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Os cartões de confirmação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2018) de mais de 5 milhões de inscritos serão liberados, na próxima segunda-feira (22), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Com o documento que pode ser obtido na página do participante será possível verificar o local onde cada candidato fará as provas.

A recomendação da pasta é que cada estudante conheça o melhor trajeto para chegar ao lugar sem imprevistos. Além do local, o cartão também indica número de inscrição, data e horários das provas, detalhes sobre atendimentos e recursos de acessibilidade – se foi solicitado –, e o idioma estrangeiro escolhido.

A assessoria do Inep afirmou que não há casos de inscritos que não encontram seus cartões ou de informações equivocadas. De acordo com o órgão, os dados preenchidos na inscrição são automaticamente inseridos nessa confirmação. De qualquer maneira, a orientação é que, havendo algum problema, o estudante entre em contato com os canais de atendimento do Ministério da Educação (MEC) pelo telefone 0800616161 ou pelo “link” Fale Conosco, no “site” da pasta, para que a demanda seja verificada.

É importante lembrar que o governo decidiu manter o início do horário de verão, que começará no primeiro dia de prova do Enem, 4 de novembro. O MEC recomenda que os estudantes entrem no ritmo do novo horário, dormindo uma hora mais cedo, cerca de uma semana antes, para não serem prejudicados na hora da prova.

As provas serão aplicadas nos dias 4 e 11 de novembro em todo o país. No primeiro dia do exame (4/11), serão aplicadas as provas de linguagem, ciências humanas e redação. A aplicação terá cinco horas e meia de duração. No segundo dia (11/11), haverá provas de ciências da natureza e matemática. Os estudantes terão cinco horas para resolver as questões.

(Fonte: Agência Brasil)

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira (17), por maioria, que os Estados podem legislar sobre a formação de centros e diretórios acadêmicos em instituições de ensino superior.

O plenário do STF, no entanto, entendeu que as leis estaduais não devem incidir sobre instituições de ensino superior públicas federais e tampouco sobre as particulares, que integram o sistema federal de ensino e são regidas por normas de elaboração exclusiva da União.

Nesta quarta-feira, foi julgada uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que questionou uma lei do Paraná, sancionada em 2005, que assegura a livre organização de centros e diretórios de estudantes em estabelecimentos de ensino superior, públicos ou privados. A ação foi aberta, em 2006, pela Confederação Nacional de Estabelecimentos de Ensino (Confenen).

No julgamento, prevaleceu o entendimento do ministro Luís Roberto Barroso que, em voto-vista, considerou louvável a lei do Paraná, para ele constitucional, mas ponderou que não poderia uma norma estadual incidir sobre instituições ligadas ao sistema federal de ensino.

Após o voto de Barroso, o relator da ação, ministro Dias Toffoli, alterou voto que havia proferido em 2015, quando julgou toda a lei inconstitucional, e seguiu o voto-vista. Também seguiram Barroso os ministros Edson Fachin, Rosa Weber, Luiz Fux e Cármen Lúcia, que elogiou a iniciativa da lei do Paraná por promover a democracia nas escolas.

“Devo dizer que, para uma geração como a nossa, que tivemos que lutar para ter o direito de votar para o diretório acadêmico, a legislação nacional e as legislações estaduais que se preocupam com esse tema me parecem um avanço, que talvez a gente tenha até que divulgar, porque os estudantes hoje, às vezes, nem comparecem para votar nos diretórios acadêmicos”, disse a ministra.

O ministro Alexandre de Moraes divergiu somente em um ponto específico. Para ele, apesar de a lei ser válida, um de seus incisos, que prevê a participação representante dos estudantes nos conselhos fiscais das universidades, seria inconstitucional.

O ministro Marco Aurélio Mello julgou toda a lei inconstitucional, ficando vencido no julgamento. Não participaram os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello.

