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Em sua 17ª edição, a Mostra de Cinema de Ouro Preto (CineOP) volta a movimentar o principal destino turístico do interior mineiro. Após dois anos explorando o formato on-line em decorrência da pandemia de covid-19, o evento irá novamente receber cinéfilos de todo o país na cidade histórica. A programação, que se inicia hoje (22) e vai até a próxima segunda-feira (27), coloca em destaque filmes produzidos por diretores indígenas.

“Fizemos um mergulho nos acervos e tivemos acesso a um volume muito grande de trabalhos. Foi um esforço de pesquisa e buscamos oferecer uma programação que tenha uma diversidade tanto de temas como povos representados”, conta o curador Cleber Eduardo. Além da produção indígena, o evento possibilitará o contato com uma cinematografia diversa que passa, por exemplo, por ficções ambientadas nos anos 1980 e 1990 e por documentários sobre os cineastas Glauber Rocha e Ruy Guerra e sobre o músico Belchior.

Além das atividades presenciais, haverá uma programação virtual disponibilizada por meio do site da CineOP. A decisão foi tomada a partir da avaliação positiva das experiências de 2020 e 2021. “Acho que é algo que vai existir sempre agora nos festivais”, avalia Cleber Eduardo.

A organização do evento espera um público de 15 mil pessoas em Ouro Preto. Considerando a programação presencial e virtual, serão exibidos, ao todo, 151 filmes, sendo 20 longas-metragem, 14 médias e 117 curtas. São trabalhos provenientes de 21 Estados brasileiros, além de outros sete países. Estão previstos, ainda, debates, oficinas, exposições, lançamentos de publicações, performances e shows. Toda a programação é gratuita.

Embora as primeiras atividades do evento estejam começando hoje, a abertura oficial ocorre apenas amanhã (23), às 19h30, quando os cineastas indígenas Ariel Ortega e Patricia Ferreira Yxapy serão homenageados na Praça Tiradentes e receberão o Troféu Vila Rica.

“A definição pelo trabalho de ambos, nascidos na cidade argentina de Missiones, na aldeia Tekoa Verá Guaçu, se dá especialmente pela forma como as questões culturais e políticas em seus filmes surge de natureza distintas, sendo pontuadas pela própria aproximação da cidade em relação às terras de seu povo”, registra o site do evento.

Na sessão de abertura, o público assistirá a Bicicletas de Nhanderú, um documentário de 48 minutos dirigido por Ariel Ortega e Patricia Ferreira Yxapy e finalizado em 2011. No filme, os diretores realizam uma imersão na espiritualidade presente no cotidiano dos Mbyá-Guarani da aldeia Koenju, em São Miguel das Missões (RS).

Cinema indígena

Dos 151 títulos incluídos na programação, 35 são dirigidos por indígenas de 17 povos distintos. Segundo Cleber Eduardo, trata-se de uma mostra que busca oferecer um olhar retrospectivo da cinematografia indígena.

“Embora seja uma produção ainda muito recente, que começa no final dos anos 1990, já possui um percurso de mais de 20 anos. E, dentro desse período, há algumas mudanças. Por exemplo, no começo, os filmes eram coproduzidos com indígenas e não indígenas. Progressivamente, os indígenas começam a assumir sozinhos a direção. Hoje, achamos que já existe um volume de filmes que permita observar alguns recortes de temas recorrentes, de formatos recorrentes, da diferenças entre povos”, diz o curador.

Cléber observa que a potência do cinema se articula com o drama da situação indígena na atualidade e considera que há dois macrossegmentos temáticos. Um deles está relacionado com a tradição espiritual e ritualística e com a identidade de povo, revelando um esforço pela preservação de sua cultura. O outro envolve o contato conflituoso com a cultura urbana e com a cultura não indígena, do qual derivam intimidações políticas, invasões de terra e ações violentas.

“São problemas concretos que, muitas vezes, ameaçam a vida desses povos”, diz. Ele ressalta que as abordagens são bastante variadas, mas que é possível ver, nos dois macrossegmentos, um movimento de resistência, seja político ou cultural.

Histórico

A CineOP é organizada pela Universo Produção, que também responde pela tradicional Mostra de Cinema de Tiradentes. Sua realização também conta com o apoio da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo e da Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais.

Referência no calendário cinematográfico nacional, o evento surgiu em 2006 e tem como diferencial a estruturação em três eixos: patrimônio, educação e história. Para cada um deles, há uma vasta programação que mobiliza cineastas, pesquisadores, restauradores, professores, críticos, estudantes e cinéfilos em geral.

Dentro do eixo patrimônio, é realizado o Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros. Trata-se de um dos principais fóruns onde se discutem políticas públicas voltadas para preservação dos filmes nacionais. A pauta envolve temas como prioridades para a restauração, processos de digitalização, acesso da população aos filmes e organização de bancos de dados.

No eixo educação, o cinema indígena também estará no centro das discussões. Convidados internacionais irão debater sobre as possibilidades de práticas pedagógicas dos filmes.

(Fonte: Agência Brasil)

II Bienal do Livro e da Leitura de Brasília.

