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A Câmara dos Deputados aprovou, nessa terça-feira (17), o Projeto de Lei Complementar (PLP) 232/2019, que autoriza gestores municipais, estaduais e do Distrito Federal a utilizarem saldos de repasses do Ministério da Saúde de anos anteriores em serviços de saúde diversos dos previstos e originalmente. Na prática, a medida, que segue para apreciação do Senado Federal, libera os recursos para a melhoria das atividades de enfrentamento do coronavírus.

A proposta, de autoria de Carmen Zanotto (Cidadania-SC) e outros parlamentares, foi relatada pelo deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) na Comissão de Seguridade Social e Família. “Se essa liberação de verbas ‘carimbadas’ e paradas em contas específicas já era importante em razão da dificuldade financeira das secretarias de Saúde estaduais e municipais, se tornou essencial diante da pandemia de Covid-19. Trazer o PLP para a pauta prioritária contra o novo vírus foi uma decisão muito acertada dos líderes partidários”, observa Juscelino.

Antes mesmo da crise do coronavírus, o deputado maranhense já preparava um requerimento para que a proposição fosse votada em regime de urgência no plenário da Câmara. A mobilização começou em dezembro do ano passado, quando Juscelino Filho se reuniu com representantes do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Na ocasião, representantes da entidade destacaram a necessidade de ‘desengessar’ os recursos para otimizar as ações e serviços oferecidos à população.

Após a aprovação do PLP 232/2019, o líder do Democratas, Efraim Filho (DEM-PB), e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), enalteceram a relatoria de Juscelino Filho na CSSF.

Mais dois projetos

Nessa terça-feira, foram aprovados outros dois projetos com medidas de combate ao Covid-19. O substitutivo ao Projeto de Lei 668/20 proíbe a exportação de produtos médicos, hospitalares e de higiene essenciais na luta contra a pandemia enquanto perdurar a emergência em saúde pública decretada pelo governo. Já o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 87/20 viabiliza a venda de álcool em embalagens maiores que as permitidas atualmente.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

O Ministério da Educação (MEC) vai divulgar, nesta semana, uma portaria que autoriza a substituição, por 30 dias, de aulas presenciais pela modalidade a distância. “A ação tem caráter excepcional e valerá enquanto durar a situação de emergência de saúde pública por causa do coronavírus. A adesão por parte das instituições é voluntária”.

A medida foi divulgada após a primeira reunião do Comitê Operativo de Emergência (COE) nesta segunda-feira (16). Criado na semana passada, o comitê tem a finalidade de definir medidas de combate à disseminação do novo coronavírus em instituições de ensino, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde. Compõem o grupo: secretarias do MEC; Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh); Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep); Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed); dentre outros.

O comitê vai monitorar o repasse de recursos para as escolas de educação básica reforçarem medidas de prevenção contra o coronavírus. Também está em fase de desenvolvimento uma plataforma de monitoramento do coronavírus nas instituições de ensino.

Segundo o ministério, nos próximos dias, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) vai liberar R$ 450 milhões a escolas públicas. O valor é referente à antecipação do repasse das duas parcelas do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Básico, com previsão inicial para abril e setembro. “A medida é importante para auxiliar as instituições na compra de álcool em gel, sabonete líquido, toalhas de papel e outros produtos de higiene, por exemplo”, esclarece a nota.

“Para acompanhar a situação nas unidades de educação básica, profissional e tecnológica e superior, o MEC criou um sistema “on-line” que permite a integração de dados sobre o coronavírus. A ferramenta reunirá informações dos censos Escolar (educação básica) e da Educação Superior, além do número de pessoas infectadas e as instituições com aulas suspensas. O objetivo é monitorar, em tempo real, as redes federal, estaduais e municipais para saber onde e como o governo – em conjunto com os outros entes federativos, entidades representativas e as próprias instituições – deve agir”, diz nota do MEC.

Edição: Aline Leal

Terminam, nesta sexta-feira (20), as inscrições para a décima sexta edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Escolas públicas e privadas podem inscrever seus alunos exclusivamente pela “internet” até as 23h59 de sexta-feira. As escolas particulares foram incluídas no certame a partir de 2017.

A edição do ano passado foi recorde, registrando 18,2 milhões de estudantes de 54,8 mil escolas de 99,71% dos municípios brasileiros. A Obmep foi criada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) em 2005 e é realizada com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e do Ministério da Educação (MEC).

