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DE BOLSO E BUCHO

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Certa vez, liderei uma movimentação para fundar uma Academia de Letras em um próspero município, terra onde, diziam, “corria dinheiro”.

Antecipo que a Casa de Letras foi fundada, é um “case” de sucesso, está há mais de trinta anos prestando excelentes serviços ao município-sede e à região por ele influenciada etc. etc.

Na minha segunda gestão como presidente, criamos um Salão do Livro que já vai para sua décima nona realização anual, com dezenas de milhares de visitantes, entre escritores, leitores, estudantes, Imprensa, expositores, livrarias e livreiros de diversos pontos do país – estes chegam em enormes caminhões que ficam estacionados em imenso pátio destinado aos grandes veículos que transportam letras e imaginação. Esse Salão do Livro, de tão importante que ficou, já está devidamente registrado no catálogo de eventos do gênero do governo federal. Tem recebido patrocínio de grandes empresas e poderes públicos. Mas, antes, teve muita ralação. Não há vitória sem sacrifício.

Assim, a Academia deixou de ser só de Letras para ser, também, de números. Números e cifrões... Dinheiro. Porque, ao trazer para os dez dias do Salão dezenas de milhares de pessoas, trazer gente de outros Estados e até de outros países, como expositores ou palestrantes, ao dar oportunidade para atividades paralelas – alimentação, artesanato, “shows” musicais, artistas plásticos etc. –, ao interagir e estimular atividades tradicionais (transporte, hotelaria...), esse evento, que parecia ser, somente, “literário”, “cultural”, passou a assumir também dimensão econômica, auxiliando na formação, fixação e ampliação de um segmento – a Economia da Cultura – que, há muito, é destaque em lugares mais desenvolvidos ou melhor preparados.

Um exemplo, dos bons e dos grandes: São Paulo, ou seja, o município de São Paulo, capital do Estado de mesmo nome, é, entre as 5.570, a maior cidade do Brasil, em termos de Demografia (população) e Economia (desenvolvimento). Pois bem: sozinho, o populacionalmente grande e territorialmente pequeno município paulista e paulistano de 11,4 milhões de habitantes e 1.521 quilômetros quadrados produz para si e para o Brasil uma riqueza de cerca de R$ 750 BILHÕES de reais! É o chamado PIB, Produto Interno Bruto, que é a soma de todos os bens e serviços gerados no município.

Agora, você sabe quem ou o que mais colabora para formar esse enorme volume de recursos? Erra quem responder que são as grandes siderúrgicas. Bate fofo quem disser que são as portentosas montadoras de automóveis. Viaja na maionese quem chutar que são as refinarias.

É a Cultura, gente! A Cultura. A Economia da Cultura é aquela que nasce na sensibilidade de um criador (escritor, músico, pintor, “designer” de “software”, criador de “games”, dançarino ou coreógrafo, cineasta...) até repousar, satisfeita ou inquieta, na alma do consumidor (leitor, ouvinte, apreciador, jogador, espectador...).

Só que no meio disso, entre a alma do artista e a do consumidor do seu trabalho, está uma pletora, uma exuberância, uma superabundância de insumos, produtos e serviços, utilizados para transformar o lúdico em lúcido (ou vice-versa), para realizar o sonho em obra tangível, visibilizar o invisível e acabar a comichão mental, artística que relampeja a partir do mais profundo do Ser Artístico.

Não há mais por que a sociedade discutir a importância da Literatura e das Artes em geral. Quando nada porque, se é sociedade, já é ente artístico-cultural, pois, sem isso, seria barbárie. O que deve ser discutido é o porquê de a Literatura, a Arte e a Cultura não serem itens mais presentes no cardápio da cidade.

Lembremo-nos de que, no princípio, era o Verbo. Não era um saco de cimento, ou um rolo de arame. Não fomos feitos apenas para comer, beber, fornicar e dormir – e, muitas das vezes, fazendo tudo isso mal... Deus não precisava fazer o Ser Humano apenas para comer, beber, dormir... Para isso, bastariam os porcos.

Há algo de essência e essencial no Ser Humano. Um algo de misterioso. Um tanto mágico. Um quê de divino. E a isto não se atende, não se satisfaz como se saciam animais em cochos.

