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O Ministério da Educação (MEC) solicitou ao presidente Michel Temer o adiamento do início do horário de verão em razão das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O horário de verão está previsto para começar no dia 4 de novembro, data marcada para a realização do primeiro domingo de provas do exame.

Com o início do horário de verão, os relógios, em dez Estados e no Distrito Federal, devem ser adiantados em uma hora. A avaliação do MEC é que a alteração no horário poderia criar confusão, fazendo com que candidatos possam perder o exame por causa da alteração no horário.

As datas das provas do Enem foram divulgadas pelo Ministério da Educação (MEC) em 18 de janeiro deste ano para os dias 4 e 11 de novembro. No dia 4, serão aplicadas as questões de linguagem, ciências humanas e redação, com duração prevista de 5h30. No dia 11, será a vez das questões de ciências da natureza e matemática, com duração de 5h. A abertura dos portões será às 12h e o fechamento, às 13h.

Tradicionalmente, o horário de verão tem início partir da meia-noite do terceiro domingo de outubro. Mas, um decreto do dia 15 de dezembro do ano passado, alterou a data, definindo que o início do horário de verão ocorra no primeiro domingo de novembro.

A alteração atendeu a um pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que havia solicitado que a mudança não coincidisse com o segundo turno das eleições deste ano, marcado para 28 de outubro.

O tribunal argumentou que a alteração visava dar mais agilidade na apuração e divulgação dos resultados das eleições. Segundo o TSE, a realização do segundo turno durante o horário de verão teria o início das apurações com horários diferentes em alguns Estados que não aplicam o horário de verão.

Ainda não há uma resposta do Palácio do Planalto a respeito do pedido do MEC. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) não discute a possibilidade de alterar as datas das provas. Caso o pedido não seja acatado, o horário de verão começará à 0h do dia 4 de novembro e terminará em 16 de fevereiro de 2019.

Durante este período, os relógios serão adiantados em uma hora nos municípios dos Estados de Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul , Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal.

(Fonte: Agência Brasil)

Mais da metade dos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em fase de amortização em junho está com pagamento atrasado. Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), de um total de 727.522 contratos, 416.137 (57,1%) estão irregulares. As dívidas já totalizam cerca de R$ 20 bilhões.

Na avaliação do diretor de Gestão do Fies, Pedro Pedrosa, o “deficit” pode triplicar nos próximos anos, caso o nível de inadimplência não seja controlado. Um dos argumentos do governo federal para justificar a reestruturação do programa foi, justamente, a quantidade de estudantes que não conseguiam manter suas parcelas em dia. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), já no ano passado, eram constatados aumentos consecutivos no percentual de inadimplência.

No início de 2018, o Fies foi reformulado e passou a contar com três linhas de financiamento. Na primeira, para estudantes com renda familiar mensal de até três salários mínimos, o aluno paga as prestações sem juros. Já as outras modalidades de financiamento, reunidas sob a classificação P-Fies, são destinadas a estudantes com renda “per capita” mensal familiar de até cinco salários mínimos. Nesses casos, uma taxa de juros incide sobre a prestação, com um valor determinado pela instituição bancária na qual foi fechado o contrato. Em todas as modalidades do programa, o universitário começa a quitar seu débito somente após sua formatura em seu curso.

Inicialmente, o governo decidiu destinar 100 mil das 310 mil vagas à modalidade de prestações com juros zero. Para as modalidades P-Fies, foram abertas 150 mil vagas para estudantes das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e 60 mil vagas distribuídas em todo o Brasil.

Desemprego

Pedrosa diz que foi por estar ciente do possível impacto da crise econômica que o governo federal buscou incorporar ao Novo Fies a prévia do valor das prestações a serem pagas. Com isso, haveria, em tese, uma tendência de o aluno reservar a quantia necessária para quitá-las dentro do prazo de vencimento. "Antes, ele não sabia o total da dívida, ia descobrindo quando ia fazendo os aditamentos. O que trouxemos para o novo modelo foi uma maior transparência. [Atualmente] Quando for fazer o cálculo, vai saber qual a taxa percentual de correção que a mantenedora pode cobrar."

O diretor informou, ainda, que o governo deve definir, até o mês que vem, medidas capazes de reduzir o alto índice de inadimplência entre os beneficiários do programa.

Dados do Censo da Educação Superior, apresentados pelo Ministério da Educação na semana passada, demonstram que, desde 2015, tanto o Fies como o Prouni têm sido trocados por outras formas de financiamento e bolsas estudantis, como aqueles oferecidos pelas próprias instituições de ensino e governos municipais e estaduais.

Conforme o levantamento, em 2015, o Fies foi a porta de acesso para quase metade (49,5%) dos alunos matriculados na rede privada mediante bolsa ou financiamento. Em 2017, a porção caiu para 37,1%, ficando em uma faixa intermediária na preferência de universitários com esse perfil, entre Prouni (21,1%) e demais formas de aportes (41,8%).