O Senado aprovou, em votação simbólica, um projeto de lei que inclui o compromisso da educação básica com a alfabetização plena e a capacitação gradual para a leitura na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). De autoria do deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ), o parecer favorável do relator na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), foi aprovado em votação simbólica.

Pelo projeto, serão acrescentados entre os direitos garantidos pelo Estado e previsto na LDB “a alfabetização plena e a capacitação gradual para a leitura ao longo da educação básica como requisitos indispensáveis para a efetivação dos direitos e objetivos de aprendizagem e para o desenvolvimento dos indivíduos”. Essas mesmas características também passam a integrar a educação básica.

O relator disse que a alfabetização plena e a competência em leitura são os principais objetivos da escolarização. “Sem a consolidação das bases que elas representam, o resultado é uma escolarização insatisfatória e que deixa o indivíduo sem condições de progredir e de dominar saberes de outras áreas”, disse.

Atualmente, a LDB determina que o Estado deverá garantir educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos aos 17 anos e educação infantil gratuita às crianças de até 5 anos, assegurado atendimento educacional especializado aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Outras determinações da LDB incluem ensino gratuito para todos que não o concluíram na idade própria, oferta de ensino noturno regular, programas suplementares de material didático e escolar, e padrões mínimos de qualidade de ensino.

(Fonte: Agência Brasil)

A proporção de domicílios brasileiros com acesso à internet cresceu entre 2019 e 2021. Segundo a pesquisa sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos Domicílios brasileiros (TIC Domicílios) 2021, divulgada, nesta terça-feira (21), pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), na média, o percentual de residências aptas a acessar a rede mundial de computadores subiu de 71% para 82% no período de dois anos. Apesar disso, o país ainda contabiliza 35,5 milhões de pessoas sem acesso à internet e o número de domicílios das classes B, C e D/E com computadores caiu no mesmo período.

A variação positiva foi mais significativa entre os domicílios de áreas rurais, segmento que evoluiu de 51%, em 2019, para 71%, em 2021. Entre as residências de áreas urbanas, a proporção foi de 75% para 83% no mesmo período.

“Esta proporção aumentou significativamente entre os domicílios das áreas urbanas em relação à situação pré-pandemia, mas a grande variação aconteceu na área rural, onde foi observado um crescimento de 20 pontos percentuais entre 2019 e 2021”, destacou o coordenador da pesquisa, Fábio Storino

Segundo Storino, o resultado dos dados coletados presencialmente entre outubro de 2021 e março de 2022 devem ser comparados aos de 2019, e não aos de 2020, quando, devido à pandemia, o Cetic.br teve que adaptar o método de coleta, entrevistando um número menor de participantes ouvidos exclusivamente por telefone – o que aumentou a margem de erro em comparação aos levantamentos de outros anos.

Quanto à qualidade do serviço, a pesquisa TIC Domicílios identificou que tanto na área urbana (64%) quanto na rural (39%), a maioria das residências está conectada à rede por meio de fibra óptica ou cabo. Em seguida vem a rede móvel, à qual 20% dos domicílios de áreas rurais e 17% dos das zonas urbanas estão interligados. Praticamente 99% dos usuários acessam a internet por meio de aparelhos celulares, enquanto 50%, ou 74,5 milhões de habitantes do país, utilizam a televisão, que já ultrapassa os computadores (36%).

Enquanto 100% dos domicílios da classe A possuem acesso à internet, apenas 61% dos das classes D/E dispõem do serviço. A proporção entre as residências da classe B chega a 98%, e os de classe C, a 89%.

“Olhando a evolução [do acesso] por classe [social], há uma estabilidade em patamares elevados entre as classes mais altas [A e B], uma tendência de aumento na classe C e um aumento mais pronunciado entre as classes D/E”, destacou Storino, apontando o crescimento de 11 pontos percentuais entre os mais pobres, entre 2019 e 2021.

“A diferença entre a conectividade nos domicílios de classe A e os de classe D/E, que era de 83 pontos percentuais em 2015, caiu para 39% em 2021. Ou seja, embora as diferenças [sociais] persistam e ainda sejam significativas, ela vem se reduzindo ao longo do tempo”.

Ainda que menores, as diferenças também se fazem sentir em termos regionais. No Sudeste (84%), no Sul (83%) e no Centro-Oeste (83%), as proporções de domicílios com acesso à internet superam a casa dos 80%, enquanto no Norte esse percentual é de 79% e, no Nordeste, 77%. Em comparação a 2019, a conectividade aumentou em todas as cinco regiões. No espaço de dois anos, este indicador variou 13% no Centro-Oeste; 12% no Nordeste; 10% no Sul; 9% no Sudeste e 7% no Norte do país

Internauta

A pesquisa também aponta que a quantidade de usuários que acessam a rede mundial de computadores aumentou 7% entre 2019 e 2021, passando de 74% para 81% dos entrevistados. Aumento associado à popularização dos smartphones não só no Brasil, mas em todo o mundo.

