A biomédica Helena Nader, primeira mulher a comandar a Academia Brasileira de Ciências (ABC), foi reconduzida ao cargo por mais três anos. Ela foi reeleita para o segundo mandato como presidente da instituição para o triênio 2025-2028.
O químico Jailson Bittencourt de Andrade seguirá na vice-presidência da ABC.
“Neste mundo complexo, onde novamente a ciência e educação estão sendo questionadas, a Academia Brasileira de Ciências, em conjunto com outras entidades e com a comunidade acadêmico-científica, terá papel muito importante na defesa da educação e ciência como motores para o desenvolvimento social, econômico e sustentável de qualquer nação, em especial do Brasil”, afirmou Helena.
O primeiro mandato de Helena Nader à frente da entidade iniciou em 2022. Entre as metas elencadas para o novo mandato estão a busca de mais investimentos e a criação de fundos para a ciência. Ela também quer lutar pela valorização e direitos dos pós-graduandos e pós-doutores, combater a fuga de cérebros e estimular a capacitação de jovens cientistas
Segundo Helena, será formado um grupo de trabalho para discutir a nova divisão de áreas de conhecimento na ABC.
“Faremos um estudo para discutirmos essas áreas, assim como já ocorreu em outras academias. Hoje a ciência é mais transversal, e precisamos ter um novo olhar sobre como abordá-la”.
O Maranhão é hoje referência no cenário nacional do karate shotokan, arte marcial que combina a força física e mental. A cada nova competição, os atletas maranhenses têm obtido resultados expressivos, que os credenciam a estar entre os melhores do país na modalidade. Um desses destaques é Vítor Moraes.Aos 17 anos, o jovem maranhense foi convocado pela Confederação Brasileira de Karate Shotokan (JKS Brasil) para representar o país no Campeonato Pan-Americano de Karate Shotokan entre os dias 24 e 27 de julho, em Vitória, no Espírito Santo.
Após integrar a Seleção Brasileira na disputa do Campeonato Mundial de Karate Shotokan, competição realizada no Japão em 2024, Vítor Moraes chega a esta edição do Pan-Americano com boas chances de colocar o Maranhão e o Brasil no pódio. O jovem é uma das esperanças da equipe que vai em busca de medalhas neste importante desafio internacional.
"Estou muito feliz com os títulos e pódios que obtive nesses últimos dois anos. Foram resultados importantes que me motivam a continuar trabalhando firme em busca de mais conquistas. A preparação para o Pan-Americano está sendo bem intensa e com muito foco, pois é sempre uma alegria e uma responsabilidade defender o Maranhão e o Brasil em um evento tão grandioso. Estamos treinando bastante para colocar o nosso Estado e o nosso país no pódio. Conto com a torcida de todos", afirma Vítor Moraes.
Vítor Moraes é um dos principais nomes do Karate Shotokan no Maranhão e uma das revelações nacionais da modalidade. Além de competir no Campeonato Mundial de Karate Shotokan, o maranhense teve um ano de 2024 bastante positivo com direito a quatro medalhas conquistadas no Campeonato Brasileiro de Karate Shotokan, realizado em Vitória (ES): ouro no Kata por Equipe e prata nas disputas de Kumite Individual, Kumite Equipe e Kata Individual.
Também em 2024, Vítor faturou quatro medalhas na Copa Sadamu Uriu, em São Luís, e sagrou-se campeão de kumite no Maranhense Karate-do tradicional. Em 2023, o carateca foi vice-campeão de Kata Individual e 3º lugar de Kumite Individual no 27º Campeonato Brasileiro Karate Shotokan, competição realizada em Goiânia (GO).
Em busca de patrocínios
Com a vaga garantida para disputar o Campeonato Pan-Americano de Karate Shotokan em julho, Vítor Moraes agora busca patrocínios para custear a viagem para a cidade de Vitória, “Assim como seguimos firmes com nossa preparação para o Pan-Americano, continuamos em busca de novos apoios e patrocínios para conseguirmos viajar e representar o Maranhão e o Brasil da melhor maneira possível. Temos boas chances de subir ao pódio e vamos fazer todo o possível para isso”, explicou.
