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Diogo Oliveira

Sempre que um novo ano começa, é normal que as pessoas estabeleçam metas e redefinam certas prioridades em suas rotinas. E, nessa perspectiva, ter saúde e qualidade de vida surgem como alguns dos principais objetivos traçados para o ano. A procura por uma atividade física tende a aumentar significativamente, uma vez que muitas pessoas acabam “correndo atrás do tempo perdido”. No entanto, é fundamental que tais atividades sejam devidamente orientadas por um profissional de Educação Física devidamente registrado. E isso vale, desde o treino pesado de musculação até a corrida ao ar livre, pois todas elas exigem esforço por parte das articulações e da musculatura. 

O Conselho Regional de Educação Física do Maranhão (Cref21/MA) faz um alerta à sociedade maranhense sobre a importância do profissional de Educação Física registrado na rotina dos treinos. 

“A atividade física é um assunto muito presente no nosso dia a dia. É comum observarmos dicas, aulas e exercícios físicos a todo instante em aplicativos, redes sociais, blogs e na mídia. No entanto, é preciso fazer um alerta: a presença do profissional de Educação Física é fundamental para a eficácia de qualquer tipo de treino ou atividade física. Esse profissional é o único que pode orientar, dar dicas ou prescrever exercício físico adequado. Os exercícios físicos são um dos pilares da qualidade de vida, mas praticá-los de forma inadequada pode ocasionar uma série de problemas”, explica o diretor-executivo do Cref21/MA, Diogo Oliveira. 

Diminuição do risco de sofrer lesões, melhora do condicionamento físico e adequação da atividade à meta desejada de acordo com cada indivíduo são alguns dos benefícios alcançados por quem busca qualidade de vida por meio da prática de uma atividade física contando com um profissional de Educação Física registrado. O profissional de Educação Física escolhe as atividades que têm maior potencial de levar o praticante a alcançar seus objetivos, seja perder peso, melhorar as funções cardiorrespiratórias ou ganhar massa muscular.  

“Os exercícios físicos quando bem orientados evitam lesões e outros problemas. A orientação de um profissional apto contribui para a utilização de forma adequada dos aparelhos para a realização dos exercícios físicos, que proporcionam benefícios como: melhora do sono, humor, mente e corpo, reduzindo os riscos de cometer erros e o aumento dos benefício, visto que a pessoa ganha mais aderência para continuar praticando as atividades na academia. Queremos que as pessoas se exercitem, mas é preciso se exercitar da maneira correta. É necessário que todos se conscientizem da importância e da necessidade do profissional de Educação Física”, concluiu Diogo Oliveira.  

Sobre o Cref21/MA

Desde a criação do Sistema Confef/Crefs, no ano de 1998, foi definida a meta de criar 27 Conselhos Regionais de Educação Física, possibilitando aos diversos Estados da federação terem os seus próprios órgãos de representatividade da categoria. Contudo, foram estabelecidos os princípios de que os Crefs seriam criados à medida que se comprovasse a sustentabilidade financeira, administrativa e política. Por esse motivo, o Conselho Regional de Educação Física do Maranhão (Cref21/MA) foi criado somente em 2019, o que possibilitou um passo importante em direção ao fortalecimento da profissão no Estado. 

(Fon te: Assessoria de imprensa)

7 de janeiro é o Dia do Leitor. A data foi criada pelo diário "O Povo", jornal de Fortaleza (CE), e já “pegou” no país inteiro.

Nessa data, em 1928, foi fundado o jornal "O Povo", criado por Demócrito Rocha (14/4/1888 – 29/11/1943), Baiano de Caravelas, que, além de jornalista, foi poeta, servidor público federal (telegrafista dos Correios), maçom, político, escritor, professor universitário (da Faculdade de Farmácia e Odontologia do Ceará, onde se formou em 1921 e passou a ensinar no ano seguinte). Demócrito Rocha faleceu em Fortaleza.

O dia 7 é também uma referência simbólica aos sete dias da semana em que o leitor estaria acompanhando um jornal.

Além de jornais, revistas e outras publicações, o Leitor tem, no livro, um dos principais e com certeza o mais simbólico e charmoso produto de expressão, acumulação, documentação e transmissão do conhecimento, das reflexões e das compulsões humanas.

Como se situa o livro na esfera humana e científica? Leia a seguir.

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O livro é o mais simbólico dos elementos manuseados pelo Bibliotecário.

Hoje, entretanto, esse profissional não lida (ou não deveria lidar) propriamente com livros, mas com pessoas.

É a evolução da função socioprofissional do Bibliotecário, que sai do bibliocentrismo (isto é, voltado apenas para os livros) e vai para o antropocentrismo (o ser humano como finalidade do conhecimento e do trabalho de outrem).

Para chegarmos ao livro como superproduto humano, passamos, antes pela LITOSFERA, que é a parte da terra (a crosta terrestre) onde está a BIOSFERA, o conjunto dos seres vivos (animais, vegetais).

Na biosfera encontra-se a ZOOSFERA, o sistema onde se desenvolve o reino animal.

Nesse reino, reina a ANTROPOSFERA, a parte da Terra em que o ser humano vive, também chamada IDEOSFERA.

