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Sessenta crianças entre 8 e 12 anos vão participar da quarta edição da Escolinha Gol de Placa, iniciativa patrocinada pelo governo do Estado do Maranhão e pela Construnorte Materiais de Construção, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. O projeto vai proporcionar, na cidade de Bacabal (MA), treinos de futebol e aulas de reforço escolar para as crianças participantes de forma gratuita. O lançamento do Gol de Placa ocorreu no último fim de semana, na Associação Atlética Boa Vida, local que será utilizado para as atividades semanais. 

O objetivo da Escolinha Gol de Placa é unir educação e esporte em um mecanismo capaz de ser de inclusão social. Para participarem dos treinamentos e das atividades escolares, todos os 60 alunos desta edição do projeto receberam um kit com o material esportivo necessário (uniforme, chuteiras, caneleiras e bolsas esportivas), além de cadernos e garrafinhas de água individuais. 

“Estamos muito felizes em estarmos chegando à quarta edição da Escolinha Gol de Placa, que é uma iniciativa fundamental para o desenvolvimento da sociedade e que já transformou a vida de várias famílias em Bacabal. Mais uma vez, ressaltamos a importância de aliar esporte e educação, contribuindo na formação e na saúde das crianças. Fica o nosso agradecimento ao governo do Estado e à Construnorte por acreditarem nessa iniciativa”, afirmou o coordenador do projeto, Kléber Muniz. 

Gol de Placa

A Escolinha Gol de Placa nasceu em dezembro de 2018 com o objetivo de atender crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social nas comunidades carentes de Bacabal por meio da prática do futebol. O esporte é importante como expressão de cultura e de inclusão social, ajudando no desenvolvimento e  na transformação humana, além de proporcionar mais saúde e agregar valores para capacitar pessoas a ingressarem construtivamente na sociedade. 

Os atletas da Escolinha Gol de Placa participam de aulas teóricas e práticas voltadas para iniciação e treinamento do esporte, em atividades desenvolvidas por profissionais capacitados, que seguirão uma metodologia especializada e pensada exclusivamente para os jovens alunos. Além de contarem com acompanhamento escolar e pedagógico semanal, as crianças do projeto também recebem alimentação nos dias de treinos. 

Todas as informações sobre a quarta edição da Escolinha Gol de Placa estão disponíveis no Instagram oficial do projeto (@goldeplacabacabal).

(Fonte: Assessoria de imprensa)

O último fim de semana foi de grande emoção para a equipe de tênis de mesa do Fórum Jaracaty. Nesta quinta etapa do TMB Estadual em 2023, o projeto, que conta com o incentivo da Equatorial e do governo do Maranhão por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, conquistou 10 medalhas, o que deixou a equipe em terceiro lugar no Troféu Eficiência da competição, realizada na AABB, em São Luís. 

Paola Morais liderou o quadro de medalhas para o Fórum. Nas categorias Sub-19 e Sub-21, a atleta subiu no lugar mais alto do pódio. No Absoluto B Feminino, Paola conquistou o bronze, mantendo, assim, a ótima campanha nas etapas estaduais do tênis de mesa. 

Também no pódio, Ingrid Saraiva conquistou a prata nas duas categorias em que participou (Sub-19 e Sub-21). Recém-estreantes nos campeonatos da modalidade, Clara Birino e Marília Ramos encerraram a quinta etapa do TMB Estadual recebendo medalhas. Enquanto Clara faturou duas medalhas de bronze, Marília conquistou o bronze na categoria Sub-21 Feminino.

Entre os meninos, Esdras Santos (Sub-15 Masculino) e Hian Sá (Sub-21 Masculino) conquistaram a medalha de bronze em suas respectivas categorias. Com o saldo de 10 medalhas, a equipe do Fórum Jaracaty ficou em terceiro lugar no Troféu Eficiência da competição. 

Mesmo com algumas baixas na equipe, o técnico Antônio “Buraco” Ferreira considerou bom o desempenho dos atletas no campeonato. “Alguns dos nossos atletas mais atuantes estão entrando no mercado de trabalho. Então, tivemos que nos adaptar à rotina deles. Ainda assim, a equipe que está aqui hoje deu o melhor de si e tem feito isso também nos treinos. O resultado pode ser visto: 10 medalhas para o projeto”, salienta o treinador.

