A cidade de Bacabal recebeu a primeira edição do Projeto Movimenta Esporte e Lazer, iniciativa patrocinada pelo governo do Estado e pela Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. Durante os quatro dias de atividades do Movimenta Esporte e Lazer - entre sexta-feira (25) e segunda-feira (28), centenas de crianças participaram gratuitamente de atividades recreativas e gincanas esportivas no Estádio Merecão, com as orientações de professores e profissionais de Educação Física.
O Projeto Movimenta Esporte e Lazer foi criado com o objetivo de proporcionar momentos de diversão e incentivar a prática do esporte e do lazer na vida das pessoas, especialmente em relação ao público infantil. Contando com a grande participação das crianças e de seus familiares, a iniciativa reforça o seu caráter de inclusão social na cidade de Bacabal.
Maria Silva, mãe de uma das crianças participantes do Movimenta Esporte e Lazer, elogiou a primeira edição do projeto e ressaltou a importância da iniciativa para toda a família. Para Maria, a união da atividade esportiva e da educação é fundamental na construção de bons cidadãos para a sociedade.
"Só tenho a agradecer pelo desenvolvimento desse projeto durante o período de férias, é muito importante esse tipo de iniciativa para as crianças se divertirem, se entreterem, saírem um pouco das telas, gastarem a energia e conviverem com outras crianças. Estamos muito felizes pela realização do Movimenta Esporte e Lazer em Bacabal", destaca Maria Silva.
O secretário de esportes de Bacabal, Mauro César, também destacou a realização do Movimenta Esporte e Lazer na cidade. "Foram quatro dias de uma experiência incrível, que vai fazer toda a diferença na vida dessas crianças. É muito bom ver essa garotada se divertindo e mostrando a sua alegria com as atividades e gincanas. Fica o nosso agradecimento ao governo do Estado e à Potiguar por esse projeto via Lei de Incentivo ao Esporte, que é tão importante para o desenvolvimento dessas atividades. Quando há o alinhamento entre governo e município, mais projetos podem ser executados e quem ganha é a população", diz Mauro.
"Estamos muito felizes com o sucesso do Movimenta Esporte e Lazer em Bacabal. Tivemos uma grande participação das crianças e de suas famílias, que puderam participar gratuitamente de uma ampla programação nesses quatro dias de atividades no Estádio Merecão. É importante levar o esporte e o lazer para as comunidades, como ferramenta de inclusão social. Mais uma vez, agradecemos ao governo do Estado e à Potiguar por todo o suporte para a realização desse projeto", afirma Kléber Muniz, coordenador do projeto.
Todas as informações sobre o Movimenta Esporte e Lazer estão disponíveis no Instagram oficial do projeto (@movimentaesporteelazerma).
Uma sequência de imagens em preto e branco mostra a dimensão da tragédia. Pessoas em cima de telhados, completamente ilhadas, buscam socorro. Casas e ruas desaparecem. A terra foi toda tomada por água. Animais lutam por sobrevivência. Bombeiros tentam ajudar pessoas por meio de helicópteros. Quando a água começa a baixar, o que se vê é muita lama, lixo e desolação.
A destruição provocada pelas enchentes no Rio Grande do Sul no ano passado e o longo e trabalhoso processo de reconstrução daquelas famílias afetadas são os protagonistas do documentário Rua do Pescador nº 6, dirigido por Bárbara Paz, e exibido no último domingo (27), no Festival de Cinema Sul-Americano de Bonito, o Cinesur, no Mato Grosso do Sul.
Em maio de 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou a pior enchente de sua história. E foi essa tragédia que fez a diretora voltar para seu estado natal e oferecer, por meio do cinema, um retrato de todas aquelas histórias.
“A gente estava muito em choque com tudo que estava acontecendo, e a gente queria fazer algo”, contou a diretora a jornalistas, depois da exibição do filme no Cinesur.
“Eu precisava registrar aquilo. Eu senti que era um filme urgente, era um documento histórico, e que a gente não quer que aquilo aconteça de novo. Então, isso tem que ser registrado para que nunca mais aconteça, apesar de continuar acontecendo. Só em 2024, foram 150 desastres climáticos no mundo”, disse.
Ao todo, as inundações do Rio Grande do Sul impactaram 478 das 497 cidades gaúchas, afetando diretamente cerca de 2,4 milhões de habitantes. O número de vítimas fatais chegou a 184, além de 806 feridos e 25 pessoas até hoje dadas como desaparecidas. Além disso, quase 200 mil pessoas ficaram desalojadas ou desabrigadas em todo o estado.
