As inscrições para o processo seletivo deste semestre do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) poderão ser feitas a partir da próxima segunda-feira (14). O prazo termina às 23h59 do dia 18 de julho, no horário de Brasília.
As datas estão previstas em edital publicado pelo Ministério da Educação (MEC), nesta quarta-feira (9).
Desde 2001, o programa federal financia a graduação em instituições de educação superior privadas, com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), com o objetivo de promover a inclusão educacional.
Neste ano, o MEC oferece 112.168 vagas para o Fies, sendo 67.301 vagas, no primeiro semestre; e 44.867, na segunda metade do ano.
Quem tem direito
Os candidatos em obter o financiamento estudantil devem atender aos seguintes requisitos:
Ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir da edição de 2010;
Nas cinco provas do Enem, ter conquistado média aritmética das notas igual ou superior a 450 pontos e não ter zerado a prova de redação;
Ter renda bruta familiar mensal por pessoa de até três salários mínimos (R$ 4.554, em 2025).
Fies Social
O edital do processo seletivo reserva 50% das vagas para o Fies Social, lançado em 2024. Para concorrer, os candidatos devem ter inscrição ativa no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) e renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo (R$ 759, em 2025).
A nova modalidade lançada pelo MEC permite financiamento de até 100% dos encargos educacionais, cobrados pela instituição de ensino superior, além de reservar cotas para pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência.
Classificação
A classificação no processo seletivo do Fies será realizada de acordo com a ordem decrescente das notas obtidas pelos candidatos no Enem, por tipo de vaga, grupo de preferência e modalidade de concorrência.
A ordem de prioridades considera os que candidatos que:
Não concluíram o ensino superior e não foram beneficiados pelo financiamento estudantil;
Foram beneficiados pelo financiamento estudantil, mas não o quitaram;
Concluíram o ensino superior sem financiamento estudantil;
Concluíram o ensino superior com financiamento estudantil e o quitaram.
Resultados
O Fies tem chamada única e lista de espera. O resultado com os nomes dos pré-selecionados na chamada única será divulgado no dia 29 de julho.
Aqueles estudantes de graduação que não forem pré-selecionados estarão automaticamente na lista de espera para preenchimento das vagas não ocupadas, observada a ordem de classificação.
A pré-seleção da lista de espera ocorrerá de 5 de agosto a 19 de setembro.
A escritora Ana Maria Gonçalves foi eleita nesta quinta-feira (10) para a Cadeira nº 33 da Academia Brasileira de Letras (ABL). A autora, de 55 anos, consagrada pela obra Um Defeito de Cor, é a primeira mulher negra a integrar a ABL em 128 anos de existência e também a mais jovem do atual quadro de imortais.
A eleição começou às 16h e contou com urnas eletrônicas cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Ana Maria Gonçalves recebeu 30 dos 31 votos possíveis. O outro voto foi para Eliane Potiguara.
"Escritora, roteirista e dramaturga, ela é autora do aclamado romance Um Defeito de Cor, vencedor do Prêmio Casa de las Américas (2007) e eleito como melhor livro de literatura brasileira do século 21 por júri da Folha de S.Pauloinspirou o samba-enredo da escola de samba Portela no carnaval de 2024 no Rio de Janeiro.", descreveu a ABL em texto publicado em suas redes sociais.
Já considerado um clássico da literatura brasileira, Um Defeito de Cor conta a história de Kehinde, uma mulher africana que atravessa o século 19 em busca de reencontrar o filho. O texto se debruça com profundidade sobre temas como escravidão, racismo, ancestralidade e resistência. Além do sucesso no meio literário, a obra inspirou o samba-enredo da escola de samba Portela no carnaval de 2024 no Rio de Janeiro.
A academia também destaca que a escritora tem sólida atuação no Brasil e no exterior ─ foi escritora residente em instituições como Tulane, Stanford e Middlebury, nos Estados Unidos. "Tem se destacado pela difusão de debates sobre literatura e questões raciais, além de atuar como professora de escrita criativa e curadora de projetos culturais".