O diretor-geral do Impa, Marcelo Viana, lembrou que, no ano passado, a olimpíada alcançou a quase totalidade dos municípios brasileiros, à exceção de apenas 16. “Praticamente, a gente está alcançando toda a população estudantil brasileira. São mais de 18 milhões de crianças nessa faixa etária do sexto ano [do ensino fundamental] até o terceiro ano do ensino médio. E a gente sempre espera ir mais além”.

Foram distribuídas, no ano passado, 598 medalhas de ouro, 1.746 de prata e 5.183 de bronze, além de 48.133 menções honrosas.

Oportunidades

Marcelo Viana disse que a expectativa para 2020 é superar o recorde batido em 2019. “A expectativa é que a olimpíada leve a todos os cantos do Brasil não só o gosto pela matemática, mas também oportunidades de vida para jovens que, muitas vezes, têm poucas oportunidades na sociedade, sobretudo nas áreas mais carentes e remotas do país. E a olimpíada, como tem essa capilaridade, pode levar oportunidades para que crianças e jovens talentosos se destaquem”.

O Impa acabou de publicar um livro com histórias inspiradoras de 18 vencedores de edições anteriores da Obmep, cujas trajetórias de vida foram influenciadas e modificadas pelo evento. Marcelo Viana disse que o livro revela a capacidade que a Obmep tem de “modificar a vida dessa garotada, abrindo novas perspectivas para o mercado de trabalho para esses jovens que podem fazer a diferença no país”.

Um exemplo é a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP), medalhista de prata na olimpíada em 2005, e de ouro no ano seguinte. Criada na Vila Missionária, periferia de São Paulo, Tabata foi aprovada, em 2012, em seis universidades norte-americanas, ganhando bolsas de estudo em todas. Passou também no vestibular da Universidade de São Paulo (USP). Formou-se em Ciências Políticas e Astrofísica, em Harvard, nos Estados Unidos.

“A olimpíada descobriu um talento fora do comum, em uma circunstância em que esse talento poderia ter passado despercebido, ainda mais mulher de uma comunidade carente. Muitas vezes, o Brasil acaba desperdiçando esse talento. A Obmep tem realmente a capacidade de identificar e destacar esses talentos”, disse Marcelo Viana.

Marcelo Viana lembrou, ainda, que o livro com as trajetórias de medalhistas da Obmep está disponível no “site” da olimpíada.

Matemática sem medo

O diretor-geral do Impa disse que a olimpíada permite também que os estudantes brasileiros comecem a enxergar a matemática sem medo. Segundo Marcelo Viana, o medo da matemática começa com o fato de que o ensino em sala de aula, de modo geral, “é muito chato, monótono, baseado em memorização. Isso se transforma em medo porque, para algumas crianças, é um mistério que as pessoas as obriguem a estudar coisas que para elas não fazem o menor sentido. E todos nós gostamos de entender o que estamos fazendo”. Para Marcelo Viana, a origem do medo parte do pressuposto de que o ensino da matemática costuma ser desmotivador.

A olimpíada, ao contrário, segundo ele, apresenta a matemática às crianças e jovens com um lado lúdico, “muito instigador, que desperta até a autoestima da criança. Leva-a a enfrentar desafios”. A experiência como pai levou-o também a constatar de perto como a Obmep contribui para estimular as crianças a querer resolver os problemas.

Provas

As provas da 16ª Obmep serão realizadas nos dias 26 de maio e 26 de setembro e distribuídas de acordo com o grau de escolaridade do aluno: Nível 1 (6º e 7º anos), Nível 2 (8º e 9º anos) e Nível 3 (ensino médio). A primeira etapa engloba todos os candidatos que fazem provas de múltipla escolha. São selecionados os 5% melhores de cada escola que realizam a segunda prova, que é discursiva e contém seis questões com 18 itens no total. O resultado com os nomes dos vencedores será divulgado em 8 de dezembro.

Os medalhistas serão chamados a participar do Programa de Iniciação Científica (PIC Jr.) estruturado pelo Impa, como incentivo e promoção do desenvolvimento acadêmico. Os estudantes premiados da rede pública recebem uma bolsa de Iniciação Científica Jr. do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no valor de R$ 100 mensais.

“A contrapartida é que eles fazem um curso ou programa de treinamento sobre matemática e, ao longo do ano, esses alunos são acompanhados por professor universitário. Eu acho que para a maioria deles, esse PIC Jr. é mais saboroso do que a própria medalha”. Marcelo Viana foi um desses estudantes que participaram do PIC Jr., revelou.