Passado que se repete
A intenção do filme, disse a diretora, é mostrar a urgência climática no mundo atual. Apesar disso, seu documentário não deixa de mostrar que o passado vai se repetindo, sem que soluções sejam encontradas.
Em Rua do Pescador nº 6, Bárbara Paz busca justapor imagens do presente a de cenas das enchentes ocorridas no mesmo Rio Grande do Sul em 1941.
“É um ensaio sobre a tragédia”, definiu a diretora sobre seu longa documental.
“Quando eu vi o material de arquivo das enchentes de 1941, elas eram iguais. Havia animais em cima dos telhados, pessoas em abrigos, só mudavam as vestimentas e os telhados das casas. Acho que as imagens são como um poema sobre o desastre, sabe? É uma costura em que você não precisa gritar e botar legenda, porque as imagens estão falando”.
Segundo Bárbara Paz, essa justaposição de duas grandes tragédias, separadas pelo tempo, mas muito semelhantes, mostra a urgência de ações pelo clima.
“Cada vez mais as águas estão subindo, as florestas estão sendo queimadas e a destruição está acontecendo. Isso é quase como um prólogo do que pode acontecer”, reforçou a diretora.
“Eu tive que deixar um registro, potente, para daqui a 50 anos, porque a gente não sabe o que vai acontecer com esse planeta. Mas esse registro está aí”, afirmou.
De demtro para fora
O documentário começa mostrando a destruição vista de cima e só então vai entrando dentro das casas, já destruídas e cheias de lama. Sem narração, o que a câmera desse documentário faz é escutar as vozes marcadas por perdas, memórias e ausências.
“Eu queria fazer um filme de dentro para fora. Eu queria esse silêncio para retratar as pessoas. Eu não queria que eles falassem deles, eu queria apenas mostrar aquelas pessoas”, disse.
A diretora espera que seu longa documental alcance mais público. Principalmente os que podem ajudar a mudar a realidade. Seu desejo é que ele possa ser exibido na 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, que será realizada neste ano, em Belém, no Pará.
“Espero que meu filme esteja na COP porque ele é um documento. Ele precisa ser visto para que isso não se repita. Essa é uma questão muito urgente. Eu falo que meu filme é apenas um micro dentro desse macro, fazendo um zoom sobre um vilarejo de Porto Alegre”, alerta.
“Essa crise climática é só o começo. Isso não vai parar. Cada vez mais é preciso ter documentos, retratos, filmes, registros, e falar sobre esse assunto. É preciso trazer a urgência desse tema”, defendeu Bárbara Paz.
Cinesur
O Cinesur é um festival de cinema que vai até o próximo dia 2 de agosto na turística cidade de Bonito. Neste ano, o festival está exibindo 63 filmes de nove países da América do Sul, além de promover debates, seminários e cursos de formação.
Outras informações sobre o festival podem ser obtidas no site do evento.
O resultado da chamada regular do segundo semestre de 2025 do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) foi divulgado nesta terça-feira (29). Os estudantes podem acessar o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, com login pelo portal Gov.Br.
O programa do Ministério da Educação (MEC) concede financiamento a estudantes de cursos de graduação em instituições de educação superior privadas participantes do Fies e com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).
De acordo com a pasta, a classificação no processo seletivo do Fies é feita de acordo com a ordem decrescente das notas obtidas pelos candidatos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por tipo de vaga, grupo de preferência e modalidade de concorrência.
Próximas etapas
Os pré-selecionados deverão complementar a inscrição entre a quarta-feira (30) e sexta-feira (1º).
Superada a etapa da complementação das informações da inscrição, os estudantes devem comprovar as informações declaradas no ato da inscrição de forma física ou digital, em até cinco dias úteis, junto à Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CSPSA) da instituição de ensino em que foi pré-selecionado.
Vagas
Ao todo, o programa recebeu 276.140 inscrições, com total de 111.402 inscritos — cada candidato pôde se inscrever em até três opções de curso de ensino superior.
Neste ano, o MEC está ofertando mais de 112 mil vagas para o Fies, somadas às oportunidades do primeiro e do segundo semestre. Para esta edição, são 74,5 mil vagas ofertadas.
Metade das vagas é reservada ao Fies Social, ocupada por candidatos com renda familiar per capita de até meio salário mínimo (R$759,00 em 2025), inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico).