(Fonte: Agência Brasil)

Escolas particulares de todo o país começam a anunciar os reajustes nas mensalidades que serão cobradas em 2019. Os valores variam de acordo com a região e também com o local onde está o estabelecimento. Pais e responsáveis, no entanto, podem se proteger e questionar as escolas caso percebam aumentos abusivos.

No Distrito Federal, setembro é o mês em que, geralmente, as instituições começam a fechar os valores que serão cobrados, de acordo com o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe-DF), Álvaro Domingues. “Em geral, divulga-se nesta época do ano para as famílias se planejarem”, diz.

Domingues afirma que não é possível prever uma média de reajuste, uma vez que escolas têm autonomia para decidir os novos valores das mensalidades. “Tem escola que pode não reajustar o valor, tem escola que reajusta mais do que a inflação, tem escola que reajusta menos. Vai variar”.

Pela Lei 9.870/99, não existe um teto de reajuste escolar. Uma vez que não podem reajustar o valor durante o ano letivo, elas precisam calcular quanto será necessário para cobrir as despesas do próximo ano. Entram no cálculo, por exemplo, os salários dos professores, as contas de luz, água, o aluguel, entre outros gastos.

“O que a gente orienta os gestores da escola é que observem, principalmente, o mercado, a demanda que existe, a legislação e que façam um planejamento que seja sustentável”, explica Domingues.

A situação varia de acordo com a região do país. No Amazonas, a crise econômica fez com que muitos estudantes trocassem escolas mais caras por escolas mais baratas, até mesmo escolas particulares por escolas públicas. Os reajustes em 2018 variaram de 0% até 7,5%, segundo o diretor de Legislação e Normas do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado do Amazonas, Paulo Sergio Ribeiro.

Para ele, até o ano passado, a crise afetou, significativamente, as famílias. “A tendência para o ano que vem é iniciar um processo de recuperação. Muitas famílias vêm negociando com as instituições, fazendo antecipação de pagamento, conseguindo descontos, isso tem sido comum”.

Devido ao cenário de retomada, Ribeiro acredita que a tendência é que as escolas aumentem as mensalidades e que haja menos instituições que mantenham o que cobram atualmente. “É muito difícil a escola manter os mesmos valores. Estamos percebendo uma retomada de crescimento das matrículas”.

De acordo com o Censo da Educação Básica, em 2017, do total de 48,6 milhões de estudantes, cerca de 8,9 milhões eram de escolas particulares. Pouco menos da metade, 4,2 milhões, desses estudantes está na Região Sudeste e 2,3 milhões apenas em São Paulo.

No Estado, também não é possível ainda ter uma estimativa dos reajustes, de acordo com o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo, Benjamin Ribeiro. “Tem escola cuja mensalidade varia de R$ 400 a R$ 500 e escola que cobra R$ 7 mil ou R$ 8 mil por mês, escolas na periferia e outras em áreas nobres, cujos imóveis e, consequentemente, os aluguéis têm preços diferentes”.

A concorrência, segundo Ribeiro, ajuda no controle de preços. “Se uma escola fizer bobagem, o pai muda o filho de instituição. Tem a opção de mudar. A escola não faz um aumento abusivo em função disso, senão acaba tendo problema”.

Direitos dos responsáveis

A Lei 9.870 estabelece que a necessidade do aumento na anuidade deve ser comprovada por meio de uma planilha de custos. Os novos valores, com os documentos que comprovem o aumento, devem ser fixados em locais visíveis e de fácil acesso na escola 45 dias antes do prazo final para a realização da matrícula, e enviados aos responsáveis quando solicitados.

Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o fato de não existir um valor máximo para o reajuste da mensalidade não impede a contestação do aumento. “Caso o consumidor se depare com um aumento que considere abusivo, ele pode solicitar à escola a justificativa detalhada de tal reajuste”, diz a instituição.

O Idec aconselha que os responsáveis tentem uma resolução amigável. Se preferirem, podem procurar entidades de defesa do consumidor, como o Procon. O instituto diz ainda que, caso todas as possibilidades de diálogo tenham se esgotado, é possível entrar com ação no Juizado Especial Cível. “Uma saída adotada por muitos consumidores é reunir um grupo de pais para contestar o aumento na Justiça”, acrescenta.

O presidente da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do Distrito Federal (Aspa-DF), Luis Claudio Megiorin, recomenda aos pais e responsáveis que busquem negociar com as escolas. “Os pais devem negociar, à exaustão, descontos, principalmente se tiverem mais de um filho matriculado. Devem também procurar falar com a escola e saber por quê aumentou, conversar com professores para saber se tiveram aumento real e de quanto foi. Os pais podem ajudar professores no sentido de que sejam reconhecidos e valorizados no trabalho. [O reajuste] serve de alerta para os pais verificarem se aquele serviço prestado está compatível com o valor pago”, defende.

