O período de inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 começa na próxima segunda-feira (27) e continua até 7 de junho.
A inscrição é feita por meio da Página do Participante do Enem, com CPF do estudante e senha do portal do governo federal Gov.br.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) – que é vinculado ao Ministério da Educação e responsável pela organização do Enem –, o pagamento da taxa de inscrição deve ser efetuado a partir do dia 27 de maio até 12 de junho.
O valor da taxa continua em R$ 85, pagável por boleto (gerado na Página do Participante), Pix, cartão de crédito, débito em conta-corrente ou poupança (a depender do banco). Para pagar por Pix, basta acessar o QR code que consta no boleto.
O resultado das solicitações de isenção da taxa foi divulgado pelo Inep em 13 de maio. A aprovação da isenção não significa que a inscrição foi realizada automaticamente. É necessário que o interessado se inscreva para participar do exame.
No momento da inscrição, o participante deverá escolher o idioma da prova de língua estrangeira (inglês ou espanhol).
Treneiro
Podem participar do Enem na condição de treineiros os estudantes que vão concluir o ensino médio após o ano letivo de 2024 ou os interessados em fazer o exame que não estejam cursando e não concluíram o ensino médio. O candidato, no entanto, deve estar ciente de que sua participação servirá somente para autoavaliação de conhecimentos.
Os resultados individuais do treineiro não poderão ser usados para acesso ao ensino superior. Os resultados das provas desse grupo serão divulgados 60 dias após a divulgação geral dos demais candidatos.
A edição de 2024 do Exame Nacional do Ensino Médio será aplicada em todos os Estados e no Distrito Federal nos dias 3 e 10 de novembro. No primeiro dia do exame, as provas são de linguagens, códigos e suas tecnologias, além da redação e ciências humanas e suas tecnologias. A aplicação terá 5 horas e 30 minutos de duração.
No segundo dia do exame, serão aplicadas as provas de ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias. A aplicação terá 5 horas de duração.
Criado em 1998, o Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica, ou seja, no fim do ensino médio. O exame se tornou a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni), que concede bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica.
As instituições privadas de ensino superior também usam as notas do Enem para selecionar estudantes. Os resultados ainda servem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Os resultados individuais do Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que têm convênio com o Inep. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.
O CAXIENSE OSVALDO FERREIRA DE CARVALHO Caxias/MA, 23/5/1933 – Imperatriz/MA, 6/1/1991)
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Neste 23 de maio, marca-se o nascimento, em 1933, do educador caxiense Osvaldo Ferreira de Carvalho, que faleceu há 33 anos, em 6 de janeiro de 1991, em Imperatriz (MA). Foi professor (de Inglês) em Caxias (MA), sua terra natal, nos colégios Caxiense, São José e Diocesano e, mais tarde, em Imperatriz, professor da Universidade Estadual do Maranhão (Uema, desde 2016 Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul).
Seus pais eram José Ferreira de Carvalho, maestro da banda Lira Operária Caxiense, e Eloya Maria dos Santos, a Dona Ló, que tiveram também Oneide Carvalho de Melo (residente em Caxias); Osvaldina Carvalho dos Santos (Rio de Janeiro - RJ); Maria de Carmo Carvalho da Silva (falecida); Odenise Ferreira de Carvalho (Rio de Janeiro/RJ); Oseneide Maria de Carvalho Pereira (Rio de Janeiro/RJ); e Marcus Vinicius de Carvalho (Rio de Janeiro/RJ).
Um de seus alunos em Caxias foi Jacques Inandy Medeiros (falecido em 2019), escritor, pesquisador, médico-veterinário, professor emérito e ex-reitor da Uema, membro e diretor do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias e, também, ex-diretor do Banco de Desenvolvimento do Maranhão, ex-secretário municipal de Educação e de Cultura de Caxias e ex-presidente da Academia Caxiense de Letras. Jacques Medeiros recorda que, na condição de reitor da Uema, quando vinha ao “campus” de Imperatriz, ficava duplamente feliz, porque, nas reuniões na Uema local, ele tinha um ex-aluno (o engenheiro civil Ronaldo Neri Farias, professor universitário) e um ex-professor, Osvaldo Ferreira de Carvalho, que viera de Caxias para Imperatriz a convite do irmão de Jacques, o desembargador aposentado Antônio Carlos Medeiros, que, na época, foi juiz em Imperatriz e apresentou Osvaldo Carvalho ao também magistrado José de Ribamar Fiquene, fundador da Faculdade de Educação de Imperatriz, instituição de ensino superior que, mais tarde, seria incorporada à Federação das Escolas Superiores do Maranhão (Fesm), depois Uema e, finalmente, Uemasul. Curiosidade: Antônio Carlos Medeiros foi diretor do Colégio Caxiense quando Osvaldo Carvalho lá era professor e, mais tarde, viria a ser padrinho de um dos filhos de Osvaldo, Wladimir.
