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Estudantes podem, a partir de hoje (17), solicitar a isenção da taxa de inscrição do Exame Naiconal do Ensino Médio (Enem) 2021. O pedido deve ser feito na Página do Participante até o dia 28 de maio. Quem obteve a isenção no Enem 2020 e não compareceu à prova deve justificar a ausência também pela internet.

Têm direito a não pagar a taxa do exame aqueles que estão cursando a última série do ensino médio no ano de 2021, em qualquer modalidade de ensino, em escola da rede pública; e aqueles que cursaram todo o ensino médio em escola da rede pública ou foram bolsistas integrais na rede privada e têm renda familiar igual ou inferior a um salário mínimo e meio por pessoa.

Poderão pedir a isenção também aqueles estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, que sejam integrantes de família de baixa renda inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico). Para isso, devem informar Número de Identificação Social (NIS) único e válido.

Documentação

Na hora do pedido, os participantes devem informar número do CPF, data de nascimento, endereço de e-mail e número de telefone válidos.

Devem, ainda, enviar documentos que comprovem que se enquadram nos critérios de isenção da taxa de inscrição do exame, tais como: Cédula de Identidade do participante e dos demais integrantes que compõem o núcleo familiar; cópia do cartão com o NIS válido, no qual está a inscrição no CadÚnico; declaração que comprove a realização de todo o ensino médio em escola pública ou histórico escolar do ensino médio, com assinatura e carimbo da escola. No caso de participante bolsista, deve acrescentar a declaração da escola que comprove a condição de bolsista integral em todo o ensino médio.

Após o prazo de solicitação, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) irá analisar os pedidos. Aqueles que não tiverem o pedido de isenção aceito poderão se inscrever normalmente para o exame, pagando a taxa de inscrição, quando for o momento. A data de inscrição ainda não foi definida.

Justificativa

Os participantes que obtiveram a isenção do exame na edição de 2020 e não puderam comparecer às provas, devem apresentar também uma justificativa para poder pleitear a isenção na edição de 2021. O prazo para que isso seja feito é o mesmo, começa hoje e vai até o dia 28.

Segundo o Inep, os documentos utilizados para comprovar o motivo de ausência devem estar sempre legíveis, datados e assinados. A autarquia diz que não aceitará autodeclarações redigidas pelo solicitante ou por seus pais ou responsáveis.

Entre as justificativas aceitas, estão: emergências médicas, comparecimento ao trabalho, morte na família, maternidade ou paternidade, ser vítima de acidente de trânsito, entre outras. Todos os documentos comprobatórios devem estar de acordo com os parâmetros exigidos pelo edital.

Enem 2021

Realizado anualmente, o Enem é o maior exame para ingresso no ensino superior do país, contando com milhões de inscrições em todo o território nacional. As notas do Enem podem ser usadas para participar de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os períodos de inscrição e a data da realização do Enem 2021 ainda serão divulgadas pelo Inep.

(Fonte: Agência Brasil)

O ex-lateral Rido, do Santos, morreu na noite de ontem (16), em Los Angeles, na Califórnia (Estados Unidos), aos 79 anos. Na manhã de hoje (17), o Peixe lamentou a perda do ídolo em uma publicação no Twiter. O clube decretou luto oficial de sete dias. 

Rildo foi contemporâneo de Pelé, Coutinho e Clodoaldo no Peixe, time que defendeu entre 1967 a 1972: conquistou o tricampeonato paulista (1967/68/69) e, em 1968, faturou a  Supercopa-Sul Americana, a Recopa Intercontinental e o Torneio Gomes Pedrosa. O jogador começou a carreira no Íbis, de Pernamubo, em 1959. Também teve passagens pelo Sport e Botafogo.

O lateral-esquerdo também atuou na Seleção Brasileira na Copa da Inglaterra de 1966.  Foi convocado diversas vezes entre 1963 e 1969, e chegou a disputar a posição com Nilton Santos (Botafogo).

(Fonte: Agência Brasil) 

Grêmio Maranhense

A rodada do último fim de semana da segunda edição da Copa Papai Bom de Bola – categoria +30, competição promovida pela Federação Maranhense de Futebol 7 (FMF7), foi muito boa para a equipe do Grêmio Maranhense, que venceu sua partida contra o Juventude Maranhense por 3 a 1, manteve os 100% de aproveitamento e, agora, tem a liderança isolada do Grupo C com 6 pontos ganhos. Além desse duelo, outras cinco partidas movimentaram a rodada. Os jogos ocorreram na Arena Olynto, no Olho d’Água, seguindo as recomendações sanitárias para a realização de eventos esportivos.

Em uma partida com duas expulsões – uma para cada lado –, o Grêmio Maranhense se impôs diante do Juventude Maranhense e manteve a boa fase na competição. A vitória por 3 a 1, com gols de Jailton Santos (2) e Johnatan Souza, garantiu a liderança da chave ao Grêmio Maranhense. Pelo lado do Juventude, o gol solitário anotado por Fábio Soares, não evitou o revés que deixou o time na terceira posição no grupo, atrás do Olímpica.

Por falar no Olímpica, a equipe assumiu a segunda posição no Grupo C após derrotar o Flamengo por 7 a 3, com gols de Ayrton Ramos (3), Saulo Rocha (2) e Thiago Raphael (2).

Outros resultados

O fim de semana da Copa Papai Bom de Bola – categoria +30 foi de muitos gols. Em um dos grandes jogos da rodada, o Craques da Veneza derrotou o Meninos de Ouro/AABB por 7 a 5 pelo Grupo A. Pela mesma chave, o Eurofoot derrotou o Cruzeiro São Luís no shoot out, após empate por 1 a 1 no tempo normal.

Os outros resultados da rodada foram: Aurora 5 x 2 Ponte Preta Ludovicense e Grêmio Ribamarense 5 x 3 Jeito Moleque.

Tudo sobre a segunda edição da Copa Papai Bom de Bola de Futebol 7 está disponível no site (www.fut7ma.com.br) e nas redes sociais oficiais da federação (@fmf7ma).