“Quando perguntamos sobre o uso de computadores, estamos falando de computadores de mesa [desktops] e portáteis [notebooks e tablets]. Os aparelhos celulares, embora sejam quase um computador de bolso, proporcionam um uso mais limitado, que não desenvolve, nos usuários, o mesmo tipo de habilidades digitais que a utilização de múltiplos dispositivos”, finalizou Storino, destacando que, em 2021, a proporção de usuários que acessam a rede mundial de computadores exclusivamente por telefones celulares passou de 58%, em 2019, para 64% da população, em 2021.

O crescimento foi maior entre os moradores das áreas rurais, na qual os percentuais passaram de 53% para 73%. Já entre os habitantes das zonas urbanas, a evolução foi de 77% para 82% dos entrevistados.

Com base nas respostas dos entrevistados, os pesquisadores estimam que cerca de 139 milhões de internautas acessam a rede todos os dias ou quase todos os dias. Na outra ponta da frequência de uso, 9,6 milhões de pessoas pouco acessam a internet, às vezes, uma vez ao mês. “Ainda temos um contingente de 35,5 milhões com dez anos de idade ou mais que não utilizam a internet”, destacou Storino.

“Também é possível notar diferenças significativas quando olhamos [a distribuição da frequência de uso] por classe social. Enquanto grande parte da população das classes A e B faz uso diário da internet, à medida que vamos para as classes C e D/E aumentam tanto a proporção de uso menos frequente da internet, que não está disponível [na mesma medida], quanto o de não usuários”, acrescentou Storino.

A pesquisa também avalia a distribuição dos hábitos de utilização da internet por recortes como sexo, cor, grau de instrução e faixa etária. Para os pesquisadores, um dos destaques desta 17ª edição do levantamento foi o aumento do número de internautas entre a população com mais de 60 anos de idade. “Em 2019, antes da pandemia, um terço desta população era usuária da internet. Esta proporção aumento para 48% em 2021, um contingente relevante”, comentou Storino. 

(Fonte: Agência Brasil)

Diretora Nicolle Machado

Atriz, dramaturga e diretora, a maranhense Nicolle Machado se tornou um nome conhecido no teatro maranhense. E, em 2022, este voo se tornará ainda maior, ao assumir a direção do espetáculo “Bandeira de Aço – O Musical”, que tem previsão de estreia da 1ª temporada para setembro deste ano, no palco do Teatro Arthur Azevedo (TAA).

Atualmente, Nicolle Machado está com outros dois espetáculos em processo: “Protocolo Pancadão”, pela Poli Companhia, onde é atuante e dramaturga, e em “A Vagabunda”, pelo Grupo Xama Teatro, assinando a direção e, novamente, a dramaturgia. Em meio a tantas práticas artísticas, a atriz, que é também mestra em artes cênicas, especialista em ensino de arte e movimento e licenciada em teatro, se considera uma “teatreira” (viciada nas vivências teatrais) e honrada com o convite feito por Guilherme Júnior, criador do musical, para dirigir o espetáculo.

“Me senti muito honrada e com um compromisso enorme. Ele [Guilherme Júnior] pensava em montar o espetáculo com pessoas do que alguns chamam de ‘nova geração do teatro maranhense’ Então, aqui estou! Me orgulho muito de ser parte dessa cena, mas friso que as minhas referências estão aqui, nos mestres que me fizeram”, pontuou Nicolle.

Para a diretora, levar o disco “Bandeira de Aço”, considerado um clássico da música maranhense, para a linguagem cênica é um processo de descobrir as histórias que existem em cada uma das faixas, as histórias que eclodem a partir dessas músicas e as histórias que conectam essas músicas, montando-as todas em uma única produção.

“Eu ouvia as músicas entoadas por Papete e seus contemporâneos, desde as aulas e apresentações no Sesc. Ficaram na memória. Até hoje, sei cantar inteira ‘Manguinha do Sá Viana’”, brinca Nicolle. E acrescenta: “Mais tarde, conscientemente e por conta dos estudos na UFMA [Universidade Federal do Maranhão], fui me interessando ainda mais pelo fazer artístico maranhense, e esse disco, por completo, chegou a mim. Depois, soube de sua conexão com o Laborarte, e ele fez mais sentido ainda. O processo criativo em teatro, para mim, é sempre descobrir uma nova perspectiva, criar uma história. Se fazemos isso por meio de referências biográficas, tornamos mais presente ainda essa narrativa que está por nascer”, analisa a diretora.

Outro ponto que Nicolle Machado destaca sobre “Bandeira de Aço” é que o disco só existe a partir da criação de influências diversas, de ritmos que foram marginalizados e de necessidades em dar voz e valor à cultura que faz um povo. “Se isso não for colocado em cena, na forma de corpos, ancestralidades, credos e desejos diferentes, então não estamos investigando o movimento de composição das músicas sobre uma perspectiva da descentralização de interesses”, pontua.