O que pouco se sabe ou o que quase não se lembra é que, como recorda Jacques Medeiros, Osvaldo Carvalho “foi um dos maiores jogadores de futebol que eu já vi na minha vida; era um craque”. Outros caxienses, conhecedores de futebol, asseguravam que Osvaldo foi um dos maiores centroavantes (jogador de ataque, geralmente o camisa 9) que eles viram jogar, no nível do mineiro Heleno de Freitas, que, de 1940 a 1953, atuou profissionalmente no Botafogo, Boca Juniors, Vasco da Gama, Santos, Junior de Barranquilla e América (do Rio de Janeiro).
O economista e escritor Antônio Augusto Ribeiro Brandão (falecido em março de 2023), membro da Academia Caxiense de Letras, diz ter conhecido “muito” o jogador Osvaldo: “Jogava no Comercial, em Caxias, um time amador daqueles tempos. Uma das ‘linhas’ era fornada por Galvão, Zeca, Osvaldo, Nonato e Flávio”.
O Sampaio Corrêa Futebol Clube, de São Luís (MA), conta-se, “ficou doido” para contratá-lo, mas o futuro professor caxiense “não ligou”: à bola no pé, preferiu o giz na mão. As “quatro linhas” (do campo de futebol) tornar-se-iam as da lousa, o quadro-negro ou verde das salas de aula.
Com a esposa, Hermínia Maria Lisboa de Carvalho, nascida em Fortaleza (CE) e residente em Palmas (TO), Osvaldo Ferreira de Carvalho teve um casal de filhos, que deram três netos aos pais: Aimée Desano, nascida em Fortaleza e casada com o americano Tim Desano, com quem tem um filho (Rafael Desano) e reside no Estado de Michigan, nos Estados Unidos; e Wladimir Lisboa de Carvalho, residente em Palmas (TO) e casado com Selma Carvalho, com quem tem duas filhas, Mariana Carvalho e Fernanda Carvalho.
Osvaldo formou-se bacharel em Letras Anglo-germânicas, em abril de 1960, pela Faculdade Católica de Filosofia, da Universidade do Ceará. Uma curiosa coincidência: o diploma, expedido seis anos depois da formatura, é assinado, entre outros, pelo reitor Antônio Martins Filho (1904-2002), advogado, professor e escritor, nascido em Crato (CE) e que, em 1929, em Caxias (MA), fundou a firma “A Cearense” e, em 1935, foi um dos 14 fundadores do Ginásio Caxiense, do qual também foi diretor. Talvez nem o formando nem o reitor soubessem que Caxias e aquele diploma eram elos que os ligavam à “Princesa do Sertão Maranhense”. Antônio Martins também deu a Caxias um filho talentoso: nasceu caxiense José Murilo Martins, médico formado nos Estados Unidos, talentoso escritor e pioneiro em Hemoterapia no Ceará.
Até hoje, Osvaldo Ferreira de Carvalho não sai das lembranças de muitos de seus alunos. Wilton Lobo, engenheiro-agrônomo e ex-vereador de Caxias, lembra: “Foi meu professor no Colégio Caxiense”.
Cleide Magalhães, de Mirador (MA) e professora universitária em Imperatriz, diz ter de Osvaldo “saudosa memória... meu professor na Uema [Universidade Estadual do Maranhão]”. Fernando Cunha, fotógrafo e escritor imperatrizense, que o conheceu, atesta: “Grande educador”.
Inês Maciel, advogada e escritora, membro da Academia Caxiense de Letras, relembra: “Foi um dos meus professores de Inglês, em Caxias. Gratas recordações!”
Música e formada em Letras, a acordeonista e vocalista Fátima Boré, de Imperatriz, com “saudades eternas desse grande educador”, escreve: “O professor Osvaldo era um poço de sabedoria. Se bem me lembro, em suas aulas de latim, o assunto que mais chamava a minha atenção, eram os ‘casos’ e as cinco declinações, não esquecendo a fábula ‘Lupus et Agnus’!” (“O Lobo e a Ovelha” foi escrita originalmente pelo escritor grego Esopo, dos séculos VII e VI antes de Cristo, e reescrita para o latim por Caio Júlio Fedro, escritor romano do século I da Era Cristã).
Colega do professor Osvaldo e, por um tempo, coordenadora do curso de Letras onde ambos ensinavam na universidade, Liratelma Cerqueira revela: “Sanches, com estes registros, ascendeu-me a saudade de um grande amigo e companheiro de milenares labutas profissionais. Criamos, artesanalmente, o jornal ‘O Coruja’, de cuja safra devo ter algum exemplar, também. Lembra?”
De São Luís, o professor Leopoldo Gil Dulcio Vaz, curitibano, há décadas radicado no Maranhão, pesquisador, membro, entre outras Instituições, do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, se lembra de Osvaldo: “Foi meu colega na FEI [Faculdade de Educação de Imperatriz, depois Uema e Uemasul]”.
O caxiense Joel Paulo Sousa Filho recorda-se: “Foi meu professor no [Colégio] Caxiense”.