É na antroposfera que se desenvolve a NOOSFERA, o sistema mental, cujos fenômenos, documentados de forma escrita, formam a GRAFOSFERA.

Portanto, o livro é parte da grafosfera.

Para cuidar do livro – e de outros suportes de informação – existem grupos de conhecimentos próprios: as Ciências das Ciências.

Como se sabe, existem as Ciências da Natureza, como as Ciências Exatas ou Descritivas (Matemática, Física, Química, Biologia) e as Ciências Aplicadas (Medicina, Agronomia, Engenharia).

Existem as Ciências da Cultura, como as Ciências Sociais (Linguística, Antropologia Cultural, Sociologia, Economia, História, Educação, Administração) e Humanidades (Filosofia, Teologia, Psicologia, Letras, Artes Plásticas, Música).

E, por fim, existem as Ciências das Ciências, que tratam de organizar, preservar e colocar à disposição os conteúdos das demais Ciências.

As Ciências das Ciências dividem-se em Teóricas (Teoria da Informação, Teoria Geral dos Sistemas, Metodologia) e Documentológicas (Bibliografia, Bibliometria, Bibliologia, Biblioteconomia, Arquivologia ou Arquivística, Museologia, Documentação).

A evolução do conhecimento trouxe a evolução do conceito (ou seria o contrário?): seja encapsulada em disquetes, CDs, CDs-ROM, fitas e discos de cinema e vídeo (DVDs, Blu-rays, HD-DVD); seja encasulada em livros, revistas, jornais; seja incrustada em outros suportes físicos ou fluindo no éter do mundo virtual da Informática e das Comunicações, a informação tem de ser colocada à disposição daquele que a gerou: o ser humano.

Assim é que a Biblioteca deixou de ser uma coleção de livros e outros documentos, classificados e catalogados, para ser uma assembleia de usuários da informação.

O Bibliotecário não é um alfarrabista que só tem olhos para os livros (função bibliocêntrica), mas um profissional academicamente preparado para uma função verdadeiramente “antropobibliocêntrica”, onde ser humano e livro (i. e., documento) interagem sob sua mediação.

Existem vários tipos de biblioteca. Frances Henne considerava a Biblioteca Infantil como a “mais importante de todas”.

Têm ainda as Bibliotecas Escolares, com material didático para professores e alunos.

As Universitárias, as Especializadas (que se voltam para um tipo de usuário ou por tipo de documentos).

As Bibliotecas Nacionais reúnem a produção bibliográfica e audiovisual do próprio país e de outros.

As Bibliotecas Públicas são as dos governos estaduais e municipais.

No Brasil, as primeiras bibliotecas chegaram com os jesuítas, em meados do século XVI, na Bahia. Neste Estado, também surgiu a primeira biblioteca de um mosteiro beneditino, em 1511, e a primeira biblioteca pública, em 1811.

Em 1915, surgiu, no Brasil, o primeiro curso de Biblioteconomia da América Latina.

Hoje, existem dezenas de cursos de graduação e pós-graduação.

A profissão de Bibliotecário surgiu com a Lei 4.084, de 30/6/1962, regulamentada pelo decreto 56.725, de 16/08/1965.

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“BIBLIOTERMOS”

(alguns termos relacionados ao livro, a maior parte constante de "Elementos de Bibliologia" [São Paulo: Hucitec/INL/Pró-Memória, 1983], livro de Antônio Houaiss)

ARISTOBIBLIOFILIA – sentimento de amor aos livros de luxo.

BIBLIOCIMELIOFILIA – sentimento de amor aos livros raros.

BIBLIOCIRURGIA – técnica que salva do deterioramento a parte ainda sã do livro.

BIBLIOCLEPTOMANIA – subtração de livros, por furto, roubo ou não restituição.

BIBLIOFILIA – atribuição de valor ao livro, pela mensagem, pelo material, pela importância histórica.

BIBLIOFOBIA – indevida incompreensão do valor dos livros.

BIBLIOFOTOGRAFIA – técnica da reprodução fotográfica de livros, preservando-o em seu feiçoamento original.

BIBLIOGNOSIA – conhecimento dos livros.

BIBLIOGRAFIA – disciplina que agrupa os livros segundo critérios sistemáticos vários.

BIBLIO-HISTORIOGRAFIA – história do livro.

BIBLIOLATRIA – adoração ao livro, sem excluir seu uso, gozo e proveito.

BIBLIOLOGIA – examina o livro do ponto de vista de sua sistematização.

BIBLIOMANIA – preocupação obsessiva com os livros e a vontade de possuí-los.

BIBLIOMÁTICA – aplicação de processos informatizados na produção e difusão dos livros.

BIBLIOMETRIA – aplicação da análise estatística à bibliografia geral (MACROBIBLIOGRAFIA) e específica (MICROBIBLIOGRAFIA).

BIBLIOPATOLOGIA – disciplina aplicada (química / física / parasitologia) que estuda o deperecimento material do livro sob a influência do meio, do tempo, de ações parasitárias.

BIBLIOPROFILAXIA – técnica de proteção do livro contra as influências/ações de deterioração.

BIBLIOSOFIA – conjunto dos saberes relacionados ao livro.

BIBLIOTAFIA – amor exagerado aos próprios livros (lidos ou apenas possuídos), ao ponto de ocultá-los ou torná-los inacessíveis para outrem.

