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Para diminuir os impactos financeiros provocados pela pandemia da Covid-19, a Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), publicou, nessa sexta-feira (5/3), o edital do Auxílio Municipal Emergencial para os artistas e agremiações que fazem o Carnaval de São Luís. A medida prevê a destinação de aporte financeiro de R$ 1.000 até R$ 10.000.

Podem participar da chamada pública, os grupos formados por representantes de agremiações carnavalescas (escolas de samba), blocos e grupos tradicionais (bloco tradicional, bloco organizado, bloco afro, bloco alternativo, tribo de índio, alegoria de rua, turma de samba e tambor de crioula), além de cantores, cantoras, bandas e grupos musicais.

“O prefeito Eduardo Braide está atento às necessidades da classe artística em meio a esse período de pandemia. O setor cultural foi um dos mais impactados. Por isso, pensamos nessa iniciativa para permitir que os que fazem o nosso Carnaval possam ter uma fonte de renda nesta época”, ressaltou o secretário da Secult, Marco Duailibe.

As inscrições têm início na próxima segunda-feira (8/3) e se encerram no dia 19 deste mês pelo site www.saoluis.ma.gov.br e poderão se inscrever pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas em São Luís, com a comprovação de atuação no circuito oficial de São Luís nos últimos dois anos (2019 e/ou 2020).

“Sabemos o quanto a pandemia trouxe prejuízos ao setor cultural. Por isso, com recursos próprios, estamos fazendo esse auxílio municipal, contemplando agremiações e artistas que se apresentaram nos últimos dois anos. As nossas agremiações e os nossos artistas merecem nosso respeito e reconhecimento”, destacou o prefeito Eduardo Braide.

 A lista de selecionados será divulgada a partir do dia 30 de março de 2021, nas redes sociais e na página oficial da Prefeitura.

Leia o edital completo no seguinte endereço eletrônico: https://www.saoluis.ma.gov.br/edital/1560/edital-de-chamamento-publico-n-022021

(Fonte: Secult de São Luís/MA)

HQ Língua Indígena de Sinais

Uma história em quadrinhos (HQ) retrata, de forma pioneira, a língua indígena de sinais utilizada pelos surdos da etnia terena, anunciou, nesta semana, a Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Segundo a universidade, a obra, produzida por Ivan de Souza, em trabalho de conclusão do curso de licenciatura em Letras Libras, tem o propósito de fortalecer o reconhecimento e a preservação das línguas de sinais indígenas e é apresentada em formato plurilíngue, sinalizada também na Língua Brasileira de Sinais (Libras).

A UFPR lembra que comunicação por meio da língua materna é importante, pois ajuda a manter viva a cultura, a identidade e a história dos povos indígenas.

Nas aldeias da etnia terena, localizadas principalmente no Estado de Mato Grosso do Sul, a língua oral terena é amplamente utilizada. Os surdos dessa etnia também se comunicam com sinais diferentes dos pertencentes ao sistema linguístico utilizado pelos surdos no Brasil (Libras). Após diversas pesquisas, especialistas concluíram que esses sinais constituem um sistema autônomo, chamado língua terena de sinais.

Cultura indígena

O trabalho de conclusão do curso de licenciatura em Letras Libras da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve início em 2017, quando o estudante pesquisava a história dos surdos no Paraná, na iniciação científica.

De acordo com a universidade, todo o processo teve acompanhamento de pesquisadoras que já desenvolviam atividades com os terena surdos, usuários da língua terena de sinais. A comunidade indígena também teve participação ativa no desenvolvimento e depois, na validação da obra junto ao seu povo.

Para a indígena Maíza Antônio, professora de educação infantil, continuar pesquisando o tema é importante para que os próprios integrantes das aldeias entendam melhor os sinais utilizados por parte de seu povo.

Indígena da etnia terena, ela trabalha com a língua materna na escola da comunidade. “Nossos alunos têm optado por estudar na cidade, por não estarmos preparados para recebê-los em nossa escola. Essa história em quadrinhos servirá como material didático para trabalharmos com os alunos surdos e como incentivo para que nós, professores, busquemos novas ferramentas de ensino nessa área”, disse, em entrevista ao site da UFPR.