RESULTADOS

Sexta-feira (14/5) / Arena Olynto Campo

Meninos de Ouro/AABB 5 x 7Craques da Veneza (+30)

Aurora 5 x 2 Ponte Preta Ludovicense (+30)

Sábado (15/5) / Arena Olynto Campo

Eurofoot 1 (2) x (1) 1 Cruzeiro São Luís (+30)

Olímpica 7 x 3 Flamengo (+30)

Grêmio Ribamarense 5 x 3 Jeito Moleque (+30)

Juventude Maranhense 1 x 3 Grêmio Maranhense (+30)

(Fonte: Assessoria de imprensa)

A partir desta segunda-feira (17), estão abertas as inscrições para a 13ª edição do Festival de Música Nacional FM. Músicos e compositores do Distrito Federal e região do Entorno poderão inscrever até o dia 30 de julho. O registro é feito, exclusivamente, no site oficial da Rádio Nacional FM de Brasília.

O festival vai premiar compositores nas seguintes categorias: Melhor Música com Letra, Melhor Música Instrumental, Melhor Intérprete Vocal, Melhor Intérprete Instrumental, Melhor Letra, Melhor Arranjo e as premiações de Música Mais Votada na Internet e Melhor Torcida.

Para se inscrever, os candidatos deverão preencher uma ficha e anexar os arquivos das músicas e documentos necessários na página oficial do festival. Caso surjam dúvidas, o contato com a coordenação do festival pode ser feito no e-mail [email protected].

Você pode ler o edital com todo o regulamento do festival clicando neste link.

Em 2020, o festival teve 319 inscrições. De acordo com o coordenador do festival, Carlos Senna, a expectativa é que a marca do ano passado (a maior da história do festival) seja superada. “As expectativas para a edição deste ano são para um novo recorde de inscrições”, afirma.

Após a primeira fase, 50 músicas serão selecionadas para serem executadas durante a programação da Nacional FM e estarão disponíveis para votação aberta no site do festival. Das 50 composições, 12 serão classificadas para a fase final (uma por voto popular e 11 por meio de um júri técnico).

As finalistas continuarão sendo veiculadas na programação da Nacional FM e farão uma apresentação em um show, no dia 27 de novembro, em que serão divulgados os vencedores das oito categorias. A realização do show deste ano com a presença de público depende da situação da pandemia em novembro de 2021.

Em 2020, o show da final foi realizado sem público e transmitido pelos veículos da Empresa Brasil de Comunicação. A banda Forró do B foi uma das vencedoras, na categoria Música com Letra.

Natália Pires durante participação no Festival de Música Nacional FM.

Natália Pires, vocalista da banda, ressalta que o festival é de suma importância para músicos garantirem mais espaço na cena musical. “O festival tem uma preocupação com apresentar artistas na sua pluralidade e contribui muito para que a gente consiga se projetar nacionalmente”, comenta.

Carlos Senna reforça que um dos objetivos do festival é, justamente, abrir espaço para novos talentos: “O festival chega a sua 13ª edição mantendo os seus objetivos principais de abrir o espaço para os artistas na programação da Nacional FM e de fomentar toda a cadeia produtiva da música no DF e entorno”.

 (Fonte: Agência Brasil)

A Seleção de Raposa é a grande vitoriosa da segunda etapa do Campeonato Maranhense de Beach-Soccer de Seleções Municipais 2021, competição patrocinada pela Equatorial Energia e pelo governo do Estado por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Neste domingo (16), Raposa derrotou Paço do Lumiar por 1 a 0 na prorrogação, após empate por 4 a 4 no tempo normal. A partida foi realizada na Arena Domingos Leal, em São Luís, e foi transmitida ao vivo pelo canal Beach-Soccer MA, no YouTube (youtube.com/beachsoccerma). Com o título, Raposa está classificada para a fase final do torneio.

Assim como na fase de grupos quando se enfrentaram, Raposa e Paço do Lumiar fizeram uma partida bastante disputada, que foi vencida, no fim, pela Seleção Raposense por 3 a 2. Na final, Raposa começou melhor e chegou a abrir 2 a 0 com Leandro e André.

No segundo período, Paço do Lumiar reagiu no jogo, buscou o empate e até conseguiu abrir dois gols de diferença: 4 a 2. Porém, André e Leandro voltaram a aparecer no fim do segundo tempo e deixaram tudo igual: 4 a 4.

Os doze minutos finais do jogo foram tensos, mas as equipes não balançaram as redes. O empate levou o duelo para a prorrogação. Restando pouco mais que 30 segundos para o fim da partida, o experiente pivô Serginho fez um golaço para virar a partida e garantir o título para a Seleção de Raposa: 5 a 4.

Apesar do vice-campeonato, a Seleção de Paço do Lumiar também se garantiu na fase final do Campeonato Maranhense de Beach-Soccer. Além de Paço e de Raposa, outras duas equipes já estão classificadas na fase decisiva do torneio: Humberto de Campos e Santo Amaro, campeã e vice, respectivamente, da primeira etapa.

A partir desta quarta-feira (19), as disputas do Campeonato Maranhense de Beach-Soccer chegam à cidade de Santa Inês, na Região de Pindaré. Os jogos ocorrerão até o domingo (23). Seis seleções estão confirmadas no torneio: Santa Inês, Paulo Ramos, Tufilândia, Pindaré-Mirim, Bela Vista do Maranhão e Bom Jardim.

Maranhense 2021

O Campeonato Maranhense de Beach-Soccer de Seleções Municipais 2021 conta com os patrocínios da Equatorial Energia e do governo do Estado, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Neste ano, a competição será realizada em seis etapas, sendo a última com as equipes classificadas nas fases anteriores.

Cada etapa será realizada em uma região diferente. Em 2021, as cidades de Humberto de Campos, São Luís, Santa Inês, Lima Campos e Pinheiro receberão os jogos do estadual. De acordo com a organização do torneio, a expectativa é que a fase final ocorra somente entre os dias 9 e 13 de junho.

Além disso, cada uma das etapas seguirá todas as recomendações sanitárias para a realização de eventos esportivos, como distanciamento social, uso obrigatório de máscaras nas arenas, disponibilização de álcool em gel e sem a presença de público.