BIBLIOTECNIA ou BIBLIOTÉCNICA – corpo de técnicas relacionadas à produção do livro, do ponto de vista de seus elementos materiais.

BIBLIOTECNOGRAFIA – exposição sistemática dos princípios e normas de bibliotecnologia.

BIBLIOTECNOLOGIA – sistematiza o corpo de técnicas da bibliotecnia.

BIBLIOTECOCIRURGIA – técnica que salva do deterioramento progressivo coleções e bibliotecas.

BIBLIOTECOGRAFIA – cuida da disposição sistemática das coleções de livros.

BIBLIOTECOLOGIA – disciplina dos livros como coleções agrupadas.

BIBLIOTECONOMIA – armazenagem, acesso e circulação dos livros.

BIBLIOTECOPATOLOGIA – disciplina aplicada (arquitetura / administração) que estuda o deperecimento e a deterioração das coleções e bibliotecas.

BIBLIOTECOPROFILAXIA – técnica de proteção às coleções e bibliotecas.

BIBLIOTECOTECNIA ou BIBLIOTECOTÉCNICA – técnicas relacionadas à criação de bibliotecas.

BIBLIOTECOTECNOGRAFIA – exposição sistemática dos princípios da Bibliotecotecnologia.

BIBLIOTECOTECNOLOGIA – sistematiza técnicas/conhecimentos da Bibliotecotecnografia.

BIBLIOTECOTERAPIA – técnica de restaurar coleções e bibliotecas.

BIBLIOTERAPIA – técnica de recuperação/restauração de livros materialmente deteriorados.

ECDÓTICA – arte de descobrir e corrigir erros de um texto e, a partir daí, estabelecer uma edição o mais perfeita possível (“edição crítica” ou “edição exegética”).

EDITORAÇÃO – preparação técnica de originais de um livro para publicação, envolvendo revisão de forma e de conteúdo e, em outra fase, a organização para a edição impressa.

NOVOS TERMOS (NEOLOGISMOS)

Nessa linha, engendrei dois novos termos relacionados aos livros. Consultei o Google e o Dicionário Houaiss e não há menção aos termos nem a seus significados, com essa formação léxica / lexical.

As palavras são formadas a partir dos elementos de composição gregos para “novo” (NÉOS-), “livro” (BIBLION), “cheiro” / “odor” (OSMÓS) e “amigo” ou aquele que deseja, quer ou gosta (-PHILOS):

BIBLIOSMIOFILIA – Amor ao ou satisfação com o cheiro de livros.

BIBLIOSMIÓFILO – Aquele que gosta do cheiro de livros.

NEOBIBLIOSMIOFILIA – Amor ao ou satisfação com o cheiro de livros novos.

NEOBIBLIOSMIÓFILO – Aquele que gosta do cheiro de livros novos.

* EDMILSON SANCHES

Os professores Sebastião Moreira Duarte, José Geraldo da Costa e eu já conversamos muito, estimulados pelo bom ambiente, pela boa mesa e pelos bons espíritos (ou seja, as bebidas) da antiga Cantina Don Vito, que marcou época e pontificou em Imperatriz (MA) por cerca de 30 anos, de 1986 a 2015.

Éramos um trio palrando sobre coisas e loisas do ser humano e do século, isto é, do mundo. Sebastião, maranhense que nasceu no Ceará; Geraldo, o decano do trio, imperatrizense que nasceu em Recife, Pernambuco – e eu, caxiense da gema, clara e casca.

Essa nesga de lembrança me chega quando, na multidão de mensagens perdidas e achadas em uma multidão de grupos e pessoas do aplicativo WhatsApp, leio um “pedido”, feito ao nosso amigo comum José Carlos Castro Sanches e por este “socializado” no grupo da Sociedade de Cultura Latina do Brasil.

Sebastião Duarte fez a seguinte “encomenda” (termo dele): “[...] descubra pra mim o significado do sufixo ‘íua’, que forma tantas palavras de origem indígena no Maranhão”.

Sebastião referia-se ao “sugestivo” topônimo “Paricatíua”, povoado à beira do Rio Itapetininga, no quase nonagenário município de Bequimão (criado na Baixada Ocidental maranhense em 19 de junho de 1935; 20 mil habitantes). O químico e escritor José Carlos, suplicante, pergunta a cada leitor do outro lado da telinha do celular: “Quem pode responder a pergunta acima?”

Essas três letrinhas vão precisar de muitas outras para explicá-las... (Mas, quem sofre de exarticulação precoce, isto é, fragmentação e perda de coesão, vá direto para o parágrafo precedido do intertítulo “Paricatíua: O Significado”).

Comecemos:

Os especialistas deram um novo nome para “sufixo”: agora, chama-se “pospositivo”, que é a partícula que vem ao final da palavra – quando é o caso de o processo de formação do vocábulo precisar dessa “pós-elemento”, dessa parte final.

Deve-se dizer, logo de saída (ou entrada...), que, nesse caso e contrariamente, não se aplica o pospositivo “-íua” no fitônimo “paricatíua”. O pospositivo “-íua”, e suas variantes “-iba” e “-iva”, vêm do tupi “-iwa”, que significa “ruim”, “imprestável”, “feio” – como no muito citado exemplo do nome de Estado “Paraíba”, em que “Pará-“ é “rio” ou “mar” e “-iba” é “ruim”, significando “rio impróprio ou ruim para navegar”, porque, pelo menos no início de seu canal, ali pelos idos do século XVI ou início do XVII, o Rio Paraíba não seria largo o bastante para certas embarcações.

