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O Ministério das Comunicações definiu, por meio de portaria publicada no “Diário Oficial da União”, parcerias e objetivos para ampliação do acesso à “internet” em todo o Brasil. Segundo o instrumento, ministérios parceiros ajudarão a identificar as áreas prioritárias na política de conectividade em banda larga do governo federal.

“Assim como há rotas específicas em determinadas regiões do Brasil, como a rota do mel ou a rota da uva, faremos a rota da banda larga com a ajuda dos ministérios parceiros, que nos ajudarão na missão de levar ‘internet’ rápida onde não chega o acesso”, afirmou Vitor Menezes, secretário-executivo do Ministério das Comunicações.

Segundo Menezes, a iniciativa é crucial para ampliar a atividade econômica e a produtividade em diversos setores, como o turismo e o agronegócio. “Imagine o seguinte: as áreas rurais são responsáveis por cerca de 25% do PIB, com um custo grande de insumos. Se conseguirmos criar modelos produtivos mais eficientes – e para isso a ‘internet’ e a tecnologia são indispensáveis – conseguimos conectar áreas isoladas ao mesmo tempo em que fomentamos o avanço econômico”, argumentou.

Segundo o documento, o Ministério das Comunicações contará com a ajuda do Ministério da Educação para a rota de ampliação da conectividade nas escolas, universidades e demais instituições de ensino; com a ajuda do Ministério da Infraestrutura, para criar sistemas e corredores prioritários de logística para levar a tecnologia para áreas remotas e isoladas; com a ajuda do Ministério da Saúde, para viabilizar a banda larga em hospitais, unidades de saúde familiar e outros estabelecimentos de saúde; com a ajuda do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para conectar assentamentos rurais e áreas agrícolas, e, finalmente, com o Ministério do Turismo para viabilizar conexão confiável, veloz e abrangente nos diversos pontos turísticos brasileiros que ficam longe de grandes centros urbanos.

“O que atrai turistas hoje em dia não é campanha publicitária, é ‘selfie’ nas redes sociais. Se um turista tira uma foto bonita em uma praia brasileira e posta nas redes, a chance de mostrar um cenário paradisíaco, como os que temos no Brasil, e atrair outros turistas é a nossa melhor oportunidade de ampliar o turismo. Para isso, precisamos de ‘internet’ em todos os lugares”, afirmou Vitor Menezes.

As ações relativas à ampliação da conectividade serão coordenadas pela secretaria de Telecomunicações da pasta e poderão ser executadas a partir de 1º de dezembro.

Marco regulatório das TVs por assinatura

O secretário-executivo do Ministério das Comunicações falou ainda sobre a criação de um grupo de trabalho para atualização do marco regulatório de telecomunicações. A portaria que define o início dos trabalhos foi publicada no “Diário Oficial” do dia 9 de novembro. Segundo Menezes, a revisão do arcabouço normativo, que foi definido na Lei nº 12.485 de 2011, é urgente e necessária, já que os instrumentos criados pela lei se tornaram rapidamente obsoletos. “Essa revisão é essencial, já que trará mais segurança jurídica e técnica para potenciais investidores e empresas de outros países”, concluiu.

(Fonte: Agência Brasil)

Focado no tema da diversidade, o Festival Mix Brasil, iniciado nessa quarta-feira (11), oferecerá, até dia 22, atrações gratuitas no campo das artes: cinema, teatro, música, literatura, e artes visuais. A maioria dos eventos ocorrerá de forma “on-line”.

Serão mais de 100 filmes, de 24 países, debates, projetos teatrais de temática LGBTQIA+ inéditos, e ao menos quatro grandes “shows”, transmitidos ao vivo da Sala Adoniran Barbosa, no Centro Cultural São Paulo.

Estão previstos os “shows” de Linn da Quebrada (ontem), Martte (dia 14), Bia Ferreira (20), e Jaloo (22). No dia 14, em artes visuais, ocorrerá a abertura da exposição Figa, símbolo da atual edição do festival.

No dia 18, o destaque fica por conta do “workshop” Criação e Produção de Audiovisual LGBTQIA+ Independente em Tempos de Pandemia, ministrado por Alice Stamato, Arthur Alfaia, Marcelo Oliveira, e Márcio Masselli.