Ensaios

Os ensaios do espetáculo começaram no último dia 13 de junho, no Ateliê Academia de Dança, no Bairro do Vinhais, em São Luís. Segundo Nicolle, a maior dificuldade para a criação do espetáculo é o tempo. “Tudo parou na pandemia, só não a fome do povo. A fome por comida, por direitos. Parece que agora, quando tudo tenta retomar o caminho, não tem mais caminho, então é tudo urgente, é tudo para agora. E isso reflete uma pressão enorme na gente, que trabalha com o sensível, porque são tempos incertos. Só temos de garantia o dia de hoje, então fazer um processo de criação longo torna-se arriscado, tanto do ponto de vista financeiro, quanto do político”, afirma a dramaturga.

Sobre o espetáculo, a diretora acredita que o público pode esperar uma criação: “uma história que se mova pelos mesmos motivos das músicas do disco e que faça conexões significantes da mesma forma que as músicas se conectam para hastear, ou derrubar, essa bandeira de aço”, conclui.

“Bandeira de Aço – O Musical”

Produzido pela Encanto Coletivo Cultural e G4 Entretenimentos, “Bandeira de Aço – O Musical” será lançado no segundo semestre deste ano e contará com os patrocínios do governo do Estado e da Equatorial Maranhão, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

O músico e administrador Guilherme Júnior é o idealizador do musical. O espetáculo vai navegar pelo universo das composições das 9 faixas do disco, apresentando, também, os bastidores do álbum, o ponto de vista – e as questões – entre o intérprete (Papete) e os compositores (César Teixeira, Josias Sobrinho, Ronaldo Mota e Sérgio Habibe).

O musical vai, ainda, narrar ao público momentos curiosos, como o atraso de 10 anos do lançamento do disco no Maranhão – uma década após ser lançado nacionalmente. A produção será assinada pelo Encanto Coletivo Cultural, grupo criado em 2015 que foca na expansão da prática do Teatro Musical em São Luís.

Todas as informações sobre o espetáculo serão disponibilizadas na página oficial do projeto no Instagram: @bandeiradeacomusical. O musical é patrocinado pelo governo do Estado e pela Equatorial Maranhão, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

“Bandeira de Aço”, de Papete

“Bandeira de Aço” é o segundo álbum do percussionista e cantor maranhense Papete, lançado pelo selo Discos Marcus Pereira, em 1978. Com nove faixas, o disco conta com faixas que ganharam popularidade no Maranhão, como “Boi da Lua” e “Engenho de Flores”, entre outras. Artistas como Josias Sobrinho, Ronaldo Mota, César Teixeira e Sérgio Habibe assinam as composições do álbum, que tinham Papete como intérprete oficial.

Lançado durante o período de ditadura militar no Brasil, “Bandeira de Aço” é referenciado como uma produção que representava o povo brasileiro e o contexto social e histórico em que foi lançado.  

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Juan Ramos

Dois fins de semana intensos de jogos marcaram a terceira etapa do TMB Estadual, no Clube Independente. Os mesatenistas do Fórum Jaracaty jogaram nos quatro dias de competições (11, 12, 17 e 18 de junho) e garantiram, mais uma vez, bons resultados ao projeto.

No primeiro fim de semana, Paola Morais conquistou o terceiro lugar no Rating E Feminino e a prata no Absoluto C Feminino, enquanto Juan Ramos arrebatou o bronze no Rating N Masculino. Já no segundo fim de semana, Hian Sá levou o bronze no Infantil Masculino e Ingrid Saraiva, o bronze no Juvenil e no Juventude Feminino. Paola Morais repetiu o feito da semana anterior e subiu novamente no pódio: dessa vez, ela levou ouro no Juvenil e no Infantil Feminino.

Hian Sá foi bronze

Com o saldo de 8 medalhas, o técnico Antônio Ferreira destaca a atuação dos atletas do projeto. “Os treinos diários têm sido grandes responsáveis pelo desempenho dos mesatenistas. Precisamos melhorar em alguns aspectos e estamos trabalhando estas melhoras fora do aspecto esportivo. São pontos que precisam ser exercitados, até para não comprometer o rendimento deles”, reforça.

Paola Morais e Ingrid Saraiva

Juntas, as competições da terceira etapa do TMB Estadual e dos Jogos Escolares Ludovicenses (JELs), possibilitaram ao tênis de mesa do Fórum Jaracaty 13 medalhas, somente em junho. Patrocinado pelo governo do Estado e pela Equatorial Maranhão por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, o Fórum Jaracaty oferece modalidades esportivas a jovens das comunidades do Jaracaty, Camboa e adjacências, além de cursos e palestras à comunidade em geral, de forma gratuita.  

(Fonte: Assessoria de imprensa)

O Ministério da Educação (MEC) anunciou, nessa segunda-feira (20), um acordo de cooperação com a gigante norte-americana Google para o acesso a ferramentas de apoio acadêmico para professores e estudantes. A parceria foi fechada durante cerimônia, no Palácio do Planalto, que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro e de ministros. A iniciativa faz parte da Política Nacional de Recuperação da Aprendizagem, lançada por meio de decreto no mês passado, e que pretende reduzir a evasão escolar e melhorar o desempenho dos alunos, duas das principais consequências da pandemia de covid-19, que manteve as escolas da rede pública fechadas entre março de 2020 e agosto de 2021.

