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Felinto Elísio Correia Neto, o padre Felinto, completa 70 anos neste 9 de junho de 2024.
Filho querido de Carolina, "adotado" e amado por Imperatriz, Felinto é patrimônio humano da “Princesa do Tocantins”, a partir de seu sacerdócio católico e missão apostólica.
Paciente, amigo, Felinto Elísio não deixa entrever em sua fidalguia o intelectualmente preparado teólogo, o comunitariamente disponível e o espiritualmente aperfeiçoado ser humano.
Quando eu era presidente do Comitê de Cidadania de Imperatriz, realizava reuniões na Igreja de que ele, à época, era pároco. Felinto não apenas liberava instalações para os encontros como igualmente, quando possível, participava, opinava, sem com vistas à melhoria sociopolítica e administrativa do município.
Felinto formou-se em Teologia em Munique, pela mais que hemilenar Universidade Luís-Maximiliano de Munique (em alemão: Ludwig-Maximilians-Universität München). A respeitada universidade desde sua criação, em 1472, já cultivava princípios e valores cristãos, tendo Teologia como um de seus primeiros cinco cursos (Ciências, Direito, Humanidades, Medicina e Teologia).
Na Ludwig-Maximilians, o maranhense Felinto deve ter pisado pelo solo ou piso por onde pisou, recostando-se em centenárias paredes e colunas onde se recostou, sentando-se onde se assentou, manuseando livros que manuseou Eugen Bertholt Friedrich Brecht (sim, Bertolt Brecht, o poeta e dramaturgo alemão), Friedrich Wilhelm Joseph Schelling (sim, Schelling, o filósofo idealista, que nem Kant e Hegel), Joseph Aloisius Ratzinger (sim, o teólogo e papa Bento XVI), Karl Jaspers (filósofo e psiquiatra germano-suíço), Konrad Adenauer (o advogado e político, chanceler alemão), Max Karl Ernst Ludwig Planck (sim, Max Planck, físico, criador da Física Quântica e recebedor do Prêmio Nobel), Max Ferdinand Scheler (sim, Scheler, filósofo alemão, que tanto contribuiu com seus estudos sobre Ética e Axiologia ou Filosofia dos Valores), Maximilian Karl Emil Weber (sim, Max Weber, que nós estudantes de Direito estudamos -- direito ou não... – nas aulas de Sociologia, ciência da qual Weber foi um dos “pais” e, entre tantos e muitos e importantes, Genézio Darci Boff (ele mesmo, o Leonardo Boff), teólogo, filósofo, escritor brasileiro, nascido em Santa Catarina.
É esse o “tamanho” do menino que estudou no Colégio Comercial de Carolina, que fazia “presepadas” com os amigos de infância e juventude pelas águas e areias, rios e praias fluviais de sua inesquecível terra mãe.
Por trás do sacerdote que prega, ora, ministra, há um ser humano (pre)ocupado com seus irmãos em Cristo, um cidadão que, quando necessário, manifesta-se incisivamente. Conhecimento, razão e motivos não lhe faltam...
A Numerologia atribui ao nome “Felinto” (variante da grafia “Filinto”) as características ou qualidade de “generosidade”, “cortesia”, “caridade”, “companheirismo”... Não é sem razão que a Etimologia (origem do nome) registre que esse antropônimo tenha nascença na língua grega, no antepositivo “phílos”, com o significado de “amigo”, “querido” – como em “Felipe” ou “Filipe”, amigo dos cavalos, e também, entre outros; “filantropia”, amigo da Humanidade.
Padre Felinto há de concordar que, quando se é pleno dessas virtudes e se as exercita, cada pessoa com quem se interage ou para a qual destinamos apoio, inda que só da palavra amigo e de conforto, cada pessoa destas é um templo ou uma casa ou morada (está na Bíblia – Coríntios, Efésios, Gálatas, Hebreus...).
Completar 70 anos dedicando-se ao Bem, ao Bom, ao Belo que é divino é estar em permanente oração e ação, pregação e realização, fé com obra.
Assim, a vida é uma terna e eterna missa.
Felinto, continue a luta e labuta–- e, para isso, ide em paz.
A missa não acabou...
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Abraços do
* EDMILSON SANCHES
FOTOS:
O padre Felinto em diversas fases de sua vida; pelo mundo afora (Alemanha, Croácia...); e, entre outros, com nossos amigos comuns os bispos Dom Affonso Felippe Gregory (“in memoriam”), Dom Gilberto Pastana e Irmã Maria das Neves Martins Franco (superiora das Irmãs Missionárias Capuchinhas / Colégio Santa Teresinha, em Imperatriz) e Dom Francisco Lima Soares (meu amigo desde a juventude) e os padres Cícero Marcelino de Melo (meu confrade de Academia Imperatrizense de Letras), Raimundo Nonato Barbosa Costa e Moisés Dias (meu ex-companheiro de Rotary Club). O prédio é da “alma mater” de Felinto Elísio, a Universidade Ludwig-Maximilians, em Munique.