Sinalário

Souza e os especialistas que o auxiliaram no projeto também desenvolveram um "sinalário", isto é, um registro em Libras dos principais conceitos apresentados na narrativa visual e um glossário plurilíngue abrangendo palavras utilizadas no dia a dia da comunidade. “Levantamos os vocabulários que mais se repetiam e organizamos em uma planilha. Depois, buscamos localizar os sinais já existentes em sites e aplicativos. Filmamos os sinais e disponibilizaremos esse material no YouTube, com o objetivo de expandir o conhecimento sobre as línguas sinalizadas e de minimizar a barreira linguística”, explica.

De acordo com o autor, o trabalho tem relevância para os indígenas da comunidade terena e de outras etnias e para a sociedade em geral.

“Esse é mais um material disponível para os terena ensinarem sua história de forma acessível a ouvintes e surdos. É importante também para mostrar à sociedade como existem povos, culturas, identidades e línguas diferentes no país. E que essa diversidade precisa ser respeitada, preservada e valorizada”.

O jovem escritor tem esperança de que o trabalho possa despertar a sensibilidade para com os povos indígenas e para as demais línguas de sinais presentes no Brasil. Outro objetivo do autor é que, com o reconhecimento dessas línguas autônomas de sinais, torne-se possível que surdos indígenas tenham, de fato, o direito de serem ensinados em sua língua materna garantido, assim como apregoado na Constituição Federal. Ele pretende distribuir a HQ em escolas indígenas.

Segundo a UFPR, além de possibilitar a disseminação e a preservação da língua terena de sinais, a história tem o propósito de evidenciar a cultura e a história desse povo. O estudante cita uma das pesquisadoras que trabalhou com ele nesse projeto para definir o que pensa sobre o tema. “Cada língua reflete um modo de ver o mundo, um modo diferente de pensar. Se perdemos uma língua, perdemos possibilidades, perdemos a capacidade de criar, imaginar, pensar de um modo novo e talvez até mais adequado para uma dada situação”, indica Priscilla Alyne Sumaio Soares em sua tese de doutorado intitulada Língua Terena de Sinais. “Só podemos preservar aquilo que é registrado, e esse é um dos nossos objetivos, preservar uma pequena parte da história do povo terena por meio da HQ”, afirma Souza.

A história

HQ Língua Indígena de Sinais

A obra Sol: a pajé surda ou Séno Mókere Káxe Koixómuneti, em língua terena, conta a história de uma mulher indígena surda anciã chamada Káxe que exerce a função religiosa de pajé (Koixómuneti) em sua comunidade. Ao ser procurada para auxiliar em um parto e após pedir a bênção dos ancestrais para o recém-nascido, o futuro do povo terena é revelado e transmitido a ela em sinais. “A história mostra um pouco da rica cultura desse povo, as situações, consequências e resistência após o contato com o povo branco”, revela Souza.

Inspirada na história real do povo terena, a narrativa apresenta a comunidade em uma época em que ela ainda vivia nas Antilhas e era designada pelo nome Aruák.

A pajé Káxe, procurada por uma mulher em trabalho de parto, ajuda no nascimento do pequeno Ilhakuokovo.

Trajetória dos terena

HQ Língua Indígena de Sinais

A partir daí, a obra ilustra um pouco da trajetória desses indígenas e da sua instalação em território brasileiro. Buscando caminhos que levassem aos Andes, em meados do século XVI, os espanhóis estabeleceram relações com os terena, à época chamados de Guaná, na região do Chaco paraguaio. A chegada dos brancos acarretou muitas mudanças nas vidas dos indígenas, que procuraram, durante certo período, locais onde pudessem exercer seu modo de vida sem a influência da colonização.

Assim, esse povo chegou ao Brasil, no século XVIII, e se instalou na região do Mato Grosso do Sul. Mesmo em outras terras, os conflitos trazidos pela colonização ainda eram um problema. A Guerra do Paraguai envolveu os terena, que foram forçados a participar para garantir seus territórios e, no conflito, perderam muitos integrantes de sua comunidade. Após a guerra, questões territoriais continuaram causando embates. Nesse período, os terena se viram obrigados a trabalhar nas fazendas da região, situação que ocasionou a servidão dos indígenas.

