Toda evolução no esporte requer dedicação dos atletas. Em qualquer modalidade, a disciplina é fundamental para atingir novos patamares. Com a equipe do judô do Fórum Jaracaty não é diferente. Para fazer com que os alunos da modalidade evoluam no esporte desde cedo, o projeto social, que é patrocinado pelo governo do Estado e pela Equatorial Maranhão por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, promoverá nesta quinta-feira (24), a partir das 9h, o 1º Festival de Exame de Faixa para os atletas da categoria infantil.
O evento ocorrerá na sede social do projeto e será restrito aos alunos, instrutores e representantes das entidades patrocinadoras. Márcia Assunção, diretora-executiva do Fórum Jaracaty, reforça que incentivar a cidadania por meio do esporte é o que move o projeto.
“Cada criança e adolescente aqui precisa ser estimulado a crescer pessoalmente, a ter um bom caminho a seguir na vida. A cada competição como esta exercitamos neles a vontade de ir além, e o papel de cidadãos que eles devem ser”, disse.
O sensei Denilson Santos, instrutor e ex-aluno do Fórum Jaracaty, analisa que o festival é, talvez, a etapa mais importante na vida do judoca. “A graduação do judoca dá-se pelo Festival de Exame de Faixa, realizado anualmente. Para nós enquanto instrutores, é, também, a oportunidade de verificar como o aluno está assimilando o ensinamento que transmitimos, como ele está se adaptando a esse ensinamento para a sua rotina, para a sua vida”, ressalta.
Sobre o Fórum Jaracaty
O Fórum Jaracaty é um projeto patrocinado pelo governo do Estado e pela Equatorial Maranhão, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Presente a quase duas décadas na comunidade do Jaracaty, o projeto tem transformado a vida de crianças e adolescentes por meio do esporte e de atividades como Informática e Brinquedoteca, gratuitamente.
O projeto oferece, ainda, cursos de capacitação para a comunidade, possibilitando, assim, a inserção no mercado de trabalho e o desenvolvimento da economia no Bairro do Jaracaty e região.
O Festival de Música Rádio MEC 2021 chegou ao fim da primeira fase com um novo recorde: na edição deste ano, 2.094 composições foram inscritas. O número representa um aumento de 104% em relação ao total de inscrições no ano passado, que foi de 1.023. Até então, o festival de 2020, o primeiro no formato on-line, era o que registrava participação mais expressiva.
Entre as categorias, a que teve mais inscritos foi MPB. Ao todo, 1.371 composições participam da seleção. Música Instrumental (408) foi a segunda que teve mais composições cadastradas, seguida de Música Infantil (167) e Música Clássica (148).
Um dos motivos do recorde ter sido estabelecido é o fato do festival ter abrangência nacional. Até ano passado, apenas artistas baseados na Região Sudeste e no Distrito Federal podiam se inscrever. Em 2021, o festival abriu inscrições para músicos de todo o país.
Com isso, pela primeira vez, estão concorrendo participantes de todas as Unidades da Federação, do Acre ao Rio Grande do Sul.Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, nesta ordem, foram os Estados com mais inscritos. “Só o fato de gente ter o Brasil inteiro já garante um crescimento expressivo e mostra que o festival está ganhando espaço no Brasil”, diz Thiago Regotto, gerente das rádios MEC AM e MEC FM.
Regotto diz que percebeu uma mobilização de músicos fora do eixo anterior do festival: “No Rio de Janeiro, onde está a história da Rádio MEC, e, na Região Sudeste, a pessoa espera ano a ano que o festival aconteça. Na edição deste ano, temos uma campanha nos Estados que ainda não tínhamos relação”, conta.
O gerente das rádios MEC AM e MEC FM relata que a divulgação se deu, principalmente, por meio dos veículos da Empresa Brasil de Comunicação e em redes sociais. “As chamadas que rodam na TV Brasil e na Rádio MEC ajudam bastante a mostrar que o festival está no ar. A Agência Brasil, que tem uma capilaridade enorme em sites e jornais pelo Brasil todo, é importantíssima. A gente percebeu também a força de redes sociais porque as pessoas compartilham muito. Isso aí sai fora do nosso controle”.
Próximas fases
A partir de agora, todas as músicas inscritas serão submetidas a um júri técnico, formado por pessoas de notório saber (como músicos, compositores, professores de música), em atividade na área musical e profissionais da Empresa Brasil de Comunicação. Inicialmente, a equipe do próprio festival verifica se a composição se encaixa nas regras do concurso como ser uma composição inédita, nunca premiada em outro festival de música e com o tempo de até cinco minutos nas categorias MPB e Música Infantil e até dez minutos nas categorias Música Instrumental e Música Clássica.
Depois disso, produtores e jurados convidados avaliam as concorrentes e aferem notas. São levados em conta critérios a qualidade artística da obra (música, letra, partitura e interpretação), bem como a sua originalidade e a qualidade da gravação. No ano passado, alguns jurados explicaram quais critérios utilizam para a seleção.