(Fonte: Agência Brasil)

Nesta semana, eventos em mais de 1.200 municípios vão tratar da importância da ciência e da tecnologia para o desenvolvimento nacional. As atividades vão envolver institutos de pesquisa, universidades, escolas e empresas de diversos ramos da economia com o objetivo de estimular o interesse de estudantes em inovação e pesquisa.

As iniciativas ocorrem no âmbito da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, uma promoção do governo federal em parceria com instituições públicas e privadas. A programação, espalhada por cidades de diversos Estados, pode ser consultada no “sit”e oficial do evento (http://snct.mctic.gov.br/semanact/opencms/index.html). A consulta pode ser realizada também por meio do aplicativo Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), disponíveis em lojas de “apps”.

O principal evento ocorre em Brasília, Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, onde uma estrutura foi montada com estandes de diversos órgãos de pesquisa. Interessados podem ver simuladores de navegação e de aeronaves, conferir experimentos, ter acesso a aulas sobre temas variados como gastronomia e programação e assistir a palestras sobre temas diversos.

Um dos projetos apresentados no local é o “Meninas na Ciência”, promovido pelo Ministério da Educação em articulação com institutos federais de todo o país. Alunas dessas instituições foram selecionadas para compor equipes que desenvolveram projetos para ensinar disciplinas como biologia, física, química e matemática de maneira mais lúdica e interativa. Durante esta semana, além de divulgar o projeto, estudantes selecionadas participam de oficinas para pensar como colocar os materiais e metodologias elaborados no mercado para que possam ser aplicados por escolas.

O projeto abriu espaço somente para meninas como forma de estimular a presença delas em carreiras científicas e tecnológicas. “Em outras edições do projeto, a gente viu que a presença preponderante era masculina. Às vezes, as meninas acham que elas não têm capacidade suficiente. Então, este foi feito para incentivar e dar este empoderamento a elas nessa participação”, conta Luciana Massukado, coordenadora da iniciativa.

A empresa Maker Robótica montou um estande para divulgar seus projetos de robótica educacional. A firma faz parcerias com escolas que desejam oferecer esses conteúdos a seus alunos e abre cursos de programação e robótica a jovens interessados nesse tema. “A programação é a linguagem do futuro. Todos têm que aprender a programar e a criar assim. Dessa forma, estamos desenvolvendo o raciocínio lógico, o trabalho em equipe e isso é uma preparação para o profissional 4.0”, explicou a representante da empresa, Luciene Nunes.

Outro projeto exposto é o “Escola de App”, construído na Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB). Professores da instituição fizeram pesquisas sobre violência contra mulheres na “internet” e realizam oficinas de formação sobre o tema e sobre programação em escolas. Já foram realizadas atividades no Distrito Federal e em quatro Estados. Os aplicativos desenvolvidos são disponibilizados no “site” https://www.internetedireitoshumanos.com.br/.
“Foram feitos muitos aplicativos sobre segurança para jovens mulheres. Como agir em caso de “cyberbullying”, de vazamento de imagens íntimas, botões de segurança em caso de ameaças, formas de apoio a quem sofre esses tipos de agressão e constrangimentos”, relatou a professora Janara Sousa, uma das responsáveis pela iniciativa.

Redução de desigualdades

A Semana Nacional escolheu como tema deste ano “Ciência para a Redução de Desigualdades”. Segundo a coordenadora da iniciativa e diretora do Departamento de Políticas e Programas para Inclusão Social, Sônia da Costa, o objetivo foi chamar a atenção para a necessidade de fazer com que a produção científica do país seja menos concentrada no centro-sul do país e mais espalhada pelas regiões.

“Cada vez mais a gente vê o aumento das desigualdades regionais. Apesar dos esforços de programas de governo voltados ao Norte e Nordeste, a gente vê que os editais acabam sendo voltados aos proponentes do Sudeste e Sul. É importante trabalhar a questão da popularização da ciência sob o aspecto de qualificar projetos, de que existem várias possibilidades de acesso para reduzir as desigualdades regionais, sociais, econômicas, gênero e raça”, comentou a coordenadora.