Vale lembrar que existem também, com semelhante grafia, os pospositivos “-iwa” e “i’wa”, onde o primeiro significa “tronco”, “árvore”, “planta”, “haste”, “pau”, e o segundo, “fruto”, “fruta”. Ambos, na transcrição / transliteração para a Língua Portuguesa, assumem grafias e variantes como “-iba”, “-iva”, “-uba”, “-uva”, “-aba”, “-ava”...

PARICATÍUA: O SIGNIFICADO

Especificamente, no caso de “Paricatíua”, este é um nome botânico (fitônimo) dado como nome a uma localidade (topônimo). “Paricatíua” é formado do tupi “paricá-“, que é nome de uma árvore, mais “-tíua”, o pospositivo tupi que significa “muito”, “em abundância”. Assim, “Paricatíua” é nome tupi que significa ajuntamento, abundância de paricás. Retorne-se e reforce-se a lembrança das costumeiras variações gráficas quando o Português assume um termo alienígena para seu “corpus” linguístico ou vocabular: em tupi, “paricá-“ é “pari’ka” e “-tíua” é “-tiwa”, este que, transliterado, escreve-se “-tiba”, “-diba”, “-tuba”... Alguns exemplos: “Mangaratiba”, ajuntamento de mangarás, que são tipos de ervas e plantas – estas também chamadas taiobas ou taiovas, entre outros nomes. “Ubatuba”, abundância de ubás, que são caniços ou pés de canas fininhos.

Só conheço de foto a árvore paricá. Deve haver – ou no mínimo deve ter havido – muitas delas pela Baixada maranhense, mormente em Bequimão, maiormente no Povoado Paricatíua. Os indígenas não chamariam o lugar se não houvesse, em grande quantidade, a planta ou árvore que eles denominavam “paricá”. É o que os tupinólogos chamam de “composição atributiva”, que é o modo de os indígenas formarem uma palavra em que um elemento posterior atribui uma qualidade, dá uma característica ao primeiro elemento da palavra. No caso de “Paricatíua”, “paricá-“ é o primeiro e principal elemento (a árvore) e o segundo elemento é uma espécie de adjetivo, um qualificador, “-tíua”, que diz que naquele lugar há (ou havia) muitos pés de paricás.

Sobre o paricá, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), patrimônio e orgulho de todo brasileiro, diz que é uma árvore de até 40 metros de altura e 1 metro de diâmetro e, em diversos Estados brasileiros, floresce de maio a julho e frutifica de agosto a outubro. A planta é “quente”: não gosta de temperaturas frias, gosta mesmo é de sol (heliófila). Anota-se, ainda, que no Pará o paricá é também conhecido como “faveira”; em Rondônia, “bandarra”; e, entre outros, no Acre, “canafístula” (na Pré-Amazônia maranhense, faveira e canafístula ou canafista são outro papo, isto é, são outros tipos de árvores. Mas são coisas e nomes desse imenso e redundante Brasilzão...).

*

A propósito, a palavra “Itapetininga”, que dá nome ao rio que margeia o Povoado Paricatíua, em Bequimão, também é termo tupi e significa algo como “rio sinuoso, ladeado de penedos / rochas / lajes”. Há definições aproximadas; esta daí tem como base a obra “Diccionario Geografhico da Provincia de S. Paulo – Precedido de um Estudo sobre a Estructura da Lingua Tupi e Trazendo, em Appendice, uma Memoria sobre o nome AMERICA” (grafia original), de 1902, livro póstumo do grande maranhense de Caxias, advogado, jurista, jornalista, genealogista, estudioso do tupi e escritor João Mendes de Almeida (1831-1898).

O Dr. João Mendes fundou vários jornais em São Paulo, foi presidente do Instituto dos Advogados paulistas, o Iasp (fundado em 1874), e foi deputado e presidente da Assembleia de São Paulo, Estado e cidade que o homenagearam oficialmente, em 1898, com nome e busto em grande praça – existente desde 1757 – na região central (bairros Sé e Liberdade) da capital paulista. Em frente à praça, o Fórum de Justiça de São Paulo, o maior da América Latina, que leva o nome de João Mendes de Almeida Júnior (1856-1923), filho paulistano do caxiense Dr. João Mendes, que era casado com Dª Ana Rita Fortes Leite Lobo.

Além do “Diccionario” de João Mendes de Almeida, vali-me do “Dicionário de Tupi-Guarani” da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), do “Dicionário Houaiss” e da “Infoteca” no “site” da Embrapa, para as informações sobre a árvore paricá.

* EDMILSON SANCHES

Foto:

O povoado Paricatíua, no município de Bequimão (MA). No alto, à direita, o rio Itapetininga.

A pandemia revelou a desigualdade de acesso à internet

A aprovação de projeto de lei na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos em escolas públicas e privadas no Estado, já no ano letivo de 2025, deu destaque ao tema. Além do cuidado nas escolas, o Centro Marista de Defesa da Infância avalia que a utilização dos aparelhos e da internet também precisa de atenção em casa.

