Quando Sarney entrou na campanha política como candidato oposicionista, candidato povo, candidato das reações democráticas contra um sistema de governo desordenado, de grupos isolados, sabíamos que o ex-deputado udenista, venceria a batalha eleitoral. Uma certeza inflexível. Com Sarney, estava a luta dum eleitorado consciente, esbulhado tantas vezes por um processo de apuração criminoso. E, no fortalecimento dessa luta, contribuição válida, a inteligência, a cultura, o talento, a mocidade do maranhense ilustre. E mais: uma determinação. E esta: arrancar o Estado duma oligarquia política, dum Estado precário, de uma situação alarmante. E parece que foi Jânio Quadros que deu a classificação certa: “uma calamidade pública”. E Sarney venceu. A limpeza na área do processo eleitoral foi feita pela reforma eleitoral instituída pelo governo Castelo Branco. Aqui, um reparo, pelo movimento revolucionário de abril de 64.
Sarney Costa enfrentou seus adversários. Venceu-os. Nesta arrancada de civismo, o apoio total do eleitorado maranhense. Com o jovem governante, um único objetivo: construir um Maranhão, um Maranhão progressista, um Maranhão recuperado totalmente. E isto vem realizando ainda. E, hoje, o nosso Estado apresenta uma nova estrutura política. Há uma nova mentalidade. Há a grandiosidade de um amplo trabalho de construções notáveis. Hoje, todo o Estado apresenta marcas indeléveis desse programa político instalado, no Executivo, pelo governador José Sarney e, junto dele, atuante, uma equipe de moços, de homens que não medem sacrifícios para levar para frente o desenvolvimento político, econômico e social do Estado. Em três anos de governo em nosso Estado, abandonou suas áreas de estagnação. No presente, é um celeiro de trabalhos edificantes.
Ninguém poderá negar isto. Cada aniversário de governo, de ação administrativa, um volume impressionante de obras, de empreendimentos, de iniciativas, de trabalhos relevantes. Nada ficou parado. Uma máquina administrativa funcionando normalmente, com intensidade. Uma única preocupação: cumprir o tal programa de governo, cumprir o que de fato prometeu ao povo, aos seus conterrâneos. Um Poder Executivo válido. Um governo sério. Honesto. Um governo sem ódios e sem perseguições. Um governo humano. Um governo de afirmações. Um governo que “não aceitou as pressões desta politicalha que existia, que acarretava, para o Estado, situações difíceis, acomodava os erros, as facilidades, que entravou, por muitos anos, o crescimento da terra rica, da terra pródiga, da terra que estava exigindo a execução dum plano administrativo capaz de, nela, plantar a semente do progresso, das reformas administrativas. Reformas políticas e sociais.
E Sarney realizou o milagre. Sarney tem assegurado, todo este sempre, crescente desenvolvimento, e o Estado do Maranhão reintegrou-se na área das grandes conquistas nacionais. Retomou a posição que sempre lhe foi negada pelo descrédito de muitos de seus governos passados. Hoje, o nosso Estado está integrado na vida nacional como uma Unidade da Federação que mais realiza, que mais apresenta resultados positivos. Com Sarney, a luta contra as deficiências. Aquela cadeira vazia da Sudene foi preenchida, ali está o Maranhão no debate, na argumentação, exigindo recursos para solucionar seus problemas administrativos. As verbas federais canalisadas por meio de convênios apresentam uma soma de resultados reais: a aplicação certa. Há a presença da obra realizada. Tudo alterou para melhorar. E, diante do povo, as obras, os empreendimentos, os investimentos que mais e mais crescem. Sim, construiu, está construindo o Maranhão Novo.
No testemunho deste trabalho, desta capacidade administrativa, desta extraordinária resistência, o depoimento de vários ministros, de várias autoridades federais. Há sempre a explosão dos entusiasmos reconhecendo, no nosso governador, uma força, uma energia sempre em movimento, construindo o Maranhão de Amanhã. Andreazza, o ministro dos Transportes ressaltou o governo de Sarney. Os pronunciamentos feitos pelo ministro dos Transportes valem por uma consagração. Com o povo, o orgulho de ter um governador desta estirpe, um governador que se devotou, de corpo e alma, ao Maranhão e aos maranhenses.
Todo este trabalho realizado num clima de paz, de entendimento, de compreensão. Não houve a utilização daquele processo antigo: de violências, das represálias, de vingança. Não. Sarney vem fazendo um governo progressista. Utiliza, isto sim, a política do trabalho, a política da “ordem”, a política da moralização administrativa, a política das boas maneiras, a política recuperadora.
E, com o povo, o entusiasmo. Com o povo, o contentamento, a festa da exaltação: Sarney construindo o Maranhão Novo. E seu nome, disse Andreazza, cresce lá fora, admirado por todos, um exemplo que deve ser seguido. Não. Mas o líder do Nordeste, a expressão humana mais valiosa, mais atuante, mais dinâmica defendendo os nossos interesses, os interesses dessas regiões, que por muitos anos ficaram esquecidas dos governos federais. Mas, hoje, outra política: política dos que sabem governar para o bem do povo.
* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia, 2 de março de 1969 (domingo).