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Pela primeira vez, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá uma versão digital. A prova será aplicada de forma piloto para 96 mil candidatos em 99 municípios. Assim como no Enem impresso, os participantes terão que ir até o local de prova e, embora o exame seja feito pelo computador, os candidatos deverão levar caneta esferográfica da cor preta porque a redação será feita no papel.

Para esclarecer como será essa prova, a Agência Brasil conversou com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes. 

Presidente do Inep

“Houve, no passado, tentativas [de fazer o Enem digital], mas foram descontinuadas. A decisão de fazer o Enem digital neste ano foi tomada em 2019. Estamos conseguindo agora tirar o teste do papel, literalmente. Estamos muito animados com o Enem digital”, disse Lopes.

O exame será um pontapé inicial para mudanças no Enem. A intenção do Inep é que o exame se torne totalmente digital até 2026. As discussões e os testes para que isso seja possível ocorrem desde 2016.

O Enem digital será aplicado nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro, após o Enem impresso, que será nos dias 17 e 24 de janeiro. As provas serão realizadas em laboratórios de informática de escolas e universidades que já foram previamente testados pelo Inep. Ao todo, serão cerca de 4 mil laboratórios, com cerca de 20 computadores cada um. As máquinas terão acesso apenas à prova. Os estudantes não conseguirão, portanto, acessar a “internet” ou documentos do computador.

Apesar de ser feita em tela, os participantes deverão levar, como no Enem impresso, caneta esferográfica de tubo transparente da cor preta. A prova de redação será escrita à mão. Os estudantes também receberão folhas de rascunho para fazer os cálculos das provas de matemática e ciências da natureza. Eles não terão, no entanto, folhas de resposta. Os itens devem ser marcados pelo computador.

"A gente procurou, nesse momento, simular no ambiente digital o que acontece no papel. Então, o aluno vai poder, por exemplo, ir na questão mais à frente, pode voltar. No final, ele vai marcar e quando der o sinal que finalizou a prova, o sistema trava o preenchimento do gabarito. Aí pronto, não vai mais poder mexer e a prova vai vir direto para o Inep”, explica o presidente.

Os horários do Enem digital serão os mesmos do Enem impresso. Os portões abrem às 12h e fecham às 13h. A prova começa a ser aplicada às 13h30. No primeiro dia, os participantes, assim como no exame em papel, fazem as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e ciências humanas e suas tecnologias. Nesse dia, a prova vai até as 19h. No segundo dia, os candidatos têm até as 18h30 para resolver questões de ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias.

Além dos aplicadores, nas salas de prova, os candidatos contarão com a assistência de um técnico em informática. “Se tiver algum problema no computador, o técnico pode tentar resolver imediatamente naquele computador. Se não puder, ele vai logar numa outra máquina, teremos máquinas reserva. Se não conseguir mesmo assim, se tiver problema ou se demorar demais para resolver, aí esse aluno vai poder participar da reaplicação da prova em papel”, explica Lopes.

Da mesma forma que os estudantes que farão o Enem impresso apenas poderão sair com a prova meia hora antes do fim da aplicação, também os estudantes que fizerem o Enem digital, só poderão sair com a folha de rascunho 30 minutos antes do fim da aplicação. Eles podem anotar as respostas ali, para posteriormente conferir o gabarito oficial, que deverá ser divulgado para essa versão do exame até o dia 10 de fevereiro. 

As questões da prova serão diferentes das do Enem impresso. No entanto, como a prova utiliza o sistema de correção baseado na chamada teoria de resposta ao item (TRI), as provas terão o mesmo nível de dificuldade, e os estudantes poderão concorrer juntos às mesmas vagas em programas que dão acesso ao ensino superior, como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em instituições públicas e o Programa Universidade para Todos (Prouni), que oferece bolsas de estudos em instituições privadas.  

Pandemia

As medidas de segurança adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus serão as mesmas tanto no Enem impresso quanto no Enem digital. Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Quem for diagnosticado com covid-19, ou apresentar sintomas dessa ou de outras doenças infectocontagiosas até a data do exame, não deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Inep pela Página do Participante, ou pelo telefone 0800-616161, e terá direito a fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

(Fonte: Agência Brasil)

O ano de 2021 começou em ritmo de férias no mundo dos jogos e esporte eletrônicos. Enquanto isso, que tal dar uma olhada em alguns dos “games” mais aguardados para os próximos 12 meses?