TMB Challenge Plus

Antes de se destacarem no TBM Estadual, os atletas do tênis de mesa do Fórum Jaracaty subiram ao pódio da 15ª edição do TMB Challenge Plus, competição organizada pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) e realizada entre os dias 4 e 6 de agosto, em Teresina (PI). Durante o evento, que reuniu atletas de todo o Brasil, Paola Morais arrematou o ouro em todas as categorias que participou: o Sub-19, o Sub-21 e o Rating E Feminino. Já Júlio César Valentim, que competia por duas categorias, conquistou a medalha de bronze no Rating L Masculino. 

Fórum Jaracaty

O Fórum Jaracaty é um projeto que atua há quase duas décadas transformando a vida de crianças e adolescentes do Jaracaty e comunidades adjacentes e, atualmente, atende cerca de 200 em sua sede, com modalidades esportivas, informática e brinquedoteca. O projeto também fomenta atividades voltadas aos pais dos alunos e à comunidade em geral, como cursos profissionalizantes e palestras. 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

A cidade de Santo Amaro, distante 242km de São Luís, é um lugar famoso pela beleza de suas lagoas. Foi nesse cenário paradisíaco, que ocorreu, no último fim de semana, a terceira etapa do Campeonato Maranhense de Beach Tennis, competição promovida pela Federação de Beach Tennis do Maranhão (FBTM) com os patrocínios do governo do Estado e do Grupo Mateus por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. O evento atraiu centenas de atletas de diversas categorias que foram em busca de pontos para o ranking estadual da modalidade, que definirá os representantes do Maranhão na próxima edição do Campeonato Brasileiro de Beach Tennis.

As disputas dessa etapa do Campeonato Maranhense tiveram início na sexta-feira (18) e prosseguiram até domingo (20). Os jogos ocorreram às margens do Rio Alegre e reuniram os melhores atletas do Estado, que proporcionaram duelos emocionantes e de alto nível técnico. 

“Foi simplesmente incrível essa etapa em Santo Amaro. Tivemos grandes jogos em um cenário lindo e propício para a prática do beach tennis. A cidade acolheu a modalidade e os atletas de uma maneira muito especial. Ficamos felizes em conseguir expandir, cada vez mais, o nosso esporte aos quatro cantos do Maranhão. Só temos de agradecer ao governo do Maranhão e ao Grupo Mateus por acreditarem e valorizarem o beach tennis”, afirmou Menezes Júnior, presidente da FBTM. 

A etapa de Santo Amaro do Campeonato Maranhense de Beach Tennis contou com partidas em 17 categorias distribuídas entre os naipes masculino e feminino. Ao todo, mais de 250 atletas competiram no evento, que teve uma grande estrutura com 11 quadras montadas às margens do Rio Alegre. 

Antes de chegar a Santo Amaro, houve etapas do Campeonato Maranhense de Beach Tennis nas cidades de Imperatriz e de São Luís. Nesta temporada, ainda haverá a realização da quarta e última etapa no mês de setembro, em Balsas. 

Vale destacar que os quatro eventos somam pontos para o ranking estadual, que definirá os atletas da equipe maranhense que serão convocados para o Campeonato Brasileiro da Confederação Brasileira de Beach Tennis. O evento nacional ocorrerá em Recife (PE), entre os dias 2 e 5 de novembro. 

Transmissão ao vivo

Como forma de divulgar a modalidade, a terceira etapa do Campeonato Maranhense de Beach Tennis teve transmissão ao vivo pelo novo canal Linha dos 3, no YouTube. “O Linha dos 3 é um canal 100% maranhense ligado aos esportes de areia. A estreia das transmissões ocorreu na segunda etapa do Estadual em São Luís e continuou na etapa dew Santo Amaro. Estamos conseguindo valorizar a nossa modalidade e, com isso, vamos alcançar ainda mais pessoas e divulgar ainda mais as nossas competições”, explicou Menezes Júnior.  

