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O Ministério da Educação anunciou, nesta quarta-feira (29), a liberação de 100% do custeio para universidades, institutos federais de todo o país e instituições vinculadas à pasta. “Pelo segundo ano consecutivo, garantimos 100% do custeio para a rede federal, fato que não acontecia há alguns anos”, declarou o ministro Mendonça Filho. “Reafirmamos nosso compromisso com a educação superior, técnica e tecnológica, assegurando a manutenção adequada do dia a dia, como limpeza, vigilância e outras atividades essenciais, para o bom funcionamento dessas instituições, dando tranquilidade aos professores, servidores e todos os estudantes brasileiros”.

Do montante de R$ 1,023 bilhão liberados nesta quarta, R$ 497,04 milhões são referentes a recursos financeiros discricionários, quantia que, somada ao que já foi repassado este ano, chega a R$ 7 bilhões. Os repasses da atual liberação somam R$ 343,54 milhões para as universidades e R$ 148,54 milhões para os institutos federais. O restante, R$ 4,96 milhões, foi repassado ao Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), ao Instituto Benjamin Constant (IBC) e à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), órgãos vinculados ao MEC. Os recursos serão aplicados em manutenção, custeio e pagamento de assistência estudantil, entre outras finalidades.

Os outros R$ 525,6 milhões liberados referem-se ao limite de empenho para custeio das instituições federais de ensino. Com isso, pelo segundo ano consecutivo, a atual gestão do MEC garante que as universidades e institutos federais tenham 100% do orçamento disponível para as despesas necessárias à manutenção e à regular continuidade da prestação dos serviços.

A maior parte do orçamento de custeio liberado, R$ 366,7 milhões, será repassada às universidades federais, cujo total de recursos chegará a R$ 5,1 bilhões liberados neste ano. Já a rede federal de educação profissional, científica e tecnológica receberá R$ 158,9 milhões, chegando a R$ 2,21 bilhões de orçamento para custeio.

Em março de 2016, o MEC teve corte de R$ 6,4 bilhões no orçamento do ano. Quando assumiu, em maio do ano passado, a atual gestão do MEC recuperou R$ 4,7 bilhões do que havia sido cortado. Com essa recomposição, foi possível dar continuidade aos programas, preservar recursos para custeio e possibilitar a retomada de obras nas instituições federais.

(Fonte: MEC)

Termina, na próxima quinta-feira (30), o prazo para renovação dos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre deste ano. Até a manhã de hoje (28) , 1,09 milhão de alunos já haviam feito o aditamento, o que representa 85,1% do total de contratos previstos para este semestre.

Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), quem não renovar o contrato dentro do prazo ficará sem o financiamento para este semestre, mas poderá tentar novo aditamento no semestre que vem. O prazo para renovação do Fies já foi estendido duas vezes e, de acordo com o Ministério da Educação (MEC), não haverá mais prorrogação.

Os contratos do Fies devem ser renovados a cada semestre. O pedido de aditamento é feito inicialmente pelas instituições de ensino e, em seguida, os estudantes devem validar as informações inseridas pelas faculdades no Sistema Informatizado do Fies (SisFies).

Para os aditamentos simplificados, a renovação é formalizada com a validação do estudante no sistema. No caso do aditamento não simplificado, quando há alteração nas cláusulas do contrato, como mudança de fiador, por exemplo, o estudante precisa levar a documentação comprobatória ao agente financeiro (Banco do Brasil ou Caixa) para finalizar a renovação.

(Fonte: Agência Brasil)

Leia:
"Paciente reclama que o hospital não empresta cadeira de rodas”

O uso do verbo RECLAMAR requer atenção. Sua variação de significado pode ser assinalada por uma simples preposição. RECLAMAR alguma coisa é diferente de RECLAMAR de alguma coisa.

Queixar-se de algo é o mesmo que RECLAMAR de algo. O leitor há de convir que RECLAMAR algo” tem sentido bem diferente. Quem reclama algo (sem o “de”) faz uma exigência, o que é bem diverso de apenas lamentar alguma coisa.

Exemplos podem ajudar a perceber isso: “Os manifestantes reclamavam seus direitos” (reivindicavam, exigiam) é diferente de “Os moradores reclamavam do barulho” (queixavam-se).

