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O resultado da pré-seleção do P-Fies, uma das modalidades do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), será divulgado na próxima segunda-feira (26), de acordo com edital publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (23). O prazo foi ampliado para que os bancos conveniados entregassem as análises de crédito à Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) do Ministério da Educação.

Serão oferecidas 75 mil vagas, para o primeiro semestre de 2018, aos candidatos com renda mensal por pessoa da família de até cinco salários mínimos. Para atingir esse público, o Novo Fies terá recursos dos Fundos Constitucionais e dos Fundos Regionais de Desenvolvimento.

O P-Fies é o Programa de Financiamento Estudantil destinado à concessão de financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos, com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC. As condições para concessão do financiamento ao estudante serão definidas entre o agente financeiro operador do crédito (banco), a instituição de ensino superior e o estudante.

(Fonte: MEC)

Celebrado em 21 de março, o Dia Internacional da Síndrome de Down busca conscientizar a sociedade sobre a importância do respeito e da inclusão. Os desafios persistem, mas, a cada ano, esse apelo ganha mais força nas escolas.

Hoje, a presença nas escolas regulares de alunos com síndrome de Down é uma realidade e vem comprovar que a convivência com as diferenças, além de enriquecer o ambiente escolar, é um direito de todos.

Aluno do Centro de Ensino Especial nº 1 de Sobradinho, David Aquino de Oliveira, de 26 anos, tem síndrome de Down e faz da sua atuação uma forma de lutar contra o preconceito. Ele participa do projeto Fashion Inclusivo, uma ação que começou na escola onde estuda por iniciativa de uma professora. O projeto cresceu e a educadora que idealizou a proposta decidiu abrir uma associação. Mensalmente, crianças, adolescentes e adultos com síndrome de Down e outras deficiências se reúnem, juntamente com seus pais, para ensaiar e organizar os desfiles.

“As roupas são emprestadas pelas lojas ou a gente compra”, conta a mãe de David, Maria do Carmo Aquino. “A proposta do Fashion Inclusivo é mostrar que as pessoas que são especiais podem desenvolver qualquer coisa. ” Por conta do projeto, David já esteve duas vezes em Foz do Iguaçu (PR), em São Paulo, já foi para o Paraguai e para a Argentina”.

Maria do Carmo destaca o gosto do filho por atividades ligadas às artes. Na escola, David participa da oficina pedagógica onde aprende a fazer tapetes e outros artesanatos. Também na escola, já teve aulas de judô e, atualmente, faz natação, uma das disciplinas que mais aprecia. “Eu gosto de tudo, faço tudo aqui”, afirma o estudante.

Mobilização

A professora de David, Denirse Fonseca, tem especial carinho pelo jovem. “Ele é muito tranquilo e muito carinhoso e interage bem”, resume. “Na turma dele, tem mais duas meninas com Down. Para nós, professores, os desafios são muitos, mas, se a gente tem o apoio da família e da instituição, é um trabalho que pode ser bem realizado. Além da formação, é necessário ter boa vontade e amor pela profissão”.

Diretora de Políticas da Educação Especial do MEC, Patrícia Neves Raposo destaca que o 21 de março é uma data fundamental para mobilizar governos e sociedade em torno de uma reflexão sobre os direitos humanos. “O MEC, por meio dos seus programas e ações, tem apoiado sistemas de ensino para garantir o acesso à participação e aprendizagem de todos os alunos”, informa. “Nosso desafio, agora, é garantir a participação dos alunos, qualificando sistemas de ensino e professores e melhorando a acessibilidade para que todos os alunos tenham o seu processo escolar e de aprendizagem efetivos”.

(Fonte: MEC)

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Neste ano, os candidatos que participarão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terão 30 minutos a mais para fazer a prova do segundo dia, que reúne conteúdos de ciências da natureza e matemática. Segundo o edital da prova, publicado, nesta quarta-feira (21) no Diário Oficial da União, os estudantes terão cinco horas para fazer a prova no segundo dia e cinco horas e meia no primeiro dia.

