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fãs maranhenses de vôlei terão a oportunidade de presenciar uma partida histórica no dia 8 de dezembro, às 20h, no Ginásio Castelinho, em São Luís. Praia Clube-MG e Vôlei Renata-SP se enfrentarão pela 9ª rodada da fase classificatória da Superliga Masculina de Vôlei 2025/26, em um confronto direto pela liderança da competição nacional e que reunirá vários craques da modalidade: além de atletas multicampeões pela Seleção Brasileira, Praia Clube e Vôlei Renata contam com nomes de destaque nas estatísticas da Superliga, que é um dos principais torneios esportivos do Brasil e considerada uma das ligas mais fortes da modalidade no mundo.

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Líder isolado da Superliga Masculina 2025/26, com 23 pontos somados após nove vitórias consecutivas, o Praia Clube é liderado pelo experiente central Isac, de 34 anos, que já defendeu a Seleção Brasileira nas Olimpíadas de 2020, em Tóquio, e de 2024, em Paris. Com a camisa do Brasil, Isac conquistou os títulos da Copa do Mundo 2019 e da Liga das Nações 2021, além de duas pratas na Liga Mundial e uma no Mundial de Vôlei Masculino.

Já o Vôlei Renata, que está em 3° lugar na Superliga Masculina 2025/26, com sete vitórias em oito jogos e 20 pontos conquistados, vem a São Luís sob a liderança de dois multicampeões: Bruninho e Maurício Souza, campeões olímpicos pela Seleção Brasileira em 2016, no Rio de Janeiro. Um dos maiores levantadores da história do vôlei brasileiro, Bruninho tem três medalhas olímpicas e é "campeão de tudo" pela Seleção, vencendo torneios como o Mundial, a Copa do Mundo, a Liga das Nações, a Liga Mundial e os Jogos Pan-Americanos. Já o ponteiro Maurício Borges foi peça importante do Brasil em títulos da Copa do Mundo, da Liga das Nações, da Liga Mundial e do Pan.

"É muito importante fomentar o esporte no Nordeste e levar esse jogo para o Maranhão, um jogo de briga na parte de cima da tabela da Superliga, entre os primeiros colocados. Tenho certeza que vai ser um belo espetáculo. Fomentar o esporte com um jogo como esse é imprescindível para o crescimento do esporte na região", destaca Mauricio Borges, que é natural de Maceió e um dos atletas nordestinos com mais títulos na história da Superliga Masculina.

Além dos nomes consagrados pelo longo período na Seleção Brasileira, Praia Clube e Vôlei Renata contam com jogadores que estão brilhando na Superliga Masculina 2025/26. O time de Uberlândia tem o ponteiro Franco, maior pontuador da temporada até o momento, o central Wennder, segundo maior bloqueador da competição, e os ponteiros Paulo Vinicios e Lucas Lóh, ambos com passagens pela Seleção Brasileira. A equipe de Campinas, por sua vez, aposta em destaques como o ponteiro Adriano, que defendeu o Brasil nas Olimpíadas de 2024, o central Judson, também com passagem pela Seleção Brasileira, e o oposto Bruno Lima, 5° maior pontuador da Superliga até o momento.

"A expectativa é muito boa, tenho certeza que será um grande jogo no Maranhão e convidamos o torcedor para apoiar a gente. Vai ser um grande espetáculo. Eu nunca fui ao Maranhão, estou ansioso para conhecer, acredito que vai acolhedor e com a casa cheia para torcer por nós", afirma Paulo Vinicios.

Ingresso solidário

As entradas para a partida da Superliga Masculina entre Praia Clube e Vôlei Renata em São Luís já estão à venda, com destaque para as opções do ingresso solidário nos setores Prata, Ouro e Experiência Quadra, que proporciona um momento único para os torcedores maranhenses apaixonados por vôlei.

O ingresso solidário para o jogo entre Vôlei Renata e Praia Clube em São Luís conta com um desconto de praticamente 50% do valor em relação ao ingresso inteiro, o que torna essa entrada uma ótima opção para os torcedores maranhenses. Para validar esse ingresso, o torcedor terá que entregar 2kg de alimento não perecível na entrada do Ginásio Castelinho.

O setor Experiência em Quadra, por sua vez, é uma área especial no Ginásio Castelinho, com serviços de open bar de água, sucos e refrigerantes, além de open food com salgadinhos, bolos e lanches. Além de toda essa comodidade, os torcedores vão poder acompanhar a partida da Superliga Masculina na beira da quadra, vibrando bem de perto por seus ídolos.

Além disso, o jogo entre Vôlei Renata e Praia Clube terá as meias-entradas válidas por lei para estudantes, professores, idosos, policiais militares, bombeiros, doadores de sangue e PCDs, cujos acompanhantes também têm direito ao ingresso com 50% de desconto em relação ao valor integral.

Os ingressos para o duelo entre Praia Clube e Vôlei Renata no Ginásio Castelinho estão sendo comercializados no site e no app Banca do Ingresso. A venda física, por sua vez, ocorre na sede da Federação Maranhense de Vôlei (FMV), que fica localizada na Arena Domingos Leal, na Lagoa da Jansen, em São Luís.

Outras informações sobre o jogo entre Praia Clube e Vôlei Renata no Ginásio Castelinho estão disponíveis no Instagram oficial do evento (@superliganomaranhao).