No dia 17 de julho, cerca de 200 classificadas para as semifinais serão divulgadas. Estas músicas serão veiculadas na programação das rádios MEC e MEC FM durante um mês. Nesta etapa, o público poderá começar a escolher as músicas finalistas. Além de 12 músicas classificadas pelo júri técnico (três em cada categoria) para a etapa final, 12 músicas serão escolhidas pelo voto popular (três em cada etapa).
No dia 24 de agosto, as músicas classificadas para as finais serão divulgadas. Elas ganharão mais espaço ainda na programação das rádios MEC e MEC FM enquanto as vencedoras são escolhidas. Ao todo, 12 prêmios serão distribuídos em quatro categorias: Música Clássica, Música Instrumental, Música Infantil e Música Popular. De cada uma, sairá a melhor composição inédita, o melhor intérprete e a vencedora no voto popular, via internet.
O Palco Virtual de Cênicas, realizado pelo Itaú Cultural, apresenta ao público produções inéditas, de 24 a 27 de junho, que abordam a negritude e as diferentes formas de se relacionar. Todas as apresentações são gratuitas e seguidas por conversas dos espectadores com diretores, elencos e convidados. Os ingressos devem ser reservados via Sympla.
A programação abre na quinta-feira (24) com a pré-estreia de “Maré”, do coletivo potiguar Cida, tratando do amor a partir da situação da pandemia e da realidade dos cinco artistas em cena, seus corpos e suas vivências. As diferentes maneiras de se relacionar são problematizadas também por questões como gênero, raça, capacitismo e violência contra a mulher.
Na estreia da peça-filme “Desfazenda – me enterrem fora desse lugar”, do coletivo O Bonde, quatro crianças são salvas da guerra e crescem em uma fazenda. Quando jovens, começam a reconhecer-se como negras, vendo o mundo e a liberdade de outra forma. A obra é livremente inspirada no filme “Menino 23: Infâncias Perdidas no Brasil”, de Belisario Franca, no qual a descoberta de tijolos em uma fazenda com o símbolo da suástica desvendou a história de crianças negras que foram levadas de um orfanato para essa fazenda.
Os dois espetáculos foram pensados inicialmente para apresentações presenciais ao público. No entanto, diante da necessidade de isolamento social durante a pandemia, as peças ganharam novas produções voltadas para o audiovisual.
Criado, em 2017, pelo Cida, núcleo artístico de dança contemporânea, fundado por jovens artistas emergentes, negros, com e sem deficiências, radicados em Natal (RN), o espetáculo “Maré” foi remontado em 2021 como uma obra audiovisual em dança acessível. Após a exibição de pré-estreia, “Maré” ficará disponível até 1º de julho, no YouTube do Itaú Cultural.
“Com a chegada da pandemia, tivemos que repensar o nosso modo de trabalho. A gente não tinha intimidade com o audiovisual, mas acabamos nos aproximando de pessoas da área e estamos, agora, trabalhando juntos esse novo modo de pensar a dança”, disse o bailarino René Loui, fundador do coletivo ao lado de Rozeane Oliveira.
De sexta-feira a domingo (25 a 27), o Palco Virtual será ocupado pela temporada de estreia de “Desfazenda – me enterrem fora desse lugar”, que trata de questões ligadas ao corpo e à subjetividade de pessoas negras diante do processo de abolição inconclusa no Brasil, conforme apontou a diretora Roberta Estrela D’Alva.
“Estamos em plena decorrência dessa abolição inconclusa, inventando estratégias – e a arte tem um papel fundamental nisso – para questionar coisas que a gente não aceita mais. Na peça, também tem esse passo de descobrir o que aconteceu. Ela fala sobre entender-se negro no Brasil, e isso necessariamente é descobrir a história da escravidão”, avaliou Roberta.
Devido à pandemia, o espetáculo, que vinha sendo ensaiado, virtualmente, pelo elenco ao longo do último ano, foi repensado para o audiovisual e ganhou o formato de peça-filme, que tem como destaque a ênfase à palavra durante o espetáculo. A força do texto são potencializados pelas batidas, trilhas e paisagens sonoras criadas pela compositora e DJ Dani Nega.
“O espetáculo traz essa característica que vem do spoken word, das rodas de Slam, das batalhas de poesia, da poesia falada como fio dessa radicalidade narrativa, poéticas. A gente não tem muitos elementos de cenário, para que o público veja tudo o que tem que ver a partir dessa performance da palavra. É para fazer com que, quem tenha que ver essa fazenda, veja pelos olhos, pela palavra, pelo ritmo, pela entonação e memória de quem está falando”, disse a diretora.
Após a temporada de estreia, a peça ficará disponível até 14 de julho, no canal do YouTube de O Bonde.
Secretário especial de Cultura, Mário Frias, disse que a secretaria, vinculada ao Ministério do Turismo, vai criar uma linha de crédito, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para injetar R$ 408 milhões no mercado para ajudar o setor de eventos a partir do segundo semestre. “O mercado [cultural] foi dizimado [com a pandemia], e a gente corre o sério risco de não se recuperar se a gente não fizer alguma coisa”, disse.
