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Criado com o objetivo de aliar o estudo e a prática esportiva na vida de crianças em São Luís, o Projeto Educação e Esporte – Escolinha de Futebol está pronto para o início de mais uma temporada de atividades. O lançamento oficial da 7ª edição do Educação e Esporte, que conta com os patrocínios do governo do Estado e das Drogarias Globo por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, ocorrerá na manhã deste sábado (8), a partir das 8h, na Associação do Altos do Calhau.

Na abertura da 7ª edição do Projeto Educação e Esporte, os alunos receberão kits para participação nas atividades semanais. Os kits são individuais e compostos por uniforme completo (camisa, calção e meião), chuteiras, bolsas, caneleiras, squeeze e agenda escolar.

Em sua nova temporada, o Projeto Educação e Esporte terá a participação de 60 crianças de 8 a 12 anos, que serão beneficiadas com aulas de reforço escolar e treinos de futebol de campo na Associação do Altos do Calhau. Na edição anterior, o projeto foi desenvolvido na Associação dos Veteranos da Caixa D’Água do Cohatrac.

"Estamos muito felizes e com uma expectativa enorme para a 7ª edição do Projeto Educação e Esporte, que já se consolidou como uma das grandes iniciativas sociais de São Luís, transformando a vida de centenas de crianças durante todo esse tempo. Nós queremos dar uma oportunidade a esses jovens da região do Altos do Calhau, para que eles possam se tornar grandes cidadãos por meio dos ensinamentos adquiridos nos estudos e na prática esportiva. Agradecemos mais uma vez ao governo do Estado e às Drogarias Globo por todo o apoio para a realização das atividades do Educação e Esporte", afirma Kléber Muniz, coordenador do projeto.

Projeto Educação e Esporte

Em execução desde 2016, o projeto já atendeu mais de 350 crianças. O grande diferencial dessa iniciativa é justamente conseguir levar educação e esporte para as crianças. A dinâmica do projeto é bem simples: semanalmente, as crianças participam dos treinos de futebol acompanhados por profissionais de educação física. Paralelamente ao trabalho desenvolvido em campo, a garotada recebe acompanhamento educacional, com aulas que servem como uma espécie de reforço escolar.

Vale destacar que, nos dias dos treinos, as crianças do projeto recebem acompanhamento de uma pedagoga e de profissionais de educação física. Além disso, eles ainda participam de um lanche coletivo.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Uma das equipes mais vitoriosas do esporte maranhense, o Balsas Futsal continua se preparando com foco total na disputa da Campeonato Maranhense de Futsal 2025. Maior campeão do Estado na categoria Adulto Masculino, com 10 títulos, o Balsas, que tem o patrocínio da Prefeitura de Balsas e da Casa Sertaneja, sediará a etapa regional da competição entre os dias 28 a 30 de novembro, no Ginásio do Colégio Educar, contando com o apoio do torcedor para dar um passo importante na ampliação da hegemonia no futsal do Maranhão.

Na etapa regional da categoria Adulto Masculino do Maranhense de Futsal 2025, o Balsas Futsal vai enfrentar a atual campeã estadual AMAFC, de São Francisco do Brejão, e o Real 7, de Imperatriz, vencedor da Copa Cultiva, realizada em Balsas. Para conquistar grandes resultados e ganhar força na briga pelo 11° Estadual de sua história, o Balsas Futsal ressalta a importância da presença da torcida, que terá entrada gratuita nos jogos da equipe.

"A nossa equipe está trabalhando firme para o Campeonato Maranhense de Futsal, com o objetivo de voltar a conquistar o título no torneio Adulto Masculino, onde somos os maiores campeões. Estamos felizes por sediar a fase regional do Estadual, e o apoio do torcedor de Balsas será fundamental nesses confrontos de alto nível contra equipes qualificadas. Fica o convite para que a população balsense venha prestigiar a nossa equipe, a entrada é gratuita e esperamos um ginásio cheio com a nossa torcida nos incentivando em busca das vitórias", declara Hallysson Dias, presidente e técnico do Balsas Futsal.

Além de lutar por mais um título na categoria Adulto Masculino, o Balsas Futsal vai disputar o Campeonato Maranhense de Futsal 2025 em outras 14 categorias: Sub-7, Sub-8, Sub-9, Sub-10, Sub-11, Sub-12, Sub-13, Sub-14, Sub-15, Sub-16, Sub-17, Sub-19, Sub-20 e Adulto Feminino. O Balsas jogará a primeira fase dos torneios Sub-8, Sub-9, Sub-10, Sub-11 e Sub-12 em Imperatriz, enquanto as demais equipes farão os seus primeiros compromissos em São Luís.

O Balsas Futsal conta com o patrocínio da Prefeitura de Balsas e Casa Sertaneja, além dos apoios da Líder Peças, da Evolução Contabilidade e de Tulio Rezende.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

O piloto maranhense Ciro Sobral vive a expectativa pela etapa especial da Fórmula 4 Brasil 2025, principal categoria-escola em monopostos do automobilismo nacional, que será realizada no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, como parte do cronograma oficial do GP de São Paulo de Fórmula 1. Ciro, que está em oitavo lugar na classificação geral da F4 Brasil, vai disputar três corridas no sábado (8) e no domingo (9), tendo a oportunidade de competir diante de um grande público em Interlagos e mostrar todo o seu talento diante dos chefes de equipe e pilotos da maior categoria de automobilismo no mundo.

Além de poder competir em um evento que integra a programação da Fórmula 1 no Brasil, Ciro Sobral vai aproveitar a etapa especial da Fórmula 4 Brasil em Interlagos para fazer as primeiras corridas em sua nova equipe, a Starrett Bassani Racing, onde vive a expectativa de voltar a brigar pelas primeiras posições e repetir o bom desempenho do início da temporada de 2025: depois de garantir a pole position e conquistar uma vitória histórica na Corrida 1 da 1ª etapa da F4 Brasil, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, Ciro ficou em segundo lugar na Corrida 2 da 3ª etapa, realizada no Autódromo Velocitta, em Mogi Guaçu.