VALORES DOS INGRESSOS PARA PRAIA CLUBE X VÔLEI RENATA EM SÃO LUÍS

Cadeira Prata

Meia-entrada: R$ 60

Solidário: R$ 70 + 2kg de alimento

Inteira: R$ 120

Cadeira Ouro

Meia-entrada: R$ 120

Solidário: R$ 130 + 2kg de alimento

Inteira: R$ 240

Experiência Quadra

Meia-entrada: R$ 250

Solidário: R$ 300 + 2kg de alimento

Inteira: R$ 500 

POSTOS DE VENDA

- Banca do Ingresso (site e app)

- Sede da FMV (Arena Domingos Leal) / Segunda-feira: 14h às 18h - Terça a sexta: 9h às 12h / 14h às 18h

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Rio de Janeiro (RJ), 18/08/2024 - Candidatos chegam para as provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU)na UERJ, zona norte da cidade. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Os candidatos da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2025) aprovados na primeira etapa do certame e classificados para a segunda fase poderão conferir os locais das provas discursivas a partir das 16h (horário de Brasília) desta segunda-feira (1º).

A prova discursiva do certame será realizada em 7 de dezembro em 228 cidades de todas as unidades da Federação, como ocorreu na primeira etapa, em 5 de outubro.

Cartões de confirmação

Os locais de provas serão informados no Cartão de Confirmação de Inscrição de cada um dos 42.499 candidatos habilitados na primeira fase e classificados para a segunda etapa.

O documento poderá ser acessado na página virtual do concurso unificado, no site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a banca examinadora do processo seletivo. Basta digitar o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha única da plataforma de serviços digitais do governo federal, o Gov.br.

A lista  dos convocados foi divulgada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) em 12 de novembro e pode ser conferida no site da FGV.

Além dos locais das provas discursivas, o cartão de inscrição informa dados como o número de inscrição, a data, a hora e o número de sala de aplicação da prova.  O documento ainda pode registrar se a pessoa inscrita tem direito a atendimento especializado ou tratamento pelo nome social, se solicitado pelo candidato, no momento da inscrição.

Apesar de não ser obrigatório, o Ministério da Gestão e a FGV recomendam levar o cartão impresso no dia da realização da prova para facilitar a localização.

Horários

De acordo com o edital, no dia da prova os portões de todos os locais de aplicação serão fechados, pontualmente, às 12h30, portanto, 30 minutos antes do início das provas discursivas, observado o horário de Brasília.

Para cargos de nível superior, a prova discursiva terá duração de três horas e será realizada das 13h às 16h.

Já os candidatos a cargos de nível intermediário farão as provas em horário reduzido, de  duas horas: das 13h às 15h.

Prova discursiva

Para cargos de blocos temáticos de nível superior, a prova será formada por duas questões discursivas, valendo 45 pontos.  

Para nível intermediário, a avaliação será composta por uma redação dissertativa, com valor total de 30 pontos. 

Os textos deverão ter até 30 linhas e serão avaliados a partir de dois critérios:

  • conhecimentos específicos (50% da nota total para nível superior);
  • domínio da língua portuguesa (50% da nota para os cargos de nível superior e 100% para nível intermediário).

A prova deve ser escrita à mão, com caneta esferográfica azul ou preta, e somente o texto transcrito na folha definitiva será considerado para correção.

CNU 2025

O chamado Enem dos Concursos oferece 3.652 vagas distribuídas em 32 órgãos do governo federal. Do total, 3.144 são para cargos de nível superior e as demais (508) são de nível intermediário.

Este concurso público também tem o objetivo de formar um banco de candidatos aprovados em lista de espera para cargos de níveis superior e intermediário.

O MGI informa que 2.480 vagas são de preenchimento imediato e as outras 1.172 vagas para provimento no curto prazo, após a homologação dos resultados​.

Os cargos serão agrupados em nove blocos temáticos. O MGI repetiu o modelo adotado na primeira edição do CNU, o de inscrição do candidato para diferentes cargos dentro do mesmo bloco, com definição de lista de preferência​ pelo próprio candidato.

O CNU 2025 registrou 761.528 inscrições confirmadas, inscritos de todos os estados brasileiros, de 4.951 municípios.

Confira mais em Concurso Público Nacional Unificado.

(Fonte: Agência Brasil)

O Instituto Maranhense de Deficientes Visuais (IMDV) lança mais uma importante iniciativa na área do esporte inclusivo, ampliando o acesso ao judô para crianças e adolescentes com deficiência e, também, para jovens da comunidade em situação de vulnerabilidade. O projeto conta com patrocínio do governo federal, apoio do Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpicos (CBCP), Instituto IAFFA, SPEED Wrap Diamond, e realização do IMDV. 

Inclusão pelo Esporte 

A iniciativa oferece formação esportiva gratuita, com equipe técnica especializada composta por instrutores de judô, monitores, fisioterapeutas e auxiliares. O projeto foi viabilizado por meio de uma emenda parlamentar do deputado federal Márcio Jerry, aprovada pela Secretaria Nacional de Paradesporto do Ministério do Esporte. 

O presidente do IMDV, Etevaldo Santos, destaca que o judô se tornou um dos principais instrumentos de transformação para crianças e adolescentes atendidos pela instituição. “O esporte tem mudado vidas dentro do IMDV. Esta conquista é de todo o Instituto — da Diretoria, do Vice-Presidente Madhya Castro de Amorim, da Keila da Costa Pires e do Ailton Barros, diretor de esporte do IMDV,” afirmou.

Ele reforça a missão social do projeto: “Queremos alcançar crianças e jovens de vários bairros e cidades, ampliando dignidade e oportunidades. Que o Instituto seja um porto seguro capaz de abrir os braços e acolher quem mais precisa”. 

Vitórias Recentes e Expansã

O IMDV vem acumulando conquistas expressivas no judô paralímpico. No Grand Prix de Parauapebas 2024, a equipe trouxe três medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze, reforçando o alto nível técnico desenvolvido. No Grand Prix e na Copa Loterias Caixa, realizados em São Paulo, o IMDV voltou ao pódio, com uma medalha de prata e uma de ouro. 

