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Lidar com a ansiedade antes de fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ficou ainda mais complicado este ano, em meio à pandemia do novo coronavírus. Por isso, professores recomendam que os estudantes descansem, alimentem-se bem e que separem, com antecedência, tudo que precisarão levar no dia do exame.

Como professora, o que estou passando para os meus alunos é o que a gente conseguiu estudar, nós estudamos até sexta-feira (8). A partir de agora, é organizar a caneta, a máscara, o álcool em gel. Olhar o seu Cartão de Confirmação da Inscrição para ver onde vai fazer a prova. Verificar se conhece o lugar, se sabe como chegar. Se organizar para a prova, para não deixar para a última hora”, diz a professora de português da Escola Estadual Amélio de Carvalho Baís, de Campo Grande (MS), Letícia Cintra.

De acordo com o coordenador pedagógico do ProEnem, Leandro Vieira, uma forma de tentar driblar a ansiedade é se sentir minimamente preparado. Então, além de separar os itens para levar no dia do exame, a semana pode ser voltada para a revisão de conteúdo. “Fazer provas anteriores, rever provas de anos anteriores, assuntos que mais caem podem gerar confiança nos alunos”, diz. No “site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), estão disponíveis todas as provas aplicadas e os respectivos gabaritos.

Vieira recomenda também que os estudantes tenham uma estratégia para fazer a prova. Isso ajuda a chegar no dia e saber como conduzir o exame, sem perder tempo. “A gente vê muitos alunos que chegam para o dia da prova e acabam ficando muito nervosos, muito ansiosos e acabam não conseguindo se concentrar naquele momento. Importante que vá para a prova sabendo por onde vai começar”, diz.

A dica do professor é começar pela redação, pois é a única prova que não é possível resolver de maneira rápida. Ele recomenda que os estudantes dediquem cerca de uma hora para essa prova e que, em seguida, resolvam as questões com que têm mais afinidade, para garantir o acerto das questões fáceis. Neste domingo (17) serão aplicadas as provas de redação, linguagens e ciências humanas. No dia 24, os candidatos farão as provas de matemática e ciências da natureza.

Para o professor de história do CEL Intercultural School, Rômulo Braga, a principal dica é não se comparar com os demais candidatos. Segundo ele, de formas diferentes, a pandemia causou impacto em todos os estudantes do país. “Não dá para usar a mesma métrica do ano passado. As coisas estão inconstantes e incertas. Não é saudável se adiantar e ficar ansioso em relação aos resultados. Este ano, todos terão resultados diferentes, alguns um pouco para mais e outros para menos. Ainda virão outras aplicações do Enem mesmo em 2021”, diz. 

Aulas em tempo de pandemia

O ano de 2020 não foi como os demais, nem para os estudantes, nem para os professores. Escolas e cursinhos preparatórios tiveram que se adaptar. “Foi um ano extremamente cansativo”, diz Vieira. “Foi um ano de vários testes, de tentativa e erro, daquilo que funcionava ou não funcionava no dia a dia. Realmente, foi um ano cansativo para os professores e acho que esse cansaço também se refletiu nos alunos. A gente tem um Enem que nunca foi tão tarde. O Enem normalmente é no começo de novembro. Então, são praticamente três meses a mais de estudos do que eles estão acostumados”, acrescenta.

“Às vezes, minha vontade era pular da tela para dentro da casa do aluno, para falar com ele, para motivá-lo a abrir a câmera, para trocar de roupa, sair do pijama”, diz Braga. “A maior desvantagem é a falta de contato. Aquele aluno que está desmotivado, mas que se motiva com a presença de outros, com a presença de um professor que ele gosta muito, tudo isso foi evitado”.

Já Letícia Cintra precisou de fato ir à casa de estudantes para evitar que eles abandonassem os estudos. “Não perdemos ninguém, porque a  escola fez uma busca ativa. Se o estudante ficava 15 dias sem acessar o conteúdo, a gente ia atrás dele, ia à casa do aluno para levar atividade”, afirma. Ela conta que precisou também adaptar os próprios horários porque havia alunos que só tinham acesso à “internet” no fim do dia, quando os pais chegavam em casa com celular. “Atendia aluno às vezes até as 23h. Atendia aos sábados e domingos”.

Em um ano em que ter acesso à “internet” fez diferença, as desigualdades ficaram mais evidentes. De acordo com levantamento feito pela plataforma de bolsas de estudos e vagas no ensino superior Quero Bolsa, 77,8% dos estudantes que se inscrevem no Enem têm “internet” em casa e “smartphone” ou computador. Eles têm, portanto, a conexão e o aparelho para conseguir acessar o material desenvolvido para ensino a distância. Já os demais 22,8%, por falta de infraestrutura, não conseguem assistir às aulas “on-line”. Os dados são do questionário socioeconômico do Enem 2019. 

Enem 2020

Ao todo, cerca de 5,8 milhões de estudantes estão inscritos no exame. O Enem 2020 terá uma versão impressa, nos dias 17 e 24 de janeiro, e uma digital, realizada de forma piloto para 96 mil candidatos, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

As medidas de segurança adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus serão as mesmas tanto no Enem impresso quanto no digital. Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Quem for diagnosticado com covid-19, ou apresentar sintomas dessa ou de outras doenças infectocontagiosas até a data do exame, não deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Inep pela Página do Participante, ou pelo telefone 0800-616161, e terá direito a fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

(Fonte: Agência Brasil)

Responsável por organizar a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) decidiu que, este ano, o acesso aos locais de prova será liberado mais cedo que de costume. A medida visa a evitar aglomerações e a consequente disseminação do novo coronavírus.

Em uma nota divulgada nessa segunda-feira (11), o instituto informou que os portões dos locais de aplicação dos testes serão abertos às 11h30 (horário de Brasília), e fechados às 13h – meia hora antes do início das provas.

Mais de 5,783 milhões de candidatos se inscreveram para participar do exame. As provas estão agendadas para 17 e 24 de janeiro (versão impressa), e  31 de janeiro e 7 de fevereiro (versão digital).

