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Duas sessões diárias de cerca de 15 minutos de olhos fechados prestando atenção no que acontece na mente e no corpo, deixando de lado o restante do mundo, são suficientes para melhorar a concentração, a criatividade e a capacidade de tomar decisões, de acordo com o diretor da Sociedade Internacional de Meditação do Rio de Janeiro, Klebér Tani.

Em busca desses benefícios para estudantes e professores, instituições de ensino superior recorrem a cursos de meditação e incentivam a prática no ambiente acadêmico.

Tani aplica no Brasil as técnicas da meditação transcendental, como associado da Fundação David Lynch, [“link”: https://www.davidlynchfoundation.org/] organização internacional fundada pelo diretor cinematográfico que carrega no currículo produções como “O Homem-Elefante” e “Veludo Azul”. Há 42 anos, ele trabalha levando a técnica a atletas, a presídios e a pessoas em situação de vulnerabilidade social. Recentemente, há 15 anos, a área educacional ganhou espaço e, com ela, o ensino superior.

Instituições como o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ) e a UniCarioca são clientes de Tani. “Essas pequenas aptidões, nas universidades, estão sendo muito enfatizadas. Não adianta formar um engenheiro ou um economista se a pessoa é um ser humano caído, que trata mal a família, é uma pessoa não ética”, explica.

As aulas são ofertadas de forma optativa para professores e estudantes. Eles têm cinco dias de formação e, depois, é feito um acompanhamento. Cabe a eles colocar em prática a meditação por cerca de 15 minutos duas vezes por dia. O objetivo é que a pessoa consiga olhar para si, identificar os próprios pensamentos e conseguir perceber aqueles que são “úteis” e os que apenas geram ansiedade.

“Os programas da educação são muito voltados para fora. A ideia é continuar com isso, mas trabalhar também o desenvolvimento do conhecedor, que é o estudante”, diz Tani.

Silêncio e mente

“Quanto mais silêncio se experimenta na mente, mais capacidade de filtrar os pensamentos. Pensamentos úteis serão reconhecidos mais facilmente, e pensamentos inúteis serão eliminados mais facilmente. O custo operacional melhora muito, desenvolve-se uma visão de pensamento com mais objetividade, mais sentido. E, com isso, perde-se menos dinheiro, menos tempo e menos energia porque não se sai atirando para todos os lados”, ensina.

Segundo o professor, as pessoas estão cada vez mais cansadas. “Parece que ficar quieto é perda de tempo. Para ser um indivíduo mais efetivo no que eu faço, tenho que ser uma pessoa sempre tensa”, diz. Nos estudos, a meditação, segundo Tani, aumenta a capacidade de aprendizagem e melhora o desempenho acadêmico.

Empatia

A técnica serve também para que o indivíduo desenvolva uma visão mais ampla de mundo e consiga se colocar no lugar das pessoas que estão ao seu redor, de acordo com o professor.

A questão foi um dos temas centrais no XII Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular, em Belo Horizonte, onde Tani foi um dos palestrantes.

Neste ano, o congresso teve como tema Educação Superior: Inovação e Diversidade na Construção de um Brasil Plural. Ao longo do encontro houve espaço para o debate sobre pluralidade étnica, cultural e de gênero, tanto com relação aos estudantes quanto aos professores e técnicos-administrativos.

“O congresso partiu da premissa de que a inovação e o desenvolvimento institucional dependem de um corpo diverso de docentes, discentes e técnicos-administrativos”, diz carta divulgada ao fim do evento pelo setor privado de educação, representado pelo Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular.

Segundo o fórum, vivemos em um país diverso. “Aqui, nativos e imigrantes, homens e mulheres, brancos e negros convivem em harmonia nos mais diversos espaços sociais, inclusive nas universidades. Na esfera econômica, a diversidade já se mostrou fundamental para a produtividade e o progresso. Não faltam exemplos de países que têm na diversidade da população sua fonte de riqueza e de impulsionamento do crescimento”, afirma.

Habilidades socioemocionais

A meditação ajuda no desenvolvimento das chamadas habilidades socioemocionais, como empatia, a capacidade de diálogo de resolver conflitos, entre outros pontos. Voltar o ensino para essas competências é algo que tem sido feito em várias partes do mundo.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada pelo Brasil em 2017 para o ensino infantil e fundamental e, em 2018, para o ensino médio, prevê que em todo o período escolar sejam desenvolvidas, além de capacidades acadêmicas, também habilidades socioemocionais.