Além do trabalho esportivo, o projeto atende crianças com autismo (TEA), TDAH, deficiência visual e, também, jovens sem deficiência, fortalecendo vínculos e promovendo convivência inclusiva no tatame.

Curiosidades

Sobre o IMDV

- Fundado originalmente em 2000 com o nome UMDV, tornou-se IMDV em 2024.

- Atua na defesa de direitos e inclusão de pessoas com deficiência. – Mantém projetos esportivos, sociais e culturais.

- Tem sede no Bairro da Jordoa, área com alto índice de vulnerabilidade. 

Sobre o Projeto de Judô

- Atende crianças e adolescentes de 7 a 17 anos.

- Reúne participantes com e sem deficiência em atividades integradas.

- Busca ampliar o alcance para bairros e municípios da Grande Ilha.

- É considerado, hoje, a principal ação de inclusão esportiva do Instituto.

Instagram: @instituto.imdv

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Alunos em sala de aula. Foto: Sam Balye/Unsplash

O Ministério da Educação (MEC) paga, nesta segunda-feira (1º), a nona parcela do programa Pé-de-Meia de 2025 aos beneficiários nascidos nos meses de novembro e dezembro.

O programa federal é voltado aos estudantes do ensino médio inscritos até 7 de fevereiro de 2025, no Cadastro Nacional de Programas Sociais do governo federal (CadÚnico). Eles devem estar matriculados na rede pública regular e ter entre 14 e 24 anos de idade, ou na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), com idade de 19 a 24 anos. Todos precisam ter Cadastro de Pessoa Física (CPF) regular.

Para ter direito ao benefício do incentivo frequência, os alunos devem ter presença mínima de 80% nas aulas.

Nesta nova etapa, a Caixa Econômica Federal – responsável pela gestão dos recursos repassados pelo MEC – aponta que, ao todo, cerca de 3,2 milhões de estudantes de escolas públicas receberam o benefício no valor de R$ 200.

Pagamento escalonado

Os pagamentos do incentivo-frequência ocorrem conforme o mês de nascimento dos alunos que estão matriculados em uma das três séries do ensino médio, na rede pública de ensino.

Confira o calendário desta nona parcela do incentivo frequência:

  • nascidos em janeiro e fevereiro recebem em 24 de novembro;
  • nascidos em março e abril, em 25 de novembro;
  • nascidos em maio e junho, em de 26 de novembro;
  • nascidos em julho e agosto, em 27 de novembro;
  • nascidos em setembro e outubro recebem em de 28 de novembro;
  • nascidos em novembro e dezembro, em 2 de dezembro.

Depósitos

As parcelas da chamada poupança do ensino médio de 2025 são depositadas em uma conta poupança da Caixa Econômica Federal, aberta automaticamente em nome de cada um dos estudantes elegíveis para o programa.

Se o estudante tiver 18 anos ou mais, a conta já estará desbloqueada para movimentação imediata do valor recebido pelo incentivo frequência. O banco público avisa que é possível solicitar de forma gratuita o cartão Pé-de-Meia no aplicativo Caixa Tem, o que permite o uso dos recursos financeiros em compras e pagamentos.

Se o participante desejar, o valor também pode ser sacado nos terminais de autoatendimento, mesmo sem o cartão, apenas com o uso da identificação biométrica previamente cadastrada.

No caso de menor de idade, será necessário que o responsável legal autorize a movimentação da conta. O consentimento poderá ser feito no próprio aplicativo ou em uma agência da Caixa.

Conferência

O participante poderá consultar no aplicativo Jornada do Estudante do MEC informações escolares, regras do programa e status de pagamentos (rejeitados ou aprovados).

As informações relativas ao pagamento também podem ser consultadas no aplicativo Caixa Tem ou no aplicativo Benefícios Sociais.

Incentivos

A chamada Poupança do Ensino Médio tem quatro tipos de incentivo financeiro-educacional:

  • incentivo-matrícula: por matrícula registrada no início do ano letivo, valor pago uma vez por ano, no valor de R$ 200;
  • incentivo-frequência: por frequência mínima escolar de 80% do total de horas letivas. Para o ensino regular, são nove parcelas durante o ano de R$ 200.
  • incentivo-conclusão: por conclusão e com aprovação em cada um dos três anos letivos do ensino médio e participação em avaliações educacionais, no valor total de R$ 3 mil. O saque depende da obtenção de certificado de conclusão do ensino médio;
  • incentivo-Enem: paga após a participação nos dois dias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no ano que o estudante conclui o 3º ano do ensino médio. Os R$ 200 são pagos em parcela única.

Desta forma, a soma do incentivo financeiro-educacional pode alcançar R$ 9,2 mil por aluno, no fim do 3º ano do ensino médio.

Pé-de-Meia

Criado em 2024, o programa do governo federal é voltado a estudantes de baixa renda do ensino médio da rede pública.  A iniciativa funciona como uma poupança para promover a permanência e a conclusão escolar nessa etapa de ensino. Saiba aqui.

O MEC esclarece que não há necessidade de inscrição. Todo aluno que se encaixa nos critérios do programa é incluído automaticamente na iniciativa do governo federal. O MEC apenas verifica os dados fornecidos pelas redes de ensino dos estados e do Distrito Federal e pelo CadÚnico.

Para tirar dúvidas sobre o programa Pé-de-Meia, o Ministério da Educação criou um site com perguntas e respostas. Confira aqui.

