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Fórmulas, teorias e regras gramaticais não devem ser o único foco de quem está preparando-se para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova costuma abordar também assuntos do cotidiano, tanto em perguntas específicas como em textos que subsidiam as questões. Por isso, a sugestão dos professores é que os alunos acompanhem de perto os principais acontecimentos no Brasil e no mundo.

“Para a prova do Enem, saber do mundo é tão importante quanto o que vemos em sala de aula. Os acontecimentos na nossa história atual têm a capacidade de nos questionar constantemente sobre o que significa ser humano e viver em sociedade”, diz a professora de história Alba Cristina, da plataforma de ensino Me Salva!

O coordenador de história do Grupo Etapa, Thomas Wisiak, lembra que em qualquer disciplina os assuntos de atualidades podem aparecer ou servir de motivos para algum exercício. “Os alunos devem estar a par dos grandes acontecimentos acompanhando um ou mais meios de comunicação confiáveis”, orienta o professor. Ele também recomenda que os alunos fiquem atentos aos grandes temas da atualidade no Brasil, que costumam ser mais abordados no Enem.

O professor de geografia e atualidades do curso Anglo, Axé Silva, aconselha os alunos a fazerem uma autoavaliação crítica sobre seus conhecimentos em atualidades e aperfeiçoar o que não estiver com segurança. “Diante desses temas, eles devem pensar um pouco na essência de cada um deles, e se ele se sente seguro sobre cada assunto. O que atrapalha muito os candidatos é ele não confiar nele mesmo, é ter algumas inseguranças sobre alguns assuntos”. Ele também alerta para o cuidado com as notícias falsas e orienta os alunos a procurar sempre as fontes primárias de informações, como órgãos oficiais.

Apostas

Entre os temas que podem ser abordados no Enem deste ano, a professora Alba aposta nas relações étnico-raciais, nas migrações, nas questões de gênero e na tensão entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos. Ela também lembra que este ano se comemora o centenário da Revolução Russa e do início da Primeira Guerra Mundial. “Pode ser este o estímulo para que apareçam no Enem relacionados a geopolítica, a concepção de Estado e relações socioeconômicas”, diz.

A Revolução Russa também é uma das apostas do professor Axé Silva. No cenário internacional, ele ainda cita a questão do multilateralismo e unilateralismo. “Por um lado, vemos a China formando um grande complexo socioeconômico, estratégico e logístico, que mostra esse multilateralismo, e por outro lado vemos ideias e ações de desintegração, como as ideias de Donald Trump e outros países que olham cada vez mais para si. Estamos vivendo essa nova ordem internacional”, explica.

No Brasil, questões ligadas à urbanização, saneamento básico, crise hídrica e violência urbana também podem ser abordadas. Axé lembra que os assuntos relacionados ao meio ambiente sempre têm destaque no Enem e podem ser abordados em várias disciplinas, como geografia, biologia e química. Um dos temas pode ser a busca de alternativas para a geração de energia limpa.

A discussão sobre a demarcação de terras indígenas e o acesso às terras de descendentes de quilombolas também pode ser abordada, segundo o professor Wiziak. “Isso gera muita discussão e também remete a um histórico de disputa no Brasil em torno da terra”, diz, lembrando que na prova do Enem existe a preocupação de verificar se o aluno conhece o processo de formação da identidade brasileira.

Outro tema que pode aparecer é a segurança pública, ou mais especificamente a crise no sistema carcerário brasileiro, assim como questões ligadas ao trabalho, que costumam aparecer bastante no Enem. “Isso pode remeter à discussão da reforma trabalhista ou a outros momentos da história em que houve mudanças na relação de trabalho, como a criação da CLT, no governo Getúlio Vargas, e mudanças na sociedade brasileira em função das questões de trabalho, como a escravidão”, diz Wisiak.

Segundo ele, questões de política da atualidade podem ser abordados como motivo para se referir a outros momentos da história. O impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff pode ser relacionado, por exemplo, ao impeachment de Fernando Collor, em 1992, ou à crise política em 1955, durante o governo de Juscelino Kubitschek.

(Fonte: Agência Brasil)

Michaelis – Português Fácil: tira-dúvidas de redação – Douglas Tufano
Implicar
Com o sentido de “ter como consequência” ou “acarretar”, não deve ser usado com a preposição “em”. Por isso, devemos dizer: A corrupção política implica graves prejuízos para a nação (e não “implica em graves prejuízos”) / Liberdade implica responsabilidade (e não “implica em responsabilidade”). Com o sentido de “ter implicância”, devemos dizer “implicar com”: Ele vive implicando com o menino, não o deixa em paz.

 

1001 dúvidas de português – José de Nicola e Ernani Terra
Implicar
Quando empregado no sentido de “acarretar”, “trazer como consequência” exige complemento sem preposição.
Sua atitude implicará demissão
Tal procedimento implicará anulação da prova.

 

Redação Forense e Elementos da Gramática – Eduardo de Moraes Sabbag
Implicar
VTD no sentido de acarretar, envolver (sem a preposição “em”).
Exemplos:
A resolução da questão implica nova teoria.
Isso implica sérios problemas.

VTI no sentido de ter implicância, mostrar má disposição.
Exemplo:
Ela sempre implicou com os meus hábitos.

VTDI no sentido de comprometer-se, envolver-se.
Exemplos:
Implicou-se com negociações difíceis.
Implicou-se em negociações ilícitas.
Implicou o colega em questões políticas.