Numa construção como “reclamação trabalhista”, o termo “reclamação” deriva do transitivo direto (RECLAMAR um direito). O título acima reproduzido deveria, portanto, ter uma preposição “de” depois do verbo RECLAMAR.

Veja abaixo:

Paciente reclama de que o hospital não empresta cadeira de rodas

Acrescentando...
Dicionário de dificuldades da língua portuguesa – Domingos Paschoal Cegalla
Reclamar. [Do lat. Reclamare, gritar contra, protestar.]
V. i. 1. Fazer reclamações, queixar-se: Quando as coisas vão mal nós reclamamos.

T.d. 2. Pedir, exigir, reivindicar: Ela reclamou a devolução do dinheiro. / A vida moderna reclama meios de transporte rápidos. / Os trabalhadores reclamavam melhores salários. / Que os cidadãos reclamem o respeito às leis.

T.i. 3. Manifestar descontentamento, queixar-se, protestar: Os moradores do bairro reclamam da falta de segurança. / São injustiças contra as quais o povo deve reclamar. / Reclamaram contra a mudança do itinerário.

T.d.e i. 4. Pedir a alguém uma coisa devida ou justa, exigir, reivindicar: Reclamei da empresa o pagamento dos salários atrasados. / Procurei-o várias vezes para reclamar-lhe a devolução do livro.

Manual de redação e estilo - jornal O Globo
Reclamar – Reclama-se alguma coisa ou de alguma coisa já “reclamou que” não é bom estilo.

Manual de redação e estilo – jornal O Estado de S.Paulo
ReclamarRegência. 1 – (tr. dir.). Exigir, pedir, invocar: Reclamar seus direitos, reclamar justiça, reclamar reformas, reclamar vingança, reclamar melhores salários. 2 – (tr. ind.). Protestar, opor-se a: Reclamar contra os preços altos, reclamar dos pais, reclamar dos preços. 3 – (tr. dir. e ind.). Invocar, implorar: Reclamou justiça ao presidente. / Reclamou a ajuda do irmão. 4 – (intr.). Queixar-se, protestar: Se não estiver satisfeito, reclame. / Todos reclamavam muito.

Michaelis – Português Fácil: tira-dúvidas de redação – Douglas Tufano

Reclamar
Podemos dizer: 1 reclamar de (ou contra, por) alguém ou alguma coisa: Ele reclamou do colega / Ela reclamou do barulho / Eles reclamaram contra as injustiças / Todos reclamam por um governo mais justo. 2 reclamar, sem preposição, significa exigir: Os trabalhadores reclamam melhores salários.

Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa – Luiz Antonio Sacconi
Reclamar
Rege contra ou de (queixar-se, protestar) e apenas de (exigir; reivindicar): Ela reclama contra a (ou da) comida do hospital; O povo reclama contra a (ou da) falta de segurança, e o governo não faz nada. Reclamar contra o (ou do) barulho. O namorado reclamou dela todos os presentes que lhe havia dado. O presidente reclamou do ministro as providencias necessárias. O eleitorado reclama agora do deputado as promessa feitas durante a campanha. Os trabalhadores reclamam da empresa o pagamento das horas extras.

O gabarito oficial do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), deste ano, será divulgado até a próxima sexta-feira (1º) no Portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O resultado individual será disponibilizado na Página do Participante, mas ainda não há data prevista.

As provas do Encceja foram aplicadas no dia 19 de novembro. O exame é direcionado aos alunos que não concluíram os estudos na idade adequada e desejam obter a certificação no ensino fundamental ou no ensino médio.

Avaliação

Assim como no Exame Nacional do Ensino Médio, (Enem), o cálculo das proficiências nas provas objetivas do Encceja tem como base a Teoria de Resposta ao Item (TRI), em que o valor de cada questão varia conforme o percentual de acertos e erros dos estudantes naquele item. O desempenho na prova objetiva será quantificado em cada prova numa escala de proficiência com média 100 e desvio padrão de 20 pontos.

O participante será considerado habilitado se atingir o mínimo de 100 pontos em cada uma das áreas de conhecimento do Encceja. O nível 100 dessa escala significa que o participante desenvolveu as habilidades mínimas necessárias para obter a certificação.