As datas, no entanto, estão sendo questionadas judicialmente por órgãos públicos e entidades que apontam o risco de candidatos e funcionários contraírem a covid-19 devido à reunião de pessoas em locais fechados.

Na sexta-feira (8), a Defensoria Pública da União (DPU) recorreu à Justiça Federal para tentar adiar a realização do exame. No mesmo dia, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) acionaram o Ministério Público Federal (MPF) com o mesmo propósito. Além disso, 50 entidades científicas divulgaram uma nota conjunta em que apontam a “necessidade urgente” de que a realização das provas do Enem sejam adiadas “para outro momento no qual os índices de transmissão e a capacidade de resposta dos serviços de saúde estejam dentro de níveis aceitáveis”. Entre as organizações signatárias, estão a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco); a Associação de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped) e a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn).

Em resposta às críticas, o Ministério da Educação afirmou que regras específicas foram estabelecidas para reduzir as aglomerações nos locais de prova e, assim, garantir a segurança dos candidatos e funcionários que participarão do exame. Os principais procedimentos de segurança estão detalhados em dois editais publicados pelo Inep, o nº 54 e o nº 55 cuja observância é obrigatória.  

Enem

Realizado anualmente desde 1998, o Enem tem o propósito de avaliar o desempenho escolar dos estudantes que concluem o ensino médio, mas muitas faculdades utilizam a nota dos participantes para selecionar seus novos alunos. 

O exame conta com uma redação e 45 questões em cada prova das quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias. Ao todo, o Inep confirmou 5.783.357 de inscrições para o Enem 2020.

(Fonte: Agência Brasil)

De longe acompanhamos a queda do Gigante. Ele estava no seu gabinete de trabalho. Escrevia o seu artigo. Sentiu-se mal. Levaram-no para a Casa de Saúde Dr. Eiras. A dormência que sentiu no braço direito era o começo da terrível moléstia que o iria prender, depois, numa cadeira de molas. Mas ele reagiu ao primeiro golpe do adversário, este que vence sempre a todas as resistências.

Com os médicos, a desconfiança de que ele fora vítima de derrame cerebral. Mas, com ele, a sua coragem de não ceder. Não aceitar o diagnóstico da prudência. Com ele, a fibra do jornalista combativo. Com ele, seus impulsos, sua luta, suas conquistas, suas responsabilidades. Não. Não poderia aceitar a interrupção. E recomeçou a sua tarefa, reiniciou o seu trabalho. Voltou a escrever os seus artigos.

E veio a recaída. Perdeu os sentidos. E, diante do corpo no esquecimento de si mesmo, seus médicos, seus amigos. Seu estado de saúde agravou-se. Não escaparia. Chegou a ser desenganado. Era questão de momentos. Lágrimas nos olhos de todos, tristeza no coração de todos. Recebeu a extrema-unção. Mas ele venceu todas as crises. Recuperou-se. Seus olhos se reabriram para a vida. Reação física e moral. Fortalecimento do corpo e da alma.  Tudo nele, agora, uma sensação de ressurgimento. Compreendeu, certamente, o milagre da sua recuperação. Seu organismo, sua vontade de continuar, de fixar-se mais na vida, afastava a cutilada final da morte. E reconheceu que não poderia mais parar. Sabia que caminhava para o fim. Mas enfrentou a fatalidade. E Chateaubriand continuou de pé. De pé na sua cadeira de molas! A posição tomada nela tinha outro sentido. Aquelas rodas seriam seus pés, a cadeira o corpo em movimento, dentro dela a fulguração intelectual, o robustecimento da cultura, a força indomável do homem que não soube nunca recuar, nem sentir temores.

E recomeçou a luta. Seus artigos voltaram para as colunas de seus jornais.

Chateaubriand continuava. E estava em toda parte. Com ele, o Brasil. Com ele, a grandiosidade do homem de imprensa. Com ele, a marca de suas iniciativas, de suas realizações. Com ele, os “Diários Associados”. Com ele, suas rádios, depois a televisão. E mais: a campanha em favor dos núcleos preparatórios aeronáuticos nos diversos pontos do Estado. Com ele, o Museu de Arte de São Paulo. Com ele, todo um tempo, a sua vida num amplo trabalho de divulgação de nossas riquezas, este Brasil que ele amava, esta terra que tinha dele uma parcela viva e extraordinária de empreendimentos.

Senador, diplomata e acadêmico da Casa de Machado de Assis. Em tudo, a presença da sua inteligência, valorização de sua cultura. Na Alemanha, duma feita, respondeu a uma saudação em alemão. Era assim Assis. Era um esbanjador de talento, de conhecimentos gerais, admiráveis.

Nenhum jornalista viajou mais que ele. E este doido lutar por terras estranhas, ele continuou sentado na sua cadeira de molas. E onde chegava, com ele, chegava a Pátria. Com ele, este Brasil que só se ama uma vez. Ninguém lhe poderá negar isto. Ninguém. Nem os seus mais ferrenhos inimigos. Não importa as suas tendências políticas. O material utilizado para as suas conquistas e para enfrentar os seus adversários. Não. Chateaubriand nasceu aqui, na Paraíba. Conhecia os homens, suas manhas, suas perfídias, suas franquezas. Sabia-os de cor. Mas o que está intocável é a sua personalidade intelectual sua força de inteligência, sua grande capacidade de trabalho. Uma vida na vida do Brasil, sentida por todos, compreendida por todos e elogiada por todos.