Luiz Abdoral, radialista caxiense, aposentado, meu colega locutor na Rádio Mearim de Caxias, em meados dos anos 1970, escreve: “Lembro-me dele, sim, na época em que estudei no [Colégio] Diocesano em Caxias... Professor de Inglês”. E detalha: “Ele gostava muito de falar sobre carro americano...”.
O caxiense Francisco Sampaio de Brito relata e agradece: “Conheci demais o Professor Osvaldo. Morava na Rua Agostinho Reis, em Caxias. Filho de Dona Ló e do Maestro Zé Romão. Tinha o apelido de Bode Rouco. Eu era adolescente. Era meu amigo. Professor de inglês. Obrigado, Edmilson Sanches, sempre com belas matérias. Dei uma volta no passado. Uma sublime recordação”.
Caxiense, graduado em Filosofia e Jornalismo e com mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento, editor da “REN – Revista Econômica do Nordeste”, respeitada publicação voltada para trabalhos técnico-científicos sobre temas relacionados ao desenvolvimento regional, o jornalista e ativista ambiental Ademir Costa escreve: “Alegria muito grande ver um caxiense professor homenageado, logo dando nome a uma biblioteca!! Que orgulho! Não o conheci. Fui professor no Ginásio Diocesano, em 1973, e vim no ano seguinte para Fortaleza. 1973 foi em minha vida uma espécie de 'ano sabático', pois saí de Caxias em 1969, aos 17 anos (incompletos), para estudar em Viana, Norte do Maranhão. Esta tão demorada ausência de minha Caxias privou-me da convivência com amigos de infância e com pessoas tão gradas quanto o Professor Osvaldo Ferreira de Carvalho. Grato, Edmilson Sanches, por este novo mergulho em nossa História”.
Ivadilmar Santos Magalhães, o Mazinho, caxiense, engenheiro-agrônomo, ex-secretário municipal de Caxias (1985-1991) também lembra que o Professor Osvaldo era “filho do senhor Zé da Ló e Dona Ló. Fui aluno dele, de Inglês, no [Colégio] Diocesano, no início dos anos [19]60."
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Além de conterrâneo, fui amigo do professor Osvaldo Ferreira de Carvalho. Conhecemo-nos na faculdade de Imperatriz (MA), onde eu fazia o curso de Letras. Nosso gosto comum pela Cultura e Literatura e, sobretudo, nossa cidade de Caxias, além da franqueza da amizade, do sentir-se à vontade um com o outro, tudo isso permitiu-nos uma relação saudável, amiga, orgulhosa de nossa conterraneidade.
Brincávamos que, de tanto aprender outros idiomas (alemão, latim, grego, inglês...), ele, Osvaldo, já era quase não inteligível em português...
Após as aulas, depois das 22h, às vezes ele fazia questão de dar carona ou nos sentávamos a uma mesa de um discreto barzinho, para trocar ideias e relembrar Caxias. Como nem sempre uma carona é de graça, frequentemente eu tinha de ajudar o Osvaldo... a empurrar o fusquinha, para “pegar” e seguirmos pela cidade, cujas ruas àquela hora estavam pouco habitadas de seres automobilísticos.
Não soube de imediato do falecimento do notável professor da Universidade Estadual do Maranhão, hoje Uemasul. O ano de sua morte, 1991, foi também o ano de passamento de minha mãe, que vinha, há tempos, enfrentando uma rara doença (colangite primária), de pouco mais de 30 casos no mundo, na época. Atordoado com a progressiva, inexorável, inelutável perda materna e tendo de realizar muitos cuidados e viagens para atrasar o inevitável, não fiquei sabendo que, no começo daquele ano, já o grande amigo havia partido...
Osvaldo e eu ainda criamos um jornalzinho na universidade – parece-me que o nome era “O Coruja”. Devo ter, com certeza, exemplares entre as dezenas de milhares de itens bibliográficos de minha biblioteca.
Apesar de, para alguns, ser um professor “severo”, creio que essa característica pode ser relativizada, em especial se dada por alunos que queriam, só, facilidades ou não se “aplicavam” nos estudos. Eu nunca encontrei dificuldade nas disciplinas do ilustre professor conterrâneo.
Sua importância na Educação em Imperatriz foi reconhecida para além do carinho de seus alunos. A Biblioteca Pública Municipal de Imperatriz, criada em 1970, tem seu nome.
Parabéns à família e familiares do talentoso professor Osvaldo Ferreira de Carvalho.
* EDMILSON SANCHES
FOTOS:
O professor caxiense Osvaldo Ferreira de Carvalho (1933-1991) com a esposa, Hermínia; e com a irmã Oseneide (à direita) e os filhos Wladimir e Aimée. E a Biblioteca Pública Municipal de Imperatriz, que o homenageia com seu nome.
O Concurso Público Nacional Unificado (CNPU) já tem nova data de aplicação das provas: 18 de agosto. O cartão de confirmação de inscrição, com os detalhes sobre os locais de provas, será divulgado em 7 de agosto.
