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Um dos espaços públicos mais importantes da cidade de São Paulo, o Parque Ibirapuera, recebe a 10ª Mostra 3M de Arte. Viabilizada pelo patrocínio da 3M via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a mostra que discute o coletivo e a arte encontrou um desafio: ocupar o espaço público no momento pós-isolamento social intensivo. Para isso, a 10ª Mostra 3M de Arte selecionou quatro artistas via edital e seis convidados. Juntos, irão ocupar o parque e incentivar reflexões sobre a relação do indivíduo e da coletividade na sociedade.

Pela primeira vez em sua história, o parque vai receber dez instalações pela extensão da área verde, totalmente ao ar livre. O evento começou no último sábado (7) e continua até o dia 6 de dezembro, e conta com a curadoria de Camila Bechelany – também pesquisadora e editora, com foco em arte e política.

Com a temática “Lugar Comum: travessias e coletividades na cidade”, o conceito desenvolvido para a mostra explora a relação de cada indivíduo como participante ativo e receptivo no meio urbano. A proposta curatorial faz refletir que, por meio das experiências particulares e coletivas, o indivíduo tem papel de agente transformador do espaço público.

A curadora Camila Bechelany convidou a artista e curadora Camilla Rocha Campos e a curadora Eva González-Sancho Bodero para compor um júri que discutiu e selecionou as propostas inscritas no edital da mostra. Dos 10 projetos que estão expostos pelo parque, quatro deles foram selecionados por meio desse edital. Neste ano, o evento recebeu 338 propostas de instalações – 222 a mais que o edital do ano anterior.

Os selecionados foram: Maré de Matos (SP), Narciso Rosário (PI), Coletivo Foi à Feira (SP e ES) e a dupla Gabriel Scapinelli e Otávio Monteiro (SP). Os convidados para a mostra são Camila Sposati (SP), Cinthia Marcelle (MG), Diran Castro (SP), Lenora de Barros (SP), Luiza Crosman (RJ) e Rafael RG (SP).

Obras adaptadas ao mundo em pandemia

Após a chegada da pandemia e suas limitações, tanto as obras quanto à mostra foram completamente repensadas, contou a curadora. "Tivemos momentos de muitas reflexões durante o processo. Tínhamos muitas dúvidas sobre como seria trabalhar em uma montagem e na abertura de uma exposição durante a crise sanitária. E foi preciso reavaliar cada uma das obras até chegar ao formato ideal, que levasse em consideração a segurança dos artistas e do público, além de repensar os projetos conceitualmente para que fizessem sentido de existirem num mundo em pandemia".

O público que gosta de interagir com as obras e tirar fotos junto às instalações tem garantido o momento, afirmou Camila.

“As obras foram adaptadas para acolher o público neste momento em que o distanciamento social é a regra. Estamos seguindo todos os protocolos de segurança para evitar qualquer contágio. Todas as obras são instaladas em espaços abertos do parque e a interação será com certeza possível e segura. Realizar fotos com as obras é permitido e aconselhável”.

Além de ser um dos únicos projetos de artes visuais a acontecer na conjuntura de retomada da rotina na cidade, a mostra deste ano é ainda mais especial, avalia a diretora da Elo 3, idealizadora e realizadora do evento, Fernanda Del Guerra.

"Um dos projetos de artes visuais mais longevos no cenário brasileiro, em que já tivemos a participação de importantes curadores e artistas, a 10ª Mostra 3M de Arte é um momento de comemoração e agradecimento a todos os envolvidos, principalmente ao público, que nos acompanha há uma década, e à 3M, mecenas comprometida com as artes e cultura brasileiras".

Questionada sobre a semelhança da mostra com as instalações do Instituto Inhotim, Camila afirmou que apenas a relação das obras com a natureza é similar.

“O Instituto Inhotim é um museu a céu aberto e um jardim botânico. A 10ª Mostra 3M de Arte, com o tema “Lugar Comum, travessias e coletividades na cidade”, foi pensada desde o início como uma possibilidade de pensar a arte e o espaço público. O Parque Ibirapuera foi a localização na cidade de São Paulo que pôde acolher este projeto e foi escolhido por ser um espaço de acesso público e que tem um histórico simbólico dentro do contexto da cidade. Ele combina projeto urbano com acesso à arte e à natureza. A mostra não foi inspirada em Inhotim e só pode ser comparada ao museu mineiro no que tange à relação de trabalhos artísticos com a paisagem verde”, concluiu.

Conheça os artistas e suas obras

Selecionado via edital, o Coletivo Foi à Feira – composto atualmente por Clarissa Ximenes, Gabriel Tye Luís Filipe Pôrto, Matheus Romanelli e Rayza Mucunã – apresenta o projeto “Objeto Horizonte”. Repensada e então já transferida para o contexto de pandemia, a instalação é baseada na arqueologia da memória. A obra é uma esfera, reflexiva por dentro e transparente por fora. Dedicada a ser um espaço de autorreflexão e um convite para que o visitante-participante deixe registrados seus desejos para uma cidade do futuro, a experiência imersiva conta com um painel de LCD com as mensagens deixadas e ruídos com estética futurista. As pessoas podem deixar áudios que serão enviados a um receptor que transforma, a partir de um sistema operacional, as vozes em inserções aleatórias de sons e o resultado será como escutar uma viagem no tempo. "A ideia foi mesmo de uma ‘nave espacial’, cápsula do tempo que pudesse manter as memórias durante vários anos", conta Clarissa Ximenes, uma das integrantes do coletivo formado em 2010.

Rafael RG apresenta duas obras: “O Brilho da Liberdade Diante dos Seus Olhos” e “Alto Astral”. A primeira – “O Brilho da Liberdade Diante dos Seus Olhos” é inspirada na biografia da abolicionista e ativista norte-americana Harriet Tubman – mulher negra que lutou pelo fim da escravidão nos EUA e fazia sua rota de fuga baseada na observação da constelação da Estrela Norte. A criação será uma instalação na área externa com “backlight”. Já no Planetário Professor Aristóteles Orsini (planetário do Ibirapuera), o artista apresenta “Alto Astral”, uma intervenção sonora, que conta com a participação de astrólogos que fazem leituras astrológicas enquanto o visitante pode observar a projeção original. Os astrólogos convidados por RG fazem também um paralelo com a história de Tubman e trabalham com astrologias de povos originários e culturas afrodiaspóricas.

