Frêmitos anseios
se debruçam
nestes teus olhos
em prantos,
numa exaltação cansada
de desejos,
prece em lágrimas
na súplica do pecado.
Soluças para mim
todo este drama
de inquietações tremendas;
este amar de abraços e de beijos.
Em te vendo assim
abandono a recusa
e deixo-me ficar no batismo
das dilacerações da posse.
Depois, este louco abordar
em te sentir distante,
e, agora, são meus olhos que soluçam
lágrimas de dor em desespero.
* Pailo de Tarso Moraes. “Retratos do meu Eu” (inédito).