Frias destacou que o mercado cultural movimenta 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB – soma de todos os bens e serviços produzidos no país) do Brasil. “Não é uma questão de se é bonitinho, ou se eu gosto ou não gosto. É um mercado real, e a gente não pode abandonar”, disse. O secretário participou nessa segunda-feira (21) do programa “Sem Censura” da TV Brasil e falou também de seu trabalho à frente da secretaria, do apoio ao setor de games, da descentralização da cultura, da Cinemateca Brasileira e do Projeto de Lei Paulo Gustavo, que está em tramitação no Congresso Nacional e que amplia os efeitos da Lei Aldir Blanc.
Sobre a Lei Aldir Blanc, Frias disse que a responsabilidade do governo federal foi cumprida à risca. “A gente trabalhou nos incisos para entrega desses R$ 3 bilhões da Lei Aldir Blanc. Então, a gente fez essa distribuição para 4.176 municípios e 26 Estados e o Distrito Federal em menos de 50 dias. Então, o governo federal está de parabéns por todo o profissionalismo, toda a transparência que ele agiu na entrega desses recursos para os Estados e municípios”, disse.
O secretário explicou que, dos R$ 3 bilhões, R$ 1,5 bilhão foi para Estados e R$ 1,5 bilhão para municípios, mas que os recursos estavam vinculados à Lei do Orçamento Anual (LOA) de 2020. “O governo federal fez essa distribuição com a intenção de chegar ao maior número de artistas possíveis no Brasil. As pessoas tinham que empenhar essas verbas em 2020 e executar elas em 2020 também. Daí, a gente teve eleição, teve uma série de coisas, e R$ 1 bilhão não conseguiu ser executado. O que o governo fez, se você empenhou esse dinheiro em 2020, vamos permitir que você execute em 2021 e preste contas em 2022”, disse.
Frias acrescentou que os conteúdos para onde os recursos da Lei Rouanet foram destinados, não foram de responsabilidade do governo federal. A responsabilidade da definição conteúdos para essa verba ficou a cargo de Estados e municípios. “Então, eu, Mário, se você me perguntar, eu não fiquei satisfeito 100% com a destinação dessas verbas. Algumas coisas que eu não concordo aconteceram com essas verbas”, disse.
Praticante de yoga há cinco anos, a fonoaudióloga Lilian Papis não abandonou a atividade quando a pandemia começou. Toda segunda e quarta-feira, ela faz aulas on-line. “Comecei yoga há cinco anos, bem antes da pandemia, fazia presencialmente e, agora, faço on-line duas vezes por semana. O yoga me ajudou bastante a me acalmar, a me tranquilizar. Em relação aos alongamentos, diminuíram algumas dores que eu tinha nas costas, melhorou minha qualidade do sono. É muito bom, ajuda muito a ter um equilíbrio físico e mental”, comenta Lilian, que é aluna da professora Mirian Gardini.
A professora diz que a procura pela prática do yoga durante a quarentena é porque o período contribuiu para que as pessoas se voltassem mais para o seu interior, já que foram aconselhadas a se isolar em casa, por causa do contágio da covid-19.
“O yoga é um retorno para casa, onde você vai trabalhar a união do corpo, a mente e o espírito. Nessa união, nos fortalecemos frente à ansiedade, ao medo e à insegurança que aumentaram muito com todas as adversidades que aconteceram neste período. “Nessa medida, o yoga foi muito mais procurado, pois ajudou as pessoas a manterem seu equilíbrio emocional e, em consequência, seu equilíbrio psiconeuromuscular”, afirma Mirian, professora de yoga há 22 anos.
Ela conta que, quando começou a pandemia em março de 2020, e as entidades foram fechadas, passou a gravar aulas no celular e enviar para os grupos de yoga, mas mudou o modo este ano. “A partir de março de 2021, iniciei as aulas ao vivo pelo Meet do Google, com o qual tive uma adesão maior de alunos”. Mirian é graduada em Psicologia e Educação Física, e pós graduada em yoga pela FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas). A professora tem especialização em yoga no Centro de Estudos em Yoga, em Lonavla, na Índia.
Para Mirian, as pessoas que iniciaram o yoga durante a quarentena manterão a prática. “Acredito que sim, pois os benefícios foram verdadeiros e profundos para os que se dedicaram com disciplina, e foram incorporados”.
Outra vantagem, acrescenta, é que o yoga contribui para a melhora do sistema imunológico, “uma vez que ajuda no equilíbrio do corpo, mente e espírito, por meio de uma conduta ética diante de si mesmo, do próximo e do meio ambiente. A prática de ‘asanas’ – palavra de origem sânscrita que nomeia as diferentes posturas utilizadas pelo ioga para suprimir a atividade intelectual – remove tensões do corpo e tonifica os músculos de forma a dar mais sustentação para o esqueleto, o sistema nervoso e glandular”. Além disso, segundo a professora, melhora o padrão respiratório, desacelerando a mente e ajuda o Ser a estar mais integrado consigo mesmo, com o próximo e com o meio ambiente”. Mirian trabalha com yoga clássica, de Patanjali, e Astanga, dos oito passos.
