Fósseis de pequenos dinossauros bebês descobertos no Alasca oferecem fortes evidências de que criaturas pré-históricas viviam durante o ano inteiro no Ártico e, provavelmente, eram animais que tinham sangue quente, de acordo com estudo publicado na revista científica Current Biology.
Os fósseis são de, pelo menos, sete tipos de dinossauros recém-nascidos ou ainda em seus ovos, de cerca de 70 milhões de anos atrás. Pesquisadores nunca haviam encontrado evidências de ninhos de dinossauros tão ao norte, afirmou o principal autor do estudo, Pat Druckenmiller, diretor da Universidade do Alasca e do Museu do Norte.
A descoberta ajuda a mudar suposições do passado de que dinossauros seriam répteis gigantescos de sangue frio.
“Se eles se reproduziram, então eles passaram o inverno lá. Se eles passaram o inverno lá, tiveram de lidar com condições que não são normalmente associadas com os dinossauros, como condições de congelamento e neve”, disse Druckenmiller.
Para sobreviver aos sombrios invernos no Ártico, os dinossauros não poderiam ficar ao sol para se esquentar, como fazem os lagartos, disse o pesquisador.
“Esses grupos tinham, pelo menos, a endotermia”, afirmou, usando o termo que descreve a habilidade de os animais esquentarem seus corpos por meio de funções internas. “Eles tinham um grau de endotermia”.
O local da descoberta é uma falésia íngreme na margem norte do Rio Colville, no Alasca, na latitude 70, a cerca de 400 quilômetros ao norte do Círculo Ártico. No período Cretáceo, quando a América do Norte tinha um posicionamento diferente, o local ficava ainda mais ao norte, na latitude 80 ou 85, segundo Druckenmiller.
(Fonte: Agência Brasil)