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Passar da instrução para a aprendizagem é o resumo da proposta que tornou a Escola da Ponte, em Portugal, uma experiência inovadora de educação pública. Fundada em 1976, a instituição de ensino busca dar protagonismo ao aluno e ao processo de aprendizado, que se torna, ao mesmo tempo, mais autônomo e mais coletivo.

A experiência da Escola da Ponte inspirou outras instituições de ensino ao redor do mundo, inclusive no Brasil, onde José Pacheco chegou a participar da criação do Projeto Âncora, fundado no interior de São Paulo, em 1995.

Palestrante da primeira edição da Eduko, Bienal de novos saberes, que ocorre nesta sexta-feira (28) e sábado (29), em Belo Horizonte, o pedagogo português José Pacheco reflete sobre tecnologia, diversidade e a educação do futuro. O evento é realizado por Sesc, Sistema Comércio MG e Senac.

“Os professores do futuro irão manter-se ancorados em aulas obsoletas servidas em lousas digitais? Irão replicar o planejamento de aulas congeladas no YouTube ou em tablets? Ou usar o digital a serviço da humanização da escola? Essa é a pergunta central. Não sou catastrofista, vejo tudo com o copo meio cheio. Mas as escolas têm se enfeitado de novas tecnologias sem intensificar a comunicação e a pesquisa. Pelo contrário, o modo como utilizam a internet fomenta a imbecilidade, a ignorância e a solidão”, define.

Em entrevista à Agência Brasik, o idealizador da escola, o educador, antropólogo e cientista da Educação José Pacheco vê a educação pautada pela competição e individualidade como uma das causas de conflitos sociais, extremismo e violência nas escolas. E, na sala de aula tradicional, defende, é impossível se pensar em um trabalho pautado na coletividade.

Agência Brasil:

A sua concepção do que deveria ser a Escola da Ponte mudou ao longo do tempo? Como a prática cotidiana impactou suas ideias?

José Pacheco

A Escola da Ponte foi a primeira escola, no contexto da rede pública de educação, que operou a transição entre o paradigma da instrução, o trabalho centrado no professor, para o paradigma da aprendizagem, o trabalho centrado no aluno enquanto sujeito de aprendizagem. Foi a primeira no ensino fundamental, e, em 1976, foi inovadora, porque cumpriu os cinco critérios que definem inovação: ser efetivamente inédita, ser sustentável na lei e na ciência, ser replicável, ser útil e estar sempre em fase instituinte. A inovação é algo instituinte, não pode parar de inovar. E o que aconteceu na Escola Ponte é que parou de inovar. É a melhor escola do meu país, é uma das melhores escolas do mundo, no mundo da educação, claro, mas ela cristalizou. É um objeto de turismo educacional.

Agência Brasil:

Você idealizou um projeto de educação pautado pela coletividade em um tempo em que o individualismo parece cada vez mais exacerbado. Que resposta a educação deve oferecer a esse movimento, na sua visão?

José Pacheco:

Edgar Morin [antropólogo, sociólogo e filósofo francês] diz-nos que a modernidade nos confinou numa ética individualista que nos impede de pensar a responsabilidade por atos coletivos. E é isso que a escola da modernidade concretiza quando o professor está solitário na sala de aula e não é autônomo, e não ensina o que diz, transmite aquilo que é. Transmite heteronímia a uma audiência formal e o mesmo está sujeito a uma hierarquia explícita na sala de aula. É impossível pensar-se num trabalho pautado na coletividade. A sala de aula, como dispositivo central do paradigma da instrução, deverá ser extinta, pura e simplesmente, porque o que importa a saber é que alguns autores do século XX, e vou citar apenas dois ou três, Agostinho da Silva, Lauro de Oliveira Lima, Paulo Freire, que é incontornável. Mas um Freire que seja efetivamente cumprido, porque o que acontece hoje nas propostas, teorizações e teorias é algo que eu chamo de freirianos não praticantes. São teoricistas que falam de uma nova educação, falam em nome de Paulo Freire, mas fazem educação bancária, o que é contraditório, e até antiético, mas ficamos por aí. O que fazemos, a práxis, é criar os círculos de aprendizagem, o que é efetivamente uma inovação. E os círculos de aprendizagem dão origem a uma nova construção social, porque há várias. E essa nova construção são protótipos de uma comunidade de aprendizagem. Em vários países acompanho a evolução desse projeto de criação de uma nova construção social. Não é mais um paliativo, não é mais um ensino híbrido, nada disso. É uma nova construção social que irá ao longo dos anos substituir aquela que vem da Prússia militar do Século XVIII e da Inglaterra da Primeira Revolução Industrial.

Agência Brasil:

Acompanha experiências similares à sua no Brasil? Como vê a aplicabilidade desse método em realidades socioeconômicas diferentes de da cidade do Porto?

José Pacheco:

Quando me foi pedido que fizesse o projeto âncora, tive o cuidado de entrar nas favelas que rodeavam esse projeto e vivenciar aquilo que lá acontecia. Partindo do princípio que escolas não são prédios, são pessoas, e as pessoas são os seus valores, eu encontrei nas favelas, se nos abstrairmos do tráfico e das milícias, a matriz axiológica da Escola da Ponte, os valores. O valor da solidariedade, da responsabilidade e da autonomia. É muito claro nos favelados essa tripla dimensão axiológica. E tive o cuidado também de, enquanto europeu, correndo risco de etnocentrismo, ir às comunidades dos povos indígenas. Estive um tempo entre os pataxós, outro tempo entre os tupinambás e outro tempo entre os xavantes. Depois, fui aos quilombos. Fui a um quilombo do Campinho. Fui a um quilombo em Goiás, estive em vários, e encontrei a tradução clara daquilo que é o provérbio africano de que é preciso uma tribo inteira para educar uma criança. Depois dessas experiências, costumo dizer que quanto mais eu conheço o Brasil menos entendo, mas isso se deve ao caldo cultural em que o Brasil está imerso. A origem portuguesa, japonesa, alemã, italiana e tantas outras de imigrantes que trouxeram toda a sua criatividade e é muito difícil pensar uma Escola da Ponte, mas é possível partir do exemplo da Escola da Ponte, para, aplicando com toda a reserva e cuidado à América do Sul, fazermos aquilo que há muito tempo este lugar reclama, que é uma escola, uma educação, na medida dos povos pré-colombianos, juntando cultura e miscigenação.