A informação foi divulgada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) na manhã desta quinta-feira (23).
A prova tem mais de 2,1 milhões de candidatos inscritos que vão disputar 6.640 vagas em 21 órgãos da administração pública federal. Salários iniciais podem chegar a R$ 22,9 mil. O cronograma completo será divulgado pelo governo federal em breve.
Em comunicado, o Ministério da Gestão garante que os mais de 18,7 mil malotes de provas foram recolhidos em todo o Brasil para um local seguro. Os malotes foram checados, um a um, por integrantes da rede de segurança, e não foi identificada qualquer violação ao material.
Tragédia no Sul
Inicialmente, as provas ocorreriam em 5 de maio. No entanto, dois dias antes do evento, em 3 de maio, o governo federal adiou o concurso, por causa das fortes chuvas que atingiram quase 95% (468, dos 497) dos municípios gaúchos. Desde o fim de abril, a tragédia já provocou 163 mortes, além de alagamentos e prejuízos ainda não calculados.
Locais de provas
Com a remarcação das provas, o ministério precisará confirmar a disponibilidade de cada um dos locais de aplicação do certame nacional novamente. A prioridade do MGI será manter os endereços definidos anteriormente. Especificamente sobre os municípios do Rio Grande do Sul, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos fará tratativas para garantir o acesso de todos os inscritos no Estado.
Em 7 de agosto, o candidato poderá acessar, novamente, o cartão de confirmação de inscrição do concurso para checar se o local da prova foi mantido ou alterado. O documento com detalhes da inscrição estará disponível na Área do Candidato, no mesmo site em que o cidadão fez a inscrição.
Para acessar, é preciso fazer login e senha do portal do governo federal, o Gov.br. As provas serão aplicadas nas 27 unidades da federação pela Fundação Cesgranrio.
O Senado aprovou, nessa quarta-feira (22), a reserva de vagas em concursos públicos para pretos, pardos, indígenas e quilombolas pelos próximos dez anos. O projeto de lei segue para votação na Câmara dos Deputados.
A votação foi acompanhada pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
A lei que prevê as cotas foi sancionada em 2014, com validade por uma década. O novo projeto precisa ser aprovado pelas duas Casas legislativas até o dia 9 de junho deste ano ou a reserva de vagas deixará de existir.
A votação ocorre às vésperas da realização do Concurso Nacional Unificado (CNU), que foi adiado em razão das enchentes no Rio Grande do Sul e ainda não tem nova data de realização.
O que diz o projeto
Conforme o texto aprovado, concursos públicos e processos seletivos de órgãos públicos devem aumentar dos atuais 20% para 30% as cotas raciais. A reserva vigora também para vagas que surgirem durante a validade do concurso.
Atualmente, as cotas raciais para concursos alcançam apenas a população negra (pretos e pardos). Foram incluídos indígenas e quilombolas.
Os inscritos podem disputar, simultaneamente, as vagas reservadas e as da ampla concorrência. Se o candidato for aprovado pela ampla concorrência, não irá constar na classificação das vagas de reserva.
O projeto prevê regras e critérios para a confirmação da autodeclaração dos candidatos, como padronização para todo o país, devem ser levadas em conta características regionais, garantia de recurso e decisão unânime para que o colegiado responsável pela confirmação conclua por atribuição identitária diferente da declaração do candidato.
Se a autodeclaração do candidato for rejeitada, ele poderá concorrer para as vagas da ampla concorrência, exceto nos casos de suspeita de fraude ou má-fé. Nesses, será excluído da seleção ou terá a admissão cancelada, em caso de nomeação.
Pelo texto, a política deverá passar por nova revisão após o prazo de dez anos.
Apresentação de Imperatriz para o 3º Congresso Sul-maranhense de Cardiologia, dias 24 e 25/5/2024. Abaixo, outras informações sobre o município, por EDMILSON SANCHES.
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Um vídeo de apresentação de Imperatriz está sendo divulgado pela organização do 3º CONGRESSO SUL-MARANHENSE DE CARDIOLOGIA, a realizar-se dias 24 e 25 de maio de 2024, próxima sexta-feira e sábado. A segunda maior cidade do Maranhão será a sede do evento, cujo tema será:
“Um Caminho pelas Raízes do Coração do Maranhão”.
Algumas informações históricas, geográficas, econômicas e demográficas imperatrizenses que não estão no vídeo (cujo conteúdo, é claro, tem outra abordagem):
Imperatriz tem 1.369km2 e 273.110 habitantes, em 2021. Em 2024, já contava mais de 202 mil eleitores, o que a torna uma das poucas cidades brasileiras, entre 5.570, a ter segundo turno nas Eleições.
A economia imperatrizense (Produto Interno Bruto – PIB) totaliza R$ 7 bilhões e 693 milhões e renda (PIB) “per capita” de R$ 29.592,70 (2021; só em dezembro, o IBGE informará os números de 2022).