A programação completa pode ser vista em www.mixbrasil.org.br .

(Fonte: Agência Brasil)

O cineasta Cadu Barcellos, de 34 anos, que codirigiu o longa-metragem “5xFavela – Agora por Nós Mesmos” (2010), foi morto na madrugada de hoje (11), no centro da cidade do Rio de Janeiro. Ele foi esfaqueado na Avenida Presidente Vargas, na altura da Rua Uruguaiana.

As circunstâncias da morte ainda estão sendo investigadas pela Delegacia de Homicídios da Capital.

Barcellos também era produtor cultural e trabalhou como assistente de produção no programa humorístico “Greg News”.

Nas redes sociais, a instituição Redes da Maré disse que “amanhece em luto pelo assassinato brutal do jovem e nosso querido amigo Cadu Barcellos. Nosso amor à família, que faz parte da nossa história, aos amigos e parceiros desse jovem que tanto produziu pelo nosso território”.

(Fonte: Agência Brasil)

Os estudantes da rede estadual de São Paulo que entregarem as atividades exigidas ao longo do ano não devem ser reprovados, ainda que a aprendizagem esteja abaixo do esperado. A Secretaria Estadual de Educação apresentou, hoje (11), um planejamento que prevê que os alunos sejam avaliados nos anos de 2020 e 2021 como um único ciclo de aprendizagem.

Assim, haverá uma tolerância com os estudantes que entregarem as atividades exigidas, esperando que seja alcançado apenas um “mínimo” de aprendizado. “Mesmo que você não alcance a aprendizagem idealizada, você poderá prosseguir se alcançar esse mínimo”, enfatizou o secretário da Educação Rossieli Soares.

No entanto, segundo o secretário, 15% dos matriculados na rede estadual não têm feito essas entregas. Nesses casos, os estudantes podem ficar sem avaliação e serem reprovados. “Há uma probabilidade maior de retenção ao que não entregue atividades para a escola”, alertou Rossieli. A decisão final sobre as reprovações será tomada no conselho de classe, que avaliará o caso concreto de cada aluno.

As atividades podem ser feitas pela “internet” ou pelo material impresso que, de acordo com o secretário, tem sido distribuído nas escolas. Rossieli disse ainda que vem sendo feito um trabalho de busca dos estudantes que não têm acompanhado as atividades escolares. Para Rossieli, além das dificuldades de acesso à “internet” por parte dos jovens, muitos perderam o interesse na escola durante a pandemia. “A gente sente esse desânimo acontecendo. Mas, nós temos outros fatores que devem ser considerados”, disse.

Reforço

Por isso, a secretaria está se preparando para receber os estudantes que vão chegar com dificuldades de aprendizado em 2021. Vão ser contratados 10 mil professores de reforço.

A previsão é que o próximo ano letivo seja iniciado em 1º de fevereiro, com aulas totalmente presenciais. Segundo Rossieli, a programação foi feita com o cenário de que o combate à pandemia do novo coronavírus estará em estágio avançado, inclusive com o início da vacinação contra a doença. “Espero que tenhamos avançado, já começado com a vacina”, destacou.

O calendário escolar prevê ainda um recesso de uma semana após o primeiro e terceiro bimestres em abril e outubro, respectivamente, além das férias de 15 dias em julho. As aulas devem ir até o fim de dezembro.

(Fonte: Agência Brasil)

A “rainha dos mares” é do Maranhão. No topo do kitesurfe nacional e entre as melhores do mundo, a kitesurfista maranhense do Time Fribal, Socorro Reis, é sinônimo de vitórias. No último fim de semana, a atleta, que é patrocinada pela Fribal e pelo governo do Estado por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, ampliou seu reinado na modalidade com mais duas importantes conquistas. Em Itajaí (SC), a kitesurfista sagrou-se tetracampeã brasileira de kitesurfe pelo quarto ano consecutivo e campeã da etapa nacional do Mundial (Hydrofoil Pro Tour) no feminino, além de ter ficado no 5º lugar no geral (que leva em conta os resultados de homens e mulheres).