A vaga que será ocupada por Ana Maria Gonçalves foi aberta com a morte do gramático, professor e filólogo Evanildo Bechara, em 22 de maio, aos 97 anos.
Também estavam inscritos como candidatos à vaga Eliane Potiguara, Ruy da Penha Lobo, Wander Lourenço de Oliveira, José Antônio Spencer Hartmann Júnior, Remilson Soares Candeia, João Calazans Filho, Célia Prado, Denilson Marques da Silva, Gilmar Cardoso, Roberto Numeriano, Aurea Domenech e Martinho Ramalho de Melo.
Os resultados finais dos recursos referentes às solicitações de atendimento especializado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 estão disponíveis na Página do Participante do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Os resultados devem ser consultados com a senha do portal de serviços digitais do governo federal, o Gov.br.
O atendimento especializado garante recurso de acessibilidade para participantes que comprovem a necessidade, como pessoas com deficiência (PCD), gestantes, lactantes, pessoas idosas, estudante em classe hospitalar, com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou outra condição específica.
Provas
O Inep aplicará as provas em 9 e 16 de novembro, nas 27 unidades da federação. De forma excepcional, o Enem será aplicado em 30 de novembro e 7 de dezembro, em Belém, Ananindeua e Marituba, no Pará.
A exceção ocorre devido à realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), na capital paraense, no período da aplicação regular do Enem 2025.
O exame é constituído de quatro provas objetivas e uma redação em língua portuguesa. Cada prova objetiva terá 45 questões de múltipla escolha.
No primeiro dia de provas terá duração de 5 horas e 30 minutos e avaliará as seguintes áreas de conhecimento do ensino médio: língua portuguesa, língua estrangeira (inglês ou espanhol), artes, educação física, história, geografia, filosofia e sociologia.
No segundo dia de provas, os candidatos serão testados nas provas de matemática, química, física e biologia.
O participante deve acompanhar a situação de sua inscrição e a divulgação do seu local de prova pelo Página do Participante.
A data de liberação do Cartão de Confirmação da Inscrição pelo Inep no mesmo endereço eletrônico ainda será divulgada.
Enem
O Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica e é considerado a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
A nota individual do Enem pode ainda ser aproveitada nos processos seletivos de instituições de ensino de Portugal que têm convênio com o Inep.
O Enem voltou a ser uma opção aos candidatos com mais de 18 anos que querem obter o certificado de conclusão do ensino médio ou a declaração parcial de proficiência.
O Ministério das Mulheres lançou o Prêmio Prêmio Mulheres no Hip-Hop, que destinará R$ 3 milhões para reconhecer e valorizar a atuação feminina na cultura hip-hop. As inscrições já estão abertas e seguem até o dia 20 de julho e podem ser feitas no site do Ministério.
Ao todo, serão contempladas 65 iniciativas, sendo 20 prêmios individuais, no valor de R$ 26.250 cada, e outros 45 prêmios no valor de R$ 55 mil cada, destinados a grupos, coletivos, ongs e crews, que são organizações sem constituição jurídica.
A representante da Frente Nacional do Hip Hop no Rio de Janeiro, Flávia Souza, destacou a importância da criação do Prêmio.
"Estamos muito felizes e honradas com esse lançamento deste edital para mulheres. É um marco histórico. Estou desde 1996 no hip-hop, então já faz 27 anos de luta por inserção das mulheres, pela luta contra a violência e pela nossa liberdade de expressão".
A premiação buscará reconhecer as iniciativas culturais protagonizadas por mulheres que contribuíram para o desenvolvimento da cultura hip-hop nestes 40 anos da manifestação artística no Brasil.
Podem se inscrever obras, atividades, produtos e ações como:
projetos de composição,
produção de beats,
shows,
vídeos,
discos,
arquivos audiovisuais,
site,
revistas,
batalhas,
artes visuais,
pesquisas,
mapeamentos,
oficinas,
festivais.
No dia 16 de julho, o Ministério das Mulheres fará uma live no Instagram para tirar dúvidas sobre o edital.