A diretora citou como exemplo o conceito de tecnologias sociais, inovações de baixo custo formuladas por unidades de pesquisa cujo desafio é a criação desses conhecimentos em todas as regiões do país. É o caso, entre eles, da captação de energia solar.

As atividades em Brasília e no restante dos municípios vão até o fim desta semana.

(Fonte: Agência Brasil)

“Meu sonho mesmo é dar aula para o ensino médio. Pode ser em escola estadual, municipal ou particular”, diz Lucas dos Anjos Castro, 16 anos, estudante do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Professor Botelho Reis, em Leopoldina, Minas Gerais. “Eu me vejo como professor, igual aos meus, na correria, rodando para lá e para cá, entrando em uma sala e outra. É o que eu gosto”.

O sonho com a carreira docente, como o de Castro, é cada vez mais raro. De acordo com levantamento feito pelo Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), com base nos dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2015, apenas 3,3% dos estudantes brasileiros de 15 anos querem ser professores. Quando se trata daqueles que querem ser professores em escolas, na educação básica, esse percentual cai para 2,4%.

Hoje (15), no Dia do Professor, a Agência Brasil mostra as ideias de quem quer seguir a carreira docente e de professores que não abrem mão da profissão.

“Quando eu contei para a minha mãe, ela me disse: ‘você pode ganhar mal, como será o seu futuro?’ Eu falei que queria e que, se eu não trabalhar no que quero, não vou ser feliz”, diz Castro.

Um dos professores que influenciou a decisão do estudante foi João Paulo de Araújo que, além de lecionar história na Escola Estadual Professor Botelho Reis, trabalha também na Escola Estadual Doutor Pompilio Guimarães e no Colégio Equipe, que é particular. “Acho que, no primeiro momento, os alunos não escolhem porque a própria família recrimina, a sociedade julga muito. Eu tenho buscado ser um professor melhor, que inspire, que mostre que a profissão é tão boa quanto qualquer outra, que tem desafio como qualquer outra”.

Araújo foi um dos vencedores do prêmio Educador Nota 10, em 2013. “É a forma que posso retribuir tudo que educação fez por mim. Venho de família humilde. Meu pai é ex-presidiário, e minha mãe era doméstica. A oportunidade que eu tive foi graças à educação”.

Carreira pouco atrativa

O estudo elaborado pelo Iede mostra que a carreira docente não atrai os alunos que têm um melhor desempenho no Pisa. A avaliação internacional da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é aplicada a estudantes de 15 anos que fazem provas de leitura, matemática e ciências. Entre os 70 países e regiões avaliados, o Brasil ficou na 63ª posição em ciências, 59ª em leitura e 65ª em matemática. Os estudantes que disseram que pretendem ser professores obtiveram 18,6 pontos a menos da média do país em matemática, 20,1 pontos a menos em ciências e 18,5 a menos em leitura.

Dentre os países participantes do Pisa, a Alemanha é o que apresenta a maior diferença entre a nota dos alunos que esperam ser professores e a média geral do país. Aqueles que querem seguir a carreira docente obtiveram 42,9 pontos a mais em matemática, 52,5 em ciências e 59,1 em leitura.

Os países com os maiores percentuais de estudantes que querem ser professores são Argélia, onde 21,7% dos estudantes querem ser professores, e Kosovo, onde esse percentual chega a 18,3%. Nesses países, no entanto, o desempenho desses alunos não é bom, "mas é muito similar ao desempenho geral dos estudantes do país, que é baixo", diz o estudo. Coreia e a Irlanda estão também entre os países com os maiores percentuais, respectivamente 13,8 e 12,6%. Ao contrário da Argélia e Kosovo, o desempenho dos alunos é bom, chegando, na Coreia, a ser superior à média nacional.