Também será possível olhar para o céu e vivenciar a obra “O Que Ouve”, de Lenora de Barros. Por meio de um “drone” que sobrevoa a área do parque atrás do Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer, sem câmera, mas com um alto-falante potente, são emitidos sons de mensagens-poemas gravadas pela própria artista acerca do tempo presente. Pertencente ao grupo de risco nessa pandemia, Lenora continua em quarentena gravando vários trechos com diferentes tons de voz e reorganizando ideias sobre o período de isolamento. Segundo ela: "No final, minha ideia é bem simbólica para mim. Como artista, vou estar na mostra com a minha voz, independente de seguir o isolamento até a inauguração", relata. Outras cinco caixas de som estão dispostas no parque para que emitam as mensagens de Lenora, que fala especialmente sobre vigilância e controle (em uma relação direta com as sensações que o isolamento tem nos trazido) com a ideia de produzir intervenções inesperadas aos visitantes em espaços diferentes.

Por meio da equação "[terra> tijolo= forno] + farinha x pão", que representa a relação do homem com a produção do pão, alimento que está presente há milhares de anos na vida do ser humano, a dupla Gabriel Scapinelli e Otávio Monteiro realizou um projeto participativo para entender os processos colaborativos envolvidos na arte de se fazer pão. A obra, além de estar fisicamente entre a rota de instalações do parque, acontecerá também na Casa 1 – centro de acolhimento para a comunidade LGBTQIA+ de São Paulo. Dentro do projeto, ocorre a implementação de uma padaria a partir da construção de um forno tradicional e a organização de várias oficinas para aprendizagem da arte de fazer pão. O público poderá participar e entender, pela experiência, o significado de produzir o próprio alimento e as relações que se articulam por trás da ação, que carrega significado de autonomia, evolução e coletividade. A padaria deve ser uma extensão da obra, que não se encerra com o fim da exposição e intenciona iniciar uma economia criativa.

Ainda dentro da relação que temos com alimentação, a obra de Narciso Rosário, “Canteiro Suspenso”, inspirada em sua trajetória pessoal e a memória afetiva, traz a discussão de como os cidadãos se relacionam com a produção dos alimentos, passando por questões de sustentabilidade e de ancestralidade por meio do conhecimento e de práticas de plantio. O projeto consiste em uma instalação circular com 11 canteiros com variedades de plantas comestíveis e medicinais, permitindo que o público tenha contato com as plantas. Em paralelo, o artista organiza oficinas e ações junto à mediação da mostra para discutir questões como o cultivo doméstico e as possibilidades de cura pelas plantas.

“Entre o Mundo e Eu/A Caminho de Casa” é a obra de Diran Castro que tem objetivo de chamar atenção do público para o processo de gentrificação do Parque Ibirapuera e da cidade de São Paulo. A artista busca resgatar a memória do local, que foi apagada ao longo de um processo histórico de silenciamento. Para isso, ela irá construir uma cidade em miniatura com estrutura autossustentável, que terá um caminho a ser percorrido, criando um espaço de reflexão sobre o que existia naquele local antes de se tornar um parque. Essa obra é um convite para a desobediência estética por meio da instalação, que irá permitir a cada pessoa ter seu próprio entendimento a partir da obra.

A obra de Camila Sposati, “Teatro Parque Arqueológico”, retorna às raízes e deseja se conectar com a ancestralidade local, também contará com intervenções sonoras e performáticas. A artista conta: "Meu trabalho se faz por camadas. A proposta é olhar para dentro da terra". Nesse trabalho, Camila irá construir uma representação do antigo teatro anatômico que abrigará seus instrumentos-esculturas em cerâmica produzidos com base na série de trabalhos Phonosophia. O resultado será um ambiente extremamente inusitado, surpreendente e vibrante no parque. A instalação reflete sobre a passagem do tempo: uma indução à observação do passado e entendimento da tensão do futuro. As apresentações performáticas ocorrem aos domingos, de 8 de novembro a 6 de dezembro, das 13h às 18h.

Cinthia Marcelle faz uma releitura de “Geografia [série Unus Mundus]”, obra feita no Museu da Pampulha em 2004. Orientada pelo tema de lugar comum, a artista produziu uma instalação com duas vias: a que fala de privilégio e a que fala de periferia. A partir da progressão geométrica simples, mas em grande escala, braços de mangueiras de jardim unem um curso d'água a uma torneira se repetindo numa progressão constante e "infinita" (pois que o seu fim não é revelado). Um indício de ações que se repetem constantemente na natureza e em uma relação de um para um, moldando a geografia do local. Ao inverter o sentido "natural" da água canalizada, da torneira para o lago, a artista provoca a reflexão de que a água está sempre em movimento e ainda a constatação de que uma torneira não é algo tão banal quanto parece. "A água canalizada é uma das principais conquistas da civilização moderna e ela implica de forma decisiva em como o controle sobre recursos naturais e a consequente gestão desses bens ‘universais’ auxilia a organização da cidade", conta a curadora Camila Bechelany sobre o trabalho.

O futuro, a terra, o solo, o tempo. Temas recorrentes na discussão sobre a vida em coletividade, potencializados pelas obras, ganham mais um impulso por meio de “O Mundo versus o Planeta”, projeto de Luiza Crossman. Com três vertentes, a artista propõe o entendimento sobre a diferenciação de "Terra" e "planeta" e sobre a relação entre a arte e ciência. Sob a intenção de ter não só o aspecto instalativo, mas curricular e colaborativo, Luiza resgata a ideia de escala humana e da experiência de mundo a partir da experiência física no parque, mais especificamente na antiga serraria. Já o currículo educacional (estrutura disponível para que essas informações sobre a comparação e as reflexões possam ser institucionalizadas) acontece durante a Mostra e em colaboração com dois pesquisadores. A terceira direção do trabalho é a disponibilização “on-line” de conhecimento sobre o tema a partir da continuação da “Coleção Trama”, uma parceria com a Zazie Edições para traduzir autores estrangeiros e atualizar a bibliografia editorial brasileira.

