Maior vencedor do futsal do Maranhão na atualidade, o Balsas Futsal irá, mais uma vez, representar o Estado em uma das principais competições do país: a Copa do Brasil de Futsal Masculino Adulto 2021. Contando com os patrocínios da Equatorial Energia e do governo do Estado, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, e da Prefeitura de Balsas, a equipe balsense entrará na disputa nacional como uma das grandes forças do torneio e vai em busca do inédito título, que ficou no quase em 2020. Na primeira fase deste ano, o Balsas Futsal terá pela frente o JES Futsal (PI). Os jogos de ida e volta estão marcados para os dias 11 e 16 de maio, em Teresina e em São Luís, respectivamente.
Com a terceira colocação conquistada na temporada passada, o Balsas Futsal fez a melhor campanha da história de um time do Maranhão na Copa do Brasil. O clube maranhense chegou até às semifinais, quando foi eliminado pela equipe do Dois Vizinhos (PR) que, após avançar à decisão, sagrou-se campeã.
O desempenho em 2020 é motivo de confiança para o Balsas Futsal fazer mais uma bela campanha neste ano. Comandada pelo técnico Hallyson Dias, a equipe maranhense passou por um processo de reformulação, mesclando experiência com juventude para montar um time forte e à altura da tradição do maior clube de futsal do Maranhão.
“Buscamos atletas de Balsas que estavam em outros Estados. São atletas que participaram conosco de campanhas vitoriosas anteriores. Também trouxemos atletas que foram campeões conosco em 2018. Vamos contar com a experiência do Neto Caraúbas e do Tatu, que continua no elenco e que foi muito importante nas conquistas do ano passado. Estamos montando uma equipe forte. Graças aos patrocínios da Equatorial Energia, do governo do Estado e da Prefeitura de Balsas, vamos conseguir ficar o ano todo trabalhando e aprimorando nossa equipe visando a Copa do Brasil e as demais competições”, afirmou Hallyson.
Copa do Brasil
Em 2021, a Copa do Brasil de Futsal Masculino chega à sua 5ª edição. Além do Balsas Futsal, o torneio contará com outros 29 clubes de 16 Estados. Esta será a primeira vez que a competição atinge este número de clubes numa única participação.
A fórmula de disputa é bem simples: o evento será disputado em cinco fases, sendo a primeira fase com até 16 grupos, definidos pela logística dos clubes envolvidos, reduzindo custos fimamceiros. Em todas as fases, são jogos de ida e volta, classificando a equipe que obtiver duas vitórias ou uma vitória e um empate. A ordem dos jogos da 1ª fase foi definida por sorteio, porém, nas demais fases, fará o segundo jogo em casa a equipe com melhor índice técnico geral.
Balsas Futsal
Com apenas dez anos de existência, o Balsas Futsal tornou-se o clube mais vitorioso do futsal maranhense. A equipe balsense contabiliza oito títulos estaduais e diversos resultados expressivos em sua história: 3º lugar na Copa do Brasil de Futsal 2020, 5º lugar na Taça Brasil de Clubes de Futsal Divisão Especial, vice-campeão na Liga Nordeste de Futsal, vice-campeão Brasileiro Primeira Divisão dentre outras conquistas e participações em relevantes competições estaduais e nacionais, também tendo destaque nas categorias de base.
Vale destacar que o Balsas Futsal conta com os patrocínios da Equatorial Energia e do governo do Estado, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, e da Prefeitura de Balsas, além dos apoios da Federação de Futsal do Maranhão (Fefusma) e da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apcef-MA).
Assim como a impressão digital, cada pessoa tem uma voz única. Pode até ser parecida, nunca igual. Mas isso não impede que dubladores e imitadores emprestem suas identidades vocais a personagens de séries televisivas, desenhos animados e filmes de cinema. Neste ano, a identidade vocal é o tema do Dia Mundial da Voz, data celebrada nesta sexta-feira (16) e criada há 18 anos.
Entre aqueles que “burlam” a natureza, estão os dubladores Fátima Mourão e Isaac Bardavid, cujas vozes fazem parte do entretenimento audiovisual. Ao longo da entrevista com Fátima, quem também aparece é a princesa She-ra e Olívia Palito. Na vez de conversar com Isaac, o ranzinza Wolverine (X-Men) e o saltitante Tigrão (Ursinho Pooh) disputam espaço com o veterano.