Segundo a UFPR, com informações da Comissão Pró-índio de São Paulo, algumas famílias dessa população indígena se mantiveram às margens das fazendas, ocupando pequenos núcleos familiares irredutíveis à colonização. Foram essas ocupações que, regularizadas no início do século XX, formaram as Reservas Indígenas de Cachoeirinha e Taunay/ Ipegue.

A orientadora do trabalho e coordenadora do projeto de pesquisa institucional HQs Sinalizadas, Kelly Priscilla Lóddo Cezar, destaca que trabalhar com diferentes línguas envolve conhecimentos históricos com e sem registros escritos." É necessária uma grande entrega à pesquisa, e o Ivan fez isso com louvor. Além de encantar o povo terena com a HQ, os pesquisadores participantes e colaboradores se encantaram com seu empenho e sua autonomia invejável, permeados de humildade”.

As ilustrações da HQ foram feitas por Júlia Alessandra Ponnick, que é acadêmica do curso de Design Gráfico da UFPR, autora, ilustradora e roteirista de histórias em quadrinhos. A defesa do TCC de Souza está agendada para o fim de março, com o lançamento oficial da história.

HQs sinalizadas

O projeto da UFPR HQs Sinalizadas trabalha com temas transversais dos artefatos da cultura surda – história, língua, cultura, saúde. O objetivo é criar, aplicar e analisar histórias em quadrinhos sinalizadas como uso de sequências didáticas bilíngues para o ensino de surdos. Além da elaboração de material bilíngue capaz de auxiliar na aprendizagem, a proposta permite aprofundar os estudos linguísticos como prática social.

Todas as HQs produzidas pelo grupo apresentam vídeos sinalizados, desenhos, ilustrações e escrita do português. “Essas linguagens podem ser utilizadas, especialmente, quando a proposta destina-se a contemplar os temas transversais como ética, orientação sexual, meio ambiente, saúde, pluralidade cultural, trabalho e consumo, congregando professores e pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento”, sugere Kelly.

(Fonte: Agência Brasil)

Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no Parque Nacional do Itatiaia conseguiu reencontrar duas espécies de rãs endêmicas da Serra da Mantiqueira que não eram avistadas há décadas, no local. A missão de pesquisadores na área de conservação, localizada entre o Rio de Janeiro, Minas e São Paulo, é parte do projeto “Diversidade Desaparecida – Procura de espécies de anfíbios consideradas desaparecidas no Parque Nacional do Itatiaia”.

A primeira espécie reencontrada, em janeiro deste ano, foi a Hylodes regius que só havia sido avistada no fim da década de 70, no período em que foi descrita pela primeira vez, no ribeirão Brejo da Lapa, dentro do parque, no setor localizado no município mineiro de Itamonte.

Esta semana, os pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas anunciaram que avistaram novamente no parque outra espécie, Holoaden luederwaldti, ou rãzinha-verrugosa-da-serra-de-Luerderwaldt.

A última vez que havia sido avistada no parque foi também na década de 70. A espécie é encontrada também nas florestas de altitude de Campos do Jordão, também localizado na Serra da Mantiqueira.

“O achado é o resultado parcial de uma pesquisa mais ampla, que visa a descobrir o maior número possível de espécies que sumiram do parque há mais de 30 anos”, explica o professor Paulo Garcia, que coordena o projeto.

O projeto busca reencontrar também espécies como Hylodes glaberCrossodactylus grandisHoloaden bradei e Paratelmatobius lutzi, todas desaparecidas da região há mais de 30 anos.

(Fonte: Agêcia Brasil)

Elas amam as estrelas e estão ligadas ao universo, seja pela astronomia ou por áreas ligadas à ciência que estuda os astros – como a física, a matemática, a engenharia ou até mesmo a filosofia.

Desde que o mundo é mundo e que olhar para o céu também passou a ser um questionamento da dinâmica dos sistemas, as mulheres estão presentes nos debates e nos achados astronômicos.