Imperatriz tem 172 anos (sua fundação ocorreu em 16 de julho de 1852). Seu nome é em homenagem à Imperatriz Teresa Cristina (1822-1889), nascida na Itália, esposa do Imperador Dom Pedro II, com quem conviveu 46 anos, desde o casamento em 1843. Teresa Cristina teria contribuído para a manutenção de um “status” de destaque regional no início da história da cidade.
A palavra “imperatriz”, em sua origem latina mais remota, tem o significado de “esforçar-se para obter”. Premonitoriamente, Imperatriz é considerado município de gente trabalhadora, com população formada de brasileiros de todas as regiões do país e estrangeiros dos diversos continentes do mundo.
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IMPERATRIZ MAJESTADE
Sua Majestade Imperatriz. Flor da Amazônia, vitória-régia – grande, incultivada e bela.
Imperatriz. Cidade de antônimos.
Polo de concentração e dispersão.
De importação e exportação.
Imigração e emigração.
Desejo e decepção.
Imperatriz anfíbia: Nordeste e Amazônia.
Sol e água.
Seca e selva.
Areia e relva.
Sofá e sela.
Porta e porteira.
Pórtico e cancela.
Mansão e palhoça.
Carro e carroça.
Asfalto e roça.
Misto de trabalho e desemprego,
de produção e carência,
de oferta e procura,
desperdício e fartura,
resultado de seus contrários,
pastel de paradoxos,
Imperatriz é o retrato ampliado de nossos acertos e imperfeições, virtudes e incompletudes.
Uma São Paulo no interior do Maranhão, todos nós brasileiros temos algo a ver com esta cidade.
– Imperatriz, Majestade.
172 anos (em 16 de julho de 2024).
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RIO TOCANTINS
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Rio Tocantins... Personagem maior.
Foi por ele, foi com ele e foi nele que tudo começou. “Tudo”, aqui, é Imperatriz.
O registro de nascimento de Imperatriz não foi grafado à tinta – foi escrito com água. O Tocantins é a grande pia batismal onde a cidade, ontem, fez sua iniciação e, hoje, tenta a purificação... salvação... redenção...
O Rio Tocantins trouxe, há 171 anos, os fundadores da cidade. Ajudou a fazer a cidade. Ajudou a fazer história. Um rio que só é velho porque se renova.
Desde 16 de julho de 1852 o Tocantins foi um rio que passou – e continua – em nossa vida. Líquido e certo.
Um rio que é permanente porque é passageiro.
Transitoriamente eterno.
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RIO TOCANTINS (2)
Entre dois Estados, há um rio.
Um rio rico – traz fartura.
Um rio às vezes brabo – traz agrura.
Um rio único e vário, como o são todos os rios. Separa terras, une gentes, leva coisas, banha corpos, lava a alma.
Um rio com um toque especial: Toc Toc Tocantins.
Estamos na Pré-Amazônia. “O Rio Tocantins é o elemento de maior relevo – na geografia e em nossos corações”.
Durante todo o dia, raios de sol tocam o Tocantins. São dedos cálidos penetrando a intimidade receptiva e envolvente das águas. Sol e água. Fértil encontro de contrários. Homem, mulher.
Encontros muitos. Encontros marcados.
À tardinha, após tantas horas de luz e calor, o sol, cansado, mergulha n’água – imersão total – e, sem forças, afoga-se nela, para depois renascer, fortalecido, anunciando o dia seguinte. Que vem envolto em halo, aura, auréola, aurora.
O sol nasce e (re)pousa no Tocantins.
* EDMILSON SANCHES
FOTOS:
Aspectos da cidade e seu rio (fotos de Brawny Meireles, Fernando Cunha, José Lobato e Aeroset). Alguns livros e publicações sobre Imperatriz.
Aprovado, na noite de ontem (21), pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o projeto de lei que cria as escolas cívico-militares no Estado propõe a criação de escolas com “gestão compartilhada” entre corporações militares e secretarias estadual ou municipais de Educação.
“As primeiras seriam responsáveis pela administração e disciplina, enquanto as segundas ficariam a cargo da condução pedagógica nas instituições de ensino”, diz o texto de justificativa da proposta assinado pelo secretário estadual de Educação, Renato Feder.
O objetivo da adoção do modelo é, segundo o projeto, “a elevação da qualidade de ensino medida pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)”. Há, ainda, a previsão da “inserção de atividades cívicas e de cidadania” no currículo e atividades extracurriculares conduzidas pela Secretaria de Segurança Pública.
Cada escola que aderir ao programa deverá contar com, ao menos, um policial militar da reserva para implementação das propostas. Ao justificar o projeto, Feder argumentou que a instalação das escolas busca o “enfrentamento da violência” e a promoção da “cultura da paz”.
Obediência e hierarquia
A essência do projeto, segundo a professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília Catarina de Almeida Santos, é trazer os princípios que regem a área de segurança e das corporações militares para dentro das escolas.
“São os princípios vinculados à obediência e hierarquia”, explicou – em entrevista à TV Brasil, emissora da EBC, - a pesquisadora, que faz parte da Rede Nacional de Pesquisa sobre Militarização da Educação.