Esteve aqui. Conheceu a terra e seus homens, sua história e suas tradições. Tinha o Maranhão nas suas lembranças. Uma vida na boêmia do espírito. Conheceu Nascimento Moraes aqui. O Mestre lhe deixou nítidas impressões, e ele escreveu um artigo sobre o jornalista maranhense. Em 1944, estávamos trabalhando em “O Jornal”, o primeiro dos “Diários Associados”. Dentro de nós, a alegria íntima: ver Chateaubriand. Não sabemos se ele sabia da nossa presença no quadro redacional do matutino. Não. Não sabemos. Mas um dia, pela parte da tarde, Chateaubriand entra na redação. Vimo-o de longe. E ele passou. Passos rápidos e dirigia-se para o seu gabinete de trabalho. Doutra vez, na Avenida Rio Branco, tentava pegar uma condução. E nunca mais o olhamos. Mas, dele, guardamos sempre íntimas lembranças: sua vida na imprensa.

Morreu o Mestre. Não sabemos chorar. Mas sabemos sentir a ausência daqueles que, pela cultura e pelo talento, pelo trabalho e pelo idealismo, sempre fazem um muito ou um pouco pelo engrandecimento deste Brasil ainda atormentado e aflito.

Esta é a nossa homenagem ao Gigante da Imprensa Nacional.

* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 9 de abril de 1968 (terça-feira).

Neste domingo, selecionamos alguns questionamentos e, dentro do possível, eis as respostas...

1º) A presidente OU a presidenta?

Tanto faz. Nossos dicionários registram as duas formas. A escritora Nélida Piñón, quando se tornou presidente da Academia Brasileira de Letras, sempre foi tratada e se referia a si como “a presidente da ABL”.

Cristina Kirchner, após ser eleita presidente da Argentina, fez questão de ser chamada de “presidenta”, porque, segundo ela, é mais feminino. A verdade é que na língua espanhola, como na língua portuguesa, as duas formas são corretas e aceitáveis.

2º) Tiroide OU tireoide?

Tanto faz. As duas formas aparecem registradas nas edições mais recentes dos nossos principais dicionários. Não é, portanto, uma questão de certo ou errado. O que pode haver é uma preferência por uma ou por outra forma.

3º) Em prol OU contra?

Afirmou o representante de uma ONG ao repórter de uma TV: “Nosso objetivo é continuar a luta em prol da desigualdade racial”.

Não acredito que ele dirija uma organização que lute a favor da desigualdade racial!

É lógico que ele queria dizer que sua luta é contra a desigualdade racial ou em prol da igualdade racial.

4º) Cair OU não cair?

Confessou o capitão do time: “Nossa briga é para cair para a segunda divisão”.

Se fosse verdade, seria um caso de demissão por justa causa, por traição. O nervosismo, após a derrota, provocou a confusão. Faltou uma palavra muito importante: “Nossa briga é para NÃO cair para a segunda divisão” ou “para nos manter na primeira divisão”.

5º) Fazer o reconhecimento do gramado?

Leitor questiona o uso da palavra “reconhecimento”.

O nosso leitor tem razão em parte. Se analisarmos o verbo “reconhecer” no sentido original, constataremos que “RE+conhecer” é “conhecer de novo”, logo só poderíamos “reconhecer” o que já conhecíamos. Assim sendo, se os jogadores estão entrando pela primeira vez naquele campo, não se trata de reconhecimento, e sim “conhecimento”.

O problema é que “reconhecimento do gramado” faz parte do jargão esportivo, do “futebolês”. É semelhante ao caso de “correr atrás do prejuízo”. Pode ser um absurdo, mas é perfeitamente compreensível por quem é do meio futebolístico.

Esse tipo de problema não deve ser tratado como um caso de certo ou errado. O que podemos discutir é se a expressão é adequada ou não em determinados contextos.

6º) Repetir de novo?

Leitor critica um dos nossos comentaristas de arbitragens que teria dito: “O árbitro, acertadamente, mandou o atacante repetir de novo a cobrança do pênalti”.

Se fosse para o atacante cobrar o pênalti pela segunda vez, nosso leitor teria razão: “repetir de novo” seria uma redundância.

O problema é que o pênalti foi cobrado três vezes. Quando o árbitro mandou o atacante cobrar pela terceira vez, podemos dizer que o árbitro mandou repetir de novo a cobrança do pênalti.

Inaceitável seria dizer que “O Sampaio repetiu três vezes a cobrança do pênalti”. Ou “bateu o pênalti três vezes” ou “repetiu duas vezes a cobrança do pênalti”.

Teste da semana

Assinale a opção que completa, corretamente, as lacunas da frase abaixo:

“Nos dois _________, o time jogou à base de __________”.

a) jogos-treinos / contras-ataques;

b) jogos-treino / contras-ataque;

c) jogo-treinos / contra-ataques;

d) jogos-treino / contra-ataques;

e) jogo-treino / contra-ataque.

Resposta do teste:letra (d).

Quando uma palavra composta é formada por dois substantivos \variáveis, podemos flexionar os dois (jogos-treinos) ou só o primeiro se o segundo substantivo especificar o primeiro: JOGOS-TREINO. No caso de CONTRA-ATAQUE, temos uma preposição (invariável) + um substantivo variável: CONTRA-ATAQUES.

A Secretaria de Estado da Cultura manifesta profundo pesar pelo falecimento da poetisa, cantora e compositora maranhense Isabel Cunha.

Bacharel em Filosofia, Isabel Cristina da Cunha Rodrigues dedicou boa parte da vida à arte. Ela era filha do escritor, jornalista e professor Carlos Cunha, irmã da também poetisa, cantora e jornalista Wanda Cunha e mãe das cantoras maranhenses Carol Cunha e Ana Tereza Cunha.

Em 2018 e 2019, Isabel Cunha gravou dois videoclipes ao lado de sua irmã Wanda: “Xote da Caranguejada” e “Fé no Amor Virou Feminicídio”, um alerta sobre a violência contra as mulheres. Anos antes, Isabel Cunha lançou um clipe onde interpreta a música “Louca Aventura”, de autoria da compositora Isabel Melmonte.

Isabel Cunha faleceu na tarde da última sexta-feira, 8 de janeiro, em decorrência de complicações da Covid-19.

O secretário de Cultura, Anderson Lindoso, e a equipe Secma externam suas condolências aos amigos e familiares da artista.