Levantamento da TIC Kids Online Brasil (2024), realizado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e Cetic.br, mostrou que 93% das crianças e adolescentes brasileiros - de 9 a 17 anos - usam a internet, o que representa 24,5 milhões de pessoas.

O estudo apontou, ainda, que cerca de três a cada dez usuários de internet de nove a 17 anos têm responsáveis que usam recursos para bloquear ou filtrar alguns tipos de sites (34%); para filtrar aplicativos baixados (32%), que limitam pessoas que entram em contato por chamadas de voz ou mensagens (32%); que monitoram sites ou aplicativos acessados (31%); que bloqueiam anúncios (28%); alertam sobre o desejo de fazer compras em aplicativos (26%); e que restringem o tempo na internet (24%).

“Assim como ensinamos nossas crianças a não falar com estranhos na rua, temos que agora ensiná-las a como se comportar na internet. Atualmente, pais e responsáveis devem trabalhar no letramento digital, supervisionando as atividades e ensinando dinâmicas mercadológicas, pois o uso inadequado da internet pode gerar um meio propício para o adoecimento físico e mental”, disse, em nota, Valdir Gugiel, diretor do Centro Marista de Defesa da Infância e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Santa Catarina.

Ele acrescenta que, atualmente, quando se trata de infância e juventude, é necessário promover um debate sobre o uso consciente de telas e dispositivos e a violência no ambiente digital.

Ofensas

Ainda segundo a TIC Kids Online, entre os usuários de nove a 17 anos, 29% contaram ter passado por situações ofensivas, que não gostaram ou os chatearam no ambiente digital. Desses, 31% relataram sobre o que aconteceu para seus pais, mães ou responsáveis; 29% para um amigo ou amiga da mesma idade; 17% para irmãs, irmãos ou primos; e 13% não revelaram para ninguém.

A gerente do Centro Marista de Defesa da Infância, Bárbara Pimpão, explica que alguns casos de situações ofensivas na internet podem evoluir para cyberbullying [violência virtual que ocorre geralmente com as pessoas tímidas e indefesas].

“Crianças e adolescentes que estão sendo expostas repetidamente a mensagens que têm o objetivo de assustar, envergonhar ou enfurecer podem sofrer consequências psicológicas, físicas e sociais, como baixa autoestima, depressão, transtornos de ansiedade e insônia”, disse, em nota.

A entidade apontou as seguintes dicas e cuidados para os responsáveis em relação ao acesso de crianças e adolescentes a ferramentas digitais:

1. Fazer monitoramento e controle parental do telefone celular.

2. Ficar alerta a situações ofensivas.

3. Explicar sobre perigos do contato com estranhos.

4. Conversar sobre o uso excessivo da internet.

5. Acessem juntos conteúdos para conscientização.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 05/01/2025 - Mestre Antônio Cândido. Dia de Reis. Foto: Antônio Cândido/Arquivo Pessoal

O toque da zabumba, os versos, as cantorias, as cores das roupas, a dança e o legado dos mais velhos… Tudo encantou os olhos de Cícera Flatenara desde a infância. Hoje, aos 27 anos de idade, a cearense nascida e moradora de Juazeiro do Norte é mestra do reisado, manifestação cultural que celebra o nascimento de Cristo e a visita dos reis Magos ao “Menino Deus”.

A data de 6 de janeiro, Dia de Reis, que é o mais importante para a festividade, tem dois sentidos para ela. Antes, de celebração. Mas, agora, também de dor. O pai dela, mestre Cicinho (Cícero da Silva, de 44) foi assassinado neste dia, no ano passado, enquanto preparava o evento. Mesmo em luto, ela diz que tem a missão de inspirar outros jovens a participarem do reisado e fazer com que mais olhos brilhem, como ocorreu com ela, pela arte do pai.

Brasília (DF), 05/01/2025 - Cícera Flatenara. Dia de Reis. Foto: Cícera Flatenara/Arquivo Pessoal

Mestre Cicinho era do Reisado de Manuel Messias. A filha abraçou o legado e segue com o grupo. Ela aprendeu tudo com o pai, inclusive porque ele criou também um grupo para filha para que ela abraçasse a missão de fazer com que a cantoria nunca findasse. “Foi meu pai que me incentivou, ensinou, e fez crescer. A gente montou um grupo de reisados chamado Mirim Santos Expedito”, diz. Ela explica que o pai tirou dinheiro do próprio bolso para fazer as roupas e os instrumentos. Hoje pelo menos 30 crianças e adolescentes participam das atividades.

“As crianças veem o colorido e pedem para brincar. Hoje eu passo para os meus dois filhos. Quando eu não estiver aqui, vai ter quem dê continuidade por mim”, conta Cícera Flatenara.

Eles já conhecem o que fazem os mestres (que coordenam o reisado), os contramestres, as personagens de  Mateus, Catirina, reis, rainha, a princesa e o príncipe, além de embaixadores, que puxam a música na hora da dança. Assim, se organiza o cordão. Os sons dos instrumentos de percussão e corda se misturam para encanto de quem aprecia a tradição.