“O que o dado brasileiro revela é o fato que a ocupação de professor está com problemas de atratividade. As pessoas que têm notas mais altas escolhem outras profissões”, diz o professor de economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) Fábio Waltenberg, um dos autores do estudo “Ser ou não ser professor da Educação Básica? Salário esperado e outros fatores na escolha ocupacional de concluintes de licenciaturas”. Segundo Waltenberg, o salário é um dos entraves para a escolha da profissão.

Equiparação salarial

Professores de escolas públicas ganham, em média, 74,8% do que ganham profissionais assalariados de outras áreas, ou seja, cerca de 25% a menos, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Essa porcentagem subiu desde 2012, quando era 65,2%.

Por lei, pelo Plano Nacional de Educação, esse salário deve ser equivalente ao de outros profissionais com formação equivalente até 2020.

De acordo com o diretor do Iede, Ernesto Martins Faria, três aspectos contribuem para a atratividade da profissão. “Planos de carreira para professores e educadores, ações específicas de valorização, que geram estímulo e permanência, e coesão escolar. O funcionamento da escola tem a ver com visão consistente, semelhante de gestor, coordenador pedagógico e educadores”, diz.

Segundo ele, o fato de os professores serem muitos e estarem ligados a Estados e municípios, muitas vezes com orçamentos restritos, dificulta sobretudo a existência de planos de carreira atrativos. “Estamos falando da carreira de 2 milhões de professores, [não apenas o Brasil], o mundo sofre para oferecer uma carreira atrativa”.

Apesar das dificuldades, a estudante de licenciatura em ciências sociais Aniely Silva, 20 anos, não desiste do sonho de ser, assim como Castro, professora de ensino médio. Ela conta que a vontade ficou mais forte após participar das ocupações de escolas em São Paulo.

“Durante as ocupações das escolas, percebi o quanto de informação não chega para nós, que somos de periferia e de escola pública. Queria conseguir levar informação para as pessoas. Quando a informação chega como conhecimento, muda a realidade das pessoas, como mudou a minha”.

Aniely arremata: “Não escolhi a profissão pelo salário e não me desmotiva. Quero estudar muito para ser muito boa no que eu faço e lutar para melhorar a educação, por mais investimento e valorização dos professores”.

(Fonte: Agência Brasil)

Morreu aos 92 anos, em São Paulo, a escritora Zibia Gasparetto. Ela lutava contra um câncer no pâncreas. O enterro será às 15h, no Cemitério de Congonhas. O velório começa de manhã. Há cinco meses, ela perdeu um dos filhos, o apresentador Luiz Gasparetto, de 68 anos, que morreu de câncer no pulmão.

Em 68 anos dedicados ao Espiritismo, Zibia Gasparetto publicou 58 obras e teve mais de 18 milhões de livros vendidos. Os livros dela fazem uma espécie de ponte entre os vivos e os que já morreram. Nas redes sociais, a equipe da escritora confirmou a morte.

“O astral recebe com amor uma de suas representantes na Terra.”, diz o texto. “Zibia Gasparetto, 92 anos, completou hoje sua missão entre nós e parte para uma nova etapa ao lado de seus guias espirituais, deixando uma legião de fãs, amigos e familiares, que foram tocadas por sua graça, delicadeza e por suas palavras sábias”.

Em várias entrevistas, Zibia Gasparetto dizia ser médium consciente, quando recebia mensagens como se fosse alguém a sussurrar no ouvido dela sobre o que deveria ser escrito. Ela costumava escrever quatro vezes por semana, utilizando o computador.

“Esse legado será eterno, e os conhecimentos de Zibia sobre as relações humanas e espirituais serão transmitidos por muitas e muitas gerações. Ela segue em paz ao plano espiritual, olhando por todos nós”, diz a equipe da escritora.

