O Museu da Imigração, em São Paulo, anunciou sua filiação à maior organização genealógica do mundo, a FamilySearch, facilitando o acesso a documentos de gerações anteriores. Com o buscador da entidade, agora se torna possível acessar registros armazenados em hospitais, cartórios, paróquias e arquivos históricos de diversos países.
Ao todo, o banco de dados conta com mais de 4 bilhões de nomes. O Centro de Preservação, Pesquisa e Referência (CPPR) do Museu da Imigração também possui um repertório expressivo: são 250 mil imagens digitalizadas que documentam o movimento imigratório no Estado de São Paulo e no Brasil. São os profissionais do centro que auxiliarão o público a utilizar a ferramenta da FamilySearch.
O sistema já pode ser consultado por qualquer pessoa interessada, em dois computadores instalados no local. O tempo de uso das máquinas terá limitação apenas em ocasiões de grande procura, para que todos possam ser atendidos em suas demandas.
O serviço ficará disponível cinco dias da semana, durante o horário de funcionamento do CPPR. Embora muitas informações possam ser pesquisadas de casa, pelo “site” da FamilySearch, há documentos que só podem ser visualizados no CPPR.
Segundo o historiador Henrique Trindade, um dos três funcionários que compõem a divisão, 80% das pessoas recorrem a eles atrás de informações que possam facilitar o reconhecimento da cidadania italiana. O caso se aplica ao jovem Everton Alavarse Vicente, de 26 anos, que foi ao museu em busca da certidão de nascimento de sua bisavó, para apresentar ao consulado. Seu objetivo é obter a cidadania e facilitar, assim, a matrícula em um programa de mestrado em Portugal.
Ele informou que soube do serviço por meio de um grupo do Facebook. "Quem já entrou na fila do consulado foram eu, meu irmão, meu pai e meu primo", contou.
Vicente disse que gostaria de saber mais sobre a história de sua família. "Tenho curiosidade de saber aonde eles chegaram, aonde foram, o que aconteceu para eles se mudarem, porque eles chegaram aqui e foram pro interior de São Paulo, depois foram para Santo André e foram para o interior de novo, segundo os registros que encontrei, certidões. Alguns nasceram em Santo André, outros em São João da Boa Vista. Foram pra lá e pra cá. Agora, o porquê eu não sei e ia ser legal saber, mas ainda não tenho essa informação".
A única pista que Vicente tem é a cidade de nascimento de sua bisavó. A informação pode ser um dos pontos de partida do rastreio, conforme explica a também historiadora e pesquisadora Thaise Satiro. Ela diz que, ao se dirigir ao CPPR, o interessado deve ter em mãos, no mínimo, um documento do parente sobre quem pesquisa, como certidão de nascimento ou casamento, que contenha dados como data e local de nascimento e filiação (nome dos pais).
A necessidade de levá-lo é especialmente útil no caso de nomes muito comuns. "Se a gente não tiver um documento que diga o nome dos pais dele, dos avós, onde estava localizado, a pesquisa fica bem difícil. É claro que, se ela chegar aqui e tiver o nome do imigrante, a gente vai fazer [a busca] do mesmo jeito, mas é uma orientação que a gente dá para conseguir fazer uma pesquisa mais precisa".
Novas versões históricas
O historiador Henrique Trindade conta ainda que, na sua opinião, "uma das grandes virtudes" desse tipo de pesquisa é fortalecer a compreensão de que a história "não é só escrita por políticos, por presidentes, por gente importante", mas que "pode ser transformada por cada uma das pessoas que vive nesse mundo".
"Eu acho duas coisas, que talvez sejam interessantes para todo mundo. A primeira é que a gente percebe que, quando as pessoas fazem pesquisa sobre a própria família, começam a montar a própria árvore genealógica, se interessam muito mais por história, essa com H maiúsculo. A segunda é que existe uma percepção muito maior dessas pessoas sobre o fato de serem sujeitos históricos, de agirem sobre a história, de entenderem que, há 100, 200 anos, uma pessoa decidiu migrar e, aí, isso transformou a vida dessa pessoa, das gerações próximas a ela. As pessoas se percebem muito mais como sujeitos históricos e talvez criem mais empatia com fluxos migratórios de hoje. Se identificam mais com famílias imigrantes", finaliza Henrique Trindade.
