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Pesquisa mostra que muitas mães, pais e responsáveis acreditam que é necessário colocar as crianças de castigo, gritar ou dar palmadas para melhor educá-las. De acordo com os dados do estudo Primeira Infância para Adultos Saudáveis (Pipas), 73% acreditam que os castigos são necessários, 49%, as palmadas, e 25%, os gritos.

A pesquisa foi feita com 7.038 cuidadores de crianças de até 5 anos de idade em Fortaleza e em mais 15 municípios cearenses, em outubro de 2019. Os dados, coletados antes da pandemia do novo coronavírus, preocupam especialistas, que acreditam que as medidas punitivas podem se acirrar em um período de isolamento social.

“A criança está o tempo todo com os pais, com as escolas fechadas. A gente tem que levar em consideração que é uma situação de estresse para famílias, para cuidadores. Muitos deles estão vivendo situação de isolamento, tendo que lidar com questões financeiras, com a crise que estamos vivendo. Precisamos pensar que a criança pode estar exposta a um ambiente em que cuidadores estão estressados e que podem, eventualmente, lidar com essa situação, utilizando mais esse tipo de disciplina punitiva”, diz a diretora-assistente do Instituto de Saúde, responsável pela pesquisa, Sonia Venâncio.

No Brasil, por lei, as crianças e adolescentes têm o direito de serem educados e cuidados sem o uso de castigos físicos ou de tratamento cruel ou degradante. É a Lei 13.010/2014, conhecida como Lei Menino Bernardo. O nome é uma homenagem ao menino Bernardo Boldrini, morto em abril de 2014, aos 11 anos, em Três Passos (RS). O pai, a madrasta do menino, uma amiga da família e o irmão dela foram condenados pela morte. Segundo as investigações, Bernardo procurou ajuda para denunciar as ameaças que sofria.

Para Sonia, esse tipo de disciplina punitiva tem impacto negativo no desenvolvimento das crianças, tendo efeitos que podem perdurar até a fase adulta, desencadeando problemas de saúde mental e comportamentos agressivos. “Por isso que, neste momento, temos a preocupação de conhecer essa realidade para poder lidar com isso, trabalhar com abordagem aos pais para que não utilizem esse tipo de prática”, diz.

“Os pais têm formas diferentes de educar a criança e é claro que precisam ter práticas de disciplina, mas essas práticas recomendamos que não sejam violentas. O ideal é conversar com a criança e explicar o que é esperado do comportamento dela e quais as consequências de comportamento não adequado. Sempre priorizando o diálogo e dando bons exemplos”, orienta.

Boas práticas

Nesse período de isolamento social para conter o avanço do vírus, o recomendado é que os responsáveis passem tempo com as crianças, brincando, fazendo leituras e que consigam, de certa forma, manter a rotina delas. “É importante que a família tenha um ritmo com a criança, que consiga manter o ritmo de sono nesse período da pandemia, manter horário de refeição. Aproveitar este momento para ter interação positiva para conversar, cantar, brincar com a criança”, diz o diretor de Conhecimento, aplicado na Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Eduardo Marino.

Marino reconhece, no entanto, que a situação é desigual entre as famílias em todo o Brasil. A pesquisa Pipas mostrou que 65% das crianças de até 3 anos e 37%, de 4 e 5 anos, não têm livros infantis. Segundo o estudo, cerca de duas em cada três crianças foram engajadas em quatro ou mais atividades de estímulo nos três dias que antecederam a entrevista. Foram consideradas atividades como ler, cantar, brincar, contar histórias, levar para passear, nomear, contar e desenhar. Isso significa que quase uma em cada três crianças, 37%, não recebeu esses estímulos.

Na pandemia, isso pode ter se agravado, de acordo com o diretor. “Ninguém estava preparado para isso”, diz, acrescentando que os responsáveis “têm que trabalhar, cuidar das demandas de casa e mais das demandas educacionais. Não é pouca coisa. E é particularmente difícil para os mais pobres. A situação de confinamento é estressante quando colocamos a dimensão da desigualdade”.