O desempenho de Socorro Reis é simplesmente espetacular. A maranhense vive uma grande fase e já é referência na modalidade. Mais uma vez, ela não deu chances às rivais para conquistar mais títulos para sua vasta coleção. Mantendo os pés no chão, a maranhense já projeta as próximas competições.

“Estou muito feliz com o meu desempenho. Isso mostra que estou no caminho certo. Foi muito treino, muita dedicação. E o meu objetivo é continuar focada, continuar treinando para que consiga conquistar mais títulos para o Brasil e para o Maranhão. O próximo campeonato vai ser o Pan-Americano na Colômbia, e vamos em busca de mais este título. Muito obrigada aos meus patrocinadores – governo do Estado e Fribal – que me possibilitam vivenciar isso pela Lei de Incentivo ao Esporte”, afirmou a maranhense.

Bons resultados

Vale destacar que, antes do tetracampeonato brasileiro e do título na etapa do Mundial, Socorro Reis já havia sido campeã, na semana passada, do Floripa Foil Festival. No fim de agosto, ela já havia brilhado na Fórmula Kite Ceará com o título na disputa feminina e o terceiro lugar no geral.

Antes da pausa das competições de kitesurfe devido à pandemia do novo coronavírus, atleta do Time Fribal já colecionava resultados bastante expressivos em nível nacional e internacional. Nos Jogos Mundiais de Praia, competição realizada no Catar, Socorro Reis foi a única brasileira na disputa, onde teve bom desempenho, tendo ficado no top 10 em várias corridas, o que fortaleceu a kitesurfista para a sequência da temporada. Ela ainda é a atual campeã do Campeonato Centro e Sul-Americano.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

A tradicional feira de livros da Universidade de São Paulo (USP), iniciada hoje (9), será totalmente “on-line” na atual edição em razão da pandemia de covid-19. Os descontos, no entanto, permanecem os mesmos, de 50%, no mínimo, em todos os livros vendidos – que valem tanto para títulos dos catálogos das editoras quanto para os lançamentos.

O evento, virtual, ocorre de forma ininterrupta até o dia 15 de novembro, às 23h59, com participação gratuita do público. Promovida desde 1999 pela Editora da USP (Edusp), a feira conta com cerca de 170 editoras.

Entre as editoras participantes, estão Alameda, Ateliê Editorial, Beĩ, Brinque-Book, Edições Sesc, Editora Senac, Elefante, Geração Editorial, Maria Antônia (GMarx-USP), Ouro sobre Azul e Zouk, além das editoras universitárias.

Clique aqui para acessar o “site” feira de livros. Cada editora tem uma página para se apresentar, exibir a relação dos títulos com desconto e direcionar os visitantes para suas respectivas lojas virtuais. As etapas seguintes (seleção dos livros, cadastro, carrinho, pagamento) ocorrem diretamente no “site” da loja da editora, que define as próprias condições comerciais, como forma de pagamento, tipo e valor do frete e prazo de entrega.

(Fonte: Agência Brasil)

A Festa Literária Internacional de Paraty divulgou, no último fim de semana, a lista completa de autores que foram convidados para a edição virtual, que será realizada entre 3 e 6 de dezembro.

O evento costuma ocorrer em julho, na cidade histórica do Sul Fluminense, mas foi adiado e repaginado para ocorrer sem aglomerações, pela “internet”, evitando a transmissão da covid-19.

A literatura brasileira será representada na festa por:

Ana Paula Maia (Rio de Janeiro), autora de sete romances, contos e projetos para cinema e TV;

Elisa Pereira (Minas Gerais), moradora de Paraty e fundadora de um sarau que reúne artistas e escritores da cidade;

Fernando e Marcello Alcântara (Rio de Janeiro), cirandeiros caiçaras nascidos em Paraty e engajados em manifestações culturais tradicionais como a “Folia de Reis” e a “Folia do Divino”;

Itamar Vieira Júnior (Bahia), geógrafo, especialista em comunidades quilombolas nordestinas e vencedor do Prêmio Leya, de Portugal;

Jeferson Tenório (Rio de Janeiro), radicado em Porto Alegre, teve “O Beijo na Parede” (2013) premiado como livro do ano pela Associação Gaúcha de Escritores;

