o ano que vem. Entre elas, destacou o Clube de Leitura.
“A gente já faz aqui na Biblioteca Parque e passa também a acontecer na Biblioteca Parque Digital, com alcance maior porque, às vezes, a pessoa não pode vir no horário previsto, mas pode assistir de algum lugar. A gente vai propor esse clube de leitura e atividades de encontro, atividades de formação de escrita literária, formação para contadores de histórias. É um leque de atividades para o mundo da literatura”.
Para promover o entrosamento entre os leitores e os autores, Salabert esclareceu que na Biblioteca Parque Digital podem ser colocadas obras de outros escritores que não fazem parte do acervo, mas que podem subir para a plataforma de maneira temporária, inclusive, para poder divulgar seu trabalho.
“A gente está vendo a melhor forma de viabilizar isso, para que todo mundo possa ter acesso”. O novo modelo de Biblioteca Parque Digital começou a funcionar na quinta-feira (18): “Temos certeza que vai ser um grande sucesso”.
Acesso
Essa ferramenta nova se destina somente a moradores do estado do Rio de Janeiro. O superintendente afirmou que a plataforma é liberada e não há restrição. Mesmo quem se encontra fora do estado pode acessar.
Para isso, é preciso se cadastrar pelo site e confirmar por e-mail. A Biblioteca Parque Digital também pode ser acessada através de aplicativo para celular, que já se encontra disponível para Android e IOS.
“É um cadastro rápido, simples, nada muito burocrático, para que você possa ter acesso a todo o conteúdo que a pessoa pode ler no trem, no metrô, no ônibus, pode estar em viagem e, de uma forma digital, acessar o livro”.
O aplicativo pode ser baixado tanto no Apple Store, quanto no Google Store, ou pelo site.
Segundo Salabert, os amantes do livro físico também continuam tendo acesso ao acervo da Biblioteca Parque física.
“A Biblioteca continua ativíssima. E a Biblioteca Parque Digital é apenas mais uma opção para a população”.
A Biblioteca Digital funciona 24 horas por dia. Já a Biblioteca Parque física não funcionará nos dias 24, 25, 31 e 1º de janeiro de 2026.
O professor Afrânio Weber Filho é um educador maranhense com vasta experiência no ensino de Geografia, Atualidades, Geopolítica e História Contemporânea. Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em 1982, licenciou-se em Geografia, em 2017, pela Uniasselvi e concluiu pós-graduação em Docência do Ensino Superior, em 2016, pela mesma instituição. Ao longo de sua carreira de mais de quatro décadas, lecionou em diversas instituições de ensino em São Luís, destacando-se no Curso Pré-Vestibular ONE, onde ministra aulas preparatórias para vestibulares e concursos.
Além de sua atuação acadêmica, Afranio Weber Filho é assessor-administrativo na Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), contribuindo para a gestão do Porto do Itaqui.
Ele também é conhecido por suas palestras e atividades educativas, como a participação em eventos que promovem a integração de alunos das redes pública e privada com temas marítimos e portuários.
Afrânio é reconhecido por seu compromisso com a educação e por compartilhar conhecimentos sobre geografia e cultura por meio de seu canal no YouTube, onde publica vídeos educativos e entrevistas.
Depois de muita insistência por parte de seus amigos e ex-alunos em 44 anos de magistério, resolveu, finalmente, escrever um compêndio com ajuda de sites de notícias, conhecimento adquirido em visita a 97 países, contribuição grandiosa do ChatGPT e imagens diversas obtidas no Google. Com isso, ele espera que seu trabalho contribua, sobremaneira, para ajudar estudantes vestibulandos, concurseiros de plantão e leitores ávidos de conhecimento.
No livro “Efemérides Caxienses”, a “opus magna” do desembargador Arthur Almada Lima Filho, pesquisador e escritor, fundador e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias, estão faltando, pelo menos, três datas: 1929 – 17 de outubro; 2021 – 27 de outubro; e 2025 – 20 de dezembro.
O autor da obra, é claro, não tinha como registrar essas datas – uma delas, não o faria por desvaidade; as outras duas, por impossibilidade.
Tratam-se, essas datas, do nascimento de Arthur Almada Lima Filho (17/10/1929), de seu falecimento (27/10/2021), e da inauguração de seu busto, neste 20/12/2025, na conhecida Praça do Panteon (oficialmente, Praça Dias Carneiro), onde a imagem de diversos caxienses encimam pedestais e ensinam silenciosamente pelo exemplo que a História e a Cultura fizeram de cada um daqueles filhos, cujas vidas muito representaram e representam para sua terra Caxias, sua terra Maranhão, sua terra Brasil.