RESULTADOS 3ª ETAPA

Sub-14

  1. Caio e Davi 

Feminino D

  1. Júlia Sousa e Vanessa Souaa
  2. Luana Rocha e Nayara Tavares 

Feminino C

  1. Paloma Trinta e Thálya Albuquerque
  2. Tayanne Soares e Thaís Galvão 

Feminino B

  1. Fernanda Santana e Tayara Carvalho
  2. Fernanda Heluy e Larissa Lassance 

Feminino 40+

  1. Aline Mafra e Patrícia Monteiro
  2. Jerciane Costa e Jercilene Bogea 

Feminino 30+

  1. Nathalia Couto e Tayara Carvalho
  2. Larissa Lassance e Ludimila Araújo 

Masculino Profissional

  1. José Eduardo e Marcelo Duarte
  2. Luís Pedreira e Paulo Kienby 

Masculino D

  1. Davih Paixão e Marcio Araújo
  2. Felipe Lima e Nilo Arouche 

Masculino C

  1. Kauan Silva e Matheus “Coruja”
  2. Igor Sousa e Samir Sotão 

Masculina B

  1. Bruno Barreto e Francisco Neto
  2. Thallisson Diego e Thalyson Diego 

Masculino A

  1. Francisco Neto e Rafael Diniz
  2. Fernando Mafra e Guilherme Mafra 

Masculino 50+

  1. Henrique Filho e Marcelo Moreira
  2. Flávio Melo e Samarone Meireles 

Masculino 40+

  1. Bojan Mamic e Luís Pedreira
  2. Jailson Santos e Márcio Silva 

Masculino 30+

  1. Bruno Barreto e Francisco Neto
  2. Anderson Santos e Artur Lobão 

Mista D

  1. João Neto e Nayara Tavares
  2. Raphael Prado e Roberta Batista 

Mista C

  1. Jurandir Paixão e Tayanne Soares
  2. Matheus Fialho e Thálya Albuquerque 

Mista B

  1. Larissa Lassance e Victor Vale
  2. Fernanda Santana e Mickson Guedes 

(Fonte: Assessoria de imorensa)

Criada em 2010, a Festa Literária de Santa Maria Madalena (Flim), no interior do Estado do Rio, abre sua 14ª edição na próxima sexta-feira (25), estendendo-se até domingo (27. O evento oferecerá ao público 76 atividades que incluem shows, mesas-redondas, palestras, lançamentos de livros, apresentações de canto e dança, exposições de artes plásticas e de fotografia, exposições das escolas locais, rodas de conversa, ciranda de poemas, feira de livros, feira de produtos locais e até um bloco de Carnaval.

O homenageado deste ano é o ilustrador e escritor de literatura infantojuvenil mineiro Julio Emilio Braz, que começou a publicar em 1989. Com mais de 150 livros publicados e adotados por escolas e professores do Brasil, Julio Emilio é bastante conhecido pela geração que está atualmente na faixa etária de 30 a 40 anos e que leu a obra dele na infância e na adolescência, informou à Agência Brasil a curadora da Flim, jornalista Terezinha Costa.

Durante a feira, Julio Emilio Braz vai lançar dois livros: Debaixo da Via Láctea e Na ponta de meus dedos. A Flim deste ano tem como tema Únicos e Plurais, que define a obra de Braz. De acordo com a curadora, “a obra dele é toda em cima de diversidade, mas também da identidade de cada pessoa, de cada grupo, de se reconhecer e aceitar sua identidade”. A obra do escritor aborda negros, gays, asiáticos, surfistas, gente da roça, gente urbana, terror, ficção científica, história policial. “Ao mesmo tempo, tem muito humor”, completou.

Começo

Terezinha Costa se mudou com o marido para Santa Maria Madalena, município da região serrana fluminense, em 2004. Na venda de beira de estrada que pertencia ao sítio onde foi morar, Terezinha abriu uma biblioteca em 2007, que funcionava um domingo por mês, onde as mães da região levavam suas crianças. Numa dessas ocasiões, uma pessoa sugeriu que Terezinha “inventasse” alguma atividade que pudesse ser feita na área urbana.

“Santa Maria Madalena é uma cidade que vem do tempo do café, e o centro histórico está ainda preservado, com seus casarões antigos. Como o cenário está pronto, pensei que seria interessante fazer uma festa literária ou algo parecido”, disse Terezinha. Ela, então, criou um projeto que acabou chegando às mãos do secretário de Educação e Cultura da época. “Ele me chamou, a gente conversou e resolveu fazer a primeira edição da Flim, que foi em 2010”.

Como a jornalista estava influenciada por ideias de desenvolvimento sustentável, acabou decidindo que, para ter sustentabilidade, o evento não poderia depender somente do setor público. “Senão, quando aquele secretário saísse, a feira ia morrer. Fomos conceituando dessa maneira, uma coisa que juntasse o que chamam de tripé da sustentabilidade: o Poder Público, a sociedade civil e os empresários”. Todas as ideias foram adaptadas para a escala local. “A sociedade civil era eu, no começo”.