Aos 90 anos e aposentado “há uns 40 anos, mas não da dublagem”, Isaac muda o tom apenas para falar sobre as diferenças de reconhecimento entre dubladores norte-americanos e brasileiros. “Lá, eles enriquecem”, afirma, taxativo. Mas suas queixas são poucas: nem mesmo o problema de audição que surgiu com a idade diminui a empolgação quando fala sobre sua companheira de profissão – a voz, responsável por dublar mais de 40 mil filmes, na conta do próprio.
[...] é muito divertido dublar, sabia? Mesmo aquelas dublagens mais complicadas, mais difíceis. É sempre com grande prazer que você as faz e quando você termina, a alegria de ter feito é muito grande.
Isaac é ator, dublador e poeta (ou escritor de sonetos, como frisou). Seu maior sucesso televisivo foi o tirano feitor Seu Francisco, na novela Escrava Isaura (1976). Dublador de personagens como o computador K.I.T.T., do seriado A Super Máquina, e do vilão Esqueleto, do desenho He-man, sua voz deixou marcas em diferentes gerações brasileiras ao ser usada para dublar Wolverine, personagem praticamente imortal das histórias em quadrinhos, e que ganhou o mundo do desenho animado e do cinema. “A minha voz é imortal na medida em que seja imortal a lembrança do Wolverine (e de outros personagens)”, explica.
Sem aceitar a vaidade de ser um bom locutor e estar há 24 anos interpretando a voz do mutante no Brasil, Isaac considera que não foi sua voz que fez sucesso, mas sim o personagem. “É claro que eu tive algum mérito nisso. Mas qualquer outro dublador com alguma sensibilidade, e nós temos muitos, se fizessem o Wolverine, fariam o mesmo sucesso", acredita.
Essa visão é compartilhada pela diretora de dublagem Fátima de Mourão, que tem, no currículo, filmes como O Vento Levou e o desenho animado She-ra. Ela explica que, apesar de um certo apego natural, não é incomum a troca de dubladores. “Eu fiz alguns filmes logo no começo da (carreira da atriz) Julia Roberts, mas, depois que me mudei, foi natural que outras amigas queridas continuaram fazendo um belíssimo trabalho dublando-a”, conta. Contudo, Fátima ressalta que é preciso manter uma conduta ética de buscar chamar os mesmos dubladores quando disponíveis na praça.
Antes de dublar, Fátima atuava no teatro. Meio ao acaso, participou de um teste na Peri Filmes, a convite de Mário Monjardim (voz do Pernalonga), onde deveria gravar uma galinha. Ela conta que, literalmente, “soltou a franga”, fazendo com que a voz esganiçada e o sincronismo impressionassem os presentes. Depois disso, fez outras atuações, até que passou no teste para ser a voz da Olívia Palito.
Foi surpreendente quando me deparei com a dublagem. Eu vi o potencial da minha voz. Me redescobri como profissional.
Na sua trajetória nos estúdios de dublagem Herbert Richard (que fechou as portas em 2009), ela interpretou a voz da mãe da criança protagonista do filme ET, o Extraterrestre. A película, dirigida por Steven Spielberg, obrigou o estúdio brasileiro a atualizar a tecnologia da época, inferior às exigências do diretor e de Hollywood.
Yasmin Yassine: notoriedade pelas vozes imitadas
No Brasil, os personagens dublados tendem a ser mais famosos que os dubladores. Mas há quem seja reconhecido por imitar vozes populares. Yasmin Ali Yassine é um desses fenômenos. A youtuber (que contabiliza 380 mil inscritos em seu canal), podcaster e cantora acabou viralizando após imitar algumas dessas vozes. Mais especificamente, ela faz a voz do Cebolinha (Turma da Mônica) – criada, profissionalmente, pela dubladora Angélica Santos – e reproduz a voz feminina do Google no Brasil, gravada originalmente pela locutora Regina Bittar.
Em um canal de humor, Yasmin pode estar frente a frente com Angélica Santos e foi elogiada por sua interpretação do Cebolinha. Hoje, ela é uma das apresentadoras do Vênus Podcast e pretende convidar Regina Bittar para confrontar a voz oficial do Google com a sua versão “paraguaia”, em suas próprias palavras.
Aos 24 anos e formada em Comércio Exterior, ela deixa claro que não é dubladora e que a profissão exige uma longa qualificação, bem como registro profissional, que ela pensa buscar um dia. Cantora e DJ em eventos, ela atribui a sua formação e estudos em canto à capacidade de oscilar rapidamente entre vozes tão distintas da sua.