Com certeza, essas terras, no mínimo, devem algum preito de gratidão a essas boas, férteis sementes humanas que nelas vicejaram e nelas, para elas ou por elas dedicaram tanto tempo, talento, trabalho, esforço e outros recursos, em favor de coisas e de causas que fizeram do País, do estado e deste município uma referência de valor, uma reverência de respeito, uma imagem de positividade.
Arthur Almada Lima Filho volta à praça que por vezes frequentou e por onde tanto passou. Uma dessas vezes foi na manhã de 20 de fevereiro de 2014.
No ano de 2014 completavam-se 80 anos de morte do monumental caxiense Henrique Maximiano Coelho Netto (1864-1934), o escritor mais lido de seu tempo – nem Machado de Assis (1839-1908), que foi seu contemporâneo, o superava na preferência dos leitores.
Mas, em 2014, exatamente aquele dia 20 de fevereiro, era a véspera dos 150 anos, o sesquicentenário de nascimento de Coelho Netto, um caxiense absolutamente grandioso, que, além de talentoso e profícuo escritor, era também cineasta, tendo sido o introdutor do cinema seriado no Brasil; grande capoeirista, foi o responsável pela dignificação da capoeira no Brasil, esporte, arte, técnica ou dança que, antes de Coelho Netto, tinha seus praticantes caçados pela polícia da época, por não ser atividade bem vista pela sociedade ou pelas forças de Segurança de então. Coelho Netto fez e foi ainda muitas “coisas”, inclusive ser indicado ao Prêmio Nobel. (Quando é que outro caxiense, maranhense, será indicado à mais conhecida e respeitada premiação de reconhecimento de todo o mundo?)
Pois, pasme você que me lê, um ser humano da excepcionalidade, da dimensão de Coelho Netto, exatamente no dia anterior ao dos seus 150 anos de nascimento, sua cidade natal (sim, Caxias, a do Maranhão) não tinha, da parte de quem deveria ter responsabilidade pública, um único evento, mesmo uma sessãozinha de algum Poder Público municipal em homenagem àquele que, em 1928, fora eleito o "Príncipe dos Prosadores Brasileiros" no Rio de Janeiro!
E como o respeito dos ditos “homens públicos” pelas tidas “coisas públicas” de Caxias é o menor, o mais tacanho, rasteiro e apenas retórico, na véspera dos 150 anos de Coelho Netto, a se completarem em 21 de fevereiro de 2014, era e-xa-ta-men-te o busto, a cabeça de Coelho Netto que faltava no seu próprio pedestal!... Os demais plintos ou pedestais ou bases de concreto estavam, cada um, com seu devido busto. Mas, faltando menos de 15 horas para o dia 21 de fevereiro de 2014, data dos 150 anos coelho-nettianos, a cabeça, o busto seu havia sido... o quê? Quebrado? Roubado? Retirado para reparos? Havia sumido, seja lá o que de mais específico tenha acontecido.
Isso é Caxias: autoridades públicas, aqui, além de muitas das vezes não terem a cabeça no lugar, ainda põe a perder a cabeça dos outros – sobretudo a daqueles que não podem mais se defender – a não ser ante a força da representatividade na História e na Cultura nacional (mas quem disse que esse magote de mandatários se quedam de respeito pela grandeza histórica e cultural caxienses!... Onde há número$$$, que importam as Letras!...).
Naquele dia 20 de fevereiro de 2014, fui ao Instituto Histórico e Geográfico de Caxias (IHGC) e lá “intiquei”, incitei, os conterrâneos, amigos e confrades Arthur Almada Lima Filho e Jacques Inandy Medeiros, ambos escritores, pesquisadores, ex-reitores da Universidade Estadual do Maranhão, para me acompanharem até à Praça do Panteon e presencialmente testemunharem mais um ato do miserável desinteresse, do incontido despudor e da ausente falta de iniciativa e de vergonha em relação aos Valores maiúsculos de nossa tão sofrida Caxias, que tantos filhos ilustres, pelo talento e trabalho, deu para o Brasil. (Acabei de descobrir que um médico caxiense, que estudou na Suíça, País de Gales, Inglaterra (Oxford), Rio de Janeiro, Viena (Áustria), Berlim, Londres, foi o fundador da Escola Paulista de Oftalmologia, da Universidade de São Paulo, onde foi professor titular da Faculdade de Medicina, além de primeiro presidente da Sociedade de Oftalmologia de São Paulo e Patrono da Cadeira 27 da Academia de Medicina de São Paulo. Caxias é absolutamente surpreendente!...).