Maré de Matos discute a coletividade por meio de um espaço construído para que se celebrem as diferenças na sociedade, em “Púlpito Público”. Sendo um púlpito criado com três escadas e quatro megafones permitindo acessos diversos aos megafones abertos. A instalação fala sobre a convivência e um ponto em comum possível para todos, independentemente dos caminhos escolhidos já que todas as escadas levam ao mesmo lugar: um espaço onde todos têm voz.

Serviço: 10ª Mostra 3M de Arte
Tema: "Lugar Comum: travessias e coletividades na cidade"
Data: 7 de novembro a 6 de dezembro
Horário do educativo da Mostra 3M de Arte: 10h às 21h
Local: Parque Ibirapuera - Av. Pedro Álvares Cabral, s/n.
Entrada gratuita

(Fonte: Agência Brasil)

Para professores que tiverem interesse em se capacitar para aprender a elaborar videoaulas e as técnicas de ensino à distância, o Ministério da Educação (MEC) está oferecendo aulas “on-line” e gratuitas.

Atualmente, estão disponíveis três capacitações: “Como Preparar Videoaulas”, “Mediação em Ensino à Distancia” e “Desenho Didático para Ensino ‘On-line”’. Para fevereiro de 2021, serão ofertados mais dois cursos: "Multimeios em Educação" e "Psicologia na Educação".

A ideia desses cursos que o MEC está oferecendo é preparar os atuais e futuros professores da educação básica a utilizarem as ferramentas “on-line” em sala de aula e dentro de novos ambientes virtuais de ensino e aprendizagem.

Os participantes vão aprender a produzir seu próprio material audiovisual e a aperfeiçoar as práticas profissionais de maneira presencial ou à distância.

Para participar do curso basta se inscrever no “site” eskadauema.com. As inscrições vão até o dia 13 de novembro.

(Fonte: Agência Brasil)

A cantora Vanusa faleceu na madrugada deste domingo (8), na casa de repouso, em Santos (SP), onde estava morando há mais de 2 anos.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa da artista disse que um enfermeiro percebeu que Vanusa estava sem batimentos cardíacos por volta das 5h30 da madrugada. Imediatamente, chamaram Uma unidade móvel de Pronto-Atendimento (UPA) que constatou insuficiência respiratória como a causa da morte.

Segundo a assessoria, Vanusa "ontem teve um dia muito feliz com a visita da Amanda, a filha mais velha. Cantou, brincou, riu, se alimentou bem".

Nos últimos anos, a cantora teve depressão e ficou muito debilitada devido a problemas criados pelo uso de medicamentos tarja preta em excesso. De agosto a setembro deste ano, esteve internada no Complexo Hospitalar dos Estivadores.

O filho caçula Rafael Vannucci está viajando para São Paulo para tratar dos trâmites do enterro e mais informações serão repassadas no fim do dia.

Carreira da cantora

Vanusa Santos Flores nasceu em 22 de agosto de 1947, na cidade de Cruzeiro, Estado de São Paulo, sendo criada nas cidades mineiras de Uberaba e Frutal. Aos 16 anos, tornou-se vocalista do conjunto Golden Lions. Em uma das apresentações, foi ouvida por Sidney Carvalho, da agência de propaganda Prosperi, Magaldi & Maia, que a convidou para ir a São Paulo.

Em 1966, durante os últimos anos do movimento cultural Jovem Guarda, apresentou-se no programa “O Bom”, de Eduardo Araújo, na extinta TV Excelsior de São Paulo. Logo, foi contratada pela RCA Victor e ganhou êxito com a canção “Pra Nunca Mais Chorar” (Eduardo Araújo e Carlos Imperial). O sucesso a fez participar do programa “Jovem Guarda”, da TV Record, em suas duas últimas edições.

Em 1968, gravou seu primeiro álbum, estreando ainda como compositora em três canções, uma delas em parceria com David Miranda. Cinco anos depois, em seu quarto LP, já como contratada da gravadora Continental, lançou seu maior sucesso: “Manhãs de Setembro”, composta em parceria com Mário Campanha. Em 1975, lançou outro “hi”t: “Paralelas”, uma composição de Belchior. Em 1977, protagonizou ao lado de Ronnie Von a telenovela “Cinderela 77”, da Rede Tupi.

"Eu quero sair
Eu quero falar
Eu quero ensinar o vizinho a cantar
Nas manhãs de setembro"
(Trecho da música “Manhãs de Setembro”)

Ao longo de sua carreira, gravou 23 discos e vendeu mais de três milhões de cópias. Representou o país em vários festivais internacionais e recebeu cerca de 200 prêmios. Por dois anos seguidos foi eleita a Rainha da Televisão.

"Na verdade o que eu quero é impossível
O que eu quero é perfeito demais
Não existe um amor tão sublime
Por entre os mortais"
(Trecho da música “Paralelas”)

Em 1997, publicou sua autobiografia: “Vanusa – A Vida Não Pode Ser Só Isso!”, pela editora Saraiva. Em 2005, participou de vários concertos comemorativos aos 40 anos da Jovem Guarda.

Em 1999, depois de cinco anos sem gravar e apresentando-se apenas eventualmente, Vanusa estreou no Teatro Santa Catarina (São Paulo/SP), o musical “Ninguém é Loira por Acaso”, escrito e produzido pela jornalista Léa Penteado de quem é amiga desde os anos 70. No musical autobiográfico, além dos seus sucessos, ela estimula as mulheres a não abdicar dos seus sonhos. "Eu mesma estou realizando um, que é o de ser atriz", comenta Vanusa que atuou em “Hair”, em 1973, quando ouviu do diretor, Altair Lima, que nunca mais deveria deixar o teatro.