Evolução

O projeto foi evoluindo ao longo do tempo e, em 2014, criou-se a Associação Pró-Cultura de Santa Maria Madalena. “Hoje, chegamos à décima quarta edição com um evento que é realizado pela prefeitura municipal, a Associação Pró-Cultura e o Convention Bureau”. Como o turismo também se estruturou de 2010 para cá, “até por influência da Flim”, uma técnica de turismo polonesa casada com um brasileiro virou liderança na área empresarial do turismo e fundou o Convention & Visitors Bureau na cidade. “Com isso, a gente passou a ter de fato aquele tripé, e o lado empresarial passou a ser menos amador, menos precário”. A feira literária é organizada pelas três instituições e liderada pela Associação Pró-Cultura.

Cabe a Terezinha Costa fazer a curadoria, pensar o conteúdo, que cresceu muito rapidamente. Todas as escolas municipais, a escola estadual de ensino médio e os três colégios particulares participam do evento desde o primeiro ano. A Flim une educação, cultura para toda a população e interesse econômico para ajudar a economia da cidade, terra natal da comediante Dercy Gonçalves. Seu túmulo, em forma de pirâmide de vidro, instalado na entrada do cemitério local, foi, durante muitos anos, atração turística, além do museu que leva o seu nome. “Até a Flim começar, basicamente a atração turística era a Dercy”.

Nesta 14ª edição, a feira reúne mais de 150 pessoas entre artistas, músicos, fotógrafos, conferencistas, escritores, editores, livreiros, declamadores e mediadores nas atrações oferecidas ao público local e aos turistas que chegam de diversas partes do país. Das 76 atividades programadas, 44 envolvem artistas e produtores de cultura madalenenses. As outras 22 atividades têm como atrações pessoas e grupos procedentes de 12 cidades: Rio de Janeiro, São Paulo, Niterói, Nova Friburgo, Campos, Macaé, Bom Jardim, Barra de São João, São Pedro d´Aldeia, Cabo Frio, Cordeiro e Conceição de Macabu. Desde 2016, a Flim faz parte do calendário oficial do Estado do Rio de Janeiro e é considerada, por publicações especializadas, o quarto mais importante evento literário do país.

Outras homenagens

A única edição em que foram homenageados escritores locais foi a primeira, em 2010. Em 2011, a homenageada foi a escritora e dramaturga brasileira Maria Clara Machado, autora de famosas peças infantis e fundadora do teatro O Tablado, escola de teatro do Rio de Janeiro, que formou mais de 5 mil profissionais em artes cênicas no Brasil. Em 2012, foi Clarice Lispector e, em 2013, Mario Quintana. A partir de 2014, resolveu-se que seriam homenageados escritores vivos. “Estreamos logo com Ferreira Gullar nesse ano”, lembrou Terezinha Costa. Seguiram-se Bia Bedran e o poeta Thiago de Mello, em 2015; Antonio Torres, romancista, em 2016; Ana Maria Machado, da Academia Brasileira de Letras, em 2017; Nei Lopes, em 2018; Nélida Pinon, também da ABL, em 2019.

Durante a pandemia de covid-19, o evento teve edições on-line. Em 2020, não houve homenageado. Já em 2021, o convidado especial foi Ruy Castro. No ano seguinte, a Flim voltou a ser presencial, mas os organizadores optaram por não ter um homenageado mas, sim, um convidado especial. Como era o ano de comemoração do Bicentenário da Independência do Brasil, o historiador e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Paulo Knauss deu ao público uma visão panorâmica de algumas das principais questões políticas, econômicas e sociais do Brasil de 1822 e seus impactos hoje.

(Fonte: Agência Brasil)

A escritora Márcia Wayna Kambeba lança, no próximo sábado (27), durante a primeira edição do Festival Literário de Paracatu (Fliparacatu), o livro De almas e águas kunhãs, com ensaios e poemas sobre temas como resistência de povos originários e respeito à natureza na Amazônia. Ela apresentará a palestra Narrando ancestralidades, ao lado da também escritora e pesquisadora indígena Trudruá Dorrico, a partir das 11h30, na Igreja Nossa Senhora do Rosário.

“Escrever e compor (ela tem mais de 30 músicas autorais) são necessidades para expressar resistência, comunicar e respeitar a cultura da gente, a natureza, o nosso olhar e compreender o entendimento que temos do mundo”, afirma a autora, de 44 anos, em entrevista à Agência Brasil.  