Já os medalhistas da rede particular poderão participar do PIC Jr. somente como ouvintes. Se os medalhistas do ensino médio forem começar algum curso de graduação no primeiro semestre de 2021, poderão participar do processo de seleção para o Programa de Iniciação Científica e Mestrado (PICME), que oferece uma bolsa de iniciação científica do CNPq no valor de R$ 400.

(Fonte: Agência Brasil)

O acadêmico e diplomata Affonso Arinos de Mello Franco morreu na manhã de hoje (15), em casa, aos 89 anos de idade, vítima de problemas respiratórios. Ainda não há informações sobre o sepultamento.

O presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marco Lucchesi, lamentou a perda do amigo. “Perco um amigo querido. Um homem probo e severo. Um grande brasileiro”.

E lembrou a carreira do embaixador Affonso Arinos. “Foi um memorialista de águas cristalinas e dotado de profunda intuição”.

Carreira

Eleito em 22 de julho de 1999 para a Academia Brasileira de Letras, Affonso Arinos de Mello Franco foi o sexto ocupante da cadeira nº 17 e sucedeu o também diplomata e filólogo Antônio Houaiss.

O acadêmico nasceu em Belo Horizonte, em 11 de novembro de 1930. Arinos fez o curso de bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, no período de 1949 a 1953. Em 1952, completou o curso de preparação à Carreira de Diplomata no Instituto Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores, e, em 1955, o curso de doutorado em Seção de Direito Público, na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil.

A carreira de diplomata começou em 1952. Depois de entrar para a política, de 1960 a 1962, foi deputado e participou da Assembleia Constituinte e Legislativa do Estado da Guanabara, onde, em 1961, se destacou como integrante da Comissão de Constituição e Justiça, e, em 1962, como presidente da Comissão de Educação. De 1964 a 1966, foi deputado federal pelo Estado da Guanabara, e, de 1965 a 1966, foi integrante da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

De 1964 a 1965, foi professor de Civilização Contemporânea no Departamento de Jornalismo do Instituto Central de Letras da Universidade de Brasília. No jornalismo, foi colaborador da revista “Manchete”, correspondente do “Jornal do Brasil”, em Roma, colaborador da “Tribuna da Imprensa”, revista “Fatos e Fotos/Gente”, e da TV Educativa. Arinos trabalhou também no “Jornal do Commercio” e escreveu artigos para a revista “Época”, e os jornais “O Metropolitano”, “A Noite”, “Correio Braziliense”, “Revista Civilização Brasileira” e “Revista Nacional”.

(Fonte: Agência Brasil)

Você sabe o que é linguagem conotativa?

Se não sabe, eu explico: “linguagem conotativa é o contrário da denotativa”. Pronto, você nunca viu uma explicação tão clara! Só não compreendeu quem não quis. É, você tem razão, foi uma explicação ridícula. É do tipo “definição circular”: ficamos dando voltas e não chegamos a lugar algum.

Bem... Vamos falar sério. Linguagem conotativa é o uso da linguagem figurada, é o uso das palavras fora do seu sentido real. É aqui que encontramos as figuras de linguagem.

A metáfora, por exemplo, é aquela figura em que o seu criador parte de uma comparação. Quando alguém diz que “a menina é uma flor”, temos uma metáfora: para o autor, a tal menina é tão linda, tão delicada quanto uma flor. O autor faz uma comparação da beleza da menina com a da flor.

É interessante observarmos o seguinte: se usarmos os elementos de comparação (= assim como, tal qual, tanto quanto) não teremos a metáfora, e sim a própria comparação:
“Ela é tão bonita quanto uma flor”. (= comparação);

“Ela é uma flor”. (= metáfora).

Isso significa que, para compreender uma metáfora, é preciso perceber a comparação subentendida.

Quando José de Alencar diz que Iracema é “a virgem dos lábios de mel”, significa que “os lábios de Iracema são tão doces quanto o mel”.

Para João Cabral de Melo Neto, a serra do sertão é “magra e ossuda”, ou seja, é tão seca (= sem vegetação) que parece um ser muito magro, tão magro e ossudo como o sertanejo em geral.

Assim sendo, chamar alguém de burro é só uma metáfora. Significa que estamos comparando a inteligência do ofendido com a de um burro, que dizem ser mais inteligente que o cavalo. Mas isso é outra história.

O problema é que as metáforas podem ser traiçoeiras.

Há muito tempo, li no manual da qualidade de uma grande empresa: "O auditor da qualidade deve ser uma raposa à caça das não conformidades".