Agência Brasil:

Sua experiência na Escola da Ponte já atravessa diferentes gerações de crianças. Como tem acompanhado o impacto da tecnologia nas gerações atuais? Quais consequências vê e como lidar com elas?

José Pacheco:

Quando, há 50 anos, perguntava aos alunos o que queriam ser, diziam que queriam ser jogadores de futebol, aeromoças etc. Quando hoje eu pergunto, primeiro eles respondem perguntando: eu posso dizer? Porque já destruíram a curiosidade e os proibiram de fazer perguntas. Eu digo que sim. E eles dizem que querem ser influencers, youtubers etc. E o que eu quero dizer com isso? As tecnologias de informação e comunicação são incontornáveis, mas a escola precisa ser reinventada. Não adotar robôs e uma inteligência artificial que, dos Estados Unidos, transmite conteúdo para o cérebro. Do modo como as novas tecnologias estão sendo introduzidas em algumas escolas, temo que se converta em mais alguma panaceia. Que sejam acriticamente consumidas, sem resquícios de uma cooperação necessária e dependentes de vínculos afetivos precários que são estabelecidos com identidades virtuais. Internet não é uma ferramenta, é uma sociedade, e é generosa na oferta de informação, mas os professores do futuro irão manter-se ancorados em aulas obsoletas servidas em lousas digitais? Irão replicar o planejamento de aulas congeladas no YouTube ou em tablets? Ou usar o digital a serviço da humanização da escola? Essa é a pergunta central. Não sou catastrofista, vejo tudo com o copo meio cheio. Mas as escolas têm se enfeitado de novas tecnologias sem intensificar a comunicação e a pesquisa. Pelo contrário, o modo como utilizam a internet fomenta a imbecilidade, a ignorância e a solidão.

Agência Brasil:

Os ataques violentos a escolas têm crescido no Brasil, muitas vezes associados a grupos de ódio nas redes. Como sua proposta pedagógica pode contribuir para o enfrentamento desse problema?

José Pacheco:

Na escola de Bambini, em 1907, Maria Montessori dizia que a escola que estimula a competitividade negativa é a origem remota de todos os conflitos de todas as guerras. Não espanta, infelizmente, os ataques que as escolas têm sofrido e as mortes que têm acontecido. Quando vou até uma escola que carece de um ambiente de sociocracia, de um ambiente democrático, a primeira coisa que fazemos é criar alguns dispositivos de relação, entre os quais os acordos de convivência, o quadro de direitos e deveres, a assembleia, a comissão de ajuda, a caixa de segredos. E essa organização, muito até neobehaviorista, que condiciona todo o trabalho feito a jusante. Um dia, me levaram à Papuda [presídio no Distrito Federal], à aula de jovens infratores, e nem consigo descrever a tragédia que lá observei. E o secretário de Educação do Distrito Federal pediu para eu fazer um projeto para aqueles jovens, e eu disse que poderia tentar desde que conhecesse a origem desses jovens e estabelecesse contatos com as famílias, quase todas monoparentais, mas que estava mais interessado em preparar um projeto que evitasse a nossa sociedade de ver uma Papuda, de ver violência, ou seja, trabalhar a montante para não arranjar improvisos de solução a jusante.

Agência Brasil:

A educação antirracista, pró-equidade de gênero e inclusiva a respeito das diversidades sexuais é uma pauta progressista com cada vez mais relevância. Quais contribuições a Escola da Ponte pode dar nesse sentido?

José Pacheco:

Quando me perguntam se a minha escola é inclusiva, respondo que é uma escola a caminho da inclusão. Porque não há escolas inclusivas nem há escolas inovadoras. Há um tempo ouvi um discurso de uma muito conhecida palestrante que falava sobre escolas inclusivas e inovadoras, e, no final, com todo respeito, perguntei pelo endereço de uma dessas escolas e ela não soube dar. Estamos a falar de que? Enquanto a escola continuar a ser o que é, enquanto não se juntar aquilo que é útil no paradigma da instrução, no paradigma da aprendizagem e no paradigma da comunicação, enquanto não se tomar um compromisso ético com a escola e com a vida. Porque se o professor dá aula e não ensina a todos os alunos, e se continuar dando a aula, ele não é um professor, é um crápula, porque sabe que está a semear ignorância. Então, é preciso criar condições para que se cuide dos professores para que eles possam tomar uma decisão ética, um compromisso ético com a educação. A partir daí essas questões de gênero, de inclusão e de diversidade, tudo isso é sublimado.

Agência Brasil:

 Vemos uma certa desvalorização do ensino formal e das carreiras tradicionais nas redes sociais, que apontam para um modelo de sucesso capitalista agora mais pautado pelos influenciadores, coachs, investidores de cripto e outros grupos. Como isso impacta a educação de hoje e do futuro, na sua visão?

