Sarney, afirmamos, não poderá decepcionar. Dizíamos que o ex-líder udenista abandonara o precisamente restrito para tomar a posição certa: líder popular. Poucos os que acreditavam nessa transformação. Mas, com Sarney, a sua vocação política. E Sarney venceu todos os obstáculos e afastou-se do redemoinho dessa política puramente regional, improdutiva, política de agrupamentos isolados.
No Executivo. imprimiu, todos sentem e sabem disso, uma conduta governamental firme. Ninguém poderá negar essa conduta política administrativa do governador Sarney.
Com os seus adversários, há sempre, embora com determinados cuidados, o registro desse reconhecimento: Sarney governa, realiza e vem encontrando soluções urgentes para os mais angustiosos problemas maranhenses.
Dos poucos inimigos, os mais acirrados, temos ouvido, esse mesmo depoimento. E o fato é que Sarney resolveu o problema do abastecimento da água. Resolveu, pode-se dizer, o problema da luz, criou, está criando outra mentalidade nos setores administrativos. Não mais a presença daquele funcionário indiferente, no aproveitamento da anarquia que imperava.
Não. Hoje, há, com o funcionalismo público estadual, o fortalecimento dum pensamento mais amadurecido, há a responsabilidade, há o interesse de melhor servir. E estão nos debates, estão nos diálogos, estão nas escolas de aperfeiçoamento. Estão na luta da ajuda, da cooperação. E, em alguns municípios, há o registro desses reflexos.
É certo que há ainda muito que fazer. Mas este muito que fazer ficará para as outras administrações que vierem. Sarney cumprirá o seu programa de governo. Um governo novo, um governo sério. Todos reconhecem isto.
Itaqui deixou de ser um sonho. Boa Esperança uma realidade que se concretiza. A São Luís-Teresina outra realização que se projeta para o futuro, este futuro que é o amanhã bem próximo.
O problema da colonização do Estado toma vulto, e o projeto da rede de distribuição elétrica da Baixada Maranhense deixou de preocupar, perdeu a ferrugem do impossível. Ninguém poderá negar o governo de Sarney. Ninguém.
Há, em todos os setores de trabalho, a presença da ação administrativa eficiente. Murad, na Saúde, realiza, constrói, amplia os serviços com o fortalecimento do seu dinamismo, da sua perseverança. Cumpre o seu amplo programa de recuperação. Exato.
E o Estado vai saindo do primitivismo, vai saindo da crucificação, vai saindo do cerco, liberta-se, caminha, avulta, amplia os seus setores de desenvolvimento. Realidade admirável.
Em um ano e pouco de governo não seria possível exigir mais. É preciso não esquecer que Sarney encontrou uma máquina administrativa funcionando mal. Emperrada. Congestionada. Havia o funcionamento duma política administrativa submetida a um processo de acomodações. Prevalecia o protecionismo. Prevalecia o apadrinhamento. Prevalecia o método das facilidades, o processo da corrupção. Era isto. Mas, nesses poucos meses de governo, o Estado reajustou-se. Vem adquirindo prestígio, vem recuperando-se.
É esta a verdade diante de todos.
Os inimigos, os mesquinhos, os divorciados do progresso do Maranhão afirmaram que, depois da morte de Castelo Branco, tudo se modificaria para o governo de Sarney. Que não haveria, para o ilustre governador, o líder popular, a mesma situação para conseguir recursos para o Estado, para pleitear e receber a ajuda do governo federal. Que tudo, agora, seria mais difícil!
Não há comentário para esse pensamento. Há, apenas, o registro que indica a presença, na terra, dos maus maranhenses.
Mas Sarney está na mesma posição. Está recebendo de Costa e Silva as mesmas atenções. A valorização do mesmo prestígio pessoal e político. A mesma atuação e a mesma conduta elogiável.
E, agora, em Recife, foram aceitas todas as reivindicações de Sarney. Reivindicações do povo, do Estado, da terra que vai crescer mais, que vai evoluir mais, que vai progredir mais!
E, com os maus maranhenses, a marca das suas decepções. Diante deles, a ação realizadora, enérgica do dinâmico governador maranhense.
Diante deles, este realismo grandioso que aí está: o Maranhão na batalha da recuperação total. E, com o povo, o registro de suas alegrias. O registro da sua compreensão. A certeza de que Sarney muito mais realizará pelo progresso do Estado, este Maranhão que amamos e por quem, tantas vezes, temos nos sacrificado.
E, daqui, os nossos aplausos: muito bem, governador Sarney, o Maranhão precisava dum governo assim evoluído e progressista. Continue.
* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 13 de agosto de 1967 (domingo).