“Quando era adolescente, esperava que minha voz chegasse ao mundo pela música. Inesperadamente, estourei na imitação, que não era algo que fazia, mas que tem tudo a ver com consciência vocal que vinha das aulas de canto”.
Por ofício e diversão, Yasmin tornou sua voz em instrumento profissional diário. Por isso, aumentou sua preocupação com a saúde e espera incluir sessões de fonoaudiologia na rotina em breve. “Meu professor de canto pede pra reparar, se o canto tiver cansando, ir outro caminho. Evito líquido gelado, tento comer saudável. É importante aquecer e desaquecer”.
Enquanto Isaac conta não ter tido obstáculos de saúde vocal durante sua carreira, Fátima opta sempre por alertar os participantes dos seus cursos ou dubladores que dirige sobre a necessidade de aquecer bem a voz antes de um trabalho. “Se você entra no estúdio e não fez um aquecimento fácil, a sua mandíbula pode sair do lugar, ou ficar muito inchada”, relata.
Mesmo com trajetórias diferentes, Yasmin, Isaac e Fátima mostram fascínio e gratidão por aquilo que alcançaram e alcançam com suas vozes.
Dia Mundial da Voz
A voz começa na laringe, após a vibração das pregas vocais (popularmente chamadas de cordas vocais) sob a pressão do ar dos pulmões. Livia Lima, que integra a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, explica que as pregas vocais são músculos e que, portanto, precisam ser exercitadas para ter maior flexibilidade.
A preocupação com a saúde vocal é antiga no Brasil e fez com que encabeçasse, desde 1999, uma campanha pelo Dia da Voz, com o intuito de chamar atenção para o câncer de laringe. Em 2003, a data tomou proporção mundial e hoje completa 18 anos. Na pandemia, o uso intensivo de máscaras cria um bloqueio das ondas sonoras emitidas, pode produzir cansaço na fala e problemas de comunicação. Por isso, Livia lista algumas dicas para evitar esses problemas:
No caso de dubladores e imitadores, a especialista aponta que o cuidado com a voz deve ser redobrado. Apesar da voz ser parte da identidade de cada pessoa, os dois precisam produzir outro conjunto de características vocais para representar ou imitar um determinado personagem. “É possível você fazer a dublagem ou imitação sem se machucar. Para isso, é importante se preparar”. Ela relata casos de sucesso em que dubladores tiveram melhor performance após a atenção de um fonoaudiólogo.
O Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDCA) informou que publicará, em seu site, nota técnica sobre todos os procedimentos que devem ser adotados em casos de agressão contra menores de idade. O texto será submetido à assembleia plena do conselho para aprovação.
O presidente da instituição, Carlos André Moreira dos Santos, disse que o tema é pauta prioritária da instituição. “Além de ser um órgão deliberativo e fiscalizador, o conselho estadual é um órgão de controle social que vai acolher as denúncias e cobrar das autoridades competentes, para que sejam tomadas as devidas providências”, acrescentou.
Pessoas com suspeita de que uma criança está sendo vítima de maus-tratos podem informar o caso aos conselhos tutelares, às polícias Civil e Militar, ao Ministério Público e, também, pelo canal Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
O professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio), Daniel Monnerat, especializado em psiquiatria infantil, explicou que, diferentemente de pacientes adultos, uma criança vítima de violência pode apresentar quadros de depressão e ansiedade. Além de perda de interesse em atividades antes prazerosas e humor deprimido, esses quadros podem ser caracterizados por aumento de irritabilidade, isolamento social, alterações de sono e no apetite.
Monnerat esclareceu que as crianças podem passar a comer mais ou menos, como uma atitude compensatória para suprir a ansiedade, por exemplo, de estarem sofrendo agressões verbais ou físicas. Esses são, segundo o especialista, os principais pontos que devem ser observados.
“A criança pode apresentar, indiretamente, esses sinais ou sintomas, mostrando que é preciso investigar e esclarecer se essas agressões podem estar acontecendo ou não”. Para o professor, quanto mais nova uma criança e mais cedo é vítima de agressão, mais dificuldade, muitas vezes ela tem de verbalizar o que esteja sofrendo. É preciso que pais e responsáveis tenham sensibilidade para entender os sinais e sintomas de uma possível agressão contra os menores.