A propósito, voltando ao começo, quando criei a Academia de Letras na cidade que se mostrava cada vez mais próspera, representantes do “dark side of the city” foram à Imprensa cometer a aresia, o disparate, de dizer que aquela cidade “não precisava de Academia”, a cidade precisava era “de dinheiro e de comida”.

Como se gente fosse só bolso e bucho...

Eu, hein?!

* EDMILSON SANCHES

A Academia de Letras e Artes de Praia Grande (ALAPG), São Paulo, selecionou textos do jornalista, escritor e consultor Edmilson Sanches, maranhense de Caxias. Um dos textos – intitulado “De Bolso e Bucho” – integra o livro “Sociedade & Cultura”, recentemente lançado, e o outro, em versos, votado e aprovado como hino oficial do Núcleo Jovem Acadêmico da ALAPG. Em 2021, outro texto de Edmilson Sanches – “Bem-vindo, Coronavírus!” – integrou a coletânea “Pandemia e Resiliência”, também da ALAPG, com informações e reflexões sobre a doença respiratória aguda, de alcance mundial, surgida no Brasil, em fevereiro de 2020.

A obra “Sociedade & Cultura” é integrada por 22 autores e realizada pela Academia praia-grandense, cujo dinamismo e prestação de serviços culturais ao município e região levaram-na, entre outras ações, a constituir órgãos internos que tenham sua própria especificidade e dinâmica e que, junto com a Entidade-mãe, a ALAPG, desenvolvam serviços em favor da sociedade. Um desses Órgãos, de grande atuação e realizações no município, é o Núcleo Jovem Acadêmico ALAPG, cuja consistência e unicidade veio a merecer um Hino próprio – com versos compostos por Edmilson Sanches, membro correspondente da Academia. Como antecipa o adjetivo, o Núcleo Jovem é constituído de jovens escritores, artistas e outros produtores e ativistas culturais. Com o decorrer do tempo, diversos desses jovens podem, se desejarem, tornar-se membros efetivos da ALAPG, na forma normativamente prevista.

Sobre os trabalhos de Edmilson Sanches, avalia a acadêmica Maria Luíza de Paiva: “Sua contribuição é sempre muito enriquecedora para nós”. A professora e escritora Fathyma Jaguanharo Carvalho, fundadora e ex-presidente da ALAPG e organizadora da Coletânea, escreveu: “Obrigada e parabéns! Mérito seu, com louvor. Eu não poderia deixar de divulgar texto tão relevante em relação às Letras e Artes”. O atual presidente da ALAPG, Augusto Sarvam, foi quem fez a indicação e colocação em votação da poesia de Sanches, que resultou na oficialização da obra como Hino do Núcleo Jovem acadêmico. A ALAPG já foi oficializada como de Utilidade Pública.

O município

Como já escreveu e descreveu o jornalista maranhense, “Praia Grande, no litoral de São Paulo, é a quarta cidade  – após São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis – que mais recebe turistas no verão, época em que, antes da pandemia, cerca de 2 milhões de pessoas vêm se somar aos 365 mil moradores do município, espalhados, ou comprimidos, em menos de 150 quilômetros quadrados (km2) de área total – o que perfaz uma notável densidade demográfica de mais de 2.442 pessoas por km2, cerca de 98 vezes maior que a densidade do Brasil, de 24,98 pessoas/km2, e mais de 13 vezes a densidade do Estado de São Paulo, de 185,21 habitantes/km2, segundo os números populacionais mais recentes, de 2024, do IBGE”.

“Em habitantes – continua Sanches –, agora pelos dados de 2022, Praia Grande é o 21º maior município entre os 645 do Estado de São Paulo, e o de número 77 entre os 5.570 do Brasil. Em relação ao ano de 2021, Praia Grande subiu cinco posições (de 26ª para 21ª) entre os maiores municípios em população no Estado e subiu 16 posições (da 93ª para a 77ª) entre os maiores do país. A economia de Praia Grande continua crescendo: os dados mais recentes (IBGE, 2021) revelam um Produto Interno Bruto (PIB) de R$  8 bilhões 727 milhões 831 mil – eram R$ 8 bilhões 113 milhões em 2020; e, na economia pré-coronavírus, já revelava pujança: os dados do IBGE mostram que, em 2019,  o PIB totalizava R$ 7 bilhões 619 milhões”.

