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Cultura é a maior fonte de bem-estar dos brasileiros, diz pesquisa

A quarta edição da pesquisa Hábitos Culturais, realizada pela Fundação Itaú em parceria com o Datafolha, mostra que a cultura é fonte de bem-estar para os brasileiros e ajuda no enfrentamento e prevenção de questões de saúde mental. Entre as atividades apontadas, a leitura aparece em último lugar, atrás de cinema, shows de música e teatro.

De acordo com a pesquisa, divulgada em dezembro e que agora apresenta seus novos recortes, a cultura é apontada por 54% dos indivíduos como a atividade que mais proporciona bem-estar, seguida por outras atividades de lazer (parques, igrejas, praia, passeios) e de atividades físicas e esportivas, ambas com 19% das respostas. 3% mencionaram séries e novelas, e 9% não souberam informar.

Dos 54% que veem bem-estar na cultura, 18% dizem que o cinema é a atividade preferida para se sentir bem, seguida por assistir a shows e festivais de música (15%) e ir ao teatro (12%). Ouvir música e dançar ficaram com 9% das menções, e ir a museus somou 4% das menções, mesmo índice para atividades genéricas de cultura. A leitura foi apontada por 3%.

Segundo a pesquisa Fundação Itaú/Datafolha, 61% concordaram plenamente que programas culturais reduzem o estresse, 58% dizem que melhoram o relacionamento em casa, 61% apontam que diminui a sensação de tristeza. Já 57% informam que atividades culturais melhoram a qualidade de vida, 61% indicam diminuição da solidão e 50% dizem ajudar na melhora do relacionamento no trabalho.

O levantamento ouviu 2.405 pessoas de 16 a 65 anos em todas as regiões do país, por meio de entrevistas presenciais e telefônicas, entre os dias 1º e 28 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O índice de confiança da pesquisa é de 95%. Cada ponto percentual representa 1,4 milhão de indivíduos.

Saúde mental

De acordo com o levantamento, 42% dos entrevistados declararam ter tido algum problema de saúde mental nos últimos 12 meses e que, destes, 63% procuraram algum tipo de tratamento.

Ainda segundo a pesquisa, as mulheres (53%) foram mais afetadas pelas questões de saúde metal e emocional que os homens (30%). A incidência foi maior, também, entre os indivíduos das Classes D e E (51%) do que entre os entrevistados das Classes A e B (33%).

A ocorrência também foi maior entre os indivíduos de 25 a 34 anos (53%), seguida pelos grupos de 16 a 24 anos e 45 a 65 anos, ambos com 42%. O grupo de 35 a 44 anos apresentou 34% de incidência. Do total dos afetados, 55% estão sem trabalho.

No recorte geográfico, 45% dos afetados vivem na Região Metropolitana do Rio de Janeiro; e 37% na RM de São Paulo. Considerando por região, 50% são do Nordeste; 44% do Centro-Oeste – mesma porcentagem dos que vivem no Sul – e 40% no Sudeste. Apenas 24% dos indivíduos que vivem na Região Norte apontaram o problema.

(Fonte: Publishnews)