Nos dias 23 e 24 de setembro, mais de 20 empresas estarão disponíveis durante a Feira de Empregabilidade 2025 para oferecer mais de 8 mil vagas de emprego para jovens brasileiros de 18 a 29 anos. O CIEE também participa com a oferta de mais de 4 mil vagas de estágios. As vagas disponibilizadas durante a feira, que é on-line, contemplam as cadeiras de aprendiz, estágio, trainee e demais posições de entrada, como analistas e assistentes.
As inscrições podem ser feitas pelo site das 15h às 19h. As pessoas inscritas na 4 Feira de Empregabilidade receberão notificações por e-mail e WhatsApp nos dias que antecedem o evento.
Neste ano, um dos destaques da programação é a trilha Inspiração. No dia 23, às 15h , as pessoas inscritas poderão acompanhar uma apresentação da educadora financeira, empresária e comunicadora Nath Finanças com a palestra Caminhos trilhados para torna-me educadora e empresária no mundo das finanças. A diretora de RH da L’oréal Brasil, Anne Jacobson, também fará uma apresentação.
A programação inclui ainda orientação para os aspirantes a uma vaga de emprego ou estágio sobre como se comportar nos processos seletivos, como construir e aprimorar um perfil no LinkedIn, solução de problemas, criação de marca pessoal e como planejar os caminhos de carreira.
Recrutadores de todas as empresas participantes participam da feira vão apresentar as vagas em suas empresas, explicando as oportunidades na carreira, além de estarem disponíveis para agendar entrevistas com os participantes na plataforma do evento.
Segundo a vice-presidente de recursos humanos da Nestlé Brasil, Martha Uribe, a Feira de Empregabilidade tem como objetivo fortalecer a juventude brasileira com capacitação e oportunidades de emprego.
“Reunir as empresas que compõem a Aliança pelos Jovens em um único evento é uma chance valiosa para quem está começando ou quer avançar no mercado de trabalho. Neste ano investimos ainda mais na grade de conteúdo para entregar uma experiência completa”, disse.
A Nestlé é a empresa líder da Aliança pelos Jovens e do Movimento pela Equidade Racial (Mover), uma das 100 empresas que se propõem a trabalhar juntas para acelerar a empregabilidade dos jovens brasileiros e dar suporte ao desenvolvimento e à geração de oportunidades de emprego nos mais diferentes níveis. O Mover é uma coalizão dedicada a promover equidade racial, educação e combate ao racismo.
Segundo a organização, em 2024, a Feira de Empregabilidade impactou mais de 78 mil inscritos com ofertas de vagas e capacitação profissional.
Na semana em que se recorda o aniversário do saudoso compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues, que nasceu em Porto Alegre no dia 16 de setembro de 1914, o Samba na Gamboa, da TV Brasil, homenageia o ícone célebre pelas canções de "dor de cotovelo" na edição inédita deste domingo (14), às 13h. O bamba faleceu aos 59 anos, em agosto de 1974.
Para interpretar o repertório de clássicos no programa, a apresentadora Teresa Cristina recebe a cantora e compositora Adriana Calcanhotto, conterrânea do astro, que fez um álbum só com músicas de Lupicínio Rodrigues.
A diva canta diversos sucessos da carreira do consagrado artista como Se Acaso Você Chegasse, Nunca, Nervos de Aço, Felicidade, Loucura e Foi Assim, entre outras composições do homenageado.
A convidada fala sobre a importância de Lupicínio Rodrigues e sua relação com as obras dele, além de discutir o conteúdo dessas canções.
"Ele cantou e compôs situações de amor que não são propriamente o que se esperava na época. Não eram palavras poéticas. Não se fazia poesia com aquelas situações", reflete Adriana Calcanhotto sobre temas como orgulho ferido, traição e infelicidade.
Lupicínio Rodrigues abordou o sofrimento enamorado e a melancolia que está presente nas grandes paixões. O artista foi um dos símbolos do samba-canção e deixou uma obra que até hoje é cantada com os corações aos pulos ao embalar questões variadas sobre as desventuras do amor.