José Pacheco:

Influenciadores, coachs, investidores etc. Tudo isso irá parar no saco de lixo da história da educação. São fenômenos de passagem. Falar da educação do futuro é falar de que?, se considerarmos que mais de 80% dos empregos atuais não existirão dentro de 10 anos. Penso que vai ser antes. Um dos quais é o professor de sala de aula. Quando fui dar aula, sabia muito da minha área, de eletrotécnica, não sabia ser professor, sabia dar aula. E não sabia que estava a desvalorizar a minha própria profissionalização. Todos esses coachs irão desaparecer assim como irá desaparecer a mercantilização da escola pública, que está em curso. As modas pedagógicas duram enquanto duram, então, não me preocupa muito a desvalorização do ensino formal, até porque não falo de ensino formal. Por que há ensino formal e informal, educação ambiental, educação para a saúde, educação infantil, educação fundamental? Educação é uma só.

Agência Brasil:

Brasil, Portugal e muitos outros países viveram uma ascensão de uma extrema direita muito pautada pela desinformação e pela rejeição do outro. Há quem diga que a solução está na educação. O que acha?

José Pacheco:

Há uma extrema direita em Portugal que já ocupa o terceiro lugar em votação e realmente está em crescimento. Já há xenofobia, já existe perseguição, e isso é uma consequência do modelo educacional em que vivemos. A desinformação e a rejeição do outro surgem como um dos efeitos nefastos do modelo educacional do século XVIII. Costumo brincar que continuamos a ter alunos do século XXI, com professores do século XX a trabalhar como no século XIX. Será necessário fazer uma grande transformação, operar mudanças e, sobretudo, inovar. É preciso ligar a escola com o Poder Público e a universidade. É preciso ligar a escola com as famílias e a sociedade. É preciso ligar a escola com a saúde pública e o ambiente, e arte e cultura. É preciso considerar que a escola não é o prédio, e que se aprende em qualquer lugar desde que aconteça vínculo entre o objeto significativo que se busca alcançar, através da busca da informação e construção do conhecimento, e a triangulação com um mediador que pode ser esse tal de coach, tutor e sei lá como chamar. E quando perguntas o que acha, peço desculpas, mas não posso achar. Sou formado em Ciências da Educação, e alguém formado em Ciências da Educação, o que é raro, não tem o direito de achar. Tem a obrigação de afirmar e fundamentar na ciência prudente aquilo que diz. Infelizmente, como diria Jean Piaget, a educação é a única área das ciências humanas em que todo mundo se considera especialista e no direito de dar opinião.

(Fonte: Agência Brasil)

Na capital do Brasil, a celebração de povos tradicionais ganha cores, luzes e sons diferentes. Como o canto das mulheres indígenas do Alto Xingu, de Mato Grosso. Como o movimento de Capoeira Angola, de Mestre Elma, do Maranhão. Como a necessidade de reflexões e debates sobre preservação cultural e visibilidade para a cidadania de tantas culturas. A programação do “Festival Agô – Música e Ancestralidade” e o “Seminário Fealha” começou nessa quinta (27) e vai até sábado (29), no Memorial dos Povos Indígenas (MPI), no Eixo Monumental, em Brasília. O acesso é gratuito.

Clique abaixo para conferir a programação

file type icon Programação do festival

O evento, que congrega artistas e lideranças dos povos indígenas e comunidades negras, mescla diferentes formas de valorizar o conhecimento dos povos tradicionais. Isso inclui a realização de shows, oficinas, feira e mesas com a presença de mestres e jovens que têm na música a conexão com o sagrado.

O público pode ser acesso, por exemplo, ao canto da festa ritual Yamurikumã, realizada pelas mulheres indígenas pertencentes aos nove povos do Alto Xingu (MT). O Yamurikumã é um ritual que se integra à luta dessas mulheres da região pela preservação da sua cultura. Nesta sexta, às 19h, será possível conferir essa manifestação cheia de significados. 

Conforme contextualiza a diretora do festival, Tâmara Jacinto, a música numa comunidade tradicional não é só cantada, mas vivida de uma forma complexa. “A música vem com uma língua e com uma dança. Carrega a identidade de cada povo, tratando-se de comunidades indígenas e afro-brasileiras. A música é o nosso instrumento, o veículo para poder chegar aos corações das pessoas”, afirma.

Nesta sexta, a programação musical do festival Agô (que significa “licença”, em Yorubá) terá shows dos grupos Ponto Br, Ori (com participação da cantora Cris Pereira), Mulheres do Alto Xingu e povo Fulni-ô. Está prevista ainda uma noite de cantos indígenas, cocos, cirandas, maracatus, sambas, tambor de Mina, bois, rojões e carimbós. “Nosso compromisso é mostrar esse conjunto complexo que a música carrega”, diz a diretora do festival.

Reflexões

Além das apresentações culturais, o evento abriga o Seminário Fealha (que significa "terra sagrada" em Yaathe, idioma do povo Fulni-ô), que traz mesas de debates em diferentes horários.

A primeira discussão, às 14h30, tem a mediação do antropólogo e coordenador do seminário, Paíque Santarém (UnB). “Precisamos visibilizar a presença indígena e negra no DF de forma a garantir políticas públicas”, considerou.

Na sequência, outro debate aborda a história de quem migrou ao DF e constituiu territórios sagrados, comunidades e santuários. Participam Santxiê Fulniô Guajajara (Santuário dos Pajés), Cristiane Portela (Projeto Outras Brasílias/UnB), Baba Aurélio Lopes (Ilê Odé Axé Opo Inlé), Ayola, Dudu Mano, Singelo e Babi (Coletivo Mapa das Desigualdades do DF).