Ela explica que a inspiração para a arte veio da ancestralidade, a avó. “Ela me motivava a escrever. Ela comprou minha primeira máquina de datilografia. Me colocou em um curso. Ela sempre apostou e apoiou para que eu me tornasse uma poeta, uma escritora”.

Incentivada, aos 14 anos de idade ela começou a escrever os primeiros poemas. A avó morreu quando ela tinha 21 anos. Só foi depois de concluir o mestrado conseguiu publicar os primeiros livros. Ao todo, são seis impressos. Mais três devem ser publicados em setembro (esses para o público infantil). 

Mulher

“O meu livro trata do papel da mulher indígena em todas as relações estabelecidas em que nós adentramos, a mulher indígena como pajé, na política, na proteção do meio ambiente e de nosso território”, disse a escritora, que é também pesquisadora de geografia. Com 44 anos de idade, é da etnia Omágua Kambeba, nasceu na Aldeia Belém de Solimões, do povo Ticuna, no interior do Amazonas, onde morou até os oito anos de idade.

Ela enfatiza que a literatura é voz contra as adversidades e violências que os povos indígenas sempre enfrentaram no Brasil. “Nós sofremos violências das mais diversas formas, nos aspectos culturais e territoriais, por exemplo. A própria natureza quando ela é violentada também nós sentimos dentro das aldeias”. Nesse sentido, ela explica que a mulher indígena tem ocupado mais espaço de fala como ser liderança, cacica e pajé.

“A gente não quer ser melhor que os homens e também não quer ficar atrás deles. Os nossos parentes, homens indígenas, têm compreendido bem esse posicionamento das mulheres”. Não aquela que fica em casa, mas a que lidera. A pesquisadora explica que a literatura entrou na vida dela quando a avó recitava poemas que ela mesmo escrevia. “Ela era compositora da aldeia.  Eu cantava para os turistas que visitavam nosso povo”. 

Com nove anos de idade, mudou-se para São Paulo de Olivença e, depois, para Tabatinga, onde cursou geografia. Depois, fez mestrado também na mesma área. Mas, encantada pelas poesias, foi para Belém cursar doutorado em letras.

(Fonte: Agência Brasil)

O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB RJ) recebe, a partir do próximo dia 24, mostra inédita do diretor cinematográfico espanhol Álex de la Iglesia. O evento tem entrada franca e se estenderá até 10 de setembro, com apresentações de quinta-feira a domingo, a partir das 16h. Os filmes serão exibidos na Sala de Cinema 1 do CCBB RJ, que tem 102 lugares, sendo quatro para cadeirantes.

Os ingressos serão disponibilizados às 9h do dia da sessão na bilheteria física ou no endereço na internet bb.com.br/cultura. Para os debates, os ingressos serão distribuídos também gratuitamente uma hora antes do evento, mas somente na bilheteria física do CCBB. A programação pode ser acessada na página do evento.

Em 2023, são comemorados 30 anos da estreia de Álex de la Iglesia como diretor de longas-metragens, com o filme Ação Mutante (Acción Mutante, 1993). Na mostra, serão apresentados ao público os filmes mais marcantes da carreira. O diretor teve como produtor de sua primeira película o também cineasta Pedro Almodóvar, famoso em todo o mundo. Considerado um realizador genial, Iglesia passeia pela comédia de humor ácido, pelo cinema de terror e pelo suspense hitchcockiano, sem qualquer pacto realista.

Os curadores da mostra, Daniel Celli e Rafael Carvalho, selecionaram nove longas que integram a programação. Para eles, Álex de la Iglesia apresenta com clareza seu estilo autoral, tanto nas obras audiovisuais sob sua direção quanto em outras em que fez a curadoria criativa. “Seus personagens e histórias são complexos, repletos de detalhes que ele mostra ao público por meio das cores, dos fluídos corporais, do grotesco, do caricato, com um humor ácido e inteligente, que deixa o espectador absolutamente conectado à história, ao mesmo tempo com um sorriso no rosto e olhar atormentado”, comentaram os curadores.

Premiações

O cineasta espanhol ficou conhecido mundialmente pelo filme cult O dia besta (El día de la Bestia, 1995), premiado com o Goya de melhor diretor. Ao longo da carreira, recebeu também prêmios Leão de Prata (diretor) e Leão de Ouro (roteiro, dividido com seu parceiro constante Jorge Gerricaechevarría), no Festival de Veneza, por Balada do amor e do ódio (Balada triste de Trompeta, 2010). Iglesia é casado com a atriz e produtora Carolina Bang.