Passaram, ao longo da história, por percalços que as colocaram em situação de desigualdade, como preconceitos e normas que as deixavam de fora da jogada. Caminham ainda. Mas, desbravadoras que são, enfrentaram, quebraram regras, construíram paradigmas para ter o direito de estudar, pesquisar, descobrir e grifar seus nomes nas estrelas.

Falamos aqui de Marias, Maries ou Marys, de mulheres do mundo todo. Falamos aqui de Hipátia ou Hipátia de Alexandria. Nascida no Egito, no século IV, que à frente do seu tempo se lançou aos cálculos matemáticos e pesquisas astronômicas, o que custou a sua própria vida, segundo relatos históricos.

Hipátia teve como inspiração o pai, que era diretor do Museu de Alexandria. Segundo conta a história, foi por incentivo dele que decidiu estudar e mais à frente lecionar. Deu aula em diversas áreas, como filosofia e matemática, até ocupar a direção da Academia de Alexandria, um cargo não conferido às mulheres do seu tempo.

Na astronomia, há relatos de que estudou a órbita dos planetas e até teria participado do projeto para a construção de um astrolábio, uma espécie de calculadora astronômica.

Por defender o raciocínio lógico, foi acusada de blasfêmia e, segundo historiadores, morta por extremistas.

As pesquisas atribuídas à Hipátia de Alexandria, e os principais registros da vida e obra dela se perderam com o grande incêndio da Biblioteca de Alexandria.

Hipátia é considerada a primeira matemática da humanidade e foi pelo ato de ensinar que teve seu nome ventilado ao longo dos séculos.

Séculos e milhares de quilômetros distante do Egito de Hipátia, falamos também da brasileira Patrícia Figueiró, que fez da multiplicação do saber projeto de vida, como pesquisadora em ciência e tecnologia, do Museu de Astronomia e Ciências Afins, ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações.

Doutora em Física, Patrícia atuou em pesquisas na área da astrofísica e em pesquisas com galáxias ativas, aquelas que hospedam um buraco negro supermassivo no centro e que estão em atividade. Também trabalhou com os aglomerados de galáxias, estudando esses objetos por meio das lentes gravitacionais. Mas hoje, o trabalho está focado na divulgação científica. ''Atualmente, no Mast, eu trabalho com divulgação científica. Mais especificamente com divulgação e popularização da astronomia. Então, no museu eu coordeno projetos que passam desde a formação inicial e continuada de professores na área da astronomia a também projetos de incentivo de jovens para as carreiras científicas que é o caso do projeto Meninas no Museu. Eu utilizo esta ciência para inspirar, motivar, esclarecer esta temática para a sociedade”, diz.

Patrícia destaca que a trajetória formativa e de pesquisa é muito solitária. Segundo ela que teve o sonho e desafio de fazer um doutorado em outro país, longe da família, este é um momento também de “se encontrar com a própria sombra. É a nossa garra e determinação que fazem a diferença neste processo que é tão solitário”, diz.

E como outras cientistas ao longo do tempo, se espelha na vivência e humanidade de outras cientistas da atualidade.

“No Instituto de Física e no Departamento de Astronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, temos a presença de mulheres muito fortes e muito capazes no que diz respeito à ciência. Entre elas, estão Thaisa Storchi e Miriani Pastoriza. A Thaisa Storchi foi minha orientadora, mulher incrível no sentido amplo da palavra mulher: três filhos, levando essa vida dupla de mãe e pesquisadora. E Miriani Pastoriza, que é argentina e saiu do país no período ditatorial, chegou ao Brasil em condições adversas e foi um dos grandes nomes da consolidação desta carreira da astronomia no Brasil, país que ela acabou adotando”.

Para as mulheres que amam as estrelas e para todas as outras, a cientista deixa um recado: “A astronomia é uma área para as mulheres porque somos capazes, inteligentes, dedicadas e aguerridas. Uma área ou profissão que não é para mulheres, ela não é para ninguém, não é para pessoa alguma”.