"A expectativa é grande para voltar a acelerar em Interlagos, palco da minha primeira vitória na Fórmula 4 Brasil, ainda mais durante a programação do evento da Fórmula 1 em São Paulo. Já tive essa experiência no passado. Eestou muito feliz por ter essa oportunidade outra vez e muito confiante em um bom desempenho. Estou voltando para o grid animado com o que há por vir e muito ansioso para viver esse momento mais uma vez. Obrigado por todo o apoio e mensagens de carinho que recebi nos últimos meses, desistir não é a opção e estamos muito felizes por acelerar com a Starrett Bassani. Conto com a torcida de todos em mais um desafio na temporada", afirma Ciro Sobral, que é o único piloto do Norte/Nordeste na Fórmula 4 Brasil.

A etapa especial da Fórmula 4 Brasil 2025 começa na sexta-feira (7), com a realização de um treino livre a partir das 9h05, com 40 minutos de duração. Já às 17h, os pilotos voltam para a pista de Interlagos no treino classificatório, que definirá o pole position da etapa e o grid de largada para as Corridas 1 e 3.

A Corrida 1 da etapa especial da Fórmula 4 Brasil 2025 será realizada na manhã de sábado (8), a partir das 9h25, com duração de 25 minutos, assim como a Corrida 2, que ocorre às 16h35. A Corrida 3, por sua vez, tem largada marcada para domingo (9), às 9h20, com duração de 18 minutos.

Revelação do automobilismo maranhense

Em sua segunda temporada consecutiva na Fórmula 4 Brasil, Ciro Sobral se consolidou como uma das revelações da modalidade e chega a esta temporada como um dos postulantes ao título. Em 2024, quando fez a sua temporada de estreia e foi o único piloto do Norte/Nordeste a participar da categoria-escola, Ciro colecionou bons resultados e garantiu o Top 5 do campeonato dos novatos, além de atingir o Top 10 da classificação geral, adquirindo um grande aprendizado para a sequência da carreira no automobilismo.

No ano passado, Ciro Sobral teve uma temporada de estreia com oito etapas, cada uma com três corridas, e subiu ao pódio três vezes, com destaque para o segundo lugar na abertura da competição, ocorrida no Autódromo Velocitta, em Mogi Guaçu. O piloto maranhense também garantiu o terceiro lugar na quarta etapa, que foi disputada em Goiânia, e na quinta etapa, em Buenos Aires, faturando o seu primeiro pódio internacional justamente na estreia da F4 Brasil no exterior.

Em processo de adaptação à Fórmula 4 Brasil e de evolução a cada corrida, Ciro Sobral encerrou a temporada de 2024 com ótimos resultados. Além de ficar em 4º lugar no campeonato dos novatos, com 260 pontos, Ciro esteve no primeiro pelotão da classificação geral durante toda a F4 Brasil 2024 e concluiu o ano em 9º lugar, somando 109 pontos.

Treinos e corridas na Itália

Em meio à temporada 2024 da Fórmula 4 Brasil, Ciro Sobral teve uma experiência internacional de destaque no fim de outubro, participando de treinos e disputando três corridas da sétima e última etapa da Fórmula 4 Italiana no Autódromo de Monza, um dos circuitos mais famosos do automobilismo mundial e conhecido como o "Templo da Velocidade".

Único piloto do Norte/Nordeste a disputar a F4 Italiana 2024 e representante do Brasil na última etapa da competição, Ciro Sobral correu pela escuderia Jenzer Motorsport e teve um desempenho regular na categoria mais competitiva do mundo para jovens pilotos, com destaque para o Top 20 na primeira corrida em Monza. 

CLASSIFICAÇÃO DA F4 BRASIL 2025 APÓS QUATRO ETAPAS (TOP 10)

1° - Heitor Dall'Agnol, 199 pontos

2° - Filippo Fiorentino, 120 pontos

3° - Murilo Rocha, 116 pontos

4° - Pedro Lima, 110 pontos

5° - Pedro Lins, 86 pontos

6° - Ethan Nobels, 85 pontos

7° - Pietro Mesquita, 62 pontos

8° - Ciro Sobral, 61 pontos

9° - Alceu Feldmann Neto, 56 pontos

10° - Rogério Grotta, 54 pontos 

CALENDÁRIO DA F4 BRASIL 2025

1ª etapa: 3 e 4 de maio, Interlagos (SP) – já realizada

2ª etapa: 20 de julho, Velocitta (SP) - já realizada

3ª etapa: 28 de setembro, Velocitta (SP) - já realizada

4ª etapa: 5 de outubro, Velocitta (SP) - já realizada

Etapa especial: 9 de novembro, Interlagos (SP) – Preliminar do GP de São Paulo de Fórmula 1

5ª etapa: 30 de novembro, Brasília (DF)

6ª etapa: 14 de dezembro, Interlagos (SP)

(Fonte: Agência Brasil)

Cérebro: use-o.

*

Minha página no Facebook e este espaço aqui não são de conforto ou comodismo. Eles, muitas das vezes, instigam, problematizam, criticam, propõem reflexões, sugerem ações.

Em geral os textos são grandes. E mesmo em décadas e décadas de produção textual, apenas uma – repita-se: apenas uma –- pessoa, residente em uma capital de estado, observou, uma única vez, que eu deveria, digamos, ser "menor", escrever textos mais compactos. (De qualquer modo, essa pessoa prossegue em leituras de meus textos e comentários a eles).

É claro, escrevo textos de pequeno tamanho, poesias de poucos versos, contos de duas, três linhas (microcontos), crônicas, “causos”, sueltos, notas etc., de reduzido número de caracteres.

Mas, sem desconsideração, quem só encara texto “menor” perde a oportunidade de conviver literal e literariamente com algo maior. Só porque são “textões”, não se deve decretar a inutilidade dos romances, das novelas, peças teatrais, artigos de profundidade, ensaios, crítica... Civilizações inteiras nos diversos continentes da Terra têm a marca e o orgulho de suas graaaandes produções: a Bíblia, “Dom Quixote de La Mancha” (de Cervantes), “Em Busca do Tempo Perdido” (Proust), “Primeiros Cantos” (Gonçalves Dias), “Dom Casmurro” (Machado de Assis), “Guerra e Paz” (Tolstói), “Comédia Humana” (Balzac), “Crime e Castigo” (Dostoievski), “Grande Sertão: Veredas” (Guimarães Rosa), “Os Miseráveis” (Victor Hugo), “A Divina Comédia” (Dante), as obras de Shakespeare, “Madame Bovary” (Flaubert), “A República” (Platão), “Ilíada” e “Odisseia” (Homero), “O Príncipe” (Maquiavel), “os Lusíadas” (Camões)...