(Fonte: Agência Brasil)

A segunda-feira (24/9) foi, bastante, agitada para o deputado federal Juscelino Filho (DEM), candidato à reeleição nas eleições de outubro. O democrata fez campanha nas cidades de Santa Inês, Pio XII e Bela Vista, onde recebeu o apoio de lideranças locais em relação ao projeto político apresentado por ele.

A agenda do presidente estadual do DEM começou pela manhã, em Santa Inês. Ao lado da prefeita Vianey Bringel, do deputado e candidato ao Senado Weverton Rocha, do suplente a senador, Dr. Roberth Bringel, e do prefeito de Barão de Grajaú, Gleydson Resende, Juscelino Filho realizou uma caminhada pela Rua do Comércio, onde cumprimentou e conversou com comerciantes, vendedores e com quem passava pelo local.

Em cada estabelecimento comercial que passava, o democrata recebia o apoio das pessoas como uma forma de agradecimento pelos serviços prestados em seu primeiro mandato para o município de Santa Inês.

À tarde, o deputado participou de uma reunião no Povoado Bacuri dos Quaresmas, em Pio XII, organizada pelas lideranças políticas Ildean e Isabel Quaresma. O encontro contou com a presença de moradores de outros povoados como Cordeiro, Lagoa, Cigana, Centrinho, Celeiro e Fazenda Nova, que dialogaram sobre melhorias ao município com Juscelino Filho.

Arrastão em Bela Vista

O último evento do dia foi um arrastão na cidade de Bela Vista. A atividade política movimentou o município, e uma multidão foi às ruas apoiar a reeleição do presidente do Democratas no Maranhão. Ao lado do prefeito Orias, Juscelino Filho foi apresentado como o candidato federal da cidade de Bela Vista e recebeu o carinho das pessoas.

Em seu discurso, o democrata lembrou aos presentes os benefícios que conseguiu levar para Bela Vista nas áreas de infraestrutura e de saúde. Ele garantiu que continuará trabalhando pela cidade em seu próximo mandato.

“Em todos os anos do meu mandato, teve uma emenda do Juscelino para Bela Vista. Isso demonstra compromisso, lealdade ao grupo e amor ao povo dessa terra. E aqui estou de volta para pedir que me ajudem a ser o deputado mais votado daqui. Quero continuar ajudando esta cidade. Vamos, agora, colocar uma emenda para construir o mercado municipal. E é assim que se faz. Quem tem palavra, cumpre. E eu tenho palavra”, afirmou o deputado.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

Cada vez mais, cachorros e gatos dividem espaços com seus donos em casa num comportamento tão próximo ao dos humanos, que envolve cardápios elaborados, direito a passeios especiais, adestradores e salão de beleza. Hábitos que criam negócios bilionários e estão em curva ascendente. Só o comércio varejista do mercado Pet faturou mais de R$ 32 bilhões no ano passado, estimulando a abertura de novos pontos de venda e a indústria do setor.

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) indicam que, no ano passado, os fabricantes de alimentos, medicamentos e acessórios para o mercado Pet tiveram um faturamento de R$ 20,37 bilhões, o equivalente a 6,9% a mais do que em 2016.

Em 2018, a previsão é alcançar R$ 21,77 bilhões. Cerca de 68,6% desse total referem-se a produtos para nutrição animal, que, em sua composição, levam milho, soja, arroz, trigo e carnes de aves, bovinos e peixes.

Potencial

Para o presidente da Abinpet, José Edson Galvão de França, a crise econômica fez os consumidores mudarem de comportamento. “Os tutores de animais de estimação não deixaram de comprar, mas estão procurando produtos mais em conta”, afirmou. O executivo reconhece, no entanto, que há “um potencial gigantesco” a ser explorado.

Segundo França, há uma clientela atenta às ofertas e aos serviços. Segundo ele, aumentou a demanda por vários serviços, como banho e tosa, passeios feitos pelos “pet walkers”, adestradores e por creches de animais. “Há uma conscientização de que é importante a socialização dos “pets” não só com integrantes das famílias, mas com outros animais”.

Em relação ao aumento do leque de produtos, ele destacou as opções de alimento completo e com versões para atender às necessidades especiais e, ainda, a oferta de acessórios e produtos que “humanizam” esses animais. Ele informou que, para padronizar a qualidade na produção, foi criado o “Manual Pet Food Brasil”, em sua 9ª edição.

“Ranking” mundial

O Brasil é o terceiro maior mercado mundial, com uma participação de 5,1%, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido. Com base em levantamentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Abinpet observou que o país ocupa a terceira colocação em número de animais (132 milhões) e só perde para a China (417 milhões) e os Estados Unidos (232 milhões).

