Deixou a terra natal, o Ceará, e aqui chegou com uma carga enorme de esperanças. E, junto dessa carga, a bagagem dos seus sonhos. Deixou as águas azuis e verdes da terra de Iracema e de Alencar e veio banhar-se de tristezas e saudades nas águas mansas e revoltas de São Marcos histórica salpicadas de lendas e de tradições.
Pisou o cais da Ilha dos Imortais, da terra abundante de cultura e de talentos. Veio criança, veio moço, veio jovem. Engatinhou na subida das ladeiras e perdeu-se nas ruas estreitas da cidade. Emaranhou-se pelas vielas tortas, esburacadas e deu de cara com os azulejos dos sobradões antigos. E não custou em atingir a João Lisboa. E aí, justamente aí, entrou em contato com a cidade. E a cidade passou a lhe oferecer a hospedagem. O abrigo que sonhara encontrar quando deixou a sua terra natal. E aqui se fixou. Em pouco tempo, já não era mais o estranho. E para os que vieram depois, e para os nativos da Ilha, os que chegaram depois, José Cândido de Araújo era maranhense. Nascera aqui num desses sobradões que ele vira quando aqui chegara.
Era essa a impressão. E José Cândido ficou. Sua mocidade toda. Casou. Construiu seu lar. Casou-se com a sra. Lilá Lisboa, filha do sr. Emílio Lisboa, proprietário de uma das mais importantes firmas comerciais da terra maranhense. Integralizara-se na família maranhense. Estava na sociedade no que ela, na época, apresentava de mais evoluído. E, junto dele, uma vida sem cuidados. Era o genro do capitalista Emílio Lisboa! Era o esposo da d. Lilá Lisboa. Galardões da sociedade da terra que lhe oferecera a hospedagem mais simples e mais encantadora.
Mas, com ele, a grandiosidade do seu espírito boêmio, alma aberta, esbanjador de amizade, da amizade que cria amigos. Da amizade que fortalece o espírito. Em pouco tempo, estava ligado aos homens ilustra do Maranhão. Em cada um, o amigo. Em muitos, o adversário. Definiu-se por determinados grupos literários, então exististes. Em pouco tempo, estava nas redações dos jornais. Surgia, com ele, o cronista, depois o polemista.
Aparecia, nele, o intelectual, o estudioso. O espiritualista. Estava sempre na efervescência das campanhas políticas, campanhas literárias, participando de todos os movimentos literários desta nossa São Luís. Toda uma vida assim. Sofreu o colapso da política cômoda que lhe vinha por meio do prestígio da família da esposa cujos dotes morais sempre foram exaltados por ele.
Mas, com ele, a coragem de continuar vivendo a sua vida, de enfrentar o mau tempo. Tinha amigos dedicados junto de si. Soubera conservá-los. Sabia conquistá-los. Não se deixou fixar no abandono de si mesmo. Investia para assegurar o equilíbrio, a mostrar a boa aparência. Uma alma simples agasalhando um coração bom.
Era assim José Cândido de Araújo. Não era um displicente. Não. Tinha cuidados e deveres. Um boêmio autêntico, um espírito lúcido, vibrante. Estava em todas as camadas sociais. Bebia no Casino, no Lítero, mas estava nos botecos com os amigos, os mais simples. Estava em toda a parte. Estava com o Nascimento Moraes, com o Astolfo Serra, com Armando Vieira da Silva, com Antônio Lopes, com Rubem Almeida, com todos numa mistura de estima, de atenções e de afetos. Estava no “fuxico” literário. Aprendera a malícia dos maranhenses. Era um adversário perigoso. Sabia da vida de todos, mas também todos sabiam da vida de José Cândido de Araújo. Era a compensação.
Muitos anos José Cândido na Ilha, cercado pelo Atlântico. Um dia saía do “cerco”. Mas voltava sempre. Estava sempre nos mesmos lugares. Sempre na imprensa. Sempre escrevendo. Depois, saiu de todo. Fixou-se no Rio. Lá, estava a esposa e o filho. Não voltou mais. E foi lá que a doença lhe pegou com a brutalidade do egoísmo. Não mais pôde libertar-se. Sentiu, de certo, a fatalidade terrível. Reações mínimas. Mas ia morrendo aos poucos.
Quebrada estava a resistência. E, na semana passada, chegou-nos a notícia do seu falecimento. O coração do filósofo, que havia em José Cândido, parou. Seus olhos se fecharam para a Vida e, certamente, vão abrir-se para Deus.
A notícia provocou tristeza no coração dos amigos. A cidade sentiu o golpe. Não mais ela veria o poeta, o boêmio nos seus botecos, nos seus clubes sociais, nas páginas dos jornais dando as suas impressões, registrando os seus pensamentos construtivos e, dele, ouvindo a palavra confortadora e amiga. Não mais. Apenas a lembrança com os amigos e nos lugares por onde andou, onde sempre gostava de estar.