(Fonte: Agência Brasil)

A história do mais antigo filme brasileiro preservado de que se tem notícia se transformou em um documentário que fará sua estreia neste sábado (8), na Mostra de Cinema de Ouro Preto (CineOP). Mais de um século após o início da produção de “Reminiscências”, chegam ao público detalhes da obra pioneira do mineiro Aristides Junqueira e que reúne imagens gravadas entre 1909 e 1926.

O documentário de 75 minutos, intitulado “Até onde pode chegar um filme de família”, foi dirigido pelo também mineiro Rodolfo Junqueira Fonseca, sobrinho-neto de Aristides. Segundo o cineasta, a proposta foi investigar os sentidos familiares e as interpretações em torno do que considera um marco dos primórdios do cinema nacional.

"Ajuda a preencher lacunas da nossa memória cinematográfica. Havia várias histórias desconhecidas envolvendo a relação de Aristides com o cinema, que foram descobertas no processo de pesquisa de acervos pessoais e públicos e nas entrevistas que realizamos". Netos e bisnetos de Aristides também participam do documentário.

“Reminiscências” reúne imagens que vão de um encontro familiar no quintal de casa até um casamento. São apenas nove minutos de duração. A exibição, hoje, será um retorno ao local onde, de certa forma, tudo começou. Aristides Junqueira nasceu exatamente em Ouro Preto, no ano de 1879, quando a cidade ainda era capital de Minas Gerais.
"Ele começou a registrar eventos sociais e políticos e a realizar documentários autorais. Seus diversos filmes incluem imagens que vão desde personalidades públicas até índios do Araguaia. Mais tarde, ele monta uma produtora no Rio de Janeiro. O documentário acaba contando também a biografia do cineasta", conta Rodolfo.

Obra recuperada

Quando morreu em 1952, Aristides tinha 73 anos e trabalhava como fotógrafo responsável pelo setor de microfilme da Prefeitura de Belo Horizonte. Ele deixou oito filhos do primeiro casamento e um do segundo. Seu acervo de fotografias e filmes em película em suporte de nitrato foi se degradando e acabou descartado ou vendido por sua segunda e última esposa.

Somente em 1970 é que a cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro teve acesso a “Reminiscências”. Uma cópia em nitrato do filme foi doada por um neto de Aristides, o historiador Paulo Junqueira Alvarenga, que guardou o material em sua geladeira por décadas. Mais tarde, o original foi levado à Cinemateca Brasileira, que realiza cópias assegurando a preservação da obra.

O documentário deve percorrer outros festivais e, segundo o diretor, o público futuramente terá acesso também pela televisão e por “streaming”. A exibição de hoje ocorre às 18h45, em uma tela de cinema montada na Praça Tiradentes, no centro da cidade histórica mineira. Toda a programação da CineOP é aberta ao público e gratuito. A abertura do festival ocorreu na última quinta-feira (6), e o encerramento está previsto para a próxima segunda-feira (10).

(Fonte: Agência Brasil)

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A Justiça Federal da Bahia determinou que o Ministério da Educação (MEC) suspenda o contingenciamento de recursos em universidades federais e no Instituto Federal do Acre. Em decisão, na noite de ontem (7), a juíza Renata Almeida de Moura, da 7ª Vara Federal, em Salvador, argumentou que o bloqueio de verbas das instituições de ensino deve “prescindir de prévio estudo técnico e minucioso, inclusive, com a participação dos representantes dessas instituições”, para garantir que a medida não interfira na continuidade das atividades acadêmicas.

“Em resumo, não se está aqui a defender a irresponsabilidade da gestão orçamentária, uma vez que é dever do administrador público dar cumprimento às metas fiscais estabelecidas em lei, mas apenas assegurando que os limites de empenho, especialmente em áreas sensíveis e fundamentais, segundo a própria Constituição Federal, tenham por base critérios amparados em estudos que garantam a efetividade das normas constitucionais”, diz a sentença.