 

Manual de Redação e Estilo – jornal O Estado de S.Paulo
Implicar
1 – No sentido de pressupor, envolver, acarretar, adote a regência direta (sem a preposição em): A promoção implicava maiores responsabilidades. / Jornalismo implica dedicação. / Reforma implicará perda de receita para os Estados. 2 – Use preposição apenas quando o verbo pedir dois complementos (A polícia implicou o acusado no crime de receptação) ou objeto indireto (Implicava sempre com os colegas).

 

Manual da Redação – jornal Folha de S.Paulo
Implicar
Verbo transitivo direto quando significa acarretar, trazer com consequência: A decisão do presidente implicará o cancelamento do projeto. A derrota implica a demissão do técnico. O desenvolvimento da ciência implica benefícios para a humanidade. O discurso do candidato implica o recrudescimento da disputa. No sentido de comprometer ou envolver, o verbo é transitivo direto e indireto: No depoimento, o deputado implicou o senador no crime.

 

O Português do dia a dia – Prof. Sérgio Nogueira
Implicar
Segundo a regência clássica, é verbo transitivo direto quando significa “acarretar”, “trazer como consequência”: “A decisão do ministro implicou o cancelamento do projeto”; “A derrota implica a desclassificação”. Alguns autores já aceitam “implicar em”. A preferência é a forma tradicional: em vez de “implica em pagamento antecipado”, sugiro “implica pagamento antecipado”. Com o sentido de “comprometer” ou “envolver”, é transitivo direto e indireto: “Quando depôs, o senador implicou o empresário no crime”.

 

Dicionário de Erros Correntes da Língua Portuguesa – João Bosco Medeiros e Adilson Gobbes
Implicar
Envolver, comprometer, embaraçar. Admite a seguinte construção: A orientação implica a reorganização das tarefas. No sentido de “antipatizar” , pede a preposição com: Implicaram com Maurício.

 

Dicas da Dad (português com humor) – Dad Squarisi
Implicar implica e complica
O verbo implicar tem três empregos. Em dois deles, ninguém tem dúvida. Na acepção de ter implicância pede a preposição com: O diretor implicou com ele. Na de comprometer, envolver é vez do em: A secretária implicou a chefe no escândalo.
A dúvida surge no significado de produzir como consequência. Aí, implicar implica e complica. O verbo parece, mas não é. No sentido de acarretar consequência, o malandro é transitivo direto. Não suporta a preposição em: Autonomia também implica responsabilidade. Deflação implica recessão. Aumento de taxa de juros implica crescimento do deficit público.

 

Tira-dúvidas de Português: de A a Z – Alpheu Tersariol
IMPLICAR
É correto dizer:
O progresso de uma cidade implica uma boa educação de seu povo?

Sim. Trata-se de bom uso do verbo implicar. Muitos dizem: O progresso de uma cidade implica na boa educação de um povo. O verbo implicar, nesta última frase, está mal empregado.

O verbo implicar, no sentido de envolver ou trazer ou ter como consequência, tornar indispensável, acarretar, é transitivo direto, exige complemento sem preposição. Assim:
Tal afirmação implica ignorância do assunto.
A tentativa implicou sua desclassificação.

Não erre mais! – Luiz Antonio Sacconi
Representação das horas e dos minutos
As horas e os minutos se representam assim, e só assim: 20h, 20h15min, 15h02min, 18h, 12h38min.
Há os que usam os dois-pontos: “20:15”. Há os que usam, além dos dois-pontos: “20:15hs”. Há de tudo, menos o correto.
Certa vez, fixaram um grande aviso à entrada do elevado Costa e Silva, em São Paulo, conhecido popularmente por Minhocão: O elevado estará interditado “das 0 HS às 5 HS”.
Note que, além da representação gráfica erradas das horas, o zero foi considerado como nome do plural! Não seria mais econômico, mais sensato, mais educativo elaborar um aviso assim: O elevado estará interditado da 0h às 5h?
Recentemente, uma emissora de televisão, depois de encerrar suas atividades, deixou esta mensagem na tela: Fim de transmissão. Horário de programação: “de 08:00hs às 00:00hs”. Aqui, uma série de absurdos ocorrem, como facilmente se nota. E saber que é tão fácil (e muito mais econômico) escrever corretamente: das 8h à 0h!

Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa – Luiz Antonio Sacconi
h
Abreviatura de hora(s): 2h, 3h. Note: é minúsculo e sem ponto nem s. Deve vir imediatamente após o número. A fração de minutos vem logo após: 2h15min (também sem ponto nem espaço). Na língua portuguesa, não se representam as horas e minutos com o uso do dois-pontos (15:00), prática da língua inglesa. As palavras que indicam horas exigem artigo, sem exceção: Telefone-me antes do meio-dia. Estarei em casa a partir das nove horas. Elisa nos procurou da uma às duas. Telefonei-lhe entre as duas e as três horas. Estiveram aqui por volta da meia-noite. Vimos Ifigênia pouco antes das cinco horas. Só encontrei Neusa depois da uma da madrugada. O desfile começará por volta da meia-noite. Quando o numeral se refere a minutos, evidentemente é os que se usa: O telejornal começará aos cinco (minutos) para as oito. Cheguei aos quinze para a meia-noite. A reunião terá início a partir dos dez para as nove. O filme começou aos dois para as seis. O ônibus sai aos vinte para as nove. Cheguei por volta dos quinze para a uma. A imprensa brasileira ignora tudo isso.

O dia a dia da nossa língua – Pasquale Cipro Neto
COMO ESCREVER AS HORAS
Existe uma convenção internacional, da qual o Brasil é signatário, que estipula o seguinte: o símbolo de horas é “h”, o de minuto é “min”. Nada de “hs”, nada de “7:00”, nada de “7,00”. Horas e minutos se juntam: “O jogo começa às 21h30min”, “A reunião começou às 7h”.