(Fonte: Agência Brasil)

JUVENTUDE MARANHENSE

Seguindo todas as recomendações sanitárias para a realização de eventos esportivos, a Federação Maranhense de Futebol 7 (FMF7) realizou as finais de mais três categorias de base referente à edição de 2020 do Campeonato Maranhense de Futebol 7: Sub-9, Sub-10 e Sub-14. As decisões ocorreram no campo da A&D Eventos e coroaram as equipes do Juventude Maranhense, do Cruzeiro São Luís e do Palmeirão.

Na decisão da categoria Sub-9, Juventude Maranhense e Afasca empataram por 1 a 1 no tempo normal. A igualdade no placar levou o jogo para a disputa de shoot out, em que a garotada do Juventude foi mais eficiente e venceu por 4 a 3 para conquistar o título.

CRUZEIRO

Na final do Sub-10, a garotada do Cruzeiro São Luís se impôs e conseguiu uma grande vitória sobre o Juventude Maranhense por 4 a 2. O grande destaque do jogo foi Paulo Gustavo, autor de dois dos quatro gols do time celeste.

PALMEIRÃO

Já na disputa do Sub-14, uma partida emocionante entre Escola Inovar e Palmeirão. A equipe da Escola Inovar chegou a abrir 1 a 0 com Maxsuel Martins, mas, nos minutos finais do duelo, João Daniel deixou tudo igual e levou a definição do confronto para as disputas de shoot out. A molecada do Palmeirão fez 1 a 0 e garantiu o título estadual.

Tudo sobre o Campeonato Maranhense de Futebol 7 está disponível no site (www.fut7ma.com.br) e nas redes sociais oficiais da federação (@fmf7ma).

PREMIAÇÕES INDIVIDUAIS

SUB-9:

Artilheiro: Adalton Gabriel (Afasca)

Melhor Goleiro: Andrew Guilherme (Afasca)

Melhor Técnico: Simão Neto (Juventude Maranhense)

SUB-10:

Artilheiro: Adriano Farias (Juventude Maranhense)

Melhor Goleiro: Kauaia Silva (Juventude Maranhense)

Melhor Técnico: Everaldo Leite (Cruzeiro São Luís)

SUB-14:

Artilheiro: Pedro Victor (Grêmio Maranhense)

Melhor Goleiro: Carlos Eduardo (Escola Inovar)

Melhor Técnico: Anderson Vieira (Palmeirão)

(Fonte: Assessoria de comunicação)

O ano era 2005. Na ocasião, a revista cultural Viva Música propôs a criação de um dia em homenagem à música clássica no Brasil. De acordo com a editora da publicação, Heloisa Fischer, tudo começou com uma constatação: ao contrário de outros gêneros, a música clássica não tinha um dia nacional de celebração.

“A ideia de propor esse dia nasceu de uma constatação nossa lá do Viva Música. Meu sócio, Luiz Alfredo Morais, foi quem me chamou atenção. Ele disse ‘porque não tem o dia da música clássica’, e eu falei ‘eu acho que não tem porque o pessoal ainda não pensou nisso. Vamos propor então’. E foi assim que nasceu a ideia”, relata.

Para decidir qual seria a melhor data, foi lançada uma consulta a profissionais do setor. Com o apoio de veículos, como a MEC FM e a Rádio Cultura FM, a consulta se expandiu a amantes do gênero. Com quase metade dos 7 mil votos totais, a data do nascimento do compositor Heitor Villa-Lobos (5 de março) foi a escolhida. A data foi incluída no calendário da cidade do Rio de Janeiro, no Estado do Rio de Janeiro e, em 2009, um decreto do governo federal instituía a data nacionalmente.

Desde então, o dia 5 de março é o Dia Nacional da Música Clássica. Para Heloisa, a data ajuda na divulgação do gênero e é uma justa homenagem a Villa-Lobos. “O dia ajuda a promover a música clássica e aumenta a visibilidade nos meios de comunicação.  A homenagem é justa. Villa-Lobos é o grande nome da música clássica no Brasil e um dos maiores nomes das Américas. É um gigante e representa muito bem o Brasil", diz. Confira a programação especial veiculada na Rádio MEC para marcar o dia.