A decisão é uma resposta a um total de oito ações populares e civis públicas que foram ajuizadas após o anúncio do governo federal, no fim do mês de abril, de contingenciamento de recursos que seriam destinados às universidades federais. Em todos os casos, há questionamento acerca do volume de bloqueios, bem como em relação aos critérios adotados pelo MEC na distribuição dos limites orçamentários.

Segundo o governo, foram bloqueados cerca de 30% das verbas discricionárias (não obrigatórias e que servem para pagar contas como água, energia, vigilância e limpeza), o que representa 3,4% do orçamento total das universidades. Na decisão, a juíza cita manifestação da União reconhecendo que os bloqueios promovidos este ano são substancialmente superiores aos realizados em anos anteriores. “Estes variaram de 6,4% em 2016 para 16,8% em 2017, 8,5% em 2018 e, finalmente, o percentual bem superior de 31,4% em 2019.”

“Ainda que possível pelo administrador a adoção de limites de empenho para fins de obediência às leis orçamentárias, estes limites não devem permitir a inobservância de preceitos constitucionais, tais como o direito social à educação e a obrigação da União de financiar as instituições de ensino federais”, diz a decisão. A juíza deu prazo de 24 horas e fixou multa de R$ 100 mil por dia caso o MEC não cumpra a decisão.

A assessoria de imprensa do MEC informou que a pasta ainda não foi notificada sobre a decisão e que a defesa judicial é de competência da Advocacia Geral da União (AGU). A AGU, por sua vez, informou à Agência Brasil que também não foi intimada ainda. O governo pode recorrer da decisão.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação (MEC) estuda formas de liberar a abertura de novas vagas e ampliar a oferta de cursos de medicina em instituições de ensino superior em todo o país. A intenção, segundo o diretor de Regulação da Educação Superior da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) do MEC, Marco Aurélio de Oliveira, é que uma proposta seja apresentada para a aprovação do governo no segundo semestre deste ano.

“Não é abrir de forma indiscriminada, mas permitir a ampliação da oferta de vagas de medicina. Hoje, têm faculdades com níveis excelentes que não têm mecanismo para aumentar o número de vagas. A ideia seria permitir essa ampliação de forma racional e bem discutida, para que não seja sem controle”, explicou Oliveira.

A abertura de novos cursos está suspensa desde o ano passado, quando o governo do ex-presidente Michel Temer decidiu que era necessário avaliar e adequar a formação médica no Brasil. A medida, ainda em vigor, vale pelo período de cinco anos, e se estende a instituições públicas federais, estaduais e municipais e privadas, que não podem nem ampliar vagas nem criar cursos.

“Hoje, nós não temos mecanismos para poder aumentar a quantidade de vagas nos cursos de medicina já existentes ou para abrir novas faculdades de medicina. A gente percebe que há demanda em algumas localidades e que isso poderia acontecer”, disse Oliveira.

Mais Médicos

O MEC também estuda rever os mecanismos para a abertura de novos cursos de medicina. Atualmente, a oferta de cursos de medicina é regida pela lei que instituiu o Programa Mais Médicos (Lei nº 12.871/2013). Com a lei o governo passou a definir em quais cidades os cursos deveriam ser abertos e a selecionar, de acordo com parâmetros de qualidade, as instituições que poderiam ofertar as vagas. Cursos de medicina só podem ser abertos mediante chamamento público.

A pasta da Educação em parceria com o Ministério da Saúde reúne dados para avaliar se é necessário revogar a suspensão de abertura de novos cursos e, ainda, se é preciso modificar a lei do Mais Médicos. Oliveira não detalhou que medidas estão sendo discutidas nem quais as modificações legais que a secretaria pretende sugerir. Em maio, o Ministério da Saúde enviou um estudo ao MEC com um panorama de locais onde potencialmente poderiam ser abertos novos cursos.

Setor privado

O principal foco da discussão no MEC, de acordo com o diretor, são as instituições privadas, “até porque as federais têm sua autonomia”, justificou. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), as particulares são responsáveis pela oferta de 65% das vagas de medicina no Brasil.

“Sou favorável que medicina tramite dentro das regras atuais [para os demais cursos], mesmo que com critérios mais rigorosos”, defendeu o diretor presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), Celso Niskier. Segundo ele, cabe ao governo garantir que a oferta cumpra também um critério social de atender às demandas de determinadas regiões.