Conhecidos os primeiros campeões do Arena Fitness Open de Beach Tennis, evento que corresponde à terceira etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis, competição chancelada pela Federação de Beach Tennis do Maranhão (FBTM), entidade que representa oficialmente a modalidade no Estado. Após dois dias de disputas na Arena ODT Beach, em São Luís, foram realizados os torneios das categorias por idade, tanto no naipe masculino quanto no feminino. Destaque para a conquista da dupla Alessandra Medeiros / Kayuri Costa, que sagrou-se campeã na categoria Feminina 30+.
O resultado comprova a grande fase de Alessandra Medeiros e Kayuri Costa em 2025. A dupla venceu todas as três etapas do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis deste ano. Na final desta terceira etapa, elas derrotaram Larissa Lassance e Ludimila Araújo por 6 a 2 e garantiram o título do Arena Fitness Open.
Já na categoria Feminina 40+, as campeãs foram Mara Berti e Paty Monte. Para conquistar o título da etapa – o primeiro delas em 2025 –, a dupla superou Fabíolla Correa e Ilana Simões po5 6 a 4.
Outros campeões
A 3ª etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis também já definiu duplas campeãs em outras três categorias: no Masculino 30+, Manoel Souza e Roberto Rocha Jr. venceram Caio Vinicius / Dárcio Rocha por 6 a 2; no Masculino 40+, o título ficou com Igor Quartin e Joaquim Filho após triunfo por 7 a 5 sobre Christiano Silva e Gino Longhi; já no Masculino 50+, Henrique Filho e Marcelo Moreira levaram a melhor sobre Jairo Alvarenga e José Martins e ficaram no lugar mais alto do pódio.
Arena Fitness Open
As disputas do Arena Fitness Open de Beach Tennis, evento que corresponde à terceira etapa do torneio estadual oficial de beach tennis, prosseguirá até domingo (13). A competição teve início com os jogos referentes às categorias por idade. Nesta sexta-feira (11), ocorrem os jogos de duplas mistas a partir das 16h. Já o sábado e domingo (12 e 13) serão dedicados às disputas das categorias de Gênero (Masculino e Feminino – A, B, C e D).
Cerca de 350 atletas estão competindo nesta terceira etapa. Além dos competidores da capital maranhense, o Arena Fitness Open conta com a participação de atletas de diversas cidades do interior do Estado. O torneio estadual soma pontos no ranking maranhense.
Outras informações sobre Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis 2025 estão disponíveis no Instagram oficial da Federação de Beach Tennis do Maranhão (@maranhaobeachtennis).
RESULTADOS DO ARENA FITNESS OPEN
Dupla Feminina 30+
Alessandra Medeiros / Kayuri Costa
Larissa Lassance / Ludimila Araújo
Dupla Feminina 40+
Mara Berti / Paty Monte
Fabiolla Correa / Ilana Simons
Dupla Masculina 30+
Manoel Souza / Roberto Rocha Jr.
Caio Vinicius / Dárcio Rocha
Dupla Masculina 40+
Igor Quartin / Joaquim Filho
Christiano Silva / Gino Longhi
Dupla Masculina 50+
Henrique Filho / Marcelo Moreira
Jairo Alvarenga / José Martins
PROGRAMAÇÃO DE JOGOS
Sexta-feira (11/4) / ODT Beach
A partir das 16h – Categorias Mistas (A, B, C e D)
Sábado (12/4) / ODT Beach
A partir das 8h – Categorias de Gênero (Masculino e Feminino – A, B, C e D)
Domingo (13/4) / ODT Beach
A partir das 8h – Categorias de Gênero (Masculino e Feminino – A, B, C e D)
As redes públicas de ensino municipais, estaduais e do Distrito Federal interessadas em usar os resultados da Prova Nacional Docente (PND) para selecionar futuros professores da educação básica devem aderir ao exame até 17 de abril.
A prova tem o objetivo de induzir o aumento de professores efetivos nas redes de ensino do Brasil, por meio da realização de concursos públicos.
Na primeira edição, a PND usará como referência a prova do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) das Licenciaturas, anualmente aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), de forma descentralizada, em todo o território nacional, sempre no último trimestre do ano.
Os resultados da prova terão validade de três anos.
