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Ensinar o aluno a ser auditor cívico e a fiscalizar a execução de políticas públicas no âmbito escolar é a missão do projeto Controladoria na Escola, desenvolvido no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 404, de Samambaia, em Brasília (DF). Trata-se de uma iniciativa da Controladoria Geral do Distrito Federal (CGDF) que promove o controle social, a educação ética e cidadã e o combate à corrupção. Este é o tema do programa “Educação no Ar”, exibido pela TV MEC na última quinta-feira (23).

O projeto ensina, de forma lúdica, como se faz uma auditoria, o significado de educação fiscal e aborda pequenos atos cometidos no dia a dia que se enquadram na categoria de corrupção. Assim, o aluno atua como fiscal, identifica problemas e propõe mudanças para a melhoria do ambiente escolar.

O diretor do CEF 404 de Samambaia, Paulo Rogério Leão, participa do projeto desde o ano passado e conta que, quando a CGDF procurou a escola, todos abraçaram a ideia imediatamente. “Ficamos felizes, pois são iniciativas novas. Nós sempre esperamos novos projetos”, valoriza. A iniciativa também entusiasmou os pais dos alunos: “Eles ficaram vislumbrados [de ver] como uma entidade que parecia tão inacessível estava agora dentro da escola. Perceberam que a mão do Estado está chegando às pessoas que precisam”.

Participação

Os estudantes foram escolhidos como auditores. O papel deles é fiscalizar, apontar os problemas da escola e mostrar também as soluções. “Uma coisa simples como o lixo no pátio”, resume o diretor. “É o Estado que vai resolver ou somos nós? O trinco do banheiro que está quebrado, a parede que está suja... São pequenas coisas que eles próprios visualizam e apontam quem pode resolver o problema”.

O projeto envolve toda a comunidade escolar. Até o ano passado, participavam os alunos do nono ano do ensino fundamental e do ensino médio. Em 2017, os estudantes do oitavo ano também começaram a atuar diretamente. “Agora, o que eles apontam nessa auditoria e [a indicação de] quem vai resolver os problemas envolve todo mundo”, reforça Paulo Rogério.

Com a iniciativa, outros três projetos surgiram na escola: a monitoria, a horta comunitária e a revitalização do espaço. A participação ativa nesse trabalho estimulou os estudantes a buscarem mais. “Necessariamente, esse projeto trouxe melhorias para dentro da escola”, avalia o diretor. “O aluno chega à horta e não sabe o que é um quiabo. Eu digo: vá ao laboratório e faça uma pesquisa. Aí, de quebra, ele adquire conhecimentos sobre irrigação e questões matemáticas”.

Prêmio

A CGDF lançou o primeiro prêmio Escola de Atitude, ligado ao projeto Controladoria na Escola. A unidade escolar vencedora receberá R$ 50 mil. “Os alunos sabem que esse dinheiro é para a escola e faremos uso dele conforme a orientação dos próprios estudantes”, adianta Paulo Rogério. “Agora, a escola tem vários auditores capazes de dizer onde a escola deve usar esse dinheiro”. A motivação, lembra ele, vai além da premiação financeira, pois os professores também concorrem a bolsas de estudo em nível de mestrado.

A parte de revitalização do ambiente escolar é feita pela comunidade. “Eles manifestaram o interesse de estar dentro da escola para consertar uma lâmpada, uma torneira, o reparo do bebedouro etc.”. Um dos entraves que a CEF 404 de Samambaia sempre buscou transpor foi a questão da participação da comunidade dentro da escola.

“O fato de os estudantes se sentirem pertencentes àquele ambiente não é simples”, analisa Paulo Rogério. “Explicar aos pais que as notas do filho dependem de alguns fatores e que eles, pais, podem contribuir dentro da escola é um desafio. A parceria com outros órgãos, antes vistos como inacessíveis, passa a mostrar aos pais que eles também podem ser protagonistas na vida dos filhos”.

(Fonte: MEC)

O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2017 será realizado neste domingo (26). Os participantes que ainda não sabem onde farão suas provas poderão consultar os locais sem acessar o ambiente restrito do estudante. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) liberou a consulta pública aos locais de prova, basta acessar o Sistema Enade.