É um universo de pelo menos 130 milhões de livros publicados em todo o planeta. Se pudéssemos ler um livro por minuto, calcula o “El País”, jornal espanhol, levaríamos mais de dois séculos... Ler é escolher...

Comunidades desenvolvidas são comunidades leitoras. E leitoras de livros, não de telegramas.

Aponte-me uma sociedade atrasada e ali haverá uma população não leitora.

Dos mais de CEM BILHÕES de pessoas que já existiram no planeta Terra, pelo menos 99% não deixaram uma marca para a posteridade. Nem seus ossos sobraram, corroídos pelo Tempo. Transformados em pó.

Assim, de certa forma, a coisa escrita torna-se o novo fóssil. O fóssil onde cientistas, especialistas e pesquisadores de um distante futuro haverão de colher material que diga ou que ajude a dizer como era a sociedade humana em que vivíamos nós que fomos habitantes dos antigos séculos 20 e/ou 21.

Claro, cada um de nós tem o direito de ir pro inferno em paz, isto é, de fazer nossas próprias escolhas, de viver como quiser, de preferir o comodismo ou o esforço, a preguiça ou a labuta, a vida mole ou o trabalho duro.

De minha parte, acho que usar ambientes de redes sociais e outros espaços da Internet ("blogs", "sites"...) apenas (eu disse: "apenas") para frivolidades é desperdiçar os recursos dos espaços digitais e o talento potencial que cada um de nós carregamos, pois todos nascemos com a mesma quantidade de neurônios. Mas, enfim, volto a repetir, não há censura nisso, é só uma constatação, e cada um – torno a dizer – é senhor ou senhora de sua própria vida. Dela faz o que quiser – desde que não "mexa" negativamente com a vida dos outros.

Mas convenhamos que, do ponto de vista biológico, não faz bem nenhum aos neurônios de uma pessoa ou aos cromossomos (a herança genética que ela deixará) se ela, pessoa, por exemplo, em redes sociais, se limita a "comentar" quase sempre com reduções/abreviações do tipo "vdd" ou demonstrar reações e emoções com "rs rs" / "kkk" ou com figuras de rosto ou dedão azul pra cima (ou pra baixo).

Quanto de tempo alguém economiza "escrevendo" assim? E o que faz com o tempo economizado? Qual o ganho que há se, em vez de "verdade" escreve "vdd", ao invés de "beleza" escreve "blz" etc.?

A repetição, a frequência, o acostumar-se a essa linguagem excessivamente sincopada vai gradativamente habituando o cérebro (que tanto quer desafios, informações...) a ficar "preguiçoso", lento... Aí, quando o escrevedor de "vdds" e "kkks" se defronta com textos com linhas a mais, bate o desânimo, a preguiça, o desconforto, o desinteresse, quando não a imediata repulsa – pois o cérebro não foi adequadamente estimulado (exceto para o nenhum ou pouco esforço mental).

Quanto tem de enfrentar uma redação no vestibular, uma entrevista de emprego, a pessoa se perde, se ataranta... porque não habituou para a leitura, a inteligência, o raciocínio, a escrita adequada o único órgão que define quem ele é (o cérebro).

Tempos atrás, um leitor da página que tenho no Facebook pediu-me, por mensagem privada, que escrevesse um texto sobre um determinado assunto. Depois de uns poucos dias em que fui fazendo leituras e reflexões sobre o tema, depois de naturalmente meu cérebro ir acumulando e organizando "automaticamente" informações e correlações acerca da matéria, escrevi o texto e prontamente o enviei para meu leitor, também por mensagem privada (Messenger) – afinal, se ele me suscitara para escrever o texto, deveria ser o primeiro a dele tomar conhecimento...

Quase que imediatamente o leitor enviou-me esta micromensagem: "Vdd". Basicamente, ele havia lido só o título e já pespegou uma resposta, um comentário.

Naquele tempo eu sequer sabia o que era "vdd". Rapidamente descobri o que significava e indaguei ao leitor: "É só isso o que você tem a dizer?"

Achei que essa pergunta se justificava. Afinal, eu investira tempo, esforço, saúde, energia mental para a elaboração do texto com alguma propriedade e, como "resposta", me vem três consoantes!...

A coisa piorou. Em "resposta" à minha pergunta, o leitor enviou a figura de um dedão de cor azul, com o polegar para cima, como a "dizer" "OK", ou "certo", "isso mesmo".

Ou seja: o leitor saiu da fase das abreviações, onde ainda se usavam letras, para um nível simbólico, imagético. O cérebro se acomoda mais, pois a interpretação, o significado é quase simultâneo. A mente vai ficando em estado basal, termo da Medicina que indica que um órgão ou organismo chegou ao ou está no patamar mínimo de atividade.

Embora o cérebro não seja estimulado apenas pela leitura e a escrita, a Ciência já confirmou que a leitura é a verdadeira "academia de ginástica" do cérebro. Sem um bom uso da linguagem, corremos o risco de voltar ao "Ugh! Ugh!" e, quando acabar esta fase "verbal, voltaremos a fazer inscrições nas cavernas...

É evidente que não se está negando aqui o valor de frases curtas, densas, espirituosas, que fazem "pirar" e inspirar. Não se nega o valor do pequeno, do extremamente minúsculo, do qual todos nós e tudo em qualquer parte do Universo somos constituídos. O de que se fala aqui é de outra coisa.

*

Sabemos que, dentro de um futuro ainda distante, o planeta Terra e tudo que há nele deixarão de existir. Um irrefreável fenômeno astronômico de gradual aproximação do Sol à Terra vai queimar, vai torrar nosso mundo. É verdade científica. Não é "se", mas "quando", e todo o conhecimento humano acumulado nada poderá fazer. A solução, há muito pensada e buscada, é descobrir um novo planeta que nos acolha e nos ature (pois somos maus, não zelamos devidamente o lugar que habitamos).

A busca por uma nova "casa planetária” necessitará de mais e mais conhecimentos – inovadores, criativos, ousados, exequíveis, quiçá urgentes. Conhecimentos exigem mentes preparadas, porosas, abertas, sequiosas de saber (sem neura, evidentemente). E não se consegue isso com "kkks", não é vdd? Então, blz.