Ainda sobre como escrever as horas
Leitores perguntam se há diferença entre a duração de algo e a indicação de hora certa. Não. Escreva “O jogo começou às 9h30min”. Tudo junto? Sim, sem espaço entre os números e os símbolos. Para a duração de algo, o processo é o mesmo. Se precisar abreviar, escreva: “O filme durou 2h30min”; “A aula durou 55min”.

Mais dicas da Dad: português com humor – Dad Squarisi
[...]
Na língua como na vida, alguns são mais iguais perante a abreviatura. É o caso do símbolo de hora, minuto, segundo, metro, quilo, litro e respectivos derivados (quilômetro, mililitro). Eles são sem-sem. Dispensam o ponto abreviativo e o s indicador de plural: 5h30, 3h30min, 4,5m, 20kg, 10ml.
[...]

Dicas da Dad: português com humor – Dad Squarisi
Olha a hora (hora: abreviatura)
Atenção, distraídos. Nesta alegre Pindorama, fala-se português. Por isso, a abreviatura de horas não suporta dois pontos (2:15). É coisa de inglês. Aqui, a redução segue regras próprias: 2h, 2h15, 2h15min.
Viu? Nada de plural. Nem de ponto depois da abreviatura.

Você pode (e deve) escrever melhor – Prof. Jáder Cavalcante
[...]
A grafia das horas é muito simples; em horas inteiras, escreva o numeral e, sem espaço, o símbolo de hora(s), que é h: 15h, 17h, 22h, 11h etc.
Se se tratar de hora quebrada, após o numeral que indica as horas, escreva o símbolo de hora(s) sem necessidade de espaço. Em seguida, escreva o numeral indicativo de minutos. É facultativo grafar o símbolo de minutos (min) após o numeral dos minutos: 15h25, 17h30, 22h10, 11h55 etc. ou 15h25min, 17h30min, 22h10min, 11h55min etc.
[...]

Manual de Redação e Estilo – jornal O Estado de S.Paulo
Horas (uso)
1 – À exceção de dos títulos e tabelas, evite abreviar as horas redondas: às 15 horas; às 8 horas (e não às 15 h, às 8h.
2 – Use sempre 14, 17, 22 horas, em vez de 2 ou 5 da tarde e 10 da noite. Escreva também às 2 ou às 4 horas. E não às 2 ou 4 da madrugada. Repare que as horas vão sempre em algarismos: às 4 horas, a 1 hora.
3 - Considere genericamente: a madrugada vai da zero às 6 horas; a manhã, das 6 ao meio-dia; a tarde, do meio-dia às 18; e a note, das 18 às 24 horas. Se necessário, nos horários de transição, faça ressalvas como: no começo da manhã, no início da noite, nos primeiros minutos de hoje, etc.
4 – Nas horas quebradas, use h, min e s, para horas, minutos e segundos (sem s). sem dar espaço entre os números: 5h15; 18h05; (o min só é necessário se a indicação especificar a hora até o número de segundos: 20h15min13s. Em casos especiais, minutos, segundos e décimos, poderão ser expressos desta forma: 1’25’’5 (especialmente em competições esportivas, lançamento de foguetes, etc.).
5 – Use artigo antes de horas: das 12 às 14 horas, às 8 horas, das 16 às 21 horas, aos 15 para as 9.
[...]

Dicionário de dificuldades da língua portuguesa – Domingos Paschoal Cegalla
HORAS
[...]
5. Deve-se escrever: às 18h (e não às 18:00h), às 10h (e não às 10:00h), às 9h30 (ou às 9h30min). No plural, grafa-se h (sem s nem ponto): às 5h, às 20h etc.
[...]

O Português do dia a dia – Prof. Sérgio Nogueira
ABREVIATURAS
As abreviaturas do Sistema Métrico Decimal não têm ponto nem fazem plural: 2h, 10m, 3km, 40kg, 2h30min (aceita-se 2h30), 2h30min14s...

Michaelis Português Fácil: Tira-dúvidas de redação – Douglas Tufano
horas: abreviaturas
Na indicação das horas quebradas, usamos as abreviaturas “h” (= horas), “min” (= minutos), “s” (= segundos). Não há espaço entre os números e não se usa “s”: O foguete partiu às 8h12min10s (a indicação dos minutos só se faz se houver indicação dos segundos; senão, escreva apenas 5h12). Se as horas não foram quebradas, evite abreviar: O foguete partiu às 5 horas (e não “às 5h”).

DICIONÁRIO “AURÉLIO”
chuço [De or. incerta; esp. chuzo.]
Substantivo masculino.
1. Vara ou pau armado de aguilhão ou choupa1 (1). [Var. (bras., pop.): chucho. Sin.: jagunço.] 2. Ant. Arma que consiste numa ponta de ferro encastoada em um bordão:
“o corpo do almirante Coligny, atravessado com um chuço pelo ventre, foi despejado de uma janela a um pátio do Louvre.” (Ramalho Ortigão, As Farpas, II, p. 313). [F. paral.: chuça.]

chuçar [De chuço + -ar2.]
Verbo transitivo direto.
1. Ferir com chuço. 2. Impelir com chuço ou com outro instrumento de ponta. [Conjug.: v. laçar.]

chuçada [De chuço + -ada1.]
Substantivo feminino.
1. Golpe de chuço ou de instrumento semelhante.