O Distrito Federal tem cerca de seis mil indígenas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desses, a maioria está em áreas urbanas. As três regiões administrativas com maior população indígena são Ceilândia, Planaltina e Samambaia. A única terra indígena delimitada no DF é a Terra Indígena Santuário Sagrado dos Pajés - Pajé Santxie Tapuya, no Setor Noroeste, área de forte especulação imobiliária.

Serviço:

Festival Agô – Música e Ancestralidade / Seminário Fealha – Presença Indígena no DF

Ingressos para o show Festival Agô (entrada gratuita)

Inscrição para o seminário Fealha

Programação Geral – Festival Agô + Fealha

Sexta – 28/7

14h30: Seminário Fealha: Ancestralidade cerratense

16h30: Seminário Fealha: Trajetórias, povos e territórios

19h: Roda aberta de Capoeira Angola com Mestra Elma (MA) e grupo nZambi

20h30: Ori (PE) part. Cris Pereira (DF)

21h30: Cantos das Mulheres do Alto Xingu (MT)

22h: Cafurnas Fulni-ô (PE/DF)

22h30: Ponto BR (MA/PE/SP)

Sábado – 29/7

10h às 12h: Oficina de Capoeira Angola com Mestra Elma (nZambi)

15h às 16h: Seminário Fealha: Histórias e conquistas do Acampamento Terra Livre (ATL)

(Fonte: Agência Brasil)

Os campeões da primeira edição do Desafio 1X1 de Futebol Sintético, competição, patrocinada pelo governo do Estado, pelo Grupo Audiolar e pelo Armazém Paraíba por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, serão conhecidos na noite desta sexta-feira (28). A Arena Olynto, no Olho d’Água, será o palco dos duelos válidos pelas semifinais e, posteriormente, das finais das categorias Sub-13, Sub-15, Sub-17, Sub-19 e Sub-21. Os jogos decisivos começam às 19h45. 

A programação oficial terá início com os duelos das semifinais do Sub-13. No campo 1 da Arena Olynto haverá a disputa entre as duplas Gabriel/Aylsson e Italo Isaac/Ykaro. Simultaneamente, no campo 2, Raffael Fonseca/Marcos Paulo encara Miguel/Gabriel. Os vencedores se enfrentarão na decisão da categoria, que ocorrerá ainda na noite de sexta-feira. 

Após as semis do Sub-13, a bola rola pelas demais categorias. No Sub-15, Izack Kelson/Hudsom Carlos e Thiago Pitbull/Lucas se enfrentam por um lugar na decisão. Na outra semifinal, a dupla Thiago Leite/Pedro Nunes encara Rômulo/Renan. 

Na sequência, ocorrem as disputas das semifinais do Sub-17, Sub-19 e Sub-21. Após a definição de todos os finalistas, ocorrem os duelos para conhecer os campeões da primeira edição do Desafio 1X1 de Futebol Sintético. 

Vale lembrar que 16 duplas participaram em cada uma das categorias do Desafio 1X1 de Futebol Sintético. No 1X1, os times são formados somente por um goleiro e um jogador de linha e nada mais. Ganha a partida quem fizer mais gols e, em caso de empate, a decisão vai para o shoot-out

“São Luís estava precisando de um grande evento de X1. O Desafio 1X1 de Futebol Sintético será uma competição bem legal, com a participação de 80 duplas distribuídas em cinco categorias, sendo 16 times em cada. Quem quiser ver boas disputas e lances de habilidade não pode perder este desafio. Nosso muito obrigado ao governo do Estado, ao Grupo Audiolar e ao Armazém Paraíba por estarem patrocinando a competição e incentivando o crescimento do X1 na capital maranhense”, afirmou Waldemir Rosa, diretor-técnico do torneio. 

Disputa

Durante o lançamento do Desafio 1X1 de Futebol Sintético, as 80 duplas participantes receberam uniformes completos (camisas, calções e meiões) para a disputa do torneio que terá formato eliminatório: oitavas de final, quartas de final, semifinal e final.  No mesmo dia, houve o congresso técnico da competição que sorteou os duelos iniciais da competição. 

Os jogadores dos times campeões e vice-campeões, de cada categoria (Sub-13, Sub-15, Sub-17, Sub-19 e Sub-21), ganharão, respectivamente, troféus individuais. Tudo sobre o Desafio 1X1 de Futebol Sintético está disponível no Instagram oficial do torneio (@desafio1x1slz).

PROGRAMAÇÃO DOS JOGOS (28/7/23) // ARENA OLYNTO

SEMIFINAIS (CAMPO 1)

19h45 – Gabriel/Aylsson x Italo Isaac/Ykaro (Sub-13)

A seguir:

– Izack Kelson/Hudsom Carlos x Thiago Pitbull/Lucas (Sub-15)

– Paquetá/Caio x Erick Riquelme/Tiago César (Sub-17)

– Welkson/Paredão x Balota/Iury Gabriel (Sub-19)

– José Gustavo/Hilton x Alan/Gabriel (Sub-21) 

SEMIFINAIS (CAMPO 2)

19h45 – Raffael Fonseca/Marcos Paulo x Miguel/Gabriel (Sub-13)

A seguir:

– Thiago Leite/Pedro Nunes x Rômulo/Renan (Sub-15)

– Charmosinho/Luís x Marcos Vinicius/Nando (Sub-17)

– Raryson/Biel x Eric Donaldson/Isael Correa (Sub-19)

– Jonnata/Riquelme x Paulo Junior/Titão (Sub-21) 

FINAIS (CAMPO 1)

21h – Sub-13

A seguir:

 – Sub-15

– Sub-17

– Sub-19

– Sub-21 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou, nesta quinta-feira (27), que o governo federal trabalha em ações para fortalecer a permanência dos jovens no ensino médio, mas que isso ainda precisa ser mais bem planejado para garantir recursos no orçamento. “O jovem, quando chega ao ensino médio, muitas vezes larga ali, porque quer trabalhar. Ele precisa ter apoio financeiro para se manter na escola”, disse Santana, sem detalhar as medidas.