Eu o conheci na mocidade e o venho perder na minha velhice. Mas haverá, acredito, o encontro lá muito além daquela serra... Sim, haverá o encontro para matar saudade e rever amigos.
* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 18 de novembro de 1965 (quinta-feira).
Há muito tempo que, na língua oral, algumas formas verbais do verbo ESTAR perderam a sílaba inicial: eu tô (estou), ele tá (está), tamos (estamos), tão (estão), tava (estava), tive (estive), tiver (estiver)…
Não discuto se está certo ou errado. Faço apenas a constatação de um fato inegável: a forma reduzida é uma marca característica da língua coloquial do português falado no Brasil.
É interessante fazermos algumas observações:
1ª) No caso do infinitivo, não usamos a forma reduzida. Ninguém diz que “ele deve tar em casa”. Todos dizem: “Ele deve ESTAR em casa”.
2ª) Em textos formais, que exijam uma linguagem mais cuidada, não devemos usar as formas reduzidas: Eu estou em casa (em vez de “tô em casa”); Ele está feliz (em vez de “ele tá feliz”).
3ª)Devemos evitar as formas “tive” (por estive), “teve” (por esteve), “tiver” (por estiver), pois pode criar ambiguidade. “Aqui ele não virá se tiver doente”. Se tiver (do verbo TER) doente (= houver doente) OU se ele estiver (do verbo ESTAR) doente?
Na chamada língua padrão, não existe o tal verbo TAR. O verbo é ESTAR e não devemos usar as formas reduzidas. Diga e escreva: estou, está, estamos, estão, estava, estive, esteve, estiver…
Respondendo...
1ª) Onde está o erro na frase “Conheceu sua mulher quando ele teve na Bahia”?
Não podemos, em hipótese alguma, confundir TEVE (pretérito perfeito do indicativo do verbo TER) com ESTEVE (do verbo ESTAR): “Ele não TEVE tempo para resolver o problema”; “Conheceu sua mulher quando ele ESTEVE na Bahia”.
2ª) ESTÁ ou ESTAR?
ESTÁ é a terceira pessoa do singular do presente do indicativo: “Ele ESTÁ confiante”; “O advogado já ESTÁ no escritório”.
ESTAR é o infinitivo: “Ele deve ESTAR confiante”; “O advogado só vai ESTAR no escritório amanhã”.
Esse tipo de dúvida se deve à tendência de omitirmos, no português coloquial falado no Brasil, o “r” final dos verbos: “vou falá” (vou falar); “vai vendê” (vai vender); “deve parti” (deve partir).
Essa confusão, entretanto, só acontece em verbos em que a terceira pessoa do singular do presente do indicativo é semelhante à forma do infinitivo: está ou estar; vê ou ver; crê ou crer; lê ou ler… Ninguém confunde “diz” com “dizer”, “faz” com “fazer”, “tem” com “ter”, “quer” com “querer”…
Assim sendo, em caso de dúvida, podemos usar este artifício:
a) Se ele DIZ, FAZ, TEM ou QUER, é porque ele ESTÁ ou VÊ;
b) Se ele vai DIZER, FAZER, TER ou QUERER, é porque ele vai ESTAR ou VER.
3ª) VIR ou VIM?
VIR é infinitivo e VIM é forma da primeira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo: “Ele deve VIR só na próxima semana”; “Ele pode VIR quando quiser”; “Ontem, eu não VIM trabalhar”.
As frases “Eu não vou vim” e “Ele só vai vim amanhã” são totalmente inaceitáveis. Seria caso de infinitivo: “vou VIR” e “vai VIR”. O melhor é dizer: “Eu não VIREI” e “Ele só VIRÁ amanhã”.
4ª) VER ou VIR?
VER é infinitivo e VIR é infinitivo de outro verbo (VIR) ou é forma do futuro do subjuntivo do verbo VER. O futuro do subjuntivo do verbo VIR é VIER.
1) Ele deve VER o filme (infinitivo do verbo VER);
2) Quando ele VIR o filme, mudará de opinião (futuro do subjuntivo do verbo VER);
3) Ele deve VIR à reunião imediatamente (infinitivo do verbo VIR);
4)Quando ele VIER para o Brasil, compreenderá melhor o problema (futuro do subjuntivo do verbo VIR).
Assim sendo, a frase “Se eles VEREM de perto o que aconteceu, vão compreender melhor os nossos problemas” é inaceitável. O correto é “Se eles VIREM de perto o que aconteceu…” Nessa frase, devemos usar o verbo VER no futuro do subjuntivo.
É o mesmo caso de “quando a gente se vê de novo”. Em língua padrão, devemos dizer “quando nos VIRMOS de novo”.