Acredito que a relação abaixo reúne títulos que podem despontar como sucesso de vendas e reunir críticas positivas, capazes de repercutir e influenciar jogadores e indústria. É claro que é difícil adivinhar o futuro. Por isso, não há como prever eventuais surpresas, incluindo jogos de estúdios menores que, no boca a boca, viram a sensação do momento (em 2020, tivemos Among Us e Fall Guys, só para citar alguns).  

Hitman 3

O jogo de espionagem da IO Interactive, fecha a trilogia que revitalizou a franquia na geração passada. Jogado na perspectiva de uma terceira pessoa, o usuário controla o agente secreto 47 em várias missões ao redor do mundo. Entre as locações já confirmadas no “game”, estão Dubai (Emirados Árabes Unidos), Dartboor (Inglaterra), Berlin (Alemanha) e Chongqing (China). Disponível em PC/PS4/PS5/Xbox One/Xbox Series/Switch. Lançamento previsto: 20 de janeiro de 2021.  

Super Mario 3D World + Bowser's Fury

O jogo de plataforma do Mario era uma das joias perdidas do Wii U, o fracassado console da Nintendo, e que, agora, ganha uma segunda chance no Switch. O “game” virá com conteúdo novo chamado Bowser's Fury. A Nintendo ainda não detalhou o que seria isso, mas espera-se que seja um novo mundo com ainda mais fases. Disponível em Switch. Lançamento previsto: 12 de fevereiro de 2021. 

Halo Infinite

Previsto para ser um dos títulos de lançamento do Xbox Series X/S em novembro de 2020, a franquia “máster” da Microsoft sofreu bastante críticas quando as primeiras imagens foram divulgadas. Muitos diziam que não apresentava novidades, e que o visual não fazia jus nem mesmo ao Xbox One, que dirá de um “videogame” de nova geração. O personagem Craig, símbolo dessas críticas, virou até “meme”. Depois da repercussão negativa, a desenvolvedora 343 Industries preferiu adiar o lançamento em um ano. A expectativa é que o jogo seja lançado apenas no último trimestre. Disponível em Xbox One/Xbox Series/PC. Lançamento previsto: segundo semestre de 2021 

Horizon Forbidden West

Um dos melhores títulos do PlayStation 4, o jogo de RPG e ação em terceira pessoa ajudou a consolidar uma tendência de protagonistas femininas nos “games” a partir de 2017 (embora esteja longe de ser o primeiro com essa característica, vale reforçar). Forbidden West trará um mapa ainda maior que o primeiro, em um cenário pós-apocalíptico inspirado na costa oeste dos Estados Unidos.Disponível em PS4/PS5. Lançamento previsto: segundo semestre de 2021. 

Rainbow Six Quarantine

O mais novo título da antiga franquia de “games” de tiro da Ubisoft teve o lançamento adiado para março de 2021. Até hoje, porém, a desenvolvedora não divulgou nenhuma imagem de “gameplay”, apenas um “trailer” conceitual. Diferentemente do Siege, último jogo da franquia lançado em 2015, Quarantine vai investir mais em missões cooperativas. Fica a dúvida, portanto, se Quarantine será utilizado na cena esportiva de Rainbow Six. Disponível em PC/PS4/PS5/Xbox One/Xbox Series. Lançamento previsto: 2021 

Far Cry 6

Outro jogo de tiro da Ubisoft, focado em experiência “single-player off-line”, Far Cry 6 traz uma história situada no fictício país Yara, um paraíso tropical baseado em Cuba. Far Cry 6 deveria chegar às lojas em fevereiro, mas, agora, foi adiado indefinidamente; A empresa revelou que os trabalhos ficaram comprometidos em razão da pandemia de covid-19. Disponível em PC/PS4/PS5/Xbox One/Xbox Series. Lançamento previsto: 2021  

Gotham Knights

Situado na franquia Arkham, o jogo é desenvolvido pela mesma equipe por trás de Batman: Arkham Origins, “spin-off” da série bem-sucedida da Rocksteady Studios. Gotham Knights deixa o homem-morcego de lado e permite ao jogador controlar sozinho ou cooperativamente os heróis Asa Noturna, Batgirl, Robin/Tim Drake e Capuz Vermelho em uma Gotham em mundo aberto. Disponível em PC/PS4/PS5/Xbox One/Xbox Series. Lançamento previsto: 2021  