Acompanhamento
De acordo com o médico, o tratamento psiquiátrico para uma criança vítima de maus-tratos tem de ser particularizado, caso a caso. “Porque não sabemos se essa criança que está sofrendo alguma agressão moral ou física já apresentava algum diagnóstico psiquiátrico prévio”.
Ele disse que, de qualquer maneira, o acompanhamento tende a ser multiprofissional. Ou seja, envolve acompanhamento psiquiátrico, “medicando ou não a criança, de acordo com os sintomas mais ou menos exuberantes que possam interferir de maneira mais incisiva na rotina de vida dela” e buscando apoio de psicólogos e pediatras. Acrescentou que sinais observados no exame físico ou na consulta podem servir para que se faça uma intervenção que permita interromper aquele processo de agressão ao qual o menor esteja sendo submetido.
O presidente do Departamento Científico de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Marco Gama, afirmou que as principais causas de morte em crianças acima de 1 ano até os 19 anos de idade no país são violência e acidentes. “Não são as doenças infectocontagiosas”. Advertiu que, em geral, as pessoas não têm essa visão. O pediatra avaliou, por outro lado, que as mortes por violência e acidentes são evitáveis, mas faltam ações para que esses números sejam reduzidos.
No período de 2010 a agosto de 2020, 103.149 crianças e adolescentes de até 19 anos de idade morreram vítimas de agressões no Brasil. Os óbitos por agressões e suas causas podem ser conferidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, obedecendo à Classificação Internacional de Doenças (CID-10).
Até 4 anos
Os números analisados pela SBP mostram que, entre 2010 e agosto do ano passado, 2.083 crianças mortas por maus-tratos estavam na faixa etária de zero a 4 anos de idade. Essa era a idade do menino Henry Borel, vítima de suposta violência em casa que o levou à morte, no último dia 8 de março.
Embora os números relativos a 2020 ainda sejam preliminares, a análise da década revela que as agressões por meio de disparo de outra arma ou de arma não especificada lideram os óbitos entre crianças e jovens, totalizando 76.528 casos. Na faixa até 4 anos, esse tipo de agressão causou 386 mortes nos últimos dez anos. Em seguida, aparecem as agressões por meio de objeto cortante ou penetrante, com 10.066 mortes entre crianças e adolescentes de até 19 anos.
De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, as agressões por meios não especificados foram as causas de 451 mortes de crianças até 4 anos no período investigado, seguidas por agressões por meio de objeto contundente (254), por outras síndromes de maus-tratos (190) e por agressões por meio de objeto cortante ou penetrante (164).
Violência e doença
Marco Gama esclareceu que, embora a mortalidade seja alta, o número de vítimas de agressão é muito superior. Em 2018, por exemplo, foram 140 mil crianças e adolescentes agredidos. “Isso é subnotificado”, disse. O total de crianças de zero a 4 anos de idade foi de 32 mil, “também subnotificado”, nesse ano. “É um número crescente, a cada ano que passa, de crianças sendo mais agredidas”.
Segundo o pediatra, um conceito que a sociedade precisa entender é que violência para a criança é uma doença crônica, “porque ela tem uma história, tem exame clínico, laboratorial e de imagem, tem tratamento e encaminhamento”. O médico lembrou que o problema dessa doença, principalmente em sua parte crônica, é que ela vai se perpetuando em muitas famílias. O filho de um pai violento, se não morre em decorrência das agressões, acaba se tornando também violento. “Nessa família, a violência é uma coisa crônica, que vai se perpetuando enquanto não for interrompida”.
Muitas vezes, a criança é tirada dos pais e devolvida aos avós, que são os agressores iniciais do processo e aí começa tudo de novo, observou Gama. Ele assegurou que ninguém nasce violento. A criança vai, ao longo do sofrimento de vários tipos, se tornar um adulto violento e até um homicida. “Como pode não se tornar, como essa criança que faleceu”, disse o pediatra, referindo-se ao menino Henry Borel cuja mãe, Monique Medeiros, e o namorado dela, vereador Dr. Jairinho, foram presos, investigados pela morte da criança.
Marco Gama afirmou que não só o número de óbitos por maus-tratos é grande, mas também o de sequelados, com sequelas físicas, de retardo do desenvolvimento físico, psíquico, cognitivo. “Tem criança que não consegue ter bom nível de aprendizado devido à violência que sofreu. É um processo gigantesco que acontece todos os dias”.