Yoga é de origem indiana e trabalha diversos aspectos do corpo, da mente e do espírito. Os primeiros estudos científicos foram conduzidos em 1924 pelo Swami Kuvalayananda, que é considerado o pioneiro da yogaterapia.
O yoga apresenta técnicas específicas, como hatha-yoga, mantra-yoga, laya-yoga, que se referem a tradições especializadas, e trabalha os aspectos físico, mental, emocional, energético e espiritual do praticante, com vistas à unificação do ser humano em si e por si mesmo.
Para quem quer começar, a professora Mirian sugere que não tenha pressa de colher os resultados, e que as pessoas pratiquem com disciplina e entrega. “Assim como quando cuidamos de um jardim, devemos aguar com regularidade, cuidar para que pragas e ervas daninhas não dominem a plantação. No caso da prática, a maior praga é a distração da mente. Todo o trabalho que realizamos no yoga tem o objetivo de disciplinar a mente, para desaceleração dos pensamentos”.
Yoga pelo SUS
A professora dá aula em três locais na zona leste da capital paulista. Em média, o preço mensal das aulas, por duas horas semanais, é de R$ 160. Mas quem não pode pagar deve procurar o Sistema Único de Saúde (SUS). Os cidadãos podem participar por meio das Práticas Integrativas e Complementares (PICs), da Atenção Primária do SUS.
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) traz orientações para estruturar as práticas nos serviços da Atenção Básica, como incentivo à inserção da política em todos os níveis de atenção, com ênfase na Atenção Básica; desenvolvimento da PNPIC em caráter multiprofissional, para as categorias presentes no SUS; criação e implementação de ações e fortalecimento de iniciativas existentes; estabelecimento de mecanismos de financiamento; elaboração de normas técnicas e operacionais para a instalação e o desenvolvimento dessas abordagens no SUS; e articulação com a Política Nacional de Atenção Básica (Pnab) e demais políticas do Ministério da Saúde.
Segundo informações do Ministério da Saúde, desde que a atividade foi integrada às PICs em 2017, 37.747 atendimentos foram realizados. Em 2019, 40.304 serviços de yoga foram ofertados pelo SUS e, no ano passado, 14.314 atendimentos.
A pasta explica que cabe ao gestor municipal elaborar normas técnicas para inserção das PICs nos serviços de saúde e definir recursos orçamentários e financeiros para implementação dessa política, além da contratação dos profissionais que atuarão nas atividades.
Yoga on-line e gratuita
O yoga pode ser feito sem nenhum equipamento – no máximo um tapete – e em um espaço pequeno. Por isso, as aulas de yoga on-line se tornaram uma tendência da quarentena. O canal da professora e youtuber Pri Leite passou dos 310 mil inscritos para mais de 1 milhão nessa quarentena e seus vídeos alcançaram mais de 45 milhões de views (visitantes).
Para quem quer começar logo cedo, a professora ensina uma sequência de posturas poderosas para iniciar o dia com ânimo e cheio de energia. “Com poucos minutos de prática, ainda na cama, é possível melhorar seu humor e preparar o seu corpo para o que vier pela frente”, destaca Pri Leite
Além de mandar o sono embora e produzir mais energia para o corpo enquanto mantém a mente calma e centrada, a prática do yoga em si proporciona outros benefícios para o corpo, a mente e o coração, de acordo com a especialista. “Começar o dia se movimentando com atenção plena no aqui e agora, antes que sua mente seja bombardeada pela agenda do dia, pode promover grandes mudanças”.
A yogini ensina várias posturas para despertar o corpo e a mente:
Torção deitada
Essa postura é excelente para as costas e, também, para a digestão, que está intimamente ligada ao sistema imunológico. Além disso, ela ajuda a massagear os órgãos internos e precisa ser iniciada primeiramente pelo lado direito, que é a direção do intestino. E é muito indicada pela manhã.
Como fazer: deite-se sobre o tapete e traga os joelhos em direção ao peito, abraçando-os e balance-os de um lado para o outro. Depois, respire e leve os dois joelhos para a direita na sua exalação. Abra os braços e leve os dois joelhos para a direta e fique nessa postura por até um minuto. Estique uma das pernas se preferir e, depois, faça para o outro lado.
Postura do gato e da vaca
A postura do gato e da vaca alonga suas costas, seu tronco e pescoço. Pense nela como uma massagem suave para a coluna – exatamente a postura de yoga que você precisa para a manhã, principalmente se você não dormiu direito durante a noite.
Como fazer: comece em uma postura de quatro apoios, com os seus ombros sobre os pulsos e os quadris sobre os joelhos;
Inspire lentamente e, ao expirar, arredonde a coluna e abaixe a cabeça em direção ao chão (essa é a postura do “gato”);
Inspire novamente levando a cabeça, o peito e o cóccix em direção ao teto enquanto arqueia as costas para a postura da “vaca”;
Faça o alongamento de um a três minutos.