Segundo o MEC, serão quatro serviços disponibilizados a partir do acordo. 

- Google Workspace for Education Fundamentals: pacote gratuito de ferramentas que oferece uma base flexível e segura para aprendizagem, colaboração e comunicação. A adesão pelas redes educacionais se dará mediante assinatura de termo de adesão simplificado, de forma voluntária e não onerosa para a rede, seja municipal, estadual ou federal;

- Seja Incrível na Internet: programa de cidadania digital com trilhas de capacitação para educadores, planos de aulas e atividades;

- Grasshopper: aplicativo de programação para iniciantes, com ensino de pensamento computacional;

- Google Cloud Capacita+: programa com treinamentos gratuitos, online, para formação de profissionais em tecnologias de nuvem.

Desempenho

Segundo o ministro da Educação, Victor Godoy, uma avaliação feita pelo MEC nos últimos meses está traçando um diagnóstico da situação da educação básica no país. Entre os dados apresentados, o levantamento feito por meio de uma plataforma criada pela pasta mostra que 30% dos estudantes do 3º ano do ensino fundamental estão no estágio de desenvolvimento esperado. 

“Quando a gente olha para matemática, 98% dos estudantes do 6º ano não estão com nível adequado, só 2% deles estão. Cerca de 45% dos 98% não dominam as quatro operações básicas da matemática, ou seja, estão no primeiro marco de desenvolvimento esperado”, disse. A evasão escolar também mais que dobrou no ensino médio, passando de 2,3% para 5%, disse Godoy.

Esses resultados foram mapeados por uma plataforma de avaliação e desempenho disponível não só para a rede pública, mas também para a rede privada, de forma gratuita. De acordo com o ministro, ela permite a realização de mais de 600 testes avaliativos em matemática, ciências e proficiência em línguas. A partir disso, faz um reagrupamento de estudantes de acordo com o nível em cada uma dessas disciplinas. Até agora, cerca de 5 milhões de alunos em mais de 2 mil municípios foram cadastrados no sistema de avaliação. 

Outra ferramenta que está sendo apresentada pela pasta é a MECPlace, uma plataforma integrada em ambiente aberto e colaborativo que oferece soluções em tecnologia da informação para apoio às redes educacionais. O sistema foi desenvolvido por meio de parcerias com as universidades federais do Ceará (UFC), de Juiz de Fora (UFJF) e de Alagoas (UFAL). 

Questionado sobre a dificuldade de acesso à tecnologia e dispositivos digitais, por parte dos estudantes da rede pública, especialmente os mais vulneráveis, o ministro informou que é preciso enfrentar o problema em parceria com os estados e municípios. "Qualquer desafio de infraestrutura, de conectividade, passa, necessariamente, por uma articulação União, estados e municípios. O que estamos fazendo nessa perspectiva é fortalecer a colaboração, levando aos entes processos estruturados de implantação de tecnologia”, disse Godoy. 

O presidente Jair Bolsonaro reclamou do tempo em que as escolas permaneceram fechadas e elogiou a iniciativa do MEC. "Passamos dois anos de pandemia, onde praticamente tudo fechou, 99% das escolas fechadas. No que dependesse de mim, teríamos aula. E nós, agora, estamos na recuperação e na busca do tempo perdido. Esse método, essa disciplina adotada pelo MEC, é reconhecida já por outros países", afirmou. 

Parcerias

Além da Google, o MEC fechou, em abril, uma parceria de recuperação das aprendizagens com a Microsoft. A parceria permite a disponibilização gratuita do Office 365 Educacional A1 (versão nuvem), concedendo acesso a aplicativos da marca, como Excel, Word, Power Point e outras ferramentas.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação informou que a segunda edição de 2022 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) oferecerá 65.932 vagas para ingresso em 73 instituições públicas de ensino superior. São mais de 2 mil cursos de graduação. As inscrições serão abertas em 28 de junho e podem ser realizadas até as 23h59 do dia 1º de julho.

Os 10 cursos com as maiores ofertas de vagas são, nesta ordem: pedagogia, administração, matemática, ciências biológicas, química, direito, física, medicina, engenharia civil e engenharia elétrica. O total de cursos de graduação com oferta de vagas é de 2.043. Só para medicina são ofertadas 1.583 vagas.

No portal Acesso Único já é possível consultar as vagas ofertadas por modalidade de concorrência, cursos e turnos, instituições e localização dos cursos. Os Estados que mais oferecem vagas são o Rio de Janeiro, com 13.249; Minas Gerais, com 8.655; Paraná, com 6.692; e Bahia, com 5.968.

Entre as instituições com mais vagas ofertadas, estão Universidade Tecnológica Federal do Paraná, a Universidade Federal Fluminense, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Universidade Federal do Maranhão e a Universidade Estadual da Paraíba.

O Sisu é o processo seletivo pelo qual estudantes concorrem a vagas de instituições públicas de ensino superior a partir da nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para participar desta edição do Sisu, o estudante precisa ter feito o Enem de 2021, obtido nota superior a zero na prova de redação, e não ter participado do Enem na condição de treineiro.