No caso de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Artes e Educação Física no ensino fundamental e de Linguagens e Códigos e suas Tecnologias no ensino médio, para obter a certificação ou declaração de proficiência, você deverá obter proficiência também na Redação. Será considerado habilitado na Redação quem tiver nota igual ou superior a 5 pontos, em uma escala entre 0 e 10 pontos.

(Fonte: Agência Brasil)

Ensinar o aluno a ser auditor cívico e a fiscalizar a execução de políticas públicas no âmbito escolar é a missão do projeto Controladoria na Escola, desenvolvido no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 404, de Samambaia, em Brasília (DF). Trata-se de uma iniciativa da Controladoria Geral do Distrito Federal (CGDF) que promove o controle social, a educação ética e cidadã e o combate à corrupção. Este é o tema do programa “Educação no Ar”, exibido pela TV MEC na última quinta-feira (23).

O projeto ensina, de forma lúdica, como se faz uma auditoria, o significado de educação fiscal e aborda pequenos atos cometidos no dia a dia que se enquadram na categoria de corrupção. Assim, o aluno atua como fiscal, identifica problemas e propõe mudanças para a melhoria do ambiente escolar.

O diretor do CEF 404 de Samambaia, Paulo Rogério Leão, participa do projeto desde o ano passado e conta que, quando a CGDF procurou a escola, todos abraçaram a ideia imediatamente. “Ficamos felizes, pois são iniciativas novas. Nós sempre esperamos novos projetos”, valoriza. A iniciativa também entusiasmou os pais dos alunos: “Eles ficaram vislumbrados [de ver] como uma entidade que parecia tão inacessível estava agora dentro da escola. Perceberam que a mão do Estado está chegando às pessoas que precisam”.

Participação

Os estudantes foram escolhidos como auditores. O papel deles é fiscalizar, apontar os problemas da escola e mostrar também as soluções. “Uma coisa simples como o lixo no pátio”, resume o diretor. “É o Estado que vai resolver ou somos nós? O trinco do banheiro que está quebrado, a parede que está suja... São pequenas coisas que eles próprios visualizam e apontam quem pode resolver o problema”.

O projeto envolve toda a comunidade escolar. Até o ano passado, participavam os alunos do nono ano do ensino fundamental e do ensino médio. Em 2017, os estudantes do oitavo ano também começaram a atuar diretamente. “Agora, o que eles apontam nessa auditoria e [a indicação de] quem vai resolver os problemas envolve todo mundo”, reforça Paulo Rogério.

Com a iniciativa, outros três projetos surgiram na escola: a monitoria, a horta comunitária e a revitalização do espaço. A participação ativa nesse trabalho estimulou os estudantes a buscarem mais. “Necessariamente, esse projeto trouxe melhorias para dentro da escola”, avalia o diretor. “O aluno chega à horta e não sabe o que é um quiabo. Eu digo: vá ao laboratório e faça uma pesquisa. Aí, de quebra, ele adquire conhecimentos sobre irrigação e questões matemáticas”.

Prêmio

A CGDF lançou o primeiro prêmio Escola de Atitude, ligado ao projeto Controladoria na Escola. A unidade escolar vencedora receberá R$ 50 mil. “Os alunos sabem que esse dinheiro é para a escola e faremos uso dele conforme a orientação dos próprios estudantes”, adianta Paulo Rogério. “Agora, a escola tem vários auditores capazes de dizer onde a escola deve usar esse dinheiro”. A motivação, lembra ele, vai além da premiação financeira, pois os professores também concorrem a bolsas de estudo em nível de mestrado.

A parte de revitalização do ambiente escolar é feita pela comunidade. “Eles manifestaram o interesse de estar dentro da escola para consertar uma lâmpada, uma torneira, o reparo do bebedouro etc.”. Um dos entraves que a CEF 404 de Samambaia sempre buscou transpor foi a questão da participação da comunidade dentro da escola.

“O fato de os estudantes se sentirem pertencentes àquele ambiente não é simples”, analisa Paulo Rogério. “Explicar aos pais que as notas do filho dependem de alguns fatores e que eles, pais, podem contribuir dentro da escola é um desafio. A parceria com outros órgãos, antes vistos como inacessíveis, passa a mostrar aos pais que eles também podem ser protagonistas na vida dos filhos”.

(Fonte: MEC)

O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2017 será realizado neste domingo (26). Os participantes que ainda não sabem onde farão suas provas poderão consultar os locais sem acessar o ambiente restrito do estudante. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) liberou a consulta pública aos locais de prova, basta acessar o Sistema Enade.