O Inep estima que, em 2025, o país terá cerca de 250 mil formandos em licenciaturas, “potenciais candidatos a ocupar cargos e posições nas secretarias de educação”, diz nota do instituto.
Como aderir
O processo de adesão voluntária ao chamado de Enem dos Docentes é feito online pela Secretaria de Educação municipal, estadual ou do Distrito Federal pelo site do Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec), com login no portal de serviços digitais do governo federal, o Gov.br.
Em seguida, no módulo Prova Nacional Docente (PND), o gestor da área de educação deve selecionar a aba Adesão, no menu principal, e responder ao questionário.
Nesse momento, os entes federativos deverão informar a previsão de realização de processos seletivos para professores da educação básica em sua rede. Por fim, o responsável deverá assinar eletronicamente termo de adesão.
Editais próprios
A Prova Nacional Docente não substitui o processo seletivo das redes. Por isso, após a confirmação da adesão pelo Inep, a respectiva secretaria de educação deverá cadastrar o próprio edital de seleção até 25 de junho, no mesmo Simec, indicando o uso da nota da Prova Nacional Docente como parte da seleção.
O Ministério da Educação (MEC) preparou um guia prático para apoiar estados e municípios na adoção da PND em seus processos seletivos, principalmente, na elaboração dos seus editais de seleção.
Em 30 de junho, o Inep deverá divulgar os editais e as vagas disponíveis.
Autonomia
Mesmo com a adesão voluntária ao exame unificado, o gestor de educação não é obrigado a usar os resultados em todos os seus processos seletivos.
Porém, se o gestor de educação decidir usar os resultados da PND, estes poderão ser aproveitados em concursos públicos ou processo seletivo simplificado, como mecanismo único ou complementar de seleção dos docentes.
Nesse caso, os estados, municípios e o Distrito Federal podem estabelecer outros critérios de recrutamento, como prova prática ou de títulos.
Além de contribuir para que os entes federativos selecionem profissionais mais qualificados para suas redes de ensino, o exame tem o objetivo de ajudar a União, os estados, os municípios e o Distrito Federal a formular e avaliar as políticas públicas de formação inicial e continuada de professores e permitir a autoavaliação dos participantes da prova.
O governo federal calcula que o programa atenderá 2,3 milhões de docentes em todo o país com as seguintes iniciativas, além da PND: Pé-de-Meia Licenciaturas, Bolsa Mais Professores, Portal de Formação e ações de valorização em parceria com bancos públicos e outros ministérios.
O Museu do Pontal, que tem como característica incentivar o conhecimento e a divulgação da arte popular do Brasil, apresenta, neste mês em que se comemora o Dia dos Povos Indígenas, uma programação com duas exposições dedicadas à diversidade da região amazônica, com curadoria da diretora da instituição, Angela Mascelani, e do diretor executivo Lucas Van de Beuque.
A sede do museu é na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio,
Uma das exposições é a individual Imagens da Intuição, que vai ocupar as duas galerias do mezanino com pinturas do artista Jair Gabriel, nascido em Porto Velho, capital de Rondônia. As obras refletem a sua vivência na floresta até os 16 anos. “Para mim, está sendo um momento muito importante. As pessoas e o museu estão reconhecendo o meu trabalho”, disse Jair à Agência Brasil.
A outra mostra é Cobra Canoa, que reúne trabalhos dos indígenas Paulo Desana e Larissa Ye’Pa. As criações dos dois artistas são inspiradas na origem da humanidade e representam diferentes povos. Nascida na região do Alto Rio Negro, Larissa Ye'padiho Mota Duarte é indígena do povo Ye'pa Mahsã (Tukano). Viveu em comunidade de base até os 15 anos, quando se mudou para São Gabriel da Cachoeira, cidade onde nasceu Paulo Desana, da etnia Desana.
“O museu preserva e educa, tem um compromisso com os temas que a gente traz. Este ano a gente quis trazer, logo no início, o tema Amazônia, por conta da COP 30, mas trazendo essa Amazônia diversa. Trazer a Amazônia, que é indígena, mas também, o indígena que é da cidade, o seringueiro, com a lógica de quem viveu na floresta”, disse Lucas Van de Beuque à Agência Brasil. Ele informou que quatro etnias estarão presentes, inclusive com peças artesanais do interior do Amazonas e que haverá contação de histórias para crianças.