Jota Mombaça (Rio Grande do Norte), escritora e artista visual voltada para temas como descolonização, racismo e identidade de gênero;

Lilia Schwarcz (São Paulo), antropóloga, professora da Universidade de São Paulo e vencedora do prêmio Jabuti;

Luz Ribeiro (São Paulo), pedagoga, poeta e uma das organizadoras da edição paulista do Slam das Minas;

Nathalia Leal (São Paulo), uma das fundadoras do Slam de Quinta, o primeiro encontro de Slam de Paraty;

Rodrigo Ciríaco (São Paulo), educador e idealizador de saraus e projetos de incentivo à leitura e à produção literária nas escolas públicas e periferias;

Stephanie Borges (Rio de Janeiro), jornalista, tradutora e poeta premiada no IV Prêmio Cepe Nacional de Literatura. Traduziu autoras como Audre Lorde e Margaret Atwood.

Os estrangeiros que participarão do evento são:

Bernardine Evaristo (Inglaterra), primeira autora negra a vencer o prêmio Booke Prize;

Chigozie Obioma (Nigéria), considerado um dos principais nomes da literatura africana contemporânea;

Danez Smith (Estados Unidos), poeta da vanguarda norte-americana;

Eileen Myles (Estados Unidos), autora premiada que trabalha as temáticas lésbica, queer e de gênero;

Jonathan Safran Foer (Estados Unidos), autor de ficção e não ficção sobre temas atuais;

Pilar Quintana (Colômbia), considerada uma das principais autoras jovens da América Latina;

Regina Porter (Estados Unidos), dramaturga premiada e romancista estreante.

(Fonte: Agência Brasil)

Um dos espaços públicos mais importantes da cidade de São Paulo, o Parque Ibirapuera, recebe a 10ª Mostra 3M de Arte. Viabilizada pelo patrocínio da 3M via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a mostra que discute o coletivo e a arte encontrou um desafio: ocupar o espaço público no momento pós-isolamento social intensivo. Para isso, a 10ª Mostra 3M de Arte selecionou quatro artistas via edital e seis convidados. Juntos, irão ocupar o parque e incentivar reflexões sobre a relação do indivíduo e da coletividade na sociedade.

Pela primeira vez em sua história, o parque vai receber dez instalações pela extensão da área verde, totalmente ao ar livre. O evento começou no último sábado (7) e continua até o dia 6 de dezembro, e conta com a curadoria de Camila Bechelany – também pesquisadora e editora, com foco em arte e política.

Com a temática “Lugar Comum: travessias e coletividades na cidade”, o conceito desenvolvido para a mostra explora a relação de cada indivíduo como participante ativo e receptivo no meio urbano. A proposta curatorial faz refletir que, por meio das experiências particulares e coletivas, o indivíduo tem papel de agente transformador do espaço público.

A curadora Camila Bechelany convidou a artista e curadora Camilla Rocha Campos e a curadora Eva González-Sancho Bodero para compor um júri que discutiu e selecionou as propostas inscritas no edital da mostra. Dos 10 projetos que estão expostos pelo parque, quatro deles foram selecionados por meio desse edital. Neste ano, o evento recebeu 338 propostas de instalações – 222 a mais que o edital do ano anterior.

Os selecionados foram: Maré de Matos (SP), Narciso Rosário (PI), Coletivo Foi à Feira (SP e ES) e a dupla Gabriel Scapinelli e Otávio Monteiro (SP). Os convidados para a mostra são Camila Sposati (SP), Cinthia Marcelle (MG), Diran Castro (SP), Lenora de Barros (SP), Luiza Crosman (RJ) e Rafael RG (SP).

Obras adaptadas ao mundo em pandemia

Após a chegada da pandemia e suas limitações, tanto as obras quanto à mostra foram completamente repensadas, contou a curadora. "Tivemos momentos de muitas reflexões durante o processo. Tínhamos muitas dúvidas sobre como seria trabalhar em uma montagem e na abertura de uma exposição durante a crise sanitária. E foi preciso reavaliar cada uma das obras até chegar ao formato ideal, que levasse em consideração a segurança dos artistas e do público, além de repensar os projetos conceitualmente para que fizessem sentido de existirem num mundo em pandemia".