A FamilySearch foi fundada em 1894 com a finalidade de preservar a história produzida pelos núcleos familiares. A organização adota o princípio de que "as famílias são eternas" e que "conhecer os nossos antepassados nos ajuda a compreender melhor quem somos, cria um vínculo familiar, conecta o presente ao passado e constrói uma ponte para o futuro".
Serviço:
Pesquisa ao banco de dados da FamilySearch
Centro de Preservação, Pesquisa e Referência, no Museu da Imigração
Rua Visconde de Parnaíba, 1.316 – Mooca
De terça a sábado (exceto feriados), das 10h às 16h
Serviço gratuito
Em caso de dúvidas, encaminhar “e-mail” para [email protected].
(11) 2692-1866
(Fonte: Agência Brasil)
O governo federal encaminhará, em breve, ao Congresso Nacional, uma proposta de mudança nas regras de financiamento do ensino básico. Nessa quinta-feira (9), ao apresentar as realizações do Ministério da Educação (MEC) em 2019, o ministro Abraham Weintraub disse que o governo não desistiu de ver aprovada sua própria proposta de aumento da contribuição da União para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Que tal começar o ano de 2020 estimulando a prática esportiva? É com esse objetivo que, durante este mês de janeiro, São Luís receberá o projeto “Esporte na Minha Cidade”, iniciativa patrocinada pela Drogarias Globo e pelo governo do Estado por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Em sua primeira edição, que terá início neste sábado (11), as disputas esportivas ocorrerão em três categorias da modalidade Fut 7: Sub-10, Sub-12 e Beach Feminino.

“E não há melhor resposta
Parte da infância, João Cabral passou nos engenhos da família nas cidades pernambucanas de São Lourenço da Mata e de Moreno, paisagem dos canaviais que marcaram a vida do poeta. Depois, voltou para o Recife e, nos anos 1940, mudou-se para o Rio de Janeiro.
O poeta, ensaísta e crítico literário Antônio Carlos Secchin, integrante da Academia de Letras, cursou mestrado e doutorado pesquisando a obra de João Cabral de Melo Neto e foi amigo do pernambucano durante quase 20 anos, até a morte do escritor. Com exceção dos dados biográficos, ele é a fonte das informações que estão na primeira parte desta reportagem (com exceção dos enxertos de poemas, é claro, que tem autoria de João Cabral de Melo Neto).
Na confecção de sua poesia, João Cabral era um perfeccionista. Secchin conta que, no processo de criação de suas obras, nada podia fugir ao controle do pernambucano. “Ele planejava o poema em todos os detalhes e às vezes, como ele fez em dois livros pelo menos, um chamado “Serial” e o outro, “Educação pela Pedra”, não contente em trabalhar a arquitetura do poema, ele trabalhou a arquitetura do livro. Ele bolou um esquema de livro totalmente rigoroso e, a partir daí, ele foi fazendo poemas que se encaixavam como módulos no conjunto maior que era o próprio livro”.
O deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) engrossou o coro contra a taxação da energia solar que é produzida por usuários individuais – em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais – e, posteriormente, compartilhada com a rede local, a chamada geração distribuída. A possibilidade foi levantada no fim do ano passado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que propôs a revisão de créditos e incentivos atualmente concedidos.
O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Anderson Correia, que em breve vai assumir a reitoria do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), declarou, nesta quarta-feira (8), que, em sua gestão, o órgão adotou um novo modelo de seleção dos projetos que são financiados por bolsas de estudo da instituição.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse hoje (7) ter a expectativa de que chegue a 100 mil o número de vagas destinadas ao projeto piloto do Enem Digital – plataforma por meio da qual o Exame Nacional do Ensino Médio será feito via “internet”. Inicialmente, a expectativa era que o piloto do programa abrangesse 50 mil vagas.