5ª) PREVER ou PREVIR?
É a mesma explicação dada no caso anterior. A regra que vale para os verbos primitivos (VER e VIR) vale para os verbos derivados (PREVER, REVER; INTERVIR, PROVIR).
PREVER é infinitivo e PREVIR é forma do futuro do subjuntivo: “Ele pode PREVER tudo que lhe acontecerá durante este ano”; “Ele poderá ser promovido se PREVIR o resultado das negociações”.
Teste da semana
Assinale a opção que completa, corretamente, as lacunas das frases:
1) Aquela mulher sempre foi __________ maior ídolo;
2) Estava em coma __________;
3) Ela era __________ membro da academia.
(a) o seu / alcoólico / um;
(b) a sua / alcoólica / uma;
(c) o seu / alcoólica / uma;
(d) a sua / alcoólico / um;
(e) o seu / alcoólica / um.
Resposta do teste: letra (a).
Os substantivos ÍDOLO, COMA e MEMBRO são masculinos: “Ela é o seu maior ídolo”; “coma alcoólico” e “ela era um membro da academia”.
Em todo país, circulam ondas eletromagnéticas que transmitem informações importantes para a garantia de direitos e para a democracia. Tais ondas podem ser decodificadas por pequenas caixas que podem funcionar apenas com pilhas. De tão relevantes, essas caixas têm, a elas, um dia que foi mundialmente reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco): o Dia Mundial do Rádio, comemorado neste sábado, 13 de fevereiro.
O potencial comunicativo do rádio já foi comprovado em vários momentos ao longo da história. Em um deles, ocorrido em outubro de 1938, milhares de norte-americanos entraram em pânico ao ouvirem, na rádio CBS, o ator Orson Welles alertando sobre uma suposta invasão de marcianos.
Tratava-se apenas de um programa de teleteatro, uma versão radiofônica do livro A Guerra dos Mundos, de H.G Wells. Ao se dar conta do alvoroço entre a população, a emissora teve de interromper o programa para esclarecer o fato aos ouvintes que não haviam ouvido a parte inicial da transmissão.
O mais democrático
“O rádio é, sem dúvida, o mais democrático de todos os meios de comunicação. Para desfrutar dele, não há necessidade de pagar internet, nem de ter energia elétrica. Basta ter pilha ou uma bateria”, argumenta o jornalista Valter Lima, âncora, desde 1986, de um dos programas radiofônicos mais longevos do Brasil: o Revista Brasil, da Rádio Nacional, veículo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
O aspecto democrático que compõe a essência do rádio é também corroborado pela Unesco que instituiu a data de hoje, 13 de fevereiro, como o Dia Mundial do Rádio.
“A estratégia da Unesco é a de fortalecer o rádio, que é o veículo mais essencial, principalmente nos muitos países onde, seja por conflitos, catástrofes ou por falta de estrutura, não há internet nem energia elétrica acessível para a população. Nesses casos, é o rádio que consegue localizar e salvar vidas, justamente por causa da possibilidade de depender apenas de pilha para ser usado”, disse à Agência Brasil o coordenador de comunicação e informação da Unesco no Brasil, Adauto Cândido Soares.
Violência contra radialistas
Adauto Soares acrescenta que o interesse da Unesco em trabalhar neste campo da comunicação está relacionado à visão de que o acesso à informação é parte integrante do direito à comunicação. “Até porque, sabemos, quando um país tem sua democracia atacada, é o direito à comunicação o primeiro a ser silenciado”.
Segundo o coordenador da Unesco, que desenvolve também um trabalho de denúncia de violações de direitos humanos contra jornalistas, os radialistas são as maiores vítimas desse e de outros tipos de violação.
“De um total de 56 jornalistas assassinados em todo o mundo em 2019, 34% atuavam no rádio; 25% em TV; 21% em mídia on-line; 13% em mídia impressa e 7% em plataformas mistas. Desse total, três mortes aconteceram no Brasil”, disse, citando números do levantamento Protect Journalists, Protect the Truth, publicado pela Unesco em 2020.
Novas tecnologias
A criatividade é uma das características que sempre acompanharam o rádio. Com a chegada de novas tecnologias, em especial, as ligadas à tecnologia da informação, o rádio manteve seu aspecto inovador e continua a se reinventar.
Presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Flávio Lara Resende lembra que muito se falou sobre a morte do rádio, com a chegada da TV. “Foi quando o rádio perdeu espaço. Mas não perdeu importância”, disse.
“Se perdeu alguma importância após a chegada da TV, depois voltou a ganhar [importância] quando apareceram novas plataformas, e ele se reinventou, apresentando programações segmentadas, canais específicos de jornalismo herdados, influenciados e influenciadores da TV”, disse o presidente da Abert.