A opinião de Heloísa é endossada por nomes de peso da música erudita nacional. Presidente da Academia Brasileira de Música (instituição que, por sinal, foi fundada por Villa-Lobos) e diretor da Sala Cecília Meirelles, o maestro João Guilherme Ripper destaca a importância de uma data para celebrar a música clássica brasileira e Villa-Lobos. “Villa-Lobos sintetiza a musicalidade brasileira. A obra sintetiza as vertentes europeia, africana, indígena. Isso tudo encontrou nele um gênio que colocou na pauta de uma forma realmente maravilhosa essa música que tanto nos representa”, afirma.

Ripper lembra que a influência de Villa-Lobos, que também era um “chorão” (músico de chorinho), também se estendeu à música popular do Brasil. “Ele encontrou um contraponto do violão no choro e a música de bar. A harmonia tem consequências na música popular. Quanto de Villa-Lobos nós encontramos em Tom Jobim?”, diz.

Para o compositor Henrique Machado, vencedor do Festival da Música Rádio MEC de 2017, o caráter da obra de Villa-Lobos torna mais justa ainda a homenagem: “Villa-Lobos tinha um lado nacionalista. De trazer paisagens em suas composições. Então, nada mais justo para um compositor que tinha o nacionalismo em suas obras ter o Dia Nacional da Música Clássica comemorado no dia do nascimento dele”.

Machado também relembra que a obra de Villa-Lobos ajudou no aprimoramento de sua técnica musical. “Tocar uma composição de Villa-Lobos é sinal de ter um nível mais avançado automaticamente. Porque, geralmente, não são peças fáceis de se realizar. Acaba servindo para medir o quão avançado um instrumentista é”, diz.

O músico, porém, destaca que o legado de Villa-Lobos vai muito além da técnica. “Pelo manuscrito dele, você vê o sentimento falando mais alto. Se você tem uma peça técnica, OK. Mas se tem uma peça com sentimento, é essa que toca o público. As músicas do Villa-Lobos tinham muito disso. Era um bom equilíbrio entre a parte técnica e sentimental. Até hoje eu escuto Melodia Sentimental e vou juntinho com a melodia do começo. E quando eu ouço a Valsa da Dor, eu choro. Eu sinto a dor da melodia”, relata.

Lobos/Arquivo

Homenageado no Dia Nacional da Música, Heitor Villa-Lobos nasceu em 5 de março de 1887, no Rio de Janeiro. Ele compôs, durante a vida, quase duas mil obras, dentre Bachianas Brasileiras, choros, concertos e obras para violão. Villa-Lobos morreu em 17 de novembro de 1959, também no Rio de Janeiro.

Para além de Villa-Lobos

Embora o Dia Nacional da Música Clássica homenageie o nascimento de Heitor Villa-Lobos, engana-se quem pensa que o gênero se limita ao compositor. A prova disso está em uma playlist de “clássicos da música clássica brasileira”, selecionada pela Rádio MEC. Na lista, há composições do século XIX até músicas contemporâneas.

(Fonte: Agência Brasil)

O Brasil depositou, na Organização das Nações Unidas (ONU), a carta de ratificação do Protocolo de Nagoia, que regulamenta o acesso e a repartição de benefícios, monetários e não monetários, dos recursos genéticos da biodiversidade. De acordo com nota conjunta dos ministérios das Relações Exteriores e do Meio Ambiente, o documento assinado pelo presidente Jair Bolsonaro foi entregue, nessa quinta-feira (4), à ONU.

O protocolo é um acordo multilateral acessório à Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), elaborada durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco-92), realizada no Rio de Janeiro em 1992. Ele foi concluído durante a 10ª Conferência das Partes da Convenção (COP-10), em 2010, em Nagoia, no Japão, e assinado pelo Brasil no ano seguinte, em Nova York.

O documento tem por objetivo viabilizar a repartição justa e equitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos da biodiversidade, como plantas, animais e micro-organismos, e dos conhecimentos tradicionais a eles associados. O tratado abrange pontos como pagamento de royalties, estabelecimento de joint ventures (associação de empresas), financiamentos de pesquisa, compartilhamento de resultados e transferência de tecnologias e capacitação.