Em publicação à parte, o texto “De Bolso e Bucho”, de Edmilson Sanches, que integra a coletânea “Sociedade & Cultura”, que recentemente entrou em circulação neste ano de 2024

Fotos:

Os livros “Cultura & Sociedade” e “Pandemia e Resiliência”, Edmilson Sanches, o brasão da Academia e alguns aspectos de Praia Grande, um dos maiores destinos turísticos do Brasil.

A nadadora maranhense Sofia Duailibe continua se destacando na disputa da Copa Brasil de Águas Abertas 2024, competição organizada pela Confederação Brasileira de Águas Abertas (CBDA). Sofia, que é atleta da Atlef/Nina e conta com os patrocínios do governo do Estado e do Centro Elétrico, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, conquistou dois ouros e duas pratas na 13ª etapa da Copa Brasil, realizada na sexta-feira (1º) e no sábado (2), em Caxias do Sul (RS).

Sofia Duailibe iniciou a participação na 13ª etapa da Copa Brasil de Águas Abertas na sexta-feira (1º), nadando a prova de 5km, onde conquistou o ouro na categoria Infantil 2 Feminino e ficou com a prata na categoria Geral Feminino. Já no sábado (2), disputando a prova de 2,5km, a nadadora maranhense voltou a ganhar um ouro na Infantil 2 Feminino e uma prata na Geral Feminino.

Os quatro pódios de Sofia Duailibe em Caxias do Sul ocorrem pouco tempo depois do grande desempenho na 12ª etapa da Copa Brasil de Águas Abertas, realizada nos dias 19 e 20 de outubro. Na ocasião, além de faturar o título da categoria Infantil 2 Feminino nos 2,5km, a maranhense brilhou na prova de 1,5km, garantindo a prata no Infantil 2 Feminino e ficando com o bronze no Geral Feminino.

Sofia Duailibe coleciona conquistas na temporada da Copa Brasil de Águas Abertas, que está sendo realizada pela 11ª vez. Na 9ª etapa, realizada em agosto, na Praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca (PE), a maranhense sagrou-se campeã da categoria Infantil 2 nas provas de 2,5km e 5km. Já na 8ª etapa, ocorrida em julho, na Ilha do Mosqueiro, em Belém (PA), Sofia ganhou duas medalhas de ouro e uma medalha de prata. Já em junho, a atleta da Atlef/Nina faturou três ouros e um bronze na sexta etapa, disputada em Fortaleza (CE).

Pouco antes, em maio, Sofia Duailibe disputou a prova dos 2,5km da quarta etapa da Copa Brasil, em Itajaí (SC), e subiu duas vezes ao pódio, conquistando a medalha de ouro na categoria Infantil 2 Feminino e faturando a medalha de bronze na categoria Geral Feminino. Já no fim de março, a maranhense foi campeã da categoria Infantil 2 e garantiu o vice-campeonato Geral Feminino na prova de 2,5km da segunda etapa do evento nacional, realizada em Maceió.

Além disso, Sofia Duailibe conquistou dois pódios em provas de 5km da categoria Infantil 2 no Campeonato Brasileiro de Águas Abertas, sendo campeã da primeira etapa e vice-campeã da quarta etapa. A nadadora da Atlef/Nina também faturou o título das categorias Geral e Infantil 2 na prova de 2,5km da 2ª etapa do Circuito Maranhense.

Outros resultados

Em meio ao sucesso nos eventos estaduais, regionais e nacionais de águas abertas, Sofia Duailibe também se destaca com títulos e pódios nas piscinas. Em agosto, a jovem nadadora foi destaque da Copa Amazônia Internacional de Natação e Águas Abertas, realizada em São Luís: além de faturar 11 medalhas nas provas de natação e garantir o Troféu Eficiência na categoria Infantil 2 Feminino, a atleta da Atlef/Nina foi a campeã Infantil 2 Feminino e segunda colocada da categoria Geral Feminino na prova dos 5km de águas abertas.

Também em agosto, Sofia Duailibe representou o Colégio Literato na disputa da natação infantil feminino (12 a 14 anos) dos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs). A nadadora manteve o alto nível nos JEMs e foi medalhista de ouro nas provas dos 100m livre, 100m borboleta e 400m livre. Já em julho, Sofia faturou uma medalha de ouro, três pratas e dois bronzes no 34° Troféu Milton Medeiros de Seleções do Norte-Nordeste, realizado em Boa Vista-RR.