Assim como em 2017, neste ano, as provas do Enem serão realizadas em dois domingos seguidos: nos dias 4 e 11 de novembro. A estrutura da prova também não mudou: no primeiro dia, serão aplicadas as provas de redação, linguagens e ciências humanas, com duração de cinco horas e meia e, no segundo dia, as provas de ciências da natureza e matemática, com cinco horas de duração.

As inscrições deverão ser feitas das 10h do dia 7 de maio às 23h59 de 18 de maio deste ano.

A taxa de inscrição foi mantida em R$ 82. O pagamento deve ser feito entre os dias 7 e 23 de maio.

Isenções

A solicitação de isenção da taxa de inscrição deve ser feita entre os dias 2 e 11 de abril. Serão isentos os estudantes que estejam cursando a última série do ensino médio neste ano em escola da rede pública, ou que tenha cursado todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada e tenha renda “per capita” igual ou inferior a um salário mínimo e meio.

Também tem isenção o participante que declarar estar em situação de vulnerabilidade socioeconômica, por ser integrante de família de baixa renda e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal . Neste ano, também são isentos os participantes do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) do ano passado.

Os participantes isentos da taxa de inscrição que não compareceram nos dias de prova no Enem do ano passado terão que justificar a ausência por meio de atestado médico, documento judicial ou boletim de ocorrência para fazer o Enem 2018 sem pagar a taxa. O prazo para justificar a ausência no Enem do ano passado vai de 2 a 11 de abril.

O participante que não apresentar justificativa de ausência no Enem 2017 ou tiver a justificativa reprovada após o recurso e desejar se inscrever no Enem 2018 deverá pagar o valor da taxa de inscrição.

Segurança

O edital do Enem continua prevendo a realização de revista eletrônica nos locais de prova, por meio do uso de detectores de metais. A novidade deste ano é que os alunos também deverão permitir que os artigos religiosos, como burca e quipá, sejam revistados pelo aplicador das provas. Quem não permitir a revista poderá ser eliminado.

Imprevistos

Segundo o edital deste ano, o participante afetado por problemas logísticos durante a aplicação poderá solicitar reaplicação do exame em até cinco dias úteis após o último dia de aplicação. Os casos serão julgados, individualmente, pela Comissão de Demandas.

No ano passado, cerca de 3,5 mil estudantes tiveram que refazer as provas em outra data por problemas como falta de energia nos locais do exame.

Direitos Humanos

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) retirou do edital o item que determinava que a redação que desrespeitasse os direitos humanos teria nota zero. No ano passado, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou a suspensão da regra que previa a anulação da redação que violasse os direitos humanos.

Os resultados do Enem poderão ser usados em processos seletivos para vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas de estudo em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

(Fonte: Agência Brasil)

A contadora de histórias Mariane Bigio, de Recife, tem 30 anos e começou na arte da contação com o de escritora de cordel, em 2007. Cinco anos depois, ao lado da irmã, a musicista Milla Bigio, montou o espetáculo infantil “Cordel Animado”. Em 2015, as histórias também passaram a ser contadas em um canal do YouTube, que hoje tem quase cinco mil inscritos. Para ela, ser uma contadora de histórias é mais que uma profissão. É uma missão de vida. O Dia Internacional do Contador de Histórias é comemorado em 20 de março.

“Sinto que tenho uma missão no mundo, de levar histórias, mensagens e emoções para o público como um todo, dos menores aos maiores, de zero a mais de 100 anos. Mas, principalmente, para crianças. Porque esse trabalho que faço é só de formação de leitores, mas também na formação do ser”, observa Mariane. “Eu me sinto realizada por ter sido escolhida pelas histórias. Acredito que a literatura é que escolhe a gente”.

A contadora leva suas histórias para crianças de creches e escolas, além de participar de festivais e apresentações em diversos locais, como livrarias. Ela comemora a existência de uma data que celebra sua profissão e ressalta a importância da data como uma importante oportunidade para refletir e discutir a profissionalização dos contadores de histórias.

“Temos várias pessoas ao redor do país discutindo a profissão, as diferenças que existem nos tipos de narração, nas formas e possibilidades de contar histórias, e se juntando, pois, o mais importante como segmento é andar juntos”, observa.