Hollow Knight Silksong

O simpático jogo de plataforma do estúdio independente Team Cherry, da Austrália, encantou e se tornou sucesso de vendas por onde passou. Ele retorna em uma sequência, antes prometida como expansão do título original, mas que, agora, sairá como um “game” independente. Entre as novidades, há um sistema de missões opcionais onde será possível monitorar as tarefas já realizadas. Disponível em PC/Switch. Lançamento previsto: 2021  

Resident Evil Village

A mais famosa série de terror do mundo dos “games” promete ser uma mistura do Resident Evil 7, com um “gameplay” mais voltado a provocar sustos no jogador: Resident Evil 4, que trazia uma ambientação em uma vila dominada por zumbis. Assim como o título antecessor, Village é um jogo em primeira pessoa que continua a narrar os eventos protagonizados pelo engenheiro de sistemas Ethan Winters. Os desenvolvedores prometem que a vila funcionará quase como um "personagem à parte". Disponível em PC/PS5/Xbox Series. Lançamento previsto: 2021.   

Elden Ring

Única propriedade intelectual nova da lista, Elden Ring promete ser o novo arrasa-quarteirão da japonesa FromSoftware, estúdio mais conhecido pela série "Souls" e também por sucessos como Bloodborne e Sekiro: Shadows Die Twice. Todos os jogos, aliás, são no mesmo estilo: ação e aventura focada em combates de dificuldade extrema. A novidade, dessa vez, é uma história criada pelo novelista George R. R. Martin, criador dos livros da série Game of Thrones. Disponível em PC/PS4/Xbox One. Lançamento previsto: indefinido.  

New Pokémon Snap

O simpático jogo cujo objetivo é simplesmente tirar fotos de Pokémon está de volta após um hiato de mais de 20 anos. O primeiro e único Pokémon Snap foi lançado em 1999, para o Nintendo 64 e, desde então, nunca ganhou nenhuma continuação. A expectativa é que o “game” seja mais do mesmo, mas com um “gameplay” tão diferente – poucas vezes replicado pela concorrência, aliado a personagens carismáticos – quem somos nós para reclamar? Pelo menos, dessa vez, teremos centenas de novas opções de monstrinhos para fotografar e gráficos atualizados para em alta definição. Sem falar na possibilidade de jogar na tela portátil. Disponível em Switch. Lançamento previsto: indefinido.  

Diablo IV

Novo capítulo da terceira franquia de “games” para PC mais vendida do mundo (perde só para Minecraft e PUBG), Diablo IV foi anunciado na Blizzcon de 2019 e, desde então, muito pouco foi divulgado sobre o título. A nova sequência do ícone dos RPGs de masmorra vai permitir que o jogador percorra cinco regiões e trará desafios criados de forma aleatória e única para cada jogador. Disponível em PC/PS4/Xbox One. Lançamento previsto: indefinido.  

The Legend of Zelda: Breath of the Wild 2

O primeiro BotW é um ícone da última década de “games”, elevando a franquia de jogos de aventura já muito bem conceituada a patamares ainda maiores. Quase quatro anos após o lançamento, ele ainda aparece em lista de mais vendidos, um feito raro alcançado por poucos. A expectativa para a sequência, portanto, não poderia ser outra. Mas, a julgar pelo excesso de preciosismo da Nintendo (muito justificado, como se vê), não me surpreenderia se o título só saísse em 2022. Disponível em Switch. Lançamento previsto: indefinido. 

God of War: Ragnarok

O estúdio Santa Monica, responsável por revitalizar a franquia que já estava cansada aos olhos do público, anunciou uma continuação no ano passado. Mas sem mostrar uma imagem sequer do jogo senão a logomarca, é de se esperar que Ragnarok também só chegue às lojas em 2022, ou depois. O “game” que colocou o anti-herói da mitologia grega em meio aos deuses da mitologia nórdica continua os eventos do título anterior com uma história inspirada no apocalipse retratado nas lendas escandinavas. Disponível em PS5. Lançamento previsto: indefinido.

(Fonte: Agência Brasil)

O forró perdeu, na madrugada de hoje (7), um de seus maiores ícones: o cantor e compositor Genival Lacerda, aos 89 anos, em decorrência da covid-19. A notícia foi divulgada por parentes nas redes socais. Lacerda estava internado na unidade de terapia intensiva do Hospital da Unimed, no Recife, desde o fim de novembro.