ETAPA DE SÃO LUÍS

PRIMEIRA RODADA / QUARTA-FEIRA (12)

São José de Ribamar 7 (2 pen.) x 7 (0 pen.) Bacabeira

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=vFROyJf1FRE)

Itapecuru-Mirim 2 x 11 Paço do Lumiar

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=NnlnaYnyrto)

São Luís 4 x 1 Raposa

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=faoNTxsLjRs&t=11s)

SEGUNDA RODADA / QUINTA-FEIRA (13)

Raposa 11 x 2 Bacabeira

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=HTeTcK788mA)

São Luís 1 x 3 Itapecuru-Mirim

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=1xqqf-9smMk)

São José de Ribamar 1 x 6 Paço do Lumiar

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=LBcl3yk4a_g)

TERCEIRA RODADA / SEXTA-FEIRA (14)

Itapecuru-Mirim 2 x 3 Bacabeira

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=pARp0E9_LYM)

Raposa 3 x 2 Paço do Lumiar

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=vHfoGSIcO0A)

São Luís 3 x 6 São José de Ribamar

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=QgMLtB8uQJs)

SEMIFINAIS / SÁBADO (15)

Paço do Lumiar 6 x 4 São José de Ribamar

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=ivrJk-06mUA)

Raposa 5 (3 pen.) x 5 (2 pen.) São Luís

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=AiQxdFAHI8s)

FINAL / DOMINGO (16)

Paço do Lumiar 4 (0 prorr.) x 4 (1 prorr.) Raposa

(LINK: https://www.youtube.com/watch?v=xJX0Y0AnLlk&t=4415s)

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Na raça, no talento e com doses extras de emoção. Foi dessa forma que o Balsas Futsal avançou neste domingo (16), para a segunda fase da Copa do Brasil de Futsal Adulto Masculino. A equipe maranhense, que é patrocinada pela Equatorial Energia e pelo governo do Estado, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, e pela Prefeitura de Balsas, despachou o JES Futsal (PI) do torneio nacional ao vencer o time piauiense por 4 a 1 na prorrogação, após sofrer 5 a 4 no tempo no normal.

Com grande atuação do ala Ítalo, autor de três gols, e de Beto Potiguar, que anotou outros dois, o Balsas Futsal mostrou força nos momentos decisivos da partida e provou o porquê é o maior vencedor do futsal maranhense na atualidade e um dos principais times do Nordeste. Os outros tentos do time balsense foram marcados por Alan, Preá e Anthunys.

“Sabíamos que seria um jogo difícil porque o adversário é bastante qualificado, mas a gente se superou, mostramos a força de todo o nosso elenco. Fico feliz em ter ajudado o Balsas com três gols. Agora, é comemorar e se preparar para a próxima fase da Copa do Brasil”, afirmou Ítalo após a partida.

Com a classificação, o Balsas terá agora pela frente o Ceará (CE) na próxima fase. A equipe cearense eliminou o Sampaio Araioses (MA) ao vencer os dois jogos: 5 a 2 na ida e 3 a 1 na volta. As datas das partidas entre Balsas e Ceará ainda serão definidas pela Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS).

Vale destacar que, na temporada passada, o Balsas Futsal chegou até às semifinais da Copa do Brasil. A terceira colocação na competição nacional em 2020 foi o melhor resultado de um time do Maranhão no torneio. 

O jogo

Após ter vencido o jogo de ida contra o JES por 4 a 2, em Teresina, o Balsas precisava de um empate para avançar. Mas, para conseguir esse empate, o time maranhense precisou suar muito a camisa. Precisando de uma vitória simples para levar o duelo para a prorrogação, o JES começou a todo vapor e, ainda no primeiro minuto de jogo, abriu o placar com Alexandre. Na sequência, Vassoura fez o segundo: 2 a 0.

Aos poucos, o Balsas começou a se encontrar na partida. As jogadas passaram a fluir mais naturalmente. E a 10min51 do fim da etapa inicial, um contra-ataque perfeito do time maranhense chegou nos pés de Alan, que não perdoou: 2 a 1. O gol animou a equipe balsense, que perdeu chances claras de chegar à igualdade.

O placar voltou a ser alterado somente no segundo tempo com Vassoura: 3 a 1 para o JES. Apesar da desvantagem, o Balsas não se entregou em quadra. Ítalo, com um chute forte cruzado, e Beto Potiguar, em uma linda jogada individual, deixaram tudo igual no marcador: 3 a 3.

O empate já dava a classificação ao Balsas e, por isso, o JES adotou o goleiro-linha. A tática deu resultado e, a 1min43 para o fim, Alexandre recolocou os piauienses em vantagem, e Edinei, após erro na troca de passes do time maranhense, fez 5 a 3. Nos segundos finais, Beto Potiguar ainda descontou, mas a prorrogação era inevitável.

Balsas na 2ª fase

No tempo extra, o Balsas foi praticamente impecável. Os jogadores pareciam saber exatamente o que fazer para conseguir o resultado positivo. Com uma marcação forte e contra-ataques velozes, o time do Maranhão carregou os adversários com faltas coletivas. Ao fazer a sexta falta, o JES deu a oportunidade para Ítalo marcar em um tiro livre: cobrança perfeita.

Na sequência, Vassoura empatou em cobrança de falta. Mas o dia era de Ítalo que, em novo tiro livre, recolocou o Balsas em vantagem.

No fim, em dois contra-ataques, Preá e Anthunys deram números finais na prorrogação (4 a 1) e confirmaram a classificação para o time maranhense, que, agora, vai enfrentar o Ceará (CE) na próxima fase da Copa do Brasil de Futsal Adulto Masculino.

Copa do Brasil

Em 2021, a Copa do Brasil de Futsal Masculino chega à sua 5ª edição. Além do Balsas Futsal, o torneio conta com outros 29 clubes de 16 Estados. Esta é a primeira vez que a competição atinge este número de clubes numa única participação.

A fórmula de disputa é bem simples: o evento será disputado em cinco fases, sendo a primeira fase com até 16 grupos, definidos pela logística dos clubes envolvidos, reduzindo custos financeiros. Em todas as fases, são jogos de ida e volta, classificando a equipe que obtiver duas vitórias ou uma vitória e um empate. A ordem dos jogos da 1ª fase foi definida por sorteio, porém, nas demais fases, fará o segundo jogo em casa a equipe com melhor índice técnico geral.

Balsas Futsal

Com apenas dez anos de existência, o Balsas Futsal tornou-se o clube mais vitorioso do futsal maranhense. A equipe balsense contabiliza oito títulos estaduais e diversos resultados expressivos em sua história: 3º lugar na Copa do Brasil de Futsal 2020, 5º lugar na Taça Brasil de Clubes de Futsal Divisão Especial, vice-campeão na Liga Nordeste de Futsal, vice-campeão Brasileiro Primeira Divisão dentre outras conquistas e participações em relevantes competições estaduais e nacionais, também tendo destaque nas categorias de base.