O Dia Internacional do Contador de Histórias teve início na Suécia, em 1991. Celebrado mundialmente, é comemorado no início da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul. “É um dia emblemático para pensarmos sobre a nossa verdadeira missão de transformar o mundo e de pensar o nosso lugar na arte. É uma responsabilidade muito grande”, conclui Mariane.

(Fonte: MEC)

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“A Academia, nos seus bem vividos 120 anos, caracteriza-se por perdas e ganhos notáveis. Lamentamos o falecimento do crítico literário Eduardo Portella e saudamos a chegada do poeta Antonio Cicero. Conviver com seu talento e criatividade será, para nós, um privilégio que queremos ‘guardar’, no sentido dos seus versos: ‘Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la e mirá-la / admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado’”, ressaltou, em seu discurso de recepção, o acadêmico e professor Arnaldo Niskier.

O poeta, filósofo e compositor Antonio Cicero tomou posse na cadeira 27 da Academia Brasileira de Letras, na última sexta-feira, dia 16 de março, em solenidade no Salão Nobre do Petit Trianon. O novo acadêmico foi eleito no dia 10 de agosto do ano passado, na sucessão do acadêmico Eduardo Portella, falecido no dia 3 de maio de 2017. Em nome da ABL, o acadêmico e professor Arnaldo Niskier fez o discurso de recepção.

Antes, Antonio Cicero discursou na tribuna. Ao terminar, assinou o livro de posse. Logo após, o presidente Marco Lucchesi convidou o acadêmico Antonio Carlos Secchin para fazer a aposição do colar; o acadêmico Marcos Vinicios Vilaça para entregar a espada; e o acadêmico Candido Mendes de Almeida para entregar o diploma. O presidente, então, declarou empossado o novo acadêmico.

Os ocupantes anteriores da cadeira 27 foram: Joaquim Nabuco (fundador) – que escolheu como patrono Maciel Monteiro –, Dantas Barreto, Gregório da Fonseca, Levi Carneiro e Otávio de Faria.

Discurso de posse

“Há muitas razões pelas quais é uma honra pertencer a esta Casa. Para mim em particular, como poeta, é importante que haja uma instituição que, como diz seu primeiro estatuto, elaborado na época de Machado de Assis, tenha por fim ‘a cultura da língua e da literatura nacional’. Não ignoro que a Academia exerce outras funções, nem jamais me oporia a isso. Mas a meu ver, porém, é fundamental ‘a cultura da língua e da literatura nacional’ porque penso que a Academia Brasileira de Letras é, por sua própria natureza, uma instituição que deve ter uma participação ativa e importante na determinação do cânone literário”, disse em seu discurso o novo acadêmico.

“Contra o relativismo difuso que vigora em nossos dias, afirmo que existem obras boas e obras ruins, obras insignificantes e obras imortais. Um poeta que acredita que todos os poemas ou todos os textos se equivalem – por exemplo, que tudo é relativo ao gosto da pessoa que julga – não tem por que produzir uma obra nova. Pois bem, o cânone pretende ser o conjunto das obras modelares, exemplares, imortais. Ele é tanto mais perfeito quando mais perto disso chegar. Ao falar de obras imortais, lembramo-nos de que a própria ideia da imortalidade dos membros da Academia deriva da ideia de que se supõe que alguém seja acadêmico em virtude de já ser responsável por ao menos alguma obra ou feito imortal”, afirmou.

“Por último, quero fazer uma homenagem a um acadêmico que jamais ocupou a cadeira 27. Trata-se do grande poeta, ensaísta, professor e bibliófilo Antonio Carlos Secchin. Penso que é, em primeiro lugar, graças a ele que aqui me encontro. Secchin foi o primeiro acadêmico a incentivar minha candidatura. E seu firme apoio durou até minha eleição. Isso me deixou feliz, orgulhoso e confiante”, concluiu, antes de ler o poema “Autorretrato”, tirado do livro “Desdizer”, de Secchin, com o qual encerrou seu discurso.

Discurso de recepção

Arnaldo Niskier afirmou, em seu discurso de recepção, que, “Antonio Cicero é um apaixonado pelo Rio, mas não deixa de se preocupar com o Brasil, cujo mal maior, segundo o acadêmico e presidente da ABL, Marco Lucchesi, é a desigualdade. Ao proclamar essa verdade, na sua posse recente, foi entusiasticamente aplaudido. Com toda razão.