Dados do Instituto Pet Brasil, citados pela Abinpet, mostram que, no ano passado, o comércio varejista do setor passou por expressiva profissionalização, tendo alcançado um faturamento de R$ 32,92 bilhões entre serviços gerais, alimentos (“Food”), equipamentos e acessórios (“Care”), produtos veterinários (“Prod Vet”), serviços veterinários (“Serv Vet”) e vendas de animais de estimação.

As maiores movimentações ocorreram no varejo especializado (“Pet Shops”), com R$ 26,61 bilhões. Desses, R$ 1,27 bilhão são da venda de animais de estimação, 4,77% da demanda dos “Pet Shops”. Na venda direta de animais pelo criador ao tutor, o volume atingiu R$ 3,39 bilhões.

Já o montante dos alimentos vendidos em supermercados somou R$ 2,03 bilhões ou 6,1% do canal de vendas. Em 2017, o faturamento do setor cresceu 5,8% sobre o ano anterior, quando havia alcançado R$ 31,11 milhões.

Investidores

Os investidores estrangeiros ampliam sua participação nesse segmento. Só neste ano, a rede Petz, que se tornou líder no varejo após a entrada no negócio do fundo norte-americano Warburg Pincus, já conta com 71 estabelecimentos espalhados em sete Estados ((São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul) e no Distrito Federal.

O coordenador de “Marketing” da rede Petz, André Marinho, informou que, até o fim deste ano, o número deve chegar a 80 e com a meta de continuar crescendo. A projeção, segundo revelou, é atingir 120 pontos de venda até 2020.

Para Marinho, o mercado foi estimulado tanto pela “humanização” dos animais, principalmente os cães, que deixaram os quintais, indo para dentro de casa e, hoje, ocupando a mesma cama de seus donos, quanto pela profissionalização do setor.

“Tem cursos na área, tratamentos superdiferenciados, adoção de animais resgatados das ruas e a questão do afeto. Tem gente que deixa de comprar para si, para não faltar nada para o ‘pet’, que é colocado em primeiro lugar, e a gente aposta bastante nisso”, disse.

Luxo

A lista de luxo dos produtos para cães inclui até vinho e cerveja. São composições à base de ração feita com carne, à qual são adicionados os aromas dessas bebidas. Seguindo o cardápio dos humanos, há também brigadeiros e panetones. De acordo com Marinho, o mercado “pet” voltado para os gatos também está crescendo.

Os mais de 20 mil itens do mercado “pet” incluem alimentos, acessórios, brinquedos e farmácia para vários tipos de animais. Nas megalojas, o espaço é dividido por setores, como Safári (com hamsters, coelhos, chinchilas, porquinhos da índia e aves diversas), além do Aquarismo, Cães, Gatos , Filhotes e variedades de flores e plantas.

No local, o cliente conta com veterinários especializados no atendimento de cães, gatos, peixes, aves, roedores e répteis. Nos fins de semana, são promovidos eventos de adoção em sistema de parceria com organizações não governamentais (ONGs).

(Fonte: Agência Brasil)

Estão abertas, a partir de hoje (24), as inscrições para as vagas que não foram preenchidas no processo seletivo regular do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), referentes ao segundo semestre de 2018. Para concorrer, os interessados devem fazer um cadastro no “site” do programa.

Podem disputar as vagas remanescentes candidatos que tenham participado de alguma edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) desde 2010 e tenham obtido a nota mínima de 450 pontos nas provas e acima de zero na redação. Além disso, é necessário comprovar renda familiar mensal bruta “per capita” de até três salários mínimos.

Uma vez pré-selecionados, eles terão um prazo de dois dias úteis para complementar os dados solicitados pelo FiesSeleção e, em seguida, três dias úteis para comparecer à instituição onde serão validadas as informações inseridas. Com a validação dos dados, os candidatos poderão comparecer ao banco para efetivar a contratação do financiamento.

Prazos de inscrição

As datas para a inscrição, tanto de início quanto finais, variam de acordo com o perfil do estudante. A prioridade é dos estudantes que participaram do processo seletivo regular do Fies do segundo semestre de 2018 e se inscreveram em cursos nos quais não houve formação de turma no período inicial. Para esses, o prazo de inscrição termina na quinta-feira (27).

O prazo de inscrição para os candidatos que desejam concorrer à vaga em instituições nas quais não estão matriculados termina no dia 1º de outubro e, para aqueles que querem concorrer a financiamentos nas instituições nas quais já estão matriculados, no dia 9 de novembro.

O cronograma detalhado dos períodos de inscrição está disponível na página do Fies.

Cursos superiores

O Fies concede financiamento a estudantes em cursos superiores de instituições privadas com avaliação positiva pelo Ministério da Educação (MEC).

O Novo Fies tem modalidades de acordo com a renda familiar. A modalidade Fies tem juro zero para os candidatos com renda mensal familiar “per capita” de até três salários mínimos.

Nesse caso, o financiamento mínimo é 50% do curso, enquanto o limite máximo semestral é R$ 42 mil.