Em 2015, lançou seu primeiro álbum de canções inéditas em 20 anos: “Vanusa Santos Flores”, produzido por Zeca Baleiro. A cantora foi casada duas vezes: com o músico Antônio Marcos com quem teve as filhas Amanda e Aretha, e com o ator e diretor de televisão Augusto César Vannucci, pai do seu filho Rafael Vannucci.

Ouça na Radio MEC

Ouça Vanusa cantando no programa “Arte Clube”, episódio Lado A Lado B destaca o lado roqueiro de Vanusa. O que teriam em comum a banda de heavy metal Black Sabath e a cantora Vanusa? É o que você vai descobrir na coluna “Lado A/Lado B”, escrita pelo jornalista, doutor em literatura e colecionador de discos de vinil, Odirlei Costa. Ouça sucessos de uma das mais populares cantoras do país e conheça essa polêmica com a banda de rock!

(Fonte: Agência Brasil)

As escolas privadas de todo o país começam a se preparar para o ano letivo de 2021. Diante das incertezas que permanecem por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19), as instituições preveem um ano de cuidados em um possível ensino presencial e ainda com oferta de ensino remoto de forma parcial ou integral, mesmo que para parte dos estudantes. Todos esses fatores têm impacto nos novos contratos e nos reajustes das mensalidades.

“É um processo muito complexo”, diz o presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Ademar Batista Pereira. “Se tiver uma segunda onda da doença? Se não tiver vacina? A gente vai ter que fazer o que é possível. Não é possível fazer o que a gente fez em 2019, assinar um contrato com aula presencial e pronto, a gente tinha uma espécie de planejamento. Hoje ninguém tem nenhum planejamento e quem disser que tem está mentindo. Nem os governos têm. Vivemos um momento de instabilidade”.

Neste ano, as escolas tiveram que interromper as atividades presenciais para tentar frear o avanço da doença. Até o início deste mês, de acordo com levantamento feito pela Fenep, 16 Estados e o Distrito Federal autorizaram a reabertura das escolas particulares. Em outros três Estados, há alguma previsão de retomada. Sete Estados não têm data para reabertura.

As escolas tiveram que se adaptar, oferecendo aulas de forma remota. Muitas famílias, no entanto, pediram a redução das mensalidades, uma vez que o serviço contratado não estava sendo entregue da forma acordada. A disputa chegou ao legislativo, onde tramitaram propostas para redução obrigatória dos pagamentos.

Embora não haja certeza do que está por vir em 2021, para que os impasses que ocorreram em 2020 não voltem a acontecer, é possível, de acordo com Pereira incluir essas incertezas nos contratos, para deixar claro as medidas que podem ser tomadas. “A gente terá que prever no contrato o que será feito. Os pais têm que ter consciência de que será feito o que der para fazer”.

Educação infantil

A educação infantil, etapa que compreende as creches e pré-escolas, foi a mais impactada pela pandemia, devido à dificuldade de oferecer um ensino a distância para os bebês e crianças. De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira de Educação Infantil (Asbrei), Frederico Barbosa, a estimativa é que metade dos estudantes dessa etapa tenha deixado as escolas.

Para 2021, segundo Barbosa, as escolas prepararam os ambientes físicos para garantir que sejam arejados e que haja distanciamento entre os estudantes. As escolas definiram medidas de segurança, como o uso de máscaras e higienização dos ambientes, nas secretarias de Saúde e órgãos de vigilância sanitária.

A expectativa é ofertar tanto um ensino híbrido, mesclando presencial e remoto quanto aulas apenas a distância para aquelas famílias que desejarem. “Já está sendo colocado nos contratos essa questão da oferta do ensino híbrido e do ensino a distância. Vai ser a nova realidade em 2021”, diz.

Preços

Cada escola tem autonomia para definir as mensalidades. A Fenep ressalta que os custos subiram, pois foram necessários investimentos em novas tecnologias e treinamento dos professores para implementar e manter o ensino híbrido. “A escola não pode errar na sua precificação. É importante que as famílias conheçam e compreendam o quanto custa o investimento da educação particular, serviço essencial aos estudantes, à comunidade e ao país”, diz a entidade em nota.

A Fenep não tem uma estimativa de qual seja a média dos reajustes, no país. As situações variam de escolas para escola. A escola onde o filho da administradora Deborah Lopes estuda na Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro, por exemplo, optou por manter os mesmos preços praticados em 2020. "De certa forma, isso ajudou bastante", diz, "Muitos pais tiveram perdas com a pandemia, perdas de emprego, redução de salário, então, de certa forma ajuda, em 2021, a manter os alunos que já estavam na escola".

Na educação infantil, Barbosa diz que a maior parte dos reajustes varia entre 3% e 4,5%. “A escola tem que enxergar se o público dela comporta um aumento de mensalidade”, diz. “O pai que decide manter o filho em casa e só ter o ensino a distância, ele acha que tem que pagar menos, quando na verdade, para a escola oferecer esses dois serviços para as famílias, o ensino híbrido e o ensino a distância, o custo para a escola é muito maior. Algumas escolas tiveram que contratar alguns professores ou aumentar a carga horária dos docentes”, acrescenta.

Direito do consumidor

Pela Lei 9.870/99, as escolas podem reajustar as mensalidades com base na variação que tiveram nos custos com pessoal, aprimoramentos no processo didático-pedagógico e outras despesas. Caso solicitadas, devem apresentar uma planilha de custo que justifique o aumento proporcional.

“Toda espécie de aumento de despesa que a escola teve, ela pode colocar aí e esse reajuste tem que ser proporcional. E elas são fiscalizadas. A família que sentir que ela está praticando um reajuste não justificado, pode denunciar ao órgão de defesa do consumidor, que tem o poder de exigir que a escola apresente planilha, a contabilidade, para justificar isso”, explica o diretor de Relações Institucionais do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Igor Britto.

Segundo Britto, as famílias podem também tentar negociar com as escolas uma forma de pagamento que fique mais confortável no orçamento. “É surreal ver escolas reajustando mensalidade para o ano que vem desconsiderando a crise econômica nacional. É uma total falta de solidariedade das escolas com as famílias, especialmente as famílias que se mantiveram fiéis, pagando mensalidade ao longo do ano e não usufruindo das estruturas físicas com mesmo nível de serviço que contratam para 2020”, diz.