Com melodias emocionantes e construções de versos singulares, o músico cativou fãs com canções repletas de sentimento. Em suas músicas, o gaúcho combinou letras surpreendentes e narrativas nada óbvias sobre as mais diversas possibilidades que envolvem as desilusões amorosas.
Programa
Produção original da TV Brasil, o Samba na Gamboa pode ser acompanhado em tempo real no YouTube da emissora pública e no app TV Brasil Play.
Com janela alternativa na TV aos sábados, às 23h, o programa também é transmitido na Rádio Nacional, aos sábados, mais cedo, ao meio-dia, para toda a rede.
A nova temporada do Samba na Gamboa que marca a estreia de Teresa Cristina como apresentadora do programa foi gravada no Teatro Ruth de Souza, no Parque Glória Maria, em Santa Teresa, na região central do Rio de Janeiro.
O palco para conversas embaladas por hits é um cenário colorido que evoca uma praça na Gamboa – bairro histórico da zona portuária da capital carioca. A presença de plateia é outro destaque da atração.
Os encontros contam, ainda, com uma banda da pesada, comandada pelo lendário Paulão Sete Cordas, que acompanha Teresa Cristina e seus convidados pelo inesgotável repertório do samba brasileiro.
A equipe reúne os músicos Eduardo Neves (sopros), João Callado (cavaco), Paulino Dias (percussão), Rodrigo Jesus (percussão) e Waltis Zacarias (percussão).
Cantora e compositora de mão cheia, a diva também tem se revelado uma ótima entrevistadora. Teresa Cristina conduz os papos com muita graça, informação, e, principalmente, emoção.
A pesquisa sobre a cultura popular é importante para a artista que, além do sucesso com o grupo Semente e na carreira solo, ganhou ainda mais atenção com as lives que fez nas redes sociais no período da pandemia.
Com novo cenário, pacote gráfico e a trilha sonora de abertura repaginados, o Samba na Gamboa tem janela semanal, aos domingos, às 13h, na programação da TV Brasil, e horário alternativo aos sábados, às 23h.
Destaques da temporada
Durante a nova temporada do Samba na Gamboa, Teresa Cristina recebe nomes consagrados do gênero como Áurea Martins, Dorina, Dudu Nobre, Jorge Aragão, Moacyr Luz, Nei Lopes, Tia Surica, Marquinhos de Oswaldo Cruz, Neguinho da Beija Flor, Nei Lopes, Nelson Rufino, Nilze Carvalho, Péricles e Sombrinha.
O programa da TV Brasil também vai ter a presença de célebres artistas de outras matizes da música como Adriana Calcanhotto, Fabiana Cozza, Hermínio Bello de Carvalho, Mônica Salmaso, Roberta Sá, Simone Mazzer e Zé Renato.
A produção musical valoriza compositores que escreveram sucessos, mas nem sempre têm o devido reconhecimento e espaço na mídia.
Teresa Cristina recebe nomes como Alex Ribeiro, Alfredo Del-Penho, Claudio Jorge, Mariene de Castro, Moyseis Marques, Serginho Meriti, Toninho Geraes e Zé Roberto. Artistas como Luísa Dionísio, Marina Íris, Nego Álvaro e Mingo Silva são outros convidados da temporada.
O Samba na Gamboa ainda traz nessa sequência de atrações inéditas uma série de programas especiais que destacam a importância de personalidades consagradas da sonoridade tipicamente nacional. Os conteúdos temáticos reverenciam o trabalho de Arlindo Cruz, Chico Buarque e Paulinho da Viola.
O canal público também exibe edições temáticas que prestam tributo a ícones que já partiram como Aldir Blanc, Almir Guineto, Beth Carvalho, Candeia, Clara Nunes, Dona Ivone Lara, Elizeth Cardoso, Elton Medeiros, Lupicínio Rodrigues, Monarco, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento, Reinaldo, Wilson Moreira e Zé Keti.