Lista de espera
Aqueles que não foram aprovados na chamada única estão automaticamente na lista de espera, cuja convocação será feita entre 5 de agosto e 19 de setembro.
O MEC fará novas convocações, por meio da lista de espera, para preenchimento de vagas que, eventualmente, não foram ocupadas pelos pré-selecionados na chamada regular.
As convocações mediante a lista de espera ocorrerão entre 5 de agosto e 19 de setembro. Na página do Fies, a complementação da inscrição dos pré-selecionados em lista de espera deverá ser feita em até três dias úteis após a data da convocação.
Duas atrações no céu vão marcar a despedida do mês de julho. São chuvas de meteoros que poderão ser vistas principalmente na noite de quarta-feira (30) e madrugada de quinta-feira (31). A divulgação é do Observatório Nacional (ON), unidade de pesquisa sediada no Rio de Janeiro e ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Os meteoros são corpos celestes pequenos que cruzam o espaço e invadem a atmosfera terrestre. No momento de transição, a interação com a atmosfera e o oxigênio provoca o incendiamento parcial ou total dos meteoros, criando uma luminosidade, popularmente chamada de estrela cadente.
Quando diversos meteoros atravessam a atmosfera, formam-se as chuvas de meteoros. Os meteoros são detritos de cometas, fenômeno formado por poeira, pedras, gelo e gases.
Alpha Capricornídeos
A chuva de meteoros Alpha Capricornídeos atingirá o ápice na noite de quarta-feira. Essa chuva é conhecida por meteoros brilhantes com taxa de cinco meteoros por hora.
“O que é notável sobre esta chuva é o número de meteoros com aspectos de bolas de fogo brilhantes produzidas durante seu período de atividade”, descreve o astrônomo do ON, Marcelo de Cicco.
A velocidade dos meteoros é de 23 quilômetros por segundo (km/s). A localização é na Constelação de Capricórnio. O melhor horário para visualizar, segundo o ON, é a partir da meia noite até próximo ao amanhecer.
Delta Aquáridas do Sul
A chuva Delta Aquáridas do Sul tem o pico esperado para a madrugada de 31 de julho. Esse fenômeno é caracterizado por uma taxa de 15 a 25 meteoros por hora no momento de pico. A velocidade é bem maior que a Alpha Capricornídeos: 41 km/s.
A localização no céu é na Constelação de Aquário. O melhor horário para visualizar também é a partir da meia noite até próximo ao amanhecer.
Observação
Para aproveitar ao máximo esses eventos astronômicos, o Observatório Nacional sugere como dicas procurar locais com céus escuros, longe da poluição luminosa das cidades.
“Olhe para qualquer lugar no céu, pois os meteoros podem aparecer em qualquer parte, mas focar nas constelações de Capricórnio e Aquário pode aumentar suas chances de observar essas maravilhas celestes”, completa o astrônomo Cicco.
Além de satisfazer apreciadores dos fenômenos, chuvas de meteoro são relevantes para estimar a quantidade e período de maior incidência de detritos provenientes de correntes de meteoroides que a Terra atravessa periodicamente.
Missões espaciais e centros de controle de satélites podem aprimorar estratégias de proteção para naves e equipamentos em órbita próxima à Terra e à Lua.
As chuvas de meteoros também ajudam a compreender a formação do nosso Sistema Solar, conforme explica Cicco, “pois ao investigar as propriedades dos detritos, é possível entender mais sobre os cometas e até mesmo fragmentos lunares e marcianos, resultantes de impactos antigos, assim como objetos próximos à órbita terrestre com atividade (Neos, sigla em inglês para Near Earth Objects).
Seis associações do setor audiovisual brasileiro enviaram, na última semana, um documento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministros sobre a urgência da taxação dos canais de streaming no país.
As associações alertaram o presidente sobre o fato de o Ministério da Cultura (MinC) ter participado de um encontro informal com a Strima, associação dos streamings que representa empresas como Netflix, Disney e Amazon. Atualmente, está em debat,e no Congresso Nacional, um projeto de lei que aumenta de 3% para 6% a alíquota da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine).
Para os signatários da carta, a reunião do MinC com a Strima provoca preocupação, pois a depender da postura adotada pelo ministério, pode haver um enfraquecimento do financiamento da produção nacional.