A modalidade chamada de P-Fies é para candidatos com renda familiar “per capita” entre 3 e 5 salários mínimos.

Nesse caso, o financiamento é feito por condições definidas pelo agente financeiro operador de crédito, que pode ser um banco privado ou Fundos Constitucionais e de Desenvolvimento.

(Fonte: Agência Brasil)

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O ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill citava que havia “uma enorme quantidade de mentiras circulando pelo mundo, e o pior que metade delas é verdade”. Mais cáustico, o brasileiro Millôr Fernandes escreveu “ninguém é dono da verdade. Mas a mentira tem acionista à beça”.

O recém-lançado livro “Você foi Enganado”, de Cristina Tardáguila (da Agência Lupa) e Chico Otávio (do jornal “O Globo”) confirma os ditos. Os dois jornalistas percorreram os 100 últimos anos da história do Brasil e mostram as mentiras ditas aos brasileiros por presidentes de diversos matizes ideológicos. Algumas mentiras não podiam ser desmentidas ou circularam tanto que tiveram alguma veracidade à época.

A ideia de fazer o livro, lançado pela Editora Intrínseca, surgiu quando Cristina visitou, nos Estados Unidos, a redação do “site” Politfact e viu pendurado, na parede, um pôster com “grandes besteiras ditas por presidentes americanos”. Ela achou uma grande sacada e comparou, antes de convidar Chico Otávio para a empreitada: “A gente tem um acervo mais bacana que eles”.

A seguir, principais trechos da entrevista dos dois autores à Agência Brasil.

Agência Brasil – Como fizeram para selecionar as mentiras?

Cristina Tardáguila - Quando começamos a trabalhar, eu queria abarcar o máximo possível de mentiras, o máximo possível de presidentes... Entrou aí a visão estratégica da editora de fechar em recortes. Decidimos que não podia faltar, de forma nenhuma, da redemocratização pra cá. Mas não dá para falar que a mentira começou da redemocratização pra cá, e nem dá para dizer que é algo só de presidentes eleitos [pelo voto direto]. Assim, decidimos ampliar a pesquisa para os ditadores, para os militares. Aí, o Chico [Otávio] entrou no projeto, com todo conhecimento que tem sobre a ditadura militar. Ficamos com vontade de levar até mais longe, pensamos em fazer desde a República Velha. Mas o recorte definitivo acabou sendo os últimos 100 anos, de Artur Bernardes para cá.

Agência Brasil – As mentiras ditas na ditadura eram muito diferentes das mentiras após a redemocratização?

Chico Otávio – Mentir na ditadura é mais fácil. Ela pode ser mais grotesca porque ninguém vai contestar. A mentira na ditadura é mais descarada porque não tem o contraditório. As vozes estão caladas. Então, é fácil mentir. Eram muito mais toscas, muito mais escancaradas, sem a menor preocupação com algum tipo de justificativa. Hoje, são mais disfarçadas, mais camufladas, mais difíceis de se camuflar.

Agência Brasil – A mentira na política é universal? É própria de regimes políticos modernos?

Cristina Tardáguila – Não precisa nem ser checadora para dizer isso: a mentira não respeita sexo, mentem homens e mulheres. Ela não respeita partidos políticos, não tem nada a ver ser de centro, de esquerda e de direita. Não tem nada a ver com idade, ou seja, jovens e velhos mentem. Ela não tem nada a ver com passaporte, a nacionalidade. Mentem os argentinos, os espanhóis, os italianos, os americanos. Mentem os asiáticos. Mentem os africanos. Não tem nada a ver com raça, com sexo, com posicionamento político. A mentira é completamente intrínseca à política, e ela não é nova.

Chico Otávio – Na noite de lançamento do livro, nos perguntaram sobre a validade da mentira para determinadas situações. “Será que a mentira se justificaria em determinados momentos?”. Até Platão citaram... Acho que o papel do repórter é enfrentar a mentira a todo custo.

Agência Brasil – É possível fazer uma tipologia das mentiras, e indicar aquelas que mais facilmente colam?

Chico Otávio – Não existe uma regra para graduar a mentira. Quanto maior e mais sofisticada, maior é o desafio do jornalismo para desmontá-la. Eu cubro a [operação] Lava Jato há algum tempo. São crimes sofisticados, calcados em mentiras que a gente tem que desconstruir. Mentiras que envolvem advogados muito preparados, operadores financeiros experientes. Isso é uma mentira bem estruturada que a gente tem que fazer um tremendo esforço para desconstruir

Agência Brasil – Nesses tempos de notícias falsas, é mais fácil uma mentira colar no Brasil do que em sociedades mais letradas, com melhores índices de leitura?