Com direção de Shirlene Paixão, a nova temporada do programa, que marca a volta das edições inéditas do Samba na Gamboa, tem roteiro e pesquisa do jornalista Leonardo Bruno, profundo conhecedor do gênero.
Histórico da produção
O Samba na Gamboa reúne grandes intérpretes das novas gerações e nomes consagrados do gênero e ícones da MPB para uma animada roda de samba. Com Diogo Nogueira, o programa contou com sete temporadas e foi gravado entre 2008 e 2018. Até hoje a atração faz parte da grade do canal público.
Morreu nesse sábado (13), aos 89 anos, o músico Hermeto Pascoal, um dos maiores nomes da música instrumental brasileira e reconhecido internacionalmente por sua genialidade e inovação sonora.
A notícia foi confirmada pelas redes sociais oficiais do artista, onde foi publicada uma mensagem emocionada:
“Com serenidade e amor, comunicamos que Hermeto Pascoal fez sua passagem para o plano espiritual, cercado pela família e por companheiros de música"
A causa da morte não foi divulgada. Hermeto estava internado em um hospital no Rio de Janeiro.
Velório
O velório do artista será realizado nesta segunda-feira (15), na Areninha Cultural Hermeto Pascoal, em Bangu, no Rio de Janeiro.
A cerimônia será aberta ao público das 14h às 21h.
Biografia
Nascido em 1936, na pequena cidade de Lagoa da Canoa, interior de Alagoas, Hermeto Pascoal era autodidata. Começou a tocar acordeon e flauta ainda na infância, e aos 15 anos já atuava como músico profissional, mudando-se com o irmão para o Recife em busca de oportunidades.
Considerado um gênio da música experimental, Hermeto ficou conhecido por transformar sons do cotidiano em arte — desde o barulho da água até o sopro do vento.
Sua carreira atravessou fronteiras, com colaborações internacionais e reconhecimento mundial. Ao longo da vida, recebeu diversos prêmios, entre eles o Grammy Latino, conquistado em três oportunidades.
Em 2024, aos 88 anos, lançou o disco de músicas inéditas Pra você, Ilza, uma homenagem à esposa Ilza da Silva, com quem foi casado por mais de 40 anos. Juntos, tiveram seis filhos. Hermeto também deixa 13 netos e 10 bisnetos.
"Era um vício. Dava vontade de ficar mexendo o tempo todo." Assim a estudante Priscila Henriques Lopes da Silva, de 14 anos, define a relação que tinha com o celular. A amiga Sophia Magalhaes de Lima, também com 14 anos, se identifica, mas diz que "hoje em dia não dá tanta vontade. A gente percebe que não precisa ficar mexendo no celular para poder se divertir".
O que separa as duas realidades é a decisão da prefeitura do Rio de Janeiro de proibir o uso do celular nas escolas, aplicada no início do ano letivo de 2024. A medida adiantou o que se tornaria regra em todo o território nacional no começo deste ano, por força de uma lei federal.
O estudante Enzo Sabino Silva Cascardo, de 15 anos, conta que, antes da proibição, os períodos das aulas, na verdade, eram perdidos em jogos e redes sociais. "Ninguém prestava atenção", lembra. Os professores também perdiam preciosos minutos – e o bom humor – tentando angariar alguma audiência. Mas, mesmo nos momentos mais descontraídos, o "vício" continuava: "No recreio, era igual aqueles desenhos: todo mundo com a cabeça abaixada olhando no celular, ninguém brincava, ninguém conversava", acrescenta Enzo.
Enzo Sabino Silva
Logo de cara, a proibição não agradou: "Vamos dizer que a gente ficou chateado, para não usar outra palavra", brinca Enzo. Mas em pouco tempo a vida natural das escolas "se regenerou", para usar outra brincadeira, feita por usuários nas redes sociais. O recreio voltou a ser o espaço para brincadeiras e bate-papo. Dentro de sala, os professores voltaram a ter mais problema com as conversas paralelas do que com os diálogos via aplicativo.