“Nós já lutamos e travamos esse debate há 15 anos. O intuito do envio da carta é justamente para mostrar que estamos – sociedade civil e setores do audiovisual – mobilizados para pressionar a manutenção da contribuição de 6% e garantir uma regulamentação que beneficie a cultura brasileira, além da manutenção dos relatores do projeto de lei”, pondera uma das diretoras da Conexão Audiovisual Centro-Oeste, Norte, Nordeste (Conne), Cibele Amaral.
As entidades são favoráveis ao percentual mínimo de 6% da Condecine calculada sobre a arrecadação bruta, que está previsto no substitutivo apresentado pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ), relatora do PL 2.331/22 na Câmara dos Deputados.
“Em um ano de resultados tão importantes, no qual nossas obras colocaram o Brasil em destaque nos maiores eventos do mundo proporcionando ao país enorme projeção internacional e demonstrando o valor inestimável da produção audiovisual brasileira, não podemos responder com uma Regulação que, além de tardia, denote postura de entreguismo e vassalagem às Big Techs atuantes no país’’, diz a carta.
O diretor da Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro, Tiago de Aragão, defende que os recursos oriundos das taxações tenham como destino o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).
“A gente acredita que uma regulação soberana tenha que necessariamente garantir, além de um percentual adequado, que a maior parte do recurso vá para o fundo setorial do audiovisual”, diz Aragão.
“A ideia da contribuição de 6% é um dos pontos centrais da disputa. Ela é vista por muitos produtores e entidades culturais como fundamental para fomentar a indústria audiovisual brasileira, que precisa de recursos para competir com as grandes plataformas globais’’ complementa Cibele Amaral.
Atores
Tema recorrente na classe do audiovisual, a regulamentação do streamingtambém foi debatida por diversos atores brasileiros durante a cerimônia de abertura na última sexta-feira (26), no Festival de Cinema Sul-Americano de Bonito (Cinesur).
Em entrevista à reportagem da Agência Brasil, o ator Antônio Pitanga manifestou a urgência da regulação do serviço.
“Temos que estar acesos e ligados com essa discussão e colocar a cara na vitrine para poder discutir sobre isso e exigir do governo federal, ministros, deputados e senadores [a aprovação desse projeto]. Estamos trabalhando com a proposta de taxação de 12%, mas os 6% [que estariam sendo pensados pelo governo] já nos contemplaria’’, diz o ator
Homenageada pelo Cinesur, a atriz Maeve Jinkings também ressaltou a importância da pauta.
“Como atriz que circula sempre entre plataformas de streaming e televisão, é muito evidente a precarização nos contratos dos profissionais que estão nessa cadeia e que são submetidos a contratos, às vezes, muito leoninos. Acho que tem uma coisa aí que é fundamental: o que essas plataformas têm a dar para o audiovisual brasileiro?” questiona.
Compromisso com regulação
Em nota, o MinC reafirmou o compromisso com a regul ação das plataformas de Video on Demand (VOD). A pasta diz que endossa as propostas presentes no projeto substitutivo apresentado pela deputada federal Jandira Feghali, relatora do PL n.º 2.331/22.
"Este relatório foi construído por meio de processo colaborativo que envolveu diversas instâncias da Pasta, refletindo as diretrizes defendidas desde 2023’’, diz o Ministério.
O MinC também ressaltou que mantém a posição da regulamentação do VOD em 6% de Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine)
‘’A alíquota de 6% para Condecine garante recursos suficientes para o fomento da produção nacional sem comprometer a sustentabilidade do mercado’’, complementou a nota.
O deputado André Figueiredo é o relator em Plenário e a deputada Jandira Feghali é a relatora na Comissão de Cultura. Segundo o ministério, ambos têm dialogado constantemente a respeito da tramitação e do conteúdo do relatório.
Os candidatos que farão o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2025 no próximo domingo (3) já podem consultar o cartão de confirmação de inscrição no Sistema Encceja.
O documento contém o número de inscrição do candidato, bem como data, horário e local da prova, que será aplicada em todos os estados e no Distrito Federal.
O cartão ainda traz orientações para a realização do exame para evitar contratempos e informa se o participante deve ser tratado por nome social ou se precisa de atendimento especializado, caso a solicitação tenha sido feita e aprovada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O porte do cartão de confirmação de inscrição no dia da prova não é obrigatório. Mas o Inep recomenda que o participante o leve no dia do exame.
Provas
As provas serão aplicadas nos turnos da manhã e da tarde de domingo.
No primeiro turno, os portões abrem às 8h e fecham às 8h45, no horário de Brasília. As provas começam às 9h e terminam às 13h.