(Fonte: Secma)

As instituições particulares de ensino superior que aderiram ao Programa Universidade para Todos (Prouni) ofertam 162.022 bolsas de estudo na primeira seleção de 2021. Gestor do programa, o Ministério da Educação (MEC) informou que, desse total, 76.855 serão bolsas integrais e 85.167, parciais, com 50% de desconto sobre o valor do curso.

A relação das instituições e dos cursos disponíveis pode ser consultada na página do programa, na “internet”. Também é possível pesquisar as opções ofertadas por cidades e por tipo de bolsa (integral e parcial), modalidade (presencial e a distância).

As inscrições começam na terça-feira (12) e se encerram na sexta (15). De acordo com o MEC, os Estados com o maior número de bolsas ofertadas são: São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.

Para concorrer às bolsas integrais, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo (R$ 1.650) por pessoa. Para as bolsas parciais, a renda familiar bruta mensal deve ser de até 3 salários mínimos por pessoa (R$ 3.300). É preciso ainda que o candidato tenha feito a edição mais recente do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), tenha alcançado, no mínimo, 450 pontos de média das notas e não tenha tirado zero na redação.

Além disso, é necessário que o interessado tenha cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou da rede privada, desde que na condição de bolsista integral. Professores da rede pública de ensino também podem disputar uma bolsa – nesse caso, não se aplica o limite de renda exigido dos demais candidatos.

Como o resultado do Enem do ano passado só será divulgado após o término do processo seletivo, neste semestre, excepcionalmente, os interessados serão selecionados de acordo com as notas do Enem de 2019. O MEC pretende aplicar as provas do Enem a partir do próximo dia 17, mas algumas entidades, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), tentam obter, na Justiça, o adiamento das provas em virtude dos reflexos da pandemia de covid-19.

O resultado da primeira chamada será divulgado no dia 19 deste mês.

O Prouni oferece ainda duas oportunidades para os candidatos concorrerem às bolsas de estudo, que são a segunda chamada e a lista de espera. O cronograma completo também pode ser consultado na página  do programa.

Veja, abaixo, a tabela de oferta de vagas por Estado:

EstadoBolsas integraisBolsas parciaistotal
SP24.56416.77341.337
MG7.05611.19018.246
PR5.8228.84514.667
RS5.2725.25310.525
BA3.9935.9299.922
RJ3.0904.9798.069
GO2.2215.0727.293
SC3.7932.1385.931
MA1.3204.6085.931
PE2.2983.0135.311
PA2.9711.3404.311
ES1.9172.6694.162
CE1.9172.1864.103
DF1.4982.4803.978
PB1.1801.3172.497
RO9591.3482.307
MT1.3329652.297
PI7371.0921.829
MS9298531.782
AC5547921.346
RN7294631.192
AM1.0081471.155
SE2977031.000
AL513462975
TO566298864
AP378132510
RR365120485
TOTAL76.85585.167162.022

(Fonte: Agência Brasil)

A Defensoria Pública da União (DPU) recorreu à Justiça Federal para tentar adiar a realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), agendadas pelo Ministério da Educação (MEC) para começar no próximo dia 17.

Entidades científicas como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), além de organizações como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) também defendem o adiamento do exame.

Em comum, as iniciativas favoráveis à suspensão temporária sustentam que as aglomerações nos locais de prova favorecerão a disseminação do novo coronavírus e o aumento do número de casos da covid-19 em um momento em que a incidência da doença está aumentando em quase todo o país.

No novo pedido de tutela de urgência que ajuizou ontem (8), no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), o defensor público federal João Paulo Dorini afirma que não há, até o momento, “clareza sobre as providências adotadas para evitar a contaminação dos participantes da prova, estudantes e funcionários que a aplicarão” em todo o Brasil.

Dorini lembra que a Ação Civil Pública que corre no TRF-3 foi protocolada pela DPU e pelo Ministério Público Federal (MPF) em abril de 2020, poucas semanas após o MEC divulgar o edital do Enem. E que, já naquela ocasião, defensores e procuradores pediam que todo o cronograma do exame fosse ajustado “à nova realidade trazida pela pandemia”, principalmente quanto aos prejuízos que os alunos da rede pública de ensino sofreram devido às dificuldades de cumprir o programa de ensino.

“Em abril, não se sabia se as provas poderiam ser realizadas em janeiro seguinte, seja por não se saber que o conteúdo programático do ano letivo teria sido cumprido (o que não foi, quando muito, apenas formalmente), seja por não se saber como estaria a transmissão do vírus e os riscos sanitários envolvidos”, afirma Dorini, argumentando que, até o momento, “não houve uma solução judicial a contento para viabilizar a realização de um exame que não reproduza as deficiências pedagógicas nas redes estaduais de ensino durante a pandemia e que possa ser realizado de maneira segura”.

“Não há maneira segura para a realização de um exame com quase seis milhões de estudantes neste momento, durante o novo pico de casos da covid-19”, acrescenta o defensor. “Qual será o impacto de mais um aumento exponencial de contaminações em decorrência [da realização do] Enem, que não se restringirá apenas a estudantes e funcionários, mas também a seus familiares e pessoas de suas convivências, em um sistema de saúde já colapsado em muitas cidades”, questiona Dorini ao pedir que a Justiça Federal aprecie a questão com urgência e determine o adiamento das provas.

Medidas de prevenção

Em redes sociais, o Ministério da Educação afirmou que tem sido “diligente” [cuidadoso] na aplicação dos recursos públicos para garantir a segurança dos candidatos do Enem, bem como do Revalida e do Encceja. Em nota divulgada em seu “site”, o ministério afirma que o Inep destinou R$ 64 milhões apenas para as medidas de prevenção contra a covid-19 na aplicação do Enem (aquisição de equipamentos de proteção individual, álcool em gel e mais locais para aplicação de provas) e detalhou as principais ações que o instituto vem adotando.

