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Rio de Janeiro (RJ), 27/08/2025 – Alunos brincam de pular corda durante intervalo no Ginásio Experimental Olímpico Reverendo Martin Luther King, na Praça da Bandeira, no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

"Era um vício. Dava vontade de ficar mexendo o tempo todo." Assim a estudante Priscila Henriques Lopes da Silva, de 14 anos, define a relação que tinha com o celular. A amiga Sophia Magalhaes de Lima, também com 14 anos, se identifica, mas diz que "hoje em dia não dá tanta vontade. A gente percebe que não precisa ficar mexendo no celular para poder se divertir".

O que separa as duas realidades é a decisão da prefeitura do Rio de Janeiro de proibir o uso do celular nas escolas, aplicada no início do ano letivo de 2024. A medida adiantou o que se tornaria regra em todo o território nacional no começo deste ano, por força de uma lei federal.

O estudante Enzo Sabino Silva Cascardo, de 15 anos, conta que, antes da proibição, os períodos das aulas, na verdade, eram perdidos em jogos e redes sociais. "Ninguém prestava atenção", lembra. Os professores também perdiam preciosos minutos – e o bom humor – tentando angariar alguma audiência. Mas, mesmo nos momentos mais descontraídos, o "vício" continuava: "No recreio, era igual aqueles desenhos: todo mundo com a cabeça abaixada olhando no celular, ninguém brincava, ninguém conversava", acrescenta Enzo.

Rio de Janeiro (RJ), 27/08/2025 – O aluno Enzo Sabino Silva Cascardo durante entrevista à Agência Brasil, no Ginásio Experimental Olímpico Reverendo Martin Luther King, na Praça da Bandeira, no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Enzo Sabino Silva

Logo de cara, a proibição não agradou: "Vamos dizer que a gente ficou chateado, para não usar outra palavra", brinca Enzo. Mas em pouco tempo a vida natural das escolas "se regenerou", para usar outra brincadeira, feita por usuários nas redes sociais. O recreio voltou a ser o espaço para brincadeiras e bate-papo. Dentro de sala, os professores voltaram a ter mais problema com as conversas paralelas do que com os diálogos via aplicativo.

De acordo com a prefeitura, os resultados não são apenas visíveis, como também mensuráveis. Dados do desempenho dos alunos do ensino fundamental, colhidos periodicamente pela Secretaria Municipal de Educação, mostram um avanço de 25,7% em matemática e 13,5% em português, em 2024.

Essas proporções foram calculadas por um pesquisador da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, após a aplicação de métodos estatísticos para isolar outros fatores que podem influenciar nesse desempenho e identificar qual o ganho obtido apenas com a proibição. Também foram ouvidos mais de 900 diretores, que correspondem a 90% dos profissionais da rede.

"Em matemática é como se os alunos tivessem aprendido um bimestre a mais dentro do mesmo espaço de tempo. Outra coisa interessante é que o impacto no quarto bimestre foi maior do que o impacto no terceiro bimestre, que foi maior do que no segundo... ou seja, houve um ganho progressivo", ressalta o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha.

Rio de Janeiro (RJ), 27/08/2025 – A aluna Tauane Vitória Vidal Fonseca durante entrevista à Agência Brasil, no Ginásio Experimental Olímpico Reverendo Martin Luther King, na Praça da Bandeira, no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Tauana Vitória Vidal Fonseca

A aluna Tauana Vitória Vidal Fonseca, de 15 anos, faz parte dessa estatística. "Quando a gente podia usar o telefone, eu ficava o dia inteiro no celular, ao invés de prestar atenção nas aulas. Depois que proibiu, minha nota subiu lá em cima! Matemática, principalmente, melhorou muito. Antes eu não sabia nada, mas acho também que é porque eu ficava o tempo todo com o celular na aula, né?"

Todos os adolescentes ouvidos pela reportagem estudam no Ginásio Educacional Olímpico (GEO) Reverendo Martin Luther King, na Praça da Bandeira, região central do Rio. A diretora Joana Posidônio Rosa conta que enfrentou resistência logo que a medida foi implementada. "Tinha aluno que se recusava, tinha aluno que brigava comigo...".