“Ao mesmo tempo que será festivo e mostrar essa cultura, será também um momento de reflexão”, ressaltou.
As mostras serão abertas neste sábado (12), às 16h, durante o Festival Amazônico, que vai até domingo (13), em uma realização do Museu do Pontal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Cultural Vale.
Toda a programação é gratuita. Para facilitar o deslocamento do público, haverá serviço de vans partindo do metrô da Barra da Tijuca e do terminal de ônibus Alvorada no fim de semana do festiva.
“Quem é do Sudeste e do Sul tem uma impressão da Amazônia muito longe, muito distante, e é muito mais perto do que imaginamos. Essa distância tem um aspecto simbólico e está colocada em algum lugar da gente como algo que não nos pertence. De certa forma, isso dificulta até o engajamento da sociedade como um todo com a pauta de proteção da floresta. Um pouco desse festival é a busca dessa conscientização da cultura dos povos e da sua maneira de viver e que as pessoas fiquem mais conectadas com a defesa da Amazônia”, disse Lucas Van de Beuque.
Segundo Angela Mascelani, o festival é muito completo, não só porque traz a arte amazônica, mas a gastronomia, shows, como o da cantora Fafá de Belém, e a discussão sobre a questão climática com o Observatório do Clima.
"É um conjunto de ações, e as exposições fazem parte disso. Escolhemos esses artistas porque são dois indígenas, o que é bem interessante, porque a arte indígena contemporânea não é muito conhecida, e os artistas estão produzindo, disse Angela, em entrevista à Agência Brasil.
A exposição Cobra Canoa parte de uma narrativa presente nas culturas de diferentes povos indígenas do Brasil. Larissa Ye’pa apresenta o ponto de vista de seu povo, o Ye’pa Mahsã, e o fotógrafo e cinegrafista Paulo Desana entra na mostra com uma projeção em grandes formatos de retratos de habitantes da Amazônia feitos por ele. A série reforça a ancestralidade e a como os conhecimentos que são passados de geração em geração permanecem vivos no presente. Fundador da Produtora Dabukuri Entretenimento, Desana trabalha na criação de conteúdo audiovisual e arte visual baseados na cultura indígena.
“Estou muito feliz porque é um evento com vários indígenas e por novamente fazer um trabalho com a Larissa, por podermos juntar a concepção, a técnica que usamos. Estou feliz por ir para o Rio, pela primeira vez, com a série completa de dez fotografias”, disse Paulo Desana (foto), ao comentar a arte que une os dois artistas.
“Apesar de eu ser urbano e ela, mais da comunidade, a gente se encontra porque é do movimento indígena e defende a mesma causa. Como fotógrafo e cineasta indígena, viajo muito para as comunidades, e a gente acaba tendo laços de amizade e de admiração pelo trabalho um do outro. Sou muito fã do trabalho dela, do conhecimento incrível da arte da cerâmica, de fazer as panelas de barro. Agora ela está aplicando nas artes visuais o conhecimento que herdou da família, da mãe, das avós”, afirmou.
Larissa Ye'Pa
Para Larissa Ye’pa participar do Festival Amazônico com uma exposição ao lado de Paulo Desana é uma forma de dar visibilidade à arte indígena.
“Indígena existe, sim, estou presente agora no Brasil, embora com os territórios em diversas regiões e diferentes culturas. Na visão dos não indígenas, os indígenas ficaram em 1500, lá atrás, são considerados seres do passado. Ter espaço para expor nosso trabalho, para mim, significa que estamos reafirmando nossa presença na atualidade. Convidar um indígena para esse tipo de atividade é impulsionar a voz que ele já tem. Temos nossas próprias vozes e, quando nos chamam para expor, falar sobre nossa obra, ecoa mais a nossa voz”, enfatizou Larissa.
Segundo Larissa, a Cobra Canoa traz toda uma discussão sobre ancestralidade, mas sob uma perspectiva estética que está na própria obra. "O Paulo faz fotografias com interferências de desenhos da Larissa e de outros indígenas de diferentes etnias. A ideia é mostrar como aquele conhecimento que está na ancestralidade está presente hoje”.