Nascido em Campina Grande, no ano de 1931, cidade que é considerada a capital do forró na Paraíba, Lacerda foi autor de sucessos como “Severina Xique Xique”, “De quem é esse jegue?” e “Radinho de Pilha”, em meio aos cerca de 70 discos lançados por ele – o primeiro deles, gravado em 1955, quando já havia se mudado para Pernambuco.

Incentivado por seu concunhado, o músico Jackson do Pandeiro, Lacerda se mudou para o Rio de Janeiro em 1964, onde trabalhou em algumas casas de forró. O salto na carreira só veio em 1975, quando lançou a música “Severina Xique-Xique” – famosa pelo verso "ele tá de olho é na butique dela", feita em parceria com João Gonçalves. O disco vendeu cerca de 800 mil cópias.

AVC e covid-19

Em maio, antes de ser contaminado pelo novo coronavírus, o músico já havia sofrido um acidente vascular cerebral (AVC).

Genival Lacerda vinha apresentando piora em seu quadro de saúde nos últimos dias, a ponto de a família usar as redes sociais para pedir que as pessoas doassem sangue para ajudá-lo.

(Fonte: Agência Brasil)

A Japan House São Paulo irá apresentar a partir desta quinta-feira (7), no metrô da capital paulista, uma mostra itinerante de fotografias. A exposição começará na estação Luz, e, em fevereiro, estará na estação Paulista. 

O evento é realizado em parceria com a ViaQuatro, concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 4 – Amarela de metrô.

Composta por 20 telas, divididas em 10 painéis, a exibição reúne fotografias que fazem uma retrospectiva das exposições vistas na instituição nipônica desde a sua inauguração, em maio de 2017.

“A seleção das imagens ressalta a diversidade temática e os universos do Japão, e revela ao público que circula pelas estações alguns nomes da arte, da moda, da cultura dos mangás e da arquitetura japonesa”, destacou, em nota, a Japan House.  

Estarão presentes, na mostra, o trabalho do fotógrafo Naoki Ishikawa, com Japonésia, que traz as paisagens e a cultura do arquipélago japonês; a arte do designer de moda Tomo Koizumi, e Bambu – Histórias de um Japão, a primeira exposição da Japan House São Paulo. 

(Fonte: Agência Brasil)

O Brasil conta com 100,1 milhões de leitores, em um universo de mais de 200 milhões de habitantes, e esse grupo vem diminuindo com o passar do tempo. De acordo com a última edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita com dados de 2019, registrou-se uma diferença de 4,6 milhões de pessoas em relação a 2015.

Os resultados da pesquisa, elaborada pelo Instituto Pró-Livro e o Itaú Cultural, lembram alguns dos entraves para se manter o hábito de leitura no país, que voltam à tona em datas como a comemorada hoje (7), Dia do Leitor. A celebração é uma homenagem à fundação do jornal cearense “O Povo”, que foi criado, em 7 de janeiro de 1928, pelo poeta e jornalista Demócrito Rocha.

Além do valor dos livros, que os tornam artigo de luxo para os mais pobres, e da correria do dia a dia, que acaba dificultando o hábito da leitura, ainda faltam recursos de acessibilidade. Tal lacuna também é percebida em um dos formatos mais queridos dos brasileiros: os gibis ou as histórias em quadrinhos. Juntos, eles representam uma parcela significativa de material de leitura com que o brasileiro tem contato todos os dias ou, pelo menos, uma vez por semana, conforme revela a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil.

A pesquisa mais recente do Instituto Pró-Livro e Itaú Cultural também mostrou que 2% dos entrevistados classificados como não leitores de livros informaram que a razão pela qual não leram nos últimos três meses foi porque têm problemas de saúde/visão. Entre os entrevistados qualificados como leitores, a pergunta não foi aplicada. 

Pesquisa

Os obstáculos de se traduzir histórias em quadrinhos para pessoas com deficiência visual foi o enfoque dado pelo pesquisador Victor Caparica à sua tese de doutorado, desenvolvida na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). O trabalho venceu o Prêmio Unesp de Teses na categoria Sociedades Plurais.

Caparica perdeu, primeiro, a visão de um olho apenas, tornando-se o que se chama de monocular, até que, uma década depois, acabou ficando sem enxergar de modo absoluto. Ele integra a parcela de 3,6% da população brasileira que tem deficiência visual. Conforme menciona o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Nacional de Saúde, 16% das pessoas com esse tipo de deficiência apresentam um grau muito severo, que os impede de realizar atividades habituais, como ir à escola, trabalhar e brincar.