A declaração foi feita durante participação do ministro na 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Curitiba. Segundo Camilo Santana, pesquisas indicam que apenas 64% dos jovens que entram no ensino fundamental terminam o ensino médio no Brasil. “Nós estamos perdendo quase um terço dessa meninada, mas nós não queremos perder nenhum” afirmou.

Protesto

Durante a participação do ministro na reunião, um grupo de pessoas protestou pedindo a revogação do Novo Ensino Médio. Camilo Santana lembrou que o governo federal está fazendo uma consulta pública sobre o tema, na qual mais de 150 mil alunos já se manifestaram, e defendeu a necessidade de responsabilidade pactuada para a construção de política educacional. “Ninguém vai fazer nada na educação com imediatismo, com espetacularização, mas vai fazer com trabalho, com planejamento”.

Na reunião, Santana apresentou, ainda, um balanço das políticas de educação no país e destacou três pontos cujo fortalecimento considera prioritário na Política Nacional de Educação: melhoria da alfabetização, expansão do ensino de tempo integral e conectividade nas escolas.

Alfabetização

Segundo o ministro da Educação, a pesquisa Alfabetiza Brasil, realizada com dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), revelou que 56,4% das crianças não estão alfabetizadas no fim do 2º ano, o que representa uma população de 1,57 milhão de crianças. Santana destacou que isso causa grave comprometimento na vida histórica curricular da educação dessas crianças.

Por essa razão, o MEC tem somado esforços para mudar esse cenário com o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, a nova política de alfabetização, instituída em junho deste ano, que teve adesão de 100% dos Estados, menos de um mês antes do programa ser lançado, e já conta com a adesão de 91% dos municípios.

Tempo integral

O ministro também destacou a nova lei que retoma a política nacional de educação em tempo integral aprovada pelo Congresso Nacional e que será sancionada, na próxima segunda-feira (31), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com Santana, a nova lei vai permitir a indução técnica e financeira do MEC, desde a matrícula da creche até o ensino médio, para o município e o Estado que ampliar as vagas de tempo integral nas escolas. “Isso significa apoio pedagógico, formação, apoio financeiro por matrícula e apoio para melhorar a infraestrutura das escolas”.

Para o ministro, é necessário cumprir o que prevê o Plano Nacional da Educação, que, até 2024, 25% das matrículas no ensino básico sejam em tempo integral e que 50% das escolas disponibilizem a modalidade. Atualmente, apenas 25% das matrículas são em tempo integral e 22,4% das escolas ofertam esse tipo de ensino.

Conectividade

Camilo Santana destacou, ainda, que a meta do governo federal é garantir que todas as escolas públicas do país estejam conectadas com banda larga com objetivos pedagógicos, educacionais e equipamentos adequados, e isso será viabilizado por meio dos leilões do 5G.

Segundo ele, atualmente, 40,1 mil escolas não têm acesso adequado à banda larga fixa e 4,1 milhões de alunos não têm acesso adequado à internet.

(Fonte: Agência Brasil)

– Pela primeira vez, serão mostrados livros lidos pelo poeta na infância em Caxias e juventude em Portugal

– Palestra e livros sobre Caxias, Gonçalves Dias e outros gênios caxienses

*

Uma exposição inédita marcou o evento “CDL 35 Anos / Gonçalves Dias 200 Anos”, realizado no dia 26 de julho, na última quarta-feira, na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Caxias, na Rua 1º de Agosto, 789, na região central caxiense.

A Exposição teve dois momentos: no período da manhã, às 9h, a CDL abriu a Exposição para estudantes; e, às 16h, houve a solenidade oficial para empresários e convidados, com abertura solene, recepção da cápsula do tempo, palestra “Gonçalves Dias: Gênio Caxiense”, Exposição de livros e lançamento de quatro obras do jornalista, escritor, administrador e consultor caxiense Edmilson Sanches sobre Gonçalves Dias, Caxias e o Maranhão.

Na primeira parte do evento da CDL, de manhã, os estudantes tiveram exposição e visita guiada sobre os livros de Gonçalves Dias, inclusive obras raras, dos anos 1787 para cá, nas quais o menino Antônio faria suas primeiras leituras. Em seguida, os estudantes foram conduzidos para o Auditório da CDL, onde ouviram palestra de Edmilson Sanches, com momento de perguntas e respostas.

À tarde, às 16h a presidente da CDL, Maria dos Remédios Evangelista de Sousa, abriu oficialmente a Exposição. A presença de associados da Câmara de Dirigentes Lojistas e outros empresários refletiram sobre o compromisso da classe empresarial caxiense com a Responsabilidade Social e Histórico-Cultural nas comemorações dos 200 anos do maior poeta do Brasil. Segundo a presidente Maria dos Remédios, “a CDL, com esse evento, marca, de forma inédita, o Bicentenário de Gonçalves Dias, além das muitas informações que foram reveladas na palestra e nos livros lançados pelo conterrâneo e  grande pesquisador caxiense Edmilson Sanches”.