O público que gosta de interagir com as obras e tirar fotos junto às instalações tem garantido o momento, afirmou Camila.

“As obras foram adaptadas para acolher o público neste momento em que o distanciamento social é a regra. Estamos seguindo todos os protocolos de segurança para evitar qualquer contágio. Todas as obras são instaladas em espaços abertos do parque e a interação será com certeza possível e segura. Realizar fotos com as obras é permitido e aconselhável”.

Além de ser um dos únicos projetos de artes visuais a acontecer na conjuntura de retomada da rotina na cidade, a mostra deste ano é ainda mais especial, avalia a diretora da Elo 3, idealizadora e realizadora do evento, Fernanda Del Guerra.

"Um dos projetos de artes visuais mais longevos no cenário brasileiro, em que já tivemos a participação de importantes curadores e artistas, a 10ª Mostra 3M de Arte é um momento de comemoração e agradecimento a todos os envolvidos, principalmente ao público, que nos acompanha há uma década, e à 3M, mecenas comprometida com as artes e cultura brasileiras".

Questionada sobre a semelhança da mostra com as instalações do Instituto Inhotim, Camila afirmou que apenas a relação das obras com a natureza é similar.

“O Instituto Inhotim é um museu a céu aberto e um jardim botânico. A 10ª Mostra 3M de Arte, com o tema “Lugar Comum, travessias e coletividades na cidade”, foi pensada desde o início como uma possibilidade de pensar a arte e o espaço público. O Parque Ibirapuera foi a localização na cidade de São Paulo que pôde acolher este projeto e foi escolhido por ser um espaço de acesso público e que tem um histórico simbólico dentro do contexto da cidade. Ele combina projeto urbano com acesso à arte e à natureza. A mostra não foi inspirada em Inhotim e só pode ser comparada ao museu mineiro no que tange à relação de trabalhos artísticos com a paisagem verde”, concluiu.

Conheça os artistas e suas obras

Selecionado via edital, o Coletivo Foi à Feira – composto atualmente por Clarissa Ximenes, Gabriel Tye Luís Filipe Pôrto, Matheus Romanelli e Rayza Mucunã – apresenta o projeto “Objeto Horizonte”. Repensada e então já transferida para o contexto de pandemia, a instalação é baseada na arqueologia da memória. A obra é uma esfera, reflexiva por dentro e transparente por fora. Dedicada a ser um espaço de autorreflexão e um convite para que o visitante-participante deixe registrados seus desejos para uma cidade do futuro, a experiência imersiva conta com um painel de LCD com as mensagens deixadas e ruídos com estética futurista. As pessoas podem deixar áudios que serão enviados a um receptor que transforma, a partir de um sistema operacional, as vozes em inserções aleatórias de sons e o resultado será como escutar uma viagem no tempo. "A ideia foi mesmo de uma ‘nave espacial’, cápsula do tempo que pudesse manter as memórias durante vários anos", conta Clarissa Ximenes, uma das integrantes do coletivo formado em 2010.

Rafael RG apresenta duas obras: “O Brilho da Liberdade Diante dos Seus Olhos” e “Alto Astral”. A primeira – “O Brilho da Liberdade Diante dos Seus Olhos” é inspirada na biografia da abolicionista e ativista norte-americana Harriet Tubman – mulher negra que lutou pelo fim da escravidão nos EUA e fazia sua rota de fuga baseada na observação da constelação da Estrela Norte. A criação será uma instalação na área externa com “backlight”. Já no Planetário Professor Aristóteles Orsini (planetário do Ibirapuera), o artista apresenta “Alto Astral”, uma intervenção sonora, que conta com a participação de astrólogos que fazem leituras astrológicas enquanto o visitante pode observar a projeção original. Os astrólogos convidados por RG fazem também um paralelo com a história de Tubman e trabalham com astrologias de povos originários e culturas afrodiaspóricas.