Como é um tratado internacional, a entrada em vigor no Brasil dependia de aprovação do Congresso Nacional. Em agosto do ano passado, o documento foi então aprovado pela Câmara e pelo Senado e promulgado em decreto legislativo. “A entrega da carta de ratificação encerra um processo de debates que se estendia há anos no âmbito do governo federal e do Poder Legislativo. O engajamento do governo e o compromisso estabelecido entre representações do agronegócio e da área ambiental propiciaram a conclusão do processo de ratificação”, diz nota conjunta.

De acordo com o governo, o Brasil poderá participar das deliberações futuras no âmbito do protocolo, que ocorrerão já a partir da próxima Conferência das Partes da CDB, “na qualidade de país que dispõe de legislação avançada sobre biodiversidade e repartição de benefícios e que conta com um setor agropecuário moderno, com inestimáveis recursos genéticos derivados de seu patrimônio ambiental”.

Para os ministérios, a adesão do país ao Protocolo de Nagoia contribuirá para trazer segurança jurídica aos usuários e fornecedores de material genético e poderá desempenhar papel importante no processo de valorização dos ativos ambientais brasileiros, sobretudo no âmbito do pagamento por serviços ambientais e no desenvolvimento da bioeconomia.

“O Brasil reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e seu engajamento com o sistema multilateral, ao mesmo tempo em que persegue sua autonomia tecnológica e econômica e o fortalecimento da soberania sobre os recursos naturais em seu território”, finaliza a nota.

(Fonte: Agência Brasil)

Cientistas encontraram um planeta que orbita uma estrela relativamente próxima ao nosso sistema solar e que pode oferecer uma grande oportunidade para estudar a atmosfera de um planeta rochoso e semelhante à Terra, o tipo de pesquisa que poderia auxiliar na busca por vida extraterrestre.

Os pesquisadores afirmaram na quinta-feira que o planeta, chamado Gliese 486 b e classificado como uma "Super-Terra" não é em si um candidato promissor como um refúgio para a vida. Imagina-se que ele seja inóspito – quente e seco como Vênus, com possíveis rios de lava fluindo em sua superfície.

Mas a proximidade com a Terra e as características físicas o tornam um bom candidato para um estudo de atmosfera com os telescópios espaciais e terrestres de nova geração, começando com o Telescópio Espacial James Webb, que a Nasa deve lançar em outubro.  Esses devem fornecer aos cientistas dados para decifrar as atmosferas de outros exoplanetas – planetas que ficam além do nosso sistema solar – incluindo os que podem abrigar vida.

"Nós dizemos que o Gliese 486 b irá se tornar, instantaneamente, a Pedra de Rosetta da exoplanetologia – pelo menos para os planetas semelhantes à Terra", disse o astrofísico e coautor do estudo José Caballero, do Centro de Astrobiologia da Espanha, em referência à antiga placa de pedra que ajudou pesquisadores a decifrar os hieróglifos egípcios.

Cientistas descobriram mais de 4.300 exoplanetas. Alguns deles são gigantes de gás, similares a Júpiter. Outros são menores, rochosos, planetas mais parecidos com a Terra, o tipo que é considerado um potencial mantenedor da vida, mas os instrumentos científicos disponíveis atualmente nos dizem pouco sobre suas atmosferas.

"O exoplaneta precisa ter as configurações físicas e orbitais corretas para que seja elegível para investigação atmosférica", disse o cientista planetário Trifon Trifonov, do Instituto Max Planck para Astronomia, na Alemanha, principal autor da pesquisa publicada na revista Science.

(Fonte: Agência Brasil)

A lista de espera do Programa Universidade para Todos (Prouni) do 1º semestre de 2021 está disponível na página do programa. Prevista para sair nesta sexta-feira (5), a divulgação da lista foi antecipada para o fim da tarde de ontem (4), segundo o Ministério da Educação (MEC).