Para ele, o caso do menino Henry Borel ganhou visibilidade pelo fato de ser de família de classe média. O pediatra lembrou, entretanto, que a violência acontece em todas as classes sociais, todas as etnias, todas as religiões, e os pais são de todos os níveis de escolaridade. “Todos são violentos”.
Pandemia
Na análise do presidente do Departamento Científico de Segurança da SBP, embora não haja ainda estatísticas oficiais, “seguramente” o número de violência contra crianças e jovens cresceu durante a pandemia de covid-19. Marco Gama observou que a criança poderia pedir socorro a um vizinho, à professora ou a um colega na escola, a um padrinho com quem tenha proximidade afetiva. Mas, com o isolamento social imposto pela pandemia, a criança que sofre maus-tratos está limitada ou presa no ambiente domiciliar.
As estatísticas mostram que, em 2018, 83% dos agressores foram o pai ou a mãe e que mais de 60% das agressões foram cometidas dentro das residências. “A pandemia propiciou o conjunto ideal para o agressor”. O mesmo ocorreu em relação às mulheres, com a expansão de feminicídios, destacou. “As agressões aumentaram durante a pandemia, e as chances de defesa das crianças diminuíram”.
Gama defendeu a criação de uma rede técnico-científica para combater os maus-tratos contra as crianças e adolescentes, “porque violência, como doença, é caso médico, mas como agressão, é caso de polícia”. É preciso, segundo o pediatra, tratá-la nas duas instâncias, interromper esse processo e cuidar precocemente das vítimas.
Para Marco Gama, a rede de proteção aos menores tem de ser mais efetiva, mais ágil e conhecer melhor a violência. Essa rede envolveria a SBP, a Justiça, a Polícia Civil, o Ministério Público. A SBP tem um projeto nesse sentido, que começou a ser elaborado. Gama citou o caso da organização não governamental (ONG) Dedica, da Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas de Curitiba, que, há 13 anos, atende crianças e adolescentes que vivem em situação de violência.
A presidente da SBP, Luciana Rodrigues Silva, observou que “o Brasil precisa estar preparado para, por meio da efetiva implementação das políticas de prevenção à violência na infância e na adolescência, garantir ações articuladas entre educação, saúde, segurança e assistência social”.
Luciana comentou que o tratamento humilhante, os castigos físicos e qualquer conduta que ameace ou ridicularize a criança ou o adolescente, quando não letais, podem ser extremamente danosos à formação da personalidade e como indivíduos para a sociedade, bem como interferem negativamente na construção da sua potencialidade de lutar pela vida e no equilíbrio psicossocial. “Nascer e crescer em um ambiente sem violência é imprescindível para que a criança tenha a garantia de uma vida saudável, tanto física quanto emocional”.
O Ministério da Educação (MEC) divulga, nesta sexta-feira (16), o resultado do processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do primeiro semestre de 2021. A consulta pode ser feita na página do Sisu na internet. A matrícula será de 19 a 23 de abril, em dias, horários e locais de atendimento definidos pela instituição de ensino.
O processo seletivo do Sisu referente à primeira edição de 2021 vai ocorrer em uma única chamada. Quem não conseguiu uma vaga pode participar da lista de espera. Para isso, o estudante deverá manifestar seu interesse por meio da página do Sisu na internet, no período de 16 a 23 de abril, em apenas um dos cursos para o qual optou por concorrer.
Aquele que foi selecionado na chamada regular em uma de suas opções de vaga não poderá participar da lista de espera, independentementemente de ter realizado a matrícula na instituição. Os procedimentos para preenchimento das vagas não ocupadas na chamada regular serão definidos em edital próprio de cada instituição participante.
O Sisu é o programa do Ministério da Educação para acesso de brasileiros a cursos de graduação em universidades públicas do país. As vagas são abertas semestralmente, por meio de um sistema informatizado, e os candidatos são selecionados de acordo com suas notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Neste ano, foram ofertadas 206.609 vagas em 109 instituições públicas de ensino superior.
Quem tiver dúvidas pode entrar em contato com o MEC pelo telefone 0800-616161.
A “Escolinha Gol de Placa”, iniciativa social patrocinada pelo governo do Estado e pelo El Camiño Supermercados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, promoverá, neste sábado (17), mais uma edição do seu Campeonato Interno com a participação das 60 crianças atendidas nesta fase do projeto na cidade de Bacabal (MA). O torneio deste fim de semana será ainda mais especial, uma vez que marcará o encerramento da segunda edição do Gol de Placa. A programação esportiva terá início às 8h, na Associação Atlética Boa Vida, em Bacabal, seguindo todas as recomendações sanitárias necessárias.