Dois dos livros lançados dizem muito de Gonçalves Dias e de Caxias: o livro “Do Incontido Orgulho de Ser Caxiense” e “A Canção do Brasil”, um estudo igualmente inédito sobre o impacto e influência da “Canção do Exílio” na Literatura Brasileira. Os outros livros lançados por Edmilson Sanches são: “Maranhão Não É Mentira”, onde trata, também, das origens do nome do Estado, e “Teixeira Mendes – Esse Nome é Uma Bandeira”, sobre o caxiense que é o autor da Bandeira do Brasil. O evento foi encerrado com momento musical, com Naum Esteves e jantar servido aos presentes.

A EXPOSIÇÃO

Livros de, pelo menos, quatro séculos, dos anos 1700 para cá, foram mostrados pela primeira vez em Exposição sobre o Bicentenário de Gonçalves Dias. São, sobretudo, livros da literatura da Europa, que, por influência de seu pai, professor e amigos, Gonçalves Dias leu na casa em que morava, na Rua Benedito Leite (antiga Rua do Cisco), no centro de Caxias, ou em Portugal, para onde foi estudar em 1838, com 14 anos. Em um trabalho paciente e difícil, o administrador e escritor Edmilson Sanches localizou alguns desses livros e conseguiu trazê-los para Caxias, onde integram sua biblioteca pessoal. Agora, pela primeira vez, mostrados em Exposição os livros escritos por e sobre Gonçalves Dias e os livros lidos e inspirados por ele.

Fotos:

A sede da CDL, na Rua 1º de Agosto, no centro de Caxias, e os livros lançados.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

A nadadora maranhense Sofia Duailibe mostrou mais uma vez por que é uma das principais revelações do esporte no Estado ao conquistar dois títulos na 10ª edição do Desafio do Cassó, um dos eventos mais tradicionais de águas abertas do Maranhão, que foi disputado no último fim de semana (22 e 23), em Primeira Cruz, a 215km de São Luís. A atleta da DM Aquatic, que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, sagrou-se campeã geral na prova dos 1.650m feminino e garantiu a primeira colocação no Aquathlon feminino, ao lado de Dalina Borges.

Sofia Duailibe acumula excelentes participações no Desafio do Cassó. Em 2022, a jovem atleta teve uma desempenho de alto nível e foi a campeã da categoria Petiz na disputa dos 1.650m, concluindo a prova em 00:24'31".

Após brilhar na edição 2023 do Desafio do Cassó, Sofia Duailibe se prepara para mais um evento nacional na temporada de 2023. A atleta maranhense vai disputar as provas de 1,5km e 2,5km na 11ª etapa da Copa Brasil de Águas Abertas, que ocorre nesta quinta-feira (27) e sexta-feira (28), em Brasília.

Nas últimas cinco etapas da Copa Brasil, organizada pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Sofia conquistou oito títulos, disputando provas de 1,5 km, 2,5km e 5km na categoria Infantil I Feminino, e ainda obteve quatro vice-campeonatos.

Também em 2023, Sofia Duailibe sagrou-se campeã na prova dos 5 km da categoria Infantil I Feminino no Campeonato Brasileiro de Águas Abertas e venceu a disputa geral dos 2,5 km na Copa São Luís. Os dois eventos foram realizados no fim de abril, em São Luís.

Sucesso nas piscinas

Além de se destacar em eventos estaduais e nacionais de águas abertas, Sofia Duailibe acumula conquistas nas piscinas. Em junho, a atleta da DM Aquatic faturou duas medalhas de ouro nas provas dos 100m costas e 400m livre do Campeonato Maranhense de Natação de Inverno - Troféu João Vitor Caldas, realizado na piscina do Nina Natação, em São Luís.

Antes dos dois ouros no Maranhense de Inverno, Sofia Duailibe representou o Colégio Literato na categoria infantil feminino dos Jogos Escolares Ludovicenses (JELs), no início de junho, faturando três medalhas de ouro nas provas dos 50m costas, 100m costas e 400m livre.

Sofia Duailibe também brilhou na Copa Norte de Natação / Troféu Leônidas Marques, que foi realizada em abril, em São Luís. A nadadora maranhense conquistou 10 medalhas na categoria Infantil 1 da competição regional: foram cinco ouros nas disputas dos 200m costas, 400m livre, 800m livre, 1.500m livre e 2,5km (águas abertas), quatro pratas nos 50m costas, 100m costas, 200m livre e 200m medley, e um bronze no revezamento 4x50m livre misto.

A nadadora Sofia Duailibe é patrocinada pelo governo do Estado e pela Potiguar, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Ela ainda conta com os apoios da DM Aquatic e do Colégio Literato.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Judocas do projeto na premiação dos JELs

Mais de dois meses após o retorno das atividades em 2023, o Fórum Jaracaty, projeto social incentivado pelo governo do Estado e pela Equatorial Maranhão via Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, acumula significativos resultados nas modalidades esportivas neste ano. O judô e o tênis de mesa foram os dois esportes que mais conseguiram medalhas.

Esporte com significativa adesão das crianças e adolescentes, o judô do Fórum Jaracaty é sempre destaque nas competições estaduais e regionais em que participa. Mesmo antes do retorno oficial das atividades neste ano, os atletas da modalidade deram o nome na primeira etapa do Circuito Maranhense de Judô, em fevereiro. Só neste campeonato, o Fórum conquistou 14 medalhas de ouro, cinco de prata e quatro de bronze. 

Também houve destaque da modalidade nos Jogos Escolares Ludovicenses (JELs) e na segunda etapa do Circuito Maranhense de Judô, que ocorreram de forma unificada: os atletas conquistaram 12 medalhas na competição (sete ouros, três pratas e dois bronzes), que ocorreu nos dias 20 e 21 de maio, garantindo o 5º lugar no ranking geral de medalhas.