A busca de Sueli e Maiza - da etnia Tikmũ’ũn, também conhecida como Maxakali - por mais de 40 anos, pelo pai Luís, Guarani-Kaiowá, é o ponto central do documentário Yõg ãtak: Meu Pai, Kaiowá. Os três foram separados durante a ditadura militar no Brasil, quando era comum o regime deslocar indígenas das suas regiões a outras do país para serem usados em trabalhos forçados e a realizar a ocupação das terras onde moravam.
O filme representa a luta de povos indígenas que, além dos deslocamentos de aldeias, passaram pela precariedade de territórios originários e redução da quantidade de indivíduos das populações. O documentário, que entra no circuito dos cinemas nesta quinta-feira (10), mostra as histórias que conectaram os povos indígenas Tikmũ’ũn, também chamados de Maxakali, do nordeste de Minas Gerais, e Guarani-Kaiowá, do sul de Mato Grosso do Sul.
Luís Kaiowá chegou às terras dos Maxakali levado pelos administradores da Fundação Nacional do Índio (Funai) no início do período da ditadura. Antes de ser deslocado para lá, com mais quatro parentes, saiu da região de ocupação tradicional dos Guarani-Kaiowá perto da atual cidade de Dourados (MS). A caminhada foi interrompida por agentes do Estado brasileiro, que os levaram depois de São Paulo ao Rio de Janeiro, seguindo para Belo Horizonte e Resplendor, em Minas Gerais. Por fim, ele e o primo José Lino foram os únicos do grupo original conduzidos ao Posto Indígena Mariano de Oliveira, na aldeia Maxakali de Água Boa, onde viveram mais de 15 anos.
Do casamento com Noêmia Maxakali nasceram Maiza e Sueli. A separação do pai ocorreu pouco mais de dois meses após o nascimento da mais nova. Ele e o primo foram deslocados para Mato Grosso do Sul e nunca mais voltaram. Depois disso, as filhas que cresceram entre os Maxakali não tiveram notícias do pai. Atualmente, a professora, cineasta e artesã Sueli é uma das principais lideranças dos Maxakali, que vivem nas aldeias Água Boa, Pradinho, Aldeia Verde, Cachoeirinha e Aldeia-Escola-Floresta, nos municípios de Santa Helena de Minas, Bertópolis, Ladainha e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, no nordeste de Minas Gerais.
A situação de afastamento de pai e filhas começou a mudar com a entrada da internet nas aldeias e com a participação de Sueli em encontros indígenas. A partir daí, ela começou a ter as primeiras notícias sobre a localização de Luís. Por meio do Facebook, as irmãs fizeram contato com as primas Marlene e Clara Kaiowá. Com elas souberam que o pai ainda estava vivo e morava perto de Dourados.
Durante algum tempo, Sueli e Maiza receberam notícias do pai por meio das primas. Em contato em 2019, da antropóloga Tatiane Klein, que já trabalhava com os Kaiowá, com o antropólogo Roberto Romero, que fazia pesquisas com os Maxakali, começou a troca de fotos e de vídeos dos três, ainda em terras diferentes, até que mais de 40 anos depois, Sueli, enfim, conseguiu falar com o pai por telefone. Ainda sob impacto da comunicação, ela pediu ajuda para escrever um projeto de filme, fazer a viagem e encontrá-lo.
Roberto Romero
“No filme tem o encontro dela com o pai. Foi um sonho que ela realizou e ele se tornou um grande rezador Kaiowá e grande conhecedor dos cantos do povo, talvez até pela experiência que teve no contato com os Maxakali”, contou em entrevista à Agência Brasil, o antropólogo Roberto Romero, codiretor do documentário, que há 15 anos convive com os Tikmũ’ũn e os escolheu para tema do mestrado e do doutorado.
Covid-19
Em um caminho de tanta dificuldade, surgiu mais um obstáculo quando se preparavam para a viagem. O surgimento da pandemia da covid-19 adiou os planos. Com a chegada da vacina e a queda dos casos da doença o projeto foi retomado para a aguardada viagem.