Rio de Janeiro (RJ), 27/08/2025 – A diretora Joana Possidônio Rosa durante entrevista à Agência Brasil, no Ginásio Experimental Olímpico Reverendo Martin Luther King, na Praça da Bandeira, no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Diretora Joana Posidônio 

Um aliado foi fundamental: "Logo que a medida foi anunciada, a gente começou a falar com as famílias, pelos grupos de WhatsApp, nas reuniões de pais e a gente teve uma adesão de praticamente 100%. Inclusive recebemos relatos de familiares, contando que em casa a situação também estava muito difícil, porque eles não saíam dos celulares. E foi muito importante essa adesão das famílias, porque sozinhos a gente não conseguiria", conta a diretora. 

O professor de história Aluísio Barreto da Silva lembra que alguns alunos chegavam a ter reações extremas, com gritos e choros, quando o celular era apreendido, tamanho apego ao aparelho.Ele vê uma herança da pandemia nesse comportamento, já que, por quase dois anos, as crianças e adolescentes precisaram estudar de forma remota, e praticamente só socializavam via internet

"Antes da proibição, eu tinha que ficar brigando o tempo inteiro, porque como é que o aluno vai prestar atenção, se ele está mexendo no celular? E os alunos bons estavam sendo capturados. Porque qualquer turma tem os alunos que conversam, que bagunçam, que dão mais trabalho, mas, mesmo os bons alunos, que normalmente se dedicam, eu estava perdendo para o celular", lembra.

Rio de Janeiro (RJ), 27/08/2025 – O professor de história, Aluízio Barreto da Silva durante entrevista à Agência Brasil, no Ginásio Experimental Olímpico Reverendo Martin Luther King, na Praça da Bandeira, no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Professor Aluísio Barreto da Silva 

Apesar disso, Aluísio conta que em algumas semanas, a "desintoxicação" já produziu resultados e ele voltou a ser o emissor de mensagens mais importante da sala. Mas o professor diz que essa não é a realidade de todos os docentes da rede, já que o cumprimento da lei exige que toda a comunidade escolar esteja engajada, desde a direção das escolas, passando por todos os funcionários, até as famílias.

A princípio, cada classe do GEO Reverendo Martin Luther King tinha uma caixa organizadora, onde os aparelhos eram guardados no início da aula. Hoje, basta uma caixa para toda a escola, que fica na sala de direção, porque a maioria dos alunos já prefere nem levar os aparelhos.

Por ser um ginásio educacional olímpico, o colégio oferece treinamentos em atividades esportivas, além das aulas de educação física. Mesmo nesses momentos, que normalmente são muito apreciados pelos alunos, o celular atrapalhava e afetava o rendimento. A proibição também foi aplicada na hora dos treinos, aumentando ainda mais o tempo sem tela dos alunos e contribuindo para a "desintoxicação". 

Sophia Magalhães de Lima, que costumava assistir a vídeos no celular até mesmo enquanto tomava banho, tem trocado o aparelho por outras atividades, como os treinos de xadrez, e hoje ostenta o título de campeã estadual da modalidade. Ela diz que a concentração, tão importante para a prática, aumentou após a proibição. 

Já Ana Julia da Silva, de 14 anos, percebe uma melhora que não foi medida pelo estudo. "Antes, eu respondia todo mundo, não estava nem aí pra nada, fazia muita bagunça, toda hora era mandada para a direção. Um dia, eu estava com o telefone na escola, quando algumas crianças começaram a brigar. Aí eu filmei e postei nas redes. A mãe de uma das meninas viu, aí a escola chamou meu pais, conversou comigo e hoje eu entendo que eu não tinha direito de gravar aquelas crianças. Eu sinto que o que mais melhorou foi o meu comportamento".

Rio de Janeiro (RJ), 27/08/2025 – Alunos jogam xadrez durante intervalo no Ginásio Experimental Olímpico Reverendo Martin Luther King, na Praça da Bandeira, no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Apesar de não ter números sobre esse impacto, o secretário municipal de Educação confirma que ele tem sido percebido pelos profissionais.

"A escola tem que ser um espaço não só de aprendizagem, mas também de interação social, de socialização, de rede de apoio. E a gente também tem observado que, com essa medida, você gera um ambiente mais acolhedor, diminui o bullying e o cyberbullying", destaca Renan Ferreirinha. 