Segundo Caparica, a audiodescrição não é algo semelhante à tradução, mas consiste, "categoricamente", em traduzir. Isso significa que implica o mesmo grau de percalços e questionamentos de outros tipos de tradução, como a literária. O processo que se configura é "a transposição de um enunciado de uma perspectiva visual (que uma pessoa com deficiência visual não pode avaliar) para uma perspectiva não visual".

"Não há nenhuma diferença qualitativa ou quantitativa observável entre a tradução de uma pessoa que traduz um poema de um idioma para outro e uma audiodescrição, são os mesmos desafios, a mesma atividade, são as mesmas competências que se espera do profissional", diz.

"Inclusive, na área de letras, é relativamente conhecido o termo da tradução intersemiótica, e eu uso bastante essa expressão na pesquisa, que é justamente quando você está traduzindo um enunciado de uma forma de construção de sentido, que a gente chama de semiose, de uma semiose pra outra. Então, é de uma forma de construir significados pra outra forma de construir significado".

Em seu trabalho acadêmico, Caparica pontua que aproveitar a simples sucessão de quadros não seria o suficiente para uma narração, reflexão que fez a partir de sua dupla experiência, como leitor de histórias em quadrinhos visual e como consumidor do produto audiodescrito. E foi nesse sentido que desejou contribuir.

O pesquisador argumenta, ainda, que "a audiodescrição exige a cooperação entre um audiodescritor que enxerga e um consultor que não enxerga". Por isso, para desenvolver sua tese, a companheira de Caparica, Letícia Mazzoncini Ferreira, formou-se como audiodescritora para colaborar com o projeto.

"Quem consome a audiodescrição não pode produzi-la, quem precisa, seu público-alvo. E quem a produz não é seu público-alvo. Isso cria uma lacuna, um abismo comunicacional que precisa ser suplantado. É necessário que se construa uma ponte por cima desse precipício que separa o público da produção", diz.

"Eu ainda consigo cumprir, como profissional, uma série de papéis da audiodescrição, por uma coincidência de elementos da minha formação pessoal e profissional, acabei acumulando algumas competências múltiplas na área de audiodescrição. Além de ser consultor e produtor de conteúdo audiodescrito, sou também locutor profissional e também faço a parte de edição e mixagem de áudio. Então, três quartos do trabalho com a produção de audiodescrição eu, como público-alvo, consigo estar lá e fazer, mas esse um quarto que falta é o papel mais importante de todos, que é o de audiodescritor, que faz efetivamente a tradução", emenda.

Audiodescrição pelo mundo

Caparica destaca, em sua tese, três localidades que considera avançadas, em termos de audiodescrição: os  Estados  Unidos, o  Reino  Unido e a Espanha. No território estadunidense, por exemplo, o rádio foi fundamental para a difusão desse tipo de técnica, que começou pelo teatro, com peças sendo transmitidas por diversas estações.

"Costumo dizer que a audiodescrição começou com o rádio. Aí, você vai dizer: radionovela. A radionovela não é o caso, porque já foi concebida para ser áudio, mas as locuções esportivas no rádio, não. O primeiro caso de audiodescrição profissional que você vai encontrar são os locutores futebolísticos, que faziam audiodescrição em tempo real do que estava acontecendo no estádio. Sem dúvida, o rádio teve, em muitos lugares, uma relação muito próxima com a audiodescrição e é ainda subutilizado nesse sentido. Se considerar a estrutura de pessoas que tem um radinho FM em casa e, mesmo quem não tem, quanto custa um hoje? Tem uma facilidade de estrutura e de se transmitir esse conteúdo de forma acessível e com tanta facilidade por essa mídia. Acho que é muito subutilizada pelo que poderia ser, hoje, no século XXI", pontua Caparica.

Enquanto nos Estados Unidos há uma lei federal que fortalece a consolidação do recurso, no Brasil, avalia ele, "a prática é incipiente".

O que falta, afirma, é a robustez e a estabilidade de políticas públicas. Caparica afirma que a audiodescrição no país ainda precisa ser aprimorada, embora não esteja "estagnada" e que a capacitação profissional deve, necessariamente, beneficiar demandas específicas do idioma.