“Foram estabelecidas regras específicas para reduzir aglomerações nos locais de prova, durante a aplicação”, destaca a pasta, explicando que tais normas foram definidos em conjunto com as empresas contratadas para aplicar o exame, com base nas principais diretrizes do Ministério da Saúde e “de outros órgãos e entidades de referência”.

Segundo o ministério, os referidos procedimentos estão detalhados em dois editais, o nº 54 e o nº 55. Entre outras coisas, os editais estabelecem a proibição da entrada e permanência nos locais de prova de qualquer pessoa sem máscara de proteção que cubra totalmente o nariz e a boca (e que, segundo o MEC, “serão verificadas pelos fiscais para evitar possíveis infrações”. Só será permitida a retirada momentânea da máscara para alimentação ou ingestão de líquidos.

Os editais também estabelecem que, antes do início das provas, o aplicador deverá fornecer álcool aos candidatos que, antes de entrar na sala de provas, terão que higienizar as mãos. O MEC garante que as salas serão higienizadas antes da aplicação do exame e organizadas de forma a garantir um distanciamento social adequado e “o máximo de ventilação natural” possível.

Pessoas que informaram que fazem parte de algum grupo de risco (idosos, gestantes e pessoas com doenças respiratórias ou que afetam a imunidade) deverão receber tratamento diferenciado, ocupando salas com ocupação de até 25% da capacidade máxima. Segundo o ministério, estes participantes já foram previamente identificados no momento da inscrição. Além disso, gestantes, lactantes, idosos e pessoas com condições médicas preexistentes (cardiopatias, doenças pulmonares crônicas, diabetes, obesidade mórbida, hipertensão, doenças imunossupressoras e oncológicas) ocuparão salas com, no máximo, 12 pessoas.

Quem no dia da prova apresentar sintomas de qualquer doença infectocontagiosa não deverá comparecer ao local do exame, mas deverá comunicar sua condição previamente, por meio da Página do Participante. As doenças para as quais os editais do Inep preveem a possibilidade de reaplicação dos testes são: coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola, Influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola, varicela e covid-19.

“Com todas as medidas de prevenção e os cuidados adotados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Inep para a realização do Enem 2020, somados à compreensão e à colaboração de todos os participantes, temos a confiança e a certeza de que realizaremos o exame com segurança para todos os envolvidos”, afirma o ministério, alegando que a aplicação das provas “é fundamental para garantir o acesso dos estudantes ao ensino superior em 2021”. 

Repercussão

Também ontem, 50 entidades científicas dos campos da Educação e da Saúde divulgaram uma nota conjunta em que apontam a “necessidade urgente” de que a realização das provas do Enem sejam adiadas “para outro momento no qual os índices de transmissão e a capacidade de resposta dos serviços de saúde estejam dentro de níveis aceitáveis”. Entre as organizações signatárias, estão a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); a Associação de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped); a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

“As propostas apresentadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) como medidas de segurança para evitar a infecção pela covid-19 não são suficientes para garantir a segurança da população brasileira, num momento de visível agravamento da pandemia no país”, sustentam as entidades na nota. “Este exame existe para incidir na redução das desigualdades do acesso ao ensino superior e não pode servir para ampliar desigualdades ou, o que é inaceitável, se tornar espaço vetor de uma pandemia já fora de controle por incúria governamental”.

Em outra frente contra a aplicação das provas presenciais a partir do dia 17, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) acionaram o Ministério Público Federal (MPF) com uma representação judicial para que o órgão tente obter o adiamento do exame na Justiça.

“Entramos com uma ação no Ministério Público Federal pedindo esclarecimentos sobre o Enem 2020; posicionamento a respeito de uma nova data e transparência sobre as medidas de segurança para a realização da prova”, informaram as entidades, ontem, em suas redes sociais. “Desde março de 2020, estamos tentando dialogar com o governo federal e com as demais autoridades sobre possíveis soluções para a realização do Enem, no entanto, as providências adotadas pelo Ministério da Educação e pelo Inep têm se mostrado insuficientes”, acrescentam.

(Fonte: Agência Brasil)

Na reta final para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), estudantes contam como estão se preparando e como estudaram ao longo deste ano em meio à pandemia do novo coronavírus. As realidades e os desafios são diversos.

Em Porto Velho (RO), Heloísa Lara, 23 anos, que pretende cursar medicina, precisou enfrentar o ensino “on-line” – algo com o qual sempre teve dificuldade. No Rio de Janeiro, Lucas Bevilaqua, 17 anos, tenta driblar as telas e conseguir descansar um pouco às vésperas do exame. Em Cocal dos Alves (PI), Sérgio Manoel Cardoso, 17 anos, passou a ter aulas por WhatsApp. Em Barreirinha (AM), Karen Eduarda Prestes, 18 anos, enfrenta a falta de “internet”, que atrapalha seus estudos.

“Eu achei que não fosse ter foco porque estudar em casa tem distrações. Achei que seria difícil, mas arrumei foco e arrumei um lugar onde pude ficar mais em silêncio”, diz Heloísa Lara, 23 anos. Há cinco anos, a estudante busca uma vaga em um curso de medicina. Já havia tentado fazer cursinhos “on-line”, mas não conseguiu manter a rotina. A pandemia a obrigou a voltar para o ensino remoto. “Eu tive que mudar minha mentalidade quanto a isso. O ‘on-line’ foi bom porque eu sou muito tímida e pude mandar perguntas sem precisar falar em uma sala de aula. Consegui tirar todas as dúvidas que eu tinha”, conta.

Heloísa, este ano, investiu em um curso específico de redação. O ensino remoto permitiu que se matriculasse no Laboratório de Redação, em São Paulo. A estudante, que usa o celular para estudar, precisou também melhorar o pacote de “internet” que tinha para poder acompanhar as aulas. Ela passou ainda por uma mudança de cidade, em meio à pandemia, mudou-se de Cacoal (RO) para a capital do Estado, Porto Velho. "Agora, estou revisando conteúdos do ano passado. Fiz resumos e estou fazendo bastante exercícios. Depois de várias terapias, agora estou tranquila". 