Para ele, os resultados da lei são uma demonstração de como decisões do poder público podem ajudar as famílias a lidarem com os desafios da tecnologia. "A verdade é que todo mundo está tendo dificuldade nesse processo de criar seus filhos e filhas, crianças ou adolescentes, com esse excesso de tela, de tecnologia, e muitas vezes a gente precisa fazer esses freios de arrumação. Eu defendo, por exemplo, que a gente restrinja o uso de redes sociais, para acima de 16 anos. Acho que é o próximo freio de arrumação que a gente deveria encampar no nosso país". 

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 22/05/2025 - Escritor e poeta Paulo Henriques Britto é eleito para a Academia Brasileira de Letras.
Foto: Biblioteca Pública do Paraná - BPP

O escritor e professor Paulo Henriques Brito é o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras. Na noite dessa sexta-feira (12), ele tomou posse na cadeira 30, sucedendo a escritora Heloisa Teixeira, que morreu em março deste ano.

Escritor, tradutor e professor de tradução, literatura e criação literária, Brito publicou 14 livros, oito deles de poesia. Antologias de poemas seus foram publicadas em inglês (2007) e em sueco (2014), e sua poesia reunida foi editada em Portugal (2021); seu ensaio A tradução literária foi publicado em espanhol no Chile (2023).

Traduziu cerca de 120 livros de autores de língua inglesa, como Jonathan Swift, Charles Dickens, Henry James, Virginia Woolf, V. S. Naipaul, Thomas Pynchon e James Baldwin. Na poesia, traduziu Byron, Wallace Stevens, Elizabeth Bishop e Frank O’Hara, entre outros.

Na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) atua em duas linhas de pesquisa, tradução de poesia e poesia brasileira contemporânea, os temas principais dos artigos e capítulos de coletâneas que tem publicado ao longo das últimas décadas.

Fardão

Assim que soube que o poeta e tradutor Paulo Henriques Britto, professor da PUC-Rio há mais de 40 anos, tinha sido eleito para a ABL, a médica Margareth Dalcolmo decidiu oferecer ao novo imortal o fardão de seu marido, o acadêmico Candido Mendes, que morreu 2022.

“Paulo Henriques era o tradutor de Candido, se gostavam muito. Tenho certeza que o Candido está honrado de ver seu fardão com o amigo”.

A oferta foi recebida como uma honra pelo novo imortal. “Foi uma iniciativa que partiu dela e me senti muito honrado. Conhecia muito os dois, traduzi alguns textos do Candido Mendes para o inglês e minha mulher, Santuza – professora do departamento de Sociologia e Política da PUC-Rio era a melhor amiga da filha dele, Maria Isabel”.

Margareth admitiu ter chorado ao retirar os bordados das comendas do fardão do marido para entregá-lo limpo ao novo imortal. “Ele veio experimentar e ficou quase certo. Apenas a calça estava um pouco larga, foi preciso apertá-la e trocar as fitinhas douradas que estavam gastas”.

(Fonte: Agência Brasil)

Um dos eventos mais importantes do calendário da Confederação Brasileira de Karate Shotokan (JKS Brasil), o 29º Campeonato Nacional de Karate Shotokan será realizado entre os dias 24 e 26 de outubro, no Ginásio Castelinho, em São Luís. Referência nacional da modalidade, o Time Maranhão está trabalhando firme para conquistar grandes resultados no evento, que reunirá os 400 melhores atletas do país em diversas categorias e servirá de seletiva para o Campeonato Mundial da modalidade, que será realizado na temporada de 2026.

Restando pouco mais de um mês de preparação, o Time Maranhão de Karate intensificou os treinamentos em busca de medalhas no Campeonato Nacional de Karate Shotokan. Em julho, sete atletas maranhenses da Academia Seiryükan integraram a Seleção Brasileira na disputa do Campeonato Pan-Americano, realizado em Vitória (ES), e conquistaram 21 medalhas, sendo oito de ouro, seis de prata e sete de bronze, números que ressaltam a força do Estado na modalidade.