(Fonte: Agência Brasil)

Rio de Janeiro (RJ) 13/11/2024 – Obras da exposição Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Redes de ensino de todo o país adaptaram os currículos e processos formativos para cumprir a  legislação brasileira desde o ano de 2003, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas da educação infantil ao ensino médio, mas questões religiosas e a falta de diálogo ainda representam um entrave, mesmo com mais de 20 anos. 

Em pleno mês da Consciência Negra, por exemplo, uma escola da rede pública paulista presenciou a entrada de policiais armados após um pai ter chamado os agentes pelo fato de a filha ter feito um desenho de orixá em uma atividade escolar. O caso foi criticado pelos pais, comunidade escolar e políticos.

Para atender à legislação, as escolas na capital paulista são abastecidas om obras com temática étnico-racial. Segundo a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, foram adquiridos 700 mil exemplares em 2022, entre obras infantis, juvenis e adultas.

As unidades também passam por processos formativos e contam com documentos de referência, como o documento “Orientações Pedagógicas: Povos Afro-brasileiros”, que traz diretrizes para subsidiar práticas de valorização das histórias e culturas afro-brasileiras, indígenas e migrantes. 

“As ações são acompanhadas pelo Núcleo de Educação para as Relações Étnico-Raciais (NEER), responsável por apoiar as unidades educacionais na implementação de práticas antirracistas e na integração desse acervo ao Currículo da Cidade”, informou a secretaria à Agência Brasil, em nota.

No âmbito estadual, as orientações ao corpo docente ocorrem pelo Programa Multiplica Educação Antirracista, conduzido pela Coordenadoria de Educação Inclusiva (COEIN) e da EFAPE (Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação). Desde 2024, 6,8 mil professores passam pela formação sobre cultura e religiosidade africanas. 

“Essa implementação assegura que os conteúdos sejam incorporados à rotina escolar como parte essencial da formação histórica e cultural dos estudantes”, explicou a Seduc-SP. 

“Eu não trabalho religião, eu ensino cultura”

Há mais de duas décadas, a professora Núbia Esteves leciona geografia para estudantes dos ensinos fundamental e médio. Premiada por sua atuação na preservação da memória escolar e do bairro onde se localiza a EMEF Solano Trindade, no Jardim Boa Vista, periferia da zona oeste de São Paulo, ela aplica o ensino da cultura afrodescendente em sua disciplina e em projetos interdisciplinares.

“Eu não trabalho religião. Eu trabalho os orixás fora da questão religiosa, considerando a questão cultural. Abordo os arquétipos culturais, a mitologia, com uma mitologia comparada”, explica.

Nas aulas da docente, os alunos aprendem como os orixás expressam características humanas e comparados a símbolos de outras crenças, como a proximidade entre Iansã e a deusa grega Atena, entre Oxum e Afrodite, entre Xangô e Zeus.

“Acabo fazendo um debate, porque povos tão diferentes criam mitos tão parecidos. E incluo o tema na concepção que estes povos têm sobre, por exemplo, a importância da preservação do meio ambiente e da importância que ele tem para a humanidade. Mostro como orixás que protegem o mar (Iemanjá), as matas (Oxóssi) e outros elementos da natureza”. 

Outra estratégia da docente é o uso de quadrinhos ou registros audiovisuais. “Dá para trabalhar com literatura, ler trechos de Pierre Verger ou Reginaldo Prandi, por exemplo, e aí criar quadrinhos e cordéis. Uma vez um aluno criou um quadrinho que era um orixá, conversando com um deus grego. É dessa maneira que eu começo a trabalhar, uso os quadros do Caribé, de mestre Didi e aí eu vou trazendo isso, sem trabalhar necessariamente a relação deles com as religiões”, conta a professora.

Rodas de conversa também fazem parte do currículo, momento de reflexão dos alunos sobre ética, convivência e valores individuais.

No entanto, a professora Núbia Esteves relata que já foi questionada por estudantes, por estaria tratando de religião em sala. 

“Falo para eles que não é essa questão, que o trabalho com os orixás é uma forma cultural e não religiosa. Apresento eles como parte da história, da arte, da literatura, da formação do Brasil, e que é uma herança que veio do continente africano, junto com as pessoas. Do mesmo jeito que a escola estuda a mitologia grega, as lendas indígenas, os santos em festas populares, também a gente pode trabalhar com os símbolos africanos, e que isso (essa resistência) foi construído nas pessoas na questão racial, dentro do racismo, que foi um projeto para que a gente demonizasse tudo que é africano, o que a gente não pode fazer”, pondera.

A cultura de origem religiosa é central para construção de uma educação antirracista, destaca.

“Eu posso trabalhar São João nas festas juninas, dentro de uma cultura popular, Santo Antônio também, nas obras barroco, isso não significa que eu estou falando de religião. Posso falar de todos esses símbolos e não necessariamente falar de religião, e que é importante a gente conhecer, porque a gente vai conhecendo a cultura de um outro povo, a gente vai descolonizando e vai desmistificando e vai sendo menos racista”, conclui a docente. 

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 11/02/2025 - Mulheres negras na ciência. Foto: krakenimages.com/Freepik

Pesquisa Juventudes Negras e Empregabilidade mostra que, embora o acesso de jovens negros à educação tenha aumentado, esse aumento não tem se refletido, na mesma proporção, na inclusão profissional. A pesquisa, divulgada na última semana na 4ª Conferência Empresarial ESG Racial, em São Paulo, foi elaborada pelo Pacto de Promoção da Equidade Racial em parceria com a Fundação Itaú.

O Índice ESG de Equidade Racial da Juventude Negra (IEERJN), utilizado no estudo, em 2023, era de aproximadamente -0,38 para Pós-Graduação e -0,29 para Ensino Superior. Quanto menor o índice, maior o descolamento entre educação e inclusão profissional. Já o Ensino Fundamental Completo registrava -0,01 (próximo à equidade) e o Fundamental Incompleto, cerca de +0,15.