A professora vê pouco sentido em trazer profissionais da segurança pública ou do meio militar para cuidar de processos de aprendizagem.
“Independente de qual força ou de qual agente sejam, eles não têm função educativa, eles não são educadores, eles não têm formação para lidar com crianças, jovens e adolescentes, muito menos para o processo de ensino e aprendizagem. Então, obviamente, pedagogicamente, não há benefícios com a militarização”, opinou.
As áreas de segurança e de educação também têm diretrizes conflitantes, na avaliação da pesquisadora.
“Quando a gente está falando da área de segurança, a questão da disciplina e tendo disciplina como obediência à ordem, a ordem hierarquicamente falando faz parte disso. Na área de educação, não. O processo educativo se dá no diálogo, se dá na pergunta, se dá dúvida e se dá nessas relações de forma mais horizontal”, finalizou.
Protestos
Em uma sessão com protesto e prisões, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou, nessa terça-feira (21), a criação de escolas cívico-militares. O projeto - de autoria do governo Tarcísio de Freitas – foi aprovado por 54 votos favoráveis e 31 contrários.
A Polícia Militar reprimiu manifestantes que protestaram dentro da Assembleia contra o projeto de lei. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), foram presas oito pessoas. Dois adolescentes foram liberados ainda na terça-feira com a presença de seus responsáveis. Os adultos foram encaminhados, nesta quarta-feira (22), para audiência de custódia e, em seguida, liberados.
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (Anpg) divulgaram nota pedindo a liberação dos presos no protesto.
As entidades afirmam ainda que a Polícia Militar “usou de violência física e gás lacrimogêneo para oprimir os manifestantes”. Segundo o comunicado, uma jovem teve o braço quebrado pela ação da polícia.
A SSP disse que as equipes da PM acompanhavam a votação “quando um grupo tentou invadir uma área restrita”, provocando “tumulto”.
As organizações estudantis classificaram a aprovação do projeto como parte da “série de ataques à educação e à ciência paulistas promovidos pelo governador Tarcísio de Freitas”, de São Paulo.
Por que os políticos fazem o que fazem e não fazem o que deveriam fazer? Por que se tornaram especialistas cruéis na arte de tornar mais infeliz o mundo todo com o dinheiro de todo mundo?
* * *
Não tenho consideração nenhuma com político bandido. Esses marginais do Poder. Essas desgraças humanas.
Se Satanás ainda não encontrou um modelo de bicho em que se pautar, deveria observar melhor esses seus filhos – os políticos bandidos – que parecem estar pautados com ele.
Os políticos, esse desacerto da evolução – pois são vermes que voam –, tornaram-se, no mundo todo, os principais culpados pela infelicidade geral que grassa nas nações.
Com seus desvios, com suas corrupções, com seu cinismo, com sua hipocrisia, falsidade, dissimulação, fingimento, esses roedores com gravata, essas bestas sem chifres (aparentes...), esses exemplos máximos de insensibilidade da raça humana têm submetido bilhões de pessoas à vergonha, ao vexame, à fome, à doença, ao desemprego, à deseducação, à morte. Pessoas às quais não é dada a oportunidade de exercitarem e exercerem seu potencial de talento e humanidade.
A Venezuela acrescentou mais um "item" em seu portfólio de exportação, "produto" tão valioso quanto o petróleo que sobra em solo venezuelano. Esse novo produto de exportação é... gente. Pessoas. Seres humanos.
Quase todo dia tem notícias nos meios de Comunicação Social falando da verdadeira turba que chega ao Brasil com seu turbilhão de necessidades, de vontades, de talentos... Necessidades e vontades e talentos de que estão prenhes uns 25 milhões de brasileiros submetidos ao desemprego, ao subemprego.
Uma dessas pessoas venezuelanas “exportadas”, expatriadas pela fome e falta de oportunidade em seu país, é a jovem cantora do vídeo, chamada Gaby Páez. Ela foi parar e peregrinar há dois anos nas ruas de Santiago, capital do Chile.
O Chile é menor que a Venezuela em área e em população. Mas é maior em economia. Por que será?
O certo é que dos erros dos políticos e de suas políticas públicas e de seus desvios privados brotam pesadelos em pessoas como os artistas, que têm de deixar os sonhos de êxito em sua própria terra para ao menos escapar, sobreviver, em terras alheias.
A moça Gaby Páez canta. E o encanto de seu canto cala um pouco nas pessoas cheias de correria e doideira de cidade grande.
O vídeo não mostra, mas deve haver gente parada, em frente à jovem. Mas o que mais se mostra são pessoas passando, seguindo suas próprias vidas, seus compromissos.
Homens passam com seus ternos, suas gravatas. Mulheres com suas bolsas.
No início do minuto final passa o baixinho com a camiseta recomendando: FEEL THE BEAT. Mas ele mesmo não quis ou não pôde ouvir a moça cantora e "sentir a batida" que sua vestimenta recomendava. Passou batido...