O uso de linguagem metafórica em textos técnicos é sempre um perigo. Pode criar ambiguidades e mal-entendidos.

A metáfora é uma figura de estilo muito presente na linguagem poética e usada, eventualmente, em textos jornalísticos.

O uso de animais é muito frequente: "o zagueiro foi um leão em campo" (= raça, garra, força); "aquele artista é um gato" (= lindo, bonito); "o corredor mais parecia uma tartaruga" (= lento)...

O uso de "raposa", entretanto, merece cuidados. Chamar uma pessoa de raposa pode criar problemas, pois, além de "astuta", podemos julgá-la "traiçoeira". Afirmar que um determinado político é uma raposa tem certamente carga negativa.

Certa vez, perguntaram-me o que eu achava do excessivo uso de expressões do tipo "tigrão" e "tchutchuca". Como toda gíria, elas são passageiras. É só lembrar que o "tigrão" de hoje já foi um "gato" e o pai provavelmente era um "pão"; a mãe da "tchutchuca" era uma "uva" e a avó, um "pitéu".

A língua é sábia. É como a nossa própria língua, que tem o dom do paladar. As palavras e expressões novas são mastigadas por algum tempo. O que for gostoso nós engolimos (= são incorporadas), e aquelas de gosto duvidoso são devidamente cuspidas.

Para terminar, uma curiosidade trazida por um amigo: "Como será entendida daqui a alguns anos a expressão cair a ficha?"

Acredito que a sua compreensão será a mesma de hoje em dia: "finalmente compreendeu".

O curioso será explicar a origem da expressão, pois é óbvio que as novas gerações deverão ser esclarecidas e saber que um dia houve aparelhos telefônicos que só funcionavam com fichas e o principal: a ligação só completava quando a ficha caía.

Compreendeu? Caiu a ficha?

Teste de ortografia
Que opção completa, corretamente, as lacunas da frase abaixo?
"A __________ de Jesus Cristo até hoje __________ discussões".
(a) ressurreição – suscita;
(b) reçurreição – sucita;
(c) ressurreissão – suscita;
(d) ressurreição – sucita.

Resposta do teste: Letra (a). O ato de RESSUSCITAR é RESSURREIÇÃO. E o verbo SUSCITAR significa "provocar, causar".

O Ministério da Educação (MEC), Estados e municípios estão se unindo para articular estratégias de combate ao novo coronavírus (Covid-19) na área da educação. As unidades federativas passam por momentos diferentes em termos de propagação do vírus. O Distrito Federal e o Rio de Janeiro, por exemplo, decidiram suspender as aulas, mas, em Mato Grosso do Sul, que até sexta-feira não tinha casos confirmados da doença, o sistema de ensino mantinha as orientações de prevenção.

Na semana passada, foi criado o Comitê Operativo de Emergência do MEC, formado por entidades educacionais representativas das escolas e universidades brasileiras. A primeira reunião oficial do grupo deve ocorrer na segunda-feira (16).

“Uma questão central para a gente é não ter alarde, porém ter bastante responsabilidade com as informações”, diz o presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Martins Garcia. Uma estratégia adotada pela Undime, desde já, é orientar as redes de ensino a escolher representantes atentos às novidades em relação ao coronavírus.

“Uma sugestão é que cada escola tenha uma pessoa para ser a conexão com a rede, e a rede possa definir as práticas locais”, propõe Garcia em vídeo divulgado pela Undime aos dirigentes municipais de todo o país.

À Agência Brasil Garcia destaca que a entidade se organiza para que as informações dadas pelo MEC cheguem a todas as escolas e que, caso sejam necessárias medidas mais duras em nível nacional, todas as redes estejam a par e organizadas para cumprir as orientações. “Havendo indícios técnicos da necessidade de suspensão de aulas, estamos prontos para organizar esse processo sem tumulto”.

"O que gostaríamos, e vamos depender do MEC, é da definição de um protocolo. Um protocolo do que fazer se tiver um caso na escola, por exemplo. Teve menino com suspeita. Só este menino sai da sala? Os outros ficam? Confirmou, a sala é suspensa? A gente não tem ainda esse protocolo", enfatiza a presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Cecilia Motta.

Essas e outras questões, como a forma de reposição das aulas, caso estas sejam suspensas, deverão ser abordados na reunião de segunda no MEC.

Na segunda-feira, está prevista também reunião da diretoria do Consed com representantes de organizações privadas e fundações educacionais dispostas a ajudar as redes de ensino e tratar de possíveis estratégias.