Durante o ano, Sofia Duailibe conquistou ainda quatro ouros no Campeonato Maranhense de Natação de Inverno - Troféu Giselle Menezes, conquistou a medalha de prata na prova dos 1.500m livre da Copa Nordeste - Troféu Sergio Silva, em Fortaleza, e garantiu três ouros nas provas dos 100m livre, 100m costas e 200m livre do Troféu João Victor Caldas, disputado em São Luís.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Brasília (DF) 04/11/2024 - Aos 86 anos, morre em São Paulo o artista Agnaldo Rayol
Foto: Agnaldo Rayol/Instagram

O cantor Agnaldo Rayol morreu nesta segunda-feira (4) aos 86 anos de idade. Rayol começou a carreira em 1946, na Rádio Nacional, aos 8 anos de idade, no programa Papel Carbono, apresentado por Renato Murce.

Nascido no Rio de Janeiro em maio de 1938, ainda na infância Rayol se mudou com a família para Natal, no Rio Grande do Norte, onde atuou como ator e cantor nas rádios Araripe e Poti.

Após o retorno ao Rio de Janeiro, foi contratado pela rádio Tupi e gravou seus primeiros álbuns.

O artista também atuou e apresentou programas de televisão, como o Corte-Rayol show, na TV Record. Rayol também estrelou filmes.

Segundo a assessoria de comunicação de Agnaldo Rayol, o cantor faleceu no Hospital HSANP, localizado no bairro de Santana, em São Paulo, após sofrer uma queda em seu apartamento, na madrugada. "Agnaldo Rayol deixa um legado inestimável para a música brasileira, com uma carreira que atravessou décadas e tocou os corações de milhões de fãs. A família agradece as manifestações de carinho e apoio. Informações sobre o velório e cerimônia de despedida serão divulgadas em breve”, informa a nota divulgada pela assessoria.

Repercussão

Na rede social X, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destaca a importância da carreira de Agnaldo Rayol para a música e a televisão do Brasil. “Agnaldo Rayol, cantor que encantou e embalou o romance e o baile de gerações, nos deixou aos 86 anos. Agnaldo marcou a música e a televisão, destacando-se também como apresentador e ator. Popularizou canções italianas como Mia Gioconda e Tormento D’Amore e emocionou inúmeras vezes os brasileiros com sua interpretação de Ave Maria. Meus sentimentos aos familiares, amigos e admiradores de Agnaldo Rayol”, escreveu o presidente.

Para o historiador, jornalista e pesquisador de MPB Ricardo Cravo Albin, o início da trajetória do artista foi surpreendente. “O inesperado da morte de Rayol confere uma certa troca de surpresa quando do seu aparecimento. Afinal, perguntávamos nós da crítica então atuante, como é que um astro-galã surge gravando duas das mais músicas mais importantes de um poeta da altura de Vinicius [de Moraes]? Ninguém respondeu nada e pairou um certo mistério sobre o belo Rayol. Logo ele viraria ídolo de adolescentes e faria fulgurante carreira em televisões e rádios. Não se destacaria, contudo, pelo repertório sofisticado do seu início com Vinicius. Seguiria a trilha habitual dos cantores para a juventude. E seu sucesso durou décadas a fio”, disse à Agência Brasil.

O cantor Ronnie Von postou uma mensagem no seu perfil do Instagram comentando a morte do amigo. “Que Deus lhe receba de braços abertos, meu querido amigo! Triste acordar com a notícia da sua partida.”

Na mesma rede social, a apresentadora Ana Maria Braga também se despediu do amigo e elogiou seu talento de artista. “Um dos nossos ícones nos deixou hoje. Fiel, companheiro e extremamente talentoso. Que você encontre paz, meu amigo. Que todos tivessem um coração tão bondoso quanto o seu. Meus sentimentos à família.”

Ainda no Instagram, o cantor Ralf, que perdeu o irmão também cantor Chrystian em junho deste ano, recordou momentos em que dividiu com Agnaldo Rayol. “Não poderia deixar de homenagear esse grande astro da música brasileira. Tivemos o privilégio de estar na sua história e vivenciar momentos únicos com você meu querido Agnaldo Rayol. Fomos muito felizes com essa obra Mia Gioconda [tema da novela Rei do Gado da TV Globo]. Ali nasceu uma grande amizade. Que Deus te acolha e conforte os seus familiares. Te Amo. Ralf.”