Outro direito das famílias, de acordo com Britto, é ter garantida a segurança dos filhos. A escola precisa prestar esclarecimentos quanto ao protocolo de segurança sanitária adotado e também sobre as opções de ensino remoto. “A escola que está ignorando totalmente, que acha que a pandemia acabou ou que se planeja para o retorno das aulas em fevereiro, em janeiro, como se tudo tivesse voltado ao normal, é uma escola que está totalmente fora dos padrões do mercado”, defende.

(Fonte: Agência Brasil)

Neste domingo, ainda continuamos falando sobre..

Palavras homônimas e parônimas

...

86. SUAR ou SOAR
Suar = transpirar (de suor):
É necessário suar a camiseta.

Soar = produzir som:
A campainha vai soar daqui a pouco.

87. SUCINTA ou SUSCITA
Sucinta = resumida:
Ele deu uma resposta muito sucinta.

Suscita = causa, provoca (do verbo “suscitar”):
O caso suscita mal-estar.

88. TACHA ou TAXA
Tacha = pequeno prego:
Usou tachinha para prender a tela.

Taxa = tributo:
Não queria pagar a taxa do lixo.

89. TACHAR ou TAXAR
Tachar = rotular, considerar, qualificar:
Ele o tachou de corrupto.

Taxar = estabelecer a taxa:
Ele taxou todos os produtos.

90. TRÁFEGO ou TRÁFICO
Tráfego = movimento, trânsito:
Era uma avenida de muito tráfego.

Tráfico = comércio ilegal:
Sou contra o tráfico de negros, de drogas e de crianças.

91. VIAGEM ou VIAJEM
Viagem = (substantivo) ato de viajar:
A viagem foi ótima.

Viajem = (verbo – 3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo):
Quero que vocês viajem amanhã.

92. XÁ ou CHÁ
Xá = soberano persa:
Não existe mais Xá no Irã.

Chá = infusão:
Só gosta de chá, detesta café.

93. XEQUE ou CHEQUE
Xeque = jogada de xadrez:
Recebeu um xeque-mate.

Cheque = ordem de pagamento:
Não aceitamos cheques.

Teste da semana
Que opção completa, corretamente, a frase a seguir?
“Perdeu o amigo __________ muito amava. Como _________ queria bem! Preferia sua companhia _________ de qualquer outra pessoa”.

(a) a quem / o / que a;
(b) quem / lhe / do que a;
(c) quem / o / a;
(d) a quem / o / do que a;
(e) a quem / lhe / à.

Resposta do teste: letra (e).
O pronome relativo “quem” deve ser usado sempre com preposição, mesmo quando funciona sintaticamente como objeto direto (= a quem muito amava). O verbo “querer”, no sentido de “querer bem, estimar” é transitivo indireto, por isso devemos usar o pronome “lhe” (= objeto indireto). O verbo “preferir” é transitivo direto e indireto e rege a preposição “a”: quem prefere sempre prefere alguma coisa a outra.

Recebemos o convite. Mas não foi possível o nosso comparecimento. Surgiram as dificuldades. E ficamos em casa. E quando nos encontrarmos com o dr. José Murad, haveremos de registrar desculpas. Dele, certamente, a boa compreensão. Mas sem ter ido à inauguração dos melhoramentos realizados na Santa Casa de Misericórdia, tínhamos conhecimento de que o dr. Murad vinha trabalhando, intensamente, visando, em menos tempo possível, melhores condições para o tradicional hospital da Rua do Norte. Sabíamos do grande esforço que vinha sendo desenvolvido pelo dinâmico secretário de Saúda do atual governador do Estado, José Sarney. Sabíamos da execução do plano de trabalho que o dr. Murad vem pondo em prática naquele setor de administração com a grandiosidade duma inteligência afeita à execução de realizações como essa. O dr. Murad tem realizado milagres na Santa Casa de Misericórdia. Mas há, nesses milagres, a determinação duma vontade firme, duma decisão que não se desvia dos seus objetivos. Há com o médico ilustre, quer queiram ou não os que o combatem, uma grande capacidade de trabalho e de organização. Ninguém poderá desmentir isso.

E não foi surpresa o acontecimento: a inauguração de melhoramentos na Santa Casa de Misericórdia. Não. Houve, isto sim, a alegria no coração de todos que lá foram ver a lavanderia mecanizada e a central de oxigênio. Alegria no coração dos doentes. Alegria no coração dos que ali ajudaram o médico a conquistar essas promoções que se faziam necessárias e que, agora, é uma realidade admirável. E os que lá foram viram todo o hospital e sentiram, em todos os seus setores de atividade, a marca do progresso. Dum trabalho modernizado. Dum trabalho edificante. Viram toda a extensão da luta do médico, esforço gigante para realizar, mais realizar. E viram a “laje do pavimento destinado ao centro cirúrgico”, já em fase de acabamento. Uma realização feita, sabemos, com sacrifício. Uma constante luta contra tudo e contra todos. Contra o material humano que sempre fica no registro das promessas. Mas, com o dr. Murad, a resistência, a insistência, a execução imediata. Com o dr. Murad, há a impetuosidade dum plano de serviço que nunca fica no “planejamento da espera”. Não. Com o secretário de Saúde do governo Sarney, há a barragem contra a “má vontade”, contra as ações negativas. E se é para arregaçar as mangas, ele o faz sentir não a necessidade do trabalho em execução, em iniciativa, em realização. Mas se dá a “implicação”, esta encontra no cardiologista maranhense a reação certa, medida, eficiente. É assim o dr. Murad. E, na Santa Casa de Misericórdia, está, indelével, inconfundível, a marca do administrador. Do homem responsável, do homem que realiza.