Além de fazer a prova, o participante deve preencher o questionário do estudante – até dia 26 – para obtenção da situação de regularidade junto ao Enade. O preenchimento é obrigatório. Os estudantes que ainda não têm acesso ao documento precisam entrar no ambiente restrito do Sistema Enade, seguindo atentamente os procedimentos para primeiro acesso, alteração da senha temporária ou recuperação de senha. Segundo o Ministério da Educação, cerca de 12 mil participantes que se cadastraram no Enade ainda estão com senha provisória por terem esquecido ou fornecido senhas erradas.

Provas

Os portões serão abertos às 12h (horário de Brasília) e fechados às 13h. A aplicação da prova terá início às 13h30. O Enade é componente curricular obrigatório dos cursos de graduação e avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos, habilidades e competências adquiridas.

Neste ano, o exame será aplicado apenas para alunos concluintes, ou seja, aqueles que tenham expectativa de conclusão do curso até julho de 2018 ou que tenham cumprido 80% ou mais da carga horária mínima do currículo do curso até o final das inscrições do Enade 2017.

A cada ano, o exame avalia um grupo diferente de cursos superiores, ciclo que se repete a cada três anos. Nesta edição, o Enade vai avaliar os estudantes dos cursos que conferem diploma de bacharel nas áreas de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Computação, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia de Produção, Engenharia Elétrica, Engenharia Florestal, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Engenharia e Sistemas de Informação; dos cursos que conferem diploma de bacharel e licenciatura nas áreas de Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Filosofia, Física, Geografia, História, Letras-Português, Matemática e Química; dos cursos que conferem diploma de licenciatura nas áreas de Artes.

(Fonte: Agência Brasil)

Os estudantes poderão renovar os contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) até 30 de novembro. Originalmente, o prazo terminava hoje (20) e foi estendido por mais 10 dias. De acordo com o Ministério da Educação, esta é a última prorrogação do prazo e chance dos interessados em continuar com o financiamento.

A portaria com a prorrogação do prazo será publicada amanhã (21) no Diário Oficial da União (DOU).

Até o dia 30 de novembro, os estudantes poderão fazer a transferência integral de curso ou de instituição de ensino e de solicitar mais prazo para uso do financiamento.

O MEC alerta que os contratos do Fies devem ser renovados a cada semestre. Inicialmente, o pedido de renovação é feito pelas faculdades e, depois, os estudantes devem validar as informações no Sistema Informatizado do Fies (SisFies).

“Nos aditamentos simplificados, a renovação é formalizada a partir do momento em que o estudante faz a validação no sistema. Já no aditamento não simplificado – quando há alteração nas cláusulas do contrato, como mudança de fiador –, o estudante precisa levar toda a documentação comprobatória ao agente financeiro”, informa o ministério.

Conforme levantamento do MEC, do total de 1,28 milhão de contratos previstos para o segundo semestre deste ano, 1.067.568 alunos já haviam feito o aditamento até a última sexta-feira, o equivalente a 83%.

(Fonte: Agência Brasil)

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Há meio século, em 19 de novembro de 1967, morria o escritor João Guimarães Rosa, apenas três dias depois de assumir a cadeira número 2 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele havia sido eleito quatro anos antes, por unanimidade, em 1963. No auge da carreira, o autor consagrado por sua recriação da linguagem da literatura temia a emoção de tomar posse como acadêmico e, de fato, um infarto o matou aos 59 anos de idade.

Naquele mês de novembro de 1967, os jornais da época destacavam o fato de que, em uma mesma semana, a filha do autor mineiro, Wilma Guimarães Rosa, lançaria seu primeiro livro, “Acontecências”, no dia 13, e três dias depois, seu pai tomaria posse na ABL.