(Fonte: Agência Brasil)

Destaque Concurso Unificado. Foto: Arte/EBC

Os candidatos do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) já podem conferir os resultados da prova de títulos, nesta segunda-feira (4), avaliada pela banca examinadora da Fundação Cesgranrio, que organiza o certame.

A consulta pelos participantes pode ser feita na área do candidato, dentro do site do CPNU, com Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha cadastrados no portal de serviços digitais do governo federal, o Gov.br .

Conforme previsto quadros de atribuição de pontos para a avaliação de títulos, disponível nos editais dos oito blocos temáticos do chamado Enem dos Concursos, cada modalidade de título pode valer de 5% a 10% do total de pontos.

A prova de títulos tem caráter apenas classificatório, ou seja, a classificação do candidato pode mudar de acordo com a pontuação obtida nesta etapa. Esta fase não possui caráter eliminatório, ou seja, ainda que o candidato obtenha nota zero continuará na disputa, com a nota obtida na fase das provas objetivas e discursiva ou de redação.

Recursos

Os candidatos que não concordarem com a nota preliminar da avaliação de títulos podem entrar com recursos a partir no mesmo dia de divulgação, 4 de novembro, até terça-feira (5).

A interposição do recurso é feita do mesmo endereço eletrônico em que foi realizada a inscrição.

Em 19 de novembro, será divulgado o resultado dos pedidos de revisão das notas dos títulos.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), coordenador do CNU, afirma que os resultados finais estão previstos para 21 de novembro.

(Fonte: Agência Brasil)

– Obra documenta aspectos da vida de Raimunda Mendonça, “figura imponente e guerreira”, “conselheira de gerações”.

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O ano literário maranhense começou em São Luís na primeira semana de 2024, em um sábado, 6 de janeiro. E, diferentemente de outros eventos culturais do gênero, o ano estreou com um livro e duas “novidades”: uma nova autora e uma nova personagem. Todos os exemplares da obra foram vendidos e até se formou lista de futuros adquirentes. Um sucesso!

Exatamente dez meses após o lançamento do livro, autora, amigos e leitores interessados novamente se encontram neste dia 5 de novembro, terça-feira, em torno do livro. Para uma participação especial no evento, foram convidados o editor Edmilson Sanches, o escritor e músico Joãozinho Ribeiro e o publicitário e gestor público Marco Duailibe, que, na oportunidade, falarão, segundo anúncio, sobre “a importância da escrita como registro de memórias e sobre as histórias que o livro conta”.

O livro chama-se “Tudo Azul de Bolinhas Brancas”, 245 páginas, Editora Estampa (de Imperatriz). Desta vez, o lançamento será na Feira Literária de São Luís (Felis), às 18h de 5 de novembro, em auditório climatizado da Feira, que se realiza de 1º a 10 de novembro, na Praça Maria Aragão, no centro da capital maranhense.

A autora é Nery Mendonça, que apresenta uma personagem bem conhecida dela: Dª Raimunda Mendonça, “figura imponente e guerreira” e “conselheira de gerações”, na definição do filho Fernando Mendonça, que é juiz de Direito e marido da autora. Segundo Fernando Mendonça, o livro é “bem gostoso de ler e [...] narra o passar de cinco gerações das famílias Rego e Mendonça”. Ele acrescenta: “São muitas deliciosas histórias de vidas, experiências de famílias comuns, recheadas de boas pitadas de informações sobre o ambiente da floresta amazônica no começo do século passado, a miscigenação de raças, fatos históricos da Velha São Luís”. Diz ainda Fernando Mendonça: “O livro ‘Tudo Azul de Bolinhas Brancas’ narra a saga da família dos pais de minha mãe, Bita, como era conhecida, e da sua trajetória de vida na São Luís da maior parte do século XX, traçando um mosaico de fatos e eventos históricos, sociais e políticos, em paralelo à sua quase centenária existência”.

A obra é prefaciada pelo advogado Carlos Nina, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão e do Rotary Club. Para Nina, “Dona Raimunda Mendonça de Sousa era assim. Múltipla, ao longo de sua vida. Sendo ela mesma, sempre. Determinada, mas compreensiva; tolerante, mas persistente; humilde, mas altiva; realista, mas otimista. Assim, enfrentou as adversidades que suas circunstâncias lhe impuseram quando constituiu sua própria família. Nada disso impediu que seus filhos fossem criados em ‘clima de união familiar, de respeito, bondade e solidariedade’”.