Lidando com a ansiedade

Para o estudante do colégio Mopi, no Rio de Janeiro, Lucas Bevilaqua, 17 anos, a parte emocional pesou este ano. “Esse ano foi um ano muito complicado. Eu não sei se a questão da pandemia ajudou ou piorou meus estudos. Acho que a questão da cabeça piorou muito. Mas, em termos de estudo, ajudou a me concentrar porque estou em casa não tem muito o que fazer. Acabei conseguindo distinguir as coisas, focar no que precisava, embora tenha sido um ano difícil psicológica e emocionalmente”.

As aulas “on-line” ocupavam as manhãs e parte da tarde. “Uma coisa que pesou muito, para mim, foi que ficava muito tempo no celular, no computador, sempre tinha que achar um tempinho para me recuperar, para achar um tempinho fora do computador", diz.

Ao lado do estudante, que pretende concorrer a uma vaga em um curso de psicologia, o irmão gêmeo Gabriel divide o espaço e a mesma angústia no preparo para o Enem. “Estamos meio que no mesmo barco”. Bevilaqua conta que, no último ano do ensino médio, ele sentiu falta da escola, “Pesou, para mim, não ir para escola, ver pessoas, conversar, pesou um lugar onde possa relaxar e tirar a pressão”.

Aulas por WhatsApp

Para o estudante da Escola Augustinho Brandão, em Cocal dos Alves (PI), Sérgio Manoel Passos Cardoso, 17 anos, aprender apenas a distância gerou insegurança. “Além da forma de ensino ter mudado completamente, a distância física que temos das salas de aula cria um certo pane em relação ao que eu aprendi”, diz. Mas, o estudante diz que confia no trabalho feito pelos professores. “Eu acredito que apesar do ensino remoto, todos da minha turma irão se sair bem, pois, temos o apoio incondicional dos professores, de todas as formas possíveis”.

O estudante passou a ter aulas por WhatsApp. Os professores mandavam exercícios, vídeos que eles mesmos produziam, sempre buscando a melhor forma de compreensão do aluno. As dúvidas podiam ser tiradas sempre levantando a mão com um “emoji”.

“Esta reta final está sendo muito complicada, pois, além de se adaptar à nova rotina remota, buscar sempre manter a saúde mental também faz parte. Porém, com essa aproximação da prova, eu sinto que tenho que revisar o máximo de matérias e assuntos que conseguir, acredito que, aumentando minha ansiedade”, diz Cardoso, que pretende concorrer a vagas de direito ou odontologia. "Às vezes, quando quero me distrair um pouco, tento ir jogar bola, passo o dia sentado em uma cadeira”. 

Dificuldade de acesso

A estudante Karen Eduarda Prestes, 18 anos, da Escola Estadual Professora Maria Belém, em Barreirinha (AM) Karen Eduarda Prestes, 18 anos, não chegou a conhecer pessoalmente os professores este ano. A escola estava em reforma no início do ano e, logo em seguida, foi fechada por conta da pandemia. As aulas passaram a ser dadas por WhatsApp.

“Isso complicou mais ainda porque nós, como alunos, como a gente faz parte da classe baixa, a dificuldade foi maior pelo acesso à ‘internet’. No nosso município, a ‘internet’ é ruim demais. A gente teve que achar um meio para lidar com isso. Muitos alunos desistiram”, conta a estudante que passou o ano acessando conteúdos escolares pelo celular.

Os professores e os estudantes precisaram se adaptar, mas Karen diz que eles conseguiram material e conseguiram fazer simulados este ano. “Hoje, eu passei o dia todo estudando para o Enem e encontrei dificuldade. Minha vontade é ser professora de português. Muitas vezes pensei em desistir, por ter a dificuldade da ‘internet’, por não ter computador para pesquisar, mas a minha vontade é muito maior do que o que está acontecendo. Muitos desistiram dos sonhos, mas eu estou tentando ao máximo focar nos meus livros, nas videoaulas”. Fazer a prova em meio à pandemia é outro desafio, de acordo com a estudante. “Tenho muito receio, me sinto insegura”, diz.

A pandemia exacerbou as desigualdades no Brasil. O acesso à “internet”, a computadores e a celulares passou a fazer ainda mais diferença no aprendizado. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad Contínua TIC) 2018, divulgada este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma em cada quatro pessoas no Brasil não tem acesso à “internet”. Em números totais, isso representa cerca de 46 milhões de brasileiros que não acessam à rede.  Já a pesquisa TIC Domicílios apontou que 58% dos brasileiros acessavam a “internet” em 2019 exclusivamente pelo telefone celular

Enem 2020

O Enem 2020 será aplicado na versão impressa nos dias 17 e 24 de janeiro e, na versão digital, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

Devido à pandemia, durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Quem for diagnosticado com covid-19, ou apresentar sintomas dessa ou de outras doenças infectocontagiosas até a data do exame, não deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Inep pela Página do Participante, ou pelo telefone 0800-616161, e terá direito a fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

(Fonte: Agência Brasil)

Pela primeira vez, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá uma versão digital. A prova será aplicada de forma piloto para 96 mil candidatos em 99 municípios. Assim como no Enem impresso, os participantes terão que ir até o local de prova e, embora o exame seja feito pelo computador, os candidatos deverão levar caneta esferográfica da cor preta porque a redação será feita no papel.

Para esclarecer como será essa prova, a Agência Brasil conversou com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes. 

Presidente do Inep

“Houve, no passado, tentativas [de fazer o Enem digital], mas foram descontinuadas. A decisão de fazer o Enem digital neste ano foi tomada em 2019. Estamos conseguindo agora tirar o teste do papel, literalmente. Estamos muito animados com o Enem digital”, disse Lopes.

O exame será um pontapé inicial para mudanças no Enem. A intenção do Inep é que o exame se torne totalmente digital até 2026. As discussões e os testes para que isso seja possível ocorrem desde 2016.