“Hoje, com a internet, ouve-se a notícia radiofônica e vê-se os jornalistas que fazem a notícia. O rádio continua a ter grande importância e está aumentando cada vez mais, reinventando-se diariamente”, acrescentou.
Diante da necessidade de se reinventar constantemente, a Rádio Nacional lançou, recentemente (no dia 10 de fevereiro, em meio às celebrações pelo Dia Mundial do Rádio), seu perfil na plataforma Spotify no qual o público pode ouvir – onde e quando quiser – “o melhor da música brasileira”. Para acessar o serviço, basta acessar as playlists “É Nacional no Sportify”.
Estatísticas
Monitor de volume, Loudness Monitor
De acordo com o Ministério das Comunicações, há, no Brasil, cerca de 5,1 mil rádios comerciais (3.499 na banda FM; e 1.325 nas bandas AM, entre ondas médias, curtas e tropicais). Há, ainda, cerca de 700 rádios educativas; 458 rádios públicas; e 4.634 rádios comunitárias.
Na pesquisa Inside Radio, na qual são apresentados aspectos relativos a comportamento e hábitos de ouvintes de rádio, a Kantar Ibope Media constatou que o rádio é ouvido por 78% da população nas 13 regiões metropolitanas pesquisadas. Além disso, três a cada cinco ouvintes escutam rádio todos os dias. E, em média, cada ouvinte passa cerca de 4h41min por dia ouvindo rádio.
O levantamento avalia também questões relativas à adaptação do rádio à web, bem como novas formas de consumo de áudio, como podcasts e conteúdo on demand.
De acordo com a pesquisa, 81% dos ouvintes escutam rádio por meio de rádio comum; 23% pelo celular; 3% pelo computador; e 4% por meio de outros equipamentos, como tablets.
O crescimento que vem sendo observado na audiência via web demonstra, segundo a Kantar, “a grande capacidade de adaptação do rádio”. Segundo a pesquisa, 9% da população que vive nas 13 regiões metropolitanas pesquisadas ouviram rádio web nos últimos dias. O percentual é 38% maior do que o registrado em igual período de 2019.
Em um ano (entre 2019 e 2020), o tempo médio diário dedicado ao rádio via web aumentou em 15 minutos, passando de 2h40 para 2h55, diz a pesquisa. Além disso, 16% dos ouvintes pesquisados escutam rádio enquanto acessam a internet.
Os podcasts também têm ganhado popularidade. Entre os ouvintes de rádio que acessaram a internet durante a pandemia, 24% ouviram podcasts; 10% aumentaram o uso de podcasts; e 7% ouviram um podcast pela primeira vez.
As chamadas lives também registraram aumento de audiência durante a pandemia, com 75% dos entrevistados dizendo ter começado a assistir a lives de shows a partir do início das medidas de isolamento social impostas pela pandemia de covid-19. Ainda segundo o levantamento da Kantar, 75% dos ouvintes de rádio disseram ouvir rádio "com a mesma intensidade, ou até mais", após as medidas, e 17% disseram ouvir "muito mais" rádio após o isolamento.
Preocupação
Equipamentos de som,radio antigo,Rádio
A associação do rádio com novas tecnologias, no entanto, deve ser vista com cautela, para não acabar inviabilizando o formato tradicional desse tão importante veículo. “Emissoras de rádio hoje são em rede, mas a do interior, com outra realidade, não tem essa capacidade de recurso para investimento, como as grandes redes estão fazendo, em especial, quando transformam rádio em uma nova espécie de televisão”, alerta o jornalista Valter Lima.
Segundo ele, ao condicionar o rádio à necessidade de contratação de serviços como o de internet, perde-se exatamente o aspecto democrático que esse veículo sempre teve. “Uma coisa que achatou o desenvolvimento do rádio, infelizmente, foi o fato de ele estar nas mãos de grupos poderosos que possuem também emissoras de televisão [e, em alguns casos, vendem também serviços de internet]. Isso causa um grande desequilíbrio porque, enquanto as TVs estão com equipamentos cada vez mais modernos, há, no interior do Brasil, muitas rádios ainda operando com equipamentos que já até deixaram de ser fabricados”, acrescenta.
Rádios comunitárias
O radialista destaca também o importante papel que as emissoras de rádio comunitárias têm para as regiões “ainda que pequenas” às quais prestam o serviço. Segundo ele, pela proximidade que têm com suas comunidades, essas rádios estão muito mais “antenadas”, com as necessidades locais, do que os grandes grupos de radiodifusão.
Entre os muitos desafios das rádios comunitárias, Valter Lima destaca a necessidade de elas saírem das amarras burocráticas impostas pela legislação.
“É por causa disso que essas rádios, com serviços tão importantes para suas comunidades, não conseguem ir além daquele pedaço tão pequeno. Há também as dificuldades para conseguirem lucros mínimos, de forma a poderem investir e evoluir”, disse o jornalista.