(Fonte: Agência Brasil)

A Escolinha Gol de Placa, iniciativa patrocinada pelo governo do Estado do Maranhão e pelas Drogarias Globo, por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, teve sua terceira edição lançada oficialmente, na manhã do último sábado (18), em solenidade na Associação Atlética Boa Vida, no Bairro Areal, em Bacabal (MA). Nessa nova etapa, o projeto atenderá 60 crianças, entre 8 e 12 anos, com treinos de futebol e atendimento pedagógico.

Na abertura da terceira edição da Escolinha Gol de Placa, os 60 alunos receberam um kit com todo o material esportivo necessário (uniforme, chuteiras, caneleiras e bolsas esportivas), além de cadernos e garrafinhas de água individuais. Além disso, um coffee break foi servido para as crianças e suas famílias.

Durante o lançamento da terceira edição da Escolinha Gol de Placa, parentes dos jovens atletas ressaltaram a importância da iniciativa e o objetivo de unir esporte e educação na vida das crianças. "Gostaria de agradecer a Escolinha Gol de Placa pela oportunidade dada ao meu filho. Creio que todas as crianças estão muito felizes em participar", afirmou Geniclea Vieira, mãe de um aluno do projeto.

Os atletas da Escolinha Gol de Placa participam de aulas teóricas e práticas voltadas para iniciação e treinamento do esporte, em atividades desenvolvidas por profissionais capacitados, que seguirão uma metodologia especializada e pensada exclusivamente para os jovens alunos. Além de contarem com acompanhamento escolar e pedagógico semanal, as crianças do projeto também recebem alimentação nos dias de treinos.

"É uma alegria imensa iniciar as atividades de mais uma edição da Escolinha Gol de Placa, que é um projeto muito importante para a sociedade e para as comunidades carentes de Bacabal. Essa iniciativa reforça o valor do esporte e da educação na vida desses meninos, que estão no caminho certo para se tornarem cidadãos de bem. Agradecemos mais uma vez ao governo do Estado e às Drogarias Globo por todo o apoio nesse projeto", disse Kléber Muniz, coordenador da Escolinha Gol de Placa.

Sobre a Escolinha Gol de Placa

A Escolinha Gol de Placa nasceu em dezembro de 2018 com o objetivo de atender crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social nas comunidades carentes de Bacabal por meio da prática do futebol. O esporte é importante como expressão de cultura e inclusão social, ajudando no desenvolvimento e transformação humana, além de proporcionar mais saúde e agregar valores para capacitar pessoas a ingressarem construtivamente na sociedade.

Todas as informações sobre a terceira edição da Escolinha Gol de Placa estão disponíveis nas redes sociais oficiais do projeto (@goldeplacabacabal) no Instagram e no Facebook. 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Com o surgimento das primeiras transmissões de rádio no Brasil (como a da Rádio Clube de Pernambuco e a do dia 7 de setembro de 1922), apaixonados pelo novo veículo começaram a trabalhar em iniciativas que resultaram nas primeiras emissoras do país. De lá para cá, a trajetória do próprio meio de comunicação se confunde com a de algumas emissoras pioneiras. Uma delas é Rádio Sociedade (hoje Rádio MEC).

Emissora da histórica transmissão do centenário da Independência, a Rádio Sociedade foi criada oficialmente no ano de 1923, no Rio de Janeiro. Exatos 365 dias separaram a transmissão e a entrada no ar da emissora. No meio desse período, foi feita uma transmissão experimental em 1º de maio, e uma lei que derrubava a proibição da compra de aparelhos de rádio foi criada no dia 11 do mesmo mês.

A Sociedade se destacou como pioneira, mas a criação de maior sucesso no fim da década de 1920 é a da Rádio Mayrink Veiga, também do Rio de Janeiro. Enquanto a Rádio Sociedade focava no caráter educativo com, inclusive, aulas de disciplinas escolares na programação, a Mayrink Veiga se dedicava ao chamado rádio espetáculo e mudou paradigmas na forma de se administrar uma emissora e entregar conteúdo.

A emissora foi criada por Alfredo Mayrink Veiga, dono de um dos maiores estabelecimentos de importação e exportação do país. “A emissora foi fundada como um balcão para que quem comprasse aparelhos de rádio na Casa Mayrink Veiga tivesse mais essa opção para sintonizar”, conta a jornalista e pesquisadora Paloma da Silveira Fleck em entrevista à Rádio MEC.

A partir dos anos 1930, com a regulamentação da publicidade do Brasil, a rádio, graças ao processo de profissionalização, cresceu ainda mais. “Na época, a Mayrink Veiga se estrutura como um negócio comunicacional. É quando ela vive seu período hegemônico e é destaque no rádio brasileiro”, completa Paloma.

Fora da então capital do Brasil, outras emissoras também começavam a se destacar. Em São Paulo, a iniciativa de maior relevância no fim de 1920 e início de 1930 é a da Rádio Record. Assim como a Mayrink Veiga, a emissora foi fundada por um proprietário de um comércio. Álvaro de Macedo era proprietário da Casa Record, especializada na venda de aparelhos de rádio e discos.