"O governo pode, a qualquer momento, na análise dos processos que forem solicitados, ter os seus próprios critérios de análise social. Nada impede que o MEC faça um parecer saneador dizendo que esses cursos todos fizeram solicitação, mas vamos dar encaminhamento a esses porque entendemos que são áreas prioritárias para a oferta. Não fica impedido que o MEC utilize critérios de necessidade social".

Niskier posiciona-se contrário ao congelamento das vagas, que, segundo ele, pode levar a um apagão da área médica. “Sou contra qualquer tipo de cancelamento ou embarreamento da oferta. Acho que a gente tem que deixar que pessoas ofereçam naturalmente, deixando claro que medicina merece análise diferente dos outros cursos dados a complexidade”, disse.

Oferta

Medicina está entre os cursos mais concorridos e mais procurados pelos estudantes brasileiros. Atualmente, são 289 escolas de medicina distribuídas em todo o território nacional, que ofertam 29.271 vagas, de acordo com o estudo Demografia Médica 2018, do Conselho Federal de Medicina.

Apesar do Brasil já atender a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de ter, pelo menos, um médico para cada mil habitantes - em 2018, eram em média, 2,18 médicos para cada mil – ainda há desigualdade na distribuição dos profissionais no território nacional, o que faz com que muitas pessoas não recebam o atendimento adequado, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste.

O diretor de Regulação da Educação Superior da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) participou, nesta sexta-feira (7), do XII Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular, em Belo Horizonte.

(Fonte: Agência Brasil)

Os campeões do Campeonato Maranhense de Futebol 7, competição promovida pela Federação Maranhense de Futebol 7, serão definidos neste domingo (9). A partir das 15h, o campo do A&D Eventos, no Bairro do Turu, receberá as finais das categorias Sub-7, Sub-9 e Sub-11. As equipes campeãs garantem vaga no Campeonato Brasileiro da modalidade, que ocorrerá no mês de julho, em Recife (PE).

Das três categorias, apenas o Sub-7 já possui os finalistas definidos. As equipes do Cruzeiro/Círculo Militar e Society Club Calhau duelam pelo título. A partida está marcada para as 16h20. Antes, ocorrerão as finais do Sub-9 e Sub-11, respectivamente. Os finalistas dessas categorias serão conhecidos na manhã de domingo.

Sub-11

Neste sábado pela manhã, duas partidas completam a fase de oitavas de final do torneio Sub-11. A partir das 7h45, a bola rola para Grêmio Maranhense e Grêmio Imperatrizense. Na sequência, às 8h30, tem Santos FC (Balsas) x Society Club Calhau. Os vencedores desses confrontos avançam às quartas de final, que serão disputadas a partir das 15h de sábado.

Até o momento, as equipes do Juventude Maranhense, AABB São Luís, Craques do Futuro e Cruzeiro SLZ/APCEF já estão garantidas nas quartas de final e aguardam a definição dos confrontos. Os times vitoriosos avançam às semifinais, que serão realizadas no domingo pela manhã.

Sub-9

Na disputa do Sub-9, dois times já estão classificados para as semifinais: Juventude Maranhense e AABB. As duas equipes aguardam a definição dos outros semifinalistas, que serão definidos neste sábado a partir das 9h. As partidas entre Cruzeiro/Círculo Militar x Santos FC e Grêmio Imperatriz x Escola Flamengo São Luís definirão quem continuará na competição.

No “site” (www.fut7ma.com.br) e nas redes sociais oficiais da federação (@fmf7ma) estão disponíveis todas as informações da competição estadual. O Campeonato Maranhense de Futebol 7 é uma realização da Federação Maranhense de Futebol 7 (FMF7) e conta com os apoios da Super Bolla, River, Gelo da Ilha, Malharia Beth, MA Sportbets e A&D Eventos.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a afirmar hoje (6) que a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 está garantida. "Existe uma série de informações que estão sendo veiculadas a respeito do Enem. O Enem está garantido”, afirmou.

O ministro foi questionado por jornalistas após a publicação, ontem (5), no “Diário Oficial da União”, da exoneração do diretor de Avaliação da Educação Básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Francisco Vieira Garonce. A Diretoria de Avaliação da Educação Básica é responsável pelas avaliações aplicadas a estudantes desde o ensino infantil ao ensino médio. Estão a cargo da diretoria, por exemplo, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e o Enem.