Ser "moderno" ou contemporâneo não é ter um telefone inteligente ("smartphone") de última geração, com todos os aplicativos possíveis. Ser "moderno" não é ter um computador com altíssima memória RAM e terabytes de capacidade no HD. Ser moderno ou contemporâneo, sem descartar os momentos de diversão, contemplação, relax, é ter e/ou desenvolver conteúdos que nos tornem também agentes das ideias e dos fazeres, "mens et manus", e não cômodos usuários de facilidades e frivolidades.

A Humanidade precisa que os humanos explorem suas potencialidades – para ao menos tentar garantir nossa sobrevivência enquanto espécie.

Nada tão frustrante como testemunhar o desaparecimento de um indivíduo ou de uma sociedade sem que ele ou ela tenham atingido seu estado de quase plenitude na sadia exploração, na adequada utilização das possibilidades de cada um de nós.

O cérebro não tem esses bilhões todos de células (os neurônios) à toa.

Essa enorme quantidade de neurônios não está dentro de cada um de nós apenas para fazer número...

... ou ser uma enrugada massa...

... ou uma viscosa pasta.

Basta.

* EDMILSON SANCHE

(De um encontro com Napoleão Mendes de Almeida)

*

Certa vez, estive com o grande Napoleão Mendes de Almeida, à época considerado o maior gramático vivo da Língua Portuguesa, também professor de Latim. Autoridade praticamente inconteste na ciência e docência desses idiomas.

Estávamos no auditório de um hotel de Fortaleza, próximo à beira-mar. O velho professor, com a esposa ali ao lado, auxiliando-o, fez sua palestra e, ao final, abriu espaço para as perguntas, que deveriam ser escritas e entregues.

Uma das questões enviadas ao grande autor das monumentais “Gramática Latina” e “Gramática Metódica da Língua Portuguesa” expunha e indagava: “Professor, se de ‘obrigatório’ tenho ‘obrigatoriedade’; de ‘peremptório’ tenho ‘peremptoriedade’; de ‘simplório’ tenho ‘simploriedade’; de ‘contrário’ tenho ‘contrariedade’, de ‘voluntário’ tenho ‘voluntariedade’ e, para não cansar na exemplificação, se de ‘temporário’ tenho ‘temporariedade’ e de ‘solidário’ tenho ‘solidariedade’, é inadequado o uso dos substantivos ‘ordinariedade’ (de ‘ordinário’), e ‘extraordinariedade’ (‘extraordinário’), até hoje não consignados, não verbetados nos dicionários? Exemplo: Em uma homenagem a alguém, eu teria, pela forma dicionarizada, de dizer: ‘O extraordinário de seus atos levou a cidade agradecida a conferir-lhe este prêmio’.”

Estávamos na primeira metade da década de 1990 e o paulista Napoleão Almeida, nascido em 8 de janeiro de 1911, faleceria em 24 de abril de 1998, uns três anos depois daquela palestra, quando deveria ter uns 85 anos. Seu nome consta do quadro de Membros Honorários da Academia Cearense da Língua Portuguesa, que está às vésperas de seu cinquentenário, pois que fundada em 28 de outubro de 1977.

Naqueles meados dos anos 1990, dicionários eram, máxime, apenas e tão somente os impressos -- e era a estes que se fazia referência, e não à pletora, ao ror, à superabundância, à quase desregrada quantidade de palavras que, hoje, nos buscadores  – como o Google –, são registradas, inclusive as impensadas e de mais incomum formação, estas também não indexadas nos léxicos “tradicionais”. É a dinâmica da Língua, a Língua (portuguesa) viva... Viva a Língua!

Pois bem: Napoleão Mendes de Almeida, rico nos anos e nos saberes linguísticos do Português e do Latim, terminou de ler a questão, olhou novamente a papeleta esticada à sua frente pelo indicador e polegar das mãos e, com lhaneza e sabedoria, sobre se, de modo casto, padrão, se deve utilizar “ordinariedade” e extraordinariedade”, disse:

“– Quem formulou esta pergunta tem autoridade suficiente para saber a resposta”.

Ato contínuo, explicou que as palavras “ordinariedade” e “extraordinariedade” eram “de boa formação”, podiam ser utilizadas e que, na Língua Portuguesa, “deveríamos aplicar o bom senso”.

Aproveitei o breve silêncio no fim da explicação do afamado gramático e, com a primazia de quem era o autor da questão comentada, dirigi-me, creio que deselegantemente, ao palestrante:

“– Professor Napoleão, utilizar bom senso em questões linguísticas pode ser um problema, pois cada um tem ‘seu’ próprio bom senso. Se isso fosse uma prática, poderíamos correr o risco de desenvolvermos idiomas individuais...”

Gentil, Napoleão Almeida sorriu, reafirmou a usabilidade (como se diz hoje) das palavras “ordinariedade” e “extraordinariedade” e continuou a responder as perguntas que se acumulavam sobre sua mesa.

Já são, portanto, no mínimo 30 anos de meu “encontro” com Napoleão Mendes de Almeida e esses dois substantivos abstratos derivados de adjetivos continuam sem um lugar ao sol da dicionarização nos léxicos mais referenciados, mais “clássicos”, seja em suas versões impressas, seja nas eletrônicas.

Enquanto isso, insistindo no “nem te ligo” para “ordinariedade” e “extraordinariedade”, indicionarizadas, pululam alegremente – sem afastar-se de sua ordem... – não apenas as palavras que elenquei na pergunta ao professor Napoleão mas outras mais, todas substantivos abstratos de formação idêntica ou assemelhada, derivados de seus adjetivos pais: variedade (derivada de ‘vário’), aleatoriedade / aleatório, propriedade / próprio, discricionariedade / discricionário, espuriedade / espúrio, executoriedade / executório, hereditariedade / hereditário, literariedade / literário, notoriedade / notório, precariedade / precário, primariedade / primário, sedentariedade / sedentário e, para não ir mais além do que já se foi, transitoriedade / transitório...

... pois transitória é a glória deste mundo (“Sic transit gloria mundi”...), como Tomás de Kempis (1379-1471), religioso alemão, tão devocional, profética e acertadamente escreveu em sua multissecular “Imitação de Cristo”, obra que inspirou muitos por sua... extraordinariedade.