Para amenizar a situação, é preciso, de acordo com Marino, por parte do Poder Público, uma atuação conjunta de assistência social, saúde, educação, para que as famílias sejam assistidas durante a pandemia. “Essa interação é muito dependente da saúde mental do adulto. O adulto precisa estar bem. Precisamos muito de cuidar do adulto para que ele cuide melhor da criança. A pandemia tem trazido muitos desafios. Os adultos estão vivenciando muitas situações, desde situações extremas, como a perda de um ente querido para a covid-19, perda de emprego, a questões mais cotidianas, como o ficar em casa sem uma atividade e talvez em moradias que não têm as condições para permanência, como de higiene, água, esgoto e segurança alimentar”.

(Fonte: Agência Brasil)

Tempos atrás, passei dois dias em Guimarães (MA), junto com pessoas de diversos países, brasileiros de diversos Estados e conterrâneos de diversos municípios maranhenses. Participávamos do “Projeto Gonçalves Dias 190 Anos”, uma iniciativa do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, em conjunto com a Federação das Academias de Letras do Maranhão e a Sociedade de Cultura Latina, do Brasil e do Maranhão, além do apoio e participação da Academia Caxiense de Letras, Universidade Federal do Maranhão, Universidade Estadual do Maranhão, prefeituras de Caxias e Guimarães, Câmara de Dirigentes Lojistas de Caxias e outros. O Projeto comemorou os 190 anos de nascimento do poeta Antônio Gonçalves Dias, ocorrido em Caxias (MA), em 10 de agosto de 1823.

Fui perguntado sobre o adjetivo gentílico que se lia aqui e acolá na cidade de Guimarães: “vimarense”. Respondi que era uma forma paralela, reduzida – por síncope – do adjetivo “vimaranense”, este que veio junto com o nome “Guimarães” de Portugal. Também há o gentílico “guimarantino”.

“Mas tá certo isso?” – insistiu meu interlocutor. A insistência permitiu-me lembrar de alguns casos de formação “espontânea”, “popular”, de adjetivos para designar aquele que nasce em, que habita em ou que é natural de um determinado lugar.

Uma das primeiras formas – que testemunhei – de desenvolvimento “espontâneo” de um adjetivo para qualificar o morador de um município foi o termo “rondonparaense” [“sic”], com que a maioria dos filhos ou habitantes de Rondon do Pará (PA) querem ser (re)conhecidos. Até onde fiquei sabendo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão oficial do governo federal, nem tomou conhecimento dessa opção e frequência vocabular. Ele dá, para o município paraense, o gentílico “rondonense”. (Não confundir com “rondoniense” – com a vogal “i” após a consonantal “n” –, que se refere a um distrito de Porto Velho (RO) e ao Estado, ambos nominados “Rondônia”.

Prefeitura de São Bento (MA)

Outro caso é “sambentuense”, adjetivo para os nascidos e para os moradores de São Bento (MA). Até a Academia de Letras do município, do alto de seus quase 18 anos de existência, se assina “sambentuense” [“sic”] e registra, em escritas, notícias, “são-bentuense”. O IBGE dá “são-bentoense”, que, apesar da proximidade de pronúncia com "são-bentuense" e “sambentuense”, guarda mais aproximação com o padrão do idioma na formação de adjetivos gentílicos. O que se estranha, no caso do adjetivo do município maranhense, é este adjetivo não ser o mesmo para, pelo menos, outras seis cidades brasileiras também chamadas “São Bento”. Pernambuco, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Paraíba têm cidades chamadas “São Bento”; entretanto, o adjetivo para elas é “são-bentense”. Para confundir ainda mais, a uma cidade de São Bento em Minas Gerais deu-se o gentílico “são-bentista”!...

Creio que o IBGE e a Academia Brasileira de Letras deveriam se juntar e traçar algumas regras mais uniformes ou mais claras para o caso específico de formação de adjetivos gentílicos. Claro que nessas regras haveria espaço para a tradição, o uso e costume popular, ainda que estes destoassem do que seria o óbvio gramatical, a norma culta, a gramática normativa, a regra padrão, o sistema linguístico etc. etc. Caso, por exemplo, do topônimo “Bahia”, que preserva grafia histórica e tradicional, embora retorne à grafia padrão quando da formação do adjetivo gentílico: “baiano” – sem o “h”, evidentemente.