Também dirige filmes e minisséries para TV e streaming, como a série 30 Monedas, na terceira temporada, realizada para a HBO Espanha. No momento, está filmando 1992, minissérie para a Netflix, com história ambientada na Expo92 de Sevilha.

Os filmes de Álex de la Iglesia remetem o espectador para outros cineastas, como Quentin Tarantino, Guillermo Del Toro, Robert Rodriguez, trio acolhido pela indústria hollywoodiana, mas passa igualmente pelo cinema B norte-americano e italiano, de nomes como Roger Corman, Mario Bava, Lucio Fulci, Dario Argento, além do brasileiro José Mojica Marins, de quem Iglesia é fã declarado e que receberá homenagem da mostra. Dentro da programação, será exibido de José Mojica o longa-metragem A Praga, encontrado após sua morte. O filme foi remasterizado pelo pesquisador Eugênio Puppo e terá sessão especial no dia 26 de agosto, às 16h, seguida de debate com o crítico e pesquisador Carlos Primati.

A mostra inclui ainda na programação um segundo debate dedicado ao cinema de gênero fantástico no Brasil, intitulado Produzindo cinema fantástico, com o produtor e roteirista André Pereira, no dia 2 de setembro, às 16h. Depois do Rio de Janeiro, a mostra seguirá para o CCBB São Paulo, onde ficará de 13 de setembro a 1º de outubro. 

(Fonte: Agência Brasil)

Os secretários estaduais de Educação e os conselhos Nacional, estaduais e Distrital de Educação pedem que as mudanças no ensino médio, que estão em fase de elaboração pelo Ministério da Educação (MEC), ocorram apenas a partir de 2025. Em posicionamento conjunto, eles argumentam que o novo ensino médio já foi implementado em todos os Estados e que as mudanças exigirão um período de transição factível.

“Qualquer mudança a ser implementada exige um período de transição factível, motivo pelo qual as decisões a serem encaminhadas a partir da consulta pública devem ser implementadas apenas a partir do ano letivo de 2025”, defendem os secretários e conselheiros. Eles dizem que eventuais mudanças implicariam novos ajustes e regulamentações, incluindo a reescrita do referencial curricular, o que seria inviável de ser feito a tempo para o ano letivo de 2024.

O posicionamento conjunto do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Conselho Nacional de Educação (CNE) e Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação (Foncede) foi encaminhado, nesta segunda-feira (21), ao MEC.

Os secretários e conselheiros destacam também no posicionamento quatro aspectos que consideram essenciais na oferta do ensino médio. Além das regras de transição em um período considerado factível, eles pedem a manutenção do ensino a distância (EaD) tanto na formação geral básica, que é a parte do conteúdo estipulado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e que é comum a todas as escolas do país, quanto nos itinerários formativos, que é a parte escolhida pelos estudantes para aprofundamento mediante a disponibilidade de cada rede.

Segundo eles, o ensino mediado por tecnologia “é pré-requisito para viabilizar a implementação da reforma no turno noturno e necessário ao equacionamento das especificidades territoriais de cada região (vazios demográficos, educação indígena, educação do campo, educação quilombola, dentro outros)”. O texto aponta ainda questões de infraestrutura, logística de transporte escolar e falta de professores como argumentos para se manter a oferta em EaD.

Além disso, os secretários e conselheiros defendem que 2,1 mil horas das 3 mil horas do ensino médio sejam dedicadas à formação geral básica e que os itinerários formativos sejam reduzidos de dez para dois, sendo um composto por linguagens, matemática e ciências humanas e sociais e outro por linguagens, matemática e ciências da natureza. Os estudantes podem optar ainda pela trilha formativa em educação profissional e técnica.

Revisão

O Novo Ensino Médio foi aprovado, em 2017, pela Lei 13.415/2017 e foi implementado no ano passado, nas escolas de todo o país. O modelo é alvo de críticas e, ao assumir o governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprometeu-se a revê-lo.

No primeiro semestre deste ano, foi aberta a Consulta Pública para Avaliação e Reestruturação da Política Nacional de Ensino Médio. No dia 7 de agosto, o MEC divulgou o sumário com os principais resultados da consulta. Ao todo, foram recebidas mais de 11 mil contribuições de 9 de março a 6 de julho.