(Fonte: Agência Brasil)

Todos os estudantes do ensino médio deverão ter acesso a mais de um itinerário formativo no próprio município onde estudam, de acordo com a revisão preliminar das Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio, que foi divulgada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e está disponível para análise e contribuições de toda a sociedade até o dia 23 de outubro.

Além dos itinerários, as redes terão que ofertar uma parte comum a todos os estudantes, que será definida pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em discussão no CNE.

As diretrizes vigentes estão sendo revistas pelo CNE para se adequarem ao Novo Ensino Médio, aprovado em 2017. Pela nova lei, os estudantes poderão escolher ter formações específicas em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ensino técnico. Uma das preocupações levantadas durante a discussão da lei era a oferta das várias opções aos estudantes, sobretudo em municípios menores.

O documento disponibilizado pelo CNE diz que os sistemas de ensino devem garantir a oferta de mais de um itinerário formativo em cada município, permitindo aos estudantes a escolha, dentre diferentes arranjos curriculares, “atendendo, assim, à heterogeneidade e à pluralidade de condições, interesses e aspirações”.

O documento estabelece, ainda, que o Ministério da Educação (MEC) deverá elaborar um guia para orientar as instituições e redes de ensino na implementação dos itinerários formativos no ensino médio.

A oferta de itinerários formativos deve considerar as possibilidades estruturais e de recursos das instituições ou redes de ensino. Para garantir a oferta de diferentes itinerários, podem ser estabelecidas parcerias entre diferentes instituições de ensino, devidamente credenciadas pelos sistemas de ensino. Caberá aos sistemas de ensino estabelecer as regras para a escolha do itinerário formativo pelo estudante.

Ensino a distância

A revisão das diretrizes estabelece, ainda, que as redes de ensino poderão ofertar, no total, até 20% da formação a distância. A modalidade pode ser aplicada tanto na formação geral básica quanto nos itinerários formativos do currículo. É preciso, no entanto, ter suporte tecnológico e pedagógico apropriado. A porcentagem poderá, a critério dos sistemas de ensino, chegar a 30% no ensino médio noturno.

Ontem (9), a Comissão do Ensino Médio da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação colocou em consulta pública para contribuições da sociedade brasileira,

O documento com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio estará disponível para análise e contribuições até o dia 23 de outubro de 2018 no “site” do CNE, em http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/audiencias-e-consultas-publicas. As contribuições deverão ser feitas pelo “e-mail” [email protected].

(Fonte: Agência Brasil)

Especialistas da Autoridade de Arqueologia de Israel (AAI) encontraram uma pedra com uma inscrição de 2 mil anos de idade na qual se lê "Jerusalém" em hebraico.

Localizada em uma escavação sob o Centro de Convenções de Jerusalém (Binyanei Ha'Uma) durante a reforma de uma estrada, a pedra será exibida ao público no Museu de Israel, em Jerusalém.

O texto, no qual se lê "Hananiah, filho de Dódalos de Jerusalém", é o mais antigo em hebraico com o nome da cidade santa de forma completa e como se pronuncia hoje.

A pedra estava em uma coluna de um edifício romano, onde aparece a inscrição aramaica, escrita em letras hebraicas caraterísticas da época do Segundo Templo (século I d.C.) e os especialistas afirmam que data da época do reinado de Herodes, o Grande.

Emoção

"Como morador de Jerusalém, me sinto emocionado por poder ler esta inscrição, feita há dois mil anos, especialmente quando penso que será acessível a todas as crianças que conseguem ler e que usa o mesmo alfabeto usado há dois milênios", afirmou, em comunicado, o professor Ido Bruno, diretor do Museu de Israel, em referência à recuperação do idioma hebraico após o nascimento do Estado de Israel.

"As inscrições da época do Primeiro e Segundo Templo mencionando Jerusalém são escassas. E mais raro ainda é que esteja escrita completamente da forma como fazemos hoje, já que, normalmente (o nome da cidade), aparece abreviado", afirmou o arqueólogo Yuval Baruch, da AAI, e Ronny Reich, professor da Universidade de Haifa.