Diversidade

E pensar que mulheres, no século passado, não costumavam ser as mestras. “Mulher dançava mais o ‘guerreiro’ (de Alagoas). Meu pai foi um dos mestres que mais incentivava a participação das mulheres aqui em Juazeiro do Norte”. Já é normal às vistas dos juazeirenses quando a mestra Flatenara ‘desafia’ homens para o tradicional jogo de espadas, em uma coreografia que impressiona quem está na roda. “O rei vai proteger a rainha e o príncipe no trono. Ele tem o dia todo para proteger a realeza do reisado e não deixar ninguém vir tomar”. 

Um dos pares no jogo de espadas de Flatenara é o mestre Antônio Candido, de 35 anos, também conhecido na tradição da região. “Nosso foco é manter a tradição dos reisados como surgiram na região do Cariri, ao som da viola [do reisado de Congo)] e do maracá”. Ele celebra que a filha de 15 anos também já participa da festa e já fez até o papel de rainha. O mestre enfatiza que essa é uma tradição nas comunidades tradicionais no período natalino, com participantes nas portas das casas, nas ruas, louvando o sagrado.

Ele é ligado ao Reisado Santo Antônio e faz ensaios todas as terças-feiras.

“Meu grupo é pequeno, a gente só tem 18 pessoas. O reisado, para mim, é alegria, amor e esperança de um futuro melhor. Isso é o que a gente passa aos mais jovens”, afirma Antônio Candido.

Em sua memória, a manifestação está vinculada ao som da zabumba, caixa e pífano, mas também à viola, que faz parte da tradição local. Outra ação é a “queima da lapinha”, que são as folhagens secas levadas ao fogo a fim de simbolizar as esperanças de cada pessoa. “Essas tradições são importantes para mim desde a minha infância”.

Brasília (DF), 05/01/2025 - Mestre Antônio Cândido. Dia de Reis. Foto: Antônio Cândido/Arquivo Pessoal

Desafio

Referência de sons para Antônio Candido foi o mestre Nando, nome artístico do amigo violeiro Francisco Valmir da Silva Santos, de 45 anos, que aprendeu o reisado na zona rural. Ele entende que, apesar das tradições, há dificuldades de manter o reisado vivo. “Chega a ser um desafio por conta da internet. Existem brincantes jovens ou até adultos que não querem mais. Nós, que mantemos o reisado de Congo legítimo sempre convidamos os jovens a levar em frente esse folguedo do reisado”.

Ele observa que, nas escolas, as apresentações não são contínuas e existem dificuldades para que projetos sejam contemplados em editais públicos. “Quando a cultura vai para a escola, os alunos tornam-se novos aprendizes dos reisados. Principalmente para formar novos tocadores de viola ou violão”, diz. Mestre Nando explica que, mesmo com as características particulares de cada Estado, os reisados têm semelhanças pelo país.

De norte a sul

A 3,6 mil quilômetros de distância de Juazeiro do Norte, a preocupação de fazer com que o reisado siga forte está em grupos na cidade de Esteio (RS), que chamam a exibição de “terno de reis”. O acordeonista Gabriel Romano, de 37 anos, diz que aprendeu com o avô, mas teme que a tradição caia no esquecimento. “Na tradição, o terno de reis vai até uma casa sem avisar. A gente chega e começa a cantar na porta até a pessoa ouvir e convidar para entrarem. A gente faz várias apresentações por dia.” Originalmente, os artistas usam o improviso. 

Brasília (DF), 05/01/2025 - Grupo Estrela Guia de Esteio (RS). Dia de Reis. Foto: Grupo Estrela Guia de Esteio/Divulgação

Como as apresentações do reisado gaúcho do grupo de Gabriel (Estrela Guia de Esteio) são mais curtas, há uma abertura já consagrada, em uma música que usa versos como “Cristo podia nascer entre ouros e cristais, mas, para dar exemplo ao mundo, quis nascer entre animais. O de casa nobre gente, se quiser nos apreciar, abre a porta e mande entrar.” O músico entende que, mesmo pautado pela religiosidade cristã, há uma preocupação de atender um público mais diverso, inclusive para adeptos de religiões de matriz africana.

Gabriel anda feliz porque no grupo conseguiu atrair uma acordeonista de 12 anos, Anita, que é filha dele. “Ela foi vendo o terno e fazendo o movimento. A minha filha tem celular, usa internet, mas a gente incentiva ela a ter essas vivências na música. Para ela também saber que existe um mundo fora daquilo.”

(Fonte: Agência Brasil)

Arte Concurso unificado destaque home. Arte: EBC

O prazo para perícia médica (avaliação biopsicossocial) da condição dos candidatos do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), que se declararam com deficiência, começa nesta segunda-feira (6) e vai até sexta-feira (10).

Inicialmente, esses candidatos tiveram a inscrição deferida para concorrer às vagas reservadas às pessoas com deficiência e, ainda, foram aprovados na prova discursiva, realizada em 18 de agosto passado.

A avaliação dos documentos enviados, no ato de inscrição no certame, pelos candidatos autodeclarados com deficiência será realizada por equipe multiprofissional, designada pela Fundação Cesgranrio, conforme Decreto nº 9.508/2018. A legislação reserva às pessoas com deficiência percentual de cargos e de empregos públicos oferecidos em concursos públicos.