Tênis de mesa

As competições do tênis de mesa no Estado contaram com a participação dos mesatenistas do Fórum Jaracaty. No TMB Estadual, campeonato oficial onde, neste ano, o projeto começou a participar somente na terceira etapa, dois nomes foram destaque: Paola Morais e Hian Sá. Paola, que já tem uma trajetória de ótimos resultados na modalidade, garantiu o bronze no Rating D Feminino na terceira etapa do campeonato em abril, além do ouro nas categorias Juvenil (Sub-19) e Juventude (Sub-21) e a prata no Absoluto E Feminino, na quarta etapa, em junho.

Por sua vez, Hian Sá garantiu o ouro no Absoluto E Masculino, também na quarta etapa do TMB Estadual. Nos JELs, Paola e Hian também garantiram o pódio: ela consagrou-se campeã na categoria Juvenil feminino (Sub-19), enquanto ele garantiu o terceiro lugar no Juvenil masculino (Sub-19), nos dias 20 e 21 de maio.

Ainda neste semestre, o futsal do Fórum Jaracaty levou parte de sua equipe para competir no Desafio 1x1 de Futebol Sintético. No campeonato, os jogadores do Sub-13, Sub-15 e Sub-17 entraram em campo sob o olhar atento do técnico Lucas Martins, na Arena Olynto, nos dias 30 de junho e 7 de julho. Mesmo sem ter conquistado a taça, a equipe pôde aprender mais sobre a modalidade, que vem conquistando os apaixonados por futebol.

Diretora executiva do Fórum Jaracaty, Márcia Assunção destaca a atuação do projeto. “Resultados significativos que demonstram a dedicação e o esforço dos nossos atletas e professores. É um orgulho imenso vê-los no pódio a cada competição”, ressalta Márcia.

Novas competições

Em agosto, novos desafios chegam para os atletas do projeto. Em Teresina, o TMB Challenge Plus contará com 3 mesatenistas do Fórum Jaracaty, integrando a equipe maranhense. Os jogos ocorrerão entre os dias 4 e 6. No Maranhão, a quinta etapa do TMB Estadual ocorrerá de 18 a 20.

Além do judô, tênis de mesa e futsal, o Fórum Jaracaty conta, ainda, com aulas de Informática e brinquedoteca. Cursos e palestras também são oferecidos no projeto. Todas as atividades do Fórum Jaracaty são gratuitas.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Competição de culinária com uso de impressoras 3D e de gamers, arena de robôs, cultura geek e palestras sobre startups e empreendedorismo são as principais atrações da Campus Party 2023. O evento começou nesta terça-feira (25) e segue até domingo (30).

Em uma área dominada por homens, uma das mesas na manhã desta quarta-feira (26) abordou iniciativas para incentivar meninas a seguirem na carreira de tecnologia.

A professora do Instituto Federal de Goiás, do campus Luziânia, Christiane Borges, é a única docente mulher do curso de ciências da computação. Ela falou sobre as dificuldades de ocupar essa posição.

“Quando tinha alguma atividade prática e eu estava no meio de um grupo que tinha rapazes, a primeira coisa que falavam para mim era: ‘Você é muito boa pra escrever. Você faz o relatório’. E eu questionava: ‘Mas e a parte prática?’.  Eu queria montar também. Então um dos motivos para a gente trazer um laboratório com atividades mais práticas e mais lúdicas para essas meninas é, principalmente, mostrar para elas que elas têm condições de fazer o que quiserem”, aponta a professora.

Christiane coordena há mais de dez anos o Metabotix, projeto que oferece um laboratório prático para mulheres executarem experimentos de robótica e metarreciclagem e que também incentiva a participação de meninas nessa área de tecnologia.

Talita Cypriano, que é professora do Instituto Federal de São Paulo, no campus Bragança, desenvolve atividades no projeto IF Meninas. Ela falou que o ambiente da tecnologia é hostil às mulheres por várias razões, mas que é necessário despertar desde cedo a curiosidade das meninas nas atividades tecnológicas. Para a professora, os exercícios práticos são a melhor forma de fazer isso.

“Quando elas participam, por exemplo, das competições de empreendedorismo, eu vejo que é muito rico, porque elas sabem que podem fazer. Elas pegam o problema, propõem uma solução, tentam resolver, têm toda a jornada prática. Vejo que o desenvolvimento de projetos causa muito impacto na vida das estudantes a longo prazo”, avalia.

Ela também destacou a importância para a sociedade de se ter mais mulheres e uma maior diversidade de pessoas nas áreas de exatas e tecnologia.

“Se você coloca um grupo de pessoas que tem uma característica única, você não explora todas as possibilidades que aquela solução [tecnológica] pode ter. Se você quiser um argumento econômico para aumentar o número de mulheres, e não só mulheres, mas de diversidade nos projetos, você tem, porque é benefício para todo mundo. Criar ambientes que não sejam hostis para mulheres com certeza vai ser agradável para todos”, destaca.

A programação completa da Campus Party pode ser conferida no site do evento.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos publicou, nesta quarta-feira (26), portaria que autoriza a realização de concurso público para preencher 100 vagas de analista no Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO). O edital com todas as informações sobre o processo deve ser publicado em até seis meses.

As vagas disponibilizadas são de nível superior para analista de planejamento e orçamento. As áreas de atuação não foram especificadas. O último concurso público foi realizado em 2015. Durante o governo anterior o ministério foi extinto e voltou a ser instituído somente em janeiro de 2023, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O órgão é responsável por planejar e elaborar políticas públicas para o desenvolvimento do país, além de acompanhar o plano plurianual de investimentos, os orçamentos anuais e avaliar os financiamentos externos.