“O Brasil está formando uma geração de jovens negros altamente qualificados, mas o mercado ainda não os absorve com equidade. Isso representa não apenas uma injustiça social, mas também uma perda econômica: estamos desperdiçando produtividade e inovação”, afirmou Gilberto Costa, diretor-executivo do Pacto de Promoção da Equidade Racial.

Segundo a pesquisa, a exclusão racial é mais acentuada nas profissões de maior remuneração, especialmente em engenharia, direito e tecnologia. Os dados mostram que jovens negros com ensino fundamental incompleto ou completo permanecem mais próximos da equidade racial ao longo dos anos, enquanto aqueles com maior escolaridade enfrentam barreiras maiores. O padrão detectado reforça a segregação ocupacional, que mantém pessoas negras predominantemente em cargos de baixa hierarquia e remuneração.

“O acesso à educação é fundamental para reduzir desigualdades. Porém, ainda que um profissional negro tenha a mesma formação de um profissional branco, esbarra em barreiras como o racismo no ambiente corporativo. A educação, sozinha, não é suficiente para promover equidade racial. É necessário enfrentar o racismo estrutural”, acrescentou Costa.

Jovens negras

O estudo mostra que a desigualdade é ainda maior sob a perspectiva de gênero. Mulheres jovens negras ocupam a base da hierarquia dos salários, e estão entre as que mais realizam trabalho doméstico não remunerado e são mais expostas à gravidez em idade precoce.

O IEERJN das mulheres jovens negras por escolaridade (RAIS) era, em 2023, -0,33 na Pós-Graduação; -0,31 no Ensino Superior; e -0,37 no Ensino Médio. No entanto, o índice aponta que, quando superam as barreiras de acesso à universidade, as jovens negras com ensino superior completo possuem melhores resultados em relação aos outros níveis analisados, com um histórico mais consistente de crescimento.

“Historicamente, as mulheres negras recorrem ao empreendedorismo como forma de sustentar as suas famílias, diante das dificuldades encontradas no mercado formal. Mesmo quando elas conseguem concluir o ensino superior e conquistar maior mobilidade social, não necessariamente estão em uma situação favorável. Muitas vezes, ainda precisam lidar com salários menores e dificuldade de acesso a cargos de liderança”, destacou Costa.

(Fonte: Agência Brasil)

São Paulo (SP) 18/08/2024 UNIP em São Paulo, candidatos  do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) a espera da abertura dos portões.

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Os candidatos da segunda edição Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2025) aprovados na primeira etapa do certame e classificados para a segunda etapa poderão conferir locais das provas discursivas a partir das 16h de segunda-feira (1º), no horário de Brasília.

A informação estará disponível no cartão de confirmação de inscrição que poderá ser acessado na página virtual do concurso, no site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), banca examinadora do processo seletivo. Basta digitar o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha da plataforma Gov.br.

A prova discursiva do concurso unificado será realizada em 7 de dezembro e será aplicada em 228 cidades, de todas as regiões do país, como ocorreu na primeira etapa, em 5 de outubro.

Cartão de confirmação

O documento do CNU 2025 é individual para cada um dos 42.499 candidatos aprovados e classificados nas provas objetivas do certame, realizadas em outubro.

A lista dos convocados pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) foi divulgada em 12 de novembro e pode ser conferida  no site da FGV.

Os 42,5 mil candidatos terão, além da informação sobre os locais das provas discursivas, o número de inscrição, a data, a hora e o local de prova.  O documento ainda pode registrar se a pessoa inscrita tem direito a atendimento especializado ou tratamento pelo nome social, se for o caso.

Apesar de não ser obrigatório, o MGI e a FGV recomendam levar o cartão impresso no dia da realização da prova para facilitar a localização.

Prova discursiva

Para cargos de blocos temáticos de nível superior, a prova será formada por duas questões, valendo 22,5 pontos cada, totalizando 45 pontos. 

Para nível intermediário, a avaliação será composta por uma redação dissertativo-argumentativa, com valor total de 30 pontos.

Os textos deverão ter até 30 linhas e serão avaliados a partir de dois critérios:

  • conhecimentos específicos (50% da nota total para nível superior);
  • domínio da língua portuguesa (50% da nota para os cargos de nível superior e 100% para nível intermediário).

A prova deve ser escrita à mão, com caneta esferográfica azul ou preta, e somente o texto transcrito na folha definitiva será considerado para correção.

Horário das provas

Para cargos de nível superior, a prova discursiva será realizada das 13 horas às 16 horas, no horário de Brasília.

Já os candidatos a cargos de nível intermediário farão as provas em horário reduzido: das 13h às 15h.

Os portões serão fechados às 12h30, meia hora antes do início das discursivas.

CNU 2025

O chamado Enem dos Concursos oferece 3.652 vagas distribuídas em 32 órgãos do governo federal. Do total, 3.144 são para cargos de nível superior e as demais (508) são de nível intermediário.

O CNU também tem o objetivo de formar um banco de candidatos aprovados em lista de espera para cargos de níveis superior e intermediário.

O MGI informa que 2.480 vagas são de preenchimento imediato e as outras 1.172 vagas para provimento no curto prazo, após a homologação dos resultados​.

Os cargos serão agrupados em nove blocos temáticos. O MGI repetiu o modelo adotado na primeira edição do CNU, o de inscrição do candidato para diferentes cargos dentro do mesmo bloco, com definição de lista de preferência​ pelo próprio candidato.