"Esta é a única inscrição em pedra do período do Segundo Templo onde aparece soletrada totalmente. Só foi encontrada (a palavra completa) em outro lugar, em uma moeda da Grande Revolta contra os romanos (66-77 d.C.)", acrescentou.

Além da inscrição, o Museu de Israel também colocará em exposição um mosaico grego do século VI d.C., localizado nos arredores da Cidade Velha de Jerusalém e que lembra a construção de um edifício público bizantino por parte do imperador Justiniano, e a cobertura de um sarcófago do século XI d.C., com uma inscrição "Filho do Grande Sacerdote" em hebraico.

(Fonte: Agência Brasil)

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Enquanto 6,1% dos cursos presenciais obtiveram o maior Conceito Enade, apenas 2,4% dos cursos a distância obtiveram a avaliação máxima, de acordo com dados divulgados, nesta terça-feira (9), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O Conceito Enade foi calculado com base no desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2017.

O Enade é um exame feiro por estudantes – ao término dos cursos de graduação – para avaliar conhecimentos, competências e habilidades desenvolvidas ao longo do curso. Levando em consideração o desempenho dos estudantes nas provas, os cursos são classificados seguindo uma escala de 1 a 5.

O conceito 3 reúne a maior parte dos cursos, aqueles que tiveram um desempenho menor que a maioria recebem conceitos 1 ou 2. Já os que tiveram desempenho superior à maioria, recebem 4 ou 5.

Na educação a distância (EaD), 39,4% obtiveram conceito 2 e 6,3%, conceito 1, o que significa que 45,7% obtiveram desempenho menor que a maioria. Apenas 2,4% tiveram conceito máximo, 5, e 12,4%, conceito 4. Ficaram com conceito 3, 39,6% dos cursos avaliados.

Na educação presencial, o resultado foi diferente, 27,6% conseguiram conceito 2 e 4,9%, conceito 1, totalizando 32,5%. Na outra ponta, 22,4% ficaram com conceito 4, e 6,1%, com conceito 5. Ao todo, 39,1% desses cursos ficaram com conceito 3.

Matrículas

O último Censo da Educação Superior mostrou que as matrículas em cursos a distância cresceram 17,6% de 2016 para 2017, o maior salto desde 2008. A maior parte dos estudantes de EaD, 90,6%, está matriculada em instituições de ensino privadas.

O Conceito Enade é um dos indicadores de qualidade do ensino superior. Também com base no desempenho dos estudantes no exame e outros componentes é calculado o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Esperado e Observado (IDD) e o Conceito Preliminar de Curso (CPC); e, a partir dos CPCs, o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC).

Os resultados servem como orientadores das avaliações locais do ciclo avaliativo e são, segundo o Inep, importantes instrumentos de avaliação da educação superior brasileira.

No geral, considerando cursos presenciais e EaD juntos, 5,9% dos cursos conseguiram o conceito máximo, 5; 21,9% ficaram com conceito 4; 39,1%, conceito 3; 28,1% tiveram conceito 2 e 5%, conceito 1.

Como foi a aplicação do Enade

Em 2017, cerca de 451 mil estudantes de 10,6 mil cursos de 1,5 mil instituições de ensino participaram do Enade.

Foram avaliadas as seguintes áreas com cursos de bacharelado e/ou licenciaturas: arquitetura e urbanismo; artes visuais; ciência da computação; ciências biológicas; ciências sociais; educação física; filosofia; física; geografia; história; letras inglês; letras português; letras português e espanhol; letras português e inglês; matemática; música; pedagogia; química e sistema de informação.

Foram analisados, também, os cursos de engenharia e engenharias ambiental; civil; de alimentos; de computação; de controle e automação; de produção; elétrica; florestal; mecânica e química, além dos cursos superiores de tecnologia nas áreas de análise e desenvolvimento de sistemas; gestão da produção industrial; gestão da tecnologia da informação e redes de computadores.