"Não existe, nunca existiu, no Brasil, uma política nacional para pessoa com deficiência. Política nacional não é projeto de governo, porque isso, esse partido faz e o próximo desfaz. Política nacional é como se teve, por exemplo, a de alfabetização no Brasil. Foi um projeto que foi abraçado e nenhum governo que veio depois achou que fazia sentido desfazer ".

Por isso, toda iniciativa é sempre individual, pontual, é sempre quem consegue fazer alguma coisa e, dentro dessas possibilidades, dessa limitação, o que o Brasil conseguiu fazer foi produzir audiodescrição no começo desse século só, colocando a gente com certo atraso na coisa. A gente demorou muito para regulamentar a profissão de audiodescritor. Um curso de audiodescritor ainda não tem nenhuma regulamentação. Então, é feito de maneira muito informal. Os melhores, inevitavelmente, vão replicar o modelo de cursos do exterior já consagrados", finaliza. 

Retrato da leitura e o gosto por quadrinhos

Para obter os dados apresentados no levantamento do Instituto Pró-Livro e do Itaú Cultural, equipes percorreram 208 municípios, entre outubro de 2019 a janeiro de 2020. Ao todo, 8.076 pessoas foram consultadas, sendo divididas entre leitores, que são aqueles que leram um livro integral ou parcialmente nos últimos três meses, e não leitores, classificação que designa aqueles que declararam não ter lido nenhum livro nos últimos três meses, mesmo que tenha lido nos últimos 12 meses.

A simpatia pela Turma da Mônica fica evidente nas respostas. Os gibis foram uma das 37 obras mais citadas. Além disso, Maurício de Sousa, criador dos personagens do gibi, também figura entre os autores mais lembrados e adorados.

Também se observa que, entre estudantes, a proporção de gibis e histórias em quadrinhos é maior (16%) do que a registrada entre não estudantes (8%). A média nacional é de 8%.

Pode-se imaginar também que, ao estar na universidade, os jovens acabem abandonando os gibis e quadrinhos, mas acontece exatamente o oposto. Ao todo, 14% dos entrevistados com esse nível de escolaridade declararam que os leem, contra 13% das crianças que cursam o fundamental I (1ª à 4ª série ou 1º ao 5º ano), 12% dos que estão no ensino fundamental II (5ª à 8ª série ou 6º ao 9º ano) e 8% dos alunos do ensino médio.

Em relação à faixa etária, observa-se que os grupos que mais folheiam gibis e histórias em quadrinhos são pessoas com 5 a 10 anos de idade (22%) e de 11 a 13 anos (21%). As que manifestam menos interesse são idosos com 60 anos ou mais (1%), com 50 a 59 (7%) e 30 a 39 (8%).

(Fonte: Agência Brasil)

Começa, hoje (6), a 3ª edição do Festival de Arte Vale do Paraíba, neste ano homenageando a dupla de viola caipira Pena Branca e Xavantinho. O repertório construído em quase quarenta anos de carreira pela dupla será revisitado por 20 artistas até o próximo domingo (10).

Pena Branca e Xavantinho iniciaram a carreira em 1962, em Minas Gerais. Em 1968, a dupla se mudou para São Paulo, onde conseguiu abrir caminho para o sucesso. “Foram descobertos pela Inezita Barroso. Chamavam ela carinhosamente de madrinha”, comenta a idealizadora do festival, Ivete Nenflidio.

A dupla ganhou espaço ao trazer canções MPB para a viola caipira. Entre as versões mais conhecidas, estão “Morro Velho”, de Milton Nascimento, e “Ciúme”, de Caetano Veloso. “Quem teve a oportunidade de conhecer e trabalhar com a dupla, além do trabalho de resgate cultural que eles faziam, eles eram pessoas muito generosas”, conta Ivete, que trabalhou com ambos. Xavantinho morreu em 1999, e Pena Branca, em 2010.

A cultura popular também era uma influência muito presente no trabalho da dupla. “Todo álbum que eles lançavam, eles escolhiam uma folia de reis. Eles eram muito próximos com esse universo, com essas questões religiosas”, enfatiza a produtora da mostra ao explicar que a própria data de início do festival foi pensada para coincidir com o Dia de Reis (6 de janeiro). 

Como assistir

Devido à pandemia do novo coronavírus, todo o festival será apresentado, neste ano, pela “internet”, podendo ser assistida pela página do evento, onde também está disponível a programação completa, ou pelos canais no YouTube e Facebook.