Também será possível olhar para o céu e vivenciar a obra “O Que Ouve”, de Lenora de Barros. Por meio de um “drone” que sobrevoa a área do parque atrás do Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer, sem câmera, mas com um alto-falante potente, são emitidos sons de mensagens-poemas gravadas pela própria artista acerca do tempo presente. Pertencente ao grupo de risco nessa pandemia, Lenora continua em quarentena gravando vários trechos com diferentes tons de voz e reorganizando ideias sobre o período de isolamento. Segundo ela: "No final, minha ideia é bem simbólica para mim. Como artista, vou estar na mostra com a minha voz, independente de seguir o isolamento até a inauguração", relata. Outras cinco caixas de som estão dispostas no parque para que emitam as mensagens de Lenora, que fala especialmente sobre vigilância e controle (em uma relação direta com as sensações que o isolamento tem nos trazido) com a ideia de produzir intervenções inesperadas aos visitantes em espaços diferentes.

Por meio da equação "[terra> tijolo= forno] + farinha x pão", que representa a relação do homem com a produção do pão, alimento que está presente há milhares de anos na vida do ser humano, a dupla Gabriel Scapinelli e Otávio Monteiro realizou um projeto participativo para entender os processos colaborativos envolvidos na arte de se fazer pão. A obra, além de estar fisicamente entre a rota de instalações do parque, acontecerá também na Casa 1 – centro de acolhimento para a comunidade LGBTQIA+ de São Paulo. Dentro do projeto, ocorre a implementação de uma padaria a partir da construção de um forno tradicional e a organização de várias oficinas para aprendizagem da arte de fazer pão. O público poderá participar e entender, pela experiência, o significado de produzir o próprio alimento e as relações que se articulam por trás da ação, que carrega significado de autonomia, evolução e coletividade. A padaria deve ser uma extensão da obra, que não se encerra com o fim da exposição e intenciona iniciar uma economia criativa.

Ainda dentro da relação que temos com alimentação, a obra de Narciso Rosário, “Canteiro Suspenso”, inspirada em sua trajetória pessoal e a memória afetiva, traz a discussão de como os cidadãos se relacionam com a produção dos alimentos, passando por questões de sustentabilidade e de ancestralidade por meio do conhecimento e de práticas de plantio. O projeto consiste em uma instalação circular com 11 canteiros com variedades de plantas comestíveis e medicinais, permitindo que o público tenha contato com as plantas. Em paralelo, o artista organiza oficinas e ações junto à mediação da mostra para discutir questões como o cultivo doméstico e as possibilidades de cura pelas plantas.

“Entre o Mundo e Eu/A Caminho de Casa” é a obra de Diran Castro que tem objetivo de chamar atenção do público para o processo de gentrificação do Parque Ibirapuera e da cidade de São Paulo. A artista busca resgatar a memória do local, que foi apagada ao longo de um processo histórico de silenciamento. Para isso, ela irá construir uma cidade em miniatura com estrutura autossustentável, que terá um caminho a ser percorrido, criando um espaço de reflexão sobre o que existia naquele local antes de se tornar um parque. Essa obra é um convite para a desobediência estética por meio da instalação, que irá permitir a cada pessoa ter seu próprio entendimento a partir da obra.

A obra de Camila Sposati, “Teatro Parque Arqueológico”, retorna às raízes e deseja se conectar com a ancestralidade local, também contará com intervenções sonoras e performáticas. A artista conta: "Meu trabalho se faz por camadas. A proposta é olhar para dentro da terra". Nesse trabalho, Camila irá construir uma representação do antigo teatro anatômico que abrigará seus instrumentos-esculturas em cerâmica produzidos com base na série de trabalhos Phonosophia. O resultado será um ambiente extremamente inusitado, surpreendente e vibrante no parque. A instalação reflete sobre a passagem do tempo: uma indução à observação do passado e entendimento da tensão do futuro. As apresentações performáticas ocorrem aos domingos, de 8 de novembro a 6 de dezembro, das 13h às 18h.