Além de fazer a prova, o participante deve preencher o questionário do estudante – até dia 26 – para obtenção da situação de regularidade junto ao Enade. O preenchimento é obrigatório. Os estudantes que ainda não têm acesso ao documento precisam entrar no ambiente restrito do Sistema Enade, seguindo atentamente os procedimentos para primeiro acesso, alteração da senha temporária ou recuperação de senha. Segundo o Ministério da Educação, cerca de 12 mil participantes que se cadastraram no Enade ainda estão com senha provisória por terem esquecido ou fornecido senhas erradas.

Provas

Os portões serão abertos às 12h (horário de Brasília) e fechados às 13h. A aplicação da prova terá início às 13h30. O Enade é componente curricular obrigatório dos cursos de graduação e avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos, habilidades e competências adquiridas.

Neste ano, o exame será aplicado apenas para alunos concluintes, ou seja, aqueles que tenham expectativa de conclusão do curso até julho de 2018 ou que tenham cumprido 80% ou mais da carga horária mínima do currículo do curso até o final das inscrições do Enade 2017.

A cada ano, o exame avalia um grupo diferente de cursos superiores, ciclo que se repete a cada três anos. Nesta edição, o Enade vai avaliar os estudantes dos cursos que conferem diploma de bacharel nas áreas de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Computação, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia de Produção, Engenharia Elétrica, Engenharia Florestal, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Engenharia e Sistemas de Informação; dos cursos que conferem diploma de bacharel e licenciatura nas áreas de Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Filosofia, Física, Geografia, História, Letras-Português, Matemática e Química; dos cursos que conferem diploma de licenciatura nas áreas de Artes.

(Fonte: Agência Brasil)

Os estudantes poderão renovar os contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) até 30 de novembro. Originalmente, o prazo terminava hoje (20) e foi estendido por mais 10 dias. De acordo com o Ministério da Educação, esta é a última prorrogação do prazo e chance dos interessados em continuar com o financiamento.

A portaria com a prorrogação do prazo será publicada amanhã (21) no Diário Oficial da União (DOU).

Até o dia 30 de novembro, os estudantes poderão fazer a transferência integral de curso ou de instituição de ensino e de solicitar mais prazo para uso do financiamento.

O MEC alerta que os contratos do Fies devem ser renovados a cada semestre. Inicialmente, o pedido de renovação é feito pelas faculdades e, depois, os estudantes devem validar as informações no Sistema Informatizado do Fies (SisFies).

“Nos aditamentos simplificados, a renovação é formalizada a partir do momento em que o estudante faz a validação no sistema. Já no aditamento não simplificado – quando há alteração nas cláusulas do contrato, como mudança de fiador –, o estudante precisa levar toda a documentação comprobatória ao agente financeiro”, informa o ministério.

Conforme levantamento do MEC, do total de 1,28 milhão de contratos previstos para o segundo semestre deste ano, 1.067.568 alunos já haviam feito o aditamento até a última sexta-feira, o equivalente a 83%.

(Fonte: Agência Brasil)

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Há meio século, em 19 de novembro de 1967, morria o escritor João Guimarães Rosa, apenas três dias depois de assumir a cadeira número 2 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele havia sido eleito quatro anos antes, por unanimidade, em 1963. No auge da carreira, o autor consagrado por sua recriação da linguagem da literatura temia a emoção de tomar posse como acadêmico e, de fato, um infarto o matou aos 59 anos de idade.

Naquele mês de novembro de 1967, os jornais da época destacavam o fato de que, em uma mesma semana, a filha do autor mineiro, Wilma Guimarães Rosa, lançaria seu primeiro livro, “Acontecências”, no dia 13, e três dias depois, seu pai tomaria posse na ABL.

“Eram duas maravilhosas acontecências em nossas vidas, eu lançando meu primeiro livro e meu pai tendo o coroamento da carreira literária dele. Infelizmente, para nossa tristeza, no domingo, Dia da Bandeira que ele tanto reverenciava, Deus o chamou. Foi uma semana que começou linda, mágica, entusiasmante, e terminou de um modo trágico para todos nós, família, amigos, leitores, admiradores. Porém, resta o consolo da frase que meu pai proferiu, junto com o discurso de posse na Academia Brasileira de Letras: as pessoas não morrem, ficam encantadas”, relembra Wilma, em depoimento na página do Facebook da editora Nova Fronteira, há três décadas responsável pela publicação da obra de Guimarães Rosa.

