Para alguns, pode até parecer brincadeira de criança, mas os “paper toys”, que são aqueles bonecos feitos de papel, possuem uma função bem maior graças ao projeto “Diz a Lenda – Educação e Cultura nas Escolas”. Idealizado pela Éguas! Paper Toy com o patrocínio da Cemar e governo do Estado do Maranhão, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, a iniciativa é um verdadeiro resgate histórico e cultural do Maranhão. Por meio dos bonecos, estudantes de escolas públicas da Grande Ilha terão acesso a algumas das mais importantes lendas que integram o folclore maranhense. O evento de lançamento do projeto, realizado na noite da última quarta-feira (28), proporcionou um aperitivo de como o “Diz a Lenda” irá ajudar na preservação da cultura local.
A solenidade ocorreu no Restaurante Feijão de Corda, no Olho d’Água, e reuniu os idealizadores do projeto, o “designer” João Manoel Santos e a administradora Roouse Santos, diretores-executivos da Cemar, empresa patrocinadora do “Diz a Lenda”, representantes da Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Sectur), professores e imprensa, que puderam conhecer e se encantar com as seis lendas maranhenses que integram o projeto: A Carruagem de Ana Jansen, A Manguda, A Serpente Encantada, O Rei Touro Dom Sebastião, A Gangue da Bota Preta, e, Pai Francisco e Catirina.
Nesta fase do projeto, o “Diz a Lenda – Educação e Cultura nas Escolas” irá trabalhar com todas essas lendas nas instituições de ensino a partir de segunda-feira (5). Para conseguir cumprir seus objetivos de preservar a cultura maranhense, haverá a união entre os “paper toys” e o teatro. O resultado final foi bastante elogiado
“O projeto ficou fantástico. Os bonecos me fizeram recordar o tempo em que eu era garoto. Quando eu vejo um projeto como esse, eu acho fantástico. Acho fantástico quando você consegue resgatar esse tipo de coisa com uma nova roupagem e faz a coisa ficar gostosa para que a criança se interesse em mexer com isso, em fazer trabalhos manuais, a desenvolver a parte cognitiva”, afirmou o diretor-técnico e comercial da Cemar, Sérgio Melo.
Melo ainda fez questão de valorizar o projeto “Diz a Lenda – Educação e Cultura nas Escolas”. “Para nós, como empresa, é uma oportunidade, uma satisfação, um prazer muito grande poder investir em projetos como esse. Não é fácil um projeto atingir de forma tão forte três dimensões importantíssimas: educação, cultura e inclusão. O ‘Diz a Lenda’ conseguiu fazer isso de forma magistral. Tenho certeza de que será um sucesso nas escolas e com a criançada”, concluiu o representante da Cemar.
Importância
A ideia inovadora é do “designer” João Manoel Santos e da administradora Roouse Santos, que perceberam a necessidade de manter vivo o desejo em divulgar as mais ricas histórias do Maranhão.
“Nosso desejo é de resgatar, preservar e recontar as lendas maranhenses, unindo ‘design’ e cultura, de uma forma criativa, inovadora, lúdica e atual. Foi aí que criamos a coleção ‘Diz a Lenda’. Difundir essas histórias em nosso Estado e para além das fronteiras do Maranhão, levando um pouco da nossa cultura”, explicou o “designer” João Santos.
Idealizador do projeto, João Santos destacou o patrocínio da Cemar e do governo do Estado, que acreditaram em uma boa ideia e viabilizou a realização desse sonho antigo por meio da Lei de Incentivo à Cultura. “É importante agradecer à Cemar e ao governo do Estado por terem acreditado no nosso projeto. Ao utilizarmos os ‘paper toys’, pretendemos tornar as lendas maranhenses mais acessíveis às crianças. Isso é o objetivo do projeto”.