*

Tenho quase todas as obras do grande professor, filólogo e gramático “clássico”, “conservador” Napoleão Mendes de Almeida. Além das aqui já mencionadas, meu acervo “napoleônico” inclui o “Dicionário de Questões Vernáculas” e a “Mensagem do Halley - Deus Não Existe / Halley’s Message: The Nonexistence of God”. Acerca deste (“Mensagem do Halley”), de 1986, registro que, além de seu incontestável conhecimento linguístico – e até auxiliado por ele –-, o professor Napoleão produziu um pequeno livro bilíngue (português / inglês) que traz um conteúdo desafiador, com questionamentos, raciocínios e reflexões críticas acerca da existência ou não de Deus. No mínimo, instigante. Como se diria modernosamente (e talvez com a repreensão do clássico professor Napoleão), o livro “Mensagem do Halley” é um ponto fora da curva, ante a linearidade temática de seus livros, deles com mais de sessenta edições.

 Foi bom – e, pelo visto e lido, inesquecível – ter conhecido e “debatido” com um dos mais criteriosos mestres da combatida e combalida “última flor do Lácio”, tão bela quanto inculta.

* EDMILSON SANCHES

Imagens:

Napoleão Mendes de Almeida e seus livros.

– 5 de novembro, Dia Nacional da Língua Portuguesa

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Há algum tempo, leitor entrou em contato comigo para saber se eu já havia visto, na avenida principal da cidade, uma faixa com mensagem de amor que não obedeceria aos padrões da norma culta da Língua Portuguesa.

Fui conferir. Estava lá: “PARABÉNS, N., PELO O SEU ANIVERSÁRIO. ESTA HOMENAGEM É UM POUCO DO TUDO QUE POSSO TE OFERECER”.

Vou frustrar meu leitor, mas o que tem a mensagem? Não há nada errado, não. Há uma impropriedade: “pelo” seguido do artigo “o”. (“Pelo” já é aglutinação de preposição mais artigo).

Vamos fazer "vista grossa" até para a “mistura”, numa mesma mensagem, da terceira pessoa do singular (“seu”) com a segunda pessoa do singular (“te”).

Em defesa de quem escreveu a mensagem, poderíamos, "mutatis mutandis" [mudado o que deve ser mudado], repetir o professor Napoleão Mendes de Almeida:

– “Ortografia é processo de escrever a fala, e não processo de obrigar a escrever o que não se fala”.

No caso do “seu” + “te”, a mensagem reproduz um hábito dos mais arraigados no falar cotidiano – a migração espontânea do “você” para o “tu” e vice-versa.

Foi essa mesma singeleza e despreocupação, muito mais verdadeira, que o anônimo amigo/namorado/marido mandou reproduzir na mensagem.

O amor é lindo e, se ele não segue nem os trilhos da racionalidade, como iria obedecer as leis gramaticais?

Sobretudo para o amor fica valendo a observação: A gramática é muito boa para quem chega até ela, mas é ruim para quem não passa dela.

O amor vai além da gramática.

* EDMILSON SANCHES

A IGNORÂNCIA, EM MEU PAÍS, MAIS UMA VEZ ESTÁ VENCENDO...

*

A Língua Portuguesa não é destruída apenas em incêndio (*).

Ela vai-se acabando é pelo descaso diário, horário, a cada instante, com o uso inadequado, preguiçoso, trocista que muitos fazem dela.

A ponto de haver gente que faz pouco dos poucos que procuram falar e escrever minimamente correto o próprio idioma que lhe deu as primeiras palavras – como se não fosse dever e direito de brasileiros respeitar a Língua por meio da qual comem, trabalham, oram, se divertem e sonham.

Se não gosta da Língua Portuguesa, mude-se e vá aprender croata, mongol ou javanês.

Nas redes sociais, como o Facebook, pessoas estão se tornando mais "face" (rosto, coisas, fotografias) que "book" (livros, raciocínio, conhecimentos).

A Língua é reduzida a símbolo de potássio ("kkkkkk"), sigla de estado ("RS RS RS"). E quando você comenta algo com palavras ou envia uma mensagem privada, o outro lado responde com a preguiça mental de sempre: um inexpressivo "ok" ou uma conveniente figura de mão com dedo polegar em sinal de aprovação.

Até sentimentos, que deviam ser tão únicos, tão particulares, tão próprios de cada pessoa, são substituídos pela uniformidade, padronização e monotonia de círculos representando rostos que riem ou choram ou... São os tais "emoticons" (ícones de emoções, em inglês livre).

Para expressar a alegria, a vibração por um texto, não se devolve na mesma moeda, escrevendo – colocam-se mãozinhas azuis em aplauso. (Não sei por que me veio à mente "Clap for the Wolfman", canção escrita pelo trio Burton Cummings, Bill Wallace e Kurt Winter e cantada com sucesso pela banda canadense The Guess Who).

Ou seja: se já somos em maioria um povo monoglota, a involução grassa – passamos do monolinguismo para o monossilabismo. Ou para o imagético, o que é (só) imagem, ou o imagismo inglês e nada poético do início do século 20. Viva!

E o que fazemos com o tempo que "economizamos" ao não falar, não escrever, não digitar, não pensar com fluidez e correção a própria Língua? Que grande coisa estamos fazendo com o esforço economizado, o tempo sobrante e os pensamentos restantes?

Não será de estranhar, pela redução da Língua ou sua substituição por simbólicas imagens, que voltemos a nos comunicar tão só com o "Ugh! Ugh!". Como nas cavernas.

Claro, cada um faz o que quiser. Agora, desprestigiar a força e beleza de um idioma é não fazer jus, é não honrar ou não merecer o resultado de milênios e milênios de esforços de nossos antepassados, que escreveram ou inscreveram como podiam nas rochas, forçaram ao máximo a estrutura do cérebro, sentiram outras estruturas internas se adaptarem para dar de presente a nós essa condição de seres pensantes e falantes cientificamente classificados como "Homo sapiens" ("Humano sábio"). Humanos sábios....

A Ciência já confirmou que é pela leitura que os neurônios se desenvolvem (vamos dizer assim). A leitura é o principal aparelho da academia de ginástica do cérebro, é a maromba que prepara o corpo mental. E escrever é seu corolário, consequência ou continuação natural.