De acordo com a prefeitura, os resultados não são apenas visíveis, como também mensuráveis. Dados do desempenho dos alunos do ensino fundamental, colhidos periodicamente pela Secretaria Municipal de Educação, mostram um avanço de 25,7% em matemática e 13,5% em português, em 2024.
Essas proporções foram calculadas por um pesquisador da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, após a aplicação de métodos estatísticos para isolar outros fatores que podem influenciar nesse desempenho e identificar qual o ganho obtido apenas com a proibição. Também foram ouvidos mais de 900 diretores, que correspondem a 90% dos profissionais da rede.
"Em matemática é como se os alunos tivessem aprendido um bimestre a mais dentro do mesmo espaço de tempo. Outra coisa interessante é que o impacto no quarto bimestre foi maior do que o impacto no terceiro bimestre, que foi maior do que no segundo... ou seja, houve um ganho progressivo", ressalta o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha.
Tauana Vitória Vidal Fonseca
A aluna Tauana Vitória Vidal Fonseca, de 15 anos, faz parte dessa estatística. "Quando a gente podia usar o telefone, eu ficava o dia inteiro no celular, ao invés de prestar atenção nas aulas. Depois que proibiu, minha nota subiu lá em cima! Matemática, principalmente, melhorou muito. Antes eu não sabia nada, mas acho também que é porque eu ficava o tempo todo com o celular na aula, né?"
Todos os adolescentes ouvidos pela reportagem estudam no Ginásio Educacional Olímpico (GEO) Reverendo Martin Luther King, na Praça da Bandeira, região central do Rio. A diretora Joana Posidônio Rosa conta que enfrentou resistência logo que a medida foi implementada. "Tinha aluno que se recusava, tinha aluno que brigava comigo...".
Diretora Joana Posidônio
Um aliado foi fundamental: "Logo que a medida foi anunciada, a gente começou a falar com as famílias, pelos grupos de WhatsApp, nas reuniões de pais e a gente teve uma adesão de praticamente 100%. Inclusive recebemos relatos de familiares, contando que em casa a situação também estava muito difícil, porque eles não saíam dos celulares. E foi muito importante essa adesão das famílias, porque sozinhos a gente não conseguiria", conta a diretora.
O professor de história Aluísio Barreto da Silva lembra que alguns alunos chegavam a ter reações extremas, com gritos e choros, quando o celular era apreendido, tamanho apego ao aparelho.Ele vê uma herança da pandemia nesse comportamento, já que, por quase dois anos, as crianças e adolescentes precisaram estudar de forma remota, e praticamente só socializavam via internet.
"Antes da proibição, eu tinha que ficar brigando o tempo inteiro, porque como é que o aluno vai prestar atenção, se ele está mexendo no celular? E os alunos bons estavam sendo capturados. Porque qualquer turma tem os alunos que conversam, que bagunçam, que dão mais trabalho, mas, mesmo os bons alunos, que normalmente se dedicam, eu estava perdendo para o celular", lembra.
Professor Aluísio Barreto da Silva
Apesar disso, Aluísio conta que em algumas semanas, a "desintoxicação" já produziu resultados e ele voltou a ser o emissor de mensagens mais importante da sala. Mas o professor diz que essa não é a realidade de todos os docentes da rede, já que o cumprimento da lei exige que toda a comunidade escolar esteja engajada, desde a direção das escolas, passando por todos os funcionários, até as famílias.
A princípio, cada classe do GEO Reverendo Martin Luther King tinha uma caixa organizadora, onde os aparelhos eram guardados no início da aula. Hoje, basta uma caixa para toda a escola, que fica na sala de direção, porque a maioria dos alunos já prefere nem levar os aparelhos.
Por ser um ginásio educacional olímpico, o colégio oferece treinamentos em atividades esportivas, além das aulas de educação física. Mesmo nesses momentos, que normalmente são muito apreciados pelos alunos, o celular atrapalhava e afetava o rendimento. A proibição também foi aplicada na hora dos treinos, aumentando ainda mais o tempo sem tela dos alunos e contribuindo para a "desintoxicação".