A abertura será hoje, às 20h, com um solo do violeiro e compositor Fábio Miranda. Sobem ao palco ainda nomes como Claudio Lacerda, Ricardo Zoyo, Priscila Brigante, Ana Rodriguês, Osni Ribeiro e Arnaldo Silva.

No último dia, o luthier Luciano Queiroz faz uma oficina sobre a constituição da viola caipira. Ainda no domingo, a programação se expande para além dos violeiros, com grupos de folia de reis, jongo e maracatu.

A expectativa da organização é que o festival possa chegar à televisão aberta após as apresentações “on-line”. “Mais de 70% no publico presente no festival eram pessoas acima de 50 anos”, diz Ivete sobre a plateia que acompanhou as duas edições anteriores nos municípios do Vale do Paraíba, interior paulista.

Como os idosos são maioria entre os expectadores, a idealizadora espera conseguir espaço em TVs públicas para atender melhor a esse público. “A gente sabe que o público idoso tem um pouco de dificuldade para acessar as plataformas digitais”, ressalta.

(Fonte: Agência Brasil)

Ministério da Educação (MEC) homologou as novas diretrizes curriculares nacionais (DCN) para a educação profissional e tecnológica (EPT). Aprovado em novembro, o documento orienta os sistemas e as instituições de ensino públicas e privadas que ofertam cursos da modalidade em todos os níveis.

A portaria com as novas diretrizes foi publicada no “Diário Oficial da União”, na última segunda-feira (4).

As novas diretrizes substituem dois documentos que se referiam a cursos de EPT em níveis distintos. O novo documento aborda desde cursos de qualificação profissional, passando pela formação técnica de nível médio, até chegar aos cursos tecnológicos de graduação e pós-graduação, no planejamento, no desenvolvimento e na avaliação da EPT, presencial e a distância.

De acordo com o parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) que aprovou as novas diretrizes, a revisão do documento foi necessária em razão das mudanças trazidas pela Lei nº 13.415/2017, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases (LDB).

As alterações flexibilizaram a organização curricular do ensino médio “por itinerários formativos, que deverão ser organizados por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino”, inclusive por meio de um itinerário dedicado à formação técnica e profissional.

No caso da EPT, a perspectiva dos itinerários formativos ocorre de acordo com os eixos tecnológicos em que se subdividem os cursos. Dos 13 eixos existentes, os que atualmente reúnem mais matrículas em cursos técnicos são: ambiente e saúde; gestão e negócios; controle e processos industriais; informação e comunicação.

O parecer diz ainda que as alterações ocorreram em razão da necessidade de se alinhar às demandas dos setores produtivos e também para responder, adequadamente, aos atuais desafios apresentados às instituições e sistemas de ensino do país, em especial, quanto à oferta de novas alternativas de profissionalização dos novos trabalhadores.

Em novembro, o CNE também havia aprovado as alterações no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Instrumento que serve de referência para instituições e redes de ensino para a oferta de cursos técnicos, o catálogo inclui todos os cursos reconhecidos pelo MEC e também especifica as necessidades de aprendizado para cada área.

A versão atual, finalizada após consulta pública, registra 215 cursos distribuídos em 13 eixos tecnológicos, com informações sobre perfil profissional dos egressos, campos de atuação, carga horária e legislações profissionais correlatas, entre outros.

A versão anterior, que é de 2014, apresenta uma relação de 227 cursos, também divididos em 13 eixos.

(Fonte: Agência Brasil)

Depois de ser interrompida em março por causa da pandemia do novo coronavírus, a mostra de filmes “Fellini, Il Maestro” está de volta ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em São Paulo. A retrospectiva do cineasta italiano Federico Fellini começa hoje (6) e continua até o dia 18 de janeiro, de forma presencial e gratuita, no CCBB, no centro da capital paulista.

A mostra marca o centenário de nascimento de Fellini, celebrado em 20 de janeiro. A retrospectiva tem curadoria de Paulo Ricardo Gonçalves de Almeida.

“Federico Fellini é reconhecido como um dos maiores e mais influentes cineastas de todos os tempos, cujos filmes, que trazem um olhar altamente pessoal e idiossincrático sobre a sociedade, são uma combinação única de memória, sonhos, fantasia e desejo. O adjetivo felliniano é sinônimo de qualquer tipo de imagem extravagante, barroca ou fantasiosa no cinema ou na arte em geral”, disse o curador.