Já no segundo turno, os portões serão abertos às 14h30 e fechados às 15h15. A aplicação da tarde se inicia às 15h30 e vai até as 20h30.
Os participantes com direito a tempo adicional terão 60 minutos a mais, após os horários previstos para encerramento das provas, para finalizar o exame.
Para o ensino fundamental, haverá quatro provas objetivas que avaliarão as seguintes áreas de conhecimento: ciências, matemática, língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes, educação física e redação, redação, inglês, espanhol, artes e educação física, história, geografia, filosofia e sociologia.
Já o ensino médio cobrará os conhecimentos das seguintes áreas: química, física e biologia, matemática, língua portuguesa com redação, inglês, espanhol, artes e educação física, história, geografia, filosofia e sociologia.
Encceja
Realizado pelo Inep desde 2002, o Encceja avalia competências, habilidades e saberes adquiridos no processo escolar ou extraescolar dos participantes.
As secretarias de Educação e os institutos federais usam os resultados obtidos pelos participantes como parâmetro para certificar os participantes em nível de conclusão do ensino fundamental e médio.
Para os que desejarem, o exame pode ser a retomada da trajetória escolar. A iniciativa também estabelece uma referência nacional para a avaliação de jovens e adultos, diz o Inep.
Uma das vozes mais inspiradoras e poéticas de defesa dos povos indígenas e da floresta amazônica surge na grande tela. Observando o alto das árvores e do céu, ele começa a falar sobre a ancestralidade Yanomami, os impactos provocados pelas invasões das terras indígenas, a preservação do meio ambiente e o futuro da humanidade.
O depoimento do xamã e ativista Davi Kopenawa Yanomami no filme Kopenawa: Sonhar a Terra-Floresta, dirigido por Tainá de Luccas e Marco Altberg parece ultrapassar a tela do cinema e atingir o público, que se comove com suas palavras.
Mais do que um documentário, o filme apresentado no último sábado (26) no Festival de Cinema Sul-Americano (Cinesur), evento que acontece na cidade de Bonito (MS), é um grande manifesto, propondo reflexões poéticas e políticas sobre os saberes ancestrais, a crise ambiental e a resistência indígena.
“Ele [Davi Kopenawa Yanomami] é um manifesto vivo porque ele traz uma cultura originária ancestral e espiritual. Não é só ele, mas ele teve a possibilidade e a força de traduzir isso. Temos esses pensadores indígenas que são as pessoas mais clarividentes hoje. E são antenas para o mundo”, destacou o diretor, em entrevista à Agência Brasil.
Altberg vem trabalhando com os povos originários há muito tempo e já produziu uma trilogia sobre os pensadores indígenas. Além de Kopenawa, ele já dedicou filmes a Ailton Krenak e o Cacique Raoni. “E pretendo seguir, quando eu tiver oportunidade, a dar voz a esses pensadores”, afirmou.
Kopenawa: Sonhar a Terra-Floresta é apenas um dos diversos filmes sul-americanos apresentados neste ano na Mostra Ambiental do Cinesur. Na data em que é celebrada o Dia Mundial da Conservação da Natureza (28), a mostra fala sobre a urgência das questões ecológicas contemporâneas, especialmente aquelas que afetam diretamente as comunidades e ecossistemas sul-americanos.
“De forma geral, esses filmes mostram o panorama do que a gente vive hoje nas questões ambientais. Eu destacaria duas coisas neles que são mais fortes: uma é a questão da água, como as enchentes do Rio Grande do Sul. E a gente tem também o oposto disso, que é a seca no Pantanal”, explicou Elis Regina Nogueira, curadora da Mostra Ambiental. “Mas também temos filmes que denunciam o que está acontecendo [no mundo] e filmes que trazem esperança”, acrescentou.
Segundo a curadora, os filmes da Mostra Ambiental retratam a destruição, a crise ambiental e a urgência sobre esse tema. Por outro lado, diz ela, há filmes que também apresentam algumas soluções para esses problemas, como o que retrata Kopenawa. “Acho que isso mostra um equilíbrio, uma reflexão muito crítica sobre o que está acontecendo e também oferece exemplos de muita luta e resiliência, como o exemplo que a gente deveria seguir dos povos originários”.