Entre as propostas de mudança apresentadas pelo MEC com base na consulta, estão a ampliação da carga horária da parte comum, a recomposição de componentes curriculares e o fim da educação a distância (EaD) para a Formação Geral Básica, com exceção da educação profissional técnica, que terá oferta de até 20% nesse formato. A EaD também poderá ser aplicada em situações específicas, como no caso da pandemia.

Após a divulgação do sumário, o MEC abriu um prazo para que as entidades educacionais e órgãos normativos se manifestassem em relação ao documento. Nesta segunda-feira (21), termina o prazo.

Outras entidades também se manifestaram. Para a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), a lei do Novo Ensino Médio deve ser imediatamente revogada. Os estudantes apontam que da forma como vem sendo aplicada, a lei apenas aumenta as desigualdades entre os estudantes que dependem das condições de oferta e de qualidade de cada rede de ensino.

Campanha Nacional pelo Direito à Educação divulgou nota técnica na qual defende a “garantia de 2,4 mil horas destinadas à Formação Geral Básica como um passo crucial para a garantia de uma formação sólida de nossos estudantes”; a entidade defende também a educação 100% presencial, sem exceção, e a importância de aumentar os recursos públicos para a educação pública e implementar um conjunto de critérios que assegurem a excelência das condições oferecidas, de acordo com o Custo Aluno Qualidade (CAQ), garantindo o padrão de qualidade previsto constitucionalmente.

Até chegar às salas de aula, as propostas ainda têm um caminho a percorrer. Agora, o MEC consolidará uma versão final do relatório, que será enviada para a apreciação do Congresso Nacional. As propostas do MEC para o ensino médio também serão apresentadas para as comissões de Educação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, para que possam contribuir com o relatório final, com base nas informações coletadas em audiências públicas realizadas pelas casas legislativas.

(Fonte: Agência Brasil)

Editais lançados pela Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura (MinC) na última  sexta-feira (18) vão financiar a produção de filmes curta-metragem por realizadores estreantes com obras originais e inéditas. Ao todo, serão concedidas 10 bolsas de R$ 140 mil para cada uma das três chamadas públicas: Curta Criança 2023Curta Afirmativo 2023 e Curta para Mulheres 2023. O investimento total é de R$ 4,2 milhões, informou a pasta.

As inscrições estão abertas e vão até o dia 27 de setembro, por meio do Sistema Mapas Cultura. De acordo com o MinC, os projetos audiovisuais de curta-metragem deverão ser inscritos por pessoas físicas, brasileiras natas ou naturalizadas, que desempenhem obrigatoriamente a função de direção, sendo facultativo o acúmulo de outras funções. Serão aceitas obras de ficção ou documentário, com a possibilidade de utilização de técnicas de animação.

Pelas regras dos editais, haverá atribuição de pontuação extra caso haja pessoas com deficiência na equipe, no desempenho de funções de direção, roteiro e produção executiva. A avaliação também vai levar em conta critérios como abrangência do tema, comunicabilidade e adequação da proposta ao público, aspectos artísticos, estrutura dramática e construção dos personagens e proposta estética. O impacto cultural e na formação de público é outro item que será avaliado.

Ainda segundo a pasta, as produções independentes devem ter entre 10 minutos e 15 minutos de duração, seja ficção ou documentário, com a possibilidade de técnicas de animação. O edital Curta Criança propõe temas voltados à infância. Já o Curta Afirmativo é voltado a produções com temática livre, dirigidos por pessoas negras (pretas e pardas) ou indígenas. O Curta para Mulheres também tem temática livre e deve ser dirigidos por mulheres cis ou transgênero.

(Fonte: Agência Brasil)

A Biblioteca Nacional (BN) realizou, nesta segunda-feira (21), encontro inédito com bibliotecas que compõem o grupo de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palop). A reunião foi realizada no formato virtual e marcou o estreitamento das relações entre a BN e as bibliotecas nacionais de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, representadas por seus dirigentes Diana Luhuma, Matilde Mendonça, Iaguba Djalo, João Fenhane e Marlene José.

O presidente da BN, professor e poeta Marco Lucchesi, disse à Agência Brasil que já havia conversado individualmente com gestores de algumas dessas bibliotecas. “Hoje, decidimos que era o momento de somarmos esforços e ouvirmo-nos em assembleia. Foi um encontro muito bonito, porque ele tem um poder simbólico e inafastável e porque era desejo nosso e das bibliotecas da África de uma aproximação constante com a Biblioteca Nacional”.