Sophia Magalhães de Lima, que costumava assistir a vídeos no celular até mesmo enquanto tomava banho, tem trocado o aparelho por outras atividades, como os treinos de xadrez, e hoje ostenta o título de campeã estadual da modalidade. Ela diz que a concentração, tão importante para a prática, aumentou após a proibição.
Já Ana Julia da Silva, de 14 anos, percebe uma melhora que não foi medida pelo estudo. "Antes, eu respondia todo mundo, não estava nem aí pra nada, fazia muita bagunça, toda hora era mandada para a direção. Um dia, eu estava com o telefone na escola, quando algumas crianças começaram a brigar. Aí eu filmei e postei nas redes. A mãe de uma das meninas viu, aí a escola chamou meu pais, conversou comigo e hoje eu entendo que eu não tinha direito de gravar aquelas crianças. Eu sinto que o que mais melhorou foi o meu comportamento".
Apesar de não ter números sobre esse impacto, o secretário municipal de Educação confirma que ele tem sido percebido pelos profissionais.
"A escola tem que ser um espaço não só de aprendizagem, mas também de interação social, de socialização, de rede de apoio. E a gente também tem observado que, com essa medida, você gera um ambiente mais acolhedor, diminui o bullying e o cyberbullying", destaca Renan Ferreirinha.
Para ele, os resultados da lei são uma demonstração de como decisões do poder público podem ajudar as famílias a lidarem com os desafios da tecnologia. "A verdade é que todo mundo está tendo dificuldade nesse processo de criar seus filhos e filhas, crianças ou adolescentes, com esse excesso de tela, de tecnologia, e muitas vezes a gente precisa fazer esses freios de arrumação. Eu defendo, por exemplo, que a gente restrinja o uso de redes sociais, para acima de 16 anos. Acho que é o próximo freio de arrumação que a gente deveria encampar no nosso país".
O escritor e professor Paulo Henriques Brito é o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras. Na noite dessa sexta-feira (12), ele tomou posse na cadeira 30, sucedendo a escritora Heloisa Teixeira, que morreu em março deste ano.
Escritor, tradutor e professor de tradução, literatura e criação literária, Brito publicou 14 livros, oito deles de poesia. Antologias de poemas seus foram publicadas em inglês (2007) e em sueco (2014), e sua poesia reunida foi editada em Portugal (2021); seu ensaio A tradução literária foi publicado em espanhol no Chile (2023).
Traduziu cerca de 120 livros de autores de língua inglesa, como Jonathan Swift, Charles Dickens, Henry James, Virginia Woolf, V. S. Naipaul, Thomas Pynchon e James Baldwin. Na poesia, traduziu Byron, Wallace Stevens, Elizabeth Bishop e Frank O’Hara, entre outros.
Na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) atua em duas linhas de pesquisa, tradução de poesia e poesia brasileira contemporânea, os temas principais dos artigos e capítulos de coletâneas que tem publicado ao longo das últimas décadas.
“Paulo Henriques era o tradutor de Candido, se gostavam muito. Tenho certeza que o Candido está honrado de ver seu fardão com o amigo”.
A oferta foi recebida como uma honra pelo novo imortal. “Foi uma iniciativa que partiu dela e me senti muito honrado. Conhecia muito os dois, traduzi alguns textos do Candido Mendes para o inglês e minha mulher, Santuza – professora do departamento de Sociologia e Política da PUC-Rio era a melhor amiga da filha dele, Maria Isabel”.
Margareth admitiu ter chorado ao retirar os bordados das comendas do fardão do marido para entregá-lo limpo ao novo imortal. “Ele veio experimentar e ficou quase certo. Apenas a calça estava um pouco larga, foi preciso apertá-la e trocar as fitinhas douradas que estavam gastas”.