Cristina Tardáguila – A notícia falsa não dialoga com seu lado racional. Ela não dialoga com o que você conhece de forma estruturada. Vai dialogar com suas crenças, com seus desejos e com os seus gostos. Sai do nível racional, vai para o nível do emotivo e isso não tem nada a ver com instrução. É claro que as pessoas mais educadas têm mais capacidade de duvidar do que os iletrados. Mas a conexão da notícia falsa com esse mundo irracional, de fundo emocional, é aquilo que mais põe dificuldade para combate-la.

Agência Brasil – Os serviços de checagem dos jornalistas atrapalham as mentiras?

Cristina Tardáguila – O mundo da checagem se divide em dois. Um é o grupo do “fact checking”, que verifica o que o político diz, e dá um falso nele. O outro lado é esse chorume da “internet” que você não sabe bem quem falou. São imagens e informações truncadas. No dia que o [Jair] Bolsonaro sofreu a facada, duas imagens falsas circularam na “internet”. Em uma, colocaram o Adélio [Bispo de Oliveira, autor do atentado,] em uma passeata do PT. E, em outra, tinha o Bolsonaro caminhando e sorrindo em um hospital de Juiz de Fora. As duas informações são falsas. A gente fez 35 checagens nesse dia, marcando que essas imagens eram falsas, e, em 72 horas, quinze delas haviam sido retiradas. Tem impacto, inegavelmente. Poderia ter mais, sim.

Agência Brasil – Estamos ouvindo muita mentira nessa campanha eleitoral?

Chico Otávio – Salvo engano, a mentira perdeu a força. Ela migrou da boca dos candidatos para as redes sociais para esse trabalho meio clandestino de contrainformação. Eu percebo o uso da mentira nas redes sociais como um instrumento de contrainformação. Com relação aquilo que é dito pelos candidatos, acho que eles estão mais tímidos porque eles sabem que os instrumentos de checagem estão muito fortes. Eles têm redobrado o cuidado com os discursos, nos debates e nos palanques.

(Fonte: Agência Brasil)

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Candidato à reeleição, o deputado federal Juscelino Filho (DEM) aproveitou a última semana para intensificar sua campanha pelo interior do Maranhão. Ele realizou atividades nas regiões do Médio Mearim, da Baixada, dos Lençóis e Tocantina. Em cada cidade que visitou, o democrata recebeu importantes apoios a favor de seu projeto político.

Os compromissos do presidente estadual do DEM começaram na cidade de Santa Inês, onde realizou caminhadas nos bairros Sabak e Santo Antônio ao lado da prefeita Vianey Bringel e do Dr. Roberth Bringel, candidato a suplente ao Senado na chapa de Weverton Rocha. Em cada casa que Juscelino Filho visitou, foi recebido de braços abertos e recebeu o carinho dos moradores dessas localidades.

Na Região do Médio Mearim, Juscelino Filho participou de caminhadas. Na quinta-feira (20), a cidade de Satubinha deu uma demonstração de que está ao lado do democrata. Milhares de pessoas participaram do arrastão pelas ruas do município, que foi encerrado com um grande comício comandado pela prefeita Dulcinha, que declarou apoio ao projeto de reeleição do presidente estadual do DEM.

Já no sábado (22), foi a vez de Lima Campos dizer “SIM” a Juscelino Filho em uma linda caminhada. O prefeito Jailson Fausto, ex-prefeitos, vereadores e lideranças do município confirmaram que acreditam na reeleição do democrata que, segundo eles, tem se dedicado muito em trabalhar pelo Médio Mearim. No mesmo dia, o candidato do DEM esteve na cidade de Peritoró, onde participou de carreata.

Outros compromissos

Na Baixada Maranhense, Juscelino Filho marcou presença nas cidades de Cedral, Cururupu, Viana e Penalva na sexta-feira (21). Nos três primeiros municípios, esteve reunido com lideranças políticas. Já em Penalva, o democrata, ao lado do ex-prefeito Edmilson Viégas, participou de um arrastão que tomou as ruas da cidade.

O presidente estadual do DEM cumpriu compromissos na Região dos Lençóis. Na quinta-feira (20), começou o dia em Humberto de Campos, onde participou de caminhada ao lado do governador Flávio Dino. Em seguida, foi a Barreirinhas onde se reuniu com lideranças locais. No sábado (22), esteve em um encontro organizado pelo líder Zilmar, em Tutoia.

Durante essa semana, ainda deu tempo de Juscelino Filho dar uma passada rápida na Região Tocantina. Na quarta-feira (19), o democrata foi apresentado como candidato a deputado federal pelo grupo do vereador Joseli, na cidade de Açailândia.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

O brasileiro se julga pouco preparado para enfrentar a morte. Apesar disso, 79,5% concordam que a morte é um fenômeno tão natural quanto crescer, e 81,2% que “a morte é a única certeza que temos”.

Levantamento feito pelo Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep) aponta que 68% dos entrevistados concordam com a frase “eu sei que a morte virá, mas não me sinto pronto para isso”.