“Segundo o poeta e crítico Antonio Carlos Secchin, os poemas de Antonio Cícero incorporam duas tendências quase antagônicas da recente poesia brasileira: de um lado, o discurso da geração marginal, com seu verso mais despojado e pouco ‘literário’; de outro, a vertente culta, oriunda dos desdobramentos concretistas, que prima por sofisticados jogos metafóricos e intrincada rede de alusões. Cicero lança seu barco em meio às duas marés e seu primeiro livro ‘Guardar’, de 1966 (vencedor do Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira, na categoria estreante), testemunha um ouvido igualmente atento a ambas as chamadas. O poema ‘Guardar’ foi incluído na antologia ‘Os cem melhores poemas do século’, organizado por Ítalo Moriconi.

“Apesar da tonalidade coloquial e despojada de vários poemas, Antonio Cicero não escreve para leitores distraídos, ou refratários ao terreno da ‘alta cultura’. Tampouco descura do aparato técnico do texto, em particular no que tange à prática das formas fixas. Com grande apuro, elabora muitos versos (quase sempre brancos) em torno do decassílabo e do heptassílabo, e costuma recorrer a eventuais apoios rítmicos, toantes ou soantes, mais intensos nas partes finais dos poemas, como bem observou Antonio Carlos Secchin.

“Conviver com o talento e a criatividade do Antonio Cicero será, para nós, um privilégio que queremos ‘guardar’, no sentido dos seus versos. Seja bem-vindo a esta Casa, que abre, para você, os seus braços, caro poeta, filósofo e escritor Antonio Cicero”.

O novo acadêmico

Sétimo ocupante da cadeira 27 da ABL, fundada por Joaquim Nabuco, Antonio Cícero formou-se em Filosofia, em 1972, pelo University College London, da Universidade de Londres. É autor, entre outros trabalhos, dos livros de poemas “Guardar” (Rio: Record, 1996), “A cidade e os livros” (Rio: Record, 2002), “Porventura” (Rio: Record, 2012) e, em parceria com o artista plástico Luciano Figueiredo, de “O livro de sombras” (Rio: +2 Editora, 2010). Também publicou as obras de ensaios filosóficos “O mundo desde o fim” (Rio: Francisco Alves, 1995), “Finalidades sem fim” (São Paulo: Companhia das Letras, 2005) e “Poesia e filosofia” (Rio: Civilização Brasileira, 2012). Além disso, suas entrevistas foram reunidas no livro de Arthur Nogueira, intitulado “Encontros: Antonio Cícero” (Rio: Azougue, 2013).

Organizou o livro de ensaios “Forma e sentido contemporâneo: poesia” (Rio: EdUERJ, 2012) e, em parceria com Waly Salomão, o volume de ensaios “O relativismo enquanto visão do mundo” (Rio: Francisco Alves, 1994). Em parceria com Eucanaã Ferraz, produziu a “Nova antologia poética de Vinícius de Moraes” (São Paulo: Companhia das Letras, 2003).

Em 1993, concebeu o projeto intitulado “Banco Nacional de Ideias”, por meio do qual, nesse ano e nos dois subsequentes, promoveu, em colaboração com o poeta Waly Salomão e com o patrocínio do Banco Nacional, ciclos de conferências e discussões de artistas e intelectuais de importância mundial, como João Cabral de Melo Neto, Richard Rorty, Tzvetan Todorov, Hans Magnus Enzensberger, Peter Sloterdijk, Bento Prado Jr. e Darcy Ribeiro, entre outros. É também autor de inúmeras letras de canções, tendo como parceiros compositores como Marina Lima, Adriana Calcanhotto e João Bosco.

Antonio Cícero foi agraciado, em 2012, com o “Prêmio Alceu Amoroso Lima – Poesia e Liberdade”, concedido pela Universidade Candido Mendes e pelo Centro Alceu Amoroso Lima pela Liberdade, e eleito para a ABL no dia 10 de agosto de 1917.

(Fonte: ABL)

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Ministros da Educação de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe, países-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), participaram nessa sexta-feira (16), em Salvador, de uma reunião para assinar uma declaração de cooperação mútua na área educacional.