Postura da criança
A postura da criança tira a pressão da parte inferior das costas alongando e alinhando a coluna, o que a descomprime e proporciona um bom alongamento. Essa postura é recomendada para todos, pois, além de promover relaxamento, também ajuda a estimular o sistema nervoso e parassimpático.
Como fazer: ajoelhe-se no tapete com os joelhos afastados na largura do quadril e os pés juntos atrás de você. Respire fundo e, ao expirar, leve a parte superior do corpo em direção ao chão; leve os braços para frente alongando o pescoço e a coluna; descanse a testa no chão e relaxe, inspirando e expirando, prestando atenção à sua respiração; fique nessa postura de um a três minutos.
Cachorro voltado para baixo
Pri Leite afirma que essa postura é excelente para alongar os isquiotibiais e as panturrilhas. Se você for muito tenso, pode dobrar os joelhos um pouquinho para tornar o alongamento mais confortável.
Como fazer: apoie as mãos e os pés no tapete, mantendo os dedos dos pés firmes e os calcanhares sem tocar o chão; eleve os quadris para o alto, com os glúteos voltados para o céu, e deixe a cabeça solta para que o pescoço se alongue, direcionando seu olhar para as pernas ou para o umbigo; com os pulsos paralelos, pressione o chão com as mãos; nessa posição, respire, profundamente, três vezes ou, se preferir, mantenha por um minuto.
A Fundação Instituto de Negócios e Afroempreendedorismo (Funafro) e o Núcleo de Aprendizagem Profissional e Assistência Social (Nurap) realizam, em julho (dias 13, 14 e 15), o 1º Congresso Nacional de Empreendedorismo e Empregabilidade da Juventude Negra. O evento – destinado a afrodescendentes de 16 a 29 anos – será totalmente gratuito digital, com transmissão ao vivo pelo YouTube e pelo Facebook da instituição (Funafro).
Com a participação de referências do cenário jovem brasileiro e internacional, o objetivo do congresso é levar informações que ajudem a juventude negra do país a construir um futuro mais próspero. O evento será dividido em cinco painéis: primeiro emprego; empreendedorismo na juventude; a importância da formação educacional; tecnologias e inovação; oportunidades de carreiras e debate.
“Acreditamos que compartilhando histórias e trazendo novas perspectivas, conseguiremos incentivar os jovens a saírem da invisibilidade. Tenho certeza de que a partir do congresso, eles poderão sonhar com novas possibilidades de trabalho, pois o conteúdo será de grande aprendizagem, e todos poderão colocar na prática tudo que verão nos três dias de imersão absoluta”, disse a presidente da Funafro e idealizadora do congresso, Marilene Lima.
No último dia do evento serão anunciados os vencedores dos prêmios “Jovem Empreendedor”, “Jovem Liderança” e para a “Empresa Top Contratação”, todos de 2021.
José Pereira da Graça Aranha foi um dos escritores brasileiros mais importantes da ficção pré-modernista. E é ele quem diz no livro “O meu próprio romance”, onde narra, genialmente, sua vida, tendo este trabalho, infelizmente, ficado inacabado, mas, mesmo assim, editado em 1931, extraído de manuscritos do autor: “O meu difícil nascimento parece marcar o signo da força que me prendia ao inconsciente. Foi pela ciência de um médico inglês, que vivi na tarde do domingo de 21 de junho de 1868, na cidade de São Luís do Maranhão, quando eu estava condenado à morte para salvar minha mãe. A ciência arrancou-me do inconsciente. Realizou-me em mim a fórmula do meu pensamento psicológico. Aboli em mim o terror inicial. Desde então a minha vida foi uma aspiração de conhecimento e por este conhecimento tomei posse do universo. Liberto-me do preconceito político e, o que é mais difícil, do preconceito estético”.
Aos treze anos, ele concluía o curso de Humanidades e, aos dezoito, o de Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife, onde se fez o aluno mais querido de Tobias Barreto que, ao longo da vida, viria a influenciá-lo. Foi advogado e professor de Direito, exercendo, no Espírito Santo, o cargo de juiz. Viveu muitos anos na Europa, no desempenho de funções diplomáticas. Voltando ao Brasil, tornou-se figura de vanguarda no movimento modernista, pronunciando, na Academia Brasileira de Letras, de onde foi sócio-fundador em que “concitava a renovar-se, pela aceitação das novas tendências estéticas. “Se a Academia não se renova – gritou – “então morra a Academia”. O grito ali não fora ouvido naquele momento, e Graça Aranha rompeu com a instituição de Machado de Assis, onde ocupava a cadeira de Tobias Barreto.
Seu nome, ao lado de Gonçalves Dias, dos irmãos Azevedo [Artur e Aluísio] e de Coelho Netto, constitui o quarteto de maranhenses que maior influência exerceu na história da literatura brasileira.