Tenho para mim que, se a população de Guimarães usa intensiva e resolutamente o adjetivo “vimarense”, caberia uma formalização mínima. Sei que não se criam palavras por decreto, nem por este se impõe um uso ou costume, mas poderia a Câmara Municipal (ou a prefeitura ou a população, por indicação) iniciar uma lei que, em sua justificativa, dissesse que, em razão do uso massificado da forma contraída “vimarense”, com que se autodesignam os habitantes de Guimarães, fica adotada a forma paralela “vimarense” como opcional para o próprio qualificativo gentílico, além das formas históricas “vimaranense” e “guimarantino”. Pronto! Simples assim. Após a sanção ou promulgação da lei, a Municipalidade enviaria uma cópia do documento para o IBGE (no Rio de Janeiro), para que esse órgão federal incluísse nos seus registros o adjetivo nascido da própria fala e da própria vontade e da própria prática dos filhos de Guimarães.

Lembre-se de que “vimarense” é forma contrata de “vimaranense”. “Vimaranense” é adjetivo derivado de “Vimaranes”, nome que vem de Vimara Peres, o fidalgo da Galícia (comunidade autônoma da Espanha; sua capital é a célebre Santiago de Compostela) que, no século IX, fundou uma localidade a que, em homenagem ao fundador, foi dado o nome de “Vimaranis”, depois chamada, por evolução fonética, “Guimaranis” e, por fim, “Guimarães”, considerada a cidade-berço de Portugal. O nome “Vimara”, por sua vez, tem origem em “Vigmarr”, que significa, em antiga língua germânica, “famoso na batalha” (“vig” = “batalha”; e “marr” = “famoso”).

Sou da opinião de que os adjetivos “rondonparaense”, “sambentuense” e “vimarense” têm uso corrente e cada um deles, em sua respectiva comunidade, tornou-se a opção majoritária. Se isso ainda não ocorreu, os tempos vindouros confirmarão a preferência.

A questão de fixação ortográfica e gramatical seria o passo seguinte. Para a adoção formal dos adjetivos de origem popular, pequenas concessões devem ser feitas e cobradas. Por exemplo, São Bento admitiria as formas “são-bentoense” e “sambentoense” (sem “u”) e Rondon do Pará conviveria com “rondonense” e “rondon-paraense” (com hífen).

Parece-me que a índole da Língua Portuguesa e o amparo etimológico se mantêm nesses designativos.

O povo sabe. O povo tá certo. O povo merece.

* EDMILSON SANCHES

O Ministério da Educação (MEC) lançou, hoje (1º/7), um protocolo de biossegurança para retorno das aulas nas 69 universidades federais e 41 institutos federais do país. Esse protocolo traz diretrizes de distanciamento social coletivo em ambientes acadêmicos, além de medidas básicas de prevenção ao novo coronavírus.

O protocolo orienta, dentre outras coisas, o escalonamento das equipes, o trabalho remoto para funcionários do grupo de risco, o respeito ao distanciamento mínimo de 1,5 metro entre uma pessoa e outra e a aferição de temperatura de todos que entrarem nos prédios e nas salas.

O documento também traz orientações já comuns nos tempos atuais, como o uso constante de máscara e higienização das mãos, além de desinfecção com álcool em gel.

“O protocolo não é uma regra engessada. É uma diretriz para as instituições fazerem o retorno às aulas. Tem medidas protetivas individuais e coletivas, [para] salas de aula, laboratórios, transportes coletivos, atividades laborais, entre outros”, disse o secretário de Ensino Superior do MEC, Wagner Vilas Boas, em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (1º/7).

Segundo ele, as orientações são para diminuir os riscos de contaminação e garantir segurança necessária a estudantes, docentes e funcionários.

O protocolo completo pode ser acessado na página especial dedicada ao coronavírus no portal do MEC.

O documento foi elaborado por uma equipe do ministério composta por médicos, biólogos e sanitaristas, seguindo orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Apesar de ser direcionado às instituições federais, o protocolo pode servir de guia também para instituições de ensino municipais e estaduais.