(Fonte: Agência Brasil)

Mãe Beth de Oxum. Festival de Comunicação, Culturas e Jornalismo de Causas. Foto: Divulgação

O festival de música brasileira Sonora Brasil encerra sua 27ª edição na cidade de Paraty (RJ), com shows gratuitos até domingo (30). Reconhecida como Patrimônio Vivo em Pernambuco, a percussionista Mãe Beth de Oxum celebrou a ancestralidade negra e a diversidade cultural do país durante apresentação, na última quarta-feira (26), ao lado da cantora lírica Surama Ramos e do maestro e multi-instrumentista Henrique Albino.

Promovido pelo Sesc, o projeto Sonora Brasil percorre o país levando uma combinação de artistas ou grupos de diferentes tendências musicais que representam a diversidade regional da música brasileira. No biênio 2024-2025, circularam pelo Brasil dez dessas combinações de artistas, fruto de uma curadoria do Sesc. Eles apresentaram shows inéditos, misturando referências, estilos e instrumentos, nas cinco regiões do país.

“Os teatros lotados. As pessoas vinham para os shows da cultura popular. Essa é uma possibilidade da gente ‘desesconder’, descortinar nossa cultura, que é uma cultura secular. A zabumba que eu estava tocando ontem tem mais de 100 anos, foi dos bisavós. Isso é memória. Isso é a ancestralidade. No entanto, essa música não é vista, não é conhecida”, disse Mãe Beth de Oxum, em entrevista à Agência Brasil.

O show que resultou do encontro da dupla Surama e Henrique com Mãe Beth de Oxum e sua família levou o nome de Apejó, que significa “encontro” em Iorubá. “É o encontro da música de uma cantora lírica com um maestro e os tambores ancestrais da minha casa. É o encontro de uma mulher negra que vem da igreja - que já reconheceu todos seus valores a partir da universidade – comigo, uma mulher que me reconheço negra no terreiro”, contou Mãe Beth.

Junto da filha Alice Ialodê e do marido Mestre Quinho, Mãe Beth trouxe para o festival o coco de umbigada, uma manifestação do tradicional coco de roda, que ganhou novos arranjos e as vozes de Surama e Henrique. A dupla, por sua vez, trouxe composições próprias, que incorporaram a percussão do coco de umbigada.

Para Mãe Beth, o país precisa de projetos como esse, que possam mostrar a beleza, a força e a diversidade da cultura brasileira. “Principalmente a cultura negra, a cultura das tradições, dos terreiros de matriz africana e afro-indígenas no nosso país. E também trazer a música ancestral, a música da minha família, que é a música do coco de roda, [junto a] essa música contemporânea, da universidade, de orquestras, com os arranjos”.

“A gente, de fato, tem certeza que é uma sonoridade nova pernambucana, porque nunca houve uma mistura de coco de umbigada com música eletrônica e com harmonias. Então, a gente sabe que revolucionou nesse tempo de criação do nosso espetáculo Apejó”, celebrou Surama Ramos.

A cantora, que entre seus trabalhos tem um duo formado com Henrique Albino, disse que o encontro com Mãe Beth de Oxum surgiu como uma forma de se reconectar com sua ancestralidade.

“Tudo que eu não fui ensinada religiosamente na infância por uma família que me negou tudo de cultura afro-brasileira, Mãe Beth vem e me presenteia”.

Tempos e Territórios

Uma das responsáveis pelo festival e analista de música do Departamento Nacional do Sesc, Renata Pimenta explicou que o tema da edição deste ano – Encontros, tempos e territórios – teve o objetivo de reunir diferentes gerações de artistas e que dividissem o mesmo estado. 

“Os tempos diferentes que é a coisa das gerações. Mas o território, que foi o mais interessante, porque em alguns encontros a gente tem uma territorialidade completamente diferente, vindo da mesma cidade às vezes”, ressaltou Renata.

No evento de encerramento, em Paraty, houve, ainda, o lançamento da série documental Sonora Brasil – Encontros, Tempos e Territórios, produzida pelo SescTV. Cada episódio mostra um desses encontros de artistas que o projeto Sonora Brasil propiciou. Eles puderam contar um pouco da trajetória na música e o que os levou para o palco do festival. Os episódios da série estão disponíveis no Sesc Digital, com acesso gratuito.

“Em outros anos, a gente fez muito backstage [bastidores]. Esse ano, a gente quis fazer de uma maneira mais poética mesmo, [questionando] ‘o que te guia? O que te dá vontade de tocar? O que te liga com a música?’ No sentido de [entender] qual foi o caminho que [o artista] fez para chegar até aqui nesse palco”, disse Renata.

No biênio 2024-2025, período desta 27ª edição, foram mais de 300 apresentações musicais em cerca de 70 cidades do país. Ela contou que a logística na Região Norte do país foi um dos elementos desafiadores do projeto, mas transpor essa dificuldade é justamente um dos objetivos do festival.

“É difícil não citar o Norte nesse sentido de circulação, porque a gente vê na pele o quanto a nossa infraestrutura de transporte [no país] é complexa. É superdesafiador. Então, não tem muita gente fazendo”, disse Renata, acrescentando que, em um modelo de circuito comercial, esse projeto não existiria. “Ele existe numa lógica de uma empresa que é social e que valoriza a cultura”.

Para o multi-instrumentista Henrique Albino, viajar pelo Brasil se apresentando é uma das melhores coisas que existem enquanto artista.

“Porque o Brasil é um país tão diverso, tão gigantesco e parece que são vários Brasis que a gente vai conhecendo”.

“Quando a gente se apresenta nos lugares, a gente faz uma relação com o público, que foi uma das coisas mais incríveis. Todo mundo tem um pezinho em Olinda. Em todos os shows, a gente perguntava: ‘Alguém aqui já foi para Olinda?’ Sempre levantava a mão um monte de gente”, contou.