“Estamos aqui muito longe de tratar de temas abstratos”, declarou o ministro Mendonça Filho, presidente ‘pro tempore’ da CPLP no Brasil. “Nossas delegações nos trouxeram recomendações práticas de projetos que terão efeitos concretos no dia a dia de nossas populações. O nosso papel aqui é de fundamental importância para darmos início a esses projetos e a essas recomendações”.

Mendonça Filho aproveitou a oportunidade para destacar ações concretas que o Brasil se propõe a continuar realizando com os países-membros da CPLP: “Seguiremos com a formação de professores em língua portuguesa e a capacitação de professores e alfabetizadores para jovens e adultos. Todos os estudos mais recentes sobre aprendizagem são unânimes em mostrar que os professores desempenham papel absolutamente central. Por isso julgamos que investir em sua capacitação será instrumental para melhorar o desempenho de nossos estudantes. O ensino profissional e técnico, por sua vez, tem sido apontado consensualmente como um dos estímulos mais potentes para inserção no mercado de trabalho de profissionais capazes de responder às mudanças aceleradas no mundo da produção e inovação”.

Compromisso

O prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, falou sobre a satisfação de sua cidade ter sido escolhida para sediar um evento que debate um tema tão importante para a educação. Aproveitou para afirmar que a capital baiana é muito comprometida com a integração de países de língua portuguesa: “Apesar da distância geográfica, nos aproximamos desses países por conta dos problemas, dos desafios e dos objetivos futuros. Eventos como esse ajudam a compartilhar políticas públicas e experiências que podem ser socializadas entre esses países”.

A coordenadora do setor de educação da Organizações das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Rebeca Otero, frisou a importância para a instituição em participar dessa iniciativa. “A CPLP é uma rede que nós temos trabalhado bastante”, informou. A África e os países da CPLP são prioridade para a Unesco”.

Entre os temas da conferência, está a definição de ações a serem implementas pelos países-membros até 2020, período de vigência do Plano de Ação de Cooperação Multilateral no Domínio da Educação da CPLP, aprovado durante a nona reunião dos ministros, realizada em Díli, no Timor-Leste, em 2016. O escopo desse plano beneficia atividades, projetos e programas de cooperação multilateral nos domínios da educação e da formação tecnológica profissionalizante.

Outros itens constantes na pauta da 10ª Reunião de Ministros da Educação da CPLP foram o processo de alfabetização e o acesso equitativo e universal à educação de qualidade em todos os níveis – presente na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, das Nações Unidas –; o compromisso de fortalecer a cooperação multilateral no domínio da educação pelos países da comunidade e a promoção de uma educação inclusiva de qualidade, assim como oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para as gerações presentes e futuras da CPLP.

Pnae

Os representantes da CPLP também debateram a realização de ações de educação alimentar e nutricional que incentivem o consumo de alimentos saudáveis, essenciais ao crescimento, desenvolvimento e aprendizagem dos alunos em todos os países-membros.

Silvio Pinheiro, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao MEC, falou sobre a importância do Programa Nacional de Alimentação Escolar brasileiro (Pnae): “O Pnae tem mais de 60 anos e atende a 40 milhões de crianças, com 50 milhões de refeições/dia. Nós investimos, anualmente, R$ 4,2 bilhões em alimentação escolar. Isso nos dá a certeza da manutenção de muitas crianças na escola, e sabemos que diversas dessas crianças vão às aulas por conta dessa alimentação”.

Por fim, a conferência avaliou, até o momento, o desempenho do Brasil durante a presidência “pro tempore” da CPLP, recebida em novembro de 2016 e que se estenderá até o fim deste ano. Para a secretária-executiva da CPLP, Maria do Carmo Silveira, o MEC tem demonstrando grande empenho, ao longo dessa gestão, em fazer avançar a agenda da educação no âmbito da nossa unidade. “Esse empenho tem se refletido na realização de importantes encontros técnicos e de formação, como a reunião técnica sobre o ensino profissional, o curso de aperfeiçoamento para docentes da educação básica em língua portuguesa e a primeira oficina sobre boas práticas de alfabetização e educação para jovens e adultos”, enumerou.