Perguntado se já há alguém apontado para substituir Garonce, Weintraub não respondeu. “Os sistemas vão funcionar, têm robustez, o TCU [Tribunal de Contas da União] já autorizou as modificações para garantir a realização do Enem na data prevista. Então, por favor, não estou falando que foi alguém da imprensa, mas parem de circular informações de que [o Enem] está ameaçado, a sociedade merece respeito”, enfatizou.

Outro episódio que causou insegurança sobre a realização do Enem foi a decretação de falência da empresa RR Donnelley, que era detentora do contrato para a impressão do Enem. Como citado pelo ministro, o TCU autorizou, em abril, a contratação de nova gráfica. Foi escolhida a Valid S.A., garantindo a impressão das provas.

O ministro participou, nesta quinta-feira, da abertura do 12º Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular, que ocorre em Belo Horizonte (MG), até sábado (8).

Enem 2019

As provas do Enem serão aplicadas em dois domingos – dias 3 e 10 de novembro. Quem já concluiu o ensino médio ou vai concluir este ano pode usar as notas do Enem para se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em instituições públicas de ensino superior, no Programa Universidade para Todos (ProUni), e bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior, ou no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

De acordo com o Inep, o Enem tem 5,1 milhões de participantes confirmados.

(Fonte: Agência Brasil)

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O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, disse hoje (6) que está esperando "para ontem" a liberação da primeira parcela da verba resultante de emenda parlamentar de deputados federais do Rio de Janeiro para reconstruir o imóvel, destruído por um incêndio em 2 de setembro do ano passado. A emenda tem valor total de R$ 55 milhões que serão usados na primeira fase de reconstrução do museu, o que deve ocorrer até 2021.

Em entrevista à Agência Brasil, Kellner afirmou que, no momento, não está preocupado com os cortes no orçamento anunciados pelo Ministério da Educação e sim com a liberação da primeira parcela de recursos. "Preciso que liberem a primeira parcela para poder trabalhar", afirmou o diretor. Ele está muito confiante na ação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e dos parlamentares fluminenses, para que essa parcela, que gira em torno de R$ 12 milhões, seja liberada o quanto antes. "É a minha preocupação maior". O valor será aplicado em obras e na reestruturação do museu.

Os R$ 55 milhões da emenda da bancada parlamentar do Rio de Janeiro na Câmara Federal devem sofrer corte de 21,63%, o que representa redução de R$ 11,9 milhões. Com isso, o valor final ficará em R$ 43,1 milhões.

Até agora, o museu recebeu doações da ordem de R$ 316 mil, mais verba doada pela Alemanha, no valor de US$ 180 mil, equivalente a R$ 700 mil.

Kellner ressaltou a necessidade de uma ação política para beneficiar o museu. "Nós estávamos querendo chamar a atenção do governo federal para essa oportunidade, que acabou acontecendo", disse Kellner, referindo-se ao incêndio do ano passado.

"Eu preferia mil vezes que não tivéssemos essa oportunidade, mas, já que aconteceu isso tudo, que aprendamos com os nossos erros. E temos a oportunidade de fazer do Museu Nacional um museu mundial de primeira grandeza, a exemplo dos grandes museus de história natural e antropologia que temos pelo mundo, e que possa servir de modelo para outras instituições, tanto do Brasil como da América do Sul", acrescentou.

Segundo Kellner, esta é uma grande oportunidade que se abriu para o Brasil e é vista com bons olhos por colegas de países como França, Alemanha, Inglaterra, China e Estados Unidos. Ele disse, porém, que o Brasil não é um país pobre e tem que fazer sua parte. "É uma das maiores economias mundiais e, como tal, deve colaborar com recursos."

É uma questão de prioridade, acrescentou Kellner, lembrando que uma instituição como o Museu Nacional é muito importante para o país. Ele informou que, no próximo sábado (8), divulgará quanto já foi recuperado do acervo da instituição e anunciará novidades. Para ele, é preciso virar a página negativa associada ao museu. "A reconstrução do Museu Nacional é boa para o Rio de Janeiro e para o Brasil."