Em relação a desenvolver outros projetos em parceria com Mãe Beth, ele conta que já convidou a percussionista para interpretar e compor em seu novo disco. Além disso, eles pretendem gravar um disco do espetáculo montado especialmente para o Sonora Brasil, e que teve boa repercussão nas apresentações. “Agora, a gente colou e não descola mais, não”, disse.

Os shows de encerramento ocorrem no Sesc Caborê, em Paraty (RJ), até domingo (30), com entrada gratuita.

Sexta-feira (28/11)

18h – Exibição de episódio da série documental sobre Mestre Negoativo & Douglas Din (MG)

19h – Apresentação musical Mestre Negoativo (MG)

Sábado (29/11)

10h – Roda de conversa com artistas Manoel Cordeiro, Felipe Cordeiro e grupo Mundiá Carimbó

18h- Exibição de episódio da série documental sobre Geraldo Espíndola & Marcelo Loureiro (MS)

19h- Apresentação musical Geraldo Espíndola & Marcelo Loureiro (MS)

Domingo (30/11)

16h – Exibição de episódio da série documental sobre Manoel Cordeiro & Felipe Cordeiro (PA)

17h – Apresentação musical Manoel Cordeiro & Felipe Cordeiro (PA)

18h30 – Apresentação musical Mundiá com participação de Manoel Cordeiro (PA)

(Fonte: Agência Brasil)

Um espetáculo gratuito protagonizado por centenas de estudantes da rede municipal de ensino e que promete emocionar crianças e adultos em São Luís. Trata-se do Projeto Ópera para Todos, iniciativa que vai transformar a Praça Maria Aragão em um grande teatro ao ar livre no próximo domingo (30), a partir das 19h. 

O Ópera para Todos é um projeto com o objetivo de alfabetizar crianças utilizando a arte. O grande diferencial desta iniciativa, que possui o patrocínio da Equatorial Energia, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do governo do Estado do Maranhão, e o apoio da Prefeitura de São Luís, é estimular a leitura e a escrita dos alunos a partir da ópera, desenvolvendo, ainda, o lado criativo e cultural das crianças. 

Nesta edição, o Ópera para Todos foi desenvolvido em quatro escolas municipais: Maria Alice Coutinho (Turu), José Sarney (Itapiracó), Luiz Pinho Rodrigues (Divineia) e Leonardo da Vinci (Angelim). São estes estudantes de 6 a 8 anos de idade que estarão no palco montado na Praça Maria Aragão no domingo encenando a ópera “Carmen” de Georges Bizet. 

“O Ópera para Todos é voltado para crianças de 6 a 8 anos porque ele é um projeto de alfabetização. A arte é utilizada para alfabetizar, que é um dos processos mais complexos da escolaridade. Por isso, usar o texto da ópera na escola motiva muito mais as crianças para aprender a ler e escrever”, explicou a educadora Ceres Murad, idealizadora e responsável pelo projeto que, em 2025, completa 28 anos de existência sendo um poderoso instrumento pedagógico capaz de alfabetizar. 

A ópera em sala de aula 

Dentro do desenvolvimento infantil, a alfabetização corresponde a uma das etapas mais importantes porque ela vai além do processo de ensinar uma criança a ler e escrever. De acordo com a Unesco, ela é “um processo de aquisição de habilidades cognitivas básicas” que prepara a criança a pensar, argumentar e interagir com o mundo ao seu redor. 

Para despertar o interesse das crianças no aprendizado, o Projeto Ópera para Todos utiliza os estudos de peças da música erudita. Os pequenos leitores são guiados por personagens fascinantes, enredos envolventes e melodias encantadoras. 

“Existe uma preocupação muito grande com a questão intelectual das crianças, com o que elas aprendem academicamente. No meio disso, cuidamos dos aspectos socioemocionais das crianças, a educação das emoções, dos sentimentos e do pensar, que não pode ser esquecida. Quando pensamos ou duvidamos se as crianças são capazes de pensar, de sentir e de refletir sobre os fatos da vida, o Projeto Ópera para Todos nos mostra que basta utilizar a arte para sensibilizar as crianças. Tudo isso colocado com emoção e com sentimento com a música, leva as crianças a refletirem profundamente”, revela Ceres Murad. 

Durante as atividades em sala de aula, os alunos produzem textos próprios com mais significado, ampliam sua visão de mundo e culminam seu aprendizado com a encenação da ópera estudada. 

“O Ópera para Todos é um projeto cultural, mas ele é um projeto de alfabetização porque na medida em que as crianças escrevem sobre os temas de cada ópera, elas atingem um nível de escrita muito grande. E, a cada ano, elas escrevem um livro recontando a história trabalhada em sala de aula. Além disso, elas ainda se apresentam em praça pública. Em 2025, a apresentação será da ópera Carmen no próximo dia 30 de novembro”, concluiu a educadora Ceres Murad. 

“Carmen” 

Em 2025, a ópera escolhida para ser trabalhada no processo de alfabetização dos estudantes foi “Carmen”. Na ópera de Georges Bizet, o soldado Don José se apaixona perdidamente pela sedutora cigana Carmen, abandonando tudo por ela. No entanto, Carmen se cansa de José e se envolve com o toureiro Escamillo. Tomado pelo ciúme e pela obsessão, Don José tenta reconquistá-la, mas ela o rejeita. A obra explora temas como liberdade, paixão e destino, com música vibrante e envolvente. 

Projeto premiado 

O Projeto Ópera para Todos é uma iniciativa que já faz parte do calendário cultural da capital maranhense. O uso de uma metodologia própria e revolucionária desenvolvida pela professora Ceres Murad tem o reconhecimento nacional. 