É no ano de 1931 que a história da Record muda para sempre. Na época, Paulo Machado de Carvalho adquire a emissora e garante uma periodicidade mais regular na programação. No ano seguinte, o movimento que deu início a chamada Revolução Constitucionalista (que aconteceria no ano seguinte) foi abraçado pela rádio.

“A Sociedade Rádio Record iniciou sua atuação em prol da Revolução Constitucionalista antes mesmo de ela ser deflagrada. A cidade de São Paulo vinha assistindo a manifestações contra a ditadura de Getúlio Vargas e pró-constituição já há algum tempo. Numa dessas manifestações, em confronto com a polícia, quatro estudantes morreram. Isso aconteceu em 23 de maio de 1932. Outros estudantes, então, 'invadem' a Rádio Record e leem o seu manifesto”, conta a professora e pesquisadora Maria Elisa Pasqualini.

Dois meses depois, a mensagem de renúncia do então interventor de São Paulo era enviada diretamente para a Rádio Record e lida no ar. Nesse período, a emissora ganhou a alcunha de “Voz da Revolução”. Foi justamente nesse período que surgiu uma inovação: o primeiro jornal falado da história do rádio no Brasil

Também em 1932, com a liberação da inserção de publicidade em veículos radiofônicos, a Record segue o mesmo processo de profissionalização da Mayrink Veiga em áreas como o entretenimento (com programas de auditório) e esportivas (em que a emissora foi pioneira ao transmitir a primeira partida de futebol da história do Brasil, entre as seleções paulista e carioca).

No Rio Grande do Sul, era a Rádio Gaúcha que começava a fazer história ao reforçar a identidade cultural da região. Em 1931, a Rádio Gaúcha transmitiu o primeiro jogo de futebol na Região Sul (entre Grêmio e a seleção do Paraná).

No ano seguinte, a Gaúcha fez a transmissão da Festa da Uva em Caxias do Sul e se colocou como voz de contraponto à Rádio Record na campanha pela Revolução Constitucionalista. Com o passar dos anos, a Gaúcha passou a reforçar o foco na programação regional e em ouvintes do Rio Grande do Sul.

A chegada da Rádio Nacional  e o início da Era do Ouro no Brasil

A segunda metade da década de 1930 foi de consolidação do rádio como veículo de comunicação em massa. Tanto que, em 1936, a Rádio Sociedade, que não resistiu às transformações do período, deixa de ser de Edgard Roquette-Pinto, passa para as mãos do Ministério da Educação e muda de nome: se torna a Rádio MEC. No sentido contrário da MEC, outra emissora é criada para se tornar hegemônica na época: a Rádio Nacional.

No dia 12 de setembro de 1936, a Rádio Nacional entrou no ar. Sediada no imponente edifício do jornal A Noite, a Nacional entrava no ar ao som da canção Luar do Sertão, de João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense. Inicialmente, a Rádio Nacional segue a trajetória das outras emissoras da época.

Foi em 1940 que a história da emissora muda. Em meio à ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas, a Nacional é estatizada pelo governo. De um lado, foram feitos investimentos pesados em tecnologia (para aumentar o alcance da emissora) e em novos produtos. De outro, a rádio passava a servir a um projeto de governo e de valorização de uma cultura brasileira.

“Todos os investimentos que foram feitos na emissora foram para servir a um projeto político que ficava um pouco disfarçado ali em meio a uma programação de uma emissora comercial. Por trás, o que valia mesmo era o projeto político e a ênfase muito grande em Brasil e em cultura brasileira, que também era uma maneira de reforçar esse projeto político do Vargas para o rádio”, ressalta a pesquisadora Sonia Virgínia Moreira.

O resultado foi a contratação de artistas que eram de outras rádios, a criação de produtos inovadores como as radionovelas (com destaque de sucesso a O Direito de Nascer) e o Repórter Esso, principal rádio jornal do país por ano, e a liderança de audiência na Era de Ouro do rádio.

Enquanto a Nacional, com a ajuda do governo federal, se consolidava no cenário radiofônico da época, outras emissoras surgiam e, ao seu modo, contribuíam com inovações. Uma delas é a Rádio Inconfidência de Minas Gerais. Criada em 3 de setembro de 1936, a rádio, já na fundação, tinha um equipamento de ponta financiado pelo governador do Estado Benedito Valladares.

“A programação seguia, em parte (assim como outras emissoras), o que a Nacional fazia. A popularização da Rádio Inconfidência veio com o sucesso da Rádio Nacional”, relata a pesquisadora Nair Prata. Em termos de inovação, além da possibilidade de fortalecer o conteúdo voltado aos mineiros, o programa A Hora do Fazendeiro se destaca.

Criado apenas cinco dias após a fundação da emissora, o programa é o primeiro voltado às atividades agrícolas no mundo. No ar até hoje, o A Hora do Fazendeiro é, de acordo com Nair Prata, o programa que está há mais tempo no ar sem qualquer interrupção no país. Por anos, a emissora foi mais ouvida em Minas Gerais.