(Fonte: Agência Brasil)

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Cinco livros sobre direitos humanos do acervo da Biblioteca Central (BCE) da Universidade de Brasília (UnB) foram, propositalmente, danificados, tendo algumas páginas rasgadas e riscadas. A instituição divulgou nota informando que está fazendo uma varredura em outros títulos que tratam do mesmo assunto para verificar se há mais obras vandalizadas.

O diretor da BCE, Fernando Leite, informou à Agência Brasil que está sendo feita uma investigação preliminar para apurar as circunstâncias e identificar os responsáveis. Segundo ele, a varredura no acervo deve demorar entre 7 e 15 dias.

A gente precisa fazer essa identificação para encaminhar o caso para a Polícia Federal. O livro dentro de uma universidade pública é patrimônio público, e a investigação sobre depredação de patrimônio público é atribuição da PF”, explicou.

Leite disse que funcionários da biblioteca já tinham identificado danos em três dessas obras ao longo do primeiro semestre do ano. Os títulos foram encaminhados para o setor de restauração da universidade. “Quando soubemos de outras duas obras com o mesmo tema, percebemos que não era uma coincidência”, disse.

A Biblioteca Central ocupa uma área de mais de 16 mil metros quadrados, guardando um acervo de 1,5 milhão de itens. Como a maior parte está disposta em estantes, ao longo de mais de 500 corredores, nem todos os locais têm câmeras.

Em nota, o Ministério dos Direitos Humanos lamentou o episódio e ressaltou que a coexistência de ideias e leituras distintas sobre fatos históricos é essencial para a construção de uma sociedade plural, pacífica e tolerante.

“Rasgar obras literárias que veiculam narrativas sobre as conquistas em direitos humanos é, em última análise, impedir a formação de uma visão crítica e democrática do mundo que nos cerca”, destacou o ministro Gustavo Rocha.

(Fonte: Agência Brasil)

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O presidente Michel Temer e o ministro da Educação, Rossieli Soares, anunciaram, nesta quinta-feira (4), investimentos de R$ 600 milhões para apoiar a implementação do Novo Ensino Médio e para a avaliação do impacto do Programa do Ensino Médio em Tempo Integral, em escala nacional. Temer ressaltou a importância dos programas, que, segundo ele, beneficiam demandas educacionais e sociais. "De um lado, a vertente educacional, se fica mais na escola, vai aprender mais. Mas tem a vertente social, num país pobre como o nosso, muitos dos alunos são carentes são vulneráveis, eles se alimentam na escola, essa é a grande vantagem do ensino integral".

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), 312 escolas públicas de ensino médio em todos os Estados e no Distrito Federal poderão participar da pesquisa de impacto sobre o tempo integral no ensino médio. As avaliações serão feitas no âmbito de qualidade do aprendizado, rendimento escolar e redução de desigualdades entre os alunos, entre outras variáveis. O objetivo é mensurar o retorno social do investimento, no combate à reprovação e ao abandono dos estudantes, e qualificar os gastos em educação.

"Não dá mais para ter 3,5 milhões de jovens entrando no primeiro ano do ensino médio e 1,7 milhão concluindo. Estamos perdendo milhões de jovens", disse o ministro Rossieli Soares. "Se continuarmos formando mal os nossos jovens, estamos jogando fora o futuro deles", ressaltou.

Para a execução da pesquisa, o MEC vai disponibilizar R$ 200 milhões, a serem pagos ainda em 2018, às escolas que adotarão o tempo integral em 2019. A verba será distribuída de acordo com a quantidade de alunos matriculados.