Cinthia Marcelle faz uma releitura de “Geografia [série Unus Mundus]”, obra feita no Museu da Pampulha em 2004. Orientada pelo tema de lugar comum, a artista produziu uma instalação com duas vias: a que fala de privilégio e a que fala de periferia. A partir da progressão geométrica simples, mas em grande escala, braços de mangueiras de jardim unem um curso d'água a uma torneira se repetindo numa progressão constante e "infinita" (pois que o seu fim não é revelado). Um indício de ações que se repetem constantemente na natureza e em uma relação de um para um, moldando a geografia do local. Ao inverter o sentido "natural" da água canalizada, da torneira para o lago, a artista provoca a reflexão de que a água está sempre em movimento e ainda a constatação de que uma torneira não é algo tão banal quanto parece. "A água canalizada é uma das principais conquistas da civilização moderna e ela implica de forma decisiva em como o controle sobre recursos naturais e a consequente gestão desses bens ‘universais’ auxilia a organização da cidade", conta a curadora Camila Bechelany sobre o trabalho.

O futuro, a terra, o solo, o tempo. Temas recorrentes na discussão sobre a vida em coletividade, potencializados pelas obras, ganham mais um impulso por meio de “O Mundo versus o Planeta”, projeto de Luiza Crossman. Com três vertentes, a artista propõe o entendimento sobre a diferenciação de "Terra" e "planeta" e sobre a relação entre a arte e ciência. Sob a intenção de ter não só o aspecto instalativo, mas curricular e colaborativo, Luiza resgata a ideia de escala humana e da experiência de mundo a partir da experiência física no parque, mais especificamente na antiga serraria. Já o currículo educacional (estrutura disponível para que essas informações sobre a comparação e as reflexões possam ser institucionalizadas) acontece durante a Mostra e em colaboração com dois pesquisadores. A terceira direção do trabalho é a disponibilização “on-line” de conhecimento sobre o tema a partir da continuação da “Coleção Trama”, uma parceria com a Zazie Edições para traduzir autores estrangeiros e atualizar a bibliografia editorial brasileira.

Maré de Matos discute a coletividade por meio de um espaço construído para que se celebrem as diferenças na sociedade, em “Púlpito Público”. Sendo um púlpito criado com três escadas e quatro megafones permitindo acessos diversos aos megafones abertos. A instalação fala sobre a convivência e um ponto em comum possível para todos, independentemente dos caminhos escolhidos já que todas as escadas levam ao mesmo lugar: um espaço onde todos têm voz.

Serviço: 10ª Mostra 3M de Arte
Tema: "Lugar Comum: travessias e coletividades na cidade"
Data: 7 de novembro a 6 de dezembro
Horário do educativo da Mostra 3M de Arte: 10h às 21h
Local: Parque Ibirapuera - Av. Pedro Álvares Cabral, s/n.
Entrada gratuita

(Fonte: Agência Brasil)

Para professores que tiverem interesse em se capacitar para aprender a elaborar videoaulas e as técnicas de ensino à distância, o Ministério da Educação (MEC) está oferecendo aulas “on-line” e gratuitas.

Atualmente, estão disponíveis três capacitações: “Como Preparar Videoaulas”, “Mediação em Ensino à Distancia” e “Desenho Didático para Ensino ‘On-line”’. Para fevereiro de 2021, serão ofertados mais dois cursos: "Multimeios em Educação" e "Psicologia na Educação".

A ideia desses cursos que o MEC está oferecendo é preparar os atuais e futuros professores da educação básica a utilizarem as ferramentas “on-line” em sala de aula e dentro de novos ambientes virtuais de ensino e aprendizagem.

Os participantes vão aprender a produzir seu próprio material audiovisual e a aperfeiçoar as práticas profissionais de maneira presencial ou à distância.

Para participar do curso basta se inscrever no “site” eskadauema.com. As inscrições vão até o dia 13 de novembro.

(Fonte: Agência Brasil)

A cantora Vanusa faleceu na madrugada deste domingo (8), na casa de repouso, em Santos (SP), onde estava morando há mais de 2 anos.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa da artista disse que um enfermeiro percebeu que Vanusa estava sem batimentos cardíacos por volta das 5h30 da madrugada. Imediatamente, chamaram Uma unidade móvel de Pronto-Atendimento (UPA) que constatou insuficiência respiratória como a causa da morte.

Segundo a assessoria, Vanusa "ontem teve um dia muito feliz com a visita da Amanda, a filha mais velha. Cantou, brincou, riu, se alimentou bem".