Nos 50 segundos finais, duas senhoras carregadas de compras e curiosidade aproximam-se visivelmente interessadas. Um casal também para... na frente das mulheres – que novamente buscam melhor local para ver o que estavam ouvindo.
Já se ouvem os aplausos nos segundos finais da música quando uma criança e uma mulher com abastado carrinho de compras olham curiosas para a jovem cantora, que se curva uma, duas, três vezes em profissional e humilde agradecimento. De uma garrafinha ali do lado ela toma um gole d'água tão certo quanto, no início dos doze segundos finais, o sorriso tímido e incerto que se faz e rápido se fecha no rosto redondo e belo da talentosa venezuelana que canta seu solo em solo que a sola de seus pés não reconhece com solo seu.
Ela, moça cantora, prepara-se para ir embora (para onde?). Pelo menos por agora, cessará de pulsar seu busto farto elevando-se ao (im)pulso de seu (en)canto.
Também por enquanto não mais se verão as mechas coloridas de seu cabelo de graúna, cabelos (des)coloridos que nada dizem da perda das cores e do acinzentamento dos sonhos que tanto a artista deve ter sonhado tanto...
Também não mais se perceberão as tatuagens que se mostram e que, obscenas, se escondem em íntimas partes da pele... Tatuagens que não são tão fundas nem serão tão permanentes quanto as marcas gravadas no jovem e fêmeo coração expatriado, expulso, espoliado...
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“Y así pasan los años...”
E quando chegarão os tempos de respeito aos artistas, aos cantores, esses dubladores de aves... esses imitadores de pássaros?...
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REPERCUSSÃO
– “Maravilhosa voz, perfeita interpretação”. (ROBERTO SAID, engenheiro civil, administrador, professor universitário. Imperatriz/MA, 21/5/2019)
– “Muito linda, pena que ninguém para pra escutar". (MARIA JOSÉ ALMEIDA. Imperatriz, 21/5/2019)
– “Nota 10”. (FERNANDO DA SILVA NEPONUCEMO, microempresário. Imperatriz, 20/5/2018)
– “Nota mil. Muito lindo”. (VAL ALVES. Imperatriz, 20/5/2018)
– -“Muito talentosa, fora do comum...pena não ser reconhecida como merecia...” (PAULO PAIVA, empresário; graduado em Direito, Teologia e Pedagogia. Imperatriz, 20/5/2018)
São Luís vai se tornar a casa do karate. Em junho, a capital maranhense vai sediar a edição de 2024 do o Campeonato Norte-Nordeste de Karate-Do Tradicional, evento esportivo que reunirá mais de 300 atletas. A competição vai ocorrer nos dias 7 e 8, no Ginásio Castelinho.
Esta edição do Norte-Nordeste será promovida pela Federação Maranhense de Karate-Do Tradicional (Femakt) e conta com a chancela da Confederação Brasileira de Karate-Do Tradicional (CBKT). Ao todo, caratecas de seis Estados vão participar do evento em São Luís. Além dos maranhenses, o campeonato terá a participação de atletas do Piauí, Ceará, Pará, Bahia e Rio Grande do Norte.
“Estamos ansiosos com esta edição do Campeonato Norte-Nordeste de Karate-Do Tradicional que vai ser realizada aqui em São Luís. Vai ser uma grande oportunidade da cidade respirar um pouco do karate. Vamos receber alguns dos principais atletas do país em um evento que promete ter um bom nível técnico”, afirmou o sensei Márcio Bastos, presidente da Femakt.
O surfista maranhense Kadu Pakinha, que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, está confirmado na disputa do Semillero Olas Pro Tour, campeonato que faz parte do Circuito Latino-Americano de Surf e reúne os atletas mais promissores da modalidade na América do Sul. Em busca de grandes resultados para o Maranhão e para o Brasil, Kadu vai competir no evento continental entre sexta-feira (24) e domingo (26), na Praia da Macumba, no Rio de Janeiro.
Kadu Pakinha vai para o Semillero Olas Pro Tour animado pelo ótimo desempenho na 1ª etapa do Circuito Tríplice Coroa Sundek Classic Saquarema 2024, que ocorreu no início de maio, na Praia de Itaúna, em Saquarema (RJ). Em uma final decidida no detalhe, Kadu garantiu a terceira colocação na categoria Sub-16 Masculino.
Antes do Circuito Tríplice Coroa, Kadu Pakinha representou o Maranhão na primeira etapa do Circuito Brasileiro de Surf de Base, um dos eventos mais importantes da temporada, que ocorreu em abril e contou com a organização da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf). Na abertura da competição nacional, realizada em Porto de Galinhas, na cidade de Ipojuca (PE), Kadu teve uma boa performance na categoria Sub-18, chegando até à segunda fase e, também, competiu na categoria Sub-16.
Temporada anterio
Kadu Pakinha colecionou ótimos resultados durante o ano de 2023, representando o Maranhão em eventos nacionais de surf. O surfista maranhense ficou entre os quatro melhores colocados nas três etapas do Circuito ASN Puro Suco Nova Geração, em Niterói, e foi semifinalista das categorias Sub-16 e Sub-18 da 2ª etapa do Circuito de Surf Cyclone, no Rio de Janeiro.