Foi assim que foi feita a foto que ilustra este texto, com Arthur Almada Lima Filho e Jacques Inandy Medeiros ladeando o pedestal sem o busto de Coelho Netto, no dia anterior ao sesquicentenário do grande escritor. Eu a fiz, eu tirei a foto, com um celular. Ela ilustrou a matéria principal do jornal “Folha do IHGC”, edição dedicada a Coelho Netto e seus 150 anos. A manchete, uma frase de um advogado, diplomata, jornalista, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, João Neves da Fontoura, resumia o gigantismo de Coelho Netto: “NÃO HOUVE MELHOR BRASILEIRO DO QUE COELHO NETTO”.
Claro que, se há verdade na frase, há, muito mais, carinho, respeito, gratidão, reverência. Seu autor não poderia conhecer nem ter conhecido todos os brasileiros, e há muitos bons, ótimos, excelentes brasileiros Brasil adentro e afora. A frase utiliza um recurso – positivo – de Oratória e Retórica, bem diferente das falas falsas e fáceis de senhorzinhos das apequenadas politiquices da hinterlândia brasileira e maranhense.
É para esta Praça do Panteon que agora trazem Arthur Almada Lima Filho, agora transformado em pedra, “vítima” de uma bondosa Medusa que, ao invés de feios ofídios, tem seus cabelos feitos de amigos e instituições, que olham para a Eternidade e lá veem, merecedor, o Arthur Almada Lima Filho que já era imortal em Academias e perpétuo na mente e coração de muita gente.
Bom seria se, ao invés de ser visto, pudesse Arthur Almada Lima Filho ser lido. Ter suas obras conhecidas. Lidas. Discutidas. Reeditadas. Analisadas por acadêmicos. Utilizadas por jornalistas em suas pautas diárias. Relembradas por escritores em artigos.
Quem sabe o busto na praça estimule algum curioso a aprofundar-se no que há disponível sobre a vida e obra arthuriana.
De qualquer modo aí está.
Arthur Almada Lima está ali.
Arthur está na Praça.
Para todos.
Para sempre.
* EDMILSON SANCHES
Foto:
Os caxienses Arthur Almada Lima Filho (à esquerda) e Jacques Inandy Medeiros, falecidos, ladeiam o pedestal sem o busto do escritor, cineasta e desportista Coelho Netto, na Praça do Panteon, centro de Caxias (MA), em 20 de fevereiro de 2014, véspera do aniversário de 150 anos de Coelho Netto, nascido em 21 de fevereiro de 1864, em Caxias.
Um dos nomes recentes de destaque na cena musical de São Luís, a cantora, intérprete e artista maranhense Rayslla realiza, neste mês de dezembro, sua primeira apresentação solo, intitulada “(En)Canto Delas”, que passeia pela trajetória feminina na música brasileira, passando por diversas décadas e homenageando grandes nomes do cenário musical nacional.
O show ocorre no Low Música e Vinil (localizado no Bairro do Cohajap, em São Luís), a partir das 20h, e será marcado por uma viagem musical que celebra nomes como Rita Lee, Gal Costa, Marisa Monte, Marina Lima, Alcione, Evinha, Elis Regina, Nara Leão, entre outras.
“A ideia veio de um grande sentimento, meu e dos meus amigos, sobre montar um show e criar algo solo, algo meu. Um sonho antigo e um processo longo de me ver como intérprete, de me ver como artista, que, finalmente, vai ganhar a luz do dia, e eu não podia estar mais empolgada e emocionada com este momento”, comemora Rayslla.
Para o evento, a cantora prepara várias surpresas – entre elas, as participações especiais de artistas que, também, estão em destaque no cenário artístico do Maranhão, como Klicia, Clara Madeira e Nicole Terrestre.
“Eu espero que seja uma noite de celebração. De comemorar esse primeiro passo. Esse movimento de coragem. Que todo mundo curta essa noite de homenagens e que seja lindo pra todos”, ressalta Rayslla, ao destacar que o público poderá esperar um repertório que passará por diversas décadas, dos anos 60 aos anos 2020s.