Apesar de apresentar uma diversidade de assuntos e de países em sua curadoria, há temas que se mostram muito presentes nos filmes que estão sendo exibidos pela Mostra Ambiental do Cinesur. “O que a gente vê é que há sempre a mesma coisa: mineração, exploração de petróleo, crise hídrica e contaminação pelo agronegócio”, disse a curadora.
Cidadania é ambiental
Mais do que uma discussão sobre crise climática, o cinema ambiental também é fundamental para produzir reflexões sobre cidadania, destaca o professor de Cinema e Audiovisual na Universidade Federal do Ceará (UFC), Marcelo Ikeda, que também é cineasta, curador e crítico de cinema.
“O capitalismo é muito predatório. Ele quer gerar bens e produzir capital e a gente está vendo que esse modelo está se esgotando e vai esgotar o meio ambiente. As pessoas às vezes confundem o cinema ambiental meramente como um cinema para plantar árvores e conservar a natureza. Mas isso é uma face mais direta do cinema ambiental. Eu vejo o cinema ambiental como fundamental sobre a ideia dos modos de ser, em uma perspectiva mais holística”, disse o professor.
Nestas formas de ser, esclareceu Ikeda, estaria não só a forma de estarmos no mundo, mas também de conexão com a natureza e de percepção de tempo e de espaço.
“A gente vive em um mundo cada vez mais acelerado. Esse capitalismo é predatório não só em recursos naturais, mas também nos nossos modos de ser”, reforçou.
E é isso que é mostrado no documentário Rua do Pescador Nº 6, dirigido por Bárbara Paz e que mostra os impactos das enchentes históricas no Rio Grande do Sul. Centrado na comunidade da Ilha da Pintada, em Porto Alegre, o filme apresenta não só imagens que mostram a força dessa natureza em destruição, mas também o impacto que as comunidades e pessoas sofrem como consequência das tragédias climáticas. “É um filme forte, sensorial e muito urgente, um ensaio sobre a tragédia”, descreveu a diretora a jornalistas durante o Cinesur.
Em Rua do Pescador Nº 6, os moradores da Ilha da Pintada querem contar suas histórias e dividir suas dores. É um filme sobre perspectivas próprias de identidade, resiliência e vida em comunidade. “Essa crise climática que a gente está vivendo é só o começo, isso não vai parar”, alerta a cineasta. “A cada vez mais vão surgir documentos, retratos, filmes e registros para falar sobre isso. Esse é um tema urgente. Então, para mim, esse festival me interessa muito e eu acho que ele faz toda diferença”.
Visibilidade
Esse cinema ambiental, destacou Elis Regina, não surgiu hoje, mas vem ganhando cada vez mais visibilidade. “Não é à toa que a gente está cada vez mais tendo festivais focados no meio-ambiente e eu acho que é de extrema importância um festival como o Bonito Cinesur que surge para mostrar o que é produzido na América do Sul [sobre esse tema]”, defendeu.
“Isso mostra que, cada vez mais, o cinema é uma ferramenta muito poderosa para que a gente possa refletir, denunciar e ter um mínimo de esperança”, ressaltou.
Somente neste ano, a curadoria do Cinesur recebeu 47 filmes para concorrer na Mostra Ambiental, entre curtas e longas-metragens, que serão apresentados até o dia 2 de agosto. Mais informações sobre o festival podem ser obtidas no site do evento.
Entre 2017 e 2025, mais de 300 mil crianças e adolescentes brasileiros que estavam fora da escola ou em risco de evasão voltaram ao estudo, segundo dados inéditos, divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
A Busca Ativa Escolar foi a principal estratégia usada para esse retorno. Desenvolvida pelo Unicef e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), ela ajuda estados e municípios a desenvolver políticas de combate ao abandono escolar.
De acordo com o Unicef, apesar do resultado e avanço do país na educação nas últimas décadas, o Brasil ainda tem 993 mil crianças e adolescentes, entre 4 e 17 anos, fora da sala de aula, de acordo com a PNAD Contínua 2024. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nessa faixa etária, a educação é obrigatória e deve ser oferecida pelo Estado.
Do total, 55% são meninos e 67% pretas, pardas ou indígenas. Mais da metade do total vivem nas famílias 20% mais pobres do país. A faixa etária mais afetada é de 15 a 17 anos, com 440 mil adolescentes fora da escola.
"Esse fenômeno de exclusão escolar está presente na zona rural quanto nas zonas urbanas por diferentes motivos. Mas sempre nos preocupa que as barreiras estão relacionadas às questões de violência, de dificuldade de acesso e de transporte", explica a chefe de Educação do Unicef no Brasil, Mônica Dias Pinto, à Rádio Nacional.