“Eram duas maravilhosas acontecências em nossas vidas, eu lançando meu primeiro livro e meu pai tendo o coroamento da carreira literária dele. Infelizmente, para nossa tristeza, no domingo, Dia da Bandeira que ele tanto reverenciava, Deus o chamou. Foi uma semana que começou linda, mágica, entusiasmante, e terminou de um modo trágico para todos nós, família, amigos, leitores, admiradores. Porém, resta o consolo da frase que meu pai proferiu, junto com o discurso de posse na Academia Brasileira de Letras: as pessoas não morrem, ficam encantadas”, relembra Wilma, em depoimento na página do Facebook da editora Nova Fronteira, há três décadas responsável pela publicação da obra de Guimarães Rosa.

Em vários pontos do país, homenagens estão programadas para lembrar a data. Em Belo Horizonte, a Praça Guimarães Rosa, no Bairro Cidade Nova, será reinaugurada hoje (19), passando a contar com uma estátua do autor. Também neste domingo, em São Paulo, a Livraria da Vila, no Bairro dos Jardins, recebe, a partir das 11h, atores, entre eles Lima Duarte, para leituras de trechos do romance “Grande Sertão: Veredas”; às 16h, a escritora Noemi Jaffe dá uma palestra sobre o autor no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) da capital paulista.

Já no CCBB do Rio de Janeiro, a homenagem será em janeiro de 2018, quando o centro cultural receberá o espetáculo/instalação “Grande Sertão: Veredas”, da diretora Bia Lessa. O espetáculo marca o reencontro de Bia com a encenação teatral – sua última peça foi “Exercícios nº 2: formas breves”, em 2009 – e com a obra do escritor mineiro: em 2006, ela foi a responsável pela exposição com o mesmo título do romance que inaugurou o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.

Travessia

Nascido em Cordisburgo (MG), em 27 de junho de 1908, João Guimarães Rosa se mudou aos 10 anos para Belo Horizonte, onde se formou em Medicina em 1930 e começou a trabalhar como capitão médico da Força Pública do Estado de Minas Gerais. Um ano antes da formatura, porém, ele já havia tido sua estreia literária, com a publicação, na revista “O Cruzeiro”, do conto “O mistério de Highmore Hall”.

Em 1936, a coletânea de versos “Magma”, obra inédita, recebe o Prêmio Academia Brasileira de Letras, com elogios do poeta Guilherme de Almeida (1890-1969). Nessa época, Guimarães Rosa já havia iniciado a carreira de diplomata, na qual ingressara por concurso em 1934.

Ao longo das duas décadas seguintes, foi sucessivamente cônsul em Hamburgo, na Alemanha; secretário de embaixada em Bogotá, na Colômbia; chefe de Gabinete do ministro João Neves da Fontoura (a quem viria a suceder, na ABL), e representante brasileiro em conferências de Paz e da Unesco, em Paris. Em 1951, voltou ao Brasil e foi nomeado, novamente, chefe de Gabinete do chanceler João Neves da Fontoura e, depois, chefe da Divisão de Orçamento (1953) e do Serviço de Demarcação de Fronteiras do Itamaraty.

Paralela à carreira de diplomata, a de escritor já lhe havia garantido lugar de destaque na literatura brasileira desde 1946, com a publicação do livro de contos “Sagarana”. As inovações na linguagem, a estrutura narrativa e a riqueza nos simbolismos são características que marcam o novo significado da temática regionalista na literatura brasileira, trazido pelos contos de Guimarães Rosa.

Em 1952, o escritor fez uma longa excursão a Mato Grosso, que o colocou em contato com os cenários, os personagens e as histórias que ele iria recriar em sua obra-prima, o romance “Grande Sertão: Veredas” , lançado em 1956, com o ciclo novelesco “Corpo de Baile” . Indiscutivelmente, um dos mais importantes textos da literatura brasileira e mundial, o livro foi o único brasileiro, entre obras de escritores de 54 países, a ser incluído em um “ranking” publicado em 2002 na Noruega dos 100 melhores romances do mundo.

Na tarefa de experimentar e recriar a linguagem literária, Guimarães Rosa inventou vocábulos, utilizou arcaísmos e palavras populares e recorreu a inovações semânticas e sintáticas. “Primeiras Estórias” (1962), “Campo Geral” (1964) e “Tutaméia – Terceiras Estórias” (1967) foram outras obras desse escritor universal, traduzido e publicado em diversas línguas, adaptado para o cinema e a televisão e detentor de vários prêmios literários.