Você não lê porque é preguiçoso. Você é preguiçoso mental porque não lê. E aí, por esse seu estado basal de inteligência, com o que o raquitismo mental permite, tenta reduzir a expressividade de um texto a meras repetições de letras, sílabas ou algumas palavras. Ou imagens (e nem adianta dizer que uma imagem vale mais do que mil palavras, porque você não diz isto sem palavras...).

Não é à toa que o Brasil (apesar de nosso orgulho comum – meu pelo menos – de sermos brasileiros), não é à toa que o Brasil, com as exceções de sempre, está onde está, com índices haitianos de Educação, Matemática e outras Ciências nas avaliações internacionais.

Não é à toa que o Brasil, o Maranhão, com todas as pré-condições naturais para serem excepcionalmente excelentes, podem ver o "tapa" em nosso rosto que países como Japão nos dão.

O Japão, com tamanho semelhante ao nosso Estado (na ordem dos 300 mil quilômetros quadrados), tinha tudo para dar errado: descontinuidade territorial; terremotos, maremotos e vulcões ativos praticamente todo dia; mais ou menos 80% do território imprestáveis para agricultura e construções; bombas atômicas que destruíram duas de suas principais cidades; etc. etc. ...E são a quarta maior economia do mundo!... (Maiores economias, em 2024: Estados Unidos, China, Alemanha, Japão, Índia. Brasil caiu para a décima colocação.)

Claro, respeitar e cultivar a Língua, sozinho, não garante um melhor desenvolvimento.

Apenas garante melhores pessoas.

... E pessoas melhores tornam sua terra melhor.

Enquanto não fizermos isso, com educação, outras nações estarão rindo de nós.

E não é com "kkkkkk", "rs rs rs rs"....

* * *

Pelo visto, após o lamentado e lamentável incêndio (*), a Língua Portuguesa não ficará nem para museu...

A ignorância em meu País, mais uma vez, está vencendo...

*EDMILSON SANCHES.

(*) Referência ao incêndio do Museu da Língua Portuguesa (São Paulo/SP), em 21/12/2015 [foto].

Brasília (DF) 10/11/2024 –Segundo dia do Enem: candidatos respondem a 90 questões até 18h30
Candidatos chegaram cedo para evitar surpresas antes da prova
Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

As mulheres jovens brasileiras são mais progressistas que os homens, que declararam posicionamentos mais conservadores à pesquisa Juventudes: Um Desafio Pendente, divulgada, nesta quarta-feira (5), pela Fundação Friedrich Ebert Stiftung no Brasil (FES Brasil).

A pesquisa inédita entrevistou 2.024 jovens, na faixa etária de 15 a 35 anos, utilizando metodologia de amostragem online com painéis web.

Apesar da divergência, o estudo aponta que jovens dos dois gêneros convergem sobre a necessidade de políticas públicas e a redução das desigualdades no país. Dentre as mulheres, 65% destacaram a importância de políticas de saúde, educação e combate à pobreza.

A tendência de maior conservadorismo entre os homens aparece em outras pesquisas que colhem percepções políticas, disse à Agência Brasil o diretor de Projetos da FES Brasil, Willian Habermann.

“A gente observa isto na grande maioria dos 14 países em que fez a pesquisa. No caso do Brasil, isso aparece em relação ao posicionamento sobre o aborto, ao posicionamento político e, também, em relação aos problemas sociopolíticos do Brasil. As moças tendem a colocar problemas relativos à pobreza, de acesso a direitos e a emprego com mais força que os rapazes”.

Posição política

No caso do Brasil, um ponto destacado pela fundação responsável pela pesquisa é que a dos entrevistados que se posiciona à direita (38%), enquanto 44% declaram ser de centro, e 18%, de esquerda. As mulheres se posicionaram mais à esquerda (20%), quatro pontos percentuais a mais do que os homens (16%).

Entretanto, quando se examina os dados sobre questões de valores, papel do Estado e a percepção sobre democracia, esse percentuais podem ser questionados, analisa o diretor de projetos da fundação.

“Tem um posicionamento mais à direita, mas a visão desses jovens não é necessariamente conservadora, nem defende todo o manual de extrema direita. Eu diria que a pesquisa consegue fazer a gente tensionar um pouco esse lugar do jovem na política, ou como ele enxerga a política", disse Habermann

"Ainda que um pouco avesso à política, esse jovem está acompanhando e entende o papel do Estado como importante, e a necessidade de políticas de educação, emprego, segurança pública”.

Para Habermann, o percentual de 44% mais ao centro representa uma juventude que se percebe cansada com o tema da política e não representada, ou com falta de conhecimento político.

"Ao mesmo tempo, a gente consegue questionar esse posicionamento mais à direita ou à esquerda com os valores que a juventude coloca”.

Ele exemplifica que predominam as posições progressistas quanto à igualdade e direitos: 66% apoiam a liberdade de orientação sexual e identidade de gênero, 58% aceitam o casamento entre pessoas do mesmo sexo e 59% concordam que pessoas transgênero devem ter acesso a cuidados de saúde relacionados à afirmação de gênero.

Já em relação ao aborto, prevalece a posição mais conservadora: somente 33% dos jovens apoiam a legalização do aborto, enquanto 51% se declaram contrários, e 16% não souberam responder. “Há uma narrativa contrária ao aborto em toda a América Latina”, observa Habermann.

“No que tange a valores, em especial aqueles relacionados a valores de gênero e ao papel do Estado, eles demonstram que a juventude, sim, talvez esteja entre o centro e a direita, mas que ela reconhece o papel do Estado, que tem valores fundamentais para a sociedade brasileira”. 

Crise de confiança

A maioria da juventude (66%) considera a democracia a melhor forma de governo, embora 49% acreditem que uma democracia pode funcionar sem partidos, sinalizando tensões entre valores democráticos e autoritários.

Já 58% dos entrevistados manifestaram preferir um líder forte, que resolve melhor os problemas, do que os partidos ou as instituições. Em contrapartida, somente 29% disseram preferir um governo autoritário. Para Habermann, o fato de esses jovens não reconhecerem os partidos dentro da democratização é um problema.

“Quando a gente vai na parte de confiança nas instituições, os partidos políticos são instituições menos confiadas pelos jovens”, avaliou o pesquisador, apontando que há um desafio em fazer o jovem se sentir representado. "Esse é um limite que os partidos políticos precisam romper, e um tema que precisa ser observado".