Em vários pontos do país, homenagens estão programadas para lembrar a data. Em Belo Horizonte, a Praça Guimarães Rosa, no Bairro Cidade Nova, será reinaugurada hoje (19), passando a contar com uma estátua do autor. Também neste domingo, em São Paulo, a Livraria da Vila, no Bairro dos Jardins, recebe, a partir das 11h, atores, entre eles Lima Duarte, para leituras de trechos do romance “Grande Sertão: Veredas”; às 16h, a escritora Noemi Jaffe dá uma palestra sobre o autor no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) da capital paulista.

Já no CCBB do Rio de Janeiro, a homenagem será em janeiro de 2018, quando o centro cultural receberá o espetáculo/instalação “Grande Sertão: Veredas”, da diretora Bia Lessa. O espetáculo marca o reencontro de Bia com a encenação teatral – sua última peça foi “Exercícios nº 2: formas breves”, em 2009 – e com a obra do escritor mineiro: em 2006, ela foi a responsável pela exposição com o mesmo título do romance que inaugurou o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.

Travessia

Nascido em Cordisburgo (MG), em 27 de junho de 1908, João Guimarães Rosa se mudou aos 10 anos para Belo Horizonte, onde se formou em Medicina em 1930 e começou a trabalhar como capitão médico da Força Pública do Estado de Minas Gerais. Um ano antes da formatura, porém, ele já havia tido sua estreia literária, com a publicação, na revista “O Cruzeiro”, do conto “O mistério de Highmore Hall”.

Em 1936, a coletânea de versos “Magma”, obra inédita, recebe o Prêmio Academia Brasileira de Letras, com elogios do poeta Guilherme de Almeida (1890-1969). Nessa época, Guimarães Rosa já havia iniciado a carreira de diplomata, na qual ingressara por concurso em 1934.

Ao longo das duas décadas seguintes, foi sucessivamente cônsul em Hamburgo, na Alemanha; secretário de embaixada em Bogotá, na Colômbia; chefe de Gabinete do ministro João Neves da Fontoura (a quem viria a suceder, na ABL), e representante brasileiro em conferências de Paz e da Unesco, em Paris. Em 1951, voltou ao Brasil e foi nomeado, novamente, chefe de Gabinete do chanceler João Neves da Fontoura e, depois, chefe da Divisão de Orçamento (1953) e do Serviço de Demarcação de Fronteiras do Itamaraty.

Paralela à carreira de diplomata, a de escritor já lhe havia garantido lugar de destaque na literatura brasileira desde 1946, com a publicação do livro de contos “Sagarana”. As inovações na linguagem, a estrutura narrativa e a riqueza nos simbolismos são características que marcam o novo significado da temática regionalista na literatura brasileira, trazido pelos contos de Guimarães Rosa.

Em 1952, o escritor fez uma longa excursão a Mato Grosso, que o colocou em contato com os cenários, os personagens e as histórias que ele iria recriar em sua obra-prima, o romance “Grande Sertão: Veredas” , lançado em 1956, com o ciclo novelesco “Corpo de Baile” . Indiscutivelmente, um dos mais importantes textos da literatura brasileira e mundial, o livro foi o único brasileiro, entre obras de escritores de 54 países, a ser incluído em um “ranking” publicado em 2002 na Noruega dos 100 melhores romances do mundo.

Na tarefa de experimentar e recriar a linguagem literária, Guimarães Rosa inventou vocábulos, utilizou arcaísmos e palavras populares e recorreu a inovações semânticas e sintáticas. “Primeiras Estórias” (1962), “Campo Geral” (1964) e “Tutaméia – Terceiras Estórias” (1967) foram outras obras desse escritor universal, traduzido e publicado em diversas línguas, adaptado para o cinema e a televisão e detentor de vários prêmios literários.

(Fonte: Agência Brasil)

Um jovem estudante do agreste pernambucano, formado em economia, obteve classificação para seis programas de mestrado em cinco universidades públicas. A história de Risomário Williams, de 24 anos, começa em Bezeiros, a cerca de 100 quilômetros de Recife, quando, ainda garoto, frequentou a escola pública de Referência em Ensino Médio da cidade. Lá ele estudou em regime integral.