A floresta como tem
Jair Gabriel
A mostra Imagens da Intuição, de Jair Gabriel, apresenta 35 pinturas desenvolvidas com a técnica do pontilhismo. O artista retrata a floresta, celebra sua cultura e mostra suas vivências. Jair Gabriel viveu até os 16 anos na região entre o estado de Rondônia e a Bolívia. Depois, voltou para a capital e somente após a aposentadoria, em 1995, passou a fazer seus trabalhos. Jair Gabriel é um dos líderes da União do Vegetal, de origem espírita, fundada em 1961, que prega o desenvolvimento espiritual dos seres humanos. Essa exposição mostra também terá um vídeo.
“As primeiras pinturas, quando comecei, eram meio chapadas. E era a figura de uma ave. Como eu não tinha conhecimento da arte, não conseguia a tonalidade. Fui me lembrando da floresta, do pingo d'água que ficava na folha, ou do orvalho que eu via quando saía cedo para trabalhar no seringal, que, com o nascer do sol, dá cores”, contou, ao lembrar como aprendeu a desenvolver as cores nas suas pinturas.
Jair disse que foi o artista baiano Edson Luz, do premiado grupo de vanguarda Etsendron (Nordeste de trás para frente), que o incentivou a fazer as pinturas, durante uma viagem que fez a Salvador. Edson ofereceu a ele tintas, telas e pincéis.
“Quando encontrei com ele, Edson estava em uma fase abstrata. Eu nunca gostei do abstrato, e aí eu comecei a fazer minhas experiências. Fiz um quarto lá em casa de ateliê e não parei mais”, relatou.
O museu
Considerado o maior e mais significativo museu dedicado à arte popular do Brasil, tem um acervo com mais de 9 mil peças de 300 artistas brasileiros e foi formado em 45 anos de pesquisas e viagens do designer francês Jacques Van de Beuque, que se impressionou com as peças de arte popular em suas andanças pelo país e passou a colecionar as obras.
Inicialmente, Van de Beuque concentrou as peças em uma casa na região do Pontal, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. Com o tempo, as inundações causadas por chuvas intensas colocaram em risco o acervo.
Depois de mais de dez anos, finalmente, foi construída uma sede nova e moderna para o museu na Barra da Tijuca, onde funciona atualmente.
Os recursos para a construção foram obtidos com colaboração coletiva que envolveu doações de mais de mil pessoas e participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de empresas como o Instituto Cultural Vale e o Itaú Cultura.
A iniciativa teve ainda recursos da Lei de Incentivo à Cultura do governo federal, além de apoio do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e da prefeitura do Rio de Janeiro.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) lançou, nessa quinta-feira (10), um programa para oferecer, inicialmente, 25 mil vagas gratuitas em cursos profissionalizantes na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) em todo o país. Os cursos são para jovens entre 18 e 29 anos que precisaram abandonar a escola e não concluíram a educação básica: ensino fundamental anos finais (6º ao 9º ano) e/ou ensino médio (1ª a 3ª série).
Cerca de 10 milhões de jovens estão aptos a participar do programa. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que o objetivo é aliar a elevação da escolaridade com a qualificação profissional, atendendo a demandas do setor industrial.
“Entre muitos desafios, temos o desafio de qualificar melhor o nosso mercado de trabalho. Então é preparar para o ensino médio, para o ensino profissionalizante, para a universidade e preparar o mercado de trabalho para melhor remunerar os trabalhadores e trabalhadoras, porque há uma faixa, uma camada muito mal remunerada”, disse Marinho durante o lançamento do programa na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), em Salvador.
Realizada em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a iniciativa foi batizada como SEJA PRO+, e tem como slogan “Trabalho e Emprego”. O investimento previsto é R$ 200 milhões.
Pelas regras do programa, os cursos de formação e qualificação serão voltados para áreas que demandam mão de obra nas indústrias das localidades dessas pessoas e abordarão noções básicas de direitos dos trabalhadores.
Segundo a pasta, as primeiras 3 mil vagas estarão disponíveis nos seguintes municípios da Bahia:
Vitória da Conquista,
Feira de Santana,
Camaçari,
Salvador,
Juazeiro,
Jequié,
Teixeira de Freitas,
Luís Eduardo Magalhães,
Ilhéus.