Mesmo aceitando a naturalidade do fim da vida, o levantamento mostra que 82,4% das pessoas a relacionam com um grande sofrimento e acreditam que não há nada mais dolorido que a perda de uma pessoa. Segundo o estudo, 75% dos entrevistados têm muito medo de perder alguém. Apenas 1,6% avaliou não ter receio nenhum de que alguma pessoa próxima morra. O levantamento entrevistou mil pessoas em todo o país.

Falar sobre a morte também não é muito presente no cotidiano dos entrevistados: 73,7% deles admitem que o tema tem sido evitado nas conversas. As pessoas com mais de 55 anos são as que mais falam sobre o assunto: 32,5% deles dizem tratar do tema cotidianamente. A porcentagem cai com a diminuição da faixa etária: de 45 a 55 anos, 29% falam sobre o tema no dia a dia; de 35 a 44 (26%); de 25 a 34 (26,4%); e de 18 a 24 (21%).

Dentre aqueles que falam sobre a morte, 53% têm como interlocutores os amigos; 43%, a mãe; 30%, o marido; 29%, o filho; 27%, a esposa; 27%, colega de religião; e 24%, o pai. O levantamento aponta que 55,3% têm ciência que conversar sobre a morte é importante, mas concordaram com a afirmação de que “as pessoas geralmente não estão preparadas para ouvir”.

O levantamento será apresentado na capital paulista na próxima semana durante uma conferência internacional sobre a morte que reunirá psicólogos, médicos e doulas de cuidados paliativos. A pesquisa aponta que é cada vez menor o tempo que as pessoas passam em velórios e nos rituais de celebração dos entes. Uma das conclusões é que há uma negação do luto entre os brasileiros.

(Fonte: Agência Brasil)

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Detentor da maior biodiversidade de árvores do planeta, com cerca de 14% das mais de 60 mil espécies, o Brasil tem visto a redução do desmatamento em diversos biomas. Essa diminuição, no entanto, ainda é desigual entre os Estados e há desafios importantes para garantir a conservação da flora, afirmam autoridades e especialistas ouvidos pela Agência Brasil.

As florestas são base para a preservação da biodiversidade, dando equilíbrio aos ecossistemas. Além disso, estão relacionadas à situação de rios e ao abastecimento de água, necessárias à agricultura, indústria e ao consumo humano e desempenham papel fundamental na manutenção das temperaturas.

O Brasil tem seis biomas: Caatinga, Pampa, Pantanal, Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia. Nos três últimos, a medição dos índices de desmatamento é mais estruturada e ocorre há mais de dez anos. Nesses grupos, a derrubada de matas tem caído nos últimos 15 anos. “Nós reduzimos o desmatamento em todos os biomas, mas ainda há muito o que fazer. Nossa decisão é chegar a zero de desmatamento ilegal em todos os biomas. Não precisamos desmatar diante das terras no Brasil”, disse o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte.

Amazônia

A Amazônia é um exemplo desse fenômeno. Segundo o monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), entre 2004 e 2017, a taxa anual de derrubada de matas na Amazônia Legal caiu 75%, saindo de 27,7 mil quilômetros quadrados (km²) para 6,9 mil. A Amazônia Legal inclui áreas nos Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, de Mato Grosso, do Pará, Rondônia, de Roraima e do Tocantins.

No movimento histórico, houve queda das taxas entre 2004 e 2012. A partir de 2013, a área desmatada passa a oscilar, subindo e descendo. O índice de 2017 (6,9 mil km²) ainda foi superior ao menor da série histórica, registrado em 2012 (4,5 mil).

Essa queda foi desigual entre os Estados. Tiveram melhor desempenho no período Mato Grosso (-87%), Tocantins (-80%) e Pará (-73%). Boa parte das Unidades da Federação tiveram reduções acima dos 60%. Uma exceção foi o maior Estado da região: no Amazonas, o desmatamento caiu apenas 19% no mesmo intervalo de tempo.

Cerrado

O desmatamento no Cerrado também teve queda nos últimos anos. De acordo com o Inpe, entre 2001 e 2017, ele diminuiu cerca de 75%, indo de 29,4 mil km² para 7,4 mil km² ao ano. Assim como na Amazônia, a trajetória descendente foi até 2012, subindo, consideravelmente, em 2013 e oscilando até 2017.

Fazem parte do bioma o Distrito Federal e os Estados da Bahia, de Goiás, do Maranhão, de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, do Piauí, Paraná, de Rondônia, São Paulo e do Tocantins.

Há diferença entre os Estados, assim como no bioma amazônico. No acumulado de área desmatada, entre 2001 e 2017, Minas Gerais lidera com 44,3 mil km², seguido por Goiás (44,2 mil km²) e Mato Grosso (44,5 mil km²). As Unidades da Federação com menor área desflorestada no período foram Rondônia (169 km²), Paraná (221 km²) e o Distrito Federal (356 km²).