Chucho2 [De chuço, com assimilação.]
Substantivo masculino.
1. Chuço (1). 2. Bras. Em algumas zonas agrícolas, pau de ponta com que o lavrador abre na terra preparada um buraco onde se deposita a semente. [Cf. xuxo.

chuchado [Part. de chuchar1.]
Adjetivo.
1. Chupado, mirrado, magro.]

DICIONÁRIO “CALDAS AULETE”
CHUÇO (chu.ço)
sm.
1 Pau armado com um aguilhão ou com uma ponta de ferro comprida e aguçada, us. como lança; CHUCHO 2 Mil. Miliciano do séc. XIX que usava essa arma 3 Bordão ou porrete ao qual se prende uma ponta metálica 4 Lus. Gír. Tamanco ou calçado grosseiro [Nesta acp., mais us. no pl.] 5 Lus. Certo peixe da costa portuguesa 6 Lus. Guarda-chuva 7 Lus. Aquele que não descende de judeus

a.
8 Lus. Que não descende de judeus [F.: or. obsc. Hom./Par.: chuço (sm. a.), chuço (fl. chuçar).]

CHUÇAR (chu.çar)
v.
1 Atacar ou ferir com chuço ou instrumento similar. [td.] [int.] 2 Impelir, fazer andar com chuço. [td.] 3 Fig. Estimular energicamente; INCITAR; AGUILHOAR. [td.] [F.: chuç(o) + -ar2. Hom./Par.: chuço (fl.), chuço (sm.); chuça (s) (fl.), chuça (sf. e pl.).]

CHUÇADA (chu.ça.da)
sf.
1 Golpe com chuço ou similar. 2 Fig. Incitamento, estímulo [F.: Fe. substv. de chuçado, part. de chuçar]

CHUCHO
s. m. (Bras., Rio Grande do Sul) || febre intermitente, sezões. || Calafrio. F. pal. cast. amer.

DICIONÁRIO “HOUAISS”
CHUÇO
substantivo masculino
1 vara armada de ferro pontiagudo ou de 2choupa; chuça, chucho
2 Rubrica: termo militar. Diacronismo: antigo.
espécie de lança ('arma')
3 Rubrica: termo militar. Diacronismo: antigo.
miliciano equipado com essa arma
4 Rubrica: armamento, termo de marinha.
ferro de três ou quatro pontas aplicado numa haste us. como arma em abordagens

adjetivo e substantivo masculino
5 que ou aquele que não é descendente de judeus

CHUÇAR
verbo
transitivo direto e intransitivo
1 ferir ou tocar fundo com chuço ou outro instrumento pontiagudo
Exs.: c. o inimigo
c. até sangrar
transitivo direto
2 movimentar, impelir com chuço
Ex.: c. as reses
transitivo direto
3 Derivação: sentido figurado.
estimular vigorosamente; aguilhoar, incitar
Ex.: é preciso c. esse preguiçoso

CHUÇADA
substantivo feminino
1 golpe ou investida com chuço ou objeto semelhante
2 Derivação: sentido figurado.
estímulo enérgico; incitamento, aguilhoada

CHUCHO
substantivo masculino
Regionalismo: Sul do Brasil.
1 tremor de frio ou de medo; calafrio
2 Derivação: por metonímia.
qualquer febre intermitente

CHUCHADA
substantivo feminino
Regionalismo: Portugal.
1 ato ou efeito de chuchar ('sugar')
1.1 mamada, mamadura

 

Tira-dúvidas de Português de A a Z – Alpheu Tersariol
COLOCAR/PÔR
Perceba a diferença entre colocar e pôr.

O verbo colocar significa “pôr em algum lugar”. E sempre deve ser usado para coisas materiais. Assim: A empregada colocou os pratos na mesa. / Colocou o dinheiro na carteira. / Colocou o diploma na parede do escritório.

O verbo pôr deve ser usado nas locuções e frases feitas, nas definições de coisas abstratas, nas coisas referentes ao espírito e no sentido figurado. Assim: O delegado pôs frente a frente os suspeitos. / Vamos pôr em cheque sua honestidade. / Já é hora de pôr ponto final nessas intrigas. / A empregada pôs a mesa. / Pôs as ideias no papel.

No dia a dia, prefira pôr a colocar.

Verbo pôr
Observações:
1ª) Observe que o verbo pôr tem acento. Não confunda com por (sem acento) que é uma preposição: Faça isso por mim. / Esteve chamando por quase duas horas.
2ª) Observe a diferença: Ele põe e eles põem. É a forma singular e a do plural, respectivamente: Deus dispõem, e os homens põem.
3ª) Nenhuma forma de pôr é escrita com z, mas com s. Assim: eu pus, ele compôs, quando ele puser etc.

Não erre mais! – Luiz Antonio Sacconi
Colocar
Não se aconselha o uso deste verbo como sinônimo de expor. Por isso, não fica bem “colocar” uma questão. Mas um dicionário já registra a sinonímia.

Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa – Luiz Antonio Sacconi
Colocar
Evite dar a este verbo a acepção de expor, apresentar, muito comum na língua falada daqueles pobres de vocabulário: Você “colocou” bem a questão. Ele “colocou” bem o problema. (E provocou outro...). Também não há propriedade no emprego de “colocação” por exposição, apresentação, apesar do abono de um dicionarista. Há certos dicionários que realmente...

Manual de redação e estilo – jornal O Globo
Colocar
Com o sentido de declarar ou argumentar, é um modismo de mau gosto, comum em manifestos estudantis. No sentido literal, é pôr em algum lugar. É mau estilo usar quase unicamente colocar, esquecendo pôr e botar.