Programas inteligentes
Valter Lima lembra que toda emissora de rádio precisa de ouvintes, e que, para alcançá-los, sempre teve de recorrer a programas inteligentes, criativos e, sobretudo, participativos.
“O conceito de rádio não é o de ser apenas uma caixinha para ser ouvida quando ligada. Rádio precisa ter participação. Precisa ser um espaço para o público dar a sua opinião aos chamados ‘formadores de opinião’. A TV até dá algum espaço para isso, mas nada se compara ao rádio”.
Lara Resende, da Abert, também vê, na interatividade do rádio, um de seus grandes méritos. “A fidelização do ouvinte de rádio é muito interessante porque ele passa a achar que faz parte do programa. Hoje, inúmeras plataformas permitem comentários. Com isso, o rádio ficou ainda mais participativo”, disse.
Tempo real
Outro aspecto acompanhou o rádio ao longo de sua história: a rapidez com que a notícia é dada, quase que simultaneamente ao fato noticiado. Anos depois, com a ajuda de equipamentos tecnológicos como celulares e internet móvel, outros veículos ganharam velocidade e deram a esse novo tipo de jornalismo veloz o nome de tempo real.
“O rádio sempre foi e continua sendo o primeiro a dar a notícia. O furo é sempre do rádio. Essa é a nossa rotina. Enquanto o outro veículo está digitando texto ou preparando a transmissão, nós já estamos no ar usando apenas um aparelho telefônico”, explica Valter Lima.
“Antes do advento do celular, a notícia era dada por meio dos famosos orelhões. Os repórteres andavam com umas 20 fichas no bolso e um cadeado. Sim, um cadeado para travar o telefone, de forma a inviabilizar seu uso pelo concorrente”, lembra o radialista.
O Ministério Público do Maranhão promoveu, na última quinta-feira (11), a abertura da exposição O universo da pescaria, do artista plástico maranhense Uendell Rocha.
A mostra, em cartaz no Centro Cultural do MP-MA, faz parte do ciclo de eventos que marcam o início das atividades da Escola Superior da instituição.
Artista com destaque internacional, Uendell Rocha faz uso de matérias-primas como o carvão vegetal, folhas, pedras, coco-babaçu queimado, casca de árvores e material reciclável para retratar o cotidiano dos pescadores e dos cidadãos marginalizados.
“Eu retrato o universo das pessoas com quem convivo a vida inteira. Indivíduos que estão à margem da sociedade e que, por viverem oprimidos, precisam ser visibilizados”, disse o artista.
Ele também agradeceu o Ministério Público pela oportunidade da exposição e destacou a perspectiva ambiental da sua arte.
“As telas são realizadas sempre com material reciclável, porque temos o compromisso com a sustentabilidade, especialmente no atual momento em que é tão necessário reforçar o respeito ao meio ambiente. Nesse sentido, é uma honra voltar ao Ministério Público que sempre está aberto para a promoção do trabalho de artistas maranhenses”, afirmou.
A exposição foi prestigiada pelo procurador-geral de Justiça, Eduardo Nicolau; pelos promotores de Justiça Karla Adriana Holanda Farias Vieira (diretora da ESMP), Ana Luiza Almeida de Ferro e Elyjeane Alves de Carvalho (auxiliares da ESMP), Márcio Thadeu Silva Marques (titular da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude de São Luís), Carlos Henrique Vieira (diretor da Secretaria de Planejamento e Gestão do MP-MA) e por servidores da instituição.
Homenagem
Na ocasião, o artista plástico presenteou o procurador-geral com uma tela, intitulada No cangado, que retrata o cotidiano de moradores próximos da região marítima. Eduardo Nicolau agradeceu o artista e falou sobre a importância do apoio às atividades artísticas.
“O objetivo do Ministério Público do Maranhão, ao criar o espaço de arte, era unir, cada vez mais, a coletividade à Procuradoria Geral de Justiça. Hoje, temos a enorme satisfação de receber a exposição de Uendell Rocha, em uma parceria com o MP-MA que começou em 2002”, disse Eduardo Nicolau.
O procurador-geral de Justiça também destacou o aspecto singular do trabalho de Uendell, especialmente o uso que o artista faz do carvão vegetal.
“O grande mérito do trabalho de Uendell, entre tantos que podem ser elencados, é a técnica original que ele realiza com o carvão. É um trabalho único não apenas no Brasil, mas no mundo. Motivo, portanto, de orgulho para o Maranhão".
Sobre o trabalho do artista, a diretora da ESMP comentou o enfoque social das telas, destacando três obras do artista que retratam a situação de opressão vivenciadas por meninas. Ela ainda agradeceu o procurador-geral pelo apoio e à curadoria do evento pelo trabalho desenvolvido.