Da velha Europa, trouxe consigo o modelo que o fez um arauto do espírito moderno, consagrando-o assim, até o fim da vida, a teorização de uma estética que codificasse padrões novos na estrutura literária àquela época já em crise.
Nas mesmas condições, a Graça Aranha se juntava, também chegados da Europa, Oswald de Andrade que tivera convivido com o poeta Paul Fort, coroado príncipe dos poetas franceses; Manuel Bandeira que voltava da Suíça, onde estivera internado por causa da tuberculose, mantendo uma grande amizade com o poeta Paul Eluard, enquanto o Brasil era povoado de notícias que chegavam da revista portuguesa “Orfeu”, centro irradiador das poesias de Fernando Pessoa e Mário Sá-Carneiro, as quais se corporificavam aos métodos pretendidos por Graça Aranha.
E a “Semana de Arte Moderna” explodiu com a exposição, em São Paulo, da pintora Anitta Malfatti que trazia novidades e novos elementos nas artes plásticas pós-impressionistas (cubistas e expressionistas), revelados em seus estudos, principalmente na Alemanha, sendo criticada por uns e defendida por outros, entre estes, Mário de Andrade, já imortalizado com “Paulicéia Desvairada” e “Macunaíma”.
Continuemos ouvindo o espírito de negação de Graça Aranha, escritos para “O meu próprio romance”: “Nada poderia contribuir para o meu incessante progresso intelectual, como o espírito de negação. Aos doze anos neguei Deus, aos quatorze neguei o Direito Natural, aos quinze neguei o princípio monárquico e o direito à escravidão”.
Sobre o livro “Canaã”, José Veríssimo, crítico dos mais afiados ao tempo, disse: “Estreia, como não me lembra outra em a nossa literatura, é a revelação nela de um grande escritor. Novo pelo tema, novo pela inspiração e pela concepção, novo pelo estilo”. E por falar em Veríssimo, este era contra a entrada de Graça na Academia, apesar de nunca ter sabido o porquê, o que só veio a se tornar possível com a quase imposição de Joaquim Nabuco.
Graça Aranha publicou estes trabalhos: “Canaã” (1902); “Estética da Vida” (1920); “Malazarte” (1922); “Correspondência de Machado de Assis e Joaquim Nabuco” (1923); “O Espírito Moderno” (1925); “A Viagem Maravilhosa” (1930).
As obras completas de Graça Aranha (1939-1941) estão distribuídas em 8 volumes: vol. I “Canaã”; vol. II “Malazarte”; vol. III “Estética da vida”; vol. IV “Correspondência de Machado de Assis e Joaquim Nabuco”; vol. V “O espírito moderno”; vol. VI “A viagem maravilhosa”; vol. VII “O meu próprio romance”; vol. VIII “Diversos”.
“O meu próprio romance” é um dos livros mais perfeitos que conheço. Li-o ainda menino, e sua leitura me invadiu para sempre os sentidos. Parece que brinquei com Graça Aranha pela velha rampa do cais de São Luís. Já homem e tão distante daqueles, meu e dele, cenários da velha cidade, uma saudade de doer a alma me ensombrou de emoção, quando reli, como se alguma coisa indizível me dissesse que a única coisa sublime que temos é a memória, tanto que ela nos é apagada para que nossa consciência, em outros planos, não sofra tanto e tenha sossego. E é o velho Graça quem diz: “Dos quadros da minha infância, nenhum exerceu no meu espírito magnetismo igual ao da casa em que vivi, quatorze anos, no Largo do Palácio. Nasci na Rua da Estrela, número 2, na primeira casa à direita, na grande ladeira que desce para a Praia Grande, centro do comércio que as águas da baia não banham [...] quando a deixamos, eu não tinha dois anos. Mais tarde, eu a contemplava e imaginava o seu silêncio interior naqueles três andares elevados, e esse silêncio imaginativo tinha a força de me entristecer”.
Talvez havendo, como informa Alfredo Bosi, professor de Literatura da Universidade de São Paulo, “duas faces a considerar no caso Graça Aranha: o romancista de ‘Canaã’ e de ‘A Viagem Maravilhosa’ e o doutrinador de ‘A Estética da Vida’ e de ‘Espírito Moderno’, faz-se às vezes distante no tempo, mas ligadas por mais de um caráter comum, exteriorizar em ‘A Estética da Vida’ este sentido de forma e liberdade espiritual ou ainda de terror cósmico: aquele que compreende o universo com uma dualidade de alma e corpo, de espírito e matéria, de criador e criatura, vive na perpétua dor. Aquele que pelas sensações vagas da forma, da cor e do som, se transporta ao sentimento universal e se funde no todo infinito, vive na perpétua alegria”.
Falar-se de Arte Moderna, caberia num livro de ensaios como muitos já foram escritos. Os acontecimentos e os personagens foram muitos para poucos dias, e Graça Aranha, o qual faleceu no Rio de Janeiro, em 26 de janeiro de 1931, tornou-se, no Movimento, um acontecimento imorredouro, porque trouxe à luz da publicidade o seu “Canaã” e foi personagem, porque, acima de tudo, e pela vida inteira, foi sempre um reformador de métodos e um esteta intemporal.