Um dos principais nomes do Time Maranhão para a disputa do Campeonato Nacional de Karate Shotokan é Vítor Moraes, que conquistou três medalhas de bronze no Pan-Americano. Uma dessas medalhas veio na competição de Kata por Equipes (17-19 anos), onde formou equipe com os também maranhenses Daniel Caripunas e Micael Silva, em um trio que promete vir forte para buscar o ouro no Nacional e a vaga no Mundial.

"Estamos trabalhando com muita intensidade para chegar ao Campeonato Nacional nas melhores condições físicas e técnicas, com o objetivo de representar bem o Maranhão, lutar por medalhas e garantir a vaga no Mundial. Competir em casa é uma grande responsabilidade, mas também é uma motivação e tanto, estamos focados para competir bem e garantir excelentes resultados", afirma o carateca Vítor Moraes.

Em meio às disputas do Campeonato Nacional de Karate Shotokan, outras atividades vão ocorrer em São Luís. No dia 23 de outubro, haverá um Master Camp com instrutores da JKS Brasil e, no dia 24, estão previstos a realização de uma clínica de arbitragem e exame de faixa. 

Resultados expressivos

Nas últimas duas edições do Campeonato Nacional de Karate Shotokan, o Time Maranhão foi destaque. Em 2023, a equipe maranhense garantiu 33 medalhas no evento e, em 2024, foram 22 medalhas conquistadas. Devido ao grande desempenho dos maranhenses, oito atletas da Academia Seiryükan acabaram sendo convocados para o Mundial de Karate Shotokan, realizado no Japão, no ano passado.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

A cúpula  maior, voltada para cima, abriga o Plenário da Câmara dos Deputados.

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados autorizou a realização de concurso público para o preenchimento de cargos efetivos na Casa.

A decisão foi anunciada, nessa quinta-feira (11), pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), em cerimônia de apresentação da nova gestão administrativa e da agenda 2025-2027.

Motta destacou a importância do concurso para repor funcionários que se aposentaram e melhorar as condições de trabalho.

“Isso é reconhecer a importância do servidor público para o nosso trabalho”, afirmou.

As vagas serão para os cargos de analista legislativo e de técnico legislativo.

edição extra do Diário da Câmara dos Deputados desta quinta-feira (11), que autoriza a realização do concurso público, detalha a distribuição das vagas analista legislativo:

1)      analista legislativo:

  • registro e redação;
  • processo legislativo e gestão;
  • comunicação social;
  • documentação e informação legislativa;
  • museólogo;
  • engenheiro;
  • médico.

2)      técnico legislativo, nas atribuições:

  • policial legislativo federal;
  • assistente legislativo e administrativo.

A quantidade de vagas para provimento imediato e de cadastro de reserva deverá ser definida em futuro edital específico. As providências serão tomadas pela diretoria-Geral da casa.

(Fonte: Agência Brasil)

Sala de aula

O Ministério da Educação (MEC) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) estão ofertando 7,8 mil vagas de mestrado e doutorado gratuitas a docentes das redes públicas de educação básica. Do total de vagas, 7.584 são para mestrado e 228 vagas para doutorado, ambos na categoria profissional. Os cursos ofertam aulas presenciais e na modalidade híbrida.

A iniciativa é parte do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu para Qualificação de Professores da Rede Pública de Educação Básica (ProEB). Os editais dos processos seletivos já foram publicados pela Capes e abrangem dez cursos de mestrado profissional e um de doutorado nas seguintes áreas: biologia; física; matemática; química; sociologia; filosofia; artes; letras; educação inclusiva; e história — este último também conta com vagas para o doutorado profissional. Confira os editais aqui

Inscrições

Cada um dos programas de pós-graduação conta com prazos de inscrições distintos e os candidatos interessados devem consultar os editais individualmente. Para os mestrados em biologia, física, matemática e química, as inscrições se encerram neste mês. Já para o mestrado nos cursos de sociologia, filosofia, artes, letras, educação inclusiva e história, os prazos encerram em outubro. A inscrição na seleção do doutorado em história terminará em novembro. Apesar de os cursos serem gratuitos, alguns programas podem cobrar taxa de inscrição em seus processos seletivos. 