A autora selecionou diversas fotografias, que integram a obra, e colheu e documentou, no livro, depoimentos e testemunhos de amigos e parentes, o que enriquece o conjunto de referências pessoais e históricas.

Os trabalhos de revisão e supervisão editorial do livro foram confiados ao jornalista e escritor maranhense Edmilson Sanches, que também assina o texto da quarta capa. Para Sanches, “de entrada, este livro – ‘Tudo Azul de Bolinhas Brancas’ –  nos revela dois encantos: a História maiúscula de Dona Raimunda Mendonça, sua vida ricamente simples, seu exemplo simplesmente rico; e a leveza, fluidez, mansuetude textual, de estilo, de Nery Mendonça”.

Continua o editor: “Quem estiver com este livro não estará apenas com uma obra de papel e tinta, mas com um relicário de quase um século de Vida, Vida em abundância, como a vivida por Dona Raimundinha. Abundância que não é fartura, excesso, opulência, mas riqueza – riqueza, primeiro, de bom e firme caráter (sem o que, honestamente falando e agindo, não se vai adiante). Riqueza de vontade, de visão, de talentos potenciais e de energia para fazer acontecer. E mais, muito mais: riqueza de fé, a ‘embalagem’ que envolve e sustenta todos os demais valores e os torna consequentes.

Ainda segundo Edmilson Sanches: “Só mesmo tendo vivido quase um século para Dª Raimundinha ter sido a mulher de fé e luta(s) que foi, ter tido as felicidades pessoais e familiares que teve, após anos de carências e de acinzentamento, de suportação e, com a Graça de Deus, de superação”.

Segundo Edmilson Sanches, “Dona Raimundinha entra em ‘estado de Literatura’ por meio de Nery Mendonça, que é do Clã, que a conheceu bem, que com ela (con)viveu, que a ela se dedicou, que com ela se alegrou e que por ela sofreu até os instantes finais da infinita Raimundinha. Agora, Nery, pelo ‘milagre’ da obra impressa, restitui Raimundinha para a ternura e para a eternidade. Dona Raimunda, na memória dos Familiares e Amigos, é um verdadeiro diamante. E diamantes, como verdadeiramente se sabe, são para sempre...” (EDMILSON SANCHES)

Serviços

O QUÊ

Lançamento do livro “Tudo Azul de Bolinhas Brancas”  (245 páginas), de Nery Mendonça.

QUANDO

Às 18h de terça-feira, 5 de novembro de 2024.

ONDE

Auditório da Feira Literária de São Luís (Felis), na Praça Maria Aragão, Centro, São Luís (MA).

Fotos:

“Tudo Azul de Bolinhas Brancas”: O livro, a personagem e a autora.

Brasília (DF), 03/11/2024 - Candidatos chegam ao local de provas para o primeiro dia do ENEM 2024. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Após duas horas de prova, às 15h30 (horário de Brasília), os estudantes que realizaram a primeira avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024, nesse domingo (3), puderam deixar o local do exame sem o caderno de questões. Em Brasília, os candidatos, em geral, saíram com uma boa impressão da avaliação. Eles responderam perguntas das provas de linguagens, ciências humanas e gostaram do tema da redação.

“Eu achei esse Enem muito mais fácil que os outros. A parte objetiva abordou muita coisa que está acontecendo na atualidade, como as enchentes no Sul, a covid e as sequelas de perda de memória. Além de que a redação trouxe um tema que já devia ter sido abordado muito tempo atrás e finalmente agora chegou”, disse Carliane Pinheiro Diniz, de 29 anos de idade.

Brasília (DF), 03/11/2024 - Carliane Pineiro Diniz fala sobre suas impressões sobre o primeiro dia do ENEM 2024. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Carliane Pineiro

Experiente no Enem, ela é formada em enfermagem e, agora, busca uma segunda formação em psicologia. Para isso, chegou cedo no local do exame, com uma hora de antecedência, com a matéria bem estudada e preparada para a redação que, este ano, trouxe o tema "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil".