A portaria também estabelece que o prazo mínimo entre a publicação do edital e a realização da primeira prova do concurso público é de dois meses. O MPO é responsável por estabelecer as normas, observar as políticas de reserva de vagas para o planejamento e execução do processo de seleção.

A remuneração inicial para o cargo de analista de planejamento e orçamento, atualmente, é de R$ 20.924,80.

Anatel

Outra portaria publicada no DOU, autoriza a realização de concurso público para ocupar 50 cargos de nível superior, para especialista em regulação de serviços públicos de telecomunicações, na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Os prazos para publicação do edital e realização da prova são os mesmos estabelecidos para o concurso do MPO.

Os cargos fazem parte do total das 3.026 vagas autorizadas pelo governo federal, conforme anunciou no dia 18 de junho, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) também foi autorizado por portaria a iniciar o processo de seleção para o preenchimento de 80 vagas. O concurso público será para nível médio, para o cargo de técnico de planejamento e pesquisa.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação (MEC) empossou nessa terça-feira (25), em Brasília, os integrantes do Comitê Estratégico Nacional do Compromisso (Cenac) e da Rede Nacional de Articulação de Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa). 

Os colegiados compõem o eixo Gestão e Governança, do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. A nova política de alfabetização foi instituída em junho deste ano e terá investimento federal de R$ 3 bilhões, em quatro anos. 

Camilo Santana, ministro da Educação, enfatizou que o governo federal dará apoio técnico e financeiro a Estados e municípios para implementação da política de alfabetização e, assim, para garantir o direito universal à educação, previsto na Constituição Federal.  

Contudo, o ministro defendeu o protagonismo dos Estados e municípios na gestão da política de alfabetização. “A governança precisa existir do ponto de vista nacional, que vai ter desde a presença do presidente da República, do ministro; à governança estadual, portanto, é importante a liderança do governador, do secretário estadual [de Educação]; até as governanças regionais e municipais. Vocês são fundamentais como articuladores dessa política, na ponta. Vocês vão estar no dia a dia, na execução dessa política”. 

“Todas as evidências de estudos já mostraram que, quando uma criança é alfabetizada na idade certa, muda-se a realidade dos anos sequenciais da educação básica dela: diminui a evasão e o abandono [escolar], reduz a reprovação”, aponta do ministro da Educação, Camilo Santana.  

A secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Helena Schweickardt, também pediu aos representantes das secretarias de Educação estaduais e municipais que liderem os processos locais para promover a alfabetização na idade certa, com o governo federal, em todo o país. “O sucesso dessa política depende muito da liderança e do processo que vocês vão conduzir, sobretudo, para fortalecer o regime de colaboração que vamos instituir”. 

O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Garcia, entende que o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada é a essência do cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE). “É obrigação do Estado ter creches em quantidade suficiente. É compromisso do Estado a garantia das condições de ensino-aprendizagem para que as crianças de fato estejam indo a escolas e não a centros de acolhimentos de crianças”. O presidente da Undime ainda defendeu a ampliação da educação em tempo integral. “Quem sabe vamos realizar esse processo pelo menos na educação infantil e nos anos iniciais. Se não universalizar, que pelo menos chegue a 60%, 70% ou 80% da oferta [de vagas] em período integral”. 

Cenac

O Comitê Estratégico Nacional do Compromisso (Cenac) representa a principal instância para fundamentar a nova política de alfabetização de crianças na idade certa, construída pelo governo federal, Estados e municípios.  

Este comitê é presidido pelo ministro da Educação e composto por representantes do MEC; do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed); da Undime; e do Conselho Nacional de Secretários de Educação de Capitais (Consec). O objetivo é apoiar os 26 Estados, o Distrito Federal e os municípios a instituírem os Comitês Estratégicos Estaduais do Compromisso (Ceec). 

Como atribuições, o Cenac deverá aprovar os planos de ação de Estados e municípios para efetiva implementação do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada; avaliar os relatórios de monitoramento enviados sobre a execução da política; fazer recomendações para aperfeiçoar o cumprimento deste compromisso; e sistematizar dados para subsidiar as tomadas de decisões pelo MEC.  

A secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Helena Schweickardt, falou sobre a missão do comitê. “Não é possível fazer política pública sem a gente pactuar e buscar metas. Essas metas não vão ser impostas. Elas serão pactuadas em cada território, que vai estabelecer seus dados-base. E vamos construir onde nós queremos chegar, ano a ano”. 

Além de garantir que todas as crianças sejam alfabetizadas ao fim do 2º ano do ensino fundamental, conforme previsto na meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE), o Cenac deverá, ainda, garantir a equidade educacional em todo o território nacional e, por fim, assegurar a recomposição das aprendizagens, de todas as crianças matriculadas no 3º, 4 º e 5 º anos do ensino fundamental. “Neste sentido, a gente está dando um passo a mais nas experiências que já vêm sendo desenvolvidas em vários Estados brasileiros”, relata a secretária Kátia Schweickardt. 

Renalfa

Os membros da Rede Nacional de Articulação de Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa) do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, empossados nesta terça-feira, deverão ajudar os municípios e Estados na elaboração e implementação de políticas de alfabetização.  

A rede deve liderar a implantação de programas de formação, gestão e acompanhamento dos processos pedagógicos, com ações, por exemplo, de formação e desenvolvimento de professores, equipes gestoras das escolas públicas e técnicos, das redes municipais e estaduais de ensino. 

(Fonte: Agência Brasil)