“Essa é uma exposição muito significativa, pois trata da simplicidade e complexidade das relações sociais. É desse lugar de opressão retratado pelo artista que nós queremos retirar essas meninas. Por isso, realizamos essa junção: direito, arte e gênero”, destacou Karla Adriana Holanda Farias Vieira.
A exposição ficará aberta ao público até o dia 20 de março, no Centro Cultural do MP-MA, localizado na Rua Osvaldo Cruz.
O Ministério da Educação (MEC) informou, nessa sexta-feira (12), que possíveis irregularidades no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) são investigadas desde novembro do ano passado. Segundo a pasta, imediatamente após ter apurado suspeitas de fraudes, foi solicitada abertura de investigação pela Controladoria Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal (PF).
A manifestação do ministério foi divulgada após uma matéria jornalística informar que a investigação, que corre em segredo de Justiça, apura o suposto repasse de recursos para faculdades que não poderiam participar do programa em razão de dívidas tributárias.
Pelo Twitter, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que o o Fies é primordial para o futuro do país e tem como um de seus pilares a transparência para os estudantes e para a sociedade.
“A transparência e lisura na utilização de recursos públicos são premissas do governo federal, tornando a medida, que investigações dessa natureza, um dever e uma resposta ao cidadão brasileiro”, disse o ministro.
Neste sábado (13), a bola volta a rolar pela segunda edição da Copa Interbairros de Futebol 7, competição patrocinada pelo governo do Estado e pelas Drogarias Globo por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Desta vez, ocorrerão as disputas da categoria Sub-13 a partir das 7h45, no campo da A&D Eventos, no Bairro do Turu.
Ao todo, a rodada deste sábado contará com a realização de quatro partidas válidas pela fase de quartas de final: CTM x Túnel, P10 x Jeito Moleque, RAF 07 x Boleirinhos e Slacc x Palmeirão. As equipes vitoriosas garantem vaga nas semifinais da Copa Interbairros. Nesta edição, o torneio tem formato de mata-mata (quartas de final, semifinais e final).
Se por um lado as disputas da categoria Sub-13 estão prestes a começar, as rodadas de abertura das categorias Sub-9 e Sub-11 tiveram início na semana passada e definiram os times classificados para as semifinais.
No Sub-9, as equipes do R13, do Corinthians do Bequimão, Audaz e Aurora venceram seus respectivos jogos e avançaram à próxima fase do torneio. Já no Sub-11, os times classificados foram: Craques da Veneza, Projeto Paredão, Seve e Ponte Preta.
Tudo sobre o torneio está disponível nas redes sociais oficiais da competição no Instagram e no Facebook (@copainterbairrosfut7ma).
PRÓXIMOS JOGOS
SÁBADO (13/2) // A&D EVENTOS
7h45 – CTM x Túnel (Sub-13)
8h30 – P10 x Jeito Moleque (Sub-13)
9h – RAF 07 x Boleirinhos (Sub-13)
9h30 – Slacc x Palmeirão (Sub-13)
ÚLTIMOS RESULTADOS
SÁBADO (6/2) // A&D EVENTOS
Craques na Escola 0 x 3 R13 (Sub-9)
Futuro do São Francisco 1 (1) x (3) 1 Corinthians do Bequimão (Sub-9)
Estrelinha Bom de Bola 0 x 12 Craques da Veneza (Sub-11)
A agência espacial da China divulgou, nesta sexta-feira (12), as primeiras imagens de vídeo recolhidas pela sonda espacial Tianwen-1 na órbita de Marte, destacando-se crateras brancas na superfície do planeta.
A sonda, que tem acoplados um veículo e um robô que deverão aterrar em Marte, atingiu, na última quarta-feira (10), a órbita do planeta, juntando-se às missões dos Estados Unidos e dos Emirados Árabes Unidos, que também estão em órbita.
Em clima de rivalidade tecnológica e diplomática com os Estados Unidos, a China montou um ambicioso programa espacial com o objetivo de criar uma estação espacial habitada na órbita terrestre até 2022 e enviar uma missão tripulada à Lua até 2030.
A Tianwen-1 foi lançada em julho passado, ao mesmo tempo que as sondas dos Estados Unidos e dos Emirados Árabes Unidos, aproveitando a maior proximidade orbital entre a Terra e Marte.
A sonda dos Emirados, chamada Al-Amal (Esperança), chegou à órbita marciana na terça-feira (9), marcando a estreia da primeira missão interplanetária do mundo árabe.
Os responsáveis pelo programa espacial chinês querem aterrissar numa planície de Marte o veículo com 240 quilos para, durante três meses, analisar o solo e a atmosfera marcianas, recolher imagens, cartografar a superfície e procurar por vestígios de vida antiga.
Na primeira imagem em preto e branco que tirou do planeta, surgem relevos como a cratera de Schiaparelli e os desfiladeiros de Valles Marineris.