Educação a distância

Uma das estratégias discutidas, em caso de suspensão das aulas, dependendo da etapa escolar dos estudantes, é a realização de atividades a distância. A orientação é dada sobretudo a escolas particulares. Na sexta-feira (13), a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) divulgou nota recomendando que as escolas avaliem potenciais planos de contingenciamento buscando "amenizar ao máximo os possíveis danos ao ambiente educacional do país".

"O nosso objetivo é preservar a integridade dos alunos e, consequentemente, diminuir o impacto no calendário letivo. Desta forma, orientamos também as escolas a considerar a possibilidade de substituição excepcional das aulas presenciais por virtuais, tendo como apoio o uso de ferramentas tecnológicas. Sugerimos inclusive que esta opção de atendimento ao aluno seja contabilizada como atividade letiva", diz trecho da nota.

O presidente da Fenep, Ademar Batista Pereira, diz que as escolas estão avaliando sua própria situação e a dos locais onde estão inseridas. A escola que, por segurança ou por decisão do governo, suspender as aulas presenciais "tem que cumprir a carga horária, tem que resolver o problema pedagógico. A escola tem autonomia, mas tem também responsabilidades", acrescenta Pereira.

De acordo com representantes dos Estados e municípios, entre as escolas públicas, a falta de infraestrutura é impedimento para recorrer às aulas remotas. Na opinião de Garcia, as redes municipais “não têm a mínima condição [de dar aulas à distância]. Temos muitas escolas que não têm nem sinal de ‘internet’, que têm recursos de informática precarizados”. As redes municipais são responsáveis, prioritariamente, pela educação infantil e pelos primeiros anos do ensino fundamental, ou seja, da creche até o 5º ano do ensino fundamental.

Cecília ressalta que a situação dos Estados, que concentram prioritariamente nas redes os estudantes a partir do 6º ano do ensino fundamental até término do ensino médio, é bastante diferente em termos de conectividade. Enquanto alguns Estados têm boa conectividade e conseguem ofertar disciplinas a distância para repor aulas, outros não têm sinal de “internet” em várias localidades. "Se eu sair 10 quilômetros da cidade, a minha ‘internet’ não pega", diz sobre Mato Grosso do Sul, onde é secretária estadual.

Impactos no mundo

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) tem um balanço, atualizado diariamente, sobre a suspensão de atividades em escolas e universidades em todo o mundo. Até sexta-feira, pelo menos 39 países haviam suspendido as aulas nacionalmente, afetando mais de 420 milhões de estudantes. Em 22 países, entre os quais o Brasil, as aulas foram suspensas em algumas partes do território.

De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, o Brasil tem 121 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus em todo o território nacional. São Paulo e Rio de Janeiro concentram o maior número de casos confirmados.

(Fonte: Agência Brsil)

Em coro, os estudantes do 4º ano do ensino fundamental da Escola Municipal Pedro Ernesto, no Jardim Botânico, na zona sul da cidade, explicam como as mãos devem ser lavadas para evitar a infecção pelo novo coronavírus (Covid-19). “Bota sabão na mão, esfrega as palmas das mãos, entre os dedos, em cima da mão. Troca de mão. Não pode esquecer o dedão, as unhas e os punhos”. E alertam que é preciso fechar a torneira durante o processo de lavagem das mãos “para não acabar com a água do mundo”.

Desde o começo do ano letivo, a lavagem cuidadosa das mãos, que já fazia parte da rotina das crianças, passou a ser reforçada todos os dias pelos professores. Os alunos também são orientados a usar álcool gel e a não compartilhar material escolar e outros objetos e a evitar cumprimentar uns aos outros com abraços e beijos. “Assim, fica todo mundo livre de coronavírus e dos outros vírus também”, explica a professora da turma, Íris Luna.

A prática na escola serve não apenas para proteger os estudantes, mas também para que as orientações cheguem às famílias. A escola atende 330 crianças, do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. A maior parte das crianças mora na Rocinha, comunidade na zona sul da cidade.

“A gente ensina as formas de prevenção para que as crianças sejam multiplicadoras. É impressionante como as crianças absorvem a informação com mais facilidade que os adultos. E eles saem levando [informação] mesmo. As crianças são professoras natos”, diz a diretora da escola, Elizabeth Mendes Pereira.