Nos últimos anos, a cantora teve depressão e ficou muito debilitada devido a problemas criados pelo uso de medicamentos tarja preta em excesso. De agosto a setembro deste ano, esteve internada no Complexo Hospitalar dos Estivadores.

O filho caçula Rafael Vannucci está viajando para São Paulo para tratar dos trâmites do enterro e mais informações serão repassadas no fim do dia.

Carreira da cantora

Vanusa Santos Flores nasceu em 22 de agosto de 1947, na cidade de Cruzeiro, Estado de São Paulo, sendo criada nas cidades mineiras de Uberaba e Frutal. Aos 16 anos, tornou-se vocalista do conjunto Golden Lions. Em uma das apresentações, foi ouvida por Sidney Carvalho, da agência de propaganda Prosperi, Magaldi & Maia, que a convidou para ir a São Paulo.

Em 1966, durante os últimos anos do movimento cultural Jovem Guarda, apresentou-se no programa “O Bom”, de Eduardo Araújo, na extinta TV Excelsior de São Paulo. Logo, foi contratada pela RCA Victor e ganhou êxito com a canção “Pra Nunca Mais Chorar” (Eduardo Araújo e Carlos Imperial). O sucesso a fez participar do programa “Jovem Guarda”, da TV Record, em suas duas últimas edições.

Em 1968, gravou seu primeiro álbum, estreando ainda como compositora em três canções, uma delas em parceria com David Miranda. Cinco anos depois, em seu quarto LP, já como contratada da gravadora Continental, lançou seu maior sucesso: “Manhãs de Setembro”, composta em parceria com Mário Campanha. Em 1975, lançou outro “hi”t: “Paralelas”, uma composição de Belchior. Em 1977, protagonizou ao lado de Ronnie Von a telenovela “Cinderela 77”, da Rede Tupi.

"Eu quero sair
Eu quero falar
Eu quero ensinar o vizinho a cantar
Nas manhãs de setembro"
(Trecho da música “Manhãs de Setembro”)

Ao longo de sua carreira, gravou 23 discos e vendeu mais de três milhões de cópias. Representou o país em vários festivais internacionais e recebeu cerca de 200 prêmios. Por dois anos seguidos foi eleita a Rainha da Televisão.

"Na verdade o que eu quero é impossível
O que eu quero é perfeito demais
Não existe um amor tão sublime
Por entre os mortais"
(Trecho da música “Paralelas”)

Em 1997, publicou sua autobiografia: “Vanusa – A Vida Não Pode Ser Só Isso!”, pela editora Saraiva. Em 2005, participou de vários concertos comemorativos aos 40 anos da Jovem Guarda.

Em 1999, depois de cinco anos sem gravar e apresentando-se apenas eventualmente, Vanusa estreou no Teatro Santa Catarina (São Paulo/SP), o musical “Ninguém é Loira por Acaso”, escrito e produzido pela jornalista Léa Penteado de quem é amiga desde os anos 70. No musical autobiográfico, além dos seus sucessos, ela estimula as mulheres a não abdicar dos seus sonhos. "Eu mesma estou realizando um, que é o de ser atriz", comenta Vanusa que atuou em “Hair”, em 1973, quando ouviu do diretor, Altair Lima, que nunca mais deveria deixar o teatro.

Em 2015, lançou seu primeiro álbum de canções inéditas em 20 anos: “Vanusa Santos Flores”, produzido por Zeca Baleiro. A cantora foi casada duas vezes: com o músico Antônio Marcos com quem teve as filhas Amanda e Aretha, e com o ator e diretor de televisão Augusto César Vannucci, pai do seu filho Rafael Vannucci.

Ouça na Radio MEC

Ouça Vanusa cantando no programa “Arte Clube”, episódio Lado A Lado B destaca o lado roqueiro de Vanusa. O que teriam em comum a banda de heavy metal Black Sabath e a cantora Vanusa? É o que você vai descobrir na coluna “Lado A/Lado B”, escrita pelo jornalista, doutor em literatura e colecionador de discos de vinil, Odirlei Costa. Ouça sucessos de uma das mais populares cantoras do país e conheça essa polêmica com a banda de rock!

(Fonte: Agência Brasil)