A aterrissagem em Marte do robô móvel norte-americano, o Perseverance, está prevista para 18 de fevereiro.
A primeira maestrina do país, Chiquinha Gonzaga, autora de músicas como Ô Abre Alas, considerada a primeira marchinha de Carnaval, é homenageada hoje (12), às 11h, nas plataformas virtuais do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (TMRJ), abrindo as festas de Momo na capital fluminense.
A soprano do Coro do Municipal, Fernanda Schleder, presta homenagem à maestrina brasileira que é um símbolo da festa mais popular do país, cantando, além da música Ô Abre Alas, outra composição de autoria de Chiquinha Gonzaga, intitulada Forrobodó.
Pioneirismo
Chiquinha Gonzaga Acervo Cedoc/ FTMRJ
Francisca Edwiges Neves Gonzaga, popularmente conhecida como Chiquinha Gonzaga, nasceu em 1847. Foi a primeira maestrina brasileira e uma das primeiras compositoras do país. Pioneira, ajudou a criar os patamares da música popular brasileira no início do século XX. Seu espírito rebelde e seu amor à música a fizeram abandonar o primeiro marido e a responder, perante o Tribunal Eclesiástico, por abandono de lar e adultério.
Seu desejo de liberdade a levou a abandonar um segundo marido até encontrar João Batista, a quem amou até o fim da vida. Depois de seu primeiro casamento desfeito, Chiquinha passou a lecionar piano e canto e disciplinas como francês, história e geografia para sobreviver e sustentar o único filho que ficou em sua companhia.
Apoiada pelo amigo músico Antonio Callado, conhecido como "o pai do choro", Chiquinha passou a integrar, como pianista, o conjunto musical de Callado. Juntos, eles animavam os saraus e a vida boêmia do início do século. Ao longo do tempo, Chiquinha compôs centenas de músicas, dentre elas a famosa Ô Abre Alas, considerada a primeira marchinha de Carnaval.
Chiquinha lutou pela criação da República e pela abolição da escravatura, ajudando a subsidiar grupos abolicionistas. Ela ajudou, também, a criar o Sindicato Brasileiro dos Autores Teatrais (SBAT), que permanece atuando até hoje. A compositora morreu em 28 de fevereiro de 1935, poucos dias antes do Carnaval. O dia de seu nascimento, 17 de outubro, é dedicado ao Dia da Música Popular Brasileira, uma merecida homenagem a esta grande dama da cultura brasileira.
Fernanda Schleder
A soprano Fernanda Schleder é natural do Rio de Janeiro. Graduada em canto pelo Conservatório Brasileiro de Música, é bisneta da maestrina e pianista Grizelda Lazzaro Schleder e filha do percussionista João Alfredo Schleder. Pertence ao Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro desde 2001.
Ela é fundadora da EntreAtto Solistas, Coral e Orquestra, que realiza apresentações, concertos líricos, casamentos e recepções no Rio de Janeiro e outras cidades do Brasil. Ela foi solista no Theatro Municipal do Rio de Janeiro no Concerto Joias da Ópera, sob a regência do maestro Jésus Figueiredo, em 2018.
A homenagem à Chiquinha Gonzaga será repetida nesta sexta-feira, às 16h, nas plataformas oficiais do teatro no Instagram, Facebook e You Tube.
Termina, nesta sexta-feira (12), o prazo para candidatos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) digital 2020 pedirem para participar da reaplicação das provas. O pedido deve ser feito na Página do Participante. Podem pedir a reaplicação os estudantes que não puderam participar do Enem por estarem com sintomas de covid-19 ou de outra doença infectocontagiosa e aqueles que não conseguiram fazer as provas por problemas logísticos.
As provas da reaplicação serão nos dias 23 e 24 de fevereiro, apenas na versão impressa. Além da covid-19, podem solicitar a reaplicação participantes com coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola, Influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola, varicela.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), para a análise da possibilidade de reaplicação, a pessoa deverá inserir obrigatoriamente, no momento da solicitação, documento legível que comprove a doença. Na documentação, deve constar o nome completo do participante, o diagnóstico com a descrição da condição, o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10), além da assinatura e da identificação do profissional competente, com o respectivo registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde (RMS) ou de órgão competente, assim como a data do atendimento. O documento deve ser anexado em formato PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2MB.
As provas do Enem digital foram aplicadas nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Nas semanas que antecederam cada uma das aplicações, os candidatos puderam enviar exames e laudos médicos ao Inep. Aqueles que ainda não o fizeram podem acessar o sistema on-line. De acordo com balanço divulgado pelo Inep, 320 participantes do Enem digital já fizeram os pedidos. Foram aprovadas 194 solicitações.