"Eu sempre falo para minha mãe não passar a mão no olho e na boca. Ela sempre faz isso”, conta Ana Luiza, 9 anos. “Agora que a professora falou isso para a gente, eu falo com meus pais, e eles estão também falando para outras pessoas”, diz a menina. A colega, Beatriz, de 9 anos, complementa: “Na rua, a gente pega em corrimão, pega um monte de coisas e não sabe que ali tem muitas bactérias e vírus acumulados”.

A escola promoveu várias atividades para orientar as crianças. Pelos corredores, vários cartazes estampam frases e desenhos sobre o que se deve fazer para evitar o contágio. “Todos contra o Covid-19, sempre lave as mãos. Evite colocar as mãos no olho, no nariz e na boca”, diz um dos cartazes. Outro é mais enfático: “Sem abraço, sem beijinho e sem aperto de mão”.

De acordo com a coordenadora do Programa Saúde nas Escolas da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, Elizabeth Alves, a secretaria trabalha permanentemente com ações de prevenção de várias doenças. Ações como lavar bem as mãos “têm que ser uma prática da escola diária”, diz. Com o novo coronavírus, tais hábitos foram intensificados.

Desde o início do ano, a secretaria enviou às unidades escolares circulares sobre verificação da carteira vacinal dos estudantes, sobre o processo de prevenção de arboviroses – que incluem o vírus da dengue, do zika, febre chikungunya e febre amarela – e sobre o novo coronavírus.

De acordo com a presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Cecilia Motta, que é secretária de Educação de Mato Grosso do Sul, as escolas são importantes espaços para discutir e disseminar informações seguras. “Tenho 2 milhões de habitantes no meu Estado, considerando professores e estudantes, cerca de 800 mil pessoas – quase a metade da população – passam pelas escolas. Se a gente tiver uma boa campanha de prevenção, não só do coronavírus, mas da dengue e de outras, ela chega aos lares”.

O governo federal divulgou, na semana passada, um ofício circular recomendando as redes de ensino a tomar várias medidas e a promover atividades de conscientização com os estudantes.

Suspensão das aulas

Na última sexta-feira (13), a Agência Brasil visitou a escola na parte da manhã. Era também o primeiro dia em que as crianças voltaram a tomar água do bebedouro, após os problemas na qualidade da água distribuída no Rio de Janeiro pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). Com a volta do bebedouro, mais orientações: cada estudante deveria trazer a própria garrafa ou copo. Beber diretamente está proibido, para evitar a transmissão de doenças.

À tarde, a prefeitura anunciou medidas para prevenir a circulação do novo coronavírus. A partir de segunda-feira (16), as escolas municipais do Rio de Janeiro, incluindo a Pedro Ernesto, terão as aulas suspensas. A medida abrange 1.540 unidades de ensino, que têm cerca de 650 mil alunos. Apesar da suspensão das aulas, as escolas vão abrir das 11h às 13h para servir almoço aos alunos.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, o conteúdo pedagógico será repassado aos alunos por meio de ensino a distância, com a plataforma digital MultiRio e as redes sociais.

Recomendações do governo federal

A Secretaria de Vigilância em Saúde expediu recomendação ao Ministério da Educação para que estimule as seguintes ações nas instituições:
- Promover atividades educativas sobre higiene de mãos e etiqueta respiratória (conjunto de medidas comportamentais que devem ser tomadas ao tossir ou espirrar);

- Estimular a higienização das mãos com água e sabonete líquido e/ou preparações alcoólicas, provendo, conforme as possibilidades, lavatório/pia com dispensador de sabonete líquido, suporte com papel toalha, lixeira com tampa com acionamento por pedal e dispensadores com preparações alcoólicas para as mãos (álcool em gel), em pontos de maior circulação, tais como: recepção, corredores de acesso às salas de aulas e ao refeitório;

- Estimular o uso de lenços de papel, bem como seu descarte adequado;

- Realizar a limpeza e desinfecção das superfícies das salas de aula e demais espaços (cadeiras, mesas, aparelhos, bebedouros e equipamentos) após o uso. Recomenta-se, ainda, a limpeza das superfícies, com detergente neutro, seguida de desinfecção (álcool 70% ou hipoclorito de sódio);

- Evitar compartilhamento de copos e outros tipos de vasilhas;

- Estimular o uso de recipientes individuais para o consumo de água, evitando o contato direto da boca com as torneiras dos bebedouros;

- Manter os ambientes arejados por ventilação natural (portas e janelas abertas);

- Evitar atividades que envolvam grandes aglomerações em ambientes fechados, durante o período de circulação dos agentes causadores de síndromes gripais, como o novo coronavirus (Covid-19);

- Manter a atenção para indivíduos (docentes, discentes e demais profissionais) que apresentem febre e sintomas respiratórios (tosse, coriza etc.). Se for necessário, procurar por atendimento em serviço de saúde e, conforme recomendação médica, manter afastamento das atividades;

- Comunicar às autoridades sanitárias a ocorrência de suspeita de casos de infecção humana pelo novo coronavírus.