O ministério já se posicionou favorável ao retorno das aulas, desde que consideradas as recomendações do protocolo. “O desafio é o retorno às aulas e o ministério defende esse retorno. Os institutos e as universidades vão ter que conciliar ensino presencial e a distância”, disse o secretário-executivo da pasta, Antônio Paulo Vogel.

O MEC, entretanto, não definiu uma data para o retorno das aulas presenciais. Segundo o secretário-executivo, essa decisão será de Estados e municípios, de acordo com a realidade epidemiológica local. “Cada rede de ensino definirá suas datas. Não tem como o Ministério da Educação definir uma data de retorno”, disse Vogel.

(Fonte: Agência Brasil)

No clima das festividades juninas, a “live” do projeto Inspire e Comunique recebe para um bate-papo sobre cultura popular maranhense e suas variáveis, o poeta, compositor e arte-educador Paulinho Dimaré.

Presidente da Federação de Tambor de Crioula do Maranhão, o artista vai contar histórias e vivências ao longo das suas mais de três décadas de carreira, além de uma breve análise sobre os festejos juninos em meio a um ano atípico em meio à pandemia (Covid-19), sendo afetado com toda a sua cadeia cultural.

Produtor cultural, Paulinho Dimaré trocou o curso de Informática pelo das Artes Cênicas na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A veia artística falou mais alto. É apaixonado pelo bumba meu boi e pelo tambor de crioula. Já foi premiado em festival de música e não para de compor e escrever contos e poemas.

Em plena quarentena, não poderia ser diferente. Nesse período, Paulinho Dimaré escreveu o poema “Tecendo Conversa” que acabou transformando-se em uma toada, com melodia de Ribamar Monteles Júnior. Toada será apresentada pela segunda vez no Inspire e Comunique – a primeira vez, foi cantada em outra “live”, a “Quarentena Cultural”, projeto lançado em comemoração aos dez anos do programa de Mestrado em Desenvolvimento Socioespacial e Regional da Uema.

O Inspire e Comunique é um projeto da Inspirar Comunicação com várias entrevistas por meio de diálogos no Instagram, conduzido pelas jornalistas Franci Monteles e Yndara Vasques que tem o propósito de contar histórias e vivências que possam ser inspiradoras.

A edição desta quinta-feira com Paulinho Dimaré será pelo Instagram de Franci Monteles (@franci_monteles), às 19h30.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram, hoje (1º/7), o resultado da enquete para a escolha do novo período de aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. Para 49,7% dos estudantes, o Enem impresso deve ser aplicado em 2 e 9 de maio de 2021 e o Enem digital em 16 e 23 de maio.

As outras opções de data eram o Enem impresso em 6 e 13 de dezembro deste ano e Enem digital em 10 e 17 de janeiro de 2021, com 15% dos votos; e Enem impresso em 10 e 17 de janeiro de 2021 e Enem digital em 24 e 31 de janeiro, com 35,3% dos votos dos estudantes.

As provas, que ocorreriam em novembro deste ano, foram adiadas em razão das medidas de enfrentamento à pandemia da covid-19.

A pesquisa com os estudantes foi aberta no dia 20 de junho na Página do Participante e 1,113 milhão de estudantes, que representam 19,3% dos inscritos no exame, responderam de forma voluntária. O Enem 2020 tem pouco mais de 5,7 milhões de inscritos.

Data

De acordo com o presidente do Inep, Alexandre Lopes, a data escolhida pelos estudantes ainda não é a oficial, mas será levada em conta para a definição. “Mais de 80% pediram para fazer a prova no ano que vem. É uma opinião importante, mas não é a única fonte de decisão”, disse, ressaltando que poderá ser, inclusive, uma data diferente daquelas que foram colocadas na enquete.

Lopes explicou que o MEC e o Inep irão, agora, consultar o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), que estão tratando do cronograma das aulas no ensino médio, e as associações que representam as instituições de ensino superior, para saber quando pretendem começar o primeiro semestre ano que vem. “A data sairá desse processo de construção coletiva”, disse.

A expectativa é que a definição do período de aplicação da prova seja anunciada daqui a duas ou três semanas. Segundo Lopes, independentemente da data, o governo está se preparando para garantir a segurança sanitária dos participantes e das pessoas que trabalham na aplicação do Enem, com a disponibilização de álcool em gel e máscaras, além de diminuir a quantidade de estudantes nas salas.