Um dos eventos mais importantes do calendário da Confederação Brasileira de Karate Shotokan (JKS Brasil), o 29º Campeonato Nacional de Karate Shotokan será realizado entre os dias 24 e 26 de outubro, no Ginásio Castelinho, em São Luís. Referência nacional da modalidade, o Time Maranhão está trabalhando firme para conquistar grandes resultados no evento, que reunirá os 400 melhores atletas do país em diversas categorias e servirá de seletiva para o Campeonato Mundial da modalidade, que será realizado na temporada de 2026.
Restando pouco mais de um mês de preparação, o Time Maranhão de Karate intensificou os treinamentos em busca de medalhas no Campeonato Nacional de Karate Shotokan. Em julho, sete atletas maranhenses da Academia Seiryükan integraram a Seleção Brasileira na disputa do Campeonato Pan-Americano, realizado em Vitória (ES), e conquistaram 21 medalhas, sendo oito de ouro, seis de prata e sete de bronze, números que ressaltam a força do Estado na modalidade.
Um dos principais nomes do Time Maranhão para a disputa do Campeonato Nacional de Karate Shotokan é Vítor Moraes, que conquistou três medalhas de bronze no Pan-Americano. Uma dessas medalhas veio na competição de Kata por Equipes (17-19 anos), onde formou equipe com os também maranhenses Daniel Caripunas e Micael Silva, em um trio que promete vir forte para buscar o ouro no Nacional e a vaga no Mundial.
"Estamos trabalhando com muita intensidade para chegar ao Campeonato Nacional nas melhores condições físicas e técnicas, com o objetivo de representar bem o Maranhão, lutar por medalhas e garantir a vaga no Mundial. Competir em casa é uma grande responsabilidade, mas também é uma motivação e tanto, estamos focados para competir bem e garantir excelentes resultados", afirma o carateca Vítor Moraes.
Em meio às disputas do Campeonato Nacional de Karate Shotokan, outras atividades vão ocorrer em São Luís. No dia 23 de outubro, haverá um Master Camp com instrutores da JKS Brasil e, no dia 24, estão previstos a realização de uma clínica de arbitragem e exame de faixa.
Resultados expressivos
Nas últimas duas edições do Campeonato Nacional de Karate Shotokan, o Time Maranhão foi destaque. Em 2023, a equipe maranhense garantiu 33 medalhas no evento e, em 2024, foram 22 medalhas conquistadas. Devido ao grande desempenho dos maranhenses, oito atletas da Academia Seiryükan acabaram sendo convocados para o Mundial de Karate Shotokan, realizado no Japão, no ano passado.
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados autorizou a realização de concurso público para o preenchimento de cargos efetivos na Casa.
A decisão foi anunciada, nessa quinta-feira (11), pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), em cerimônia de apresentação da nova gestão administrativa e da agenda 2025-2027.
Motta destacou a importância do concurso para repor funcionários que se aposentaram e melhorar as condições de trabalho.
“Isso é reconhecer a importância do servidor público para o nosso trabalho”, afirmou.
As vagas serão para os cargos de analista legislativo e de técnico legislativo.
A edição extra do Diário da Câmara dos Deputados desta quinta-feira (11), que autoriza a realização do concurso público, detalha a distribuição das vagas analista legislativo:
1) analista legislativo:
registro e redação;
processo legislativo e gestão;
comunicação social;
documentação e informação legislativa;
museólogo;
engenheiro;
médico.
2) técnico legislativo, nas atribuições:
policial legislativo federal;
assistente legislativo e administrativo.
A quantidade de vagas para provimento imediato e de cadastro de reserva deverá ser definida em futuro edital específico. As providências serão tomadas pela diretoria-Geral da casa.
O Ministério da Educação (MEC) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) estão ofertando 7,8 mil vagas de mestrado e doutorado gratuitas a docentes das redes públicas de educação básica. Do total de vagas, 7.584 são para mestrado e 228 vagas para doutorado, ambos na categoria profissional. Os cursos ofertam aulas presenciais e na modalidade híbrida.