Mata Atlântica

Na Mata Atlântica, as taxas anuais de desmatamento caíram 89% entre 1985 e o período 2016-2017. No início da medição, a área desmatada anualmente chegava a 107,2 mil hectares quadrados (ha.²) para 12,5 mil ha.². Em relação ao período anterior, 2015-2016, a redução foi de 56,8%. Entretanto, o histórico de exploração deixou apenas 12% da área de mata nativa original.

A trajetória histórica das taxas de desflorestamento mostra uma oscilação maior do que nos demais biomas. As taxas saíram de 107,2 mil nos anos 1980 e sofreram queda no período 2008-2010, quando atingiram 14 mil ha.² ao ano. A partir daí, houve alternâncias, chegando a 29 mil ha.² no período 2015-2016.

No recorte por Estados, o quadro é bem diferente. Sete Unidades da Federação chegaram ao desmatamento zero. Espírito Santo e Ceará derrubam menos de 10 ha.² por ano, índice também considerado baixo. Entre os períodos 2017-2016 e 2016-2015, houve quedas expressivas, como em São Paulo (-97%), Bahia (-67%) e Minas Gerais (-58%). Já Alagoas e Pernambuco foram na contramão, com aumentos de 2.243% e 2.121%, respectivamente.

Na avaliação da diretora-executiva da organização SOS Mata Atlântica, Márcia Hirota, o bioma já tem uma área remanescente pequena perto da mata nativa original, que deve ser preservada. Não podemos permitir é que a exploração econômica aconteça em áreas de florestas nativas, que o pouco do que resta de Mata Atlântica seja o indutor de desenvolvimento. Sabemos que é possível conciliar desenvolvimento com proteção dessas áreas e recuperação da floresta onde é necessário”, disse à Agência Brasil.

Unidades de conservação

Uma das estratégias de preservação é a criação de unidades de conservação (UCs). Atualmente, há 335 unidades federais desse tipo, segundo dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Em abril deste ano, foram instituídas cinco novas unidades de conservação – três reservas extrativistas no Maranhão e duas em área de Caatinga. Em março, quatro unidades em áreas marinhas já haviam sido criadas. Em 5 de junho, Dia Nacional do Meio Ambiente, mais três unidades foram criadas – duas na Bahia e uma no Amazonas.

A área continental protegida soma 789,6 mil km². Em 2017, essas unidades receberam 10,7 milhões de visitantes. De acordo com o ICMBio, 57,2 mil famílias são beneficiadas por UCs de uso sustentável.

Segundo Silvia Futada, integrante do programa de monitoramento de áreas protegidas do Instituto Socioambiental (ISA), as unidades de conservação são fundamentais para preservar a vegetação nativa, mas enfrentam problemas como orçamento reduzido, equipes insuficientes e pouca estrutura.

“Os sistemas de áreas protegidas vêm sendo alvo de ataques do Legislativo e do Executivo. Em Rondônia, por exemplo, houve redução de quase 1,5 milhão de hectares, sendo mais de 1 milhão de áreas florestadas. Tivemos a criação de nove unidades de conservação. Poucos dias após os decretos, eles foram revogados pela Assembleia Legislativa do estado”, diz a pesquisadora do ISA.

Recuperação

Na avaliação do diretor de Florestas e Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, Jair Schmidt, além de criar obstáculos ao desmatamento um desafio é recuperar a vegetação nativa. Em 2017, foi aprovado um plano nacional com ações nesse sentido. Foi estabelecida a meta de recuperar 12 milhões de hectares até 2030.

“Não basta conter o desmatamento, temos que recuperar o que foi desmatado. É um desafio grande, mas necessário, para que o Brasil contribua na redução do aquecimento global, mantenha a biodiversidade e ajude para evitar problemas críticos de abastecimento e secas”, comentou.

Ativismo

Se os índices de desmatamento foram reduzidos sensivelmente nos últimos anos, a segurança dos ativistas comprometidos com essa causa é outro desafio importante. Segundo relatório lançado pela organização não governamental (ONG) britânica Global Witness, divulgado em julho deste ano, o Brasil foi o país mais perigoso para ambientalistas e defensores da terra em 2017. A ONG registrou 57 assassinatos no país no ano passado. O Brasil foi seguido pelas Filipinas (48), a Colômbia (24) e o México (15).

Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República contestou o relatório, afirmando que ele apresenta dados equivocados, frágeis e obtidos por metodologia duvidosa, em que uma morte atribuída por investigação policial ao tráfico de drogas, por exemplo, é transformada em resultado de conflito agrário.

A nota do governo brasileiro diz ainda que a ONG britânica saberia, se tivesse consultado fontes oficiais, que seis pessoas contabilizadas como defensoras da terra, foram assassinadas em disputa de tráfico de drogas na localidade no distrito de Lençóis, na Bahia.

(Fonte: Agência Brasil)