(Fonte: Agência Brasil)

Um jovem estudante do agreste pernambucano, formado em economia, obteve classificação para seis programas de mestrado em cinco universidades públicas. A história de Risomário Williams, de 24 anos, começa em Bezeiros, a cerca de 100 quilômetros de Recife, quando, ainda garoto, frequentou a escola pública de Referência em Ensino Médio da cidade. Lá ele estudou em regime integral.

“A escola de referência apresenta uma série de possibilidades. Ela permite que você sonhe com alguma coisa, que você tenha algum tipo de ideal e, a partir disso, você passa a traçar um objetivo na sua vida”, lembra. O estudante teve ao seu favor o movimento de interiorização das instituições federais, quando um campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foi instalado a cerca de 30 quilômetros de sua casa e ele conseguiu terminar sua graduação em economia sem ter que se deslocar até a capital.

“Antes dessa interiorização, acredito que as dificuldades eram maiores porque para fazer um curso superior você teria que pagar uma universidade ou teria que se deslocar para o Recife. A própria interiorização das universidades federais amenizou essas dificuldades que existiam. Eu acho que agora é mais fácil entrar no ensino superior e começar a traçar um objetivo de vida”, afirma.

Ele foi aprovado nos programas de mestrado da UFPE, para Recife e Caruaru, e nas universidades Federal da Paraíba (UFPB), Federal do Rio Grande Norte (UFRN), Estadual do Rio Grande do Norte (Uern) e Federal de Alagoas (Ufal).

Avaliação

A aprovação veio depois que Risomário se submeteu ao Exame da Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (Anpec). O objetivo do exame é avaliar a qualificação acadêmica dos candidatos e fornecer aos centros os resultados da avaliação.

Não é um vestibular – não aprova, nem reprova. Apenas classifica os candidatos. Também, não há uma única classificação, já que cada centro usa seu próprio sistema de pesos para calcular a nota média. A média e a classificação obtidas por Risomário lhe deram a opção de escolha e ele optou pelo programa de mestrado da UFPE em Recife.

“Primeiro porque é um dos mais bem avaliados pela Capes aqui na região Norte e Nordeste. É o único que tem nota cinco. Segundo, porque eles me ofereceram bolsa de estudo. E, terceiro, porque fica aqui no estado mesmo. É mais próximo e sempre tem a possibilidade de visitar meus familiares, pelo menos, uma ou duas vezes por mês”, detalha.

Futuro

As aulas começam entre fevereiro e março do ano que vem. Risomário pretende aprofundar suas pesquisas na área de macroeconomia e finanças. O próximo objetivo dele é chegar ao doutorado e depois realizar outro sonho: dar aulas. E ele já sabe como fazer isso.

“Levar a ciência de uma maneira mais dinâmica, mais intuitiva e fazer com que aquilo não fique limitado a artigos que só pessoas do mais alto nível do ensino superior consigam acessar. Eu quero tentar trazer a ciência para a realidade do povo para ficar mais perto das pessoas, uma forma de facilitar a vida das pessoas”, planeja.

(Fonte: MEC)

Mais de 1,5 milhão de pessoas que ainda não concluíram os cursos do ensino fundamental e médio terão, neste domingo (19), mais uma oportunidade para atingir esse objetivo. O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2017 será realizado em 564 municípios. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), este ano, serão 301.583 participantes do ensino fundamental e 1.272.279 do ensino médio.

O exame será aplicado em dois turnos. De manhã, os portões abrirão às 8h e serão fechados às 8h45, os testes começam às 9h e terminam às 13h, no horário de Brasília. Os candidatos do ensino fundamental farão provas de ciências naturais, história e geografia. Para o ensino médio, as provas serão de ciências da natureza e suas tecnologias, além de ciências humanas e suas tecnologias.

No turno da tarde, os portões abrirão às 14h e fecharão às 15h15. O exame começa às 15h30 e vai até as 20h30. Os candidatos do ensino fundamental farão as provas de língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes, educação física, matemática e redação. Para o ensino médio, haverá os testes de linguagens e códigos e suas tecnologias, redação e matemática e suas tecnologias.