“Essa temporada da Escolinha Gol de Placa foi de superação devido à situação da pandemia. Mas, graças a Deus, conseguimos proporcionar esporte e educação para nossas crianças da melhor maneira possível. Realizar o torneio de encerramento neste sábado é algo de muita alegria a todos nós. Nosso muito obrigado ao governo do Estado e ao El Camiño Supermercados e a todos que se empenharam pelo sucesso desse importante projeto”, explicou Kléber Muniz, coordenador do projeto.
Idealizada para transformar a vida de crianças carentes na cidade de Bacabal, a “Escolinha Gol de Placa” é uma iniciativa dedicada a utilizar o esporte e a educação como ferramenta para formar bons cidadãos. Nesta edição, a escolinha atendeu crianças com idade entre 8 e 12 anos.
O projeto
O principal diferencial do projeto é conseguir unir esporte e educação na formação das crianças participantes da escolinha. Para isso, os meninos recebem acompanhamento pedagógico e aulas de futebol semanalmente. Todas as atividades são ministradas por profissionais multidisciplinares e com experiência no ensino educacional e esportivo. Nos dias das aulas e dos treinos, cada aluno tem alimentação garantida pelo projeto.
Assim como na edição anterior da escolinha, todas as crianças beneficiadas receberam um kit com todo o material esportivo necessário (uniforme, chuteiras, caneleiras e bolsas esportivas) para participar das aulas. Além disso, elas também receberam cadernos e garrafinhas de água individuais.
A Academia Brasileira de Letras (ABL) abriu ao público, nesta quinta-feira (15), o acesso virtual ao seu acervo museológico, com mais de 200 itens disponibilizados digitalmente. A data coincide com a comemoração do Dia Mundial da Arte.
Dentro da transformação sociológica e do quadro de emergência sanitária que a pandemia do novo coronavírus trouxe para as pessoas, unindo o real e o virtual, a internet se mostrou um dos instrumentos mais eficazes para dar conta desse horizonte novo e inesperado, disse à Agência Brasil o presidente da ABL, professor Marco Lucchesi.
Por isso, a instituição considerou que era o momento oportuno para o lançamento do acervo museológico no processo de expansão natural do site. Além do acervo museológico, é possível também fazer consultas aos acervos arquivístico e bibliográfico da ABL.
Marco Lucchesi destacou que como o acervo museológico é grande, os itens serão acrescentados aos poucos. “É muito importante para o pesquisador, para a própria academia e para o grande público”. Os itens pertencem ao patrimônio da ABL. Boa parte veio de doações ou de compras efetuadas pela instituição, no passado.
O acesso virtual permitirá, inicialmente, ao usuário fazer consultas às coleções de pinturas, desenhos, esculturas e diversos materiais pertencentes à academia. Pelo novo sistema, o usuário terá acesso às fichas catalográficas das peças e suas fotografias. “Estamos oferecendo a beleza da nossa museologia, com nossas imagens”, disse Lucchesi. Esse projeto se junta a todos os outros que estão disponíveis no portal da Casa e que vão desde a acessibilidade até a tradução automática para mais de 100 idiomas.
Destaques
O presidente da ABL acrescentou que depois do acesso museológico virão outras iniciativas, dependendo de um ritmo mais complexo da pandemia, “porque nós queremos preservar a vida de mortais e imortais. Estamos obedecendo à risca os procedimentos sanitários e, sobretudo, o isolamento social”. Passada a crise da covid-19, Marco Lucchesi afirmou que terá ampliação a oferta dos arquivos da ABL para o público e sua digitalização.
As coleções do acervo museológico disponibilizadas hoje (15) trazem exemplares de diversos artistas da história da arte brasileira, em diferentes gêneros artísticos. A coleção de pintura, com mais de 100 itens, conta com exemplares de Portinari, Dimitri Ismailovitch e Rodrigo Soares. Já a coleção de escultura tem obras de Rodolfo Bernardelli, Bruno Giorgi e Celso Antônio de Menezes, dentre 140 peças.