De acordo com o Sesi, as inscrições começarão ainda este mês. Os interessados em acessar os cursos devem procurar a unidade do Sesi mais próxima ou acessar o portal do Sesi da Bahia.
Ao final do curso, uma lista com o nome dos alunos concluintes será encaminhada ao ministério, que repassará às agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine), para inserir esses trabalhadores no mercado de trabalho.
Isenção do IRPF
Luiz Marinho
Durante o lançamento do programa de cursos profissionalizantes, o ministro Luiz Marinho defendeu a proposta do governo de isentar do pagamento do Imposto de Renda sobre a Pessoa Física (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil, enviado ao Congresso Nacional, em março pelo governo federal.
O projeto do governo também cria desconto parcial para aqueles que recebem entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, reduzindo o valor pago atualmente. A matéria está em tramitação na Câmara dos Deputados.
Segundo o Ministério da Fazenda, a isenção deverá gerar uma renúncia fiscal prevista em R$ 25,8 bilhões e será financiada por meio da taxação de cerca de 141,3 mil pessoas que ganham mais de R$ 50 mil por mês - ou seja, 0,13% de todos os contribuintes do país.
Marinho reafirmou que a medida não vai ter impactos para as empresas.
“É um processo de distribuição de renda, no imposto de renda da pessoa física, de quem tem uma renda pessoal de mais de R$ 1 milhão ao ano. Não tem sobretaxa nas empresas. Temos que criar condições, nesse processo de redistribuição de renda, criar condições de as empresas pagarem menos impostos. Mas, nesse processo, é preciso que as pessoas milionárias, nesse país, paguem. Estamos falando de 141 mil pessoas nesse Brasil,” defendeu.
A estimativa é que mais de 10 milhões de brasileiros deverão ser beneficiados. Caso seja aprovada pelo Congresso, a proposta valerá a partir de 2026.
O dirigente maranhense Rodolfo Leite, presidente da Federação Maranhense de Judô (FMJ), foi eleito para integrar o Conselho de Administração da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) no ciclo 2025/2029, como um dos representantes das federações, em processo eleitoral concluído na noite da última quarta-feira (9). A eleição ocorreu por meio de voto direto dos presidentes de todas as federações estaduais do país.
Único candidato do Norte/Nordeste, Rodolfo Leite disputou uma vaga no Conselho de Administração da CBJ com outros três presidentes de federações e garantiu uma das duas vagas disponibilizadas no processo eleitoral. O presidente da FMJ recebeu 17 dos 54 votos possíveis (31,5%) e foi eleito junto com José Ovidio Duarte da Silva, de Mato Grosso do Sul, que teve 18 votos (33,3%).
"Me sinto muito honrado em fazer parte desse seleto grupo que estará à frente do judô nacional por quatro anos. Ao mesmo tempo que tenho consciência da responsabilidade do cargo, considero o resultado uma vitória para o nosso Estado, com uma votação muito expressiva, validando o nosso trabalho à frente da Federação Maranhense de Judô. Agradeço a todos que contribuem para o crescimento da nossa modalidade no Estado, nada disso seria possível sem vocês", destaca Rodolfo Leite.
O Conselho de Administração da CBJ é um órgão colegiado que é responsável por aconselhar e elaborar estratégias para a organização, formado por representantes da presidência, das federações e da comissão de atletas, além de representantes independentes.
Um dos nomes mais vitoriosos do esporte maranhense nas últimas temporadas, o nadador Davi Hermes está preparado para mais um grande desafio na carreira. Focado em ampliar a sua coleção de conquistas, Davi, que é atleta da Viva Água e conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, vai disputar o Campeonato Brasileiro de Natação CBDI neste sábado (12), no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo.
No Brasileiro CBDI 2025, que é promovido pela Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Intelectuais e tem o apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Davi Hermes vai participar de três provas, com destaque para as disputas dos 50m e 100m borboleta, onde o nadador maranhense quer conquistar o hexacampeonato nacional. Além disso, Davi vai lutar por medalha nos 200m borboleta, prova onde já faturou três ouros no Brasileiro CBDI e garantiu o bronze na edição de 2024.