O Enem digital será aplicado nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro, após o Enem impresso, que será nos dias 17 e 24 de janeiro. As provas serão realizadas em laboratórios de informática de escolas e universidades que já foram previamente testados pelo Inep. Ao todo, serão cerca de 4 mil laboratórios, com cerca de 20 computadores cada um. As máquinas terão acesso apenas à prova. Os estudantes não conseguirão, portanto, acessar a “internet” ou documentos do computador.

Apesar de ser feita em tela, os participantes deverão levar, como no Enem impresso, caneta esferográfica de tubo transparente da cor preta. A prova de redação será escrita à mão. Os estudantes também receberão folhas de rascunho para fazer os cálculos das provas de matemática e ciências da natureza. Eles não terão, no entanto, folhas de resposta. Os itens devem ser marcados pelo computador.

"A gente procurou, nesse momento, simular no ambiente digital o que acontece no papel. Então, o aluno vai poder, por exemplo, ir na questão mais à frente, pode voltar. No final, ele vai marcar e quando der o sinal que finalizou a prova, o sistema trava o preenchimento do gabarito. Aí pronto, não vai mais poder mexer e a prova vai vir direto para o Inep”, explica o presidente.

Os horários do Enem digital serão os mesmos do Enem impresso. Os portões abrem às 12h e fecham às 13h. A prova começa a ser aplicada às 13h30. No primeiro dia, os participantes, assim como no exame em papel, fazem as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e ciências humanas e suas tecnologias. Nesse dia, a prova vai até as 19h. No segundo dia, os candidatos têm até as 18h30 para resolver questões de ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias.

Além dos aplicadores, nas salas de prova, os candidatos contarão com a assistência de um técnico em informática. “Se tiver algum problema no computador, o técnico pode tentar resolver imediatamente naquele computador. Se não puder, ele vai logar numa outra máquina, teremos máquinas reserva. Se não conseguir mesmo assim, se tiver problema ou se demorar demais para resolver, aí esse aluno vai poder participar da reaplicação da prova em papel”, explica Lopes.

Da mesma forma que os estudantes que farão o Enem impresso apenas poderão sair com a prova meia hora antes do fim da aplicação, também os estudantes que fizerem o Enem digital, só poderão sair com a folha de rascunho 30 minutos antes do fim da aplicação. Eles podem anotar as respostas ali, para posteriormente conferir o gabarito oficial, que deverá ser divulgado para essa versão do exame até o dia 10 de fevereiro. 

As questões da prova serão diferentes das do Enem impresso. No entanto, como a prova utiliza o sistema de correção baseado na chamada teoria de resposta ao item (TRI), as provas terão o mesmo nível de dificuldade, e os estudantes poderão concorrer juntos às mesmas vagas em programas que dão acesso ao ensino superior, como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em instituições públicas e o Programa Universidade para Todos (Prouni), que oferece bolsas de estudos em instituições privadas.  

Pandemia

As medidas de segurança adotadas em relação à pandemia do novo coronavírus serão as mesmas tanto no Enem impresso quanto no Enem digital. Haverá, por exemplo, um número reduzido de estudantes por sala, para garantir o distanciamento entre os participantes. Durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Quem for diagnosticado com covid-19, ou apresentar sintomas dessa ou de outras doenças infectocontagiosas até a data do exame, não deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Inep pela Página do Participante, ou pelo telefone 0800-616161, e terá direito a fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

(Fonte: Agência Brasil)

O ano de 2021 começou em ritmo de férias no mundo dos jogos e esporte eletrônicos. Enquanto isso, que tal dar uma olhada em alguns dos “games” mais aguardados para os próximos 12 meses?

Acredito que a relação abaixo reúne títulos que podem despontar como sucesso de vendas e reunir críticas positivas, capazes de repercutir e influenciar jogadores e indústria. É claro que é difícil adivinhar o futuro. Por isso, não há como prever eventuais surpresas, incluindo jogos de estúdios menores que, no boca a boca, viram a sensação do momento (em 2020, tivemos Among Us e Fall Guys, só para citar alguns).  

Hitman 3

O jogo de espionagem da IO Interactive, fecha a trilogia que revitalizou a franquia na geração passada. Jogado na perspectiva de uma terceira pessoa, o usuário controla o agente secreto 47 em várias missões ao redor do mundo. Entre as locações já confirmadas no “game”, estão Dubai (Emirados Árabes Unidos), Dartboor (Inglaterra), Berlin (Alemanha) e Chongqing (China). Disponível em PC/PS4/PS5/Xbox One/Xbox Series/Switch. Lançamento previsto: 20 de janeiro de 2021.  

Super Mario 3D World + Bowser's Fury

O jogo de plataforma do Mario era uma das joias perdidas do Wii U, o fracassado console da Nintendo, e que, agora, ganha uma segunda chance no Switch. O “game” virá com conteúdo novo chamado Bowser's Fury. A Nintendo ainda não detalhou o que seria isso, mas espera-se que seja um novo mundo com ainda mais fases. Disponível em Switch. Lançamento previsto: 12 de fevereiro de 2021. 

Halo Infinite

Previsto para ser um dos títulos de lançamento do Xbox Series X/S em novembro de 2020, a franquia “máster” da Microsoft sofreu bastante críticas quando as primeiras imagens foram divulgadas. Muitos diziam que não apresentava novidades, e que o visual não fazia jus nem mesmo ao Xbox One, que dirá de um “videogame” de nova geração. O personagem Craig, símbolo dessas críticas, virou até “meme”. Depois da repercussão negativa, a desenvolvedora 343 Industries preferiu adiar o lançamento em um ano. A expectativa é que o jogo seja lançado apenas no último trimestre. Disponível em Xbox One/Xbox Series/PC. Lançamento previsto: segundo semestre de 2021 

Horizon Forbidden West

Um dos melhores títulos do PlayStation 4, o jogo de RPG e ação em terceira pessoa ajudou a consolidar uma tendência de protagonistas femininas nos “games” a partir de 2017 (embora esteja longe de ser o primeiro com essa característica, vale reforçar). Forbidden West trará um mapa ainda maior que o primeiro, em um cenário pós-apocalíptico inspirado na costa oeste dos Estados Unidos.Disponível em PS4/PS5. Lançamento previsto: segundo semestre de 2021. 