Para o secretário-executivo do MEC, Antônio Paulo Vogel, caso o Enem 2020 seja realizado em maio do ano que vem, isso prejudicaria o primeiro semestre letivo das universidades. “É uma variável que será levada em consideração no debate com as instituições”, explicou.

Sisu e Enade

Paulo Vogel disse que o portal do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) já está aberto para a consulta de vagas para ingresso no segundo semestre deste ano, nas universidades e institutos federais de ensino. As inscrições vão de 7 a 10 de julho.

O presidente do Inep, Alexandre Lopes, também anunciou que a prova do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2020, que ocorreria em novembro, será adiada para 2021 em razão da pandemia da covid-19 e dos problemas para a conclusão do cronograma do segundo semestre letivo. A nova data ainda será definida. O Enade avalia o desempenho dos estudantes e dos cursos de ensino superior.

(Fonte: Agência Brasil)

O “Diário Oficial da União” (DOU) publica, hoje (1º/7), decreto tornando sem efeito o decreto de 25 de junho de 2020, publicado no mesmo dia, em edição no “Diário Oficial da União”, nomeando Carlos Alberto Decotelli da Silva para o cargo de ministro da Educação.

Decotelli foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro, mas não chegou a tomar posse.

(Fonte: Agência Brasil)

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite dessa terça-feira (30), o texto-base da Medida Provisória 934/20, que trata da suspensão da obrigatoriedade de escolas e instituições de ensino superior cumprirem uma quantidade mínima de dias letivos neste ano devido à pandemia do novo coronavírus. A votação dos destaques, que podem alterar trechos do texto-base, foi suspensa com o encerramento da sessão.

De acordo com o texto-base aprovado, os estabelecimentos de educação infantil serão dispensados de cumprir os 200 dias do ano letivo e também a carga mínima de 800 horas.

As escolas de ensino fundamental e médio deverão cumprir a carga horária mínima de 800 horas, mas não precisam cumprir, necessariamente, os 200 dias letivos.

O Conselho Nacional de Educação (CNE) deverá editar diretrizes nacionais para criar a regra, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e sem prejuízo da qualidade do ensino e da aprendizagem.

Em razão do tempo que falta até o fim do ano e da necessidade de se encaixar a carga horária, nos casos obrigatórios, dentro dos dias letivos, o projeto de lei de conversão, em que a MP foi transformada, permite que o conteúdo acadêmico deste ano seja aplicado em 2021, aglutinando duas séries ou anos escolares.

Para os alunos que estão em situação de risco de contrair o novo coronavírus, será garantido um atendimento adequado à sua condição, como o regime domiciliar ou hospitalar. Para os estudantes das redes públicas, deve ser garantida, ainda, a continuidade de programas de apoio, como os de alimentação e de assistência à saúde.

Aulas “on-line”

O texto permite o uso de atividade pedagógicas não presenciais, mas para contar como carga horária mínima, terão de seguir critérios objetivos estabelecidos pelo CNE. Esses critérios deverão levar em conta as especificidades de cada faixa etária dos estudantes e de cada modalidade de ensino.

Aqueles sistemas de ensino que optarem pelas atividades não presenciais terão de assegurar que os alunos tenham acesso aos meios necessários para a realização dessas atividades. Se isso envolver equipamentos e assistência técnica, a União deverá ajudar Estados, Distrito Federal e municípios, tanto em favor dos profissionais de educação quanto dos alunos.

Os recursos deverão vir do “orçamento de guerra” previsto na Emenda Constitucional 106, de 2020.

Enem

O projeto de lei de conversão também prevê que o Ministério da Educação deverá ouvir as secretarias estaduais de Educação para definir a nova data do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade para Todos (Prouni) deverão ter seus processos seletivo compatíveis com a data de divulgação dos resultados do Enem.

Ensino superior

Para as instituições de ensino superior, não é preciso cumprir os 200 dias letivos, mas a carga horária prevista da grade curricular de cada curso deve ser cumprida. Pelo projeto, não deverá haver prejuízo aos conteúdos essenciais para o exercício da profissão, e as atividades pedagógicas não presenciais também serão admitidas para completar a carga horária.