A equipe multiprofissional irá avaliar os candidatos pela documentação médica (atestado ou laudo ou relatório) enviada, por upload, no ato da inscrição que ateste a espécie e o grau ou o nível de deficiência (se conhecida), bem como a provável causa da deficiência.

A comissão deverá então chegar a uma conclusão sobre o enquadramento ou não da deficiência do candidato.

Recursos

A divulgação dos resultados preliminares da avaliação biopsicossocial das pessoas que se declararem com deficiência está prevista para 17 de janeiro.

Nos dias 17 e 18 de janeiro, os candidatos que discordarem do resultado preliminar poderão interpor eventuais recursos no endereço eletrônico do chamado Enem dos Concursos.

O candidato que tiver negativa da condição de sua deficiência durante a avaliação biopsicossocial após o recurso, se houver, perderá o direito de concorrer às vagas reservadas às pessoas com deficiência, conforme previsto nos editais dos oito blocos temáticos do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). 

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos prevê que a divulgação do resultado final do CNU ocorrerá em 11 de fevereiro. 

(Fonte: Agência Brasil)

Meu conterrâneo, confrade e amigo Nelson da Silva Almada Lima, engenheiro civil e professor universitário aposentado, diretor de quase tudo quanto foram importantes Órgãos e Empresas públicas no Maranhão, escreveu, nesse domingo (5/1/2025), rico texto sobre um piano de sua Família que, “escapando” do destino de outros instrumentos musicais históricos de caxienses, foi posto, por doação, em lugar seguro, de frequência pública, em Caxias – o Memorial da Balaiada, no igualmente histórico Morro do Alecrim.

Nelson, meu colega no Instituto Histórico e Geográfico de Caxias e na Academia Caxiense de Letras, escreve com competência histórico-literária e autoridade de quem não apenas é da Família Almada Lima como, igualmente, é testemunha ocular, auricular e... digital, ou seja, de dedos, pois, menino, ele "maltratava" (expressão dele...) o piano, arriscando-se a tocar de ouvido umas poucas notas de umas poucas músicas sob a muita atenção de alguns poucos ouvintes...

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Entretanto – Nelson, eu e o mundo sabemos –, um instrumento musical não apenas emite sons – ele também exala história...

Junto com as notas musicais (agora emudecidas) do piano da família foram as notas históricas (quase não sabidas) acerca daqueles que o tocaram, bem como os registros históricos (estes sim, insabidos da maioria) do próprio instrumento.

A depender de um simples mas essencial detalhe, o piano da ilustre família caxiense pode ter sido feito pelo Dörner pai, entre 1830 e 1877, ou pelos Dörner pai e filho, a partir de 1878 a até 1935, quando a F. Dörner & Sohn foi vendida. O “F” do nome da firma alemã é de “Friedrich”, ou Christian Friedrich Dörner. Ele nasceu em 1806, em Stuttgart, cidade mais que milenar (é do século X), hoje com 630 mil habitantes que se acotovelam em uma área territorial de 207 quilômetros quadrados (Caxias, com 5.196km2, é 25 vezes maior – mas, como se sabe, tamanho não é documento...).

Por trás do piano da Família Almada Lima e de como o instrumento chegou até ela e que momentos propiciou aos que o tocavam e aos que ouviam quem tocava, há história de um jovem alemão esforçado, filho de pai médico, filho que, não se tendo decidido pela profissão do pai, andou pelas “Oropas”, em especial pela musical Viena, na Áustria; pela festa hemingwayana que é Paris, na França... estudando com bons mestres a arte de fazer instrumentos que fazem sons.

A política – sempre ela... –, em 1830, pareceu querer dar continuidade às ideias e ideais revolucionários de 1789 e iniciou movimentos que, a partir de Paris, se espalharam França adentro e Europa afora. Do ponto de vista da história de “Herr” Christian Friedrich Döerner (depois, Dörner), foi seu “turning point”, o ponto de virada, ele que se encontrava na capital francesa justo naquele 1830. Ele retorna para sua Stuttgart e no mesmo 1830, aos 24 anos, funda a F. Dörner. Seu único descendente (o “Sohn” ou “filho”, em alemão) chegaria 20 anos depois: é Friedrich Dörner Jr., nascido em 1850, que aprende a profissão com o pai, na própria empresa, e aperfeiçoa-se também na Alemanha e na Inglaterra. Aos 28 anos, em 1878, torna-se sócio do pai – de quem já herdara, viu-se, o nome.

Em seu melhor momento, a F. Dörner, com trinta trabalhadores (em 1871), produzia 160 pianos por ano, média de 13 pianos por mês, ou uns três por semana, ou um instrumento a cada dois dias. O velho Christian Friedrich Dörner morreu em 1882, com 76 anos. Seu único filho e sócio, Friedrich Dörner Jr., viveria um pouco mais: morreu com 85 anos, em 21 de fevereiro de 1935. Ainda “aguentou” no negócio, sem o pai fundador, 53 anos, dos 105 anos de atividades da conhecida e reconhecida empresa fabricante de pianos.

Dörner  Jr., em gesto louvável, fez de Stuttgart, o município, herdeiro único e ainda criou uma fundação com o nome do pai, mas seu gesto de boa vontade não prosperou muito tempo e a empresa com tudo dentro, “porteira fechada”, foi vendida ainda em 1935, com o sobrenome “Dörner” permanecendo uns tempos na razão social, com outros nomes, até se tornar só história...