Manual de redação e estilo – jornal O Estado de S.Paulo
COLOCAR
1 – Colocar significa pôr em algum lugar e deve ser usado para coisas materiais: Colocou o copo no armário. / Colocou os azulejos na parede.
2 – Pôr se emprega nas locuções e frases feitas, no sentido figurado e na definição de coisas abstratas e do espírito: pôr em prática, pôr frente a frente, pôr o dedo na ferida, pôr em xeque, pôr em pratos limpos, pôr um ponto final, pôr fogo, pôr o assunto em dia, pôr a mesa, pôr os pensamentos em ordem etc.
3 – Em qualquer situação, sempre que possível, prefira pôr a colocar.

Michaelis Português Fácil: Tira-dúvidas de redação – Douglas Tufano
COLOCAR, COLOCAÇÃO
O verbo colocar significa “pôr em certo lugar”, e só nesse sentido físico deve ser usado: Ele colocou o livro na estante. Por isso, evite usá-lo com o sentido de afirmar, opinar, comentar etc.: Ele afirmou que discorda de nossa opinião (e não “ele colocou que discorda”) / Durante o debate, ele fez várias perguntas (e não “colocou várias perguntas”) / Quero propor uma questão (e não “quero colocar uma questão”). O mesmo vale para o substantivo colocação. Podemos falar de colocação profissional, colocação pronominal etc. Mas não use essa palavra como sinônimo de comentário, questionamento, opinião, sugestão etc.: Durante a conversa, ele fez vários comentários (e não “fez várias colocações”). ● Além disso, evite usar “colocar” no lugar de “pôr” em expressões consagradas, como: pôr o dedo na ferida, pôr em prática, pôr em xeque, pôr a mesa, pôr o assunto em dia, pôr tudo em pratos limpos, pôr o carro na frente dos bois.

Dicionário de dificuldades da língua portuguesa – Domingos Paschoal Cegalla
Colocação
Evite-se usar colocação no sentido de opinião, afirmação, ideia, sugestão. É um dos muitos modismos repetidos a exaustão. A propósito, eis o que afirmou um conceituado jornalista e escritor: “E não é de hoje que se esbarra a cada momento com expressões como proposta, colocação, a nível de – por aí a fora. Os linguistas, sociólogos, comunicadores... estão chamados a estudar esse fenômeno alarmante que é a busca da originalidade visando uma pobre fábrica de clichês modernosos”. (Moacir Werneck de Castro, JB, 28/5/94) ● O mesmo se diga do uso de colocar na acepção de opinar, afirmar, expor ideias.

Corrija-se! de A a Z - Luiz Antonio Sacconi
Colocação e colocar – qual a novidade?
A novidade é que não convém usar colocação por argumento, exposição. Assim, p. ex.: Achei interessante a sua “colocação”.
Também não convém usar o verbo colocar por expor. Assim, p. ex.: Você “colocou” bem a questão. ● Ela “colocou” bem o problema.
Há dicionários que abonam tudo isso. Maravilha!

O português do dia a dia ¬– Prof. Sérgio Nogueira
Colocar
Verbo usado excessivamente. Evite. Use quando houver claramente ideia de “lugar”: “Colocar a bola na marca do pênalti”; “Vai colocar o livro na estante”. Nos demais casos, devemos usar verbos mais precisos: “Vestir (e não colocar) a camiseta”; “Pôr (e não colocar) em prática”; A galinha põe (e não coloca) ovos”; “Botar (e não colocar) água no feijão”; “Sou contrário à ideia que você expôs ou defendeu ou apresentou (e não colocou). E jamais usar o famoso “vou fazer uma colocação”. É melhor falar, afirmar, expor, argumentar, opinar... Exemplo inaceitável: “Mas o senador não respondeu à pergunta que eu coloquei (= fiz, formulei).

Um excelente educador não é um ser humano perfeito,
mas alguém que tem serenidade para se esvaziar
e sensibilidade para aprender
 Augusto Cury

É inevitável que, nas homenagens, a magia do tempo não envolva o escritor, transpondo-o para o passado. É quase impossível não ceder à nostalgia e retroceder no tempo, deixando as lembranças tomarem forma em nossa mente.

“O passado e as recordações têm uma forma infinita”, observou Anatole France (escritor francês, cuja obra é marcada pelo estilo apurado, pela ironia e pelo ceticismo), ressaltando que o presente é árido e turvo, o futuro ninguém desvenda, toda a riqueza, todo o esplendor, toda a graça do mundo, tudo está no passado.

Pedro Nava, notável memorialista, diz que “é impossível restaurar o passado em estado de pureza. Basta que ele tenha existido para que a memória o corrompa com lembranças superpostas” (Balão Cativo, p. 221).

Não é fácil falar das pessoas simples. Homem caprichado em tudo, diria Guimarães Rosa, pela boca de Riobaldo.

“O homem, em sua caminhada pela vida, deixa toda espécie de pegadas”, escreve Margaret Rubeck. “Algumas a gente vê, como seus filhos e sua casa. Outras são invisíveis, como a expressão que ele deixa na vida de outros, o auxílio que dá ao próximo, as coisas que disse. O homem não repara, mas onde quer que passe, deixa uma espécie ou outra de marca. Todas somadas, constituem o sentido do homem”.

Permitam-me, agora, que eu possa também dizer algumas breves palavras de agradecimento a um professor que tive em casa. Talvez eu receba críticas por abrir espaço à minha intimidade. Mas não posso, não devo e não quero deixar passar esta oportunidade. Se ocupo este espaço, na condição de blogueiro, devo esta alegria ao jornalista, poeta, prosador, orador, declamador e professor Paulo Augusto Nascimento Moraes, meu pai, meu espelho, meu eterno mestre. Suas mãos é que me fizeram estar aqui. Sem esquecer, é claro, minha mãe... Maria Emília Ribeiro Silva..