Vale destacar que o Balsas Futsal conta com os patrocínios da Equatorial Energia e do governo do Estado, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, e da Prefeitura de Balsas, além dos apoios da Federação de Futsal do Maranhão (Fefusma) e da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apcef-MA).

(Fonte: Assessoria de imprensa)

O ano é 1810. Dom João VI estava no Brasil há dois anos e decidiu que era hora de a colônia ter sua própria biblioteca. Com livros vindos de Portugal, nasce a Biblioteca Nacional, que, em 2010 completou 200 anos e está entre as dez maiores bibliotecas do mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Localizada no Rio de Janeiro, a Biblioteca Nacional acumula mais de 9 milhões de itens entre livros, periódicos, partituras, discos, gravuras, CDs e manuscritos. Entre os tesouros, está a primeira edição do clássico Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, e dois exemplares da bíblia de Mogúncia, que foi impressa em 1462 pelo próprio Johann Gutenberg, considerado o pai da imprensa.

Essas e outras curiosidades são apresentadas pelo presidente da Biblioteca Nacional, Rafael Nogueira, durante entrevista ao programa Brasil em Pauta deste domingo (16).

No programa, Nogueira também aborda as mudanças trazidas pela pandemia, já que a Biblioteca teve de suspender as visitas. “Tínhamos 1.500 visitantes por dia entre locais e estrangeiros”. Em contrapartida, segundo ele, houve um crescimento de mais de 300% na plataforma digital da biblioteca. Para o futuro, a previsão é criar uma visita virtual ao espaço. “A pandemia atrasou tudo, mas a gente vai realizar, e as pessoas poderão visitá-la a partir de suas casas”, diz.

Rafael Nogueira

A entrevista completa você confere no Brasil em Pauta que vai ao ar neste domingo, na TV Brasil, às 19h30.

(Fonte: Agência Brasil)

Empoderar meninas por meio da ciência. Esse é o objetivo do projeto Astrominas, da Universidade de São Paulo (USP), que está com inscrições abertas até 7 de junho. São 600 vagas para jovens com idade entre 14 e 17 anos e que tenham acesso à internet. Esta é a segunda edição da iniciativa.

Entre 28 de junho a 23 de julho, as participantes farão experimentos e produção de murais, além de integrar rodas de conversa, debates sobre universidades e palestras de astronomia, geofísica, ciências atmosféricas, oceanografia, matemática, física, geociência e química. Para se inscrever, basta preencher o formulário.

As vagas serão distribuídas proporcionalmente, sendo 20% para estudantes de grupos pretos, pardos e indígenas, 60% para alunos de escolas públicas e 20% para escolas privadas. As atividades são gratuitas e ocorrerão diariamente, de segunda a sexta-feira, com duração média de três horas por dia.

A seleção ocorre por meio de sorteio no dia 11 de junho, e a lista de sorteadas será divulgada no site do projeto, no qual também pode ser acessado o regulamento completo.

Iniciativa

O projeto Astrominas é coordenado pela professora Elysandra Figueredo Cypriano. A ideia surgiu de pesquisadoras do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, que queriam atrair mais jovens para a universidade. 

A comissão organizadora conta também com a participação da professora Lilian Maria Soja e das alunas de graduação Daniele Honorato, Ivanice Avolio Morgado, Marina Izabela e Pâmela Querido. 

(Fonte: Agência Brasil)

Voltava a São Luís de egresso do Colégio São José, em Fortaleza (CE), onde tinha passado para o 3º ano cientifico, e já devidamente alistado no Exército, e inscrito no Curso de Preparação de Oficiais da Reserva [CPOR], mas sem ter o necessário entendimento de que os tropeços, são amor de Deus para nos polir, tanto que, assim, razões pessoais impeliram-me a não mais voltar; terminaria os estudos de humanidades no Colégio de São Luís, de saudosa memória, enquanto trabalhava como datilógrafo em um serviço que meu pai me conseguira; meses depois, larguei esse emprego de mecanógrafo [bonito nome] e fui trabalhar no Banco do Estado do Maranhão (BEM), tempo em que, simultaneamente, fui convocado para apresentar-me no 24º BC [antigo batalhão de caçadores, hoje 24º BS, batalhão da selva]; em São Luís não mais tinha o CPOR e tampouco o NPOR, opções  que me fariam Oficial R2; mas onde não há remendo, remediado fica. Assim, fiz os exames médicos, fui para o barbeiro dá uma raspada na cabeleira e receber meu material de instrução, enquanto esperava rastejar nos exercícios comandados pelo tenente Márcio Viana Pereira, comandante da companhia onde serviria honrosamente como recruta, a respirar também das benesses boêmias que se dispunham a um jovem soldado no alegre Bairro do João Paulo, vez que não receberia o soldo da caserna, mas meu santo salário do banco, aleijão pecuniário que de logo  mexeria nos  brios, e não dos bolsos, dos meus banqueiros-patrões [lê-se Aldemir Silva, Ignácio Braga e Wilson Portelada], que trataram imediatamente de resolver aquela ‘autoritária’ situação, cabendo a  Arlino Menezes e a Itâner Furtado, como bons negociadores, a diplomática missão de resgatar-me são e salvo das muralhas do velho quartel de muitas e gloriosas tradições, como se eu fosse imprescindível às duas partes... Coitado de mim! E conseguiram... só que não escaparam da  pena satírica do poeta e médico Fernando Viana, que um dia ao ver-me enjaulado num dos caixas do banco, fez endereçar, a eles, os ‘três banqueiros’, em jargão brejeiro, escrito ali mesmo no balcão do imponente estabelecimento da Rua do Egito, escrevera numa ficha de ordem de pagamento que ali estava à mercê de uso: “Abjeta atitude essa do banqueiro, / a colocar o poeta para contar dinheiro...” Realmente, ‘o homem é ele e suas circunstâncias’, como diz José Ortega y Gasset.