“A escola de referência apresenta uma série de possibilidades. Ela permite que você sonhe com alguma coisa, que você tenha algum tipo de ideal e, a partir disso, você passa a traçar um objetivo na sua vida”, lembra. O estudante teve ao seu favor o movimento de interiorização das instituições federais, quando um campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foi instalado a cerca de 30 quilômetros de sua casa e ele conseguiu terminar sua graduação em economia sem ter que se deslocar até a capital.

“Antes dessa interiorização, acredito que as dificuldades eram maiores porque para fazer um curso superior você teria que pagar uma universidade ou teria que se deslocar para o Recife. A própria interiorização das universidades federais amenizou essas dificuldades que existiam. Eu acho que agora é mais fácil entrar no ensino superior e começar a traçar um objetivo de vida”, afirma.

Ele foi aprovado nos programas de mestrado da UFPE, para Recife e Caruaru, e nas universidades Federal da Paraíba (UFPB), Federal do Rio Grande Norte (UFRN), Estadual do Rio Grande do Norte (Uern) e Federal de Alagoas (Ufal).

Avaliação

A aprovação veio depois que Risomário se submeteu ao Exame da Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (Anpec). O objetivo do exame é avaliar a qualificação acadêmica dos candidatos e fornecer aos centros os resultados da avaliação.

Não é um vestibular – não aprova, nem reprova. Apenas classifica os candidatos. Também, não há uma única classificação, já que cada centro usa seu próprio sistema de pesos para calcular a nota média. A média e a classificação obtidas por Risomário lhe deram a opção de escolha e ele optou pelo programa de mestrado da UFPE em Recife.

“Primeiro porque é um dos mais bem avaliados pela Capes aqui na região Norte e Nordeste. É o único que tem nota cinco. Segundo, porque eles me ofereceram bolsa de estudo. E, terceiro, porque fica aqui no estado mesmo. É mais próximo e sempre tem a possibilidade de visitar meus familiares, pelo menos, uma ou duas vezes por mês”, detalha.

Futuro

As aulas começam entre fevereiro e março do ano que vem. Risomário pretende aprofundar suas pesquisas na área de macroeconomia e finanças. O próximo objetivo dele é chegar ao doutorado e depois realizar outro sonho: dar aulas. E ele já sabe como fazer isso.

“Levar a ciência de uma maneira mais dinâmica, mais intuitiva e fazer com que aquilo não fique limitado a artigos que só pessoas do mais alto nível do ensino superior consigam acessar. Eu quero tentar trazer a ciência para a realidade do povo para ficar mais perto das pessoas, uma forma de facilitar a vida das pessoas”, planeja.

(Fonte: MEC)

Mais de 1,5 milhão de pessoas que ainda não concluíram os cursos do ensino fundamental e médio terão, neste domingo (19), mais uma oportunidade para atingir esse objetivo. O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2017 será realizado em 564 municípios. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), este ano, serão 301.583 participantes do ensino fundamental e 1.272.279 do ensino médio.

O exame será aplicado em dois turnos. De manhã, os portões abrirão às 8h e serão fechados às 8h45, os testes começam às 9h e terminam às 13h, no horário de Brasília. Os candidatos do ensino fundamental farão provas de ciências naturais, história e geografia. Para o ensino médio, as provas serão de ciências da natureza e suas tecnologias, além de ciências humanas e suas tecnologias.

No turno da tarde, os portões abrirão às 14h e fecharão às 15h15. O exame começa às 15h30 e vai até as 20h30. Os candidatos do ensino fundamental farão as provas de língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes, educação física, matemática e redação. Para o ensino médio, haverá os testes de linguagens e códigos e suas tecnologias, redação e matemática e suas tecnologias.

De acordo com o MEC, as provas objetivas terão, cada uma, 30 questões de múltipla escolha. Para obter o certificado ou a declaração de proficiência, o participante deve fazer, no mínimo, 100 dos 200 pontos possíveis em cada uma das áreas de conhecimento, informa o MEC.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou os locais de provas, que podem ser acessados pelos candidatos no site do instituto.

(Fonte: Agência Brasil)