Covid-19

De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, o Brasil tem 98 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus em todo o território nacional. São Paulo e Rio de Janeiro concentram o maior número de casos confirmados, com 56 e 16 casos, respectivamente. Em seguida, vêm Paraná (6), Rio Grande do Sul (4), Goiás (3) e Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia, Distrito Federal e Pernambuco (2 casos em cada um). Completam a lista Alagoas, Espírito Santo e Rio Grande do Norte (1 caso em cada um).

(Fonte: Agência Brasil)

A segunda rodada da Copa Papai Bom de Bola de Futebol 7, competição promovida pela Federação Maranhense de Futebol 7 (FMF7), será realizada neste fim de semana. Ao todo, nove partidas estão programadas para ocorrerem entre sábado (14) e domingo (15), no campo da A&D Eventos, localizado no Bairro do Turu. As partidas serão válidas pelas categorias +30 e +40.

Na tabela divulgada pela FMF7, a bola vai começar a rolar a partir das 8h30 de sábado. Vitoriosos na rodada de abertura do torneio da categoria +30, Cruzeiro e Meninos de Ouro/AABB se enfrentam para ver quem manterá os 100% de aproveitamento. Na sequência, às 9h30, também pelo +30, tem Meninos de Ouro/SRT x Cruzeiro São Luís, que chegam a esta rodada após vencerem seus compromissos na semana passada, no “shoot out”.

No sábado à tarde, mais duas partidas irão movimentar a competição. Às 14h45, tem Juventude Maranhense x Olímpica (+30) e, às 16h, tem AABB x Cruzeiro (+40).

Domingo

A programação de jogos da segunda rodada da Copa Papai Bom de Bola de Futebol 7 será completada somente no domingo com a realização de mais cinco partidas. Pela manhã, a partir das 8h, tem Afasca x Aurora (+30) e Grêmio Maranhense x Society Club Calhau (+30). À tarde, as disputas continuam a partir das 14h45: Ponte Preta x Flamengo (+30), Olímpica x Grêmio Maranhense (+40) e Palmeirinha x Meninos de Ouro (+40).

Tudo sobre a Copa Papai Bom de Bola está disponível no “site” (www.fut7ma.com.br) e nas redes sociais oficiais da federação (@fmf7ma). A competição tem os apoios da A&D Eventos, da WE Sports e da AP Assessoria de Imprensa.

Resultados da primeira rodada

A primeira rodada da Copa Papai Bom de Bola de Futebol 7 ocorreu no fim de semana passado com a realização de nove partidas no campo da A&D Eventos, no Turu. O destaque da abertura ficou para a goleada do Palmeirinha sobre o Grêmio Maranhense por 5 a 1 pela categoria +40. Os outros resultados foram os seguintes: Ponte Preta 1 (0) x 1 (1) Society Club Calhau (+30), Cruzeiro 2 x 0 Aurora (+30), Meninos de Ouro/AABB 3 x 1 Olímpica (+30), Meninos de Ouro/SRT 1 (4) x 1 (3) Grêmio Maranhense (+30), Juventude Maranhense 2 x 1 Afasca (+30), Flamengo 3 (2) x 3 (3) Cruzeiro São Luís (+30), AABB 1 x 4 Olímpica (+40) e Meninos de Ouro 6 x 4 Cruzeiro São Luís (+40).

TABELA DE JOGOS
Sábado (14/3) / A&D Eventos
8h30 – Cruzeiro x Meninos de Ouro/AABB (+30)
9h30 – Meninos de Ouro/SRT x Cruzeiro São Luís (+30)
14h45 – Juventude Maranhense x Olímpica (+30)
16h – AABB x Cruzeiro (+40)

Domingo (15/3) / A&D Eventos
8h – Afasca x Aurora (+30)
9h – Grêmio Maranhense x Society Club Calhau (+30)
14h45 – Ponte Preta x Flamengo (+30)
16h – Olímpica x Grêmio Maranhense (+40)
17h – Palmeirinha x Meninos de Ouro (+40)

(Fonte: Assessoria de comunicação)

O deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) se reuniu nessa quarta-feira (11), com o ministro da Educação, Abraham Wentraub, em Brasília (DF). No encontro, considerado positivo pelo coordenador da bancada maranhense no Congresso Nacional, os dois trataram de temas de interesse do Estado, com destaque para demandas relacionadas à Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFMA).