Ritos
O documentário Yõg ãtak: Meu Pai, Kaiowá também mostra a vida dos Tikmũ'ũn e dos Kaiowá. Em uma sequência pode-se acompanhar os preparativos de rituais para a partida de Sueli e Maiza da Aldeia-Escola-Floresta, onde vivem, para o encontro com o pai. A saída é anunciada em grande ritual do gavião-espírito Mõgmõka. Ao mesmo tempo, em Mato Grosso do Sul, havia expectativa pela chegada dos parentes Maxakali.
“Vários outros povos foram vítimas dos crimes do Pinheiro [Manuel dos Santos Pinheiro capitão da Polícia Militar que chefiou a Funai na ditadura militar]. Ele fundou o reformatório Krenak, que era um centro de detenção de indígenas, e o componente Maxakali dessa história da ditadura militar nunca foi reconhecido. Não se fala nisso e foram eles os responsáveis pelo desmatamento total. Esse capitão manteve fazendas no território Maxakali e articulou os fazendeiros contra eles. Os fazendeiros só foram desintrusados do território Maxakali nos anos 2000, porém outro invasor, costumo dizer, permaneceu no território, que foram o capim colonião e a brachiaria.”, disse Roberto Romero.
Terra viva
Doutor em antropologia pelo Museu Nacional (UFRJ), desde 2023 Romero integra a equipe de coordenadores do projeto Hãmhi | Terra Viva, que forma agentes agroflorestais e viveiristas indígenas Tikmũ’ũn para fazer a recuperação dos territórios da etnia, incluindo a ocupação das terras, o replantio de vegetação nativa e a produção de alimentos.
“Atualmente esse projeto, que surgiu em 2023, é a primeira chance real de nós, que trabalhamos com os Tikmũ’ũn há mais de 15 anos, vermos a possibilidade concreta de restaurar o território, já que todo conhecimento das plantas, da fauna, das técnicas como a tecelagem da embaúba, que está baseada na floresta e no conhecimento da Mata Atlântica, eles perderam. Retomar a Mata Atlântica nos territórios é uma justiça de reparação contra os crimes da ditadura”, afirmou Romero.
O antropólogo alertou que embora os Maxakali vivam um processo de recuperação demográfica, eles enfrentam uma situação sanitária que deveria chamar a atenção de todo o país. “As crianças Tikmũ’ũn de 1 a 4 anos morrem 30 vezes mais do que as crianças das cidades onde estão situados os territórios, que já são os IDHs [índices de desenvolvimento humano] mais baixos de Minas Gerais. Os adultos Maxakali não passam geralmente dos 60 anos, às vezes nem dos 50”, revelou.
“Em termos de cultura oral, perder os idosos, os mais velhos é perder uma biblioteca. Temos bibliotecas morrendo. Eles morrem como se estivessem em fila, uma morte atrás da outra no cotidiano. As atividades do projeto são frequentemente interrompidas devido a óbitos de crianças e adultos. A ideia é chamar a atenção nacional para o quadro e a situação gravíssima dos Maxakali, pela falta de conhecimento dessa cultura fantástica que habita a região do Vale do Mucuri, em Minas Gerais, e, ao mesmo tempo, que tem incorporado nova tecnologia que é o filme”, completou.
Sueli Maxakali, lembrou que o conhecimento e a sabedoria do seu povo estão na memória que a etnia quer preservar. “Hoje, temos o projeto Hãmhi de reflorestamento que estamos fazendo, evoluindo, para a gente poder reflorestar as cinco aldeias. É muito importante para nós. O povo maxakali é povo do canto e a memória viva que a gente leva também para fora [das aldeias], para vocês terem o conhecimento”, disse à Agência Brasil.
Sueli lembrou que os casos de violações dos direitos dos Maxakali causaram medo no seu povo, obrigado a apagar as memórias.
“Estamos aqui, para colocar [mostrar o que fazem], porque agora nós temos confiança, temos uns parceiros que estão junto, mas antes tínhamos muito medo, porque éramos forçados a apagar a nossa memória, nossos costumes e nossa tradição. Hoje não, estamos levando para estudantes de fora das nossas aldeias, para terem conhecimento e reconhecerem que ainda existimos, ainda estamos aqui”, afirmou a líder.