Minha mãe, a criatura mais importante da minha vida, a qual até hoje, apesar da resignação que Deus me tem dado pela saudade e falta que tenho dela, sempre fora preocupada e atenta com meus quefazeres, em virtude das peraltices que cometia, tendo um belo dia,  me aconselhado a matricular-me em aulas particulares de inglês com o professor Germano, no intuito de que eu prestasse exames para o Instituto Rio Banco [Itamaraty] e ingressasse na carreira diplomática, se apegando, para isso, como tábua de salvação, com as santas proteções de minha madrinha, Nossa Senhora da Vitória, padroeira de São Luís, já que esta tem uma ampla folha de serviços prestados a “pródigos e estroinas”, cultuada  como amparadora  e protetora dos portugueses, ao expulsar os franceses da Ilha, na histórica “Batalha de Guaxenduba”... E ao meu padrinho, o milagroso São José de Ribamar, padroeiro da nossa orla marítima.

O professor Germano morava na Rua do Outeiro, antigo “Tabocal”, onde o genial José Ribamar Oliveira, o famosíssimo Canhoteiro, jogador de futebol, do São Paulo e da seleção brasileira,  desenvolveu seu divino dom de jogar bola... Pois bem, morava ele, o mestre, como dizia, num pequeno bangalô, arrumadinho e sempre à sombra devido a um caramanchão de flores que envolvia todo terraço, tendo como vizinho, o desembargador Bento Moreira Lima, um cidadão elegante e bonachão, que se dava ao luxo de comentar comigo e com outros moleques da minha laia, sobre filmes passados no cinema Rialto, na Rua do Passeio, onde eu morava; o magistrado era o chefe de um clã aristocrático e numeroso; dentre seus filhos estava o brigadeiro Rui Moreira Lima, herói da Segunda Guerra Mundial e conhecido por ter combatido na esquadrilha de bombardeiros conhecida por “Senta-Pua”, o qual, num dia qualquer me foi apresentado pelo jornalista Erasmo Dias, em casa deste, ali ao lado, quando o Rui era o comandante da Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro; já o admirava, e assim, nos tornamos bons amigos.

Pois bem, voltando o fio  à meada, o mestre Germano vivia em seu aconchego em companhia de uma mulher de cor negra, estatura pequena e compleição frágil, chamada Rosa e conhecida, devido a esse seu aspecto miúdo, pelo abrandamento afetivo de Rosinha, que o professor dizia ser sua governanta; Rosinha usava vestidos estampados, e, ao pescoço, vários colares multicoloridos, conhecidos por guias, utilizadas em cerimônias e rituais de umbanda. Rosinha trazia uma rosa de seu nome presa aos cabelos e gostava de beber uns tragos de aguardente na quitanda do “Lapinha” na Rua do Passeio, apegada ao cinema Rialto, já referido, e quando ela, às vezes, extrapolava os limites, se punha a “receber espíritos”, a dançar e a cantar “pontos de cabocos”.

Sempre que Rosinha se encontrava nesses transes, bipartidos em cachaça e espíritos, o professor Germano era informado e ia buscá-la, colocando-a ao ombro como se a desventurada Rosinha fosse uma simples toalha de banho. Diziam os mais antigos que ela já muito tinha feito por ele, o que agora se invertiam os papéis. Por ser o professor muito introvertido e Rosinha arisca, nunca pude clarear, como tentei, aquele mistério, o qual, por isso, nunca pude desvendá-lo.

O professor Germano que dizia chamar-se Hermínio, [Germano é um nome com dois possíveis étimos, um a partir do latim Germanu, outro da palavra germânica wehrmann; já Herminio, significa o “que nasceu ou viveu em uma região próxima ao rio Ariminus”], era alemão, falava o português correto, mas com acentuada pronúncia, era alto e forte, sempre de terno, com chapéu à cabeça e sem o uso da gravata; tinha um andar lento, quase preguiçoso, como a disfarçar, possivelmente, uma lesão na perna; não conversava com ninguém e pouco , com os vizinhos e, quando por mim passava, apenas maneava a cabeça com um cumprimento discreto; só andava a pé e não aceitava caronas; era um homem com uma cultura feita, uma enciclopédia guardada em um ser simples e misterioso, diferente do Otto Wolfang, um patrício seu, que era radiotécnico estabelecido na Praia Grande que, segundo meu pai, nunca aprendera português e esquecera o alemão... Esse não falava nada, portanto.

Confesso que não cheguei a aprender o que minha mãe sonhara, pois ainda não traduzia a contento os primeiros versos do “Tigre” de William Black, ou um outro de Walt Whitman, uma lástima, porque meu tirocínio ao invés de se manter nos ensinamentos do velho Germano e na gramática da língua inglesa de Frederico Fitzgerald, [de cor verde e com o “Big-Bem” de Londres na capa], se punha a viajar no meu fantástico imaginário e, nesse transporte, via o mestre Germano como um pacato judeu de algum daqueles países reféns do socialismo, incrustados no Leste Europeu, fugitivo de um campo de concentração, chegado como clandestino à América do Sul, que por alguma circunstância foi parar no Maranhão, tendo ficado escondido nalgum lugar até o fim da guerra... Essa alternativa, sinceramente, não tinha muito crédito nas fantasias que criava, por que se tal fosse, o professor, até por uma questão natural do instinto, à adaptação ao meio, e de preponderância, far-se-ia mais extrovertido, mesmo que seu temperamento tivesse de lutar, e muito, com o outro seu lado não assaz visível.

Outro tipo de visão que me caia no imaginário, esse com total possibilidade de acerto, até mesmo pelo estado misterioso que o professor transmitia, era vê-lo fardado de oficial da SS, com aquela águia de um lado do peito, a cruz de ferro do outro e o símbolo fantasmagórico da suástica no braço, que para São Luís fora disfarçado, a cumprir alguma missão, e que lá chegou em algum avião suspeito a driblar as forças aliadas acantonadas na Base Aérea do Tirirical; ou ainda num avião anfíbio que o deixou nalguma praia das largas costas maranhenses e, depois da derrocada do Eixo, ficou literalmente ilhado sem mais poder voltar, a valer-se dos seus conhecimentos intelectuais para ministrar aulas como meio de sobrevivência;

Essa hipótese era a mais viável de todas. O professor Germano teria chegado ao Maranhão como tripulante daquele submarino U-99 que partira do porto de Cuxhaven, a 100 quilômetros a Oeste de Hamburgo, sob o comando do Capitão Hans Kurt Öyster, encarregado de manter distante de atentados, o Führer e sua mulher Eva Brow, protegidos e isolados em lugar seguro e desconhecido, como enredo de uma história fantástica na qual textualiza seu autor, o escritor maranhense Joaquim Itapary no seu fantástico livro “Hitler no Maranhão ou o Monstro de Guimarães”, editado em 2011, para as edições da Academia Maranhense de Letras, já comentado aqui por mim, em outras “Conversas Vadias” [publicado neste Blog do Pautar], a saber-se, contudo, que aquele submarino fantasma  passou pela Linha do Equador, adentrando o Hemisfério Sul às 22 horas do dia 3 de agosto de 1944, estacionando no dia seguinte ao meio-dia a 2°07’57 de Lat. S e 44°36’04 de Long. W, coordenadas geográficas da cidade de Guimarães, no Maranhão, Brasil, segundo provas das Cartas Náuticas apresentadas pela Capitania dos Portos de São Luís.