Rainbow Six Quarantine

O mais novo título da antiga franquia de “games” de tiro da Ubisoft teve o lançamento adiado para março de 2021. Até hoje, porém, a desenvolvedora não divulgou nenhuma imagem de “gameplay”, apenas um “trailer” conceitual. Diferentemente do Siege, último jogo da franquia lançado em 2015, Quarantine vai investir mais em missões cooperativas. Fica a dúvida, portanto, se Quarantine será utilizado na cena esportiva de Rainbow Six. Disponível em PC/PS4/PS5/Xbox One/Xbox Series. Lançamento previsto: 2021 

Far Cry 6

Outro jogo de tiro da Ubisoft, focado em experiência “single-player off-line”, Far Cry 6 traz uma história situada no fictício país Yara, um paraíso tropical baseado em Cuba. Far Cry 6 deveria chegar às lojas em fevereiro, mas, agora, foi adiado indefinidamente; A empresa revelou que os trabalhos ficaram comprometidos em razão da pandemia de covid-19. Disponível em PC/PS4/PS5/Xbox One/Xbox Series. Lançamento previsto: 2021  

Gotham Knights

Situado na franquia Arkham, o jogo é desenvolvido pela mesma equipe por trás de Batman: Arkham Origins, “spin-off” da série bem-sucedida da Rocksteady Studios. Gotham Knights deixa o homem-morcego de lado e permite ao jogador controlar sozinho ou cooperativamente os heróis Asa Noturna, Batgirl, Robin/Tim Drake e Capuz Vermelho em uma Gotham em mundo aberto. Disponível em PC/PS4/PS5/Xbox One/Xbox Series. Lançamento previsto: 2021  

Hollow Knight Silksong

O simpático jogo de plataforma do estúdio independente Team Cherry, da Austrália, encantou e se tornou sucesso de vendas por onde passou. Ele retorna em uma sequência, antes prometida como expansão do título original, mas que, agora, sairá como um “game” independente. Entre as novidades, há um sistema de missões opcionais onde será possível monitorar as tarefas já realizadas. Disponível em PC/Switch. Lançamento previsto: 2021  

Resident Evil Village

A mais famosa série de terror do mundo dos “games” promete ser uma mistura do Resident Evil 7, com um “gameplay” mais voltado a provocar sustos no jogador: Resident Evil 4, que trazia uma ambientação em uma vila dominada por zumbis. Assim como o título antecessor, Village é um jogo em primeira pessoa que continua a narrar os eventos protagonizados pelo engenheiro de sistemas Ethan Winters. Os desenvolvedores prometem que a vila funcionará quase como um "personagem à parte". Disponível em PC/PS5/Xbox Series. Lançamento previsto: 2021.   

Elden Ring

Única propriedade intelectual nova da lista, Elden Ring promete ser o novo arrasa-quarteirão da japonesa FromSoftware, estúdio mais conhecido pela série "Souls" e também por sucessos como Bloodborne e Sekiro: Shadows Die Twice. Todos os jogos, aliás, são no mesmo estilo: ação e aventura focada em combates de dificuldade extrema. A novidade, dessa vez, é uma história criada pelo novelista George R. R. Martin, criador dos livros da série Game of Thrones. Disponível em PC/PS4/Xbox One. Lançamento previsto: indefinido.  

New Pokémon Snap

O simpático jogo cujo objetivo é simplesmente tirar fotos de Pokémon está de volta após um hiato de mais de 20 anos. O primeiro e único Pokémon Snap foi lançado em 1999, para o Nintendo 64 e, desde então, nunca ganhou nenhuma continuação. A expectativa é que o “game” seja mais do mesmo, mas com um “gameplay” tão diferente – poucas vezes replicado pela concorrência, aliado a personagens carismáticos – quem somos nós para reclamar? Pelo menos, dessa vez, teremos centenas de novas opções de monstrinhos para fotografar e gráficos atualizados para em alta definição. Sem falar na possibilidade de jogar na tela portátil. Disponível em Switch. Lançamento previsto: indefinido.  

Diablo IV

Novo capítulo da terceira franquia de “games” para PC mais vendida do mundo (perde só para Minecraft e PUBG), Diablo IV foi anunciado na Blizzcon de 2019 e, desde então, muito pouco foi divulgado sobre o título. A nova sequência do ícone dos RPGs de masmorra vai permitir que o jogador percorra cinco regiões e trará desafios criados de forma aleatória e única para cada jogador. Disponível em PC/PS4/Xbox One. Lançamento previsto: indefinido.  

The Legend of Zelda: Breath of the Wild 2

O primeiro BotW é um ícone da última década de “games”, elevando a franquia de jogos de aventura já muito bem conceituada a patamares ainda maiores. Quase quatro anos após o lançamento, ele ainda aparece em lista de mais vendidos, um feito raro alcançado por poucos. A expectativa para a sequência, portanto, não poderia ser outra. Mas, a julgar pelo excesso de preciosismo da Nintendo (muito justificado, como se vê), não me surpreenderia se o título só saísse em 2022. Disponível em Switch. Lançamento previsto: indefinido. 

God of War: Ragnarok

O estúdio Santa Monica, responsável por revitalizar a franquia que já estava cansada aos olhos do público, anunciou uma continuação no ano passado. Mas sem mostrar uma imagem sequer do jogo senão a logomarca, é de se esperar que Ragnarok também só chegue às lojas em 2022, ou depois. O “game” que colocou o anti-herói da mitologia grega em meio aos deuses da mitologia nórdica continua os eventos do título anterior com uma história inspirada no apocalipse retratado nas lendas escandinavas. Disponível em PS5. Lançamento previsto: indefinido.

(Fonte: Agência Brasil)