De acordo com o MEC, as provas objetivas terão, cada uma, 30 questões de múltipla escolha. Para obter o certificado ou a declaração de proficiência, o participante deve fazer, no mínimo, 100 dos 200 pontos possíveis em cada uma das áreas de conhecimento, informa o MEC.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou os locais de provas, que podem ser acessados pelos candidatos no site do instituto.

(Fonte: Agência Brasil)

O assunto surgiu por causa desta frase, extraída de reportagem sobre a beatificação de um padre.

– Missa na Catedral da Sé foi assistida por milhares de pessoas.

Já há quem defenda que ASSISTIR seja usado também como transitivo direto no sentido de “ver”, “presenciar”. É o caso do conceituado Celso Pedro Luft. Ele só faz uma ressalva: em textos mais formais, seria adequada a manutenção da preposição “a”, a regência original do verbo.

Um texto informativo é um caso de situação que pede o chamado “padrão culto da língua”. Por isso, a frase acima deveria ser revista. Verbos transitivos indiretos não aceitam voz passiva. Eu assisto a uma missa, mas não seria possível do ponto de vista normativo algo como “uma missa foi assistida por mim”. Um jeito de resolver o problema sem mexer muito na construção é trocar o verbo:

– Missa na Catedral da Sé foi vista por milhares de pessoas.

Ou:

– Missa na Catedral da Sé foi presenciada por milhares de pessoas..

Acrescentando....

Michaelis – Português Fácil: tira-dúvidas de redação – Douglas Tufano
assistir
Devemos dizer: 1 assistir alguém (= dar assistência ou ajuda): Os enfermeiros assistiram os feridos / O médico assistiu a paciente. 2 assistir a alguma coisa (= presenciar): Ele assistiu ao jogo / Assisto a um belo espetáculo. 3 assistir a alguém (= caber ou pertencer): Esse é um direito que assiste ao professor / É um direito que lhe assiste.

Corrija-se! de A a Z – Luiz Antonio Sacconi
assistir e ver – qual a diferença?
Assistir é ver por algum espaço de tempo, com o espírito atento e até certo ponto crítico.
Ver é apenas aplicar o sentido da visão, é perceber pela visão. Basta não ser cego para ver. Podemos ver um amigo na rua, uma linda garota na praia, uma bela jogada no estádio. Uma criança que mal aprendeu a andar vê televisão, mas uma pessoa normal e razoavelmente escolarizada assiste à televisão. Uma criança de cinco ou seis anos vai ao estádio e apenas vê o jogo, um adulto assiste a ele. Isso não impede que haja adulto que vá ao estádio e apenas veja o jogo, por não entender absolutamente nada de futebol.

Manual de Redação e Estilo – jornal O Estado de S.Paulo
Assistir
1 – No sentido de presenciar ou comparecer, exige sempre a preposição a: Assisti ao jogo. / A comitiva assistiu à abertura dos trabalhos da Câmara . / Os fiéis assistiram à missa. Observações: Uma vez que não existe voz passiva com verbo transitivo indireto, é errado dizer: O jogo “foi assistido” (o certo: visto, presenciado) por 50 mil pessoas. Ainda sobre um jogo ou espetáculo, não se pode escrever que alguém queria “assisti-lo”, mas apenas assisti a ele (pelo fato de o verbo ser indireto, rejeita o o como complemento).

2 – Como sinônimo de prestar assistência a, ajuda, socorrer, o verbo constrói-se em geral com objeto direto: O médico assistiu o doente. / Os governos federal e estadual assistiram os flagelados.

3 – Com a preposição a, pode ainda equivaler a favorecer, caber (direito ou razão), caso em que admite também o pronome lhe: Não assistia direito algum aos reclamantes, / É claro que lhe assiste razão nesse caso.

4 – À exceção do item 3, assistir rejeita lhe. Assim, para substituir a frase nós assistimos à sessão, só se pode dizer que assistimos a ela e não que “lhe” assistimos.