“Eu abordei sobre os direitos raciais dos negros, porque nossos direitos na maioria das vezes não são válidos, muitas pessoas passam por cima dos direitos que sabemos que temos”, contou, confiante.

Aos 66 anos, Maria de Fátima Alves deixou o local de prova feliz. “Eu amei e acho que tirei uma nota boa. A redação falou a respeito da cultura africana, e eu gosto muito. Falei do Carnaval”.

Brasília (DF), 03/11/2024 - Maria de Fátima Alves fala sobre suas impressões sobre o primeiro dia do ENEM 2024. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Maria de Fátima

A candidata disse que não tinha o ensino médio completo, mas sonhava em ser médica e cuidar das pessoas, mas tinha que cuidar da família antes.

“Trabalhei para minha filha estudar primeiro, ela estudou, formou e hoje é advogada e já está trabalhando. Agora, é a minha vez de eu fazer também uma faculdade. Vou tentar medicina para ser médica da família, se não der vou fazer enfermagem”, relatou.

Nem todos os candidatos ficaram tão confortáveis com o primeiro dia de prova. Giulia Balaban, aos 18 anos de idade, ainda não concluiu o ensino médio, mas decidiu fazer o Enem para ganhar experiência.

Brasília (DF), 03/11/2024 - Giulia Schietti fala sobre suas impressões sobre o primeiro dia do ENEM 2024. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Giulia Balaban

“Eu acho que vestibular, em geral, é um teste de resistência, basicamente. A gente tem que ficar em uma cadeira desconfortável, em uma sala cheia de gente. É estressante, mas como eu estou bem treinada pela escola, acho que posso ter ido bem”.

Para a candidata, as perguntas foram bem elaboradas, e o grau de dificuldade não foi alto. “Eu já fiz muitos simulados e achei de boa até. A redação foi sobre um tema muito legal que é a valorização da cultura africana no Brasil”, diz.

Com início às 13h30, em 140 mil salas de prova espalhadas em 1.735 cidades, mais de 4 milhões de estudantes estavam aptos a fazer a primeira prova nesse domingo, que foi finalizada às 21 horas com a conclusão do prazo de entrega para os candidatos que solicitaram o recurso de videoprova em Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Às 19h, encerrou-se o tempo regular para a maioria dos candidatos. Às 20h, foi o prazo final de entrega das respostas pelos participantes que tiveram a solicitação de tempo adicional aprovada.

No próximo domingo (10), será aplicada a segunda prova desta edição com questões de ciências da natureza, matemática suas tecnologias.

(Fonte: Agência Brasil

Brasília (DF), 03/11/2024 - Candidatos chegam ao local de provas para o primeiro dia do ENEM 2024. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Neste domingo (3), primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024, a aplicação regular das provas foi encerrada às 19h. Após quase seis horas de avaliação, alunos entrevistados pela Agência Brasil disseram ter gostado do tema da redação, "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil", mas consideraram a prova muito cansativa. Com início às 13h30, em 140 mil salas de prova espalhadas em 1.735 cidades, mais de 4 milhões de estudantes estavam aptos a fazer as provas nesse domingo.

O aluno Leonardo Tenório Jacob dos Santos, de 18 anos, disse que achou a prova de ontem mais difícil na área de geografia e história. Para o candidato, a parte de linguagem enfatizou a interpretação de textos, que ele considerou muito densos. “O tema da redação foi surpreendente, porque todo mundo estava esperando algo relacionado a clima e meio ambiente. Achei o tema legal, mas demorei um pouco para encontrar algo para associar ao tema.” Leonardo espera ir bem na prova do próximo domingo, já que tem mais facilidade na área de exatas. “Pretendo ir muito bem, porque é minha zona de conforto”.

Camila Veriano, de 23 anos, avaliou que o tempo para resolver as questões foi muito apertado. Para ela, a parte de humanas foi mais conteudista do que nos anos anteriores. Na avaliação da estudante, a parte de linguagem trouxe questões ambíguas e com muita interpretação de texto, o que aumentou o grau de dificuldade das provas. “O tema de redação eu achei muito bom, fácil, democrático e acho que todo mundo vai conseguir escrever sobre ele, porque dá margem para escrever sobre muita coisa, tem muito a ser falado sobre o tema”. Para o próximo domingo, Camila espera que o conteúdo seja parecido com o dos anos anteriores, porque o Enem vem caminhando nessa linha.