Ficou decidido que as bibliotecas dos seis países estarão mais próximas, ampliando uma espécie de colaboração Sul-Sul, que passa pelo intercâmbio das publicações de todos os equipamentos. Em parceria com a Marinha do Brasil, a BN enviará publicações para suas congêneres do Palop. Haverá, também, intercâmbio de textos e artigos para inclusão em revistas e outras publicações das bibliotecas. Marco Lucchesi esclareceu que, no caso da BN, as publicações absorverão e serão enriquecidas com as vozes de autores de países africanos de língua portuguesa.

Metáfora

A BN já preparou, por outro lado, um curso on-line de preservação e conservação de obras, setor em que já é referência no Brasil e no exterior, e que será oferecido às bibliotecas africanas. O curso será dado pelo servidor da BN, Jaime Spinelli. Lucchesi salientou que a preservação e restauração de obras são problemas que atravessam todas as bibliotecas nacionais.

“O mais importante disso tudo é que somos todos irmãos. Não apenas na língua portuguesa, mas todos podemos aprender com todos. Ou seja, as características criativas, as respostas diferenciadas aos desafios, muito embora o olhar especial será dado para a biblioteca de Guiné-Bissau, onde cerca de 40% do seu acervo foi perdido, infelizmente”. Para Lucchesi, a biblioteca de Guiné-Bissau, em especial, não deixa de ser “uma metáfora poderosa” da necessidade de proteger os acervos e a memória de modo geral.

Os dirigentes da BN e do Palop estabeleceram, também, um canal de comunicação permanente e vão formar grupos de trabalho específicos com o objetivo de mover as necessidades e diálogos comuns. “Mas dentro de um canal específico que me parece muito oportuno”, destacou Marco Lucchesi.

(Fonte: Agência Brasil)

Escolas públicas e particulares podem se inscrever no Bebras Brasil – Desafio Internacional de Pensamento Computacional – até o dia 1º de novembro. Os estudantes das escolas inscritas farão provas para testar as habilidades na resolução de situações e problema que envolvam o pensamento computacional.

O Desafio Bebras é uma competição que ocorre em 75 países. Ele foi criado, na Lituânia, pela professora Valentina Dagiené. A palavra lituana Bebras significa castor, um animal considerado inteligente e ágil, escolhido como mascote do concurso. No Brasil, esta é a segunda edição do Bebras, que, no ano passado, contou com 8,5 mil participantes.

“O principal objetivo é despertar a curiosidade e o interesse pela computação na educação básica através de atividades bem divertidas. A gente gostaria que as crianças começassem a se aproximar do universo da computação e do pensamento computacional antes mesmo de lidarem com aparatos eletrônicos e com a programação em si”, disse a diretora da UpMat Educacional, Cristina Diaz.

A instituição é a responsável, no Brasil, pela realização do desafio. Além do Bebras, a UpMat realiza o Concurso Internacional Canguru de Matemática Brasil, que contou, este ano, com 960 mil participantes brasileiros.

Múltipla escolha

As provas são voltadas para estudantes a partir do terceiro ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas. Eles resolverão questões de múltipla escolha que, segundo Diaz, não demandam conhecimentos prévios em computação.

“São questões que mobilizam habilidades de decomposição, reconhecimento de padrões, pensamento algorítmico que é uma sequência de comandos para realizar uma atividade. Então, quem está trabalhando com esse tipo de questão não necessariamente está trabalhando com computação. [Os alunos] sabem que estão trabalhando com a lógica e aos pouquinhos, à medida que vão crescendo na vida educacional, a gente vai apresentando por que essa lógica é uma lógica computacional”, explica a diretora.

Resultados saem em dezembro

As provas serão aplicadas no Brasil entre os dias 6 e 10 de novembro, e os resultados serão divulgados no dia 4 de dezembro. A aplicação das provas fica a critério da coordenação de cada escola, podendo ser realizadas presencialmente ou não.

Todos os participantes receberão premiações digitais e certificados de participação. Os 10% de estudantes mais bem colocados em território nacional também serão premiados nas categorias ouro, prata, bronze e honra ao mérito.
As inscrições para participação do Desafio devem ser feitas pelas escolas de educação básica. Para se inscrever, as escolas pagam uma taxa única, independentemente do total de estudantes participantes. A taxa para escolas públicas é de R$ 260 e, para privadas, R$ 520. Mais informações estão disponíveis na internet.

(Fonte: Agência Brasil)