O levantamento sinaliza a existência de uma crise de confiança nas instituições políticas tradicionais, na medida em que 57% não confiam nos partidos, 45% desconfiam da Presidência, e 42%, do Legislativo. Em contrapartida, universidades, igrejas e meios de comunicação aparecem como instituições mais confiáveis.

A questão da raça é um fator determinante: jovens negros expressam maior desconfiança na polícia e no sistema judiciário, refletindo a desigualdade racial histórica e o impacto da violência institucional.

Temas sociais e situação pessoal

A pesquisa a importância de temas sociais e direitos para os entrevistados:

  • 6% defendem a prioridade de oferta de educação e saúde pelo Estado;
  • 85% destacam a proteção ao meio ambiente;
  • 75% defendem o direito da autonomia dos povos indígenas e as comunidades étnicas sobre seus territórios;
  • 71% defendem a questão da regulamentação das plataformas digitais; 
  • 60% acreditam que deve haver um imposto adicional para os ricos, a fim de redistribuir a riqueza.

Os jovens brasileiros exteriorizam níveis elevados de satisfação pessoal: 68% estão satisfeitos com a sua vida em geral, e 70% com suas relações familiares.

Ao mesmo tempo, contudo, os jovens entrevistados demonstraram forte insatisfação com a economia (46%) e a situação do país (55%). Esses dados refletem os impactos das desigualdades históricas e das reformas que, após 2016, intensificaram a precarização do trabalho e cortaram direitos sociais, aponta a sondagem. Mesmo assim, 88% dos jovens consultados demonstraram ter expectativas otimistas quanto ao seu futuro nos próximos cinco anos.

Segundo o estudo, apesar de 58% avaliarem positivamente a educação recebida, a promessa de ascensão social por meio da escolaridade e do trabalho digno não se concretiza para muitos, em especial para jovens negros, mulheres e pessoas de classes mais baixas.

Apenas 29% dos jovens pretos e 32% dos pardos disseram ter um trabalho estável, contra 45% de brancos, enquanto 45% dos entrevistados das classes mais baixas estavam desempregados ou em busca de oportunidades.

“Ainda que a gente tenha, nesse momento, uma taxa de desemprego muito baixa, essa é uma grande preocupação dos jovens: a educação, o emprego, e o emprego de qualidade”, destacou Habermann, que apontou que 14% dos jovens tinham trabalhos temporários. “A questão é que tipo de emprego se obtém”.

A pesquisa revela também que, para 61% dos jovens, os problemas que mais preocupam o Brasil são a pobreza, o desemprego e a falta de acesso a direitos, além do consumo de drogas, corrupção e o crime organizado, temas que, para a juventude brasileira, deveriam ser abordados pelas políticas públicas no país.

Para 55% dos jovens, cabe ao Estado garantir políticas de emprego, seguido de políticas sociais (46%) e políticas para a segurança cidadã (27%). “Eles querem políticas de bem-estar social e políticas para segurança cidadã, como proposta do governo federal, de vereadores, de deputados estaduais”.

Redes sociais

A pesquisa mostra que o jovem brasileiro está muito conectado com as redes sociais para acessar informações, bem como meio de mobilização social e política.

As redes sociais são o canal preferido para a busca diária de informações por 60% dos jovens, e 33% recorrem a esses canais algumas vezes na semana, totalizando 93% de engajamento frequente.

Do mesmo modo, 57% citam as redes sociais como o canal predominante para buscar informações, seguidas da televisão (45%), que mantém presença forte e acessibilidade em diversas regiões brasileiras, e apenas 2% em meios tradicionais, como jornais impressos.

Plataformas digitais como YouTube (30%), WhatsApp (25%) e outros sites na internet (24%) também se destacam, demonstrando que a busca por informação está cada vez mais fragmentada e mediada por ferramentas online.

Os resultados obtidos pelos pesquisadores não mostram, entretanto, se os jovens entrevistados conferem a veracidade ou não das informações colhidas nas redes sociais. Willian Habermann destacou que a importância ou a relevância dos influenciadores foi menor do do era esperada.

“Isso ajuda a entender um pouco por onde esses jovens buscam informações. Já que as redes são citadas por 57% dos consultados. A gente pode, talvez, entender que há, sim, uma tendência a receber informações não necessariamente respaldadas, como em um jornalismo de qualidade”.

América Latina

O processo para elaboração da pesquisa Juventudes: Um Desafio Pendente foi iniciado em 2023, nos 14 países da América Latina e Caribe onde a Fundação Friedrich Ebert Stiftung (FES) atua. O grupo de pesquisadores da região conta com a participação da professora Elisa Guaraná, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). 

Segundo Habermann, os resultados apurados ajudam a pensar como se comunicar com esses jovens e o que eles colocam como demanda para o fortalecimento da democracia, direitos sociais, políticas públicas necessárias.

Embora se tenha percebido pequenas diferenças entre as respostas dos jovens dos 14 países, existe a tendência de que a juventude em geral defende a democracia e o papel do Estado como crucial para garantia dos direitos sociais, e o voto como ferramenta para transformar a sua própria realidade. Em termos políticos, há na região tendência de os jovens se posicionarem mais ao centro, depois à direita e, por último, à esquerda.

(Fonte: Agência Brasil)

O renomado ator e um dos grandes nomes das artes cênicas brasileiras, Silvero Pereira, retorna ao Maranhão – desta vez, na comemoração aos 7 anos do Teatro Sesc Napoleão Ewerton (Av. dos Holandeses), com duas sessões do espetáculo “Pequeno Monstro” (RJ), nesta sexta-feira (7).

Com duração de 70 minutos e classificação indicativa de 16 anos, a montagem chega a São Luís para sessões às 18h e às 21h – ambas com ingressos à venda (a lotação máxima é de 240 lugares), que podem ser adquiridos pelo site da Sympla, no link: https://www.sympla.com.br/produtor/teatrosescnapoleaoewerton.

Inspirado em um conto de Caio Fernando Abreu e dirigido por Andreia Pires, o solo mergulha nas memórias da infância e juventude do ator no interior do Ceará, costurando real e imaginário em uma poderosa reflexão sobre corpo, gênero, afeto e resistência.