O prazo para os pré-selecionados comprovarem as informações da inscrição continua o mesmo: de 8 a 12 de março. Os documentos para comprovação devem ser entregues na instituição para a qual o estudante foi pré-selecionado. A instituição precisa entregar ao estudante o protocolo de recebimento da documentação.

“O candidato deve ficar atento quanto à exigência de entrega de documentos adicionais, caso seja julgada necessária pelo coordenador do Prouni na instituição. A perda do prazo ou a não comprovação das informações implicará na reprovação do candidato”, diz nota do MEC.

O Prouni é um programa de acesso ao ensino superior que oferece bolsas de estudo integrais, ou parciais, que cobrem 50% do valor da mensalidade, para estudantes de baixa renda.

O programa deste semestre utilizou as notas da edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019 por causa da alteração na data do exame de 2020 em decorrência da pandemia de covid-19. A seleção do Prouni para o 2º semestre de 2021 utilizará a nota do Enem de 2020.

O Prouni recebeu 599.223 inscrições no 1º semestre deste ano, sendo que cada candidato pode escolher até duas opções de curso. Foram ofertadas bolsas para 13.117 cursos de graduação em 1.031 instituições privadas de ensino superior no país. A oferta foi de mais de 162 mil bolsas de estudo. 

(Fonte: Agência Brasil)

Um campeonato de futebol marcou o encerramento das atividades da quarta edição do Projeto Educação e Esporte – Escolinha de Futebol, iniciativa patrocinada pelas Drogarias Globo e pelo governo do Estado por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, que beneficiou 60 crianças carentes moradoras do Bairro da Vila Conceição, em São Luís, nos últimos seis meses. A proposta do projeto é bem simples e, ao mesmo tempo, eficiente: une educação e esporte para formar cidadãos.

A competição, realizada no último fim de semana, contou com a participação de alunos da Escolinha Algarismo Romano, que abrilhantaram o Torneio Interno de encerramento de mais uma etapa do projeto. A disputa ocorreu na Associação dos Médicos e, para a garotada do Projeto Educação e Esporte, foi uma oportunidade de colocar em prática os ensinamentos adquiridos nos treinos.

Nessa edição do torneio, os meninos do Educação e Esporte levaram a melhor e conquistaram o título do Campeonato Interno. No fim, todas as crianças foram premiadas com medalhas e troféus. Houve, ainda, premiações individuais de Melhor Jogador, Melhor Goleiro e Artilheiro.

“Ficamos felizes em concluir mais uma fase desse projeto tão importante para a comunidade da Vila Conceição. Nosso objetivo é dar uma oportunidade para que esses meninos possam conhecer o esporte e, paralelamente a isso, incentivá-los a sempre estudar. Só temos a agradecer às Drogarias Globo e ao governo do Estado por acreditarem no projeto”, explicou o coordenador do projeto, Kléber Muniz

O projeto

Em execução desde 2016, o projeto já atendeu mais de 100 crianças. Ao chegara sua quarta edição, o Projeto Educação e Esporte – Escolinha de Futebol se consolidou como referência em todo o Estado. O grande diferencial dessa iniciativa é justamente conseguir levar educação e esporte para as crianças.

Durante o período de execução do projeto, semanalmente, as crianças participam dos treinos de futebol acompanhados por profissionais de educação física. Paralelamente ao trabalho desenvolvido em campo, a garotada recebe acompanhamento educacional, com aulas que servem como uma espécie de reforço escolar.

Material individual

Cada menino participante recebeu um kit individual com todos o material que eles utilizarão durante o período de execução do projeto. Além do uniforme completo (camisa, calção, meião, caneleira e chuteira), a garotada também recebeu um caderno para utilizar durante as aulas, garrafinhas para água e máscaras de pano. Nos treinos no campo, a garotada também contou com material coletivo novo adquirido pela Lei de Incentivo ao Esporte. São bolas, cones, coletes, pratinhos e outros itens.

Vale destacar que, devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Projeto Educação e Esporte – Escolinha de Futebol adotou todos os protocolos sanitários necessários para a realização das atividades educacionais e esportivas ao longo do projeto.

(Fonte: Assessoria de comunicação)