Questões logísticas
Também podem pedir a reaplicação estudantes que tenham sido prejudicados por problemas logísticos. De acordo com o edital do Enem, são considerados problemas logísticos, por exemplo, desastres naturais que prejudiquem a aplicação do exame devido ao comprometimento da infraestrutura do local, falta de energia elétrica, falha no dispositivo eletrônico fornecido ao participante que solicitou uso de leitor de tela ou erro de execução de procedimento de aplicação, que incorra em comprovado prejuízo ao participante.
No primeiro dia de aplicação do Enem digital, foi registrado problema em um servidor, o que atrasou o envio das provas para os computadores onde os participantes fariam o exame. Por causa do tempo, eles não puderam fazer as provas. Esses participantes, por exemplo, terão direito à reaplicação.
Os pedidos de reaplicação serão analisados pelo Inep. A aprovação ou a reprovação do pedido deverá ser consultada também na Página do Participante. Os candidatos podem ainda entrar em contato com o Inep pelo telefone 0800 616161. O Inep recomenda, no entanto, que a solicitação seja feita pela internet.
Terão também direito a fazer o Enem em fevereiro os estudantes que fariam a prova no Estado do Amazonas e nos municípios de Rolim de Moura (RO) e Espigão d'Oeste (RO), onde o exame foi suspenso tanto na versão impressa quanto na digital por causa dos impactos da pandemia. Esses estudantes, no entanto, não precisam fazer o pedido, pois estão automaticamente inscritos.
Cronograma
O Enem 2020 tem uma versão impressa, aplicada nos dias 17 e 24 de janeiro, e uma digital, realizada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Ao todo, cerca da metade dos inscritos no Enem impresso e, aproximadamente, 70% do Enem digital faltaram às provas. O prazo para os pedidos de reaplicação do Enem impresso foi entre os dias 25 e 29 de janeiro. Os resultados das análises dos pedidos, tanto dos participantes do Enem impresso quanto do digital, serão divulgados até o dia 15 deste mês.
O resultado final, tanto da versão impressa quanto da digital e da reaplicação, será divulgado no dia 29 de março. Os candidatos podem usar as notas para concorrer a vagas no ensino superior, por meio de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em instituições públicas de ensino superior, o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudo em instituições privadas, e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
O Ministério da Educação (MEC) publicou hoje (11), no Diário Oficial da União, o edital do processo seletivo para o primeiro semestre de 2021 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas de 6 a 9 de abril pelo site do Sisu.
Para esta seleção de candidatos, serão exigidos, exclusivamente, os resultados obtidos pelos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020, que foi adiado em razão da pandemia de covid-19 e aplicado em janeiro e fevereiro deste ano.
O Sisu é o programa do MEC para acesso de brasileiros a um curso de graduação em universidades públicas do país. As vagas são abertas semestralmente, por meio de um sistema informatizado, e os candidatos com melhor classificação são selecionados de acordo com suas notas no Enem. O estudante também não pode ter zerado a redação.
Além do Sisu, as notas do Enem podem ser usadas para acessar o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudo em instituições privadas, e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que facilita o acesso ao crédito para financiamento de cursos de ensino superior.
Cronograma
O estudante poderá se inscrever no Sisu em até duas opções de vaga e especificar a ordem de preferência. Ele poderá optar por concorrer às vagas de ampla concorrência ou aquelas reservadas a políticas de ações afirmativas, as cotas. Entretanto, não permitida a inscrição em mais de uma modalidade de concorrência para o mesmo curso e turno, na mesma instituição de ensino e local de oferta.
O Sisu disponibilizará ao candidato, em caráter informativo, a nota de corte para cada instituição participante, local de oferta, curso, turno e modalidade de concorrência. Essas informações serão atualizadas periodicamente conforme o processamento das inscrições. Durante esse período, o estudante poderá alterar as suas opções, bem como efetuar o seu cancelamento. A classificação no Sisu será feita com base na última alteração efetuada e confirmada no sistema.
O processo seletivo do Sisu referente à primeira edição de 2021 ocorrerá em uma única chamada, e o resultado deve ser divulgado em 13 de abril. A partir dos critérios de classificação, em caso de notas idênticas, o desempate ocorre no momento da matrícula e será selecionado aquele que comprovar a menor renda familiar. O processo de matrícula será de 14 a 19 de abril, em dias, horários e locais de atendimento definidos pela instituição de ensino.
Lista de espera
Para participar da lista de espera, o estudante deverá manifestar seu interesse por meio da página do Sisu na internet, no período de 13 a 19 de abril, em apenas um dos cursos para o qual optou por concorrer. Aquele que foi selecionado na chamada regular em uma de suas opções de vaga não poderá participar da lista de espera, independentemente de ter realizado ou não sua matrícula na instituição.
Os procedimentos para preenchimento das vagas não ocupadas na chamada regular serão definidos em edital próprio de cada instituição participante.