Vi nele o orador impecável. Impressionava a todos pela postura, pelo gestual, pelo timbre grave de sua voz e, acima de tudo, pela excepcional destreza no manejo das palavras. Era um verdadeiro espadachim do verbo, que sabia dar golpes certeiros, fundamentalmente na defesa da sociedade menos favorecida – o povo.

Como seu filho e admirador, fiz dele modelo e fim. Sou professor como ele sempre será. Se não ombreá-lo, difícil fazê-lo, consola-me o haver pretendido, que pretensão, nesse particular, pode-se ter, que não é atrevimento.

Citando Augusto Cury: “O tempo pode passar e nos distanciar, mas jamais se esqueçam de que ninguém morre quando se vive no coração de alguém. Levaremos por toda a nossa história um pedaço do seu ser dentro do nosso próprio ser”.

AQUARELAS DE LUZ
Aquarelas de luz numa tarde de agosto!...
E bem junto de nós a canção das cigarras...
E, no azul deste céu, o agitar das fanfarras
Destes ventos do sul a beijar o Sol-Posto!

Fim de tarde a cair sem o mal de um desgosto!...
E este mar a gemer como sons de guitarras...
E este amor a morrer, a quebrar as amarras
Dessa grande aflição que ilumina o teu rosto!...

Caminhemos então!... Tudo é sombra, querida!...
As cigarras cantando!... As cigarras cantando
Afugentam de nós as tristezas da vida!

Esta tarde morreu!... Tu mo afirmas, num beijo!
Eu te digo que não, entre prantos, chorando,
Tu me dizes que sim, sepultando um desejo.
(Aquarelas de Luz, Paulo Augusto Nascimento Moraes)

Eis a minha homenagem!

Na gaiola... o silêncio!
Na gaiola de bambu
pendurada no teto,
iluminando o silêncio,
o curió enche de vazio
com os seus acordes.
No espaço da prisão,
bater de asas,
dá um sentido de liberdade.
Depois, mergulha
na piscina improvisada
no seu espaço limitado.
Sua revolta está
nas batidas que dá
com o corpo frágil,
vestido de penas.
Momentos, instantes
e volta com o canto
da sua libertação.
Todos os dias, eu o vejo assim
na gaiola de bambu.
E dele a lição de resistência,
dele a mensagem da compreensão,
da renúncia.
Ele sabe que seu dono,
seu senhor,
encontra nele sempre
um pouco de alegria para afugentar
tristezas.
E ele...
iluminando o silêncio.
(Momentos do meu Eu, Paulo de Tarso Moraes - inédito)

 

Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa – Luiz Antonio Sacconi
ALEITAR ≠ AMAMENTAR
Convém não confundir. Aleitar é dar de mamar a (usando a mamadeira ou qualquer outro dispositivo que o valha): A babá aleitou o bebê antes de dormir. A veterinária aleita o filhote de golfinho. O funcionário do zoo já aleitou o filhote de chimpanzé. Conclui-se daí que a combinação “aleitamento materno” é impropriedade. Amamentar é dar de mamar a (usando os peitos): Toda mãe deve amamentar seu bebê. Criança amamentada pela mãe desenvolve mais anticorpos.

Não erre mais! – Luiz Antonio Sacconi
aleitamento materno
É bobagem. Aleitamento é ato ou efeito de aleitar, ou seja, dar de mamar a, usando a mamadeira; amamentação é que é ato ou efeito de dar de mamar a, usando as mamas. Assim, um veterinário pode aleitar um filhote de golfinho, de chimpanzé, etc., mas não será imprudente a ponto de amamentá-los, com certeza.
Os médicos deveriam sempre aconselhar a amamentação, e não “o aleitamento materno”.
Recentemente, uma de nossas revistas semanais de informação deu esta notícia: Recentes pesquisas comprovam que, quanto maior o tempo de “aleitamento materno”, mais a inteligência do indivíduo na vida adulta. A composição do leite materno é vital para o desenvolvimento neurológico da criança.
Teria o jornalista sido amamentado?...

Corrija-se! de A a Z – Luiz Antonio Sacconi
aleitamento materno – é o correto?
Não, não é o correto. O que é aleitamento? È o ato de dar de mamar a um recém-nascido (que pode ser até um filhote de elefante), usando a mamadeira. O que é amamentação? É o ato de dar de mamar a, usando as mamas. Portanto, uma veterinária pode aleitar um filhote de elefante ou de chimpanzé, mas não será imprudente a ponto de amamentá-lo. Assim, os médicos deveriam sempre aconselhar às mães a amamentação, e não o “aleitamento”.

Acrescentando...
DICIONÁRIO “AURÉLIO
ALEITAR1 [De a-2 + leite + -ar2.]
Verbo transitivo direto.
1. Criar a leite; amamentar: “A tua menina cá fica entregue à Maria Lemenha,... que pode aleitar três crianças” (Camilo Castelo Branco, Vulcões de Lama, p. 97). 2. Tornar claro como leite.

ALEITAMENTO1 [De aleitar1 + -mento.]
Substantivo masculino.
1. Ato, processo, ou efeito de aleitar1; aleitação, amamentação.

AMAMENTAR [De a-2 + mamar + -entar.]
Verbo transitivo direto.
1. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar. 2. Alimentar, nutrir: Passa a vida a acobertar e amamentar as estroinices do filho. 3. Dar vida ou alento a: Existem aparentes virtudes que amamentam muitos vícios.