Aniversário

Sábado, o Museu Nacional, a UFRJ e o Serviço Social do Comércio (Sesc) do Estado do Rio de Janeiro abrem, às 10h, o evento Ciência, História e Cultura: o Museu na Quinta da Boa Vista. O evento é gratuito e marca os 201 anos do Museu Nacional. A programação vai até domingo (9), às 16h30, com um grande abraço simbólico na instituição. Nos dois dias, as atividades serão desenvolvidas das 10h às 16h, na Alameda das Sapucaias, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, zona norte da cidade.

O evento mostrará a produção de conhecimento dos professores e pesquisadores e a interação com a sociedade. O público poderá participar de rodas de conversa, oficinas, exposições e atividades culturais e se engajar na campanha SOS Museu Nacional, que visa à reconstrução do equipamento e à continuidade das ações de resgate do acervo.

A programação inclui visita ao entorno do Paço de São Cristóvão/Museu Nacional a bordo do trenzinho da Quinta da Boa Vista; contação de história sobre “O Mito de Osíris: a Primeira Múmia”; roda de conversa sobre o período pós-incêndio e atividade com grafite nos tapumes que cercam o museu, além de 29 mostras e oficinas Estão previstas ainda atrações como uma apresentação da Orquestra da Maré, o “show” “Samba que Elas Querem” e o esquete teatral “O Museu Nacional Está Vivo”.

(Fonte: Agência Brasil)

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A frequência escolar no primeiro bimestre dos estudantes beneficiados pelo Programa Bolsa-Família teve o melhor índice desde 2007. A taxa de alunos dentro da sala de aula em fevereiro e março deste ano, que corresponde ao primeiro bimestre escolar, chegou a 90,31%, enquanto há doze anos registrou 66,22%.

Entre os motivos apresentados pelos 10% restantes dos estudantes que não mantém a frequência escolar estão doenças, problemas físicos, falta de transporte, gravidez e desastres naturais.

Os dados do Ministério da Educação mostram que dos mais de 13,8 milhões de estudantes beneficiários que entraram para o acompanhamento, 12,4 milhões tiveram a frequência escolar informada e 95,16% cumpriram o percentual mínimo de presença exigida pelo programa.

O Ministério da Educação monitora a frequência escolar dos alunos com idade entre seis e 17 anos cujas famílias recebem o benefício do Bolsa-Família. O pagamento está condicionado à presença mínima mensal de 85% nas aulas dos alunos de seis a 15 anos e de 75% dos adolescentes entre 16 e 17 anos.

Para assegurar a participação no programa, os pais também precisam garantir que os filhos recebam cuidados básicos de saúde, como a aplicação de vacinas.

Os dados sobre a frequência são essenciais para o direcionamento de diversas políticas públicas.

(Fonte: Agência Brasil)

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O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) vai ofertar 59.028 vagas em 76 instituições públicas de ensino em todo o país, no segundo semestre deste ano. As inscrições começam hoje (4/6) e podem ser feitas até sexta-feira (7/6), na página do programa.

O número de vagas aumentou em relação ao ano passado, quando foram ofertadas, no segundo semestre, 57.271. O número de instituições participantes também cresceu, eram 68. Nesta edição, de acordo com o Ministério da Educação, estão disponíveis 64 cursos a mais para os candidatos.

Os Estados com mais vagas são Rio de Janeiro, com 12.937, Minas Gerais, com 8.479, Bahia, com 6.745, e Paraíba, com 5.990.

O resultado da chamada regular será divulgado no dia 10 de junho. As matrículas devem ser realizadas de 12 a 17 de junho. O prazo para aderir à lista de espera é de 11 a 17 de junho.

Podem participar do Sisu os estudantes que fizeram prova do Exame Nacional do Ensino Médio em 2018 e obtiveram nota na redação acima de zero.

(Fonte: Agência Brasil)

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Criar instrumentos para aumentar a participação feminina nas produções audiovisuais é uma das preocupações da Agência Nacional do Cinema (Ancine). A última pesquisa mostra que a participação de mulheres na direção de filmes foi de 19,7. Em média, a participação de mulheres nos filmes lançados comercialmente, no Brasil, alcança 15%. Dependendo do ano, chega a 21%; em 2014, registrou apenas 10%.