Formação de professores

O programa tem o objetivo de fortalecer a formação continuada para o desenvolvimento profissional de docente de todo o país, oferecendo vagas em cursos de mestrado e doutorado profissionais, em diversas áreas do conhecimento. Os cursos são realizados por meio de uma rede nacional de universidades públicas com excelência reconhecida na área de formação de professores. A iniciativa também conta com a participação de instituições parceiras das sociedades científicas de diversas áreas, como a Sociedade Brasileira de Física (SBF) e a de Matemática (SBM).

O ProEB é uma das ações do programa Mais Professores para o Brasil, lançado pelo MEC, em janeiro de 2025, para valorizar os profissionais do magistério e qualificar os docentes.

(Fonte: Agência Brasil)

Caxias deveria fazer festa.

Há 97 anos, em 12 de setembro de 1928, nascia Rodrigo Otávio Baima Pereira.

São 97 anos de um ser humano de memória e amor extraordinários quando o assunto é a cidade de Caxias – também minha terra natal.

Sem ofensa a ninguém, Rodrigo Baima é daquele grupo dos mais caxienses dos caxienses.

Sempre portando uma pasta debaixo do braço, com documentos e informações sobre Caxias, mas, mais ainda, com mais informações na sua grande memória, Rodrigo Baima já chegou a ser chamado de “museu vivo de Caxias” – evidentemente, pelo enorme acervo de dados, pelo conhecimento vivido e, também, pelo compartilhamento, com humildade, de seus saberes com os mais novos, estudantes, pesquisadores, escritores.

Rodrigo Baima é desses que merecem as melhores honrarias em vida.

A Academia Caxiense de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico de Caxias já têm a honra de tê-lo em seus quadros de membros efetivos; é, portanto, meu confrade nessas duas Casas de Cultura.

No Ensino Médio, no Colégio São José, em Caxias, tive como colega de turma um dos filhos do Rodrigo, o Paulo Augusto, que faleceu em 2013. Seu Rodrigo, homem da História, certamente não previa nem queria vivenciar ou escrever este capítulo em sua vida... São assim os pais: não querem enterrar os próprios filhos... (Em uma das visitas que fiz à residência do Rodrigo, a conversa tocou, por um momento, no nome do filho Paulo, e vi os olhos de Seu Rodrigo marejarem, o silêncio instalar-se por uns instantes, a cabeça pender à direita dele, pensativo... Era o coração ainda saudoso e dolorido ante a perda filial.)

Lembro, por outro lado, uma passagem bem-humorada do seu Rodrigo Baima, na sede do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias. Com jeito sério, ele comunica em meio a uma conversa em um pequeno grupo:

"– Vamos ajudar o Edmilson Sanches a ganhar a prefeitura de Imperatriz”.

E, após breve pausa, complementou, entre risos:

“Aí ele devolve Imperatriz para Caxias..."

Claro, era só uma lembrança do processo histórico e geográfico de autonomia de municípios que tiveram como matriz, como origem, o ainda hoje grande – mas, evidentemente, não mais tão extenso – território caxiense, de onde Imperatriz saiu e se tornou o segundo mais rico de todo o Maranhão. (Primeiro, ocorreu a autonomia de Pastos Bons, que era vila de Caxias; depois, de Pastos Bons saiu Grajaú; e, finalmente, de Grajaú saiu Imperatriz, segundo um documento de genealogia de cidades, do IBGE. Deste modo, Caxias é “mãe” territorial de Pastos Bons, “avó” de Grajaú e “bisavó” de Caxias...).

Pelos saudáveis e lúcidos 97 anos de vida e de defesa dos mais nobres valores caxienses, receba, Rodrigo, os parabéns de todos que – talvez não tanto quanto você – aprenderam a amar com orgulho a terra que nos viu nascer.