A iniciativa é parte do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu para Qualificação de Professores da Rede Pública de Educação Básica (ProEB). Os editais dos processos seletivos já foram publicados pela Capes e abrangem dez cursos de mestrado profissional e um de doutorado nas seguintes áreas: biologia; física; matemática; química; sociologia; filosofia; artes; letras; educação inclusiva; e história — este último também conta com vagas para o doutorado profissional. Confira os editais aqui.
Inscrições
Cada um dos programas de pós-graduação conta com prazos de inscrições distintos e os candidatos interessados devem consultar os editais individualmente. Para os mestrados em biologia, física, matemática e química, as inscrições se encerram neste mês. Já para o mestrado nos cursos de sociologia, filosofia, artes, letras, educação inclusiva e história, os prazos encerram em outubro. A inscrição na seleção do doutorado em história terminará em novembro. Apesar de os cursos serem gratuitos, alguns programas podem cobrar taxa de inscrição em seus processos seletivos.
Formação de professores
O programa tem o objetivo de fortalecer a formação continuada para o desenvolvimento profissional de docente de todo o país, oferecendo vagas em cursos de mestrado e doutorado profissionais, em diversas áreas do conhecimento. Os cursos são realizados por meio de uma rede nacional de universidades públicas com excelência reconhecida na área de formação de professores. A iniciativa também conta com a participação de instituições parceiras das sociedades científicas de diversas áreas, como a Sociedade Brasileira de Física (SBF) e a de Matemática (SBM).
O ProEB é uma das ações do programa Mais Professores para o Brasil, lançado pelo MEC, em janeiro de 2025, para valorizar os profissionais do magistério e qualificar os docentes.
Há 97 anos, em 12 de setembro de 1928, nascia Rodrigo Otávio Baima Pereira.
São 97 anos de um ser humano de memória e amor extraordinários quando o assunto é a cidade de Caxias – também minha terra natal.
Sem ofensa a ninguém, Rodrigo Baima é daquele grupo dos mais caxienses dos caxienses.
Sempre portando uma pasta debaixo do braço, com documentos e informações sobre Caxias, mas, mais ainda, com mais informações na sua grande memória, Rodrigo Baima já chegou a ser chamado de “museu vivo de Caxias” – evidentemente, pelo enorme acervo de dados, pelo conhecimento vivido e, também, pelo compartilhamento, com humildade, de seus saberes com os mais novos, estudantes, pesquisadores, escritores.
Rodrigo Baima é desses que merecem as melhores honrarias em vida.
A Academia Caxiense de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico de Caxias já têm a honra de tê-lo em seus quadros de membros efetivos; é, portanto, meu confrade nessas duas Casas de Cultura.
No Ensino Médio, no Colégio São José, em Caxias, tive como colega de turma um dos filhos do Rodrigo, o Paulo Augusto, que faleceu em 2013. Seu Rodrigo, homem da História, certamente não previa nem queria vivenciar ou escrever este capítulo em sua vida... São assim os pais: não querem enterrar os próprios filhos... (Em uma das visitas que fiz à residência do Rodrigo, a conversa tocou, por um momento, no nome do filho Paulo, e vi os olhos de Seu Rodrigo marejarem, o silêncio instalar-se por uns instantes, a cabeça pender à direita dele, pensativo... Era o coração ainda saudoso e dolorido ante a perda filial.)
Lembro, por outro lado, uma passagem bem-humorada do seu Rodrigo Baima, na sede do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias. Com jeito sério, ele comunica em meio a uma conversa em um pequeno grupo:
"– Vamos ajudar o Edmilson Sanches a ganhar a prefeitura de Imperatriz”.
E, após breve pausa, complementou, entre risos:
“Aí ele devolve Imperatriz para Caxias..."