Dois assuntos se referem a recursos para a Uema. Juscelino Filho cobrou o pagamento de uma emenda impositiva de sua autoria, de R$ 150 mil, valor destinado à compra de equipamentos para laboratórios da instituição. O parlamentar pediu, também, que recursos da ordem de R$ 1,5 milhão, parados na conta do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), possam ser utilizados na oferta de cursos a distância (EAD).

Outro tema tratado com Wentraub foi a transformação do Centro de Referência em um “campus” do IFMA em Vitorino Freire. A estrutura física para abrir os cursos está pronta e foi construída com emendas destinadas por Juscelino. O deputado solicitou providências quanto à autorização para que seja realizado o tão esperado vestibular de Medicina na cidade de Santa Inês.

“A reunião foi positiva. Em relação à emenda de R$ 150 mil, a promessa é que haverá o pagamento em alguns dias. Sobre o recurso de R$ 1,5 milhão, o ‘campus’ do IFMA em Vitorino Freire e o curso de Medicina em Santa Inês, também houve o compromisso do ministro de que a equipe do MEC vai se debruçar sobre as demandas. Vamos seguir monitorando a situação, com a expectativa de, em breve, trazer boas notícias para os maranhenses”, diz Juscelino Filho.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

O público poderá conferir, a partir de hoje (11), a exposição Björk Digital, concebida pela cantora e compositora islandesa Björk no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no centro do Rio de Janeiro. A mostra, que une música, artes visuais e realidade virtual, mergulha o público no universo da artista de 54 anos.

A exposição destaca a estreita relação de Björk com a tecnologia. Nas palavras da artista, “a realidade virtual não é apenas uma continuidade natural do videoclipe, mas tem um potencial dramatúrgico ainda mais íntimo, ideal para esta jornada emocional".

A primeira parte da mostra é composta por quatro seções e traz os seis clipes em tecnologia imersiva das faixas do álbum “Vulnicura” (2015) –“Stonemilker”, “Black Lake”, “Mouth Mantra”, “Quicksand”, “Family” e “Notget”.

A exposição começa com uma “performance” da artista na praia de Grótta, na Islândia, e tem até um mergulho na boca da Björk, além de interações com os avatares digitais da cantora. O público acompanha os vídeos por meio de óculos de realidade virtual.

Segundo Chiara Michieletto, assessora de Björk, a intimidade proposta pela artista com o uso da realidade virtual está em sintonia com o álbum “Vulnicura”, que quer dizer cura das feridas.

“Para ela, pareceu completamente natural usar essa tecnologia para compartilhar emoções e temas tão pessoais. Esse álbum é um dos seus mais íntimos. Fala do rompimento de uma relação amorosa”, explicou.

Em outra parte da exposição, uma sala de cinema exibe os videoclipes da cantora dirigidos por cineastas e artistas como Michel Gondry, Chris Cunningham e Nick Knight, entre outros, incluindo materiais mais recentes, lançados em virtude do álbum “Utopia”, de 2017.

No térreo do CCBB, é possível ver, por meio de “tablets”, o projeto educativo Biophilia, mesmo nome do álbum da cantora de 2011.

Segundo Paul Clay, diretor do Manchester International Festival, que produz a mostra, Björk Digital começou a ser exibida em Sidney, na Austrália, em 2016, e teve transformações ao longo do tempo.

“Os filmes exibidos ao flm da exposição foram produzidos exclusivamente para a mostra no CCBB”, disse Clay.

“O trabalho da Björk está muito relacionado a videoclipes. Ela está sempre trabalhando com diretores e tendo ideias ‘fora da caixa’ para tentar esticar o limite desse modo de comunicação”, argumentou.

A mostra já percorreu 14 países. No Brasil, passou por São Paulo, onde foi vista por mais de 28 mil pessoas no Museu da Imagem e do Som, e pelo CCBB de Brasília, com um público de mais de 48 mil pessoas.

Após a exibição no Rio de Janeiro, até 18 de maio, a última parada no Brasil será no CCBB de Belo Horizonte, em junho. A entrada é gratuita, e o horário de funcionamento do CCBB-RJ é de quarta a segunda-feira, das 9h às 21h.

(Fonte: Agência Brasil)