Essa, pelos dados técnicos apresentados, é a mais provável chegada ao Maranhão do professor Germano ou Hermínio, dados esses que meu imaginário nunca pode alinhavar, à época, porque só cheguei a conhecer esses detalhes cinquenta anos depois (1961-2011), lapso temporal de quando fui aluno do mestre, a reflexionar sobre tais possibilidades, à publicação do livro de Joaquim Itapary, oportunidade em que tive a felicidade de lê-lo, talvez para encontrar a chave da questão, cujo autor ao escrevê-lo, mesmo tendo sido também aluno particular do velho Germano, nem por longe tivesse passado pelos surtos ficcionais de suas fantasias cinematográficas, pretensões outras, senão, e tão somente, ao enredo a que se propôs.

Estava desvendado, pelo menos para meu intimismo e sossego cerebral, aquele mistério que me não deixou aprender o idioma inglês, e outras coisinhas, mas que me faz repetir hoje, feliz da vida, a parafrasear Manuel Bandeira: “[...] fiz-me diplomata, não pude, sou poeta menor, perdoai...”

Levado pelos acertos e desacertos, pelos encontros e desencontros, quando saí de São Luís, já não mais tinha nenhuma notícia do professor Germano e de Rosinha

Foram esses apenas momentos que se passaram pela minha vida, assim, de repente, sem me terem dito como chegaram e sem me terem acenado quando partiram...

*Fernando Braga, in ‘Conversas Vadias’ [Toda prosa], antologia de textos do autor.

Num daqueles sobradões que se erguem no último quarteirão da Rua Cândido Mendes (hoje da Estrela), morava, há setenta anos, o coronel Francisco Bernardo de Sousa Coutinho, um dos mais abastados lavradores do Estado e figura de alta representação assim na cidade de São Luís, como em empresas e companhias que coletavam grandes lucros em suas transações em toda a província.

Não era grande a família do coronel Coutinho, que se casara aos trinta anos de idade, com a filha mais velha do coronel Arelino Maia, alto funcionário da Recebedoria. Chamava-se Amélia Maria Coutinho a sua esposa e era de sua idade.

Casamento feliz e louvado. Conforme o conceito daquele tempo, viviam em harmonia porque facilmente se compreendiam. Ao fim de 20 anos de matrimônio, contavam dois filhos: o Américo, um rapagão forte que havia tantos anos de idade quanto os pais de casados; e Vitorinha, de dezoito anos.

O Américo não dera para nada. Aos 20 anos, era apenas um gozador. Só falava em festas e pagodeiras. A Vitorinha era de outra pipa. Aos 17 anos, já era uma moça prendada. Estudava no recolhimento com as freiras. Falava bem o francês, o inglês e o italiano. Escrevia bem e com elegância o português. Tocava, com admiração de todos, o piano. Estudava canto com a esposa do poeta Cláudio Tigreiro, educada em Paris. Três vezes por semana, lá se ia Vitorinha, para a aula, acompanhada de uma escrava, lá no Campo do Ourique, num dos vastos prédios que tem a frente para o poente.

Os dois irmãos não pareciam em coisa alguma. O rapaz dava tudo pelo luxo. Vitorinha era de uma simplicidade encantadora. O rapaz era um temperamento ardente, impulsivo; Vitorinha era meiga, delicada e de uma afabilidade atraente. Diziam, então, que o Américo saía ao pai e que a Vitorinha era a cópia da mãe.

Mas, apesar dos erros do Américo e de suas grandes despesas, o casal não se sentia mal; porque o coronel Coutinho, no íntimo, gostava do filho. Os seus arrebatamentos, os seus declives para o prazer, eram atestados eloquentes de sua paternidade.

Quando se declarou o namoro entre Vitorinha e o Manuel Arruda, caixeirinho da Praia Grande e estudante de escrituração num curso comercial, o coronel Coutinho e dona Amélia ficaram desapontados. Não demorou que o desapontamento crescesse e se transformasse numa atitude enérgica que abateu, profundamente, o ânimo de Vitorinha.

Travou-se, então, uma luta terrível: de um lado, o coronel Coutinho, dona Amélia, a parentela e os amigos do casal. Todos achavam que o Arruda, um pobretão, um joão-ninguém sem eira nem beira, sem um nome ilustre ou acatado, não podia aspirar a tão grande honra como fosse casar com a Vitorinha, moça rica, de uma família respeitada, brilhante figura da sociedade de São Luís. O coronel Coutinho sentia-se humilhado. Aquele namoro ridicularizava a sua família.

Pobreza não é defeito, disse-lhe, certa vez, a Vitorinha. E disse-lhe mais: “Dinheiro não é grandeza. Nome de avós nem sempre é um título honroso. Meu pai está muito errado em suas convicções”. Mas o coronel Coutinho não podia aceitar esse modo de ver da filha. Ouvindo-a, ficou escandalizado. Teve a impressão de que ouvia uma louca.

Em São Luís, a sociedade estava dividida em castas, bem caracterizadas, pelos recursos, pelo traje, pela habitação e pelos bairros. Os indivíduos dessas castas eram plenamente convencidos de sua condição. O operário estava conformado com a sua pobreza e não procurava sair dela. O que ganhava dava para suas despesas. Era feliz por isso. Os filhos frequentavam uma escola primária e, depois, aprendiam um ofício qualquer, e, por vezes, o próprio ofício do pai. Só envergava um paletó e calçava sapatos ou botinas aos domingos, dias santos ou feriados. E, assim mesmo, esses eram os mais graduados. Os mais eram descalços e em mangas de camisa. Traziam chinelos de couro cru nos mesmos dias em que vestiam o paletó.

