José Guimarães entrou no “páreo” e venceu a batalha eleitoral com uma larga margem de votos. Hoje, é ele presidente do Sindicato dos Talhadores de Carne. O seu sindicato. O seu campo de ação, de atividade. A sua luta pelas reivindicações dos associados. Muitos anos na “fornalha” do debate democrático. Muitos anos pleiteando melhoras e condições de vida para os seus companheiros de trabalho, de profissão.
Sempre nele a valorização duma inteligência apreciável. Homem simples, uma vida simples. José de Ribamar Guimarães sempre foi um batalhador incansável, um líder dentro do Sindicato dos Talhadores. Moderado, com ele a firmeza nas atitudes inabaláveis. Sempre assim. Uma vida em agitação, em função do seu idealismo.
Conseguiu, para os trabalhadores, um padrão de vida mais compensador. Vida humana, social. Vida no sentido de sobrevivência mais tranquila. Vida em família. Assegurar, para todos, os benefícios das leis trabalhistas. Sempre este pensamento. Sempre esta determinação. Sempre esta obstinação.
E, com seus companheiros, a confiança, a certeza de que, vitorioso, haveria uma nova orientação, uma ação administrativa mais evoluída, mais compensadora, mais precisa, mais atuante.
Sim, esta a mensagem na presença de José Guimarães na Presidência do Sindicato dos Talhadores de Carne. E esta esperança de ONTEM se faz, agora, realismo. Esta esperança se faz, agora, certeza inflexível.
Não há, com o novo presidente, a “cunha” das acomodações comprometedoras. Não. Nele, o seu idealismo: trabalhar. Conseguiu, para o sindicato, o seu sindicato, uma melhor ordem de serviço, o fortalecimento das medidas restauradoras.
Sim, restaurar. Separar o joio do trigo, dinamizar, arrancar o sindicato da situação precária. Exigir a ampliação de seu quadro social. Não permitir a presença da interferência indébita, a execução duma política de meios, de grupos isolados e de estagnação. Não. Unir. Juntar o todo e imprimir, dentro da organização sindicalista, a política trabalhista que vem sendo seguida pelo ministro Jarbas Passarinho. Política de amparo social. Política colaboracionista. Política de unidade. Política construtiva. Política democrática. Política de realizações edificantes.
É o programa saneador que será seguido por José Guimarães. E os talhadores sindicalizados sabem disto. Conhecem bastante o caráter, a formação moral do novo presidente. Dos homens que compuseram a chapa vitoriosa. Sabem disto. E daí, a vitória esmagadora. Daí, esta mensagem de confiança que todos depositam nele.
Filho de homem pobre talhador, honesto, José de Guimarães conhece o problema do sindicato, de seus associados. Está integrado nas finalidades da associação. E, nele, uma barreira contra os vícios, contra a inércia, contra o aproveitamento da desordem, contra a pressão dos que procuram tirar proveito da balbúrdia, assegurar apenas o tal prestígio pessoal, os efeitos da posição do cargo.
Com José Guimarães, haverá a ampliação dum programa administrativo vitalizador. Haverá a energia que previne que educa, que assegura a execução duma administração eficiente e dinâmica. Esta a convicção de todos os talhadores, os que votaram nele e, até mesmo, nos que nele não votaram.
Na luta eleitoral, não havia adversários, havia a presença da educação democrática entre os dois opositores. Havia a grandiosidade dos pensamentos renovadores. Daí, a vitória de José Guimarães. Daí, a confiança que todos têm nele.
Sim, a CERTEZA. Esta a grande homenagem. E José Guimarães não decepcionará. Conhecemos, de perto, o novo presidente do Sindicato de Talhadores de Carne. Acreditamos que, com el,e haverá o crescimento, haverá outra ordem de serviço, haverá a execução dum trabalho amplo, uma melhor distribuição de deveres e de obrigações.
As reivindicações dos talhadores serão melhores defendidas. E muito ele tem que fazer, que realizar. Esta confiança será mantida até o fim. Esta confiança será sustentada por meio da operação trabalho, do dinamismo, da coragem cívica, todos esses sentimentos que existem em todos os homens que lutam em favor do bem comum. E esses sentimentos existem em José Guimarães, nos seus auxiliares. Não haverá enganos e decepções.
Haverá a ação renovadora. Haverá a atitude numa sequência de exemplos dignos. Com Guimarães, o Sindicato dos Talhadores de Carne encontrará novos rumos, novos caminhos: o da ordem, do respeito, da responsabilidade das realizações. Sim, a luta em favor da causa de todos. Luta pacífica, luta das ideias sadias, luta contra os agentes da desordem, do nada fazer, do nada construir.
Será assim. Com José Guimarães, o seu pensamento de amor, de paz e de concórdia. Com Guimarães, o convite para o trabalho que edifica, que redime e que perdoa. Para o trabalho honesto, sacrifício e até perdão.
Não há adversários. Não há dúvidas. Há esta certeza de que não engana ninguém: trabalhar pelo soerguimento do Sindicato dos Talhadores de Carne. E, nesta página, que é bem nossa, a nossa homenagem aos talhadores maranhenses pela feliz escolha. Sim, acreditamos em José Guimarães.
* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 10 de janeiro de 1969 (sexta-feira).