* EDMILSON SANCHES

Fotos:

1) Rodrigo Baima. 2) Rodrigo Baima (ao centro), com Raing Rayg De Araújo Oliveira e Edmilson Sanches, no Instituto Histórico e Geográfico de Caxias (IHGC). 3) Rodrigo Baima, Wybson Carvalho, Arthur Almada Lima Filho, Erlinda Maria Bittencourt, Joaquim Vilanova Assunção Neto e Edmilson Sanches, no IHGC. 4) Foto de Rodrigo Baima quando jovem: ele é o primeiro à esquerda, agachado, com José Maria Machado. Entre os demais oito em pé, identificam-se Flávio Teixeira de Abreu, João da Providência Lima, Luís Leitão (era meu parceiro quase diário em jogos de palavras no bar "Recanto dos Poetas", do Arthur Cunha, na Praça Vespasiano Ramos ou Largo de São Benedito), Abel Martins, Mariano Vasconcelos. E os brasões do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias e da Academia Brasileira de Letras, entidades de que Rodrigo Baima é membro.

Cais do Valongo, no Rio de Janeiro - Foto João Paulo Engelbrecht/Divulgação Iphan

O sítio arqueológico Cais do Valongo, na região portuária do Rio de Janeiro, foi reconhecido como patrimônio histórico-cultural afro-brasileiro essencial à formação da identidade nacional. O texto estabelece ainda diretrizes para a proteção do título de Patrimônio Mundial da Humanidade concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) ao local.

Lei nº 15.203/2025 foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (12).

Segundo o Palácio do Planalto, o objetivo é garantir a preservação do sítio como símbolo da memória da diáspora africana e do processo de escravização no Brasil, em consonância com as diretrizes da Constituição Federal e da Unesco.

“Para isso, estabelece diretrizes que tratam da realização de consultas públicas junto a entidades ligadas à defesa dos direitos da população negra, a orientação técnica por especialistas em patrimônio histórico, o respeito às manifestações culturais afro-brasileiras e a proteção de bens sagrados de religiões de matriz africana”, diz a Presidência da República.

 Ainda de acordo com o Planalto, a lei trata da integração do sítio a circuitos culturais, a divulgação da relevância em âmbito nacional e internacional e a coordenação de ações com a cidade do Rio de Janeiro para assegurar a conservação.O texto disciplina fontes de recursos destinados à manutenção e custeio do patrimônio, incluindo dotações orçamentárias, doações nacionais e internacionais, convênios e transferências voluntárias.

Sobre o cais

O Cais do Valongo foi o principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas. Recebeu cerca de 1 milhão de pessoas em quatro décadas, o que o tornou o maior porto receptor de escravizados do mundo e um dos maiores pontos de tráfico transatlântico de pessoas escravizadas do continente africano.

Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2013, e reconhecido como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco quatro anos depois, osítio simboliza a memória da violência da escravidão, mas também da resistência, da liberdade e da contribuição dos africanos e seus descendentes para a formação cultural, social e econômica do continente americano.

Descoberto em 2011 durante as obras do Porto Maravilha, o Cais, construído em 1811, foi transformado em monumento preservado e aberto à visitação em 2012, integrando o Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana. Segundo o Planalto, o circuito reúne importantes marcos da cultura afro-brasileira na região portuária e reforça o valor histórico e simbólico do local.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 11/09/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de sanção do PL n. 41/2025, que autoriza a criação da Carteira Nacional Docente – CND. Palácio do Planalto. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nessa quinta-feira (11), a lei que institui a Carteira Nacional de Docente no Brasil (CNDB).

O novo documento de identidade funcional, emitido pelo Ministério da Educação (MEC), dará aos professores da rede pública e privada descontos em eventos culturais, como cinema, teatro e shows. 

Com a sanção, a CNDB deve começar a ser emitida no mês que vem, a partir do dia 15 de outubro, Dia Nacional do Professor.

"Muitas vezes, o professor chegava pra mim e dizia: 'ministro, às vezes, quando eu vou ao cinema, e que tenho que provar que sou professor, para garantir a meia-entrada, tenho que levar o meu contracheque impresso na mão', ou o holerite, como algumas pessoas conhecem. Portanto, a carteira nacional docente brasileira vai ser uma forma de reconhecer", destacou o ministro da Educação, Camilo Santana, durante evento de sanção do projeto de lei, no Palácio do Planalto.

Santana é o autor da proposta legislativa que cria a nova carteira profissional. A medida tramitou no Congresso Nacional ao longo dos últimos meses e foi aprovada em agosto pela Câmara dos Deputados.