Além de Mendonça Filho, estiveram presentes ao encontro representantes dos ministérios da Educação de Portugal e do Timor-Leste, além da secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Ivana de Siqueira, e da secretária de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC, Eline Nascimento.

(Fonte: MEC)

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O Ministério da Educação liberou, na última quinta-feira (15), R$ 344.864.589,28 em recursos financeiros para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Os recursos serão repassados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão vinculado ao MEC que operacionaliza o pagamento às redes de ensino estaduais, distrital e municipais.

“O Pnae garante a alimentação de cerca de 42 milhões de estudantes por dia, o que representa 54 milhões de refeições diárias”, destaca o ministro da Educação, Mendonça Filho. “É um programa que busca garantir uma alimentação de qualidade, que supra as carências nutricionais dos estudantes durante sua permanência na escola”. No próximo dia 31 de março, o programa completa 63 anos.

Pelas regras, um mínimo de 30% dos recursos repassados pela União deve ser aplicado na compra de gêneros alimentícios vindos da agricultura familiar, de maneira a movimentar as economias locais. Os valores financeiros devem ser aplicados na aquisição e na distribuição da alimentação escolar dos estudantes matriculados em escolas públicas, filantrópicas, comunitárias e confessionais, da creche ao ensino médio, além da educação de jovens e adultos. São beneficiados todos os estudantes da rede pública, incluindo escolas urbanas e rurais, de áreas remanescentes de quilombos e das aldeias indígenas.

(Fonte: MEC)

O Ministério da Educação (MEC) adiou, para a próxima sexta-feira (23), o prazo para divulgação da lista de pré-selecionados na modalidade P-Fies, do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Inicialmente, a divulgação ocorreria nessa sexta-feira (16).

Serão oferecidas 75 mil vagas, nos primeiros seis meses de 2018, aos candidatos com renda mensal de até cinco salários mínimos por pessoa da família. Nesta versão, o agente financeiro do empréstimo será um banco privado.

O P-Fies se destinada à concessão de financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos, com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC. As condições para concessão do financiamento ao estudante serão definidas entre o agente financeiro operador do crédito (banco), a instituição de ensino superior e o estudante.

Segundo as regras gerais do Fies, o valor mínimo a ser financiado é de R$ 50 por mês. O percentual de financiamento dos encargos educacionais será definido de acordo com o comprometimento da renda familiar mensal bruta “per capita” e do valor da mensalidade.

(Fonte: Agência Brasil)

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) encerra, nesta sexta-feira (16), a coleta de dados da segunda etapa do Censo Escolar, o módulo Situação do Aluno. Todas as escolas públicas e privadas que participaram da fase anterior, referente às matrículas iniciais, deverão declarar agora, por meio do sistema on-line  Educacenso, informações sobre movimentação escolar e rendimento dos estudantes observados ao término do ano letivo.

Posteriormente, esses dados prestados pelos estabelecimentos de ensino serão usados para calcular taxas de aprovação e abandono escolar, auxiliando na implementação de políticas públicas.

Os resultados preliminares da segunda etapa poderão ser consultados via Educacenso no dia 2 de abril, nos Relatórios Gestores. De 2 a 16 de abril, estará aberto o prazo de retificação dos dados preenchidos pelas escolas, na própria tela do módulo Situação do Aluno. A publicação final dos resultados está prevista para 14 de maio.

O Inep destaca que os números da segunda etapa compartilhados pelas escolas são especialmente importantes neste ano, em razão do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb), cuja apresentação é bienal. Criado pelo instituto em 2007, o Ideb sintetiza o fluxo escolar e o grau de aprendizagem. O índice reúne médias de desempenho obtidas pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), por meio da Prova Brasil, que aprecia o nível de assimilação dos conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática, e resgata as taxas de aprovação a partir das informações de rendimento declaradas no módulo Situação do Aluno do Censo Escolar.

Com variação de 0 a 10, o Ideb tem metas que se diferenciam conforme a realidade de cada escola. Ainda assim, estabeleceu-se um objetivo único de se alcançar 6 pontos até 2022, média correspondente ao sistema educacional dos países desenvolvidos. O indicativo mais recente, de 2015, aponta 5,5 pontos para os anos iniciais do ensino fundamental, 4,5 para os finais do fundamental e 3,7 no âmbito do ensino médio. Somente o primeiro dos três atingiu o mínimo esperado. As metas eram de 5,2, 4,7 e 4,3 pontos, respectivamente.