Conforme o Censo de 2022, existem mais de 300 etnias indígenas no Brasil. Entre elas, 19 vivem no estado de Minas Gerais. A população Maxakali é estimada em 2.629 habitantes.
Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) indicam que a região onde moram é uma das que mais aqueceram no país nos últimos anos. Os Maxakali, vivem nas aldeias Água Boa, Pradinho, Aldeia Verde, Cachoeirinha e Aldeia-Escola-Floresta, nos municípios de Santa Helena de Minas, Bertópolis, Ladainha e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, no nordeste de Minas Gerais.
Os ministérios da Cultura e da Educação lançaram uma consulta pública sobre o novo Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) 2025-2035.
O objetivo é ouvir a população sobre as ações para o desenvolvimento da leitura no Brasil. As sugestões podem estar relacionadas a livros, leitura, literatura, escrita e bibliotecas do país para os próximos dez anos. O processo pretende nortear a elaboração do novo PNLL.
O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) é um conjunto amplo de políticas e ações de valorização do livro e da leitura realizadas pelo Estado e pela sociedade.
O documento também serve de instrumento para que estados, municípios e o Distrito Federal e a sociedade civil desenvolvam o livro, a leitura e a literatura em seus territórios, conheçam e usem as novas leis e instrumentos de gestão cultural aprovados desde 2023.
“É preciso promover o melhor uso desses recursos tanto financeiros quanto de gestão, em prol da leitura, da ampliação do número e qualificação das bibliotecas, dos eventos literários, mediação de leitura, da circulação de escritores e escritoras, da publicação e formação em escrita, entre tantos outros”, diz o trecho da consulta pública na plataforma.
A premiação para a edição deste ano da Olímpiada do Tesouro Direto de Educação Financeira (Olitef) vai distribuir R$ 4 milhões aos 10 mil alunos mais bem colocados na competição. Conforme o edital da olímpiada, cada participante premiado receberá R$ 400 em títulos públicos do Tesouro Selic.
A iniciativa busca incentivar a educação financeira entre os estudantes do 6º ano do ensino fundamental até o 3º ano no ensino médio. Alunos de escolas públicas e privadas, além daqueles da educação de jovens e adultos (EJA), estão aptos a participar. A promoção da olimpíada em nível nacional é feita pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e pela B3, a Bolsa de Valores do Brasil. Já a organização é da UpMat Educacional, com apoio do Ministério da Educação (MEC).
Na primeira edição do evento, no ano passado, as premiações estavam restritas às escolas, com prêmios destinados aos professores e gestores. Foram distribuídos títulos públicos no valor de R$ 8 mil para 182 professores. Além disso, duas escolas por estado ganharam material didático para laboratórios, bibliotecas e outros espaços.
Desta vez, a premiação vai distribuir os R$ 8 mil em títulos públicos para o diretor e até quatro professores de cada escola. Assim como no ano passado duas escolas públicas por estado serão sorteadas para receber kits educacionais no valor de R$ 100 mil.
Mais de 500 mil participantes
A olimpíada passada contou com a participação de 546 mil estudantes de 2.234 cidades, o que representa cerca de 43% dos municípios brasileiros. Neste ano, a Olitef já soma mais de 4 mil escolas inscritas, de 1.825 cidades do país.
As inscrições devem ser feitas pelas escolas, no site da Olitef, até 1º de setembro. São as escolas que indicam os estudantes aptos a participar da olimpíada, e não são permitidas inscrições de participantes sem a intermediação de sua escola.
As provas estão marcadas para 9 de setembro, com a divulgação dos resultados preliminares em 20 de outubro.
Entre 10 de novembro e 10 de março, os alunos devem criar um cadastro em um site específico da competição. Na plataforma, o estudante deverá fazer o upload do certificado de medalhista conquistado na prova, para concorrer aos prêmios.