Na Secretaria de Saúde, informa-se, há o mesmo esforço, a mesma máquina, construindo, realizando. Muita coisa está sendo feita. Já há a evidência dessa conquista, desses melhoramentos. E acreditamos que muito e muito mais o dr. José Murad fará em favor do desenvolvimento dos serviços médicos em todo o Estado. Acreditamos em Murad. Não importa que contra ele, de quando em quando, haja a acusação dos gestos bruscos, violentos até, Não. Não importa. Uma questão de temperamento. Mas, às vezes, só com os gestos desencontrados, com a palavra atrevida se consegue fazer alguma coisa em benefício da coletividade, do povo! A verdade é que bem poucos os que querem cumprir com o dever funcional.

Então, aí, só mesmo o registro de um grito, de um berro ou duma ameaça que, logo depois, perde a tensão e entra na área do bom entendimento. Mas de qualquer maneira, há, com o dr. José Murad, a identificação: um grande administrador. E não nos foi possível ir à inauguração dos melhoramentos realizados na Santa Casa de Misericórdia. Mas estaremos nas outras. Estaremos.

* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 17 de agosto de 1966 (quarta-feira).

O grupo de pesquisadores da ação global #EquipeHalo (em inglês #TeamHalo), criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), vai receber mais um brasileiro. Dessa vez, o convite foi feito para o estudante da Faculdade de Farmácia da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, Wasin Syed. A cientista Jaqueline Goes de Jesus, que sequenciou os primeiros genomas do novo coronavírus na América Latina, já tinha começado a integrar a ação das Nações Unidas. Halo significa auréola em português e representa o anel da ciência que circunda o globo.

Wasin Syed é coordenador do Grupo União Pró-Vacina, que combate “fake News” mostrando vídeos contra vacinas e produz material educativo sobre a imunização. “Agora, fazendo parte de um grupo da ONU, a gente está junto a outros pesquisadores e outras pessoas que têm o mesmo objetivo de melhorar a imagem da vacina no mundo. A vacina é uma questão de saúde pública muito importante. Menos pessoas se vacinando, mais chance de doenças proliferarem e doenças que não tínhamos há anos, voltarem como o sarampo”, disse em entrevista à Agência Brasil.

O estudante contou que o Grupo União Pró-Vacina foi criado em 2019, na USP, quando não tinha surgido o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Segundo Wasin Syed, a preocupação era a queda na cobertura vacinal que vinha ocorrendo no Brasil, porque parte da população não procurava a imunização. “Caiu bastante a cobertura vacinal, e a gente resolveu criar o Grupo, não exatamente para combater a ‘fake news’, mas de atuar como Poder Público, prefeituras, secretarias de Saúde, produzindo material para ajudar as pessoas a voltarem a ter confiança em vacinas. Agora, com a Covid, os grupos antivacina cresceram bastante com produção de conteúdo contra vacina”, revelou.

Instituições

Além da USP, a campanha que envolve profissionais de vários países, inclui instituições respeitadas como Harvard, Imperial College London e Wits University. O desafio é atualizar e aproximar o público dos trabalhos dos pesquisadores em perfis nas redes sociais. Os integrantes fazem vídeos no TikTok e no Instagram para explicar seu trabalho na busca pelas vacinas contra a Covid-19.

Para a pesquisadora Jaqueline Goes de Jesus, é importante desenvolver uma comunicação mais acessível e didática com o público. “Participar da #EquipeHalo está sendo a concretização de um projeto que eu sempre pensei em desenvolver quando fiquei conhecida como uma grande cientista no Brasil. A sociedade é o objeto de estudo das Ciências e é para ela que o produto desses estudos deve ser direcionado”, disse,

A cientista acrescentou que levar informações para a população, em uma linguagem mais simples, sobre o que está sendo feito, é uma forma de devolver à sociedade todo o investimento que tem sido feito ao longo dos anos. Jaqueline disse ainda que está gostando muito de ter criado um perfil no TikTok para começar a produzir conteúdos para o projeto.

A iniciativa mostra o cotidiano dos cientistas, chamados de guias, que trabalham com pesquisas sobre a Covid-19. Eles contam suas histórias, voluntariamente, e postam vídeos que destacam a seriedade e o empenho de todos para enfrentar a pandemia. Os guias podem ainda responder perguntas do público e esclarecer sobre boatos e informações incorretas.

Além da cientista, o Brasil já conta com mais três guias. Natalia Pasternak, que é pesquisadora visitante do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, no Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas (LDV), e diretora-presidente do Instituto Questão de Ciência. Outro guia é Gustavo de Miranda, que lidera a pesquisa de desenvolvimento de vacinas contra o novo coronavírus, como também para vacinas para chikungunya e zika vírus, no Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP. Mais um guia é Rômulo Neris. O foco da pesquisa de doutorado dele na Universidade Federal do Rio de Janeiro é a forma como o sistema imune reage ao novo coronavírus.

Na visão da subsecretária-geral de Comunicação Global da ONU, Melissa Fleming, a desinformação interferiu na confiança do público nas vacinas e a intenção é que a #EquipeHalo mude este cenário. “São pessoas incríveis fazendo a ciência ser parte de uma colaboração global. Devemos comemorar o fato destes profissionais nos ajudarem a colocar um fim nesta terrível pandemia”, disse.

(Fonte: Agência Brasil)

Covid-19: Fiocruz amplia capacidade nacional de testagem

Após ter sequenciado os primeiros genomas do novo coronavírus na América Latina, a cientista brasileira Jaqueline Goes de Jesus foi convidada, na última quinta-feira (5), para integrar uma equipe de pesquisadores da Organização das Nações Unidas (ONU). Batizada de #TeamHalo, a iniciativa visa apoiar a colaboração entre cientistas de todo o mundo na pesquisa de vacinas seguras e eficazes contra a covid-19.

Jaqueline ficou conhecida por ter sido uma das responsáveis pelo sequenciamento genético do novo coronavírus dos primeiros casos de covid-19 na América Latina. Entre outras ações, os cientistas integrantes da equipe postam vídeos em redes sociais mostrando o cotidiano de trabalho, além de responder perguntas do público e esclarecer sobre boatos e informações incorretas.

Segundo a ONU, os cientistas desejam enfatizar a natureza global do trabalho e reconhecer a contribuição de milhares de pessoas ao redor do mundo para conter a pandemia. Os vídeos podem ser acessados no Twitter e no Tik Tok.