"Por que o advogado pode ter a carteira, por que o médico pode ter a carteira, por que o engenheiro pode ter a carteira e o professor não pode ter uma carteira bonita para reconhecer o papel desse profissional? Portanto, a partir de hoje, com essa sanção, vamos garantir que todo o professor, que tenha vínculo com alguma instituição, seja do ensino fundamental, ensino médio, da universidade ou instituto federal, ele vai ter a garantia dessa carteira nacional docente, por lei", acrescentou o ministro.      

O ministro também informou quecada profissional com a Carteira Nacional de Docente no Brasil terá acesso a um cartão de crédito vinculado à Caixa Econômica Federal ou ao Banco do Brasil, sem pagamento de anuidade, e descontos de 15% em hotéis, por meio de um convênio com a Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH).

Emissão da carteira

A Carteira Nacional de Docente no Brasil é um documento de identificação destinado, exclusivamente, aos professores da educação pública e privada nas esferas federal, estadual e municipal.

Para a emissão da carteira, a partir de outubro, o professor deve preencher seu cadastro no site do Programa Mais Professores para o Brasil. Os interessados podem usar a conta da plataforma Gov.br com CPF e senha cadastrados.

O site do programa avisa que as informações serão verificadas por meio das bases de dados do governo federal, como os registrados na Receita Federal do Brasil, e do cadastro do Censo Escolar.

Ao se cadastrar, o professor deverá indicar o tipo de vínculo de docência, além do município e da unidade da federação onde atua.

O prazo de emissão da nova carteira dependerá da disponibilidade dessas informações. A expectativa do MEC é que mais de 2 milhões de professores tenham acesso ao novo documento.

Pela lei aprovada no Congresso, os estados, o Distrito Federal e os municípios devem informar os dados necessários para a manutenção e a atualização da base de dados de profissionais da educação.

A iniciativa faz parte do programa Mais Professores para o Brasil, que reúne ações de valorização e qualificação do magistério da educação básica, bem como de incentivo à docência no país.

(Fonte: Agência Brasil)

Internet das coisas

Nove em cada 10 jovens afirmaram que a Inteligência Artificial (IA) os ajudou a reduzir o estresse em períodos mais intensos de estudo, principalmente em época de avaliações, provas e entregas de projetos, individual ou em grupo. A pesquisa é da Emy Education, plataforma de inteligência artificial.

“Descobrimos que nos últimos 6 meses, quase 96% dos nossos entrevistados usaram inteligência artificial para aprender algo novo”, disse José Messias Jr., CEO e fundador da Emy. 

Uma das questões do estudo fez a seguinte proposta: “Qual o principal papel que a IA deve ter na aprendizagem de jovens?”. Segundo a pesquisa, 86,8% responderam que “a IA deve ser uma ferramenta de apoio e respostas rápidas”. Os outros dois principais anseios foram “uma IA que atue com um mentor personalizado” e “uma IA que ajuda a automatizar tarefas repetitivas”.

Quando perguntados sobre quais fatores os impedem de usar a IA com mais frequência, quase 60% indicou o “medo de receber respostas erradas ou muito distorcidas”. Outros 35% apontaram que o maior receio é a “falta de contexto e personalização das respostas”.

A pesquisa foi feita de março até o final de agosto deste ano e contemplou ao menos um período intenso de estudos, como a agenda do final do primeiro semestre.

O questionário ouviu individualmente mais de 500 jovens com idade entre 16 e 24 anos, todos estudantes de nível médio e superior. Na faixa do ensino médio, a maior parte é da rede pública. Na camada do ensino superior, quase 85% dos que responderam estão em instituições privadas.

“A maior parte dos respondentes, em torno de 32%, integra famílias com renda mensal abaixo de R$ 3.500 mensais, portanto, a classe D, segundo o IBGE. Na sequência estão os estudantes com renda familiar até R$ 8.000 por mês, com 31,40% dos respondentes. O contingente do topo da pirâmide social - renda familiar superior a R$ 25 mil por mês - foi pouco engajado e representou apenas: 1,60% das respostas”, explicou a organização da pesquisa Emy

“Nossa pesquisa revela uma dimensão ainda pouco explorada no debate público. Basicamente, os jovens nativos digitais conseguem lidar com a IA sem preterir dos professores ou mesmo de outras mídias em seu processo de estudo”, disse José Messias Jr..