Além disso, Kadu Pakinha chegou às semifinais do Canto Open, garantiu a quarta posição na categoria Sub-16 Masculino do Grumari Masters, disputou o Saquarema Surf Pro Am e esteve em duas etapas do Circuito Brasileiro de Surf de Base, onde obteve experiência para os eventos de 2024.
Ao longo de três meses, o teatro maranhense conectou e emocionou milhares de pessoas por meio de oficinas, espetáculos e narração de histórias que integraram a programação do projeto “O Teatro Te Xama: 15 anos em 15 dias”, do grupo Xama Teatro (MA), em temporada especial que contou com patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do governo federal.
Com uma trajetória de sucesso no território nacional, desde 2008, o grupo Xama Teatro, coordenado por atrizes maranhenses, já circulou por todos os Estados do Brasil e foi premiado nos principais editais culturais do país. E, em 2024, Estados como Maranhão, Pará e Ceará receberam uma programação especial para celebrar os 15 anos de atuação do projeto.
Renata Figueiredo, atriz e arte-educadora do grupo, ressaltou que a temporada 2024 foi a primeira vez que o Xama Teatro viaja com a equipe inteira. E a experiência se demonstrou exitosa, com um trabalho todo feito em coletivo e com muita união. “Nosso trabalho é muito regido pelo afeto. Considero que a gente venceu e triunfou, porque saímos desta comemoração de 15 anos ainda mais próximos, nos amando e nos admirando ainda mais. Seguiremos adiante para que o Xama Teatro continue a transparecer essa afetividade e esse amor nos trabalhos que a gente faz”, disse.
Também integrante do grupo Xama Teatro, a atriz Gisele Vasconcelos comemorou o impacto que o projeto causou nas três cidades alcançadas (São Luís, Belém e Fortaleza). “A cada cidade contemplada nesta temporada, foi também um encontro com parcerias com grupos teatrais locais, com escolas de formação de atores e atrizes, com centros culturais, espaços para apresentações teatrais e apoiadores da cultura. A gente foi buscando, em cada local, quem pudesse somar mais ainda com esse nosso projeto e fortalecer a nossa jornada, fortalecendo o teatro produzido no Maranhão”, destacou a atriz.
Já a atriz e performer Rosa Ewerton celebrou a recepção calorosa que o Xama Teatro recebeu tanto em Fortaleza quanto em Belém. “Tanto o público de Fortaleza quanto o público de Belém foram, simplesmente, incríveis. Receptivos e calorosos, que nos acolheram com muito afeto. Em Fortaleza, por exemplo, teve um grupo que maratonou todos os espetáculos. Nossa turnê foi um sucesso e fechamos com chave de ouro, com muito afeto e carinho envolvidos”, comentou.
A receptividade do público nas oficinas também foi exitosa, segundo Nádia Ethel, dramaturga e produtora do Xama Teatro. “A experiência das ações formativas foram experiências de trocas riquíssimas, que permitiu termos contato direto com os artistas emergentes de cada cidade que estão efervescendo de ideias, de projetos e que se viram atravessados por aquelas inquietações que a gente levou nas oficinas. Ao mesmo tempo, fomos atravessados por aquelas inquietações que foram trazidas para nós, o que permitiu percebermos particularidades de cada cidade e questões que nos atravessam e que são inerentes às práticas que estão acontecendo nas artes cênicas. Concluímos esta temporada totalmente extasiadas e cheias de novas vontades de continuar”, reforçou.
Para a dramaturga, atriz e diretora do Xama Teatro, Nicolle Machado, a atuação coletiva de todas as equipes envolvidas no projeto “O Teatro Te Xama: 15 anos em 15 dias” foram essenciais para que cada etapa fosse sucesso de público e renovasse o fazer artístico de cada integrante.
“Gostaríamos de fazer um agradecimento especial a todos os técnicos dos teatros de Belém e Fortaleza, que foram equipes fundamentais para que as nossas montagens pudessem ocorrer no tempo previsto. Tudo ocorreu de uma maneira muito organizada, com apoio dos técnicos, dos gestores institucionais, além do apoio do Sesc e do Teatro Waldemar Henrique, em Belém, e do Porto Iracema das Artes e do Instituto Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza”, pontuou.
A diretora acrescenta, ainda, que a variedade de atividades propostas pelo projeto ajuda a fortalecer, também, a economia criativa das cidades. “Importante ressaltar que uma circulação movimenta muito da economia criativa do lugar porque pessoas são demandadas para ajudar nas questões técnicas, e a gente tem muito prazer em fazer essas contratações, de intérpretes de libras a técnicos de som, técnicos de luz, etc. É uma forma de contribuirmos com aquela cidade para além das apresentações, das formações que a gente está deixando e de injetar capital do projeto naquela cidade”, finalizou.