Verbo intransitivo.
4. Dar de mamar; criar ao peito: “teus seios miraculosos, / Que amamentaram sem perder / O precário frescor da pubescência” (Manuel Bandeira, Estrela da Vida Inteira, p. 88).

AMAMENTAÇÃO [De amamentar + -ção.]
Substantivo feminino.
1. Ato ou efeito de amamentar; alactamento.

DICIONÁRIO “HOUAISS”
ALEITAR
verbo transitivo direto
1 dar leite a, criar a leite; amamentar

transitivo direto
2 Estatística: pouco usado.
tornar branco ou claro como o leite

ALEITAMENTO
substantivo masculino
ato ou efeito de 1aleitar; amamentação, aleitação

AMAMENTAR
verbo
transitivo direto e intransitivo
1 alimentar ao seio; dar de mamar a; aleitar
Exs.: a. uma criança recém-nascida
seios que amamentam

transitivo direto
2 Derivação: por extensão de sentido.
dar qualquer alimento a; alimentar, cevar

transitivo direto
3 Derivação: sentido figurado.
dar vida, estímulo ou incentivo a; estimular
Exs.: o excesso de conforto às vezes amamenta a indolência
maus exemplos podem a. o vício

AMAMENTAÇÃO
substantivo feminino
ato ou efeito de amamentar; alactamento, aleitação, aleitamento

DICIONÁRIO “CALDAS AULETE”
ALEITAR
aleitar1 (a.lei.tar)
v.
1. Nutrir (criança pequena) com leite; AMAMENTAR [td. : Aleitou dois bebês ao mesmo tempo] [int. : Tinha condições de aleitar] 2. Fig. P.us. Tornar claro, sereno, como se fosse leite [td. ] [F.: a2 - + leit(e) + -ar2. V. tb. lactar.]

aleitar2 (a.lei.tar)
1. Pôr no leito ou na cama 2. Trabalhar a superfície de (uma pedra), para pôr outra em cima [F.: a-2 + leito + -ar2.]

ALEITAMENTO
aleitamento1 (a.lei.ta.men.to)
sm.
1. Ação ou resultado de aleitar1; AMAMENTAÇÃO [F.: aleita(r)1 + -mento.]

aleitamento2 (a.lei.ta.men.to)
1. Ação ou resultado de aleitar2. [F.: aleitar2 + -mento.]

AMAMENTAR (a.ma.men.tar)
v.
1. Dar o leite do peito a; ALEITAR: Amamentava o bebê com grande alegria 2. P.ext. Alimentar, nutrir (tb. Fig.) [F.: a -2 + mama + -entar.]

AMAMENTAÇÃO (a.ma.men.ta.ção)
sf.
1. Ação ou resultado de amamentar; ALEITAMENTO [Pl.: -ções.] [F.: amamentar + -ção.]

Tira-dúvidas de português – de A a Z – Alpheu Tersariol
Penalizar
Está bem redigida a frase:
A prefeitura vai penalizar os que estão em débito com o fisco?

Está mal redigida. O verbo penalizar não significa “punir”, “castigar”, “prejudicar”. O seu significado é “causar pena”.
Assim:
Todos os telespectadores ficaram penalizados com a doença do garoto.
Ficou penalizado pela situação do país.
Nada penalizava mais a mãe do que ver o filho drogado.

A confusão entre “causar pena” (dó) e “punir” reside no duplo sentido que tem a palavra “pena” (= castigo ou compaixão). Evite usar o verbo “penalizar”, em caso de dúvida. Use um seu substantivo, como, punir, prejudicar, castigar.
Assim:
A prefeitura vai punir os que estão com débito com o fisco.

Outros exemplos:
O aluno não deve ser castigado pelo diretor (e não: penalizado).
A inflação prejudica a vida econômica de uma nação (e não: penaliza).
A portaria tem por objetivo castigar os culpados (e não: penalizar).
O funcionário foi punido pela negligência (e não: penalizado).

Dicionário de dificuldades da língua portuguesa – Domingos Paschoal Cegalla
Penalizar
V.t.d.
1. Causar pena, afligir: Penalizava-o o ar de tristeza das crianças pobres / “Lúcia penalizou-se”. (José Américo de Almeida, A bagaceira, p. 67) / “Penalizava-me assistir a esses pequenos dramas”. (Maria José de Queirós, Joaquina, p. 52)
2. Impor penalidade a, punir: O Ibama penalizou a madeireira.
3. Prejudicar: Governo altera decreta para não penalizar trabalhador de baixa renda.
● Nas acepções 2 e 3, é neologismo dispensável. Prefira-se punir, prejudicar.

Manual de Redação e Estilo – jornal O Estado de S.Paulo
“Penalizar”
Significa somente causar pena ou desgosto a, magoar, afligir. Por isso, substitua-o por castigar, punir ou prejudicar em frases como: Governo muda IR para não “penalizar” (prejudicar) contribuinte. / Banco não deve ser “penalizado” (punido, castigado) no caso X. / O aluno acabou “penalizado” (punido) pela ousadia. / Aumento "penaliza" (prejudica, pune, castiga) ainda mais o consumidor.

O Português do dia a dia – prof. Sérgio Nogueira
PENALIZADO
É melhor só usar no sentido de “ter pena, dó, compaixão”: “Sentia-se penalizado diante de tanta miséria”. Embora já esteja registrado no novo Aurélio e no dicionário Houaiss, é bom evitar o uso de penalizado no sentido de “punido”: “O zagueiro foi punido (e não penalizado) com cartão vermelho".

Manual de Redação e Estilo – jornal O Globo
Penalizar
Não significa punir, mas ter pena.