Em 2003, o projeto recebeu o Prêmio Darcy Ribeiro de Educação – a mais importante comenda concedida pela Câmara dos Deputados na área de Educação – por despertar o interesse de crianças de baixa renda pela leitura e escrita por meio da ópera. A iniciativa foi destaque por seu trabalho pioneiro na área da alfabetização que privilegia o envolvimento da literatura desde as primeiras classes da pré-escola.

Importante destacar, ainda, que o Ópera para Todos foi um dos projetos semifinalistas do Prêmio LED 2025 – Luz na Educação. A premiação nacional foi criada para valorizar iniciativas engajadas em inovar o setor educacional brasileiro promovendo transformações reais que acelerem novas formas de ensinar e aprender.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

– "[...] o mundo restará o mesmo sem minha quota de angústia e sem minha parcela de nada".

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Há dez anos, em 28 de novembro de 2015, a Poesia maranhense e universal perdeu um Poeta maranhense e universal.

Na madrugada daquele dia, um sábado, Nauro Diniz Machado morreu.

Por mais que digam que poetas não morrem, isso é só uma liberdade... poética.

Poetas morrem, sim, embora possa não morrer a poesia de cada um, poesia que, paradoxalmente, com a morte de um poeta, até pode se tornar mais vívida e vivida.

Nauro Machado havia completado em 2015 seus exatos 80 anos de nascimento (em São Luís, dia 2 de agosto de 1935).

Se sua poesia era universal, o poeta era provinciano, isto é, gostava de ficar, de permanecer em sua cidade natal, dela só se afastando para raras incursões fora do estado.

Desde a década de 1970 que conheço Nauro. Conheci-o por intermédio do jornalista e escritor teresinense-caxiense Vítor Gonçalves Neto: eu escrevia, adolescente, uma página literária no jornal "O Pioneiro", de Caxias, dirigido pelo Vítor (falecido há 36 anos, em 1989). 

Em Caxias, Imperatriz e São Luís reencontrei Nauro Machado em momentos fortuitos. Apenas uma vez combinamos um encontro, um almoço, momento que juntos partilhamos em Imperatriz.

Tenho e mantenho dele boa imagem como pessoa, agradável e sem "intelectualismos" nas conversas que (man)tivemos, bem humorado, apesar da gravidade do rosto nas fotos.

Chego a dizer que, pelo menos nos momentos comuns que dividimos, Nauro Machado era um sujeito muito simples. Claro que, aqui e acolá, se a conversa descambava para algo mais, digamos, sofisticado em termos de Literatura, ali estava o literato à altura.

Sua obra, então, nem se fala: mentes mais competentes dela já falaram e vêm falando, analisando, avaliando... com as melhores notas.

Se Nauro era ou parecia ser um sujeito comum, sua obra, não.

Nauro, filho de "seu" Torquato e dona Maria de Lourdes, marido de Arlete (escritora de ótimas obras), homem versado nas Artes e na Filosofia, partiu há dez anos para o desvelamento do mistério pós-morte.

Em verso não metrificado, Nauro media-se a si mesmo, ao dizer que estava ocupando...

...  "o espaço que não é meu, mas do universo",...

... "espaço do tamanho do meu corpo aqui, enchendo inúteis quilos de um metro e setenta e dois centímetros [...]".

Nesse poema "do ofício", Nauro menciona aqueles que o...

... "mandam pro inferno, se inferno houvesse pior que este inumano existir burocrático".

Também ouve ou identifica "o escárnio da minha província" e vaticina (pois que é um vate...) que...

... "o mundo restará o mesmo sem minha quota de angústia e sem minha parcela de nada".

Liberdades poéticas e sensibilidades literárias à parte, claro que Nauro Machado era, com Ferreira Gullar e José Salgado Maranhão, a grande referência maranhense contemporânea além-Maranhão na difícil arte da grande "ars poetica".

Claro que seu espaço ia além, muito além, dos autocentimetrados 172 centímetros.

Claro que o inferno não é uma escolha nem lugar para onde se mande, se ele existir  –  como o verso nauriano se permitiu duvidar.

Claro que não há escárnio –  só ex-carne.

E claro que o mundo e a Vida continuarão sem Nauro –  pois é do mundo e da Vida continuarem, ainda que sem um ser que sabia observá-los,...

... sabia absorvê-los...

... e sabia (re)pintá-los com originais pinceladas de letras.  (EDMILSON SANCHES)

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OPINIÕES (novembro/2018)

"Nauro Machado, um gênio da poesia brasileira. O texto ficou excelente, Sanches." (PAULO RODRIGUES, professor e poeta caxiense, residente em Santa Inês-MA, 1º presidente da Academia de Letras de Santa Inês).

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"Texto excelente e, como sempre, merecida, atenta lembrança e oportuno registro do valor de honoráveis personagens da vida e história da nossa terra." (NESTOR ARAUJO MORAIS VIEIRA, advogado maranhense, residente em Boa Vista-RR).

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"O Maranhão da nossa poesia referencial pode muito bem ser batizado de NAURANHÃO. Um poeta imenso." (CARVALHO JUNIOR, professor, gestor escolar, poeta e ativista cultural maranhense, de Caxias. Falecido em 30/3/2021).

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"Perdi um irmão, e o Maranhão, o seu maior poeta do século XX". "Edmilson Sanches, Nauro, filho de Torquato e Maria, marido de Arlete e pai de Fred [o grande cineasta]". (FERNANDO BRAGA, advogado e escritor maranhense, residente em Brasília-DF. Falecido em 11/3/2022).

* EDMILSON SANCHES

Foto:

O poeta maranhense Nauro Machado