Por causa disso, a agência promoverá, em junho, o “Seminário Internacional de Mulheres no Audiovisual”. Além de trazer experiências de outros países, será assinado um memorando de entendimento entre a Ancine e a entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, conhecida como ONU Mulheres, para aumentar a igualdade de gênero no setor audiovisual, por meio da promoção de ações transversais em diversas áreas.

"A Ancine vê isso [a participação feminina] como uma distorção. É por isso que estamos realizando esse seminário", disse à Agência Brasil a diretora da Ancine, Débora Ivanov. O evento ocorrerá no dia 13 de junho, em São Paulo, e 14 de junho, no Rio de Janeiro.

Paridade e cotas

Desde 2018, a Ancine já concretizou duas ações. A primeira estabeleceu paridade de gênero nas comissões de seleção de filmes para recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). "Já tem um peso mais feminino na seleção de obras", disse Débora. A segunda ação foi o estabelecimento de cotas para participação de gênero e raça. "Foram dois passos importantes, mas ainda há muito a ser feito", reconheceu a diretora.

De acordo com a pesquisa da Ancine de 2018, do total de filmes brasileiros lançados em 2016, somente 2% foram dirigidos por homens negros, enquanto nenhuma mulher negra assinou a direção de um filme.

Débora citou a experiência de política pública que a convidada internacional Amanda Nevill, diretora-executiva do British Film Institute (BFI), órgão do Reino Unido, apresentará no seminário. O BFI é considerado referência mundial na implementação de políticas para a diversidade no setor audiovisual britânico. Funcionando como agência do audiovisual do Reino Unido, o BIF estabeleceu uma política muito clara para promoção da diversidade em toda a cadeia produtiva, disse a diretora da Ancine. "É uma inspiração para nós", afirmou.

Movimento civil

Da Alemanha, vem a experiência da ProQuoteFilm, que Barbara Rohm vai apresentar no seminário. A ProQuoteFilm é uma organização da sociedade civil criada, em 2014, para promover a igualdade de gênero na indústria cinematográfica e televisiva alemã. Lá, como no Brasil, menos de um quarto dos filmes é feito por cineastas do sexo feminino. Débora Ivanov analisa que a experiência da Alemanha abre a possibilidade de conhecer o movimento da sociedade civil na luta para aumentar a inclusão de filmes nos festivais que sejam produzidos, dirigidos e roteirizados por mulheres. "É importante falar sobre isso sempre porque as políticas públicas são impulsionadas pelo movimento civil", comentou a diretora da Ancine.

A presidente da Comissão de Gênero, Raça e Diversidade da Ancine, Carolina Costa, destacou que o BFI do Reino Unido pede provas da diversidade de gênero nos filmes de várias formas, desde a etapa de estágio até a hora de postular recursos públicos. "Isso é muito útil", apontou. Carolina reconhece, entretanto, que a questão de raça é mais aguda que a de gênero. Argumenta que o estabelecimento de cotas para mulheres e para negros pode resolver a questão da diversidade racial, mas é preciso que, desde o primeiro edital, as políticas públicas abordem essa questão em profundidade.

Débora Ivanov afirma que, no Reino Unido, a política do BFI tem um papel mais liberal. No lugar de cotas, eles colocaram pontuações nos editais que as obras audiovisuais têm que atender para concorrer aos recursos públicos de fomento. Na Alemanha, existe o sistema de cotas. Na Suécia, foi criado, também, o sistema de cotas que já alcançou a paridade de gênero (50% homens, 50% mulheres), lembrou Débora. Disse que o seminário servirá para conhecer as diferentes propostas para promoção da diversidade de gênero. O objetivo é inspirar os gestores públicos e, ao mesmo tempo, envolver no debate os movimentos sociais para propor meios mais efetivos de combater a desigualdade existente no meio audiovisual nacional e internacional.

Parceria

O seminário conta com a parceria do Serviço Social do Comércio de São Paulo (Sesc São Paulo), da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e do Goethe-Institut. Na capital paulista, no dia 13 de junho, o evento ocorrerá na sede do Sesc, na Avenida Paulista, a partir das 9h. No Rio, será realizado na Casa Firjan, localizada na Rua Guilhermina Guinle, em Botafogo, no mesmo horário.

(Fonte: Agência Brasil)