A definição dos ganhadores acontecerá pela formação de um ranking nacional, cujos critérios de desempate são o desempenho do participante no acerto das questões consideradas mais difíceis, assim como a data e horário da inscrição das escolas no certame. Por isso, escolas que já se inscreveram têm mais chances de ganhar.
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, “a educação financeira é um pilar fundamental para a construção de um país mais justo e equilibrado. A Olitef planta essa semente desde cedo, formando uma geração preparada para os desafios do futuro”.
Concluintes de graduação em medicina inscritos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e demais interessados podem se inscrever para o Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) exclusivamente pelo Sistema Enamed. O prazo segue até 18 de julho.
As provas serão aplicadas no dia 19 de outubro e vão considerar conteúdos, habilidades e competências das áreas de clínica médica; cirurgia; ginecologia e obstetrícia; pediatria; medicina da família e comunidade; saúde coletiva e, de maneira interdisciplinar, da área de saúde mental.
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) informou que a avaliação será baseada em critérios definidos para o Enade, observadas as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), os normativos e as legislações de regulamentação do exercício profissional vigentes e pertinentes à área médica.
Serão, ao todo, 100 questões objetivas, de múltipla escolha, com quantidade idêntica para cada uma das áreas da medicina abordadas.
Também devem compor o exame um questionário para o estudante concluinte do curso de medicina inscrito no Enade e um questionário contextual para os demais participantes, ambos de preenchimento obrigatório, além de um questionário de percepção de prova.
Entenda
A participação no Enamed é obrigatória para quem estiver habilitado e inscrito no Enade pelo coordenador do curso como concluinte de graduação em medicina.
Podem participar ainda, de forma voluntária, demais interessados em utilizar os resultados nos processos seletivos das especialidades médicas de acesso direto do Exame Nacional de Residência (Enare).
Os objetivos do Enamed, segundo o MEC, incluem: verificar se os concluintes dos cursos de medicina adquiriram as competências e habilidades exigidas pelas DCNs; e fornecer insumos para o aprimoramento das graduações em medicina, contribuindo para a qualidade da educação médica no Brasil.
O exame, de acordo com a pasta, também tem como meta unificar a avaliação do Enade e a prova teórica do Enare, otimizando o acesso à residência; e garantir que futuros médicos estejam preparados para atuar de maneira qualificada no Sistema Único de Saúde (SUS).
Unificação e transparência: criar um modelo padronizado de avaliação, democratizando o ingresso nos programas de residência médica de acesso direto.
O prazo para que os interessados peçam a isenção da taxa de inscrição da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) terminará às 23h59 (horário de Brasília) desta terça-feira (8).
De acordo com o edital do CNU 2025, têm direito à isenção da taxa somente as pessoas que:
· têm inscrição ativa no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico);
· comprovem ser doador de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde;
· são ou foram bolsistas do Programa Universidade para Todos (Prouni) do Ministério da Educação (MEC);
· têm ou tiveram o curso superior financiado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do MEC.
Requerimento de isenção
O pedido de gratuidade no CNU 2025 deve ser feito online, no momento da inscrição, exclusivamente no sistema da Fundação Getulio Vargas (FGV), com login único da conta no portal do governo federal, o Gov.br.
O endereço eletrônico da banca examinadora do certame é o mesmo para anexar a documentação que comprove as situações que dão direito à gratuidade.
Somente serão aceitos arquivos enviados nos formatos JPG, JPEG, PNG e PDF, no tamanho máximo de 5MB.
A organização do processo seletivo avisa que não serão aceitos documentos enviados por outro meio, nem entregues pessoalmente na sede da FGV ou no dia da aplicação das provas.
Documentação
A retificação do edital do chamado Enem dos Concursos dispensa os inscritos no CadÚnico de preencherem do Número de Identificação Social (NIS) para comprovação da condição de hipossuficiência econômica.
Os candidatos que são ou tenham sido bolsistas do Prouni ou receberam financiamento do Fies devem indicar a opção de solicitação correspondente a essa modalidade no sistema de inscrição.