A secretária-adjunta da Sectur, Caroline Veloso, comentou sobre a importância do projeto“Diz a Lenda – Educação e Cultura nas Escolas” para a preservação do folclore maranhense. Para ela, “esse projeto é um resgate histórico e cultural do Maranhão e tenho certeza de que as crianças vão ficar encantadas. A Éguas Paper Toys está de parabéns por esse primeiro projeto incentivado pela Lei de Incentivo”.
Inclusão
Um dos pontos positivos do projeto “Diz a Lenda” é o seu caráter de inclusão para quem é deficiente visual. O projeto se preocupou com este público que, muitas das vezes, é deixado de lado em atividades culturais pelo simples fato de não poderem enxergar. Pensando nisso, a Éguas! Paper Toy quis, de alguma forma, manter viva a cultura maranhense mesmo se alguém não puder ver os “paper toys”.
Foi aí que surgiu a ideia de promover inclusão social por meio da criação de um livro em braile e com fonte ampliada. “Todas as histórias foram escritas e traduzidas para o braile com o intuito de manter a magia e dar asas à imaginação aguçando a curiosidade e o anseio de reconhecer cada personagem com ilustrações em relevo das lendas, permitindo leitura pelo toque. Nosso desejo é de resgatar, preservar e recontar as lendas maranhenses, unindo ‘design’ e cultura, de uma forma criativa, inovadora, lúdica e atual”, explicou João Manoel Santos.
Para a diretora da Escola de Cegos do Maranhão, professora Maria Raimunda, é importante que projetos culturais também sejam desenvolvidos pensando nos deficientes visuais. “A importância desse projeto é que ele vem trazer um acréscimo aos conhecimentos dos nossos alunos. Os nossos alunos cegos e de baixa visão vão poder ler e vão ver como é a cultura do Maranhão”, declarou.
A princípio, seis lendas maranhenses serão trabalhadas com estudantes de escolas da rede pública de São Luís a partir deste mês
Viagem cultural
O projeto “Diz a Lenda” é uma verdadeira viagem cultural, com foco na união da literatura e do teatro para estimular e transmitir ao público infantil o fortalecimento da cultura popular do Maranhão. Além de terem acesso à cultura maranhense, os alunos serão estimulados a desenvolver habilidades motoras a partir da construção de bonecos de papel com direcionamento ao tema cultural.
Em cada edição do projeto, os alunos receberão os “paper toys” da coleção “Diz a Lenda”. Com auxílio de monitores, os próprios estudantes irão participar de uma oficina e aprender a montar os personagens, que serão utilizados posteriormente, na contação de histórias.
“Transformamos histórias em ‘paper toys’. Então, praticamente qualquer coisa pode virar um boneco para nós. E as lendas maranhenses são uma verdadeira inspiração da nossa terra, do desejo de ver união entre ‘design’ e folclore de maneira criativa e inovadora”, comentou Roouse Santos.
“Diz a Lenda”
O projeto “Diz a Lenda - Educação e Cultura nas Escolas” surgiu em 2014 como uma maneira de usar a arte dos “paper toys” como meio de educação para difundir a cultura imaterial popular do Maranhão e auxiliar no desenvolvimento educativo de crianças.
“Paper toys”
“Paper toys” ou brinquedos de papel são modelos em miniaturas 3D de objetos ou personagens capazes de estimular a curiosidade de crianças e adultos. É uma arte mundialmente conhecida que, na coleção ‘Diz a lenda’, está somada à riqueza cultural e artística da cultura maranhense. Assim, o material integrante da “Diz a lenda” é composto por seis histórias muito conhecidas em todo o Estado e pela representação de seus principais personagens em “paper toys” e em um livro em braile e fonte ampliada que poderá ser utilizado nas ações de escolas, bibliotecas e associações de pessoas com deficiência visual. É um recurso inédito e inclusivo que possibilita o democrático e imensurável acesso aos mais diversos públicos.
(Fonte: Assessoria de Comunicação)