Um pouco antes, em 1934, foi criada a rádio Kosmos. Fundada por Alberto Byington Jr. como uma emissora de elite e que promovia grandes saraus para pessoas da alta sociedade de São Paulo (sempre transmitidos ao vivo), a Kosmos entrou para a história em 1938 ao, em rede com as rádios Cruzeiro do Sul de São Paulo e Rio de Janeiro e rádios Clube de Niterói (RJ) e Curitiba, transmitir a primeira Copa do Mundo em rádio diretamente da França.

A iniciativa da chamada rede Verde e Amarela no esporte suscitou uma guinada na programação da Kosmos que, em 1939, passa a se dedicar a transmissão de partidas de futebol. No ano seguinte, a Kosmos vira Rádio América e também se dedica à transmissão de eventos como o Carnaval de rua na década de 1940.

Quando começou a chamada Era de Ouro do rádio no Brasil (algo que ocorreu depois, por exemplo, do que nos Estados Unidos), outras tantas rádios também se destacaram. Muitas delas acabaram criando inovações posteriormente como, por exemplo, a Rádio Bandeirantes (fundada em 1937) que, na década de 1950, passou a dedicar 100% da programação a notícias/esporte ou a Tupi que, por meio da visão de seu fundador, Assis Chateaubriand, abriu as portas para a chegada da TV ao Brasil. Mas aí já é outra história.

Faltam 90 dias para as comemorações dos 100 anos da rádio no Brasil

Em comemoração aos cem anos do rádio no Brasil, completados em 7 de setembro de 2022, a Agência Brasil publica uma série de dez reportagens sobre as principais curiosidades históricas do rádio brasileiro. 

O centenário do rádio no país também será celebrado com ações multiplataforma em outros veículos da EBC, como a Radioagência e a Rádio MEC  que transmitirá, diariamente, interprogramas com entrevistas e pesquisas de acervo para abordar diversos aspectos históricos relacionados ao veículo. A ideia é resgatar personalidades, programas e emissoras marcantes presentes na memória afetiva dos ouvintes. 

(Fonte: Agência Brasil)

E vamos fugindo disto tudo que se chama política. Saindo dos tumultos e das impressões. Abandonando, hoje, os comentários. É preciso renovar alguma coisa. Dar ao pensamento a libertação, “asas de voo”, partir, perder-se nos deslumbramentos de doutras ideias. Deixar que tudo se modifique por alguns instantes. Deixar de pensar nos homens políticos, partidários. Pensar nos homens libertos, felizes enamorados do Belo, enamorados da Dor. Enamorados dos sofrimentos. Em tudo, há o impressionante, há o sentido de todas as forças criadoras da Natureza. Porque há, em tudo, Vida. Vida no deslumbramento. Vida no desencanto. Vida na miséria que é farrapo. Vida na opulência que é esbanjamento desta mesma vida que é Vida. Mas...

Sim, sair de tudo isto que aprisiona as ideias, que castiga a vontade, que exige o minguado duma produção mental aprisionada.

Não. Hoje, saímos do comum, libertamos a ideia. E ei-la na exaltação de tudo que é Beleza, que é Vida. Ei-la luminosa, dominadora e fascinante. Ei-la na ascensão dos pensamentos renovadores, profundamente humanos. Ei-la na grandiosidade da sua libertação, indicando mundos diferentes, sonhos diferentes. Indicando caminhos diferentes. Ei-la assim... Solta, sem pressões, sem o congestionamento das imposições dos outros, da paisagem humana, esta que permanece em volta dos políticos, dos homens de partidos.

Não. Hoje, tudo toma outra colorização. Tudo é luz. Tudo é encanto. Tudo é sublimidade, tudo é fascinação do Espírito. Do Espírito que cria, do Pensamento que elabora. É o EU no seu egismo de não trair a si mesmo. Hoje, nós somos nós. Nós, a Vida como sentimos: dominadora. Uma força irresistível da nossa própria vontade de viver. De continuar vivendo. De viver sempre. Viver na Vida, viver exclusivamente na Vida. Sempre assim... Viver dentro das emoções. No extravasamento de todas as conquistas. E o Pensamento só, só com ele, admiravelmente só, grandiosamente liberto, independente. Fortalecido. Esbanjando alegria, alegria de Viver sempre, de Viver sem sentir em tristezas, sem sentir a presença da Morte. Nada. Sentir apenas este Sol. Esta fascinação de luz. Este dia que aí está maravilhoso e já é noitinha, olhar o céu com muitos sóis, suas porções de estrelas. E, lá em cima, fulgurante, Senhora de Si, ela a senhora dos espaços. Tudo assim. Tudo na grandiosidade da Vida.

Saímos, hoje, dos comentários. Saímos para nos encontrar, encontrarmos com os nossos próprios Pensamentos, pensamentos de Amor, de Beleza, de Poesia que é luz, fascinação do Espírito. E daí esta página solta, jogada nesta página que suporta tudo que é vida. Mais uma página na identificação de nós mesmos.

* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 13 de outubro de 1963 (domingo).