O Unicef também aponta que os meninos deixam a escola por causa do trabalho infantil, reprovações acumuladas e falta de vínculo com a aprendizagem. Já entre as meninas, os motivos são gravidez e trabalho doméstico.
"Para meninos e meninas, o racismo é um fator que contribui significativamente para a evasão escolar. Esses dados reforçam a importância de políticas públicas com abordagem sensível a gênero e território, capazes de responder às diferentes causas da exclusão”, ressalta a organização, em nota.
Acesso à creche
Em relação aos bebês e crianças de zero a três anos de idade, quase 7 milhões estão fora da creche (60% do total). A matrícula nessa fase não é obrigatória, mas é um direito garantido em lei (se a família desejar, o Estado deve garantir a oferta de vaga) e o acesso à creche é considerado importante para o desenvolvimento da criança. O Plano Nacional de Educação previa 50% dos bebês matriculados em creches até 2024.
"Esse dado evidencia a necessidade urgente de ampliar a oferta de Educação Infantil, especialmente em comunidades vulneráveis, e realizar ações de busca ativa, para que bebês e crianças bem pequenas tenham o direito à educação garantido desde os primeiros anos de vida", informa o Unicef.
O Ministério da Educação (MEC) iniciou, nesta segunda-feira (28), o pagamento da quinta parcela aos participantes do programa Pé-de-Meia de 2025.
Os estudantes do ensino médio da rede pública beneficiados pelo programa federal nascidos nos meses de janeiro e fevereiro são os primeiros a receber o valor de R$ 200 correspondente ao incentivo-frequência às aulas.
O programa é destinado aos alunos da rede pública que estão matriculados no ensino médio regular ou na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Para ter direito ao benefício, eles devem ter presença mínima de 80% nas aulas.
Pagamento escalonado
Os pagamentos do incentivo-frequência ocorrem até o dia 4 de agosto, conforme o mês de nascimento dos alunos que estão matriculados em uma das três séries do ensino médio na rede pública de ensino.
Confira o calendário
- nascidos em janeiro e fevereiro recebem em 28 de julho;
- nascidos em março e abril, em 29 de julho;
- nascidos em maio e junho, em 30 de julho;
- nascidos em julho e agosto, em 31 de julho;
- nascidos em setembro e outubro recebem 1º de agosto;
- nascidos em novembro e dezembro, em 4º de agosto.
Depósitos
A quinta parcela da “poupança do ensino médio” de 2025 está sendo depositada em uma conta poupança da Caixa Econômica, aberta automaticamente em nome dos estudantes.
O valor pode ser movimentado ou sacado imediatamente, se o participante desejar. Basta acessar o aplicativo Caixa Tem, se o aluno tiver 18 anos ou mais.
No caso de menor de idade, será necessário que o responsável legal autorize a movimentação da conta. O consentimento poderá ser feito no próprio aplicativo ou em uma agência da Caixa.
O participante poderá consultar no aplicativo Jornada do Estudante, do MEC, o status de pagamentos (rejeitados ou aprovados), as informações escolares e regras do programa.
As informações relativas ao pagamento também podem ser consultadas no aplicativo Caixa Tem ou no aplicativo Benefícios Sociais.
Confira os prazos do calendário do Pé-de-Meia 2025 para o ensino regular:
Confira os demais prazos do calendário do Pé-de-Meia para o EJA relativo ao primeiro semestre:
Incentivos
A chamada Poupança do Ensino Médio tem quatro tipos de incentivos:
- por matrícula registrada no início do ano letivo, valor pago uma vez por ano, no valor de R$ 200;
- por frequência mínima escolar de 80% do total de horas letivas. Para o ensino regular, são nove parcelas durante o ano de R$ 200.
- por conclusão e com aprovação em cada um dos três anos letivos do ensino médio e participação em avaliações educacionais, no valor total de R$ 3 mil. O saque depende da obtenção de certificado de conclusão do ensino médio;
- paga após a participação nos dois dias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), assim que o estudante conclui o 3º ano do ensino médio. Os R$ 200 são pagos em parcela única.
A soma do incentivo financeiro-educacional pode alcançar R$ 9,2 mil por aluno, no fim do ensino médio.
Pé-de-Meia
O programa do governo federal é voltado a estudantes de baixa renda do ensino médio da rede pública. A iniciativa funciona como uma poupança para promover a permanência e a conclusão escolar nessa etapa de ensino.