A coleção de mobiliário, que será disponibilizada em breve, totaliza mais de 400 unidades. Cada peça terá pertencido a algum acadêmico, desde o fundador da ABL, Machado de Assis. “São peças que guardam em si mesmas um valor estético importante, dependendo de quem foi o dono anterior, mas é claro que em numa perspectiva mais intensamente ligada à cultura do Brasil, as peças acabam adquirindo valor agregado pela história de quem foi e por que chegaram à academia. É um ponto de orgulho a mais”, salientou Lucchesi. A parte de mobiliário deverá estar disponível no sistema ao longo dos próximos meses. Novos itens serão incluídos em breve ao acervo.
O Senado aprovou, nesta quarta-feira (14), o texto-base de um projeto de lei que permite aos jornalistas se tornarem microempreendedores individuais (MEI). Com isso, jornalistas freelancers (profissionais que trabalham de forma independente) poderão pagar uma carga tributária menor. Atualmente, eles podem se enquadrar como microempresas ou empresas de pequeno porte, mas não como MEI.
Os microempreendedores individuais pagam um valor único que inclui vários tributos federais – Imposto de Renda, Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) – e garantem cobertura da Previdência Social. Apenas poderão se tornar MEI os jornalistas com receita bruta anual até R$ 81 mil.
O autor do projeto, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), argumentou que a realidade do mercado de trabalho da atividade jornalística é de abundância de atividades autônomas chamadas de freelancers. Nesse caso, o jornalista não tem vínculo com o contratante, recebendo apenas por serviço pontual executado.
Já o relator, Carlos Viana (PSD-MG), jornalista de formação, exaltou a categoria em seu parecer. “O enquadramento como microempreendedor individual proporcionará ao jornalista tratamento simplificado e facilitado no exercício de sua atividade, assim como reduzirá a carga tributária suportada pelos profissionais”, afirmou.
Para Viana, a profissão de jornalista está “cada vez mais perigosa”. Ele destacou o aumento da violência contra os profissionais da imprensa e a atuação destes na situação atual de pandemia.
Outras categorias
Alguns senadores apresentaram destaques na intenção de incluir, no projeto, as categorias de produtor cultural, publicitário e corretor de imóveis. Os destaques, porém, não foram votados hoje e deverão ser alvo de negociação entre os senadores interessados e a base do governo nos próximos dias.
O relator do projeto diz temer que o presidente da República vete o projeto por recomendação da área econômica. Ainda existe a possibilidade de os senadores retirarem os destaques e apresentarem projetos separados para tais outras categorias.
Após resolvida essa questão, o projeto seguirá para análise da Câmara dos Deputados.
Entre 2010 e 2020, pelo menos 103.149 crianças e adolescentes com idades de até 19 anos morreram no Brasil, vítimas de agressão, segundo levantamento divulgado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Acrescentou que, do total, cerca de 2 mil vítimas tinham menos de 4 anos.
Apesar de os dados relativos a 2020 ainda serem preliminares, a SBP informou que, segundo especialistas consultados, o isolamento social, medida “essencial para conter a pandemia do novo coronavírus”, resultou em aumento da exposição das crianças a uma “maior incidência de violência doméstica”, o que, consequentemente, elevou também os casos letais.
Segundo o presidente do Departamento Científico de Segurança da SBP, Marco Gama, o estresse causado pela pandemia aumentou a probabilidade de as crianças serem vítimas de violência, além de causar prejuízos do ponto de vista da saúde física e mental.
No entanto, disse ele, independentementemente da pandemia, os casos de violência contra crianças e adolescentes sempre existiram, principalmente em ambiente doméstico ou intrafamiliar. A SBP acrescenta que, só em março de 2020, foi registrado, no Brasil, um aumento de 17% no número de ligações notificando a violência contra a mulher.
Morte de Henry deve ser apurada
“O caso do menino Henry [Henry Borel, cuja morte, no Rio de Janeiro, é investigada tendo como suspeitos o padrasto e a mãe] não pode ser ignorado e deve ser apurado com todo o rigor que a lei exige. Tal barbárie deve alertar, ainda, para a existência de outras crianças e famílias que vivem dramas semelhantes”, alertou, por meio de nota, a presidente da SBP, Luciana Rodrigues Silva.
A entidade acrescentou que estudos científicos e a prática dos profissionais que lidam com a infância e a adolescência indicam que tratamento humilhante, castigos físicos e qualquer conduta que ameace ou ridicularize a criança ou o adolescente, quando não letais, podem ser extremamente danosos à sua formação de personalidade e como indivíduos para a sociedade, bem como interferem negativamente na construção da sua potencialidade de lutar pela vida e no seu equilíbrio psicossocial. “Nascer e crescer em um ambiente sem violência é imprescindível para que uma criança tenha a garantia de uma vida saudável, tanto física quanto emocional”, conclui a presidente da entidade.