Para o estudante Enzo Zeronian, de 19 anos, a prova foi cansativa, densa, com textos bem longos na parte de linguagens e que demandavam bastante atenção do aluno principalmente com a interpretação. Porém, ele acredita que, na prova de linguagens, as questões estavam mais fáceis. “Eu me surpreendi com o tema da redação porque eles repetiram mais ou menos a dinâmica do ano retrasado, que era a questão dos povos originários”. Para ele, a parte de humanas também exigiu bastante habilidade para interpretação de texto em história e geografia e foi mais difícil em filosofia e sociologia.

Nesse primeiro dia de provas, os inscritos no exame tiveram de responder a 45 questões de múltipla escolha de linguagens (língua portuguesa, literatura, língua estrangeira, artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação) e mais 45 questões de ciências humanas (história, geografia, filosofia e sociologia), além da prova de redação.

No próximo domingo (10), será aplicada a segunda prova desta edição com questões de ciências da natureza, matemática e suas tecnologias.

(Fonte: Agência Brasil)

O ministro da Educação, Camilo Santana, concede entrevista coletiva após primeiro dia de provas do Enem 2024

Balanço preliminar do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mostra que caiu de 28,1%, em 2023, para 26,6%, em 2024, o percentual de candidatos inscritos que não se apresentaram para fazer as provas de linguagens e ciências humanas, além da redação dissertativo-argumentativa. A informação foi divulgada, na noite desse domingo (3), pelo ministro da Educação, Camilo Santana.

O MEC também registrou que, em 2024, 94% dos estudantes que estão concluindo o ensino médio em escolas públicas este ano se inscreveram no Enem. O percentual em 2023 foi de 58%. Em 14 Estados, o índice chegou a 100%. Na Região Nordeste, o único Estado que não atingiu essa proporção foi o Maranhão (83%).

“A gente considera que foi um salto importante, um esforço que o ministério tem feito para estimular que o aluno se inscreva no Enem. Até antes de 2023, sempre havia uma queda, um declínio no número de inscritos e, agora, nós estamos retomando o crescimento, são quase 1 milhão [de candidatos] a mais”, comparou Camilo Santana.

As provas e a redação foram aplicadas em 1.753 municípios, 10.776 locais de prova e quase 150 mil salas. De acordo com o ministro, 90% dos candidatos inscritos foram alocados em até 10 quilômetros das suas residências. “Isso foi um passo importante este ano”, disse o ministro que afirmou que “todas as ações este ano foram cumpridas no horário da entrega das provas” e que houve aprimoramento dos protocolos de segurança.

Quase 5 mil candidatos (4.999) foram eliminados por deixarem o local da prova levando o caderno de questões antes dos 30 minutos finais de aplicação; por portar equipamento eletrônico; por se ausentar antes do horário permitido; por utilizar impressos; ou por não atender às orientações dos fiscais.

O primeiro dia do Enem também registrou 689 ocorrências e problemas logísticos como emergências médicas; interrupções temporárias de energia elétrica e problemas de abastecimento de água. “O participante que foi afetado com alguma ocorrência de problema logístico pode requisitar realizar a nova prova”, assegurou Camilo Santana. O candidato deve fazer a solicitação de reaplicação na página do Enem, no período de 11 a 15 de novembro.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília - Marcha das Mulheres Negras Contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver em Brasília, reúne mulheres de todos os estados e regiões do Brasil (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024  é: "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil".

A informação foi divulgada, neste domingo (3), pelo ministro da Educação, Camilo Santana, pela rede social X. 

Além da prova de redação, os candidatos inscritos no Enem fazem, na tarde de hoje, as questões de linguagens e códigos e de ciências humanas. A prova começou às 13h30, e o horário de término está marcado para as 19h (horário de Brasília).

A prova de redação exige a produção de um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, com até 30 linhas a partir da situação-problema proposta, dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo de sua formação. 

Ao elaborar a redação, os participantes devem ficar atentos às cinco competências que serão exigidas no texto: 

  1. Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa
  2. Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa
  3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
  4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
  5. Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos

Entre os critérios que conferem nota zero, estão fuga ao tema, texto com até sete linhas, trecho deliberadamente desconectado do tema, desobediência à estrutura dissertativo-argumentativa e desrespeito à seriedade do exame.

(Fonte: Agência Brasil)