No caso de doador voluntário de medula óssea, o candidato deverá anexar a documentação que comprove a situação declarada: o documento de identidade com foto; o comprovante da doação, com data da coleta e de emissão do documento, assinatura da pessoa responsável pelo órgão emissor; com nome legível de quem assina; ou apresentar a certidão ou cartão de doador voluntário de medula óssea, expedido por entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde.
A participação anterior em programas sociais ou isenção em outros concursos não garante isenção automática no CNU 2. É preciso repetir o processo de solicitação para este certame.
Assim como a simples solicitação não garante a isenção, todos os pedidos passarão por análise da Fundação Getulio Vargas.
O candidato que prestar declarações falsas será excluído do concurso, em qualquer fase, e responderá legalmente pelo ato.
Resultados
A FGV entrará em contato com os órgãos gestores do CadÚnico, do Prouni e do Fies, além do responsável pelo Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) para comprovar as informações prestadas pelos candidatos.
Os resultados preliminares de todos os pedidos serão divulgados quinta-feira (10), nosite do concurso.
Em caso de indeferimento, o candidato ainda poderá entrar com recurso contestando a decisão da FGV, de 11 a 14 de julho. O resultado final dos recursos será divulgado em 18 de julho.
Quem tiver o requerimento de isenção negado em definitivo deverá pagar a taxa única de R$ 70 para os cargos de nível superior e médio, até 21 de julho ,pela plataforma.
Se o prazo de pagamento da Guia de Recolhimento da União (GRU) for perdido, a inscrição do candidato será automaticamente cancelada.
CNU 2025
A segunda edição do CNU oferece 3.652 vagas para 32 órgãos, com provas aplicadas em dois dias – a primeira, de questões objetivas, em outubro, e a segunda, de dissertativas, em dezembro, apenas para os aprovados na etapa anterior.
Os cargos serão agrupados em nove blocos temáticos, com a possibilidade de o candidato se inscrever para diferentes cargos dentro do mesmo bloco e definição de sua lista de preferência pelas vagas.
As provas do CNU 2 serão aplicadas em 228 cidades, das 27 unidades da federação. A lista pode ser consultada no anexo XI do edital de abertura.
A validade do concurso é de 12 meses, contados da data de publicação da homologação de seu resultado final, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período.
O resultado da primeira chamada da edição do segundo semestre de 2025 do Programa Universidade para Todos (Prouni) foi disponibilizado, nesta segunda-feira (7), no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC).
O Prouni oferece aos estudantes de cursos de graduação em instituições privadas de educação superior bolsas integrais (100%) e parciais (50%), em que o governo federal paga metade do valor da mensalidade.
Documentação comprobatória
De acordo com o edital, o prazo para apresentar as documentações necessárias na Instituição de Ensino Superior privada onde foi pré-selecionado, para comprovar as informações prestadas no momento da inscrição vai até 18 de julho.
A entrega da documentação poderá ser realizada presencialmente na faculdade ou encaminhada por meio virtual/eletrônico.
No caso da escolha das bolsas integrais, é necessário que a renda familiar bruta mensal por pessoa não exceda o valor de 1,5 salário mínimo (R$ 2.277, por pessoa em 2025). Já para escolher bolsas parciais, é preciso que a renda familiar bruta mensal por pessoa não exceda o valor de três salários mínimos (R$ 4.554, por pessoa em 2025).
Prouni 2/2025
Nesta edição, referente ao segundo semestre de 2025, o MEC oferta mais de 211 mil bolsas. Desse total, mais de 118 mil são integrais e mais de 93 mil parciais.
As bolsas são para mais de 370 cursos de 887 instituições privadas de ensino superior de todo o Brasil.
O resultado da segunda chamada será divulgado em 28 de julho e o período para comprovação das informações vai até o dia 11 de agosto.
Bolsas federais
O Prouni ocorre duas vezes ao ano e tem como público-alvo estudantes sem diploma de nível superior.
Em 2025, o Prouni comemora 20 anos e contabiliza mais de 3,5 milhões de estudantes beneficiados desde a primeira edição, em 2005.