"A campanha envolve profissionais de vários países do mundo e de respeitadas instituições, como a Universidade de São Paulo (USP), Harvard, Imperial College London e Wits University, que estão em busca da vacina para pôr fim à pandemia. Eles aceitaram o desafio de atualizar e aproximar o público de seus trabalhos em perfis nas redes sociais", informou a ONU.

Atualmente, Jaqueline é pesquisadora bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em nível de pós-doutorado, no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo – Universidade de São Paulo (IMT-USP). Para a cientista, a iniciativa favorece uma comunicação mais acessível e didática com o público e ajuda a combater a onda de desinformação que tem levado um número significativo de pessoas a desconfiar da eficácia das vacinas.

“Trazer informações para a população sobre o que temos feito em uma linguagem mais simples é uma forma de devolver à sociedade todo o investimento que tem sido feito ao longo dos anos. Eu criei um perfil no TikTok para começar a produzir conteúdos para o projeto e estou gostando bastante. Estou aprendendo a usar a ferramenta e descobrindo um mundo de possibilidades criativas”, disse.

Além da cientista, o Brasil conta com mais três parceiros: os pesquisadores Natalia Pasternak, Gustavo Cabral de Miranda e Rômulo Neris. Natalia Pasternak atua como pesquisadora visitante do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, no Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas (LDV), e diretora-presidente do Instituto Questão de Ciência. Gustavo de Miranda lidera a pesquisa de desenvolvimento de vacinas contra o novo coronavírus, assim como vacinas para chikungunya e zika vírus, no Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP. Enquanto Rômulo Neris tem como foco de sua pesquisa de doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) a forma como o sistema imune reage ao novo coronavírus.

(Fonte: Agência Brasil)

A artista plástica Sônia Muniz está na Galeria de Mulheres de Expressão. Ela será homenageada nesta sexta-feira (6/11), em noite de premiação, no Panette Buffet, localizado na Avenida dos Holandeses, em São Kuís.

Destacamos, neste espaço, a artista plástica Sônia Muniz ou Rosita Costa Muniz. Ela é catarinense, formada em Licenciatura, Desenho e Plástica pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Exerceu atividade docente de Educação Artística em escolas particulares e públicas.

“Estou sempre aprendendo. Por isso, busquei aprimorar meus conhecimentos nessa atividade. A princípio, utilizando tinta a óleo e, hoje, desenvolvo estilo próprio fixando uma identidade artística com o uso da tinta acrílica. Na maioria das vezes, monocromática, tendo como tema central a figura humana, em especial. as mulheres. Assim, participando de várias exposições e concursos, conquistando o primeiro lugar nacional e o segundo lugar estadual”.

Sônia Muniz é casada com o procurador de Justiça aposentado Clésio Muniz, que será um dos integrantes da mesa de honra reservada para os padrinhos da grande e perfumada noite. Eles também receberão uma placa de participação.

(Fonte: Blog da Rosenira Alves)

Sala de aula vazia

A partir do dia 1º de janeiro de 2021, o primeiro grande desafio dos novos gestores municipais na educação será decidir como serão as aulas durante o ano. Isso porque, às vésperas das eleições, muitos municípios adiaram o retorno às aulas presenciais para o ano que vem, temendo aumento do contágio de alunos e professores pelo novo coronavírus. Eles terão que decidir se as aulas voltam a ser presenciais, se serão ofertadas de forma remota ou em um modelo misto e de que forma isso será feito.

Prestes a entregar as prefeituras, alguns dos atuais gestores sequer elaboraram planos para garantir a segurança de professores e estudantes na pandemia. São questões que terão de ser resolvidas por aqueles que assumirem o comando das prefeituras no início do próximo ano. Tudo isso em um cenário de baixa arrecadação e, possivelmente, de orçamentos mais enxutos.

A Agência Brasil conversou com especialistas sobre as ações que são esperadas dos novos gestores e o papel dos municípios na educação, além de ouvir deles dicas sobre como avaliar um plano de governo no campo educacional para decidir em quem votar.

No dia 15 deste mês, 5.570 municípios escolherão prefeitos e vereadores. “A maioria esmagadora dos municípios não tem ainda previsão de volta às aulas presenciais, não sabe dizer se volta neste ano ou no ano que vem. Muitos já declararam a volta no ano que vem”, diz o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Garcia.

De acordo com o último levantamento da Undime, em agosto, cerca de 50% dos municípios brasileiros ainda não tinham estruturado um protocolo de retorno às aulas, ou seja, não haviam definido qual seria a distância a ser mantida entre os estudantes e quais equipamentos de proteção individual e itens de higienização estariam disponíveis nas escolas.

“O início das novas gestões em 2021 se dará em um contexto inédito e, talvez, no contexto mais desafiador da história da educação brasileira, por conta da pandemia de covid-19 e do fechamento prolongado das escolas”, afirma o líder de Políticas Educacionais do Todos pela Educação, Gabriel Corrêa.

Para Corrêa, os novos gestores públicos precisarão, inicialmente, dar muita ênfase às ações de retomada das aulas presenciais, quando isso for permitido pelas autoridades sanitárias “em cada local do território brasileiro, e também às de mitigação dos efeitos que a pandemia trouxe e continua trazendo, para alunos, professores e comunidade escolar”.

Creches e alfabetização

Além de ações emergenciais, os gestores têm várias obrigações a cumprir durante o mandato. De acordo com a Constituição brasileira, os municípios são prioritariamente responsáveis pelas etapas iniciais da educação – creche, pré-escola e primeiros anos do ensino fundamental, do 1º ao 5º ano. Cabe a eles, portanto, a tarefa de alfabetizar as crianças.

Segundo o Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005/2014, que estabelece metas para melhorar a qualidade da educação no Brasil até 2024, o país precisa ampliar as vagas em creches, para crianças até 3 anos de idade. Até 2024, 50% delas devem estar matriculadas – os últimos dados, de 2018, mostram que o atendimento chega a 35,7%.

