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JURIVÊ, 15 ANOS*

– Foi em 17 de maio de 2010...

* * *

A morte não é uma velha.

Pelo menos, não para o jornalista e advogado Jurivê de Macedo.

Hoje, 17 de maio de 2025, a morte de Jurivê faz quinze anos. É uma debutante – e, não mais dores, traz flores.

Flores carregadas de pétalas de lembranças, de memórias, de momentos. No meu caso, o registro de alguns vínculos, elos, hifens, traços de união com o Colega (de Jornalismo);

o Parceiro (de ideais);

o Confrade (de Academia);

o Amigo (de sempre).

De Jurivê também lhe fui seu confidente, das contidas coisas que só se contam para ouvidos bem próximos às incontidas lágrimas que só se deixam ser percebidas por olhos e corações confiáveis.

Fui eu que, depois de ser informado por telefone, fui buscar, de táxi, o Jurivê, quando ele concluiu sua última hora de expediente do último dia de trabalho no jornal que ele mesmo, décadas atrás, havia fundado em Imperatriz com nosso amigo comum e meu conterrâneo caxiense José Matos Vieira.

Levei Jurivê para a redação do "Jornal de Negócios", que eu havia criado e sobre o qual, em sua coluna em "O Estado do Maranhão", Jurivê opinara ser "o jornal mais bem feito" do Estado.

Fiz o Jurivê ficar à vontade naquela tarde do corte umbilical de seu filho de celulose e tinta e, quando ele quis, fomos para a casa dele, onde o regaço, o colo e carinho de sua esposa, Dona Leonor, o aguardavam.

Pouco tempo depois, Juredo (como ele também se autorreferia, provável cruzamento de "Jurivê" e "Macedo") foi ser diretor da sucursal do à época maior jornal diário maranhense – "O Estado do Maranhão", de São Luís – e também apresentador, entrevistador e comentarista em programas jornalísticos da TV Mirante, afiliada maranhense da Rede Globo. Também estivemos juntos no "Jornal de Imperatriz", o primeiro diário impresso em "offset" do município, que o industrial gráfico e amigo José Maria Quariguasi e eu fundamos. Em razão de outros compromissos, não pude dirigir a publicação, e o Jurivê foi convidado (eu e o Coló Filho o substituíamos quando Jurivê, como quem vai a Meca, tinha de viajar para sua querida terra e rima natal, Porto Nacional, no Goiás, depois Tocantins  – mas Jurivê, bem-humorado, só se dizia goiano...).

Memórias, lembranças, histórias de, sobre, com Jurivê de Macedo dariam mais que muitas edições de jornal; talvez mais que diversas estantes de livros.

Pois uma vida plena, produtiva, com suas benemerências e dificuldades, é bem maior que páginas de publicações e tem muito mais volume que aqueles que se guardam e se empoeiram em prateleiras de bibliotecas.

Um pouco de Jurivê está em um livreto que fiz, e que vai aqui anexo.

É Jurivê, mais uma vez, junto da gente.

*

P. S. – Jurivê agora é redator-chefe do "Diário do Paraíso".

Com o estilo de escrever, o bom humor, o "toque" do Jurivê, as notícias celestiais estão bem mais... divinas.

Paz e Luz, Amigo.

* EDMILSON SANCHES

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