Termina nesta quarta-feira (14), às 23h59, o prazo de inscrições para o processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do primeiro semestre de 2021. Os estudantes devem realizar as inscrições, exclusivamente, por meio da página do programa na internet, utilizando o mesmo login cadastrado no portal de serviços do governo federal.
O Sisu é o programa do Ministério da Educação (MEC) para acesso de brasileiros a um curso de graduação em universidades públicas do país. As vagas são abertas semestralmente, por meio de um sistema informatizado, e os candidatos são selecionados de acordo com suas notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O período de inscrições do Sisu começou no dia 6 de abril e terminaria no dia 9, mas foi prorrogado pelo Ministério da Educação até esta quarta-feira. São ofertadas, nesta edição, 206.609 vagas em 5.571 cursos de graduação, distribuídos em 109 instituições em todos os Estados do Brasil e no Distrito Federal.
O resultado está previsto para ser divulgado no dia 16 de abril. O processo de matrícula será de 19 a 23 de abril, em dias, horários e locais de atendimento definidos pela instituição de ensino.
O estudante poderá se inscrever no Sisu em até duas opções de vaga e especificar a ordem de preferência. Ele poderá optar por concorrer às vagas de ampla concorrência ou aquelas reservadas a políticas de ações afirmativas, as cotas. Entretanto, não é permitida a inscrição em mais de uma modalidade de concorrência para o mesmo curso e turno, na mesma instituição de ensino e local de oferta.
Nota de corte
Durante o período de inscrição, o sistema disponibilizará ao candidato, em caráter informativo, a nota de corte para cada instituição participante, local de oferta, curso, turno e modalidade de concorrência. As informações são atualizadas periodicamente, conforme o processamento das inscrições. No caso, o estudante poderá alterar as suas opções de curso, bem como efetuar o seu cancelamento. A classificação no Sisu será feita com base na última alteração efetuada e confirmada no sistema.
A partir deste ano, o MEC voltará a calcular as notas de corte do Sisu como fazia antes de 2020, quando o formato foi alterado. Assim, a nota do candidato parcialmente classificado no curso de sua primeira opção de inscrição não será mais computada para efeito do cálculo da nota de corte do curso de sua segunda opção.
Até então, os candidatos tinham acesso à classificação tanto para a primeira quanto para a segunda opção de curso, independentemente de terem se classificado para a primeira opção. Considerar a nota deles no cálculo da segunda opção de curso pode fazer com que a nota de corte desses cursos aumente. Para especialistas, isso cria uma camuflagem e um aumento de notas de corte que pode não ser real. Como os estudantes podem mudar a opção de curso, o risco é que eles sejam induzidos a mudar de opção, escolhendo, talvez, cursos que não os agradem tanto.
Lista de espera
O processo seletivo do Sisu referente à primeira edição de 2021 vai ocorrer em uma única chamada. Para participar da lista de espera, o estudante deverá manifestar seu interesse por meio da página do Sisu na internet, no período de 16 a 23 de abril, em apenas um dos cursos para o qual optou por concorrer.
Aquele que foi selecionado na chamada regular em uma de suas opções de vaga não poderá participar da lista de espera, independentemente de ter realizado ou não sua matrícula na instituição. Os procedimentos para preenchimento das vagas não ocupadas na chamada regular serão definidos em edital próprio de cada instituição participante.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, deu posse, nessa terça-feira (13), aos novos reitores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Os mandatos dos gestores terão duração de 4 anos. Eles tomaram posse em uma cerimônia administrativa no Ministério da Educação (MEC).
No IFMT, foi nomeado o professor Júlio César dos Santos. Segundo o MEC, ele é doutor pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), mestre em história e especialista em gestão escolar.
No IFSP, tomou posse como reitor Silmário Batista dos Santos, que é professor titular da instituição. Graduado em engenharia elétrica, ele possui licenciatura em ciências, é mestrado em engenharia elétrica e doutorado em administração.
Também tomou posse, nessa terça, o professor Roberto de Souza Rodrigues. Ele será reitor da UFRRJ, onde atua como professor associado do Departamento de Economia do Instituto Multidisciplinar da universidade. Doutor em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem experiência na área de economia, com ênfase em política fiscal do Brasil.