(Fonte: Agência Brasil)

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Um grupo de estudantes de Campinas, no interior paulista, desenvolveu um método de baixo custo para tratar água de cisternas no semiárido brasileiro. O sistema, desenvolvido por três alunos da Escola Técnica Estadual (Etec) Bento Quirino, produz cloro a partir da eletrólise – processo químico feito com eletricidade – de uma solução de água com sal. O protótipo prevê ainda o uso de energia solar para o processo, beneficiando comunidades que não só dependem da água da chuva, mas que também não tem acesso ao fornecimento de eletricidade.

A ideia foi premiada, no ano passado, pelo Prêmio Jovem da Água de Estocolmo, levando Beatriz Ruscetto da Silva, Matheus Henrique Cezar da Silva e Gabriel Gertrudes Trindade para conhecer a capital da Suécia. Lá, eles tiveram a oportunidade de conhecer projetos semelhantes de todo o mundo, além de ouvir opiniões qualificadas sobre a própria proposta. “Foi surreal, até hoje parece que foi só um sonho. Nenhum de nós três já tinha viajado de avião e, nessa viagem, ficamos mais de 10 horas no avião. O pessoal da organização do prêmio nos tratou muito bem, com muito amor e, até hoje, somos amigos desse pessoal”, lembra Beatriz sobre a experiência.

Durante a viagem, o grupo teve a oportunidade de conhecer projetos de outros países e se impressionou com o que foi desenvolvido pelos norte-americanos Ryan Thorpe e Rachel Chang. O sistema elaborado pelos estudantes identifica na água as bactérias sighella, da cólera e da salmonela, mais rápido do que os métodos convencionais e também permite a eliminação imediata dos micro-organismos.

Foi o contato com outro projeto, de um colega de classe, que deu início ao desenvolvimento do STAC-IBR, que ganhou o prêmio sueco. “A ideia nasceu graças ao projeto do nosso amigo Lucas Gabriel: ele fazia eletrólise, mas descartava o gás cloro. Pensamos logo em como utilizar o cloro da eletrólise. A primeira ideia foi em tratar a água. A partir daqui, começamos a pesquisar como isso seria feito e para quem seria feito”, conta a estudante.

Desafios

Para conseguir desenvolver o protótipo, os estudantes do curso técnico em eletrônica tiveram que investir em conhecimentos fora das disciplinas convencionais. “Não foi nada fácil”, enfatiza Beatriz. “Tivemos que aprender química em pouco tempo. Antes do projeto, nunca havíamos entrado em um laboratório de química, aprendemos muito”.

O novo desafio envolveu também o estudo das condições atmosféricas. “Tivemos dificuldade nos testes porque não chovia muito e precisávamos da água da chuva. Outra dificuldade foi estar em São Paulo e fazer um projeto inteiramente dedicado ao Nordeste brasileiro”, comenta.

Apesar da premiação, o projeto ainda precisa ser testado no local para passar pelos ajustes necessários à instalação. Segundo Beatriz, seria importante, por exemplo, verificar a fixação do equipamento no solo. “E se as altas temperaturas influenciariam muito no processo e, principalmente, como a população se adaptaria”, enumera.

Mas agora que deixaram o ensino médio e entraram no superior, os estudantes têm menos tempo para dedicar ao projeto e tentar viabilizar o uso prático do equipamento. “Como o projeto começou durante o ensino médio, ficávamos o dia todo juntos. Agora, cada um está em uma universidade diferente, atrás de trabalho. Os encontros diminuíram”, conta Beatriz, que, agora, estuda na Faculdade de Química na Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

Prêmio em 2018

Para a edição deste ano do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo, está aberta até 20 de março a votação popular para selecionar o melhor trabalho brasileiro. Qualquer pessoa pode votar, acessando a página do prêmio no Brasil.

Os representantes do Brasil serão conhecidos na manhã da próxima quarta-feira (21), na Vila Cidadã do 8º Fórum Mundial da Água, em Brasília.

(Fonte: Agência Brasil)