Saiba aqui quais são os requisitos para ser inserido no programa
O MEC esclarece que não há necessidade de inscrição. Todo aluno que se encaixa nos critérios do programa é incluído automaticamente.
A segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2) registrou 761.528 inscrições confirmadas. A primeira edição do concurso unificado, realizada em agosto de 2024, registrou um total de 2.114.145 candidatos inscritos confirmados.
O CPNU 2 oferece 3.652 vagas em 32 órgãos do governo federal. As vagas são para cargos distintos da primeira edição do CNU.
Abrangência nacional
As provas serão aplicadas em 228 cidades de todas as unidades da federação. As regiões Sudeste (247.838) e Nordeste (229.436) tiveram o maior número de inscritos, seguidas por Centro-Oeste (150.870), Norte (84.651) e Sul (48.733).
De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o panorama “reflete a abrangência do modelo unificado, que busca garantir igualdade de acesso ao serviço público federal em todo o território nacional, valorizando a diversidade regional”.
O estado do Rio de Janeiro lidera o número de inscrições homologadas, com 108.838 candidatos, seguido pelo Distrito Federal, com 102.940 inscrições. Em terceiro lugar, São Paulo registrou 77.682 inscritos. Bahia e Minas Gerais se destacam com 65.602 e 51.142 inscrições homologadas, respectivamente.
Mulheres
No chamado Enem dos concursos, as mulheres representam 60% dos inscritos. Um aumento de 3,8%, em relação à edição anterior, quando correspondiam a 56,2% do total de candidatos.
Para esta edição, o governo federal anunciou a implementação de medidas específicas para incentivar a participação feminina no certame.
A primeira prevê que, caso haja uma desproporção de mulheres classificadas na primeira fase, de provas objetivas, será feita a equiparação de gênero. Na prática, o edital do certame garante que, no mínimo, 50% das vagas da segunda etapa, de provas discursivas, sejam preenchidas por mulheres, desde que haja candidatas aprovadas nessa fase, com as notas mínimas necessárias nas provas objetivas.
Como em outros concursos do governo federal, o CPNU 2 também assegura condições apropriadas para a participação de gestantes e lactantes, incluindo tempo adicional para amamentação. Para ter direito, a candidata interessada deve ter solicitado atendimentos especializados, no prazo correto à Fundação Getulio Vargas (FGV), banca examinadora do concurso.
Tem o direito, a mãe de filho que tiver até 6 meses de idade nas datas das provas.
Inscritos por bloco
As vagas estão organizadas em nove blocos temáticos, com oportunidades para os níveis superior e intermediário.
Como na primeira edição, o modelo unificado permitiu que, no momento da inscrição, o candidato optasse por um bloco e indicasse diferentes cargos e órgãos, listados em ordem de preferência entre cargos, com base em seu desempenho.
Entre os blocos temáticos, o nono, com cargos de nível intermediário de escolaridade, registrou o maior número de inscrições, com 177.598 homologadas.
Confira o total de inscritos por bloco:
bloco 1 - seguridade social: saúde e assistência: 127.970;
bloco 2 - cultura e educação: 69.507;
bloco 3 - ciências, dados e tecnologia: 35.834;
bloco 4 - engenharia e arquitetura: 41.245;
bloco 5 – administração: 173.829
bloco 6 - desenvolvimento socioeconômico: 44.441;
bloco 7 - justiça e defesa 54.029;
bloco 8 - intermediário - saúde 37.075;
bloco 9 - intermediário - regulação 177.598.
Vagas
Do total de vagas do CNU 2025, 3.144 são de nível superior e 508 de nível intermediário. O MGI prevê a convocação imediata dos aprovados em 2.480 vagas e outras 1.172 vagas são para preenchimento no curto prazo, após a homologação dos resultados.
O processo seletivo também reservou 25% das vagas para pessoas negras; 5% para pessoas com deficiência; 3% para indígenas e 2% para pessoas quilombolas.
A edição de 2025 do concurso unificado terá dois dias de aplicação de provas. A primeira fase ocorrerá em 5 de outubro. Os candidatos habilitados nessa primeira etapa e convocados para fazer as discursivas farão a segunda fase em 7 de dezembro.
A validade do concurso é de 12 meses, contados da data de publicação da homologação de seu resultado final, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período.
Em caso de dúvidas, os interessados devem acessar a página oficial do certame, criada pelo Ministério da Gestão.