Os funcionários também viviam modestamente. Esses não tinham outra ambição que não fosse esperar que o mais graduado morresse ou se aposentasse. Pela sua pouquidade de recursos materiais, viviam encostados, numa atitude de inferioridade aos ricaços da Praia Grande, padrinhos de seus filhos, e que, por isso, lhes dispensavam alguma consideração e lhes faziam pequenas dádivas, ou abastados lavradores ou criadores, chefes de partidos políticos ou figuras altamente representativas da administração pública da província.

Havia os “camisas fora da calça”, os “camisas curtas”, ambos descalços, que não eram operários propriamente ditos, mas artesãos, trabalhadores de serviços pesados, carregadores de móveis e bagagens que não tinham direito a coisa alguma e moravam em mansardas, embaixo de sobrados, em casebres dos bairros mais inóspitos.

Os pobres não podiam levantar a cabeça diante dos ricos. Os ricos olhavam com desprezo para a pobreza.  Os simples levantavam-se à passagem de um rico. Um da arraia miúda ao passar diante de um potentado, cumprimentava-o. Conhecia-se mulher escrava porque em lugar do casado, usava o cabeção. 

Não havia promiscuidade. Em qualquer parte, homens e mulheres eram conhecidas pelos seus trajes. Os pobres não moravam nos bairros dos ricos. Nos préstitos religiosos ou cívicos, agrupavam-se as castas. Cada indivíduo procurava o seu lugar. Adulador era o pobre que frequentava a casa do rico. Indigno e baixo era o rico que se punha em contato com os pobres. Os pequenos não podiam comentar fatos que se passavam nas casas dos ricos.

Ora, o coronel Coutinho e dona Amélia não podiam ver com bons olhos o casamento de Vitorinha com o Arruda.  A família do coronel Coutinho perderia todo o seu prestígio se a Vitorinha casasse com o Arruda.

O coronel Coutinho pôs então, em prática, uma politicazinha de bastidores, para a qual vantajosamente concorreu dona Amélia. Mandaram que todas as famílias amigas habilmente procurassem Vitorinha e lhe fizessem sentir a sua degradação. Porque aquele namoro com o Arruda era, sem mais nem menos, uma degradação!

Vitorinha passou a ser visitada pelas amigas. E passou a receber das mesmas amigas, amiúde, convites para passeios, festas. Era preciso arrancar a Vitória da influência moral do caixeirinho. E para fazê-la, urgia distraí-la e aproximá-la dos rapazes elegantes e ricos que frequentavam a alta sociedade.

Vitorinha não frequentava a alta sociedade. Passara, muitos anos, a estudar no recolhimento. As obrigações escolares não lhe haviam permitido recrear-se. Às primeiras horas da noite, passava a fazer exercícios de redação, traduções e leituras. Durante três anos, esteve internada por causa dos estudos de piano e canto. Quando terminara o curso, havia adquirido hábitos que não se ajustavam às exigências da vida social. À noite, não podia passar sem ler um livro bom, instrutivo. E, para se aperfeiçoar no piano, pedira ao pai para falar ao pianista francês Churè, de grande nomeada em São Luís, para lecionar em casa. O pianista aquiescera e Vitorinha, com o advento da novidade, entregou-se a novos estudos de piano. 

O namoro lhe prejudicava os estudos. À hora do almoço, Vitorinha via passar o seu namorado de quem recebia com um sorriso e uma grande promessa no olhar o cumprimento, o olhar e o sorriso. Aos domingos e dias santos, encontravam-se pela manhã na igreja da Conceição. Cumprimentavam-se de longe. Esqueciam a missa para trocar olhares que diziam um ao outro o que a palavra não podia dizer. O encanto desse namoro, que era o tipo normal dos namoros naqueles tempos, estava nas cartas que trocavam amiúde, por intermédio de uma pretinha, Isidora, cria do coronel Coutinho e muito dedicada a Vitorinha.

As cartas de Arruda eram o encanto espiritual de Vitorinha, que vivia pela delicadeza dos sentimentos daquele rapaz pobre que se rendera cativo de sua beleza, de sua educação e de seus sentimentos. Essas cartas, escondia-as ela no baú de Isidora, onde ninguém mexia.

A politicazinha deu resultado. Um rapaz rico, educado na Europa onde passara catorze anos, apaixonou-se pela Vitorinha, ou melhor, pelas prendas da Vitorinha. Porque a verdade era que a filha do coronel Coutinho não era uma beleza que impressionasse à primeira vista, a quem quer que seja. A beleza de Vitorinha só podia ser revelada ao olhar penetrante do homem inteligente e sentimental, a quem fosse dado a oportunidade de a ver muitas vezes de perto, de a ouvir e receber o influxo poderoso de sua voz admirável, cheia de tonalidades sedutoras a serviço de suas ideias e de seus pensamentos.

Vitorinha não encontrava no Armando Saraiva predicados que lhe sujeitassem o coração. O Saraiva era um rapaz elegante, acostumado às rodas sociais. Falava várias línguas sem correção e contava com muita graça o que fora sua vida nas grandes capitais europeias. Fazia descrições interessantes de coisas que por lá vira, delineava aspectos curiosos de praças, de monumentos, de palacetes, de ruas, e fazia silhuetas de tipos característicos de várias civilizações e de índoles diversíssimas.

Foi esta a ponte alegre porque Armando passou a se aproximar de Vitorinha, sempre insinuada pela roda de suas amiguinhas adestradas em convencê-la de que o Armando era um excelente casamento. O coronel Coutinho e dona Amélia estavam satisfeitíssimos com o caso. Quando o Arruda soube do que estava se passando, recebeu um choque tremendo. Passada, porém, a primeira impressão, tomou uma resolução inabalável. Reagiu, heroicamente, contra a fraqueza e contra o desespero que o assaltaram ao mesmo tempo. Escreveu uma longa e comovedora carta à Vitorinha e, dois dias depois, embarcava para Belém do Pará.

A educação de Armando, à europeia, era, em São Luís, um simulacro de educação. Armando bebia todas as bebidas alcoólicas. Passava as noites em orgias nas casas das horizontais mais afamadas de São Luís. Depois das reuniões familiares a que comparecia, Armando entregava-se em companhia de mulheres vadias a excessos que, por vezes, avultavam como escândalos. Ao dia seguinte, a meia voz, toda a cidade sabia do caso, com todos os pormenores. Citavam-se os nomes das “horizontais” que haviam tomado parte da farra! Era inútil negar ou procurar estabelecer a balbúrdia, em torno do que se passara. Aliás, Armando não escondia suas diabruras. Acostumara-se nos grandes centros de civilização a fazer tudo às claras. Mulheres, prazeres, vinhos, que havia demais?