A entrada custa R$ 25 e pode ser adquirida pelo Instagram da artista (@rrayslla) e/ou pelo WhatsApp (98)98436-7213. Para mais informações, acesse: https://www.instagram.com/rrayslla/.
Mais sobre Rayslla
Natural de Igarapé Grande (MA), Rayslla carrega uma voz que transita entre a suavidade e a potência, construindo sua trajetória artística a partir do legado de grandes mulheres da Música Popular Brasileira.
Seu trabalho é guiado pela busca por interpretações verdadeiras e sensíveis, que dialogam com o afeto, a poesia e a resistência presentes nas obras das artistas que a inspiram.
Ao valorizar a música brasileira feita por mulheres, Rayslla tem dedicado sua trajetória à interpretação de clássicos da MPB, com ênfase em nomes que vão de Gal Costa a Joyce Moreno, passando por Marina Lima, Marisa Monte e Rita Lee, entre outras grandes vozes – além disso, carrega o forró e a música popular maranhense com releituras intimistas e próprias.
Nos últimos anos, participou de eventos musicais importantes, como o “Projeto Arcos Musicais – Choro, Samba e Outras Bossas”, realizado pela Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB), interpretando o lado B de canções que foram consagradas por vozes femininas.
Entre outros destaques, estão as participações nos projetos “Lado B”, no Xama Teatro, da multiartista Emanuele Paz, e no “Sem Açúcar com Afeto”, de Nicole Terrestre, além de integrar o grupo Forró do Mel.
SERVIÇO
O quê: show “(Em)Canto Delas”, da cantora e intérprete Rayslla;
Quando: neste sábado, dia 20 de dezembro, a partir das 20h;
Onde: no Low Música e Vinil, localizado na Av. Principal, Casa 15, no Bairro do Cohajap, em São Luís;
Entrada: R$ 25 – antecipadamente pelo Instagram da artista (@rrayslla) e/ou pelo WhatsApp (98)98436-7213 (sujeito à lotação).
Um dos clubes mais vitoriosos do esporte do Maranhão, o Balsas Futsal confirmou a sua presença na LNF Silver, nova competição promovida pela Liga Nacional de Futsal (LNF), que contará com a participação de 16 equipes na temporada de 2026 e servirá de acesso para a divisão principal da LNF, uma das maiores ligas de futsal do mundo e principal torneio da modalidade no Brasil. Maior campeão maranhense de futsal na categoria Adulto Masculino, com 10 títulos, o Balsas atendeu a uma série de requisitos da LNF e recebeu a aprovação para a disputa da divisão de acesso.
O Balsas Futsal recebeu o convite da Liga Nacional de Futsal para a LNF Silver por causa de sua enorme tradição no cenário estadual, regional e nacional da modalidade. Além do decacampeonato do Maranhense de Futsal Adulto Masculino, o Balsas tem um trabalho sólido nas categorias de base e participações de destaque em torneios por todo o Brasil.
Além de garantir a vaga na LNF Silver, o Balsas Futsal está confirmado em outras duas competições da Liga Nacional de Futsal: a Copa LNF, que reunirá times das duas divisões, e o Talentos LNF, torneio com jogadores de até 20 anos. De acordo com o planejamento da diretoria, que já está trabalhando na montagem do elenco para a temporada de 2026, a equipe vai treinar em Balsas e disputar as partidas da LNF Silver em São Luís.
"O Balsas Futsal recebeu, com muita alegria, o convite para a participação na LNF Silver, a nova competição da Liga Nacional de Futsal. Após enviar todas as documentações necessárias, além das conversas com apoiadores e patrocinadores, garantimos a nossa participação. Hoje, o Balsas é o Maranhão na Liga Futsal. Vamos mandar os nossos jogos em São Luís, contra grandes equipes de todo o Brasil, e realizar os nossos treinamentos em Balsas. Contamos com a torcida de todos nessa competição tão importante e histórica, não só para Balsas, mas para todo o futsal maranhense", destaca Hallysson Dias, presidente e técnico do Balsas Futsal.
O Balsas Futsal conta com os patrocínios da Prefeitura de Balsas, da Casa Sertaneja, da Agromina, da Evolução Contabilidade, além dos apoios da Cultivar Agro, Motoca Honda, New Agro e de Tulio Rezende.