No espetáculo, Silvero resgata vivências relacionadas à sexualidade e gênero e verbaliza condutas típicas de uma sociedade machista e homofóbica, além de passear pela infância no interior do Ceará e transitar pela juventude em meio às adversidades; percurso que culmina nos dias atuais, onde o ator revê suas cicatrizes e processos curativos tendo o teatro, a música e a poesia como aliados.

Vale destacar, entretanto, que “Pequeno Monstro” não é uma obra sobre o ator, mas, sim, sobre um modelo civilizatório fracassado e violento, incapaz de coexistir com o encanto das diferenças.

Atualmente, Silvero Pereira é um dos destaques da edição 2025 do Dança dos Famosos, do Domingão Com Huck, e, recentemente, foi um dos grandes homenageados na 48ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, realizado em São Luís no mês de julho.

“Pequeno Monstro”

A montagem teve sua estreia em maio de 2024 no Teatro Poeira, no Rio de Janeiro. Em seguida fez temporada no Itaú Cultural (SP), no Cineteatro São Luiz (Fortaleza) e integrou a programação do Festival do Teatro Nacional de Recife.

A encenação obedece a uma estrutura dramatúrgica já adotada pelo intérprete em espetáculos como “Uma Flor de Dama”, “Quem Tem Medo de Travesti” e “BR-TRANS”, cujas tessituras cênicas foram construídas sob forte influência da literatura, da música, da dramaturgia clássica e das experiências autobiográficas.

Depois de 10 anos em cartaz com o sucesso “BR-TRANS”, que, além de percorrer o Brasil, viajou para Alemanha e EUA, Silvero, agora, pretende partilhar suas reflexões que abarcam o aprofundamento da condição homossexual. A relevância deste espetáculo está ancorada na possibilidade de comoção, reflexão e diálogo capazes de alcançar diversos públicos, uma vez que a estrutura dramatúrgica criada por Silvero investe na tríade característica da sua criação: música, literatura e referências cinematográficas.

O projeto levanta questões estruturais que denunciam a cultura machista e misógina a qual estamos submetidos. A peça se destaca pela coragem discursiva e pretende provocar um questionamento coletivo, onde a empatia se estabeleça como condição entre ator e plateia, percebendo as diferentes formas de viver a homossexualidade a partir de alguns dispositivos da ordem social, ética e moral.

Serviço

O quê: sessões especiais do espetáculo “Pequeno Monstro”, com Silvero Pereira, em comemoração aos 7 anos do Teatro Sesc Napoleão Ewerton;

Quando: nesta sexta-feira, dia 7 de novembro, às 18h e 21h;

Onde: no Teatro Sesc Napoleão Ewerton (na Av. dos Holandeses);

Ingressos: disponíveis no site da Sympla, no link: https://www.sympla.com.br/produtor/teatrosescnapoleaoewerton.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Brasília (DF), 24/10/2024 - Alunos do colégio Galois em sala de aula na preparação dos últimos dias antes da prova do Enem 2024.  Foto: José Cruz/Agência Brasil

Os candidatos que vão participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) farão a prova de redação no próximo domingo (9), junto com as provas de códigos e suas tecnologias, e ciências humanas e suas tecnologias.  A nota varia de 0 a 1.000 pontos e é atribuída de acordo com as cinco competências estabelecidas. 

Os participantes terão que escrever um texto dissertativo-argumentativo, com até 30 linhas, a partir da situação-problema proposta, dos textos motivadores e dos conhecimentos construídos ao longo da formação.

O tema da redação será de ordem social, científica, cultural ou política.

O projeto de texto, com informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, deverá defender um ponto de vista - uma opinião a respeito do tema proposto -, apoiada em argumentos consistentes, estruturados com coerência. 

O objetivo desse texto é convencer o leitor de que determinado ponto de vista é acertado e relevante. Para tanto, deve-se mobilizar informações, fatos e opiniões, a partir de um raciocínio coerente e consistente.

Adicionalmente, o candidato também deverá elaborar uma proposta de intervenção social (solução) para o problema apresentado no desenvolvimento do texto. Essa proposta deve respeitar os direitos humanos. Propostas que desrespeitem os direitos humanos receberão nota zero. Constituem desrespeito aos direitos humanos propostas que, por exemplo, incitem as pessoas à violência ou tenham referências racistas.

Confira, aqui, a cartilha A Redação do Enem 2025 – Cartilha do Participante. 

Os participantes devem ficar atentos às cinco competências que serão exigidas no texto: 

  • Domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa;
  • Aplicação de conceitos das várias áreas de conhecimento, também chamado de repertório sociocultural, tenham relação com o tema proposto para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa.
  • Organização das informações, dos fatos e argumentos em defesa de um ponto de vista;
  • Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação;
  • Proposta de intervenção (solução) para o problema abordado.

Somente serão corrigidas as redações transcritas para a folha de redação oficial da prova do Enem.

Cada redação será corrigida por dois corretores, com graduação em letras ou linguística, de forma independente, sem que uma conheça a nota atribuída pela outra.

Os corretores atribuirão uma nota de 0 a 200 pontos em cada uma das cinco competências. A soma desses pontos compõe a nota total atribuída por avaliador, que pode chegar a 1 mil pontos. A nota final do participante será a média aritmética entre as notas totais atribuídas pelos dois avaliadores.

Nota zero

Entre os critérios previstos no edital do Enem 2024 que resultam na nota zero na redação, estão:

  •    Fuga ao tema proposto;
  •    Ausência de texto na folha de redação;
  •    Texto insuficiente, com até sete linhas manuscritas;
  •    Texto escrito predominantemente ou integralmente em língua estrangeira;
  •    Nome, assinatura, rubrica ou qualquer outra forma de identificação, em qualquer parte da folha de redação;
  •    Desobediência à estrutura dissertativo-argumentativa e
  •    Desrespeito à seriedade do exame, com palavrões, desenhos e outras formas propositais de anulação.

Enem 2025

Um total de 4.811.338 candidatos confirmaram a inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio neste ano. Segundo o Ministério da Educação, o número representa um aumento de 11,22% em relação ao ano passado e de 38% em relação a 2022. ​​

​As provas do Enem 2025 serão aplicadas nos dias 9 e 16 de novembro, em quase todo o país. As exceções são os municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, no Pará, devido à realização da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém, de 10 a 21 de novembro.

Nas três cidades paraenses, os candidatos farão as provas nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro.

(Fonte: Agência Brasil)