Quando chegava à casa depois das duas horas da madrugada, a Vitória perguntava-lhe por onde andara, guiando a turma. Com a língua perra, desmanchado nos gestos, dessasseiado nas palavras, fazia um relatório de indecências e obscenidades. Passavam diante dos olhos de Vitorinha páginas cruas de um mundanismo imoralíssimo. E, quando o Armando lhe citava os nomes dos companheiros, que eram os de pessoas de elevada posição social, que lhe haviam sido apresentadas pelo coronel Coutinho como pessoas respeitáveis, exemplos de honra, dignidade e brio, Vitorinha ficava estarrecida! Cuidava, a princípio, que seu marido mentia para se justificar, apesar de embriagado, mas depois, como aqueles nomes apareciam sempre no rol de seus companheiros, convenceu-se de que o marido exarava a verdade em chegando de suas pagodeiras.

Vitorinha, a princípio aturdida, depois curiosa, chegou por fim à fase da indignação e de revolta. Passou a receber o marido com admoestações, numa linguagem quase cordial. E o marido ria de seus conceitos:

– És uma mulher adorável! O coronel Coutinho muito se esforçou, coitado, para te dar uma esmerada educação. Reconheço o seu esforço. Mas afinal, que poderia ele arranjar aqui na província? Ficaste provinciana, convencida porém, de que és uma mulher superiormente educada, és! E queres agora meter na minha cabeça essa bagaceira que a bom dinheiro tivestes no recolhimento, como se meu cérebro fosse um estômago. Deixa-te de bobagens! E acredito que sou um marido exemplar porque não te engano, não te minto e sempre te falo com a franqueza que caracteriza um homem bem-educado. Precisas, minha filha, de dar um passeio pela Europa.

***

Anos depois, quem por acaso visitasse o Portinho estranhava de encontrar ali, entre as rameiras, uma mulher que, pelo aprumo, pela conversação, bem mostrava que rolara dos salões opulentos de uma sociedade de gente rica. Era Vitorinha, que já muito alcançada pelos anos, vivia em companhia de um vendedor de frutas, o caboclo Coriolano, um quarentão insolente e amante da pinga.

Não a conheciam bem os moradores do Portinho. Vitorinha rolava devagar depois da morte do pai, que se acabara numa meia-morada na Rua da Misericórdia, depois que o Armando, já sem um vintém da herança paterna, também o arruinara. 

Extinguira-se o esplendor daquela sociedade. Os ricos de ontem haviam ficado pobres, e os seus descendentes, sem letras e sem cargos para trabalhar, estavam vegetando na vala comum. O Armando vivia no Beco do Prego, junto ao Zé do Coxo, com uma cocheira muito ordinária. Alugava burros e cavalos e, nas horas vagas, ébrio, cantarolava uma canção inglesa ou francesa, reminiscência dos anos ditosos que passara na Europa. O Américo perdera jeito de gente e era um autêntico caboclo do Pindaré, onde cultivava umas terras que houvera de seu pai.

***

Aquele Arruda caixeirinho viera de passeio a São Luís em companhia da esposa. Era chefe de importante casa comercial em Belém do Pará. Casara-se com uma paraense rica. Estava, no seu destino, a riqueza. Meteu-se no Hotel Central, num espaçoso apartamento no flanco direito. Uma tarde, quando lia “A Pacotilha”, o criado anunciou a vendedora de frutas e afastou-se da frente da porta. Entra a vendedora, com umas atas bonitas, numa bandeja. O Arruda levantou a cabeça e deu de cara com a Vitorinha.

FIM

* José Nascimento Moraes.

GLOSSÁRIO:

1. RECEBEDORIA: repartição pública que recolhe impostos ou taxas.

2. CAMPO DO OURIQUE: local atual da Praça Deodoro (no Centro de São Luís/MA).

3. CAIXEIRO: balconista de loja.

4. RECOLHIMENTO: convento de freiras.

5. EM MANGAS DE CAMISA: malvestido ou só vestido com a camisa, sem paletó.

6. MANSARDAS: morada miserável; o desvão desse tipo de telhado é provido de janelas e transformado em último andar habitável da casa; água-furtada.

OBSERVAÇÕES

1 –Valério Santiago era um dos pseudônimos utilizados por Nascimento Moraes, meu bisavô, para publicar seus contos, os quais, na verdade, constituem verdadeiras crônicas sobre a sociedade maranhense e, em especial, a ludovicense. Os contos foram escritos e publicados na “Revista Athenas” (década de 1940), um suplemento de variedades (inclusive literárias) vinculado ao jornal “O Imparcial”.

2 – Referência do conto:

MORAES, Nascimento. Vencidos e degenerados & Contos de Valério Santiago. São Luís: Secma; Sioge, 1982. 332 páginas (edição da biblioteca particular da família Nascimento Moraes).

3 – Referência das fotos publicadas aqui:

MORAES, Nascimento. Contos de Valério Santiago. São Luís: Sioge, 1972. (edição da biblioteca particular da família Nascimento Moraes).

4 –Sobre Nascimento Moraes, um dia escreveu sobre ele o autor Josué Montello:

(...) Minhas dívidas de escritor para com a pessoa e a obra literária de Nascimento Moraes não são pequenas. Tive-o entre os meus mestres do Liceu Maranhense. Tive-o entre os guias de algumas de minhas leituras essenciais. E contei-o sempre entre os meus amigos. Pude sentir, assim, numa convivência, demorada, a grandeza de sua inteligência e de sua cultura. E posso avaliar o que ele teria sido, se houvesse se deslocado dos horizontes da província o cenário de suas ilusões. Haveria de perder algumas, como todos nós. Mas, pelo menos, o benefício de uma irradiação maior de seu nome ele teria tido. Porque essa irradiação Nascimento Moraes a merecia pelas virtudes de seu talento e de seu saber.

(Da coluna de crônicas “Areia do Tempo”, escrita por Josué Montello para o “Jornal do Brasil”).

(Fonte: Natércia Garrido)