* Fernando Braga, in “Conversas Vadias”, antologia de textos do autor, brevemente publicado em livro; este artigo, foi publicado, originalmente, in jornal “O Alto Madeira”, Porto Velho (RO), 24/9/84 e republicado no sesquicentenário do lustre maranhense.
Subordinada à Sudema, apresentando um índice impressionante de trabalhos administrativos relevantes, enquadrada no esquema da política desenvolvimentista do atual governo, funciona, aqui em São Luís, no pavimento térreo do prédio onde, por muitos anos, esteve o antigo Liceu Maranhense, a Divisão de Assistência ao Cooperativismo (DAC). Com este setor de atividade, está catalogado um amplo e eficiente serviço de assistência técnica a todas as cooperativas existentes no Estado. É um trabalho de vulto, de tenacidade, de compreensão. Uma tarefa árdua que está sendo conduzida com acerto e com parcelas comoventes dum esforço que é dinamismo, duma dedicação que é responsabilidade funcional.
E pode-se dizer, com tranquilidade, com orgulho até, que o Cooperativismo em nossa terra, sempre, ocupou lugar de destaque no planejamento administrativo estadual. A DAC sempre existiu e se encontrava subordinada à Secretaria de Agricultura. Com a criação da Sudema, revolução administrativa do governo Sarney, essa divisão especializada passou a ser orientada diretamente pela Superintendência do Desenvolvimento do Maranhão. Integrada nesse novo processo administrativo, a DAC apresenta uma melhor e mais autêntica organização e a soma positiva de serviços que plenamente justificam a sua razão de existir.
É um órgão atuante, cumprindo à risca as suas finalidades: assistência às cooperativas, dando-lhe o fornecimento dos conhecimentos necessários para que elas executem um plano de soerguimento, de desenvolvimento, de produtividade nos seus diversos setores de operação. É, em síntese, exatamente isto.
Com a DAC, há um corpo de inspetores que intervém com absoluta segurança no desempenho dum árduo e cuidadoso trabalho de inspeção, de fiscalização, administrando ensinamento valioso.
Com a DAC, um quadro de funcionários ainda pequeno em número, mas que se destaca, evidencia por meio da execução dum esforço grandemente recompensador. Uma nova mentalidade é a identificação que hoje se observa no funcionário público estadual. É o processo bem orientado da reforma administrativa posta em prática pelo governo Sarney. É bom afirmar isto. Revolucionou os métodos e imprimiu, na administração pública estadual, outro esquema de organização. Há aí, no exercício da função pública, outra compreensão. Outra maneira de participar.
Com a DAC, há, em potencial, o reflexo desta nova ordem administrativa. “Hoje, o cooperativismo em nosso Estado é uma realidade em marcha, em progresso. Ninguém poderá desmentir estas nossas afirmativas. E o que há de destoante, um outro aspecto, é que, com muitas cooperativas, houve e está havendo a ausência do fortalecimento moral por parte dos que as dirigem. Há, em muitas, sente-se, o material humano imprestável. E se fácil é a composição do quadro dirigente, difícil e muito difícil a manutenção das associações cooperativistas. Aqui o necessário é a preparação psicológica, a força duma vontade determinada, a grandeza do espírito cooperativista. Aqui a necessidade imperiosa duma ação administrativa aliada ao idealismo, predisposta em enfrentar a execução dum trabalho persistente, um trabalho corajoso, abnegado. E é esta justamente a luta que vem sendo travada entre a DAC e as cooperativas a ela subordinada. Os saldos positivos, a resolver, são ainda poucos, mas os há como resultado deste profícuo planejamento de recuperação que vem sendo mantido pela Divisão de Assistência ao Cooperativismo.
Em alguns municípios do Estado, funciona um não pequeno número de cooperativistas que apresentam um vigoroso aspecto de organização, de ordem num conjunto de esforços conjugados. Há a denúncia dum fascinante trabalho de divulgação, de preparo técnico-administrativo. É este um dos principais objetivos da DAC.
Daqui, ressaltamos todo este labor constante da Divisão de Assistência ao Cooperativismo e há, neste nosso pensamento, uma mensagem de fé aos que lutam pelo maior desenvolvimento do cooperativismo em nossa terra.
Cooperativismo é um sacerdócio que está a exigir de todos nós uma maior parcela de ajuda e de cooperação. E é com Hans Muller que está a grande lição: o cooperativismo tem uma base nitidamente moral. E afirmou mais: “que os exemplos tirados da história do cooperativismo demonstram claramente que as bases deste movimento são, antes de tudo, de ordem moral”. É a orientação para servir e plantar na terra a semente para a boa colheita.
* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 17 de setembro de 1967 (domingo).
O acervo da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que fica em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, foi ampliado com a chegada de dois fósseis de uma nova espécie de crocodiliformes.