Já a pré-escola, que atende os alunos de 4 e 5 anos, deveria estar universalizada, desde 2016, mas 328 mil crianças ainda estão fora das salas de aula. Os dados são do monitoramento do PNE feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Outra meta trata da alfabetização das crianças. Pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estipula o que deve ser ensinado em todas as escolas, a alfabetização deve ocorrer até o 2º ano do ensino fundamental. Avaliações nacionais, no entanto, mostram que há dificuldades nesse aprendizado: mais da metade dos estudantes está nos dois primeiros níveis de proficiência em leitura e em matemática e cerca de um terço, em escrita.

Está, portanto, nas mãos dos municípios o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para os anos iniciais. “Investir na primeira infância, na faixa etária até 6 anos, investir na criança é a melhor forma de nivelar, de trazer igualdade de oportunidade para todas as crianças, sejam pobres, de renda média ou ricas. Investir nessa fase é uma forma de garantir o pleno potencial das pessoas. A criança que tem investimento qualitativo entra com melhores condições de absorver conhecimento nas etapas seguintes”, diz a diretora de Relações Institucionais da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Heloisa Oliveira.

Para cumprir o PNE, cada cidade teve que aprovar um Plano Municipal de Educação (PME) adaptado à própria realidade. “Poucos municípios olham para os seus PMEs. Neste ano, com a questão da covid-19, o foco mudou totalmente. A gente ignorou. Quando se ignora o plano, perde-se a condição de avançar no médio e no longo prazos de forma consistente”, alerta Garcia. Ele enfatiza que é importante cada gestor que esteja deixando o cargo avaliar o cumprimento dos dados do Plano Municipal de Educação e fazer uma transição informando tudo. Segundo Garcia, é preciso dizer aos candidatos a prefeito que existem PMEs.

Financiamento

Responsáveis pela maioria das vagas nas escolas do país, os municípios investem R$ 4 de cada R$ 10 gastos na educação básica, que vai do ensino infantil ao ensino médio. Há, no entanto, grande desigualdade de arrecadação entre as prefeituras, e isso, em um período de pandemia e de crise econômica, fica ainda mais acentuado.

“Tem uma agenda da pandemia que os gestores terão que enfrentar, que vai da distribuição de equipamentos de ‘internet’ banda larga, que, agora, será imprescindível, ao redimensionamento de turmas e readequação arquitetônica das escolas [para maior ventilação das salas e redução do número de alunos por turma]”, destaca o professor Daniel Cara, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e integrante da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. O professor ressalta que isso ocorrerá no meio de uma enorme crise arrecadatória e que vai ser “um desafio grande”.

De acordo com Cara, nesse contexto, é importante a regulamentação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O fundo é composto por recursos que provêm de impostos e transferências da União, Estados e municípios e é a principal fonte de recursos para a educação pública. A vigência do Fundeb terminaria neste ano, mas o Congresso Nacional o tornou permanente.

Agora, o Fundeb precisa ser regulamentado. “O alento para que os secretários municipais possam trabalhar com qualidade é uma regulamentação do Fundeb de fato robusta, que fortaleça o amparo por parte do governo federal a estados e municípios”, diz Daniel Cara.

“A maioria dos municípios brasileiros depende quase integralmente do Fundeb para manter o sistema educacional funcionando”, complementa Corrêa. “Os municípios mais pobres terão mais recursos que podem compensar a queda de arrecadação esperada por conta da crise econômica que a gente vive. O Fundeb é o principal mecanismo de financiamento da educação básica e precisa ser regulamentado com urgência no Congresso Nacional, para que se consiga atender com a devida qualidade especialmente os alunos mais pobres do país”.

Escolha de candidatos

Segundo Daniel Cara, a educação, que já ocupa espaço de destaque nas campanhas eleitorais, ganhou mais destaque no contexto da pandemia. “A falta da escola gerou um impacto grande no cotidiano familiar. Aquilo que era naturalizado passa a ser percebido como uma parte importante da vida. O espaço social para a realização da infância e da adolescência é a escola. A educação está sendo bastante debatida”.

Para saber se os planos dos candidatos têm propostas relevantes na área da educação, o diretor-presidente da Escola do Parlamento da Câmara Municipal de São Paulo, Alexsandro Santos, diz que os eleitores precisam estar atentos a alguns aspectos: “A primeira coisa é ter muita clareza de qual é o papel dos municípios no direito à educação.

Se o candidato promete, por exemplo, construir escolas técnicas na rede municipal, esta não é uma pauta do município. E isso significa que ele vai gastar o dinheiro da educação em uma pauta que não é de responsabilidade dele, “que tem que cuidar da educação infantil e dos primeiros anos do ensino fundamental. Aí que tem que focar”, alerta.

É preciso também verificar se os candidatos têm propostas para melhorar as condições de trabalho e carreira dos professores, uma vez que valorizar os profissionais do setor produz impacto na qualidade da educação ofertada.

Santos recomenda ainda que os eleitores verifiquem se os programas de governo são baseados em dados. “Se o candidato apresenta uma proposta, e esta não tem dados que a sustentem, o eleitor deve correr. Se falar, por exemplo, que vai construir 300 unidades de creche, [o eleitor pode questionar], com que dinheiro e em que lugares da cidade, porque esses dados são importantes para saber se a proposta faz sentido e não cair em promessas vazias dos candidatos”.

Heloisa concorda que é importante analisar as propostas incluídas nos planos de governo. “Em geral, as pessoas até ouvem o que os candidatos falam em debates ou propagandas eleitorais, mas não prestam atenção e não leem os planos de governo”, diz. Ela ressalta que quem está concorrendo a um cargo executivo tem a obrigação legal de divulgar o plano de governo no momento que se inscreve como candidato. “Na prática, se fizer uma analogia, é um candidato a um cargo público remunerado, e o plano é como se fosse um currículo”.

Os planos são documentos obrigatórios que trazem a visão e as propostas dos candidatos para cada setor.

Os documentos apresentados pelos candidatos estão disponíveis na “internet” para consulta, no “site” do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

(Fonte: Agência Brasil)