O texto-base aprovado autoriza a antecipação da conclusão de alguns cursos da área de saúde, desde que cumpridos alguns requisitos. No caso de medicina, o aluno precisa ter cumprido 75% da carga horária do internato e nos cursos de enfermagem, farmácia, fisioterapia e odontologia, o mínimo é 75% da carga horária dos estágios curriculares obrigatórios.

A mesma situação se aplica aos cursos de educação profissional técnica de nível médio caso relacionados ao combate à pandemia. Para isso, o aluno precisará ter cumprido, no mínimo, 75% da carga horária dos estágios curriculares obrigatórios.

Em relação ao repasse de verbas da União aos entes federados no ano letivo de 2020, o projeto de lei de conversão prevê que não haja redução no cálculo dos valores dos programas.

(Fonte: Agência Brasil)

O BLOG DO PAUTAR está de volta com o projeto Literatura Maranhense, que tem o objetivo principal de despertar o interesse pela leitura de textos de escritores da nossa terra. Aproveite... Boa leitura!

(Para o livro “Imperatriz do Brasil”, do fotógrafo maranhense Brawny Meireles)

Um rosto tem quem o maquie. Um rio tem quem o navegue. Deus tem quem O louve. Um diabo tem quem o carregue.

Uma rota tem quem a trace. Um rumo tem quem o siga. Uma rua tem quem a percorra. Uma vitória tem quem a consiga.

Uma montanha tem quem a escale. Uma árvore tem quem suba nela. Uma página tem alguém para lê-la. Uma margem faz par com sua paralela.

Um barulho tem quem o silencie. Um silêncio tem quem o escute. Um morrer tem quem o pranteie. A vida e o amor – ah! – tem quem os desfrute.

***

Para um fotógrafo, uma cidade é um espelho de seu olhar. Particular.

Toda fotografia de cidade é um rosto dela. Faces e facetas de uma mesma cara. Onde a imagem mostra um rio, vemos-lhe rosto – ou resto – de ci(vili)dade.

O olhar – particular – do fotógrafo é o encompridamento, prolongamento, da sensibilidade de quem, emocional, ama. De quem, profissional, documenta.

O olhar do fotógrafo se arria pelo rio, se arrua pelas ruas, se praceia pelas praças, se enviela pelos becos, se atravessa pelas travessas e, meio ave em sua lida, avoeja em meio à avenida.

O olhar do fotógrafo se arvora em árvores, se campeia pelos campos, se dobra em esquinas, se engancha pelas beiradas, se acriança e se menina entre crianças e meninos, se alua com a lua e sola um solo ao sol.

Quando se revela em imagens, o olhar – particular – do fotógrafo Brawny Meireles é aquela mistura fina de poesia e profissionalismo, sensibilidade e técnica, natureza e naturismo, humanidade e humanismo.

E quando o motivo de sua arte e paixão é Imperatriz, impera por um triz a dúvida: É o fotógrafo quem revela a cidade ou é a cidade que revela o fotógrafo?

Com a obra – obra de arte – “Imperatriz do Brasil”, Brawny Meireles, mais uma vez (não bastassem os postais e os jornais, o saite e o achega-te), mais uma vez Brawny Meireles mostra, retrata, revela Imperatriz, do Brasil e do mundo, para o Brasil e para o mundo.

* EDMILSON SANCHES

Termina, nesta terça-feira (30), o prazo para votação na nova data para a realização das provas adiadas devido à pandemia da covid-19. A enquete, disponível somente aos inscritos pela Página do Participante, apresenta três opções de datas:

1) Enem impresso em 6 e 13 de dezembro de 2020; e Enem digital em 10 e 17 de janeiro de 2021;

2) Enem impresso 10 e 17 de janeiro de 2021; e Enem digital em 24 e 31 de janeiro de 2021;

3) Enem impresso em 2 e 9 de maio de 2021; e Enem digital em 16 e 23 de maio de 2021.

Os inscritos que desejarem votar em uma das três sugestões deverão seguir o passo a passo: Acessar a Página do Participante; fazer o “login” (CPF e senha) no portal; clicar em Enquete; escolher uma das três opções e, finalmente, clicar em "enviar". Finalizado o processo, a contribuição será computada.