Manual de Redação – jornal Folha de S.Paulo
Penalizar
Segundo o dicionário “Aurélio”, o verbo significa causar pena, afligir. Na Folha, não deve ser usado como sinônimo de punir.

Corrija-se! de A a Z – Luiz Antonio Sacconi
Penalizar – qual o verdadeiro significado?
Significa, em rigor, atormentar, afligir, causar desgosto, dor ou aflição a: Uma vitória simples do Palmeiras já penaliza os corintianos; uma goleada, então, é de matar! ● O suicídio do presidente penalizou toda a população brasileira.
Na língua cotidiana tem aparecido por apenar, punir ou por prejudicar: Fui “penalizado” por algo que não cometi. ● A inflação “penaliza” mais os assalariados. Aliás, Fui apenado (ou punido) por algo que não cometi. ● A inflação prejudica mais os assalariados.

DICIONÁRIO “CALDAS AULETE”
MÉDICO-VETERINÁRIO
adj. || que diz respeito à medicina veterinária.

DICIONÁRIO “HOUAISS”
MÉDICO-VETERINÁRIO
Acepções
■ adjetivo
1 relativo a medicina veterinária

■ substantivo masculino
2 especialista em medicina veterinária

Gramática
a) como subst., fem.: médica-veterinária; pl.: médicos-veterinários;
b) como adj., fem.: médico-veterinária; pl.: médico-veterinários

Volp 5ª Edição 2009
médico-veterinário s.m.; pl. médico-veterinários e médicos-veterinários

Observe:
“Segundo informações da Caixa Econômica Federal, 343 bilhetes acertaram a quina e devem receber R$ 10.298,59 cada. Outros 20.451 bilhetes acertaram quatro dezenas (quadra) e levarão R$ 172,08 cada”.

O pronome indefinido CADA sempre funciona como adjetivo, ou seja, jamais deve aparecer “sozinho”. Assim: “Cada macaco no seu galho”. Na ausência de um substantivo que o acompanhe, é preciso usar outro pronome que tenha valor de substantivo (“cada um”, “cada uma”, “cada qual”).

Veja, abaixo, o texto corrigido:
Segundo informações da Caixa Econômica Federal, 343 bilhetes acertaram a quina e devem receber R$ 10.298,59 cada um. Outros 20.451 bilhetes acertaram quatro dezenas (quadra) e levarão R$ 172,08 cada um.

Acrescentando...
Dicionário de Erros Correntes da Língua Portuguesa – João Bosco Medeiros e Adilson Gobb
cada – Não deve aparecer o pronome isoladamente; Os livros custaram R$ 130 cada um.

1001 Dúvidas de Português – José de Nicola e Ernane Terra
CADA
O pronome indefinido cada não deve ser utilizado desacompanhado de substantivo ou numeral, portanto é incorreto dizer: Os livros custaram vinte reais cada, Vendia frango a dois reais cada. Corrija-se para:
Os livros custaram vinte reais cada um.
Vendia frango a dois reais cada quilo.

Michaelis Português Fácil – Tira-dúvidas de redação – Douglas Tufano
cada um, cada uma
Quando não acompanha um substantivo, o pronome indefinido CADA deve ser seguido de UM ou UMA: Esses livros custam cinco reais cada um. / Essas mercadorias estão sendo vendidas por dez reais cada uma. ♦ Embora venha generalizando-se o uso sozinho de CADA, a norma culta recomenda que se diga CADA UM ou CADA UMA.

Dicionário de dificuldades da língua portuguesa – Domingos Paschoal Cegalla
cada
Pronome indefinido distributivo.
1. Pode referir-se à unidade num grupo de seres ou a um conjunto deles: Cada animal estava em sua jaula. / Em cada cem homens, dois eram analfabetos.
2. No segundo caso, o verbo concorda no plural: Cada três livros custavam 60 reais.
3. Emprega-se cada um(a), e não simplesmente cada, em frases como: Os livros custaram 50 reais cada um. / As máquinas custam mil dólares cada uma. / Os ingressos eram vendidos a 40 reais cada um (e não a 40 reais cada).
(...)

Manual de Redação e Estilo – jornal O Estado de S.Paulo
Cada
1 – Acompanha um substantivo, outro pronome ou numeral e, no uso correto, indica diversidade de ação: Usa cada dia (um dia um, outro dia outro) um terno diferente. / Cada jornalista tem seu estilo. / Cada macaco no seu galho.
2 – Se a ação for a mesma, deve-se usar todo: Faz a barba todo dia (em vez de cada dia). / Estuda inglês todo dia (e não cada dia). / Muda de casa todo ano (e não cada ano).
3 – Não pode ser usado antes de plural (cada férias, cada óculos, cada núpcias), mas apenas antes de numeral: cada três dúzias, cada seis pessoas, cada 30 dias. Concordância, neste caso: Cada três dúzias custam... / Cada seis pessoas vão... / Cada 30 dias representam...
4 – Pode combinar-se com qual e um, quando falta o substantivo: Cada qual sabe o que fazer. / Venha cada qual com seu par./ Cada um herdará duas casas. / Veja se cada uma sabe como agir.
5 – Cada um é também a forma correta nas referências a valores expressos anteriormente: As blusas custam 40 reais cada uma (e não 40 reais cada). / Vendia livros a 30 reais cada um (e não a 30 reais cada).
6 – Não se usa cada um, porém, antes de substantivos que indicam valor ou medida: Cada hora (e não cada uma hora), cada real (e não cada um real), cada quilômetro, cada quilo, cada ano etc. A razão: cada já encerra a idéia de unidade.