Nesta segunda fase da mostra, serão exibidos 12 filmes do diretor italiano, entre eles, “A Doce Vida” (1960), vencedor da Palma de Ouro, em Cannes. Também serão exibidos “Abismo de um Sonho” (1952), o primeiro longa-metragem dirigido sozinho por Fellini, e “A Estrada da Vida” (1954), premiado com o Oscar de melhor filme estrangeiro.

A entrada para os filmes deve ser reservada com antecedência no “site” da Eventim.

(Fonte: Agência Brasil)

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizou, hoje (5), o cartão de confirmação de inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por meio do qual os inscritos podem consultar o local onde devem fazer a prova.

O cartão está disponível desde o início da manhã, segundo o Inep. No documento, constam também informações como número de inscrição e o registro da hora e data do Enem. Consta, ainda no cartão, a confirmação de que o participante que pediu atendimento especializado será atendido. O mesmo cartão serve para o inscrito que solicitou o tratamento pelo nome social.

O inscrito pode consultar o cartão na Página do Participante e também pelo aplicativo oficial do Enem. O Inep aconselha quem vai fazer as provas que imprima o documento e leve no dia de realização do exame e o documento oficial com foto.

Segundo o Inep, o sistema tem funcionado sem problemas, e algumas reclamações em redes sociais sobre dificuldade de acesso podem ter sido causadas por tentativas de acesso durante a madrugada, quando o cartão de confirmação ainda não estava disponível. 

Datas

A atual edição impressa do Enem será nos dias 17 e 24 de janeiro. Num projeto piloto, o exame será realizado também numa versão digital para 100 mil inscritos, desta vez nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Ao todo, 5.783.357 inscritos foram confirmados.

Em alguns casos específicos, como quando houver problemas estruturais no local das provas, o exame poderá ser reaplicado. As datas para isso são 24 e 25 de fevereiro. Nessas datas, as provas serão aplicadas também para as pessoas que estiverem privadas de liberdade. Em todas as situações, o resultado do Enem está marcado para ser divulgado em 29 de março.

As datas da atual edição do Enem foram divulgadas em junho, após o Ministério da Educação anunciar o adiamento do exame, que seria realizado em novembro, em razão da pandemia de covid-19. À época, estudantes fizeram campanha para que o governo ou o Congresso adiassem as provas. 

Reaplicação por doença

Também poderá pedir para participar da reaplicação da prova em fevereiro quem estiver diagnosticado com covid-19, nas primeiras datas de realização das provas. A solicitação poderá ser feita na Página do Participante do Enem.

Esse mesmo procedimento serve para outras doenças infectocontagiosas. São elas: coqueluche, difteria, doença invasiva por “Haemophilus influenza”, doença meningocócica e outras meningites, varíola, Influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola e varicela.

O Inep orienta o participante que seja acometido por sintomas de qualquer dessas doenças no dia ou na véspera da realização do Enem a entrar em contato também pela Central de Atendimento, no número 0800-616161, de modo a agilizar a análise do caso.

(Fonte: Agência Brasil)

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) vai oferecer 93 mil vagas em 2021. Com isso, o aporte financeiro do Ministério da Educação (MEC) será de R$ 500 milhões para viabilizar as vagas. Esses números estão no Plano Trienal do Fundo de Financiamento Estudantil, publicado no último dia de dezembro.

O plano traz a previsão para os próximos três anos. Nesse período, serão ofertadas, no total, 279 mil vagas. O Fies é o programa do governo federal que tem como meta facilitar o acesso ao crédito para financiamento de cursos de ensino superior oferecidos por instituições privadas. Criado em 1999, ele é ofertado em duas modalidades desde 2018, por meio do Fies e do Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies).

O período de inscrições para o processo seletivo do Fies para o 1º semestre de 2021 é do dia 26 até as 23h59 de 29 de janeiro de 2021. O resultado será divulgado no dia 2 de fevereiro. Para os pré-selecionados em chamada única, o prazo para complementar a inscrição é de 3 a 5 de fevereiro.

Os candidatos não pré-selecionados na chamada única do Fies podem disputar uma das vagas ofertadas por meio da lista de espera. Todos os não pré-selecionados na chamada única serão, automaticamente, incluídos na lista de espera. A convocação por meio da lista de espera ocorrerá de 3 de fevereiro até o dia 18 de março de 2021.

(Fonte: Agência Brasil)