Claro, era só uma lembrança do processo histórico e geográfico de autonomia de municípios que tiveram como matriz, como origem, o ainda hoje grande – mas, evidentemente, não mais tão extenso – território caxiense, de onde Imperatriz saiu e se tornou o segundo mais rico de todo o Maranhão. (Primeiro, ocorreu a autonomia de Pastos Bons, que era vila de Caxias; depois, de Pastos Bons saiu Grajaú; e, finalmente, de Grajaú saiu Imperatriz, segundo um documento de genealogia de cidades, do IBGE. Deste modo, Caxias é “mãe” territorial de Pastos Bons, “avó” de Grajaú e “bisavó” de Caxias...).
Pelos saudáveis e lúcidos 97 anos de vida e de defesa dos mais nobres valores caxienses, receba, Rodrigo, os parabéns de todos que – talvez não tanto quanto você – aprenderam a amar com orgulho a terra que nos viu nascer.
* EDMILSON SANCHES
Fotos:
1) Rodrigo Baima. 2) Rodrigo Baima (ao centro), com Raing Rayg De Araújo Oliveira e Edmilson Sanches, no Instituto Histórico e Geográfico de Caxias (IHGC). 3) Rodrigo Baima, Wybson Carvalho, Arthur Almada Lima Filho, Erlinda Maria Bittencourt, Joaquim Vilanova Assunção Neto e Edmilson Sanches, no IHGC. 4) Foto de Rodrigo Baima quando jovem: ele é o primeiro à esquerda, agachado, com José Maria Machado. Entre os demais oito em pé, identificam-se Flávio Teixeira de Abreu, João da Providência Lima, Luís Leitão (era meu parceiro quase diário em jogos de palavras no bar "Recanto dos Poetas", do Arthur Cunha, na Praça Vespasiano Ramos ou Largo de São Benedito), Abel Martins, Mariano Vasconcelos. E os brasões do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias e da Academia Brasileira de Letras, entidades de que Rodrigo Baima é membro.
O sítio arqueológico Cais do Valongo, na região portuária do Rio de Janeiro, foi reconhecido como patrimônio histórico-cultural afro-brasileiro essencial à formação da identidade nacional. O texto estabelece ainda diretrizes para a proteção do título de Patrimônio Mundial da Humanidade concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) ao local.
A Lei nº 15.203/2025 foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (12).
Segundo o Palácio do Planalto, o objetivo é garantir a preservação do sítio como símbolo da memória da diáspora africana e do processo de escravização no Brasil, em consonância com as diretrizes da Constituição Federal e da Unesco.
“Para isso, estabelece diretrizes que tratam da realização de consultas públicas junto a entidades ligadas à defesa dos direitos da população negra, a orientação técnica por especialistas em patrimônio histórico, o respeito às manifestações culturais afro-brasileiras e a proteção de bens sagrados de religiões de matriz africana”, diz a Presidência da República.
Ainda de acordo com o Planalto, a lei trata da integração do sítio a circuitos culturais, a divulgação da relevância em âmbito nacional e internacional e a coordenação de ações com a cidade do Rio de Janeiro para assegurar a conservação.O texto disciplina fontes de recursos destinados à manutenção e custeio do patrimônio, incluindo dotações orçamentárias, doações nacionais e internacionais, convênios e transferências voluntárias.
Sobre o cais
O Cais do Valongo foi o principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas. Recebeu cerca de 1 milhão de pessoas em quatro décadas, o que o tornou o maior porto receptor de escravizados do mundo e um dos maiores pontos de tráfico transatlântico de pessoas escravizadas do continente africano.
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2013, e reconhecido como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco quatro anos depois, osítio simboliza a memória da violência da escravidão, mas também da resistência, da liberdade e da contribuição dos africanos e seus descendentes para a formação cultural, social e econômica do continente americano.
Descoberto em 2011 durante as obras do Porto Maravilha, o Cais, construído em 1811, foi transformado em monumento preservado e aberto à visitação em 2012, integrando o Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana. Segundo o Planalto, o circuito reúne importantes marcos da cultura afro-brasileira na região portuária e reforça o valor histórico e simbólico do local.