O Instituto Anísio Teixeira (Inep) alerta que as informações a respeito do Enem 2020 podem ser acompanhadas nos portais do Ministério da Educação (MEC), assim como nas redes sociais oficiais dos dois órgãos do governo federal. Dúvidas relativas ao processo de inscrição podem ser sanadas pelo Fale Conosco, por meio do autoatendimento “on-line” ou do 0800 616161 (somente chamadas de telefone fixo).

Números

A edição 2020 do Enem tem 5,8 milhões de inscritos. Segundo o Inep, o total marca um aumento de 13,5% em relação ao ano passado. O Instituto credita a ampliação dos participantes a fatores como a modalidade digital, extensão do período de pagamento e gratuidade automática. A modalidade sem custo foi utilizada por 83% dos inscritos.

Do total, 65,6% terminaram o ensino médio em anos anteriores, mais da metade tem mais de 20 anos de idade, e 60% são mulheres. No recorte por cor, 47% são pardos, 34,7% são brancos, 13,3% são pretos e 2,2% são amarelos.

(Fonte: Agência Brasil)

O programa “Impressões”, da TV Brasil, convidou a monja Coen, fundadora da Comunidade Zen-Budista Zendo Brasil, para falar sobre as aflições típicas dos tempos de pandemia e apontar caminhos para se buscar o equilíbrio neste momento.

Mestra dos ensinamentos de Buda e autora de diversos livros, ela recomenda a meditação, que começa pela respiração consciente. Coen admite: “Quando comecei a meditar era muito difícil. Colocava um reloginho à minha frente e cinco minutos pareciam uma eternidade. Era um horror”. Durante a entrevista, a monja ensina algumas técnicas que podem ajudar os iniciantes na prática, que garante trazer alívio para incômodos emocionais comuns neste período, como ansiedade, medo e raiva.

“Você perceber o que está acontecendo com você é a única maneira de você ter algum controle. E não é controlar as emoções. É percebê-las e deixar que passem. Quando a gente fala de budismo, a gente fala de autoconhecimento e autoconhecimento é libertação”, afirma a religiosa.

Este não é um momento para acerto de contas emocionais, nem para remoer os rancores, segundo a monja, mas de considerar tudo o que foi vivido como uma bagagem extra para encarar o presente com plenitude.

“O que passou serviu como uma experiência para o que estamos passando agora, e o que vai chegar, ainda não chegou. Estar presente no momento e ver com plenitude o agora é a única maneira de atravessarmos (esta fase). Só tem uma maneira: atravessar com presença pura. Nós dizemos, no budismo, que presença pura é sabedoria”, ensina Coen.

A missionária zen-budista declara respeito a outras religiões e reconhece que, qualquer que seja o caminho escolhido, exige determinação.

“A mente é incessante e luminosa. Ela não para. Tem inúmeros estímulos. Você pode perceber esses estímulos todos e escolher o que você quer estimular. Como você escolhe que programa você assiste, que livro você lê, como você escolhe seus amigos e como você conversa com essas pessoas e quais são os assuntos. Através das nossas escolhas, nós vamos encontrando estados mentais. E podemos encontrar estados mentais de tranquilidade que a gente chama de estado Buda, de sabedoria e compaixão, onde há tranquilidade, assertividade e ternura”, afirma.

A monja explica que o estado mental tem relação com a imunidade. Manter aceso o olhar curioso da criança, de ver o mundo de uma forma inédita e se apaixonar pelos pequenos detalhes, pode ser um hábito poderoso. “A imunidade depende do nosso estado de tranquilidade. Não só, mas muito. Quando o coração fica quentinho, quando é gostoso. A gente tem que encontrar alguma coisa na vida que sinta prazer em ver”, acrescenta.

Quanto aos questionamentos com os quais muitas pessoas se deparam na atual situação, a monja é assertiva: “Pare de se lastimar e falar ‘queria poder abraçar’. Tem que ser bom agora. Onde você está é o melhor lugar do mundo, porque sua vida está aqui. Aprecie a sua vida. Aprecie as pessoas perto de você”.

(Fonte: Agência Brasil)