O Português do dia a dia – Prof. Sérgio Nogueira
ASSISTIR – No sentido de “estar presente, comparecer, ver”, é transitivo indireto: “Segundo a polícia, mais de 40 mil assistiram ao jogo”: “Mais de 100 mil pessoas já assistiram ao espetáculo”. No sentido de “´prestar assistência, auxiliar, socorrer”, é transitivo direto: “O médico não se negou a assistir o paciente”.

O índice de candidatos que faltaram à segunda prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2017, realizada nesse domingo (12), foi de 32%. Cerca de 2,15 milhões de inscritos não compareceram às provas aplicadas ontem. Os candidatos responderam questões de matemática e ciências da natureza (química, física e biologia). No domingo passado (5) foram aplicadas as provas de redação, linguagens e ciências humanas.

No primeiro dia de prova, foi registrada uma abstenção de 29,8%, com cerca de 2 milhões de candidatos faltosos. No ano passado, a abstenção média nos dois dias de Enem foi de 29,19%.

Neste ano, um total de 853 candidatos foram eliminados do Enem nos dois dias de prova, sendo 273 no primeiro dia e 580 no segundo dia. A maioria foi eliminada por descumprimento de regras do edital (842), nove por terem sido identificadas irregularidades nos detectores de metais e dois por recusa do dado biométrico.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, classificou esta edição como a mais tranquila aplicação do Enem nos últimos anos, com pouquíssimas ocorrências. Na avaliação dele, o índice de abstenção está dentro da média.

“Historicamente, o primeiro dia tem menos abstenção do que o segundo dia. É um dado que repete um comportamento padrão em exames anteriores. Não vejo isso como uma grande novidade”, disse. Ele lembrou que, a partir deste ano, o participante isento do pagamento da taxa de inscrição do Enem que não compareceu às provas e não justificar a ausência perderá o direito a nova isenção no ano que vem.

O ministro anunciou ainda que, em 2018, a inscrição no Enem será gratuita para todos os candidatos que forem aprovados no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), que será aplicado no próximo domingo (19).

Segunda aplicação

Nos dias 12 e 13 de dezembro, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) fará a segunda aplicação anual do Enem 2017 para alunos que foram prejudicados na primeira aplicação e para as pessoas privadas de liberdade (PPL). De acordo com o instituto, um total de 3.581 alunos vão refazer as provas em dezembro por problemas na aplicação regular, como por exemplo em locais de prova em que houve corte no abastecimento de energia.

Resultados

O gabarito oficial do Enem será divulgado até a próxima quinta-feira (16) no Portal do Inep e no aplicativo do Enem. Os cadernos de questões de cada dia serão disponibilizados também no site do Inep e no aplicativo. Já o Boletim de Desempenho, que traz as notas individuais dos participantes, deverá ser disponibilizado só em 19 de janeiro de 2018.

O resultado do Enem pode ser usado em processos seletivos para vagas no ensino público superior, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas de estudo em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), e para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

(Fonte: Agência Brasil)

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No segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017, candidatos ouvidos pela reportagem da Agência Brasil consideraram difíceis as provas de matemática e de ciências da natureza (química, física e biologia). Enquanto alguns avaliaram que o nível de dificuldade da prova deste ano estava semelhante à de anos anteriores, outros consideram que o Enem 2017 foi mais técnico, exigindo mais conteúdo específico das disciplinas.

Participando do Enem pela primeira vez, o estudante Vítor Vilar, 18 anos, disse que a prova estava difícil, principalmente as questões de ciências da natureza. “A prova foi bem abrangente, mas tive mais dificuldade com os conteúdos mais específicos. Senti a prova bem conteudista para a reputação do Enem, bastante técnica”, disse ao deixar o local de prova.

A universitária Ana Clara Botafogo, 20 anos, fez o Enem pela terceira vez. Estudante de engenharia da Universidade de Brasília (UnB), ela pretende usar a nota do exame para tentar uma vaga em uma universidade de Portugal. Para ela, a prova estava difícil e parecida com os anos anteriores "de mediana a difícil”. “Achei a prova tranquila, um pouco cansativa, muitas horas. Tinha bastante química orgânica, muita geometria espacial”, contou.