Antes de viajar para o Brasileiro CBDI, Davi Hermes teve ótimos resultados nas primeiras competições da temporada de 2025. Além de conquistar cinco medalhas no Torneio Início da FMDA e no Troféu Aníbal Dias, válido como 1ª etapa do Circuito Maranhense Master de Natação, o atleta da Viva Água venceu as provas dos 50m nado livre e 100m borboleta do Troféu Beto Silva, organizado pela Federação Maranhense de Desportos Aquáticos (FMDA).
Temporada 2024
Davi Hermes inicia 2025 com a confiança elevada pela sequência de títulos e pódios conquistados na última temporada. Em 2024, o nadador maranhense teve um desempenho histórico nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), realizados em Brasília, faturando três ouros e duas pratas pela Universidade Ceuma. Com esses resultados, Davi chegou a 15 medalhas em três edições dos JUBs, sendo 11 ouros, três pratas e um bronze.
Antes dos JUBs 2024, Davi Hermes brilhou no V Torneio Aquafit e na Copa Amazônia Internacional, além de se destacar no Meeting Brasileiro de Natação CBDI 2024, levando dois ouros e um bronze, e nos Jogos Universitários Maranhenses (JUMs), ajudando a Universidade Ceuma a alcançar o primeiro lugar geral na natação.
Na mesma temporada, Davi Hermes conquistou oito medalhas na Copa Brasil de Natação Paradesportivo e faturou o pentacampeonato nos 50m e 100m borboleta do Campeonato Brasileiro de Natação, além de uma prata nos 50m livre e um bronze nos 200m borboleta.
Davi Hermes também competiu no 71° Campeonato Brasileiro Masters de Natação, sendo vice-campeão nos 200m borboleta, e venceu os 50m borboleta no Troféu Viva Água - Anibal Dias. Internacionalmente, o nadador maranhense representou o Brasil no Trisome Games 2024, na Turquia, garantindo um lugar no Top 10 mundial da categoria Sênior nos 50m e 100m borboleta.
O prazo para os pré-selecionados na lista de espera para bolsas do Programa Universidade para Todos (Prouni) do primeiro semestre de 2025 entregarem os documentos para a instituição de ensino superior escolhida termina nesta sexta-feira (11). Os documentos devem comprovar as informações prestadas no momento da inscrição.
A faculdade privada define se a entrega da documentação pode ser feita virtualmente ou de forma presencial na própria faculdade onde o candidato foi selecionado.
O ProUni oferta bolsas de estudo integrais (100%) e parciais (50%) do valor da mensalidade em cursos de graduação de instituições de educação superior privadas. O público-alvo do programa são os estudantes brasileiros sem diploma de nível superior.
Documentos
Os candidatos já podem conferir online o resultado da seleção no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, na aba do ProUni com Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha da conta da plataforma de serviços digitais do governo federal, o Gov.br.
Se o candidato tiver a documentação aprovada, poderá ingressar no ensino superior no Prouni ainda no primeiro semestre de 2025.
De acordo com o edital do Prouni 2025/1, entre os documentos exigidos dos estudantes estão o de identificação do candidato e dos membros do grupo familiar, além dos comprovantes de residência; de onde cursou o ensino médio; de rendimentos; e quando for o caso, se é professor da educação básica, se houve separação, divórcio ou óbito dos pais; ou se é pessoa com deficiência.
Para ser beneficiário das bolsas integrais, o inscrito deve ter a renda familiar bruta mensal por pessoa até um salário mínimo e meio, atualmente R$ 2.277. No caso de bolsas parciais (50%), o candidato deve comprovar que a renda familiar bruta mensal per capita não ultrapassa três salários mínimos (R$ 4.554).
As instituições de ensino ainda podem fazer exigências adicionais.
Prouni 2025/1
Nesta primeira edição do Prouni, foram ofertadas 338.444 bolsas em 403 cursos de 1.031 instituições privadas por todo o país. Dessas bolsas, 203.539 são integrais e 134.905 parciais.
A edição de 2025 do Prouni teve 1,5 milhão de inscrições, sendo que cada participante pode escolher até dois cursos para concorrer à bolsa.
Na primeira chamada do Prouni 2025/1, divulgada no início de fevereiro, 197.080 estudantes foram pré-selecionados.