Os esqueletos foram encontrados em um projeto desenvolvido por pesquisadores da universidade em parceria com outros colegas do Museu Nacional, que pertence à Universidade Federal do Rio de Janeiro (MN/UFRJ) e das universidades Federal do Acre e Federal Rural de Pernambuco, que publicaram a descoberta na revista científica Anais da Academia Brasileira de Ciências, na última quarta-feira (16).
“Em um volume especial de homenagem ao paleontólogo muito importante no Brasil, professor Diógenes de Almeida Campos, da CPRM, hoje Agência Nacional de Mineração e de comemoração dos 105 anos da Academia Brasileira de Ciências”, afirmou à Agência Brasil, o geólogo Felipe Medeiros graduado pela UFRJ e pesquisador associado do laboratório da Universidade Federal Rural de Pernambuco, que também participou do estudo.
Os achados no município de Álvares Machado, no sudoeste de São Paulo, incluem dentes, ossos do crânio e pós-crânio provenientes das rochas da Formação Araçatuba (Grupo Bauru). Os esqueletos, que estavam perto um do outro, pertencem à idade geológica conhecida como Turoniano, que varia entre 93 milhões a 89 milhões de anos.
Identificação
A nova espécie foi batizada de Coronelsuchus civali. O primeiro nome significa “crocodilo de Coronel”, em uma referência ao distrito de Coronel Goulart do município de Álvares Machado, onde foi coletado. A civali é uma homenagem ao dono da propriedade onde os fósseis foram encontrados, que se chama Cival.
Na avaliação dos pesquisadores, o animal tido como uma “forma mais primitiva” da família Sphagesauria do grupo Notosuchia, viveu às margens de um lago imenso e raso, também habitado por moluscos, peixes, tartarugas e crocodilos de outras famílias. “Havia um complexo de lagos na região perto de Presidente Prudente e de Marcondes e outras formações mais novas como a de Adamantina que representam ambientes pretéritos fluviais. Domínio de rios que desaguavam em lagos que as rochas nos indicam e damos o nome de Formação Araçatuba”, contou em entrevista à Agência Brasil, o geólogo e paleontólogo da UERJ, André Pinheiro, que coordenou o estudo.
Segundo André Pinheiro, o espécime encontrado tem diferenças na dentição e podia se alimentar de carcaças, de insetos, moluscos, ovos de tartarugas e até consumir vegetais. Outra característica é que era mais ereto e se movimentava com maior distância do chão, da que se verifica nos crocodilos que conhecemos atualmente.
Para os pesquisadores, os achados ajudam a compreender as relações de parentesco entre várias espécies de crocodilos fósseis da era Mesozoica do período de tempo geológico Cretáceo Superior, que corresponde a 145 milhões a 65 milhões de anos, de alguns Estados brasileiros. “A era Mesozóica tem três grandes períodos: o triássico, mais antigo; o jurássico e o cretáceo que tem várias épocas dentro dele”, explicou Felipe Medeiros.
Com a espécie inédita foi possível definir um grupo novo sistemático para os animais, denominado Sphagesauria. “Essas rochas ocorrem com muita abundância no centro-oeste de São Paulo, parte em Minas Gerais, um pouco no norte do Paraná e no Mato Grosso do Sul. Essas formações do grupo Bauru são as mais prolíficas em termos de fósseis”, informou o paleontólogo.
De acordo com o geólogo Felipe Medeiros, o grupo começou a realizar várias expedições àquela região em 2015, fez a coleta dos primeiros esqueletos do Coronelsuchus. Os outros materiais de dinossauros, peixes e tartarugas recolhidos no mesmo local não foram relatados no artigo publicado. O que deve ocorrer em outra publicação.
Por causa da pandemia, os pesquisadores tiveram que deixar de viajar ao local para continuar as escavações para encontrar mais materiais. Felipe torce para o avanço na vacinação contra a covid-19 para a retomada dos trabalhos na região. Enquanto isso, os estudos avançam nos laboratórios. “A gente focou as pesquisas em laboratórios e a preparação dos fósseis que a gente precisa fazer para serem estudados e avaliada a anatomia”, revelou, acrescentando que, quando for possível voltar à região, haverá um trabalho de divulgação dos achados com os moradores do município.
Os pesquisadores Felipe Medeiros e André Pinheiro destacaram que o projeto recebeu recursos de uma bolsa do CNPq e a descoberta do Coronelsuchus civali é importante diante das dificuldades de liberações de recursos para as pesquisas científicas. “Para a ciência brasileira em um momento de fomentos escassos e em que a ciência não está favorecida, a gente é favorecido, o que possibilitou as novas escavações. É o primeiro deste tipo encontrado na Formação Araçatuba”, disse o coordenador.
Além de André e Felipe, participaram do projeto os pesquisadores Lucy de Souza (UFAC/MUSA),Kamila Bandeira, Renato Ramos e Arthur Brum do Museu Nacional (MN/UFRJ), Paulo Victor Luiz Pereira e Luís Otávio de Castro (UFRJ Fundão).