As escolas pré-selecionadas como elegíveis pelo MEC têm em comum a alta vulnerabilidade socioeconômica, o mínimo de 100 alunos matriculados no ensino médio e ainda não contam com ensino médio em tempo integral. Escolas, mesmo sem a infraestrutura adequada, podem participar da pesquisa, mas é requisito a adequação até 2020. Segundo Soares, os recursos poderão ser utilizados para melhorar essa infraestrutura, em material pedagógico e formação e em salários e gratificações.

A portaria de avaliação de impacto deverá ser publicada, amanhã (5), pelo MEC, e a adesão poderá ser feita pelas escolas até 19 de outubro.

Para Soares, é preciso pensar a política pública já considerando o seu processo de avaliação. “Isso é muito importante para que o Brasil tome decisões mais acertadas a partir de evidências claras. Acertando no uso do dinheiro público", disse.

"O MEC tem discutido muito para que, cada vez mais, a gente avance em políticas públicas baseadas em evidencias, sabendo o que dá certo e porque dá certo", explicou o ministro. "Não dá mais para ser como era, ter uma política pública sem nenhum acompanhamento, sem saber se teve resultado", acrescentou.

Implementação do ensino médio

Para apoiar a implementação do Novo Ensino Médio até 2020, cerca de 5 mil escolas de ensino médio receberão R$ 400 milhões do Programa Dinheiro Direto na Escola. Os recursos serão pagos em três parcelas, a primeira será paga ainda em 2018 e corresponde a 20% do valor do repasse. De acordo com o MEC, a escola terá que cumprir metas para o recebimento de cada uma das parcelas.

Os recursos deverão ser utilizados, preferencialmente, para adequação da infraestrutura, aquisição de equipamentos, projetos pedagógicos e formação de professores. Além disso, a verba também poderá ser destinada à aquisição de material permanente e de consumo, na avaliação da aprendizagem e do desenvolvimento de atividades educacionais.

Soares explicou que escolas que têm alunos com perfil de nível socioeconômico muito baixo ou baixo, escolas quilombolas, indígenas e rurais, por exemplo, receberão um adicional de 10% do valor. A prioridade, segundo o ministro, é investir em escolas que têm menos de mil horas no currículo de cada ano do ensino médio, para que alcancem essa carga horária.

"Algo que temos que trazer para o centro [do debate] é o aprendizado. Há pouco tempo divulgamos os resultados da educação brasileira e eles são preocupantes, especialmente em relação ao ensino médio, que não tem tido melhoria na aprendizagem. Os jovens continuam abandonando a escola, e esse processo de transformação é muito importante. A gente precisa colocar o jovem no centro, trabalhar o protagonismo da nossa juventude", disse o ministro da Educação.

A portaria do Programa Dinheiro Direto na Escola para o Novo Ensino Médio também deverá ser publicada, amanhã (5), pelo MEC. As escolas terão de 5 a 25 de novembro para aderir ao programa.

Piores indicadores

O ensino médio é o grande gargalo da educação básica brasileira. É a etapa que concentra os piores indicadores escolares: altas taxas de abandono, alta porcentagem de repetência e piores índices de aprendizagem.

De acordo com o Ministério da Educação, quando saem da escola, ao término do ensino médio, sete em cada 10 estudantes não aprendem o básico em português. O mesmo número tem aprendizado insuficiente em matemática. Na outra ponta, apenas 4,5% dos estudantes alcançaram um nível de aprendizagem considerada adequada pelo MEC em matemática e 1,6% em língua portuguesa.

O Novo Ensino Médio, aprovado no ano passado, estabelece que as escolas passem a ensinar um conteúdo comum a todo o país, que deverá ocupar 1,8 mil horas dos três anos da etapa de ensino e que, no tempo restante, os estudantes possam receber formações específicas em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ensino técnico, escolhendo uma de preferência.

A parte comum será definida pela Base Nacional Curricular Comum, que, atualmente, está em discussão no Conselho Nacional de Educação. Além da base, o conselho discute diretrizes que vão orientar as redes de ensino na implementação da nova lei.

(Fonte: Agência Brasil)