Na segunda chamada, no fim de fevereiro, foram convocados 86.373 pré-selecionados.
Neste ano, o Prouni comemora 20 anos de existência, com mais de 3,4 milhões de estudantes beneficiados.
A porcentagem de crianças negras (40,2%) em creches brasileiras superou, no ano passado, a de brancas (38,3%) pela primeira vez na história. Os dados foram divulgados nessa quarta-feira (9), no Censo Escolar 2024, pelo Ministério da Educação (MEC). Em 2023, por exemplo, eram 35,1% brancas e 34,7% negras.
Nas creches públicas, especialmente, houve maior elevação de crianças negras: passaram de 38% para 45%. De acordo com a especialista Mariana Luz, diretora executiva da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (entidade que atua pelos direitos da infância), trata-se de um percentual significativo e importante.
“É a primeira vez que há um aumento do número de crianças negras na série (histórica). Também é a primeira vez que o número de crianças negras ultrapassa o de brancas na creche”, afirmou.
No entanto, a diretora da entidade alerta para o fato de que essa elevação não é suficiente e poderia ser maior em vista da necessidade de um processo histórico de reparação.
“Ao olharmos para os dados do Cadúnico, sabemos que essas crianças são, infelizmente, as mais vulnerabilizadas. E que deveriam ter prioridade para serem inseridas sobretudo nessa busca de inclusão na etapa da creche, que é voluntária”, pondera.
Busca ativa
Segundo a especialista, torna-se necessária a busca ativa de crianças negras para garantir o direito de estarem na sala de aula. No cenário brasileiro, a maior quantidade de crianças está em creches públicas (66%).
Mariana Luz diz que há uma boa notícia de que o Brasil vem numa crescente de matrículas na educação infantil, primeiras etapas da educação básica. “Elas são fases estruturantes para o processo de desenvolvimento da criança. A da primeira infância, que compõe essas duas etapas escolares, é uma fase onde há um pico de desenvolvimento”, observa a especialista.
“A todo o vapor
A fase da educação infantil, de acordo com Mariana Luz, é quando o cérebro está “a todo vapor” e fazendo um milhão de conexões por segundo. Até os seis anos de idade, 90% do cérebro se constituem.
“Quando a criança recebe uma educação de qualidade na educação infantil, ela tem o maior potencial de ter uma jornada educacional ao longo de toda a sua vida, na qual vai aprender até três vezes mais”, diz.
Entre os impactos da presença das crianças na educação infantil, há, segundo Mariana Luz, o estímulo ao processo cognitivo e socioemocional e, no futuro, reflexos econômicos para as pessoas.
“Está comprovado por uma série de estudos e evidências que a educação infantil de qualidade gera retornos econômicos, como maior inserção no mercado de trabalho”.
Para ela, é necessário priorizar e considerar urgente essa fase de tendência de garantia do acesso. De forma geral, em relação à creche, o número de matrículas cresceu em 1,5% e 59% das crianças estão em tempo integral.
Estagnação
No entanto, a especialista analisa que houve, a par dos crescimentos pontuais, uma estagnação das matrículas em creche. “Embora não tenha havido retrocesso, a melhora não é significativa”. O Plano Nacional de Educação prevê uma meta de 50% das crianças em creches, mas essa porcentagem ainda está em 38,7%.
Outro alerta trazido no censo é que em relação à pré-escola, houve queda de 0,6%.
“Quando a gente olha para as crianças que estão fora da pré-escola, notadamente são aquelas em maior vulnerabilidade socioeconômica”. São essas crianças, conforme analisa a especialista, que mais iriam se beneficiar da inserção na escola em ambiente de aprendizagem, de desenvolvimento e proteção.
A responsabilidade com a educação infantil é da gestão municipal. No entanto, Mariana Luz lembra que deve se levar em consideração o pacto federativo para que os estados e também a União possam garantir a entrega desse serviço com qualidade, infraestrutura e professores qualificados.
“Um sistema que de fato olhe para a criança como prioridade absoluta. Que entenda essa fase da vida como a maior janela de oportunidade para quebrar os ciclos intergeracionais de pobreza e para enfrentar as tamanhas desigualdades do nosso país”, disse.