Os pianos da F. Dörner eram disputados pelas cortes naqueles idos do século XIX. Ficaram famosos seus pianos, tanto os de cauda quanto os do modelo da Família Almada Lima, os pianos verticais ou “de armário” (por caberem próximos à parede, sem ocupar tanto espaço quanto o piano de cauda). Reis os adquiriam, príncipes e outros nobres e grandes músicos neles tocavam e deles ouviam as notas apreciadas em uma época em que artes assim – a Música, a Pintura... – eram vivamente apreciadas. Outros tempos...

O piano F. Dörner que (re)pousa em um memorial em Caxias pode até não tocar mais (que "otoridade" que só ama Caxias em discursos quer "gastar" dinheiro recuperando tão histórico instrumento? O orçamento de Caxias para 2025 é de quase 1 BILHÃO de reais, ou exatamente R$ 993.607.726).

Repita-se: o piano doado pela família caxiense pode até não tocar mais. Mas a história por trás dele, naqueles que tiverem conhecimento – conhecimento e sensibilidade –, haverá de continuar tocando...

A História não é só para lembrar.

A História também é para cobrar.

Mas, em Caxias, quem se toca?

*

Parabéns, Nelson. O gesto familiar de doação do piano mereceria outros toques – até, quem sabe, musicais. Mas o único teclado em que ainda me atrevo a pôr as mãos é aquele de escrever...

Pois de Música nada sei.

Apenas sinto.

Sinto muito.

* EDMILSON SANCHES

Fotos:

Pianos verticais da F. Dörner [fotos ilustrativas] e aspecto interno e externo do Memorial da Balaiada, em Caxias (MA).

Fernanda Torres poses with the award for Best Performance by an Actress in a Motion Picture — Drama for

O cinema brasileiro vive um momento histórico. A atriz Fernanda Torres recebeu nessa segunda-feira (06), em Los Angeles, nos Estados Unidos, o prêmio Globo de Ouro de melhor atriz na categoria Drama.

A premiação, entregue, pela primeira vez, a uma brasileira, é um reconhecimento ao trabalho de Fernanda no filme Ainda Estou Aqui. Na produção, ela interpreta a advogada Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva, deputado federal assassinado pela ditadura militar em 1971.

Fernanda concorria com grandes estrelas de Hollywood como Nicole Kidman, Angelina Jolie, Tilda Swinton, Pamela Anderson e Kate Winslet.

Há 25 anos, Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres, disputou a mesma categoria pela atuação em Central do Brasil. Ela não venceu, mas o filme ganhou o Globo de Ouro na categoria melhor filme estrangeiro.

"Isso é uma prova que a arte dura na vida, até durante momentos difíceis pelos quais a Eunice Paiva passou e com tanto problema hoje em dia no mundo. Esse é um filme que nos ajudou a pensar em como sobreviver em tempos como esses. Então, para a minha mãe, para a minha família, para os meus filhos e para todos, muito obrigada ao Golden Globes”, disse Fernanda, ainda durante o discurso de agradecimento.

Tanto Ainda Estou Aqui como Central do Brasil foram dirigidos pelo cineasta Walter Salles.

Este ano, na categoria de melhor filme estrangeiro, o Globo de Ouro ficou com a produção francesa Emilia Pérez.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 23/09/2024 - Cena do filme Ainda estou aqui. Foto: Alile Dara Onawale/Sony Pictures

Começa, neste domingo (5), a temporada de premiações do cinema, com a entrega da 82ª edição do Globo de Ouro. O brasileiro Ainda Estou Aqui está na disputa pelo prêmio de melhor filme de língua não inglesa, e Fernanda Torres concorre como melhor atriz na categoria Drama.

O filme, dirigido por Walter Salles, é um relato biográfico de parte da vida de Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido pela ditadura militar. O papel de Eunice é interpretado por Fernanda Torres.

A cerimônia será realizada em Los Angeles, nos Estados Unidos, a partir das 17h no horário local e das 22h no Brasil.

Pela primeira vez desde 1944, a apresentação será feita por uma mulher, a comediante americana Nikki Glaser. A atriz Viola Davis será a grande homenageada da noite, agraciada com o prêmio Cecil B. DeMille, por sua contribuição à indústria do entretenimento.

(Fonte: Agência Brasil)

Alunos em sala de aula. Foto: Sam Balye/Unsplash

Das 112.168 novas vagas anunciadas pelo Ministério da Educação (MEC) para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) ao longo de 2025, metade será destinada a candidatos inscritos no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico) e com renda familiar per capita até meio salário mínimo.

A modalidade Fies Social, lançada em 2024, permite o financiamento até 100% dos encargos educacionais, além de reservar cotas para pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. Dados do ministério mostram que, no primeiro semestre de 2024, 39.419 estudantes migraram do Fies para o Fies Social.

Entenda

O Fies foi instituído pela Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001. O objetivo é conceder financiamento a estudantes de cursos de graduação em instituições de educação superior privadas aderentes ao programa e com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

Desde 2018, segundo o MEC, o fundo possibilita juros zero e uma escala de financiamento que varia conforme a renda familiar do candidato.

(Fonte: Agência Brasil)