Também estreante no Enem, a estudante Maria Eduarda Alves Ribeiro, 17 anos, avaliou que a prova estava “fácil”, mas que poderia ter se preparado melhor. Ela está concluindo o 3º ano do ensino médio. “A prova exigiu mais o conteúdo hoje, inclusive de algumas coisas que não vi e não estudei. Caiu um pouco de tudo. Acho que não estava muito preparada, porque não estudei o suficiente, mas deu para fazer”, disse.

Neste ano, pela primeira vez, a prova foi realizada em dois domingos. Hoje, os candidatos tiveram quatro horas e 30 minutos para concluir a prova, com 90 questões objetivas.

(Fonte: Agência Brasil)

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As provas de matemática e ciências da natureza do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017, realizadas neste domingo (12), foram consideradas menos interpretativas e com mais cobrança de conteúdo. Por tradição, mesmo na prova de exatas, o exame costumava incluir muitas questões interpretativas e com relação direta com o cotidiano. Na avaliação do professor de biologia Rubens Oda, do curso on-line Descomplica, a maior dificuldade que os candidatos enfrentaram na prova de hoje foi a presença de conteúdos esperados, mas cobrados com maior nível de detalhamento.

Ele cita como exemplo uma questão de genética que abordou um detalhe específico sobre o processo de espiralização do cromossomo X. Segundo o professor, isso é algo pouco conhecido dos estudantes do ensino médio. “Era esperado que caísse alguma coisa de genética, mas não no grau de profundidade e detalhamento que foi cobrado”, diz.

Na avaliação do professor, um bom desempenho na prova de hoje dependeu muito mais da preparação do que da concentração do estudante. “O que acontece é que o Enem, historicamente, é uma prova que pesava bastante na interpretação, na busca de avaliar competências e habilidades. O que ocorreu neste ano, com os conteúdos que foram cobrados em ciências da natureza, parece que volta a cobrar conteúdos que eram mais pertinentes ao antigo modelo de vestibulares. Ou seja, a prova está deixando de ser um teste que busca a cobrança de competências e habilidades e está voltando a ser mais conteudista”, avaliou.

Segundo ele, houve questões interpretativas, como as que tratam de análise de gráficos. Mas o peso dado aos itens com mais foco no próprio conteúdo foi maior do que em edições anteriores. Para ele, essa mudança é considerada um retrocesso na avaliação. “Acho um retrocesso. Principalmente no momento em que se discute o novo ensino médio, a nova Base Nacional Comum Curricular, a gente voltar a pensar em uma avaliação de conteúdos e não de habilidades e competências é um retrocesso. Ainda mais se levarmos em conta um país continental como o Brasil, que tem realidades educacionais muito diferentes nos seus Estados”, disse.

O diretor de Ensino do Anglo, Paulo Moraes, considerou que o nível do Enem 2017 subiu em relação ao ano passado e que, apesar de exigir mais conhecimento do conteúdo, a prova não chega a ser “conteudista”.

“Prova boa, benfeita. Bem técnica, em biologia e ciêncas da natureza. O candidato, assim como na semana passada, tem que saber conteúdo. Não é um aprova conteudista, mas precisa saber o contudo para responder. Não é conteúdo de rodapé de livro, sem importância, com decorebas”, disse.

Para Moraes, não houve “ruptura” em relação ao padrão da prova da semana passada. “Assim como no domingo anterior, eles exigiram conteúdo, mas também as habilidades e não o conteúdo pelo conteúdo”.

Matemática

O professor de matemática Gabriel Miranda também considerou a prova mais conteudista e “matematicamente mais pesada”. “Lógico que sempre foi a cara do Enem as questões de interpretação, mas, este ano, foi um pouco menos do que em anos anteriores. Essa foi uma mudança que achei interessante. Em geral, a prova estava mais direta e mais bem escrita”, avaliou.

Entre os assuntos abordados na prova de matemática, caíram razão e proporção, logaritmo, análise combinatória e probabilidade. “Eles, talvez, perceberam que precisavam de uma prova mais robusta, e foi o que aconteceu neste ano. A prova continuou numa crescente de conteúdo, de dificuldade em relação aos anos anteriores”, apontou Miranda.

(Fonte: Agência Brasil)