(Fonte: Agência Brasil)

Museu da Rádio Nacional, no Rio de Janeiro

Entrevistas, atrações musicais e uma plateia de ouvintes marcam a celebração de 89 anos da Rádio Nacional nesta sexta-feira (12). A programação especial terá transmissão ao vivo, a partir das 13h, pelo dial e pelo canal da emissora no YouTube, direto do Museu da Rádio Nacional, localizado no prédio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no Rio de Janeiro.

A atração dá início às comemorações dos 90 anos da Rádio Nacional, a serem celebrados em 2026. Como parte da programação, também serão lançados a nova identidade sonora, o selo e a agenda de ações que marcam a data histórica.

Aberto ao público, o evento vai oferecer aos ouvintes presentes na plateia a oportunidade de comemorar junto com a equipe da emissora. O grupo poderá vivenciar a magia do rádio de perto, encontrar vozes conhecidas e prestigiar artistas que ajudam a contar a trajetória do veículo.

Parte da história do Brasil, a Nacional teve sua primeira transmissão em 12 de setembro de 1936, às 21h, na voz do locutor paulista Celso Guimarães (1907 – 1996). Hoje conta com oito emissoras próprias, em diferentes regiões do país: Rádio Nacional do Rio de Janeiro, Rádio Nacional de São Paulo, Rádio Nacional de Brasília AM e FM, Rádio Nacional de Recife, Rádio Nacional de São Luís, Rádio Nacional da Amazônia e Rádio Nacional do Alto Solimões.

Estúdio da Rádio Nacional do Rio de Janeiro onde as radionovelas eram gravadas, conhecido como

Transmissão

Na sexta, a programação especial de aniversário começa com o Revista Rio, apresentado por Raquel Júnia e Dylan Araújo, das 13h às 15h. A atração recebe convidados da nova geração da música brasileira: a cantora e compositora Antônia Medeiros e o também cantor e compositor El Pavuna, um dos destaques no Palco Favela do Rock in Rio 2022.  

Em seguida, das 15h às 17h, o Tarde Nacional, comandado por Gláucia Araújo e Cirilo Reis, mergulha na relação histórica entre o rádio e o samba. Participam da edição especial Cássio Tucunduva, cantor, compositor, guitarrista e arranjador musical de música popular brasileira; Biafra, cantor e compositor; Dorina, cantora de samba, reconhecida por sua voz marcante e ligação com as rodas cariocas; Gabriel Ruiz, músico, cantor e compositor; e Bruno Fillipo,  jornalista, historiador, especializado em samba e cultura popular, que vai traçar o fio condutor que liga o rádio e a música.

Das 17h às 18h, o É Tudo Brasil, com apresentação de Luciana Valle, recebe dois talentos da música instrumental brasileira: Bianca Gismonti, pianista, compositora e arranjadora, com carreira internacional na música instrumental e erudita; e Júlio Falavigna, baterista e percussionista, com trabalhos reconhecidos na música popular e instrumental brasileira.

Especial de Domingo

As celebrações de 89 anos da Nacional seguem no final de semana, com o Especial de domingo (14). O programa faz um tributo à história da emissora, mesclando músicas e áudios históricos para pontuar a trajetória da emissora.

Ao longo da edição comemorativa, a apresentadora Luciana Valle destaca fatos marcantes como o sucesso de “Em Busca da Felicidade”, a primeira radionovela da emissora; os programas de auditório; a relação apaixonada entre as cantoras do rádio e os ouvintes; a estreia do noticiário Repórter Esso; e principais marcas da programação, como música, notícia e esporte.

Com roteiro e produção de Cezar Faccioli e coordenação de produção de Cynthia Cruz, o especial também leva ao ar canções que embalaram a história da Nacional. O repertório inclui “Luar do Sertão”, com Luiz Gonzaga, “Cantoras do Rádio”, com Carmen e Aurora Miranda, a versão de Rosa Passos para